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O FATO É QUE NINGUÉM CