Você está na página 1de 30

Contribuição técnica nº 5

ESTUDO NUMÉRICO-EXPERIMENTAL DE
LIGAÇÕES PARAFUSADASDE
DIMENSIONAMENTO COM CHAPA DE DE
ELEMENTOS
TOPO ENTRE VIGA METÁLICA DE SEÇÃO “I” E
ESTRUTURAS DE AÇO USANDO
PILAR MISTO PREENCHIDO MÉTODOS
COM CONCRETO
NUMÉRICOS
DE SEÇÃO QUADRADA
Autores:
Autoras:
Ricardo Ficanha
Marcela , Eng.
Novischi METASA S.A.
Kataoka
Fábio A. Nardi, Eng. METASA S.A.
kataoka@sc.usp.br
Zacarias M. Chamberlain Pravia, D.Sc. Universidade de Passo Fundo
Ana Lúcia Homce de Cresce El Debs
analucia@sc.usp.br
• DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS
DE ESTRUTURAS DE AÇO USANDO
MÉTODOS NUMÉRICOS

• O constante crescimento do setor de estruturas de aço


requer métodos e meios que garantam a segurança
para a estrutura com o menor consumo de aço
possível;
• O implemento do dimensionamento de elementos de
estruturas de aço usando métodos numéricos colabora
para a melhoria dos projetos e processos de
fabricação;

2
• Situações específicas para o dimensionamento de
seções quaisquer, não resguardadas pelos métodos
tradicionais de dimensionamento, propõem o uso de
modelos numéricos discretizados, para representação
do seu comportamento e verificação da sua
resistência;

3
• A norma ABNT NBR8800:2008 apresenta o item
5.5.2.3, onde trata de seções quaisquer submetidas a
momento de torção, força axial, momentos fletores e
forças cortantes;
• As tensões resistentes para os estados-limites últimos
devem ser iguais ou superiores as tensões solicitantes
de cálculo;

4
fy
a) Estados-limites de escoamento sob efeito de tensão normal: s Sd £
g a1

0,6 f y
b) Estados-limites de escoamento sob efeito de tensão de cisalhamento: t Sd £
g a1

cf y
c) Estados-limites de flambagem sob efeito de tensão normal: s Sd £
g a1

0,6 cf y
d) Estados-limites de flambagem sob efeito de tensão de cisalhamento: t Sd £
g a1
• Onde, χ é o fator de redução associado à resistência à compressão, determinado de
acordo com 5.3.3, tomando-se para tensões normais e para tensões de
cisalhamento. Com σe igual à tensão crítica elástica normal e τe igual à tensão
crítica elástica de cisalhamento, para o estado-limite de instabilidade ou flambagem
em questão, levando-se em conta, quando necessário, a interação entre instabilidade
global e flambagem local.
5
Análises

• Barra prismática submetida à força axial de tração, modelada e


discretizada com todas as combinações de ações majoradas:
– Chapa com furos.

• Chapa prismática submetida à força axial de compressão


modelada com todas as combinações, avaliar a necessidade de
análise de segunda ordem (grandes deslocamentos), se não for
necessário, realizar análise de estabilidade elástica
(Autovalores e autovetores do problema de fambagem) e obter
Ne, a partir disso determinar a tensão limite:
– Chapa AL (Apoiada/livre) verificada a compressão.

6
Caso I – placa com furos submetida a tração pura

• Chapa com furos submetida à força axial de tração


– Escoamento da seção bruta (item 5.2.2.a), FRd = 548,8kN;
• Ruptura da seção líquida (item 5.2.2.b), FRd = 408,3kN;
– Colapso por rasgamento (item 6.5.6), FRd = 326,4kN;
– Pressão de contato (item 6.3.3.a), FRd = 245kN.

Figura 1: Condições da verificação

7
Caso I – placa com furos submetida a tração pura
• Chapa com furos submetida à força axial de tração

Figura 2: Distribuição de tensões

8
Caso I – placa com furos submetida a tração pura

• Uma nova análise foi desenvolvida, modelando além da placa


os elementos de ligação que fazem a transmissão do esforço
entre as peças ligadas, neste caso, os parafusos;

• Pode-se verificar a diferença entre as análises somente pela


forma de elaboração do modelo, que se torna um ponto
fundamental para a correta análise;

9
Caso I – Chapa com furos sujeita a tração

Figura 3: Carregamentos e resultados 10


Caso I – Chapa com furos sujeita a tração

Figura 4: Tensões com representação dos parafusos

11
Caso I – Chapa com furos sujeita a tração

Com as tensões encontradas, é feita a verificação segundo o


item 5.5.2.3
a) Para os estados-limites de escoamento sob efeito de tensão normal:

fy 345MPa
s Sd = 313,6MPa £ = = 313,6 MPa
g a1 1,1

COM A CORRETA REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS


PODE-SE CONCLUIR QUE A EQUAÇÃO APRESENTADA NO
ÍTEM 5.5.2.3 a) FORNECE O ESTADO LIMITE QUE
DELIMITA A CAPACIDADE DA CHAPA COM FUROS A
SOLICITAÃO DE TRAÇÃO.

