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Saber Eletrônica 442
Saber Eletrônica 442
SE442_Editorial.indd 1
Links 24/11/2009 11:08:56
índice
26 Projetos
16 Projeto de Osciladores Senoidais com A.O.
21 Controle de Motores DC, Solenóides e Relés
através da Interface LPT
26 Carregador de Baterias de Fosfato de
Ferro-Lítio com o MCP73123
Circuitos Práticos
28 LED Driver Universal (90 - 265 Vac)
30 Dente-de-Serra Linear
32 Buffer para grandes LCDs
Sensores
34 Seleção de Circuitos com Sensores
Microcontrolador
38 Placa de demonstração VIPer50 para EMI
32 Componentes
40 SitaraTM - Microprocessador para aplicações
industriais
43 Filtros para EMI
46 O que significa Rail-to-Rail (RRO)?
48 Relés de Estado Sólido
Circuitos Práticos
54 Carregador de Supercapacitores com Tensão de
Saída e Corrente de Carga Ajustáveis
Eletrônica Aplicada
40
57 Baterias Redox: Carga em Minutos pela Troca do
Eletrólito
59 O que são Compandors?
Editorial 01
Seção do Leitor 04
Acontece
06
Tecnologia 14
Índice de anunciantes
Curtas
Padrão Lucro Apoio
O Instituto para Biologia de Sistemas Doação”. Ruedi Aebersold, do Instituto “A combinação da nossa instrumen-
(ISB, na sigla em inglês) e a Agilent Federal de Tecnologia Suíço (ETH), de tação triplo quadripolo, ferramentas
Technologies Inc. anunciaram uma Zurique, também faz parte do projeto. de software específicas para análise
parceria para criar o Atlas de Moni- O trabalho, com prazo de dois anos de de proteínas e a exclusiva tecnologia
toramento de Reação Múltipla (MRM, duração, será desenvolvido na ISB em HPLC-Chip/MS cria uma plataforma
na sigla em inglês), um recurso abran- Seattle e na ETH em Zurique, utilizando estável e sensível para a análise desses
gente projetado para que os cientistas os sistemas de cromatografia líquida/es- grandes conjuntos de amostras.”
realizem análises quantitativas de todas pectrometria de massa com quadripolo O Atlas MRM é projetado para dar aos
as proteínas humanas. Espera-se que o triplo e quadripolo de tempo de voo e cientistas acesso quantitativo a aproxi-
projeto contribua com as pesquisas de nanoflow HPLC-Chip/MS “Nós acredita- madamente 20 mil proteínas presentes
descoberta e validação de marcadores mos que este será um desenvolvimento em tecidos humanos, linhagens celula-
biológicos, com a busca de testes de revolucionário na análise de proteínas”, res e sanguíneas, com o potencial de
diagnósticos baseados em proteínas, diz Rob Moritz, membro do corpo técni- transformar muitas áreas de pesquisa
medicina personalizada e monitora- co do ISB e diretor da Proteomics,“que sobre saúde humana. O projeto irá
mento da saúde humana. irá acelerar e catalisar o uso rotineiro de produzir um banco de dados com até
O programa é patrocinado por doações quantificação de proteínas para avanços quatro peptídeos por gene humano
que totalizam US$ 4,6 milhões para imensamente importantes na compreen- codificador de proteínas, com análises
que Robert Moritz e Leroy Hood, do são, detecção precoce e monitoramento verificadas de espectrometria de massa
ISB, desenvolvam o “Atlas Completo de de doenças humanas.” baseadas em MRM rápidas e precisas
Peptídeos e MRM Humano”.As doações “A Agilent tem muito prazer em com- para permitir a identificação inequívoca
foram feitas pelo Instituto Nacional de partilhar a liderança na criação do Atlas e a quantificação de praticamente qual-
Pesquisas do Genoma Humano dos MRM Humano e métodos baseados no quer proteína no proteoma humano.
Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA, MRM para apoiar pesquisas de quanti- Isso deve beneficiar pesquisas biológi-
sob o “Ato de Recuperação e Reinvesti- ficação de proteínas”, diz o diretor de cas em geral e estudos proteômicos de
mento Americano – Oportunidades de marketing LC/MS da Agilent, Ken Miller. larga escala.
Produtos
Produtos para lixamento
Produtos
Vídeoendoscópio
D
epois que um projeto, que levou código de autenticação (MAC), e então é grafados, que só podem ser lidos pelo FPGA,
tempo, consumiu todo o co- só comparar os códigos gerados e ver que que também tem o algoritmo rodando.
nhecimento do engenheiro de nada foi alterado. Caso os códigos sejam Um dos requisitos importantes para a
desenvolvimento e passou por diferentes, o processo recomeça, ficando segurança do sistema é de que o número
diversos testes é lançado no mercado, em um loop contínuo, ou determinando de identificação não seja lido por elemen-
não sabemos ao certo onde o mesmo uma certa função. Estes passos podem tos externos, mas sim por chips internos.
irá parar. Certamente nas mãos de algum ser vistos na figura 1, onde se aplica o O número de identificação deve ser único
engenheiro, que aplicando a engenharia conceito IFF (Amigo ou Inimigo). e imutável, ao mesmo tempo que ele será
reversa e outros meios que não convém O termo 1-wire se dá pelo fato do usado para os cálculos criptográficos dos
mencionar, tentará por todos os meios componente de segurança se conectar ao dados.
retirar todos os dados e a lógica do có- FPGA por apenas 1 pino de I/O, conforme Segundo o fabricante, um bom sistema
digo-fonte do seu FPGA para produzir mostra a figura 2. de segurança deve ser protegido contra co-
um produto similar, porém a um preço Certamente, o leitor deve estar se lisões de dados, e isso já ocorreu conforme
mais acessível, pois ele não levou mais questionando sobra qual a garantia que algumas literaturas na internet.
tempo roubando o código do que você temos de que o número de identificação do Este sistema de segurança se aplica
levou produzindo. componente de segurança não seja copiado. também a dados de memórias externas
Os engenheiros que trabalham com Segundo o fabricante, esta cópia é inviável e não apenas às rotinas do FPGA. Mesmo
FPGAs conhecem estes riscos, e utilizam mesmo por engenharia reversa. Ainda que o que o FPGA seja clonado, não é possível
algumas maneiras de proteger ou inibir este número seja copiado, o algoritmo SHA-1 tem clonar o módulo de segurança. Este sis-
tipo de ação, mas isso torna o projeto ainda como finalidade a geração de dados cripto- tema funciona com os FPGAs Altera e
mais caro e o tempo gasto se eleva somente
para aplicar esta segurança.
Para ajudar os desenvolvedores a pro-
tegerem a propriedade intelectual do seu
projeto, a Maxim disponibiliza dois módulos
de segurança, o DS28E01-100 e DS2432.
Ambos empregam a tecnologia 1-wire com
o sistema SHA-1 (Secure Hash Algorithm) e
o sistema Unique Serial Number.
O funcionamento é bem simples, o
FPGA que contém o algoritmo SHA-1
gera números aleatórios e envia para o
componente ou módulo de segurança
(DS28E01). Depois, ele lê o número serial
do módulo, que começa a processar o algo-
ritmo SHA-1, a seguir, o FPGA lê o código
de autenticação gerado pelo componente
(MAC – Message Authentication Code).
