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USO DOS GEOSSINTÉTICOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Fábio Henrique Benevenuto1


Waldir Sobrinho Junior2
Mozart Mariano Carneiro Neto3
RESUMO
Atualmente empregam-se os geossintéticos como produtos fabricados com polímeros
sintéticos ou naturais, que surgiram com a finalidade de aumentar a resistência do solo
frágil evitando-se danos as construções que nele se apoiaram. Também são usados em
obras de drenagem de solos e estabilidade de taludes. Existem vários tipos de
geossintéticos, dos quais destacam-se neste trabalho Geotêxtil, Geocélula, Geogrelha,
Georede, Geomembrana, Geotubo e Geocomposto. Cada um desses são usados de
acordo com a necessidade de cada projeto.
Palavras-chave: Geossintéticos; Reforço de solo; Drenagem de solo.

1.Introdução
1.1 Aspectos Gerais
Desde os primórdios da história antes de Cristo, já existiam relatos da utilização
de materiais para melhorar a qualidade dos solos e em obras de contenção, como por
exemplo a utilização de misturas de solo com palha, uso de bambus, etc...., os quais são
materiais que possuem fibras resistentes em sua composição. Na Babilônia eram usados
materiais fibrosos no processo de construção de "Ziggurates", que eram templos
construídos em barro reforçado por galhos e juncos. Esses templos atingiam até cinquenta
metros de altura. (EHRLICH; BECKER, 2009).
Os romanos utilizavam troncos na construção de muros de contenção e os chineses
empregaram argila, cascalho e fibras naturais na construção da Grande Muralha. Há
relatos dos uso de solos comprimidos reforçados com bambus na construção de
residências no Irã. A Torre de Babel, obra realizada no primeiro milênio, também foi
construída com solo reforçado (INGOLD, 1983).

1
Graduando em engenharia civil Unitoledo (2017). E-mail: fabiobenevenuto11@hotmail.com
2
Graduando em engenharia civil Unitoledo (2017). E-mail: Waldir-sj@hotmail.com
3
Pós-graduando em Docência do Ensino Técnico e Superior, UNITOLEDO (2017). Graduado em
Engenharia Civil, UNESP-FEIS (2007). E-mail:neto_mozart@hotmail.com

1
Após a Segunda Guerra Mundial, as indústrias petroquímicas tiveram um grande
desenvolvimento que deu origem à difusão dos produtos em plástico, dando início a era
dos Geossintéticos. Estima-se que as utilizações primárias de geotêxteis exercendo
funções de filtração foram em obras nas regiões litorâneas nos Países Baixos e nos
Estados Unidos (VERTEMATTI, 2001).
O termo "Geo" se refere a terra e "sintético" aos materiais poliméricos que são
utilizados em sua fabricação (COSTA et al., 2015). A Associação brasileira de normas
técnicas define os geossintéticos, na NBR 12553 (2003), como produtos poliméricos
sintéticos ou naturais, industrializados, desenvolvidos para utilização em obras
geotécnicas, desempenhando uma ou mais funções, dentre as quais destacam-se:
separação, controle de erosão superficial, proteção, impermeabilização, reforço, filtração
e drenagem.
Os geossintéticos são materiais industrializados que possuem componentes
fabricados com polímeros sintéticos ou naturais e uma tecnologia nova que vem ganhando
força no mercado a cada dia. Por meio dessa técnica foram solucionados diversos
problemas da engenharia civil, possibilitando diversas atividades, tais como: a construção
em solos frágeis, o reforço em taludes instáveis, drenagem de áreas, o alívio de erosão,
entre outros. A seleção dos geossintéticos para atender às exigências da obra deve se
basear em propriedades de engenharia que traduzam as condições técnicas a que serão
submetidos quando em serviço. Essas propriedades são determinadas a partir de ensaios
de campo ou, mais comumente, de laboratório, os quais, para serem realistas, precisam
reproduzir os aspectos importantes da interação do geossintético com o meio em que será
inserido. Além disso, esses materiais devem apresentar vida útil compatível com as das
obras onde são empregados (BUENO, 2003).
Segundo Stevens (1990) a expressão "polímero" foi criada no ano de 1933 pelo
sueco Jons Jakob Berzelius (1779-1848) para estabelecer os compostos químicos com
pesos múltiplos. O termo vem do grego e os prefixos "Poli" e "meros" significam,
respectivamente, "muitos" e "partes", ou seja, é um composto formado por muitas partes.