12
OBSERVAÇÕES:
• Modelagem o mais perto da realidade;
• Verificações simples com resistência de materias ou teoria da
elasticidade;

Figura 5: Tensões na chapa

Observa-se que o estado limite no caso de barra prismática de referência foi:


– Pressão de contato (item 6.3.3.a), 245kN.

13
CASO II – Chapa sujeita a compressão
0
15

12,5
500

Figura 6:Chapa sujeita a compressão


14
CASO II – Chapa sujeita a compressão
Elementos: AL Apoiado-Livre
Grupo: 4
Descrição: Chapas projetadas de seções I, H, T soldadas ou laminadas

æ b ö 15cm
ç ÷= = 12
è t ø 1,25cm

æbö E 20000kN / cm 2
ç ÷ = 0,56 = 0,56 = 13,48
è t ø lim fy 34,5kgf / cm 2

A VERIFICAÇÃO DA FLAMBAGEM LOCAL DEVE SER ATENDIDA!!

15
CASO II – Chapa sujeita a compressão

ANÁLISE ELÁSTICA
DE FLAMBAGEM
Fator de carga = 26,24

s e = 26,2 MPa

Figura 7: Análise Elástica de Flambagem

16
CASO II – Chapa sujeita a compressão

ANÁLISE SEGUNDA
ORDEM :
Deslocamentos

Figura 8: Análise de Segunda Ordem/Deslocamentos


17
CASO II – Chapa sujeita a compressão

ANÁLISE SEGUNDA
ORDEM:
Tensões:
Máxima = 21,8MPa

Figura 9: Análise de Segunda Ordem/Tensões


18
CASO II – Chapa sujeita a compressão

• Índice de esbeltez reduzido:


fy345MPa
l0 = = = 3,63
se 26,2 MPa
• Fator associado a resistência a compressão:
0,877 0,877
l0 > 1,5 : c = = = c = 0,07
l0 2 3,63 2

• Tensão limite:
cf y 0,07 ´ 345MPa
s Sd £ = = 21,9 MPa
g a1 1,1

19
Caso II – Chapa sujeita a compressão

Com as tensões encontradas, é feita a verificação segundo o


item 5.5.2.3
c) Para os estados-limites de instabilidade ou flambagem sob efeito de
tensão normal:

cf y 0,07 ´ 345MPa
s Sd = 21,8MPA £ = = 21,9 MPa
g a1 1,1

COM A CORRETA REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS PODE-SE


CONCLUIR QUE A EQUAÇÃO APRESENTADA NO ÍTEM 5.5.2.3 a)
FORNECE O ESTADO LIMITE QUE DELIMITA A CAPACIDADE DA
CHAPA COM FUROS A SOLICITAÃO DE TRAÇÃO.

20
Outras aplicações (reais):
• MEF: TOPO DE COLUNA COM CHAPA DE TOPO E ENRIJECEDORES.

Figura 10: Carregamentos e resultados

21
Outras aplicações (reais):
• MEF: EMENDA DE COLUNA CAIXÃO, FORMADA POR TUBOS.

Figura 11: Considerações e resultados 22


Outras aplicações (reais):
• MEF: BARRA DE IÇAMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS.

23
Figura 12: Considerações e resultados
Outras aplicações (reais):
• MEF: VIGA DE ROLAMENTO COM PERFIS TUBULARES

24
Figura 13: Viga de rolamento com perfis tubulares
Outras aplicações (reais):

25
Figura 14: Análise de rigidez torcional
Outras aplicações (reais):

Figura 15: Colunas diversificadas


26
Comentários e Observações :

• Escolha adequada do tipo de elemento e da discretização;


• Análise de flambagem elástica e de segunda ordem, ou ainda
de não linearidade física;
• Avaliação da deslocabilidade da estrutura;
• Aplicações para elementos não prismáticos, conexões e outros
tipos de elementos;
• Análises completas com não linearidades de material e
consideração de grandes deslocamentos, fornecem tensões
no estado limite!
• Continuação dos estudos numéricos e comprovação
experimental.

27
Elementos que estão sendo estudados:

Figura 16: Vigas de alma Figura 17: Viga com aberturas retangulares
cheia na alma

28
Elementos que estão sendo estudados:

Figura 18: Enrijecedores inclinados, Figura 19: Enrijecedores horizontais e


em elemento não simétrico verticais

29
Agradecimentos:

• A empresa METASA S/A Indústria Metalúrgica pelo apoio ao


desenvolvimento deste trabalho e por permitir usar a licença
do software ANSYS;
• Ao Professor Zacarias pelas valiosas dicas e incentivo em
buscar o conhecimento.

30

Você também pode gostar