Neste instante o FPGA começa a pro-
cessar o algoritmo SHA-1, onde gera um F1. Diagrama de fluxo aplicado ao conceito de
autenticação IFF (Identification Friend or Foe).
tecnologias
Xilinx, tanto os mais avançados como o Para aperfeiçoar ainda mais a segurança Conclusão
Virtex-4 e até os de mais baixo custo da do sistema, é possível criar uma chave única Este é mais um recurso apresentado
série Spartan-3. para cada ítem do sistema, e no caso de uma para proibir as cópias de projetos utilizando
Para que o FPGA se beneficie deste chave ser descoberta, somente um item é FPGAs. Considerando-se os outros apre-
sistema de segurança, o mesmo deve ter afetado, não prejudicando todo o sistema. sentados, este se mostra mais econômico,
meios de gerar números aleatórios, ter mas não sabemos até onde os piratas
uma chave secreta que só possa ser usada Utilizando o Sistema eletrônicos podem chegar com os seus
internamente e gerar, através do algoritmos, Para os engenheiros que pretendem conhecimentos. Portanto este processo,
um resultado usando esta chave secreta, o utilizar este recurso para proteger os seus se não torna inviável, dificulta ao máximo a
número aleatório e os dados enviados. projetos, será preciso entrar em contato cópia do projeto, obrigando o pirata a per-
Seguindo os bits oriundos do FPGA com a Maxim, pois cada módulo vem com der muito tempo na tentativa de quebrar a
para o módulo de segurança, seria possível uma chave que não pode ser copiada, razão segurança do sistema. Nos dias atuais, onde
com um microcontrolador, substituir o mó- pela qual é necessário um contrato. Como a a tecnologia de hoje ano que vem poderá
dulo, uma vez que o microcontrolador po- segurança do sistema depende de um FPGA estar ultrapassada, tempo é um fator impor-
deria enviar perguntas previsíveis ao FPGA, para um módulo, não é conveniente para o tante no sucesso de um produto. E
o que iria gerar respostas previsíveis, o que engenheiro começar o seu projeto sem im-
não acontece com o sistema, visto que os plementar este recurso, e por este motivo
resultados são gerados aleatoriamente, a Maxim disponibiliza outros recursos para
tornando ainda mais difícil o entendimento o desenvolvedor elaborar seu projeto com
dos dados. uma EEPROM pré-programada.
SHA
Projeto de Osciladores
Senoidais com A.O.
Os amplificadores operacionais consistem em uma solução exce-
lente para o projeto de osciladores senoidais destinados a diversos
usos. O ganho elevado, a alta impedância de entrada e outras carac-
terísticas possibilitam a obtenção de sinais senoidais com baixíssi-
mo grau de distorção e em frequências que atendem à maioria das
aplicações comuns.
Neste artigo, com tradução e adaptação de literatura da Texas
Instruments, fornecemos algumas informações importantes para o
projeto de tais osciladores.
Newton C. Braga
www.newtoncbraga.com.br
U
m oscilador nada mais é do que ativos nos amplificadores mudam de xas Instruments TLV247X. Os resistores
um amplificador com um circui- ganho, fazendo com que o valor de A foram de 5% e os capacitores com 20% de
to de realimentação positiva. Na varie, e assim também muda o valor da tolerância. Evidentemente, as tolerâncias
figura 1 temos a representação expressão que passa a ser Aβ diferente de são responsáveis pelas diferenças entre
básica de um oscilador em que uma rede -1. Com isso, a elevação da tensão tenden- os valores ideais e os valores medidos em
de feedback passiva é usada. do a infinito diminui e até é paralisada, cada circuito.
A equação que define a operação deste acontecendo uma de três coisas expostas
oscilador é dada na própria figura. As os- a seguir. Deslocamento de fase
cilações do circuito ocorrem devido a um Em primeiro lugar, a não linearidade em Osciladores
estado instável que existe nele porque a na saturação ou cutoff pode fazer com que O deslocamento de fase de 180 graus
função de transferência (1 + Aβ) = 0 nunca o sistema sature e corte. Então, ele se torna necessário à realimentação pode ser
pode ser satisfeita, uma vez que A/0 é um estável e trava. introduzido por componentes ativos ou
estado indefinido. Em segundo lugar, a carga inicial pode passivos em um oscilador. Nos oscilado-
Assim, o ponto chave para se pro- fazer com que o sistema inclusive sature e res bem projetados dá-se preferência aos
jetar um oscilador é assegurar que β = fique estável nesta situação por um bom componentes passivos, uma vez que eles
-1, o que é denominado tecnicamente de tempo antes de travar com a tensão oposta estão livres de desvios de características.
Critério de Barkhausen, ou ainda usando da linha de alimentação. Os componentes ativos têm suas ca-
um valor complexo equivalente: Aβ =1 ∠ A alternativa nº 2 produz sinais com racterísticas alteradas pela temperatura,
-180 graus. grande distorção, normalmente sinais as quais podem ser compensadas justa-
O -180 graus consiste numa rota- quase retangulares. Essa condição é utili-
ção de fase necessária aos circuitos de zada nos osciladores de relaxação.
realimentação negativa, enquanto que No terceiro caso, o sistema permanece
empregamos 0 grau para uma realimen- linear e tende ao valor oposto da linha de
tação positiva. A tensão em um sistema alimentação. Esta situação possibilita a
de realimentação negativa tende a uma geração de sinais senoidais.
tensão infinita quando Aβ = -1. Os circuitos que vão ser analisados
Quando a tensão de saída se aproxima a seguir foram desenvolvidos com base
da tensão de alimentação, os elementos nos amplificadores operacionais da Te- F1. Apresentação básica
de um oscilador
Oscilador de Bubba
O oscilador de Bubba, apresentado na
figura 9, é um outro tipo de oscilador de
deslocamento de fase, mas que tira van-
tagem dos amplificadores operacionais
quádruplos, que podem ser obtidos com
facilidade hoje em dia.
Quatro seções RC proporcionam
defasagens de 45 graus por seção, com
um excelente dφ/dt, o que minimiza os
desvios de frequência.
As saídas são obtidas de seções alter-
nadas com baixa impedância.
Se as saídas forem obtidas de cada um
dos amplificadores operacionais, os sinais F9. Oscilador
de Bubba
terão 45 graus de defasagem.
A equação de realimentação é dada
a seguir: o que leva o circuito a ter maior precisão Os novos amplificadores operacionais
de frequência. Sinais senoidais com uma com realimentação de corrente são difíceis
distorção muito pequena podem ser ob- de usar em osciladores, pois eles são sensí-
tidos da junção de R e RG. veis às capacitâncias de realimentação.
Quando sinais de baixa distorção são Os amplificadores com realimenta-
necessários em todas as saídas, o ganho ção de tensão são limitados a apenas
Quando ω = 1/RC, a equação fica re- deve ser distribuído entre todos os ampli- algumas centenas de quilohertz, uma
duzida para as seguintes formas: ficadores operacionais. vez que eles também acumulam um
A entrada não inversora do amplifi- deslocamento de fase.
cador de ganho é polarizada com 0,5 V O oscilador de Ponte de Wien usa
de modo a fixar a tensão quiescente de poucos componentes e sua estabilidade
saída em 2,5 V. de frequência é boa.
A distribuição de ganho exige que as O oscilador de quadratura precisa de
outras entradas dos demais amplificado- apenas dois amplificadores, porém tem
res sejam polarizadas, mas isso não tem distorção mais elevada.
O ganho deve ser igual a 4 para que a efeito sobre a frequência do oscilador. Os osciladores por deslocamento
oscilação ocorra. de fase, especialmente o de Bubba, têm
O circuito de teste oscilou em 1,76 Conclusão menor distorção e melhor estabilidade
kHz, um valor um pouco diferente dos Os amplificadores operacionais têm de frequência.