1.2 Avanço Tecnológico


Em 1839 surgiram os primeiros produtos poliméricos manufaturados, eram eles o
acetato de celulose, o estireno e o nitrato, esses, porém possuíam bases naturais. O
polímero sintético por sua vez só foi desenvolvido no início do século XX, a resina fenol-
formaldeído ou baquelita, como era conhecida comercialmente. Atualmente, a notícia

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referente ao primeiro uso de reforço em pavimentação vem da Carolina do Sul nos
Estados Unidos por volta de 1930, onde foi utilizado um geotêxtil composto de algodão.
(COSTA et al., 2015) e (BECKAM e MILLS, 1935). Porém, a utilização regularizada
desse material só passou a acontecer na década de 40 com o desenvolvimento dos
mecanismos de fabricação.
A era dos geossintéticos no Brasil iniciou-se no ano de 1971. Nesse mesmo ano
certa quantidade de grupos técnicos foram criados na Alemanha, Estados Unidos e França
para a elaboração de normas especificas (VERTEMATTI, 2001). Segundo Carvalho,
Wolle e Pedrosa (1986), no Brasil a primeira obra de grande porte a utilizar o reforço de
solo foi executada em meados da década de 80 no trecho de rodovia que liga Taubaté a
Campos do Jordão, ano também em que a ABMS (Associação Brasileira de Mecânica
dos Solos e Engenharia Geotécnica) elaborou a Comissão Técnica de Geossintéticos, com o
intuito de dilvulgação dos mesmos e suas aplicações (SIEIRA, 2003).
Vertematti (2004), cita no Manual Brasileiro de Geossintéticos que atualmente, o
desenvolvimento urbano das grandes metrópoles, aliado ao porte das obras da engenharia
moderna, dificulta a livre escolha do melhor terreno, pois as melhores localidades já
possuem edificações e os poucos espaços que restam se tornam mais valorizados. São
nessas condições que as novas soluções da geotecnia são executadas, em situações
adversas, onde as sondagens apontam solos que precisam de tratamentos, inclusões,
reforços, etc., para se adaptar às solicitações das grandes obras.
Nos últimos anos, os geossintéticos vêm exercendo um papel importante,
substituindo ou melhorando técnicas que já existem, possibilitando associações e
combinações com solos e agregados, resultando em soluções mais rápidas, com menor
peso, mais esbeltas, confiáveis e com menos custo. Segundo Costa et al. (2015), os
principais tipos de geossintéticos são: Geocélula, Geogrelhas, Georredes,
Geomembranas, Geocompostos, Geotubos e Geotêxtil.
Os ensaios realizados em geossintéticos em geral são normatizados pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e pela American Society for Testing
and Materials (ASTM), os principais ensaios são de determinação da espessura (NBR
12569), determinação da gramatura (NBR 12568), ensaio de tração (ASTM 4632, ASTM
4885, ASTM 4884, ASTM 4595, ASTM 4545, NBR 12824), resistência ao rasgamento
(ASTM 4633, ASTM 4533), permissividade (ASTM 4491), transmissibilidade (ASTM
4716), determinação da abertura de filtração (ASTM 4751), razão entre gradientes
(ASTM 5101), solicitação de perfuração (ASTM 4833), ensaio em cilindro de CBR (NBR

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13359), ensaio de degradação (ASTM 4594), e ação de radiação ultravioleta (ASTM
4355).

2. Objetivo
Apresentar os principais geossintéticos e suas aplicações na engenharia civil, bem
como suas vantagens ao substituir os materiais tradicionais que geralmente são utilizados
em obra.

3. Metodologia
Para esse estudo realizou-se uma pesquisa exploratória sobre o tema, por meio de
fontes secundárias como teses e livros dos mais renomados autores, o que possibilitou a
descrição das utilizações dos geossintéticos, bem como seu contexto histórico. Os
resultados serão apresentados de forma qualitativa, com conceitos e ideias sobre o
descrito no desenvolvimento.

4. Resultados
Os itens a seguir apresentam os resultados da pesquisa, ou seja, os geossintéticos
mais utilizados, bem como sua definição, composição e aplicação.

4.1 Geotêxtil
O geotêxtil é um material imensamente aproveitável para construção civil. Graças
à sua eficiência de adequação à vários ambientes bem como o desempenho de várias
funções fundamentais, tornou-se um material imprescindível no reforço de aterros,
construção de drenagens, estruturas de contenção, e outras tantas aplicações
(DALDEGAN, 2017). Como matéria-prima desse geossintético são usados polímeros
como: garrafas PET trituradas, mantas recicladas, polímero re-extrudado e polímero
virgem.
De acordo com Vertematti (2001), o material é composto essencialmente de fibras
de alta resistência em polipropileno ou poliéster. Já é empregado desde 1950 no Japão,
Europa e Estados Unidos e ultimamente vem ganhando lugar no Brasil nos últimos anos.
Segundo Vertematti (2004), um grande passo no desenvolvimento dos materiais
geossintéticos foi a fabricação de geotêxteis não tecidos de filamentos contínuos, na
metade dos anos 60, na França, na Inglaterra e nos EUA. Pode atuar na absorção acústica,
proteção de outros geossintéticos, recuperação de pavimentos, reforço de solo, filtração,

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drenagem, separação de camadas de solo, etc... Os principais ensaios realizados em
geotêxteis são os ensaios de tração (ASTM 4632) e determinação de abertura de filtração
(ASTM 4751).
Segundo Daldegan (2017), as mantas geotêxteis podem ainda ser classificadas em
Geotêxtil tecido e Geotêxtil não tecido.

Geotêxtil tecido: é formado por fibras ou filamentos contínuos que são


entrelaçados perpendicularmente, de modo a compor um plano. A resistência do material a
ser utilizado, seu revestimento e a abertura da malha são definidos de acordo com a
atividade a ser exercida. É comum ser fabricado utilizando cem por cento de
polipropileno. Suas utilizações mais comuns são em drenagens subterrâneas,
revestimento para reservatórios e controle de erosão nas margens de rios e encostas com
vegetação. É um material que apresenta altíssima resistência a tração, é resistente a
ataques químicos, possui baixa deformação e boa permeabilidade.

Geotêxtil não tecido: é constituído de filamentos contínuos ligados através de


agulhagem. São produzidos por extrusão. Em razão de seu processo de confecção, esse
material apresenta excelente resistência à tração, à punção e ao rasgo. Na maior parte dos
casos é confeccionado com cem por cento de poliéster. Na figura 1 observa-se o geotêxtil
tecido e na figura 2 vemos o geotêxtil não-tecido.

Figura 1. Geotêxtil tecido . Fonte: (VERTEMATTI, 2004, Figura 2. Geotêxtil não tecido. Fonte:
p. 8 ) (VERTEMATTI, 2004, p. 8)

Possui uma ampla área de utilização. Podemos citar como exemplo a proteção de
geomembranas, reforço de taludes e muros, estabilização de subleito, reforço de aterros
com solos moles, filtração, drenagem, entre outros. Apresenta alta resistência à ruptura e à
tração, rapidez e facilidade na execução e de baixo custo. Nas imagens observa-se
alguns dos usos citados acima, na figura 3 a manta geotêxtil é empregada no reforço de
talude e na figura 4 é utilizada na drenagem de ferrovias.