1,72 kHz quando o ganho foi 4,17. seu uso limitado às frequências mais A escolha para um determinado projeto
Com baixo ganho A e uma baixa cor- baixas do espectro, uma vez que esses depende, portanto, das necessidades do
rente de polarização, o resistor que fixa o dispositivos não possuem uma faixa projetista, que deve levar em conta todos
ganho RG, não carrega a última seção RC, passante muito larga. os fatores abordados neste artigo. E
Projetos
O
s leitores que acompanham os Agora, imaginemos que você quei- tipos de atuadores. Um Solenóide é
meus artigos sabem que prefiro ra automatizar o seu ato HUMANO também um atuador, assim como o Relé.
mais a prática, pois acredito de fechar a cortina para automatizar o Portanto, aqueles que sabem controlar um
que ela desperta a vontade de processo, e para isto colocará no lugar Servomotor, um Motor de Passo,um Mo-
fazer um determinado projeto, e com isso das mãos um motor, que neste momento tor DC, um Motor AC, um solenóide ou
partimos em busca da teoria. passará a ser o atuador. No lugar do cé- um relé, poderão inclusive controlar um
Por este motivo não irei demonstrar rebro você utilizará um computador ou dispositivo Pneumático ou Hidráulico,
aqui o funcionamento do motor, do sole- microcontrolador para que seja efetuado válvulas eletroeletrônicas e outros tipos
nóide ou do relé, mas mostrar como fazer o controle do motor. de atuadores.
um motor girar num ou em outro sentido, Partindo para um exemplo mais volta- Mas o por quê desta afirmação? Sim-
como ativar ou não um solenóide e, por do à indústria vejamos outro caso: Imagine ples, a válvula que controla um Sistema
fim, como armar ou desarmar um relé. que em uma indústria automotiva um car- Pneumático em quase 100% dos casos é
ro tem suas peças soldadas por um ROBÔ um tipo de solenóide, e a mesma coisa
Atuadores SOLDADOR. Ali temos um atuador, que vale para um sistema hidráulico.
Podemos dizer que um atuador é é o braço do robô, e dentro dele, teremos Existem sistemas que não possuem
qualquer dispositivo que consiga efetuar os motores, servos motores, e toda a eletrô- solenóides, mas o mesmo controle pode
um trabalho mecânico, ou alterar, mover nica que efetuará o processo, sendo um de ser feito com motores que abrem e fecham
ou deslocar alguma coisa. controle e o outro de atuador. válvulas. No nosso caso utilizaremos relés
Como ilustração suponhamos que você São diversos os tipos de atuadores: eles que irão atuar diretamente no motor ou
tenha a intenção de fechar a cortina de sua podem ser eletrônicos, eletromecânicos, contator. Neste artigo não abordaremos
casa. Para isso utilizará as mãos para exe- pneumáticos, hidráulicos, entre outros. os contatores, mas fica a dica para o leitor
cutar esta ação, neste caso o atuador é sua Os Motores CC, Servomotores, Mo- que desejar se informar sobre esse tipo
mão, e o controle é seu cérebro. tores de Passo e Motores AC, são todos de atuador.
Box 1
Private Sub Command9_Click()
dados = Val(Text1.Text)
Status = dados + 1
Control = dados + 2
Out Control, 228
Out dados, 0
Out dados, 255
Out dados, 0
End Sub
T2. Condições do motor con-
forme os níveis D0, D1... D7.
Carregador de Baterias
de Fosfato de Ferro-Lítio com o MCP73123
Newton C. Braga
A
capacidade típica de uma ba- componente já vem com algoritmos que
Em seu Application Note teria deste tipo varia entre 500 proporcionam o tempo mais curto de car-
AN1276, a Microchip (www.micro- mAh e 2300 mAh por célula, e a ga com o aproveitamento máximo de sua
tensão é normalmente de 3,2 V. capacidade. Ele pode operar com tensões
chip.com) descreve um carregador
Nas aplicações que exigem maiores cor- até 18 V e tem os seguintes recursos:
de baixo custo para baterias de rentes, as células são ligadas em paralelo, • Trava de subtensão com 4,15 V
Fosfato de Ferro-Lítio (LiFePO4) e para maiores tensões, elas são ligadas • Tensão máxima de entrada com
em série. Como os fabricantes possuem OVP – 18 V
que começam a ser utilizadas
especificações diferentes para a carga e • Precisão de 0,5% na regulagem de
como fontes secundárias de ener- descarga, circuitos especiais devem ser tensão
gia em veículos elétricos (EV) e utilizados nos carregadores. • Opções de tensão de carga de 3,6 V
veículos elétricos híbridos (HEV), De qualquer maneira, os carrega- • Corrente de carga programável por
dores consistem em fontes de corrente resistor externo: de 130 a 1100 mA
além de ferramentas portáteis. constante com recursos para assegurar • Timer programável
Estas baterias são normalmente que as correntes circulantes por todas Na figura 1 temos um circuito típico
as células se dividam de forma igual. de aplicação.
utilizadas em sistemas que exigem
Neste artigo, baseado na documentação
altas tensões ou altas capacidades da Microchip, é descrito um carregador O circuito
de fornecimento de energia que faz uso do MCP73123 para este tipo O circuito da figura 1 mostra a con-
de bateria. figuração básica do carregador com um
mínimo de componentes externos. O pino
O MCP73123 de status (STAT) pode ser conectado tanto
O MCP73123 é um circuito integrado a um LED externo de aviso como a um
especificamente criado para a carga de MCU. Na figura 2 mostramos o invólucro
baterias de Fosfato de Ferro-Lítio. Este do MCP73123.
C
ada vez mais os LEDs são usados tura, o que traz um verdadeiro desafio
Com o crescimento do em- em iluminação, sinalização e ou- aos projetistas que tentam ligar esses
prego dos LEDs em lugar das tras aplicações, em substituição componentes em paralelo.
às lâmpadas comuns de todos Se dois LEDs forem ligados em pa-
lâmpadas comuns em ilumina-
os tipos. Sendo muito mais robustos, ralelo, um deles sempre conduzirá um
ção, circuitos que possibilitem a com um rendimento maior e também pouco mais que o outro, e isso acarretará
utilização desses componentes durabilidade, em pouco tempo estes uma elevação maior da temperatura
componentes deverão ser a principal deste que conduz mais. O resultado é
em 110 V ou 220 V são bastante
opção para essas aplicações. que, com a elevação da temperatura, a
procurados. Em seu Application Usando o circuito integrado IRS2541, corrente irá aumentar mais ainda e, com
Note NA-1131, a International o circuito é alimentado diretamente pela isso, teremos uma deriva térmica neste
rede de energia, sem a necessidade de componente que desviará toda a corrente
Rectifier (www.irf.com) descreve
transformadores. Isso é possível porque para ele, podendo causar sua queima.
um circuito que aceita entradas o CI consiste num conrolador buck de Mesmo que ele não queime, a distribui-
de 90 Vac a 265 Vac fornecendo alta tensão e alta frequência capaz de ção desigual da corrente fará com que
proporcionar uma corrente constante um brilhe mais que o outro.
correntes de 350 mA a uma sequ-
para os LEDs. Para ligar LEDs em série, entretanto,
ência de LEDs. Neste artigo focali- Além disso, o componente utilizado precisamos considerar a queda de tensão
zamos esse Application Note, que incorpora um funcionamento em modo em cada um, o que também consiste em
contínuo, um retardo de tempo do con- um problema de projeto, principalmen-
pode ser obtido na íntegra no site
trolador buck para controlar diretamente te quando o circuito opera com baixas
da da empresa. a corrente média na carga usando uma tensões.
referência de tensão precisa on-chip. No projeto descrito pela International
A curva de referência I/V dos LEDs Rectifier temos a retificação direta da ten-
Newton C. Braga é crítica. Uma pequena variação na são da rede por uma ponte de diodos e,
www.newtoncbraga.com.br tensão direta se transfere para o LED, depois, sua filtragem é feita por dois capa-
causando uma forte variação de brilho. citors em paralelo. Com esta tensão, um
Como a corrente depende da tensão, as circuito redutor com diodos zener produz
variações de tensão refletem-se no brilho uma queda que baixa a tensão para valo-
dos LEDs de forma indesejável. Assim, a res entre 16 V e 35 V. Nesta faixa de tensão,
melhor maneira de se controlar o brilho a corrente de saída é de 350 mA.
é mantendo um controle preciso da cor- Essa configuração possibilita, então,
rente circulante pelos LEDs. O circuito a alimentação de até 12 LEDs em série.
mostrado opera desta forma. Na figura 1 No projeto original a International Rec-
temos então o circuito proposto. tifier utilizou LEDs LXHL-MMCA da
Outro fator importante que influi na Luxon Flood, mas certamente o circuito
luminosidade dos LEDs é o dado pela funcionará com LEDs equivalentes. Esses
dependência desses componentes com LEDs vêm em placas com uma corrente
a temperatura. Os LEDs possuem um de 700 mA e uma tensão de ruptura entre
coeficiente negativo natural de tempera- 16 e 24 V. E
Dente-de-
Serra Linear
Q
uando se necessita de um sinal onde a subida da tensão deve ser feita
Sinais dente-de-serra são dente-de-serra normalmente linearmente.
usados em muitas aplicações emprega-se um oscilador de O que ocorre no circuito comum den-
relaxação, onde um capacitor te-de-serra é que a corrente de carga no
que envolvem varredura ou base
se carrega através de um resistor até ser capacitor diminui à medida que a tensão
de tempo, tais como conversores atingida a tensão de disparo de um dispo- sobre o capacitor aumenta. Para que a
analógicos-para-digitais, cir- sitivo ou configuração com características tensão suba linearmente à medida que o
de resistência negativa. capacitor se carrega, a solução mais sim-
cuitos de varredura, geradores
No entanto, o que ocorre nesse caso é ples consiste em se agregar um circuito
de varredura e muito mais. Para que a carga do capacitor através do dis- que permita obter uma corrente constante
esses circuitos as configurações positivo é exponencial e não linear, con- de carga no capacitor.
forme mostra a figura 1, o que significa Conforme ilustra a figura 2, o que
devem ser lineares, o que nem
que o sinal gerado não é um verdadeiro se faz é agregar uma fonte de corrente
sempre ocorre quando utilizamos dente-de-serra. constante ao circuito RC que determina
configurações tradicionais. Veja Nas aplicações críticas que envolvem a constante de tempo do oscilador de
instrumentação, aquisição de dados ou relaxação.
nesse artigo como gerar um sinal
geração de sinais de precisão, essa forma Indo além, poderemos ter então um
dente-de-serra linear. de onda não pode ser aplicada. Requer- circuito completo de uma boa base linear
se de um sinal dente-de-serra linear, dente-de-serra utilizando um astável com
Newton C. Braga
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o conhecido circuito integrado 555, mas ser feitas para ser alcançada a frequência aproximadamente 1/3 e 2/3 da tensão de
agregando à rede RC uma fonte de cor- desejada. alimentação. O circuito poderá ser alimen-
rente constante com um transistor. A corrente constante obtida nesse tado com tensões de 5 a 12 V tipicamente,
Esse transistor, além de proporcionar circuito para a carga do capacitor é da or- e o equivalente CMOS do 555 poderá ser
uma carga constante do capacitor e com isso dem de 50 mA, mas podem ser alterados empregado.
a subida linear da tensão no elemento de os componentes para que outros valores A frequência máxima de oscilação em
disparo, também serve de amplificador para sejam atingidos conforme a aplicação. que os sinais se mantêm ainda lineares
os sinais. Na figura 3 temos, então, o circuito Observamos ainda que a amplitu- não vai além de algumas dezenas de
completo obtido para essa finalidade. de do sinal dente-de-serra varia entre quilohertz. E
Para os componentes indicados no cir-
cuito a frequência do sinal gerado está em
torno de 1,2 kHz, mas alterações podem
Lista de Materiais
CI1 – 555 – circuito integrado, timer
Q1 – BC558 – transistor PNP de uso
geral
C1 – 22 nF – capacitor cerâmico ou
poliéster
C2 – 100 nF – capacitor vcerâmico ou
poliéster
R1 – 12 k ohms x 1/8 W - resistor
R2 – 1,2 k ohms x 1/8 W - resistor
R3 – 1,5 k ohms x 1/8 W – resistor
Diversos:
Placa de circuito impresso, fios,
solda, etc
F3. Circuito completo para um
Dente-de-serra linear.
Buffer para
Grandes LCDs
E
m seu Application Note 415, a Ma- ção de cargas capacitivas. Essa elevada
Newton C. Braga xim (www.maximável-ic) mostra capacitância, aliada à elevada impedân-
www.newtoncbraga.com.br um circuito para aumentar a ca- cia de saída, faz com que o sinal AC de
pacidade de excitação de grandes excitação seja distorcido, o que leva ao
LCDs sem a necessidade de recursos aparecimento de sobras ou fantasmas nos
externos, para evitar os problemas da segmentos.
alta capacitância apresentada. A idéia da Maxim para resolver esse
Muitos drivers LCD t r iplicam a problema consiste na introdução de am-
quantidade de sinais de excitação, o que plificadores “buffers” em cada uma das
significa a aplicação de sinais AC em três três linhas comuns. Cada amplificador
linhas comuns e três linhas de segmen- deve ser programado de modo indepen-
tos para ativar um símbolo padrão de um dente para ter uma corrente quiescente de
display de sete segmentos. 10, 100 ou 1000 µA.
No entanto, os displays maiores (de 1 Assim, na aplicação mostrada na figu-
polegada ou mais) apresentam uma eleva- ra 1, a corrente foi programada para um
da capacitância entre os eletrodos comuns valor de 100 µA.
e os segmentos de eletrodo, o que traz O circuito opera com uma alimentação
problemas de excitação para a maioria de 5 V, e os sinais da porta COM podem fi-
dos circuitos que devem fazer isso. Essa car entre 5 V e aproximadamente 1 V. Com
capacitância chega a alguns nanofarads essa configuração é possível alimentar
em alguns casos. displays de 1 polegada. Nas temperaturas
Isso ocorre devido à alta impedância elevadas pode ser necessário ajustar R1
de saída, da ordem de 50 k ohms em para manter invisíveis os segmentos que
alguns casos, o que torna difícil a excita- não sejam ativados. E
Seleção de Circuitos
com Sensores
Controle de Ventoinha para Nesta aplicação simples, o sinal do
Existem sensores de muitos ti- PC com sensor de temperatura sensor de efeito Hall utilizado com um
pos, indicados para as mais diver- usando o LM96194 motor elétrico é condicionado de modo a
O primeiro circuito que apresentamos poder ser transferido ao microprocessa-
sas aplicações. E para cada sensor,
é sugerido pela National Semiconductor dor (ou microcontrolador) que controla o
há uma infinidade de circuitos de (www.national.com) baseando-se no motor. O circuito opera com tensões de 6
processamento dos seus sinais, circuito integrado LM96194. Este circui- V a 18 V, mas pode suportar transientes de
com saídas e entradas que aten- to integrado consiste em um Monitor até 60 V. As entradas do sensor, por outro
de Hardware com uma interface digital lado, também são protegidas, suportando
dem às mais diversas aplicações. de dois fios compatível com o SMBus e curtos com a terra, ou com a fonte de
Percorrendo os sites de diversos utiliza um conversor A/D delta-sigma de alimentação. Na figura temos ainda os
fabricantes de componentes, se- modo a possibilitar a medição remota de principais destaques deste componente
temperatura empregando um diodo ou na aplicação indicada.