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Figura 3. Reforço de talude. Fonte: (BIDIM, Figura 4. Drenagem de ferrovias. Fonte:
2003) (GEOFOCO, 2017)

Atualmente uma das principais aplicações dos geotêxteis são na drenagem de


campos de futebol. A Arena Fonte Nova, localizada em Salvador na Bahia é um exemplo
disso, no estádio que foi utilizado em jogos da copa do mundo em 2014 no Brasil, de
acordo com os casos de obra do Comitê Técnico de Geossintéticos CTG (2013), foi
utilizada a manta geotêxtil não-tecido com filamentos contínuos totalmente produzida em
poliéster. Sua aplicação se deu devido à necessidade de um sistema eficiente de drenagem
no campo, prevenindo o acúmulo superficial de águas durante as chuvas, o que
prejudicava o crescimento do gramado e as partidas de futebol. O resultado foi uma
execução mais rápida da obra, um sistema de drenagem eficiente ao longo do tempo e a
preservação das características originais dos materiais adjacentes.

Nas figuras 5 e 6 observa-se o processo de aplicação das mantas geotêxteis na


obra da Arena:

Figura 5. Aplicação do Geotêxtil. Fonte: Figura 6. Aplicação deo Geptêxtil. Fonte: (CTG,
(CTG, 2013) 2013)

4.2 Geocélula

A NBR 12553, o Manual Brasileiro de Geossintéticos (VERTEMATTI, 2004) e o


Curso Básico de Geotêxteis (VERTEMATTI, 2001), definem a Geocélula como um
produto com estrutura tridimensional aberta, constituída de células interligadas, que

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confinam mecanicamente os materiais nela inseridos, com função predominante de
reforço e controle de erosão. Na figura 7 observa-se a estrutura da geocélula:

Figura 7. Geocéluca. Fonte: (PROJAR,


2017)

Outras definições que expressam o mesmo sentido podem ser encontradas na


literatura internacional, que define geocélulas como uma caixa composta por tiras rígidas
de polímeros habilmente dispostas na vertical com formato celular, usado em arranjo
horizontal (com as células na vertical) e preenchidas com solo, a fim de produzir um
confinamento celular capaz de criar um colchão impressionantemente rígido e estável
(KOERNER, 1994).

A empresa Geossintec (2017) cita algumas aplicações da geocélua, tais como,


controle de erosão em taludes, em canais e em corpos d'água, e reforço de pavimento em
áreas de estacionamento. Entre suas principais vantagens, realiza a absorção e
transferência de forma eficaz, de parte das tensões verticais em horizontais, o que resulta
em benefício nas caracteristicas geomecânicas e promove um aumento na capacidade de
carga do conjunto. Quando agrupada ao material de preenchimento como concreto,
vegetação, etc.. reduzem de forma significativa os efeitos da erosão e protegem a longo
prazo a face do talude. Na figura 8 observa-se a utilização da geocélula no controle de
erosão em talude e na figura 9 a geocélula atua no controle de erosão no revestimento de
canais.

Figura 8. Controle de erosão. Fonte: Figura 9. Controle de erosão em canais. Fonte:


(VERTICAL GREEN, 2017) (GEOMAKS, 2017)

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Lavoie et al. (2017) afirma que no comércio brasileiro há dois tipos diferentes de
geocélulas geralmente aplicadas em obras geotécnicas. Uma delas é produzida por tiras
de polietileno de alta densidade (PEAD), e soldadas entre si por ultrassom. O outro tipo
de geocélula é produzido por tiras de geotêxtil de polipropileno (PP), tratada com
termofixação superficial e aditivos a fim de porporcionar uma resistência maior aos raios
ultravioleta. É importante destacar que tanto o polietileno e o polipropileno são polímeros
estáveis quimicamente, e possuem uma resistência a longo prazo bem alta, especialmente
se comparados aos demais polímeros geralmente aplicados em geossintéticos, tendo
como exemplo, o poliéster e o PVC.