lecionamos circuitos que podem transistor como sensor.
ser de grande utilidade para todos O circuito opera com nove tensões de Interfaceando Sensor
que trabalham com sensores. alimentação e possui duas saídas PWM de Temperatura com o
para controlar ventoinhas. O algoritmo MSP430
Mais informações sobre cada cir- de controle é baseado numa tabela de O circuito da figura 4 demonstra
cuito podem ser obtidas nos sites consulta. O circuito integrado utilizado como interfacear o sensor de temperatura
dos fabricantes e nos próprios da- inclui ainda filtros digitais que possibi- TMP100 da Texas Instruments com o mi-
litam um melhor controle de velocidade. crocontrolador MSP430 numa aplicação
tasheets que eles disponibilizam Na figura 1 temos o circuito de aplicação que pode ser um termômetro digital. Na
para seus componentes deste componente. Application Note SLA151, é mostrado como
Na figura 2 mostramos a implemen- devem ser feitas as conexões do sensor
tação dos sensores no microprocessador para se obter um sistema de medida de
Newton C. Braga cuja temperatura deve ser controlada. temperatura de baixíssimo consumo. De
www.newtoncbraga.com.br fato, com esta configuração, uma bateria
Circuito Condicionador para comum de 3 V pode alimentar o circuito
Sensores de Efeito Hall durante 10 anos.
Este circuito é sugerido pela Maxim O circuito também pode ser empre-
(www.maxim-ic.com) e se destina ao gado numa aplicação que utilize uma
condicionamento do sinal de sensores comunicação two-wire (dois fios) I2C,
de efeito Hall, de modo que eles possam por exemplo. Os leitores interessados
ser utilizados com melhor desempenho e em mais informações podem baixar o
confiabilidade quando em conjunto com próprio Application Note, disponível no
microcontroladores. O circuito é baseado site da Texas Instruments no formato PDF.
no MAX9921, que consiste numa solução Nele também existem informações sobre
two-wire para interfaceamento de senso- o software. Se bem que a aplicação seja
res. O circuito de aplicação sugerido pela descrita para o MSP430F413, ela se aplica
Maxim em seu Application Note 4220 é a outros microcontroladores da série que
apresentado na figura 3. possuam as mesmas características.
para garantir a precisão da sua operação podem ser ligados em paralelo por um As capacitâncias podem ser ajustadas
é conveniente que o LED excitador seja controle digital, apresentando assim uma em valores entre 7 e 14,5 pF com incre-
alimentado com uma corrente constante. capacitância final que pode ser programa- mentos de 0,23 pF. Pelas características do
O circuito apresentado é sugerido pela da por uma interface apropriada que o capacitor equivalente, o componente pode
Fairchild (www.fairchildsemi.com) tendo circuito já inclui, conforme podemos ver ser utilizado até no circuito de sintonia de
por base um transistor Darlington HIB2, pelo seu diagrama básico da figura 7. receptores. E
que possui um ganho maior do que 10
000 e um NPN de uso geral, o CNY17-4
que tem um ganho maior que 200. O leitor
pode testar transistores equivalentes.
Com os valores dos componentes
utilizados, o LED é excitado com uma
corrente constante de 10 mA quando a
tensão de alimentação for de 3,4 V. O
ajuste da intensidade desta corrente é feito
no trimpot de 30 ohms. A corrente vai se
manter constante na faixa de tensões de
entrada de 3,2 a 4,0 V de entrada. A figura
6 exibe o circuito da aplicação tendo por
base um acoplador óptico MCT2.
Capacitor Programável
digitalmente com o X90100
da Intersil
O circuito integrado X90100 oferece
recursos muito interessantes para circui-
tos de sensoriamento capacitivo em que se
necessita de uma referência programada
digitalmente, ou ainda um controle digital
de uma capacitância no circuito.
Este componente, cujo datasheet pode
ser baixado no site da Intersil (www.in-
tersil.com), consiste de capacitores que F3. Aplicação do MAX9921 no interfaceamento de
um sensor com um microprocessador.
Placa de demonstração
VIPer50 para EMI
Newton C. Braga
www.newtoncbraga.com.br
A
STMicroelectronics (www. até 25 W (50 W para a faixa mais alta de
st.com) descreve em seu Appli- tensões) no modo descontínuo.
cation Note AN257 uma placa de Essa solução tem por vantagem usar
demonstração de um circuito poucos componentes externos quando
flyback que pode produzir qualquer comparada com uma solução discreta, e
tensão de saída, com recursos para aná- tanto pode ser usada na regulação primá-
lise da EMI. A placa foi originalmente ria quanto secundária. Além disso ela tem
projetada para fornecer uma tensão de o modo burst em standby, um pino externo
18 V com corrente até 1,4 A de saída, e para ajustar a frequência de operação até
opera com tensões de entrada de 85 a 200 kHz e um pino para compensação.
264 Vac. E mais: ela possui controle no modo de
Essa placa usa um retificador de saída corrente, um limitador de corrente interno
axial BYW98-200 e emprega apenas um e proteção térmica.
capacitor na saída, conforme pode ser Dentre as principais características
visto pelo diagrama da figura 1. dessa placa, destacamos:
Na placa também encontramos os • Faixa de tensões de entrada: 85 a
componentes que são exigidos para se 246 Vac;
evitar EMI. Ela dispõe de espaço para se • Faixa de freqüências de entrada:
acrescentar novos componentes de teste 50/60 Hz;
EMI caso sejam necessários. • Tensão de saída: 18 V (sec), 21 V
A tecnologia VIPer50 contém o que (pri);
há de mais moderno em circuitos PWM • Potência de saída descontínua:
e MOSFETs verticais incluídos no mesmo 25 W;
chip de silício. Com isso, essa tecnologia é • Pico de potência de saída (34 W);
apropriada para uma ampla faixa de ten- • Ripple de saída: 0,1 Vpp (18 V, com
sões de entrada em fontes de alimentação apenas C10). E
Sitara TM
Microprocessador para
aplicações industriais
A necessidade industrial O core do Sitara é baseado no ARM
Em outubro de 2009, a Texas Nem todos os equipamentos eletrô- Cortex-A8 de 500 MHz, atingindo 1000
Instruments anunciou o lança- nicos podem ser colocados em operação Dhrystone MIPS, possibilitando assim
dentro de uma fábrica. Dependendo do rodar Linux e Windows CE.
mento dos microprocessadores
tipo de produto que está sendo manu- Além do seu tamanho, o componente
AM3505 e AM3517 com a fina- faturado, como também do local onde não precisa ser refrigerado, viabilizando
lidade de atender o mercado isto ocorre, podem exixtir diferenças de assim a construção de um PC compacto
temperaturas muito grandes, bem como em uma única placa. Além de eliminar a
industrial
haver sofrer diversos tipos de interferên- necessidade de ventilação, que consome
cia devido principalmente aos motores em energia para o funcionamento, o core
Renato Paiotti movimento. Ter um computador ou um precisa de apenas 1,2 V e os sinais de I/O
equipamento de monitoração que opere 1,8 V (para DDR2) ou 3,3 V.
em tais condições, estando o mais próxi- Entre outros recursos importantes
mo possível da linha de produção, sempre que estão adicionados na nova família,
foi o sonho de muitos projetistas. estão o acesso externo à memórias do
Colocar equipamentos que dependem tipo DDR2 (com interfaceamento de
de refrigeração para manter seu sistema 1 GB para espaço de endereçamento),
funcionando nem sempre funciona da for- NOR Flash, NAND flash, OneNAND e
ma correta nestes locais, pois em muitos
casos o ar que seria usado para esfriar os Dhrystone
componentes já está a uma temperatura
muito elevada. É um benchmark desenvolvido em
1984 para testar o desempenho
bruto de um processador, isso
Família Sitara porque ele simula chamadas e
A Texas Instruments, procurando operações de escrita e leitura
atender essa procura por processadores de dados. Este benchmarck foi
que trabalhem em ambientes industriais, originalmente desenvolvido em
desenvolveu a família Sitara de micro- ADA por Reinkol P. Weicker, mas
processadores. Um dos pontos principais o mais utilizado é a sua versão em
deste componente é a faixa de tempera- C distribuida por Rick Richardson.
tura em que trabalha, que vai de -40 até Atualmente ela existe em várias
85/105 °C, dependendo do componente linguagens.
escolhido.
ARM Cortex-A8
Componentes
Filtros para
EMI
Uma grande quantidade de empresas disponibi-
liza filtros contra EMI com os mais diversos formatos
e características, adaptando-se a uma enorme gama
de aplicações. Neste artigo selecionamos alguns filtros
que julgamos ser de interesse de nossos leitores que
precisam desse tipo de componente
Newton C. Braga
(1,6 ± 0,08) mm
(1,8 ± 0,08) mm
(0,5 ± 0,10) mm
EMIF06-VID01F2
Filtro de 6 linhas de baixa capacitân-
cia, da ST Microelectronics. Este filtro de F7. Circuito típico
de aplicação.
F8. Dimensões.
O que significa
Rail-to-Rail (RRO)?
O
s amplificadores operacionais
Existem termos técnicos mo- convencionais, como o conhe-
dernos que ainda não são bem cido 741, quando funcionam
em toda sua faixa dinâmica de
conhecidos de muitos profissio-
tensões de saída, não conseguem atingir
nais de Eletrônica. Muitos destes os valores máximos correspondentes à
termos são de grande importân- alimentação. Assim, se alimentarmos um
operacional deste tipo com uma fonte
cia, pois definem características
simétrica de 12 + 12 V, quando ele operar,
de componentes ou circuitos o sinal de saída não irá excursionar entre
fundamentais para sua correta -12 e +12 V, mas um pouco menos, pois F1. A saída de um operacional comum não con-
segue atingir a tensão de alimentação (rail).
sempre existe certa queda nos compo-
operação numa aplicação. Um
nentes internos. Desta forma, conforme
deles é rail-to-rail ou linha-a-linha mostra a figura 1, o amplificador só vai
(abreviadamente RRO – Rail- conseguir excursionar entre 11,4 e -11,4, V.
A pequena diferença que impede que
to-Rail Operational) que vamos
ele alcance as tensões das linhas de ali-
explicar neste artigo mentação, ou “rail”, se deve às perdas
internas normais.
Dizemos, nestas condições, que este
amplificador operacional não consegue
Newton C. Braga uma excursão da tensão de saída rail-
www.newtoncbraga.com.br to-rail.
F2. Com baixas tensões as
Aplicações Modernas perdas são inadmissíveis.
Relés de
Estado Sólido
O
s Relés de Estado Sólido, ou se Originalmente utilizados para trans-
Os componentes semicondu- adotarmos o nome em inglês ferir sinais, os optoacopladores podem
tores capazes de controlar corren- Solid-State Relay (com a sigla também ser usados para comutar cargas,
SSR) são dispositivos semicon- e, então, temos o que se denomina de “relé
tes elevadas a partir de pequenos
dutores que têm as mesmas funções dos de estado sólido”.
sinais e os componentes de alta relés mecânicos convencionais: comutar No tipo comum de relé de estado
potência sensíveis à luz podem circuitos de potências elevadas a partir sólido, a bobina é substituída por um
de sinais de pequenas intensidades, con- fotoemissor, geralmente um LED infra-
resultar em excelentes opções de
forme ilustra a figura 1. vermelho e os contatos são substituídos
relés, que substituem as versões Os relés de estado sólido derivam por um dispositivo semicondutor sensível
tradicionais mecânicas. Os relés dos conhecidos optoacopladores ou à luz como um fototransistor, fotodiodo,
“opto-couplers” que consistem em um foto-DIAC, etc. O elemento sensível pode,
de estado sólido, por suas vanta-
emissor de luz (normalmente um LED nesse caso, ser usado para comutar um
gens, são cada vez mais utilizados infravermelho) e um fotossensor que dispositivo de maior potência como, por
aparecendo em configurações as pode ser um fototransistor, foto-DIAC, exemplo, um TRIAC, um SCR ou mesmo
fotodiodo, ou qualquer outro dispositivo MOSFET de potência. Na figura 2, temos
mais diversas. Veja, neste artigo, o
sensível à luz. os vários tipos de acopladores.
que são os relés de estado sólido e
onde eles são empregados
Newton C. Braga
www.newtoncbraga.com.br
dendo dessa tensão a escolha do resistor SCR e TRIAC como Relés Circuitos Práticos com
limitador de corrente, conforme ilustra Os SCRs e TRIACs podem ser usados Optoacopladores
a figura 6. como relés controlando correntes alterna- No circuito anterior não existe um
A corrente de acionamento está entre das mais intensas a partir de acopladores isolamento do componente controlado do
8 e 16 mA, tipicamente. que possuam os elementos apropriados circuito de controle, como acontece com
Da mesma forma que nos relés DC, internamente, ou diretamente a partir um relé comum.
como o acoplamento entre o emissor e o de sinais aplicados às suas comportas Para obtermos esse isolamento, é im-
receptor é feito por luz, temos uma tensão (gates). Para o caso dos SCRs, como eles portante o uso do optoacoplador. Desse
de isolamento extremamente alta que pode conduzem a corrente em um único sen- modo, um primeiro cuidado para se proje-
ser da ordem de 2 000 volts ou mais. tido, precisamos empregar um artifício tar um relé de estado sólido é saber como
para o controle dos dois semiciclos. o optoacoplador deve ser excitado.
Detector de Passagem Assim, na figura 9 temos um circuito de A configuração mais simples para essa
Por Zero relé semicondutor usando um SCR na excitação é a exibida na figura 11.
Quando se trabalha com controles de configuração de meia onda e outro de Levando em conta que a queda de
potência ligados à rede de energia (AC), onda completa. tensão no LED emissor interno é da ordem
um fator importante no projeto é o instan- Para o caso do TRIAC, temos um de 1,5 V, o resistor R1 é calculado pela
te em que a tensão passa por zero. Trata-se circuito de aplicação típico visto na fi- seguinte fórmula:
do ponto de “zero crossing” ou cruzamen- gura 10.
to por zero, observado na figura 7. O tempo de comutação do circuito
A detecção desse instante é importante com TRIAC é extremamente rápido, me- R1 = (V – 1,5)/I
porque ele serve de referência para a nor que microssegundos para cargas AC
medida do ângulo de retardo ou ângulo comuns. O valor de R1 deve ser calculado Onde:
de fase para o disparo para o TRIAC, ou de tal modo a se obter a corrente de dis- R1 é o valor da resistência de en-
outro elemento de controle. Os relés mecâ- paro do TRIAC no início do semiciclo. O trada, em ohms
nicos não conseguem fazer essa detecção, TRIAC utilizado neste circuito deve ter V é a tensão de entrada
mas para um relé de estado sólido isso uma tensão de pico de pelo menos 200 V, I é a corrente necessária à excitação
é perfeitamente possível, veja o circuito se a rede for de 110 V, e pelo menos 350 do fotossensor do optoacoplador.
simples da figura 8. V, se a rede for de 220 V.