O ensaio geral realizado nas geocélulas é o ensaio de placa, no qual existem


diversas variações e permite o estudo da resistência desse geossintético, a altura a ser
utilizada bem como o material a ser usado no seu preenchimento. Esse ensaio foi utilizado
por vários autores como Miguel (2016), Meneses (2004), entre outros.

4.3 Geogrelha

Segundo Vertematti (2004), as Geogrelhas são definidas como objetos com


estrutura no formato de grelha compostos por elementos resistentes a tração com utilidade
principal em reforço, cujas aberturas permitem a iteração do ambiente no qual estão
confinadas. Sobre o processo de fabricação, as geogrelhas podem ser tecidas, extrudadas
ou soldadas. De acordo com sua resistência são classificadas em duas categorias,
unidirecional quando apresentam alta resistência a tração em apenas uma direção, e
bidirecional quando apresenta alta resistência a tração nas duas direções principais
(ortogonais). Koerner (1994) ainda cita as Geogrelhas como sendo materiais planares
flexíveis formados por uma rede regular de elementos com aberturas de tamanho
suficiente para interagir com o material de enchimento circundante. Na figura 10 observa-
se alguns modelos de geogrelha nos formatos uni e bidirecional.

Figura 10. Estruturas da geogrelha. Fonte:


(NEOMATEX, 2017)

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As geogrelhas têm a mesma função do aço no concreto armado, possuem altissíma
resistência a esforços de tração, enquanto o solo resiste aos esforços de compressão
(GEOSSINTEC, 2017). Ainda de acordo com a empresa Geossintec (2017), as principais
aplicações desse geossintético são em reforço de aterro sobre solos moles, bases de
pavimento, sub-leitos e fundações, também são indicados para taludes íngremes. Devido a
sua resistência a tração, possibilita a utilização dos solos locais na obra, não sendo
necessário a substituição dos mesmos por solos mais nobres, gerando assim uma certa
economia com a eliminação ou redução de empréstimos e bota-fora. Nas figuras 11 e 12 a
geogrelha é aplicada no reforço de pavimento da rodovia Iquitos no Peru.

Figura 11. Aplicação da geogrelha. Fonte: Figura 12. Aplicação da geogrelha. Fonte:
(METALICA, 2017) (METALICA, 2017)

As características mecânicas da relação entre geogrelha e solo são elementos


fundamentais para o projeto estrutural em solo reforçado. Os experimentos geralmente
utilizados para determinar as resistências de interface são os ensaios de cisalhamento
direto (NBR 12957-1) e de arrancamento (ASTM D6706-1), porém outros ensaios usados
para analisar essa interação são encontrados na literatura.

4.4 Georrede
A Georrede é um item destinado a drenagem de gases e líquidos em obras de
engenharia uma vez que pode proporcionar grande vazão embora possua uma seção
transversal pequena. É constituído de uma estrutura tridimensional com alto volume de
vazios bem como excelente resistência ao intemperismo, mecânica e química (TEGAPE,
2017). Geralmente é aplicada em associação com outros tipos de geossintéticos,
originando os geocompostos, pode ser aplicada por exemplo entre uma geomembrana e
um geotêxtil, entre duas geomembranas, entre dois geotêxteis, ou ainda como prevenção
para que os canais não sejam obstruídos por resíduos ou pelo solo. Na figura 13 observa-
se a estrutura da georrede e na figura 14 a georrede associada entre dois geotêxteis.