Diodos de uso geral como o 1N4148, pamentos industriais e de todos os relé de estado sólido com vantagens,
1N914 ou mesmo diodos retificadores tipos. Conhecendo suas configurações quando isso for possível.
como o 1N4002, 1N4004 servem para essa básicas, o profissional não só pode sa- O que vimos neste artigo é apenas um
finalidade. ber como fazer o diagnóstico de seus pouco das configurações possíveis com
circuitos, mas também projetar um relé que esses úteis relés podem ser encontra-
MOC3010/MOC3020 para uma aplicação mais específica. dos. O leitor deverá se manter atento aos
Dois optoacopladores, especialmente Mais do que isso, ele será capaz de novos artigos que abordarão configura-
indicados para aplicações como relés de substituir um relé convencional por um ções de relés de estado sólido. E
estado sólido comutando diretamente
TRIACs de alta potência, são os MOC3010
e MOC3020. O MOC3010 é indicado para
aplicações na rede de 110 V, enquanto que o
MOC3020 para a rede de 220 V. Esses com-
ponentes, cuja pinagem e circuito equiva-
lentes são mostrados na figura 17, possuem
algumas variações (3009, 3011, 3012, 3021,
3022, 3023) que se diferenciam apenas pela F16. Protegendo o F17. Pinagem do
componente. MOC3010/MOC3020.
corrente no LED para a excitação.
Conforme podemos ver, esses compo-
nentes possuem opto-DIACS que são dis-
parados diretamente pela luz emitida pelo
LED infravermelho. O MOC3010 precisa
de uma corrente de 8 mA para produzir
o disparo (os de números mais altos são
mais sensíveis, chegando a 3 mA para o
MOC3012). Para o MOC3020, a corrente
é 15 mA (o 3021 tem uma corrente de 8
mA). Para o MOC3010 e para o MOC3020,
temos o circuito típico para cargas não F18. Circuito para cargas
não indutivas.
indutivas apresentado na figura 18.
Os valores entre parênteses são para o
caso do MOC3020. Se a carga for indutiva,
deverá ser usado o circuito da figura 19.
Os leitores interessados poderão obter
mais informações sobre esses componen-
tes no site da Motorola.
Conclusão
Os relés de estado sólido têm uso
cada vez mais frequente nos equi- F20. Amplificando o sinal do foto-
transistor utilizando um BC547.
Carregador de Supercapacitores
com Tensão de Saída e Corrente de Carga Ajustáveis
Jim Drew
Tradução Técnica: Eutíquio Lopez
P
ara aplicações que utilizam su- tável. A VOUT é obtida com um divisor re- chnology Magazine, no artigo intitulado
percapacitores de grandes valores sistivo no laço de realimentação, enquanto “Replace Batteries in Power Ride- Throu-
(dezenas a centenas de farads), é o limite de IOUT é fixado por um simples gh Applications with Supercaps and 3
necessário um circuito carregador resistor ligado entre os pinos ILIM e GND mm x 3 mm Capacitor Charger”. Esse
com uma corrente de carga relativamente (terra). Devido ao seu circuito de compen- texto mostra que a capacitância eficaz do
alta para minimizar o tempo de recarga do sação e ao boost interno, o LT3663 requer supercapacitor (CEFF), em 0,3 Hz, depende-
sistema . Esses componentes são usados um número mínimo de componentes rá do nível de potência a ser mantido, da
como dispositivos de retenção de energia externos para funcionar perfeitamente. mínima tensão de operação do conversor
em aplicações como os discos RAID de CC/CC com carga, das resistências de
estado sólido, nos quais a informação ar- Power Ride – Through circuito distribuídas dos supercapacitores
mazenada em memórias voláteis de gran- Application (incluindo a ESR) e do tempo de “hold up”
de velocidade deverá ser transferida para Um procedimento de seleção do ta- (retenção) requerido.
memórias flash não voláteis no momento manho do supercapacitor foi esboçado na Uma vez conhecido o tamanho do
em que a alimentação for perdida. edição de setembro de 2008 da Linear Te- supercapacitor, a corrente de carga pode
Esse tempo de transferência pode
levar alguns minutos, requerendo cen-
tenas de farads para sustentar a fonte de
alimentação até que a transferência da
informação seja completada. A especifi-
cação do tempo de recarga desses bancos
de supercapacitores é tipicamente menor
que 1 h. Para realizar isso é preciso dispor
de uma corrente de carga alta. Este artigo
descreve o funcionamento de um circuito
de carga para supercapacitores que utiliza
o CI LT3663, da Linear Technology, o qual
possui essas raras características.
Esse circuito integrado é um re-
gulador chaveado tipo step-down de
12 A – 1,5 MHz com limite da corrente de
saída ideal para uso em aplicações com
supercapacitores. O componente tem um
range de tensões de entrada de 7,5 V a
36 V, possui tensão de saída ajustável e
limite de corrente de saída também ajus- F1. Diagrama de Blocos de um Sistema para a
carga de Dois Supercapacitores em série.
F4. Curvas de Carga para Capacitores F5. Curvas de Carga para Capacitores
de mesmo valor. descasados (de valores diferentes).
um valor abaixo de VUV/N. Esta considera- Circuito de Controle para a encontrarem dentro de uma “janela” de
ção só será válida se o intervalo de tempo Carga dos Supercapacitores tensão de 50 mV. Na hora em que ambos
no qual a potência não estiver disponível, O circuito de controle visto na fi- são carregados, o supercapacitor de baixo
for tal que a corrente de fuga dos super- gura 3 é utilizado para balancear as carrega-se mais rapidamente porque sua
capacitores não tenha reduzido significa- tensões dos supercapacitores durante corrente compõe-se da corr. carga própria
mente a tensão sobre o capacitor. o período de carga deles. Isso é realiza- mais a corrente de retorno de entrada do
A tensão sobre o supercapacitor pode do priorizando-se a corrente de carga carregador de cima.
agora subir ligeiramente, após o conversor para o supercapacitor de menor tensão Esse efeito pode ser observado na figu-
CC/CC terminar a operação devido ao com a habilitação do circuito de carga, ra 4. O sinal de habilitação do carregador
efeito de absorção dielétrica. O tempo de desabilitando-se o mesmo para o outro de baixo fica chaveando (alternando) de
carga inicial TCHARGE para um banco de supercapacitor. modo que o supercapacitor de baixo car-
supercapacitores (totalmente descarrega- Se o circuito de carga “de cima”(top) é rega-se mais rapidamente que o de cima
dos) é dado por: habilitado enquanto o “de baixo” (bottom)é para manter a diferença de 50 mV entre os
desabilitado, então o supercapacitador de dois. Neste exemplo, CTOP=CBOT=50 F.
CEFF · VFC baixo é carregado pela corrente de retor- A figura 5 mostra o efeito de um
ICHARGE = no (de entrada) do carregador de cima. descasamento de 2 para 1 nos valores de
ICHARGE
Essa corrente de retorno é uma fração capacitância, onde o supercapacitor de
da corrente de carga, de modo que o cima é de 50 F e o de baixo 100 F. Ago-
A figura 1 mostra o diagrama de supercapacitor de cima carrega-se mais ra, a tensão no supercapacitor de baixo
blocos para esta aplicação com um rapidamente. sobe mais devagar e o carregador do
carregador de dois supercacitores em O circuito de controle consiste de um supercapacitor de cima habilita o sinal de
série. regulador LDO de 3,3 V (U6) e uma refe- chaveamento para permitir – lhe manter
rência de precisão de 1,25 V (U7). U1 e U2 o balanceamento da tensão.