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Figura 14. Georrede e geotêxtil associados.
Figura 13. Estrutura da georrede. Fonte: (IBDA,
2017) Fonte: (DRENOTEC, 2017)

Segundo o Manual brasileiro de geossintéticos (VERTEMATTI, 2004), um dos


grandes passos no desenvolvimento dos geossintéticos ocorreu em 1960 quando
indústrias de embalagens inglesas desenvolveram a tecnologia de fabricação de
georredes, e ainda conclui que as georredes foram criadas para atuar especialmente como
núcleos de drenagem conduzindo fluídos, e por isso são parcialmente pouco
compressíveis. De acordo com a tabela técnica da empresa Tegape (2017), entre as
principais aplicações desse geossintético estão a drenagem de aterros sanitários e
industriais, muros de arrimo, sistemas de impermeabilização em túneis, canais de
irrigação e adução, proteção mecânica de geomembranas, entre outras. Khire e Haydar
(2005) citam que uma georrede com espessura de cinco milimetros equivale
hidraulicamente a uma camada granular de drenagem com espessura aproximada entre
duzentos e trezentos milimetros de espessura sob iguais condições. Segundo as
especificações técnicas da empresa LCB Consultoria Ambiental (2017), os principais
ensaios realizados na georredes são de gramatura e espessura nominal (NBR 12568,
12569), densidade (ASTM D792), resistência a compressão (ASTM D1621),
transmissividade (ASTM D4716) e resistência a tração (NBR 12824).

4.5 Geomembrana

A geomembrana é um dos tipos mais comuns de geossintéticos e consiste-se em


uma manta de liga plástica, flexível e elástica. Os tipos geralmente achados são
constituídos de polietileno de elevada densidade - PEAD ou policloreto de vinila - PVC.
Demonstram um ótimo desempenho quando usada como proteção impermeabilizante
possuindo várias aplicações em impermeabilização, sendo sua principal utilização em
lagos artificiais de decantação, o que resulta na preservação do meio ambiente e previne a
contaminação de afluentes adjacentes , do próprio solo e de lençóis freáticos.

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(CENTERGEO, 2017). Na figura 15 observa-se a estrutura da geomembrana e na figura
16 como ela é comercializada, ou seja, na forma de rolos.

Figura 15. Estrutura da geomembrana. Fonte: Figura 16. Comercialização da


(MAIA MACEDO, 2017) geomembrana. Fonte: (ALTES, 2017)

De acordo com a empresa de soluções geotécnicas Vegetech (2017), as


geomembranas são usadas em várias áreas, como por exemplo, na mineração ela é
utilizada nas bases das pilhas de lixiviação como revestimento de solo, no transporte do
líquido lixiviado são utilizadas nas canaletas, em lagoas de evaporação e nos lagos que
armazenam o líquido lixiviado; na piscicultura é usada na impermeabilização em lagoas
de criação de peixes, evitando assim a contaminação do solo por amônia (produto
excretado por peixes); nos aterros é perfeita sua utilização para cobrimento, evitando
assim a evaporação de odores e possibilitando a captação de gás para uso energético; na
agricultura podem ser usadas para a construção de esterqueiras de contenção dos resíduos
gerados da criação animal. A figura 17 faz referência aos reservatórios de criação de
peixes, impedindo a contaminação do solo e de águas subterrâneas por resíduos e gases, e
a figura 18 retrata a aplicação da geomembrana em obra de aterro sanitário no Rio
Grande do Sul, onde a máquina realiza a solda por termo-fusão.

Figura 17. Geomembrana utilizada em Figura 18. Aplicação da geomembrana em aterro


reservatórios. Fonte: (ENGEPOL, 2017) sanitário. Fonte: (MAIA MACEDO, 2017)

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Segundo o Manual Técnico Geomembrana PEAD da empresa Neoplastic (2017),
existem algumas vantagens e desvantagens dos tipos de geomembranas mencionados
anteriormente. São elas:
PEAD Polietileto de alta densidade: boa resistência contra diversos agentes
químicos, boas características de resistência e solda, boas características de
resistência mecânica, bom desempenho a baixas temperaturas, baixo atrito de
interface se for de superfície lisa, PEAD é relativamente rígido, formação de
rugas, difícil conformação ao sub-leito, sujeita ao FST (Stress Cracking).
PVC Polivinil Clorado: boa trabalhabilidade, flexível, facilidade de soldagem,
bom atrito de interface mesmo quando aplicado em superfícies lisas, boas
características de resistência mecânica, baixa resistência a ultravioleta, sulfetos e
intemperes, baixo desempenho quando exposto a altas e baixas temperaturas,
baixa resistência química a algumas substâncias.

Os principais ensaios realizados com Geomembrana são: Espessura (ASTM D 751 e


5199), Densidade (ASTM D 792), Índice de Fluidez (ASTM D 1238), Dureza (ASTM D
2240), Estabilidade Dimensional (ASTM D 1204), Resistencia a tração (NBR 12824).

4.6 Geotubo
Couto (2011), define os geotubos como sendo estruturas longas e cilindricas
fabricadas com têxteis sintéticos como poliéster e propileno, seu comprimento pode variar
até trezentos metros e seu diâmetro de seis e meio centímetros a vinte e três cetímetros
(KANANET, 2017). Na figura 19 observa-se um geotubo corrugado com aberturas ao
longo de seu comprimento.

Figura 19. Geotubo corrugado. Fonte: (VERTEMATTI,


2004, p. 228)

Vertematti (2004) cita que os geotubos são basicamente tubos-drenos sintéticos,


projetados especialmente para aplicação em drenagem e utilizados para substituir os tubos

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convencionais em concreto perfurado, cerâmica perfurada e concreto poroso. Na citação
de Couto (2011) os geotubos ainda podem ser utilizados em obras de quebra-mar,
reduzindo significativamente a energia das ondas e ainda o fluxo de sedimentos, chegam a
custar três vezes menos quando comparados ao quebra-mar convencional composto de
pedras e ainda não provocam impacto visual no ambiente já que ficam submersos.

Não se trata de uma técnica nova, originou-se na Alemanha por volta de 1967, é
muito utilizado em obras costeiras tais como: controle de erosão, formação de diques,
defesas costeiras e recifes artificiais. Podem ser preenchidos com areia, concreto, terra,
entre outros. Seu preenchimento não se limita a esses meios mas pode ser realizado com
bombas de iodo, dragas de sucção ou retroescavadeiras. Os geotubos também são
encontrados em forma de "grandes bolsas", são as chamadas Geobags. Os primeiros
experimentos bem sucedidos com esse geossintético foram realizados nas praias de
Cancún no México como quebra-mar e na regeneração de praias devastadas pelo furacão
Gilbert em 1988. (MONROY, 2017). A figura 20 apresenta um exemplo das geobags e a
figura 21 relata uma imagem das praias de Cancún onde são aplicadas as geobags para
restauração da praia após o furacão Gilbert.

Figura 20. Geobags. Fonte: (ALLONDA, 2017) Figura 21. Aplicação das geobags na praia de
Cancún. Fonte: (HYATT REGENCY CANCUN,
2006)

4.7 Geocompostos

Segundo Vertematti (2004), os geocompostos são definidos como objetos


industrializados desenvolvidos através da superposição ou agregação a um ou mais
geossintéticos entre si, ou ainda com outros produtos, usualmente criados a fim de
cumprir alguma função específica. Entre as principais utilizações dos geocompostos
estão: barreiras imperbeabilizantes, onde sua estrutura é constituida pela associação de
argila pouco condutível a um material geossintético. Geocompostos drenantes,
constituídos frequentemente por um geotêxtil atuando como componente filtrador
associado a uma georrede que desempenha o papel de drenagem, e também possuem o

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uso em reforço, onde são agregados geossintéticos distintos. A figura 24 apresenta um
exemplo de geocomposto drenante formado por geotêxteis e georrede.