Circuito de carga com uso são configurados como amplificadores de
do CI LT3663 diferença com ganho igual a 1 para medir Conclusão
O circuito de carga é obtido ligan- a tensão sobre cada supercapacitor, ao O CI LT3663 possibilita o projeto e
do-se o resistor RILIM entre os pinos ILIM passo que o U3 consiste de um amplifi- construção de um circuito carregador
e GND (terra). A tabela 1 apresenta as cador da diferença de nível obtida para de supercapacitores com baixo número
correntes de carga nominais para diver- determinar a diferença de tensão entre de componentes, contendo os ajustes da
sos valores de R ILIM. os dois supercaps. Pelo deslocamento do tensão de carga completa e do limite de
A tensão de carga completa (total) nível da saída de U3 em relação à tensão corrente de saída, o qual é ideal para ope-
é dada pelo divisor resistivo no laço de de referência, os dois comparadores de U4 rar com exemplares de grandes valores de
realimentação. A tabela 2 ilustra vários determinam qual supercapacitor precisa capacitância (dezenas de farads).
valores de RFB2 (resistor entre o pino FB e ser carregado. Um circuito de controle pode mo-
o terra) quando o resistor RFB1 (colocado Um par adicional de resistores de nitorar e balancear a tensão sobre cada
entre os pinos VOUT e FB) vale 200 k Ω. deslocamento de nível (R14 e R15, R16 capacitor, mesmo que os supercaps estejam
A figura 2 exibe o circuito de carga e R17) é usado para permitir a carga de muito descasados, tanto em valor de capa-
para cada supercapacitor. ambos supercapacitores, quando eles se citância quanto na tensão inicial. E
Eletrônica Aplicada
Baterias Redox:
Carga em minutos pela
Troca do Eletrólito
C
om celulares e outros aplicativos isso. Seria possível fazer o mesmo com uma
Um dos grandes problemas eletrônicos que usam bateria, bateria, mas sem ter de trocá-la por uma
para a aceitação do carro elétrico, o tempo de recarga não é tão recarregada? A solução está justamente
problemático, pois ainda po- num tipo de bateria denominada Redox
além da limitação dada pelo ta-
demos usá-los quando estão ligados ao (o nome deriva das palavras Reduction and
manho da bateria, é o seu tempo carregador. No caso de um carro elétrico, Oxidation – Redução e Oxidação).
de recarga. Para recarregar uma entretanto, isso não ocorre. Esta é, sem Estas baterias podem ser recarregadas
dúvida, uma das grandes limitações que pela simples troca de seu eletrólito, o
bateria é preciso de 4 a 16 horas,
encontramos na adoção desta solução líquido que existe no seu interior, e que
dependendo do tipo, o que signi- para o transporte alternativo. armazena a energia. Assim, basta parar
fica que, em princípio, o carro não Já pensaram ter de parar por 4 a 10 num posto e trocar o eletrólito descar-
horas para a recarga da bateria do carro, regado por um carregado, e a bateria
pode ser utilizado neste intervalo.
(quando ela descarregar) para somente estará novamente pronta para alimentar
Como fazer em caso de viagens? depois poder seguir viagem? Certamente o veículo. O processo é simples e rápido,
Paradas longas para a recarga? é algo que não é simpático a ninguém, a não demorando mais do que alguns
não ser aos proprietários de hospedarias minutos. E você não paga pelo eletrólito,
A solução que está sendo aperfei-
em rotas de viagem. No entanto, este pro- mas somente pela sua carga, pois o posto
çoada é a bateria Redox, que tem blema já está sendo solucionado. pode colocar este eletrólito descarregado
sua recarga em minutos, da qual Quando você para em um posto e em um carregador que o recupera (agora
enche o tanque esgotado de seu carro, não num prazo longo) para ser vendido a
trataremos neste artigo
precisa mais do que alguns minutos para outro veiculo no dia seguinte...
Newton C. Braga
www.newtoncbraga.com.br
Eletrônica Aplicada
O que são
Compandors?
C
ompandor é o acrônimo de Com- Para que o leitor tenha uma ideia do
Os compandors são dispo- pressor-Expandor, que poderia ser que acontece, vamos imaginar um sinal
sitivos de extrema utilidade no traduzido como Compressor-Ex- típico de áudio em que suas componentes
pansor. Isso é justamente o que possuem picos de diferentes intensidades,
processamento de sinais de áudio,
esse dispositivo faz e que iremos explicar conforme a frequência. De uma forma
sendo encontrados em tape-de- nesta matéria. simples, podemos representar esse sinal
cks, telefones, microfones sem de acordo com a figura 1.
fio e em muitos outros aparelhos Compressão e Imaginemos que o meio em que esses
Descompressão dois sinais devam ser transmitidos seja
onde sons devam ser transmiti- Existem vários motivos para se com- ruidoso, apresentando uma característica
dos. Veja, neste artigo, o que são primir um sinal de áudio antes de fazer como a mostrada na figura 2.
sua transmissão e, depois, descomprimi- Se o sinal for transmitido através desse
os compandors, como funcionam
lo novamente no lado receptor para que meio, na sua forma original, verificaremos
e onde são usados ele recupere sua forma original. que podem acontecer dois problemas.
Um dos motivos é o fato de que, se Um deles é que os pontos de maior
transmitirmos o sinal através de um meio amplitude podem ser mais intensos do
ruidoso (como uma linha telefônica), e esse que o aceito pelo meio (linha de transmis-
Newton C. Braga sinal não oscilar entre os limites de sua faixa são, modulador, etc.) e, com isso, ocorre
www.newtoncbraga.com.br dinâmica, ocorrerão cortes e distorções. uma saturação. O resultado, conforme
Outro motivo, bastante aproveitado ilustra a figura 3, é que surgem cortes e
pelos radioamadores há muito tempo, é consequentemente distorções.
que concentrando a faixa dinâmica dos Por outro lado, as partes do sinal de me-
sinais podemos obter maior rendimento nor amplitude, se não forem amplificadas,
dos transmissores, alcançando maiores podem ser cobertas pelo ruído e daí não
distâncias. aparecerem no receptor, veja a figura 4.
O Expansor
Na figura 10 ilustramos o circuito em
blocos que corresponde a um expansor
(expandor).
Conforme podemos ver, a diferença
em relação ao circuito compressor está
no fato de que temos uma etapa de ga-
nho fixo, mas na sua entrada temos um
circuito atenuador variável.
Esse circuito, em função da intensida-
de do sinal que chega, gera na célula reti-
ficadora uma tensão que controla o bloco
atenuador. Se o sinal for intenso, a tensão F9. Compressor para
600 ohms.
gerada aumentará a atenuação e se o sinal
for fraco, a atenuação será pequena. Dessa
maneira, a faixa dinâmica do sinal original
poderá ser recuperada, aparecendo na
forma original na entrada da etapa am-
plificadora. Sendo assim, o amplificador
usado nesse circuito pode ser linear, veja
a figura dada como exemplo.
Para uma linha de 600 ohms, podemos
ter o circuito completo apresentado na
figura 11. Esse circuito recupera a forma
de onda original para o sinal que é com-
primido pelo circuito da figura 9.
Aplicações em áudio
Há diversas aplicações possíveis para
os compandors em circuitos de áudio de
alta fidelidade. F10. Esquema de um
expansor.