Figura 24. Geocomposto drenante.


Fonte: (INOVAGEO, 2017)

Ainda segundo Vertematti (2004), existem vários tipos de geocompostos com as


funções citadas a cima, dentre eles:

GCL, Geocomposto argiloso para barreira impermeabilizante: Estrutura


originada da agregação de geossintéticos com material argiloso pouco condutível,
destinada a desempanhar a função de barreira impermeável. Exemplo disso,
encontra-se na figura 25 onde o geocomposto utilizado é formado por geotêxteis e
bentonita.

Figura 25. Geocomposto argiloso. Fonte: (FIXSOLO,


2017)

GCD, Geocomposto para drenagem: Projetado para realizar drenagem,


constituido em geral por um geotêxtil que desempenha o papel de elemento
filtrante e por um geoespaçador ou uma georrede que exerce o pepal de elemento
de drenagem. Na figura 26 observa-se um geocomposto drenante constituido por
geotêxteis e geomanta.
GCR, Geocomposto para reforço: Desenvolvido através da associação de
geossintéticos não-similares, destinado a desempenhar reforço. Na figura 27 tem-
se um geocomposto de reforço constituído por geogrelha e geotêxtil não-tecido.

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Figura 26. Geocomposto para drenagem. Figura 27. Geocomposto para reforço. Fonte:
Fonte: (NTC BRASIL, 2017) (MATRIN, 2017)

Os principais usos e aplicações dos geocompostos são: uso no subsolo de edifícios


para conter infiltrações, drenagem vertical de muros de arrimo, drenagem de jardins e
telhados verdes, drenagem de campos de futebol, drenagem de lagoas, baldrames. Um
exemplo prático de aplicação do Geocomposto foi no estádio do Baetão em São
Bernardo do Campo (SANTOS; ROCHA; PRADO, 2010), onde foi instalado um tipo de
Geocomposto drenante duas vezes maior que o sistema convencional de brita, instalado
rapidamente e com um custo bem inferior aos métodos tradicionais de drenagem,
totalizando uma área de instalação dos geocompostos de aproximadamente 6,0 mil metros
quadrados. A figura 28 faz referência a utilização do geocomposto em baldrames e na
figura 29 onserva-se sua aplicação na proteção de muros de arrimo.

Figura 28. Geocomposto em baldrames. Fonte: Figura 29. Geocomposto em muro de arrimo.
(GEOFOCO, 2017) Fonte: (GEOFOCO, 2017)

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5. Discussão dos resultados

Os geossintéticos podem ser utilizados em drenagem, reforço e controle de erosão


do solo. A tecnologia permite explorar solos que antes eram descartados, reduz o tempo
de obra e não é restrita apenas a obras de alto padrão por se tratar de tecnologia
economicamente acessível. Esses resultados são apresentados por empresas que
utilizaram esses produtos em suas obras e tiveram resultados positivos.

6. Conclusão

Os geossintéticos encontram-se em destaque na construção civil, principalmente


em obras geotécnicas, isso devido a sua fácil aplicação, seu baixo custo comparado aos
materiais e métodos tradicionalmente empregados, reduz os prazos de obra, solucionam
diversos problemas hidráulicos, substituem ou complementam os materiais geralmente
utilizados, como as pedras, que possuem um alto custo e uma logistíca deficiente, entre
outras vantagens que proporcionaram um aumento progressivo na utilização dos
geossintéticos. Sua área de aplicação é ampla, podendo ser utilizado em diversos estudos
de solo, possibilitando novas técnicas e agregando conhecimento na área da construção
civil. Suas aplicações vão desde a agricultura até em ferrovias e pavimentos. Essa
tecnologia já deixou de ser uma promessa e é hoje uma realidade em diversos países.

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Determinação das Caracteristicas de Atrito - Parte 1: Ensaio de Cisalhamento Direto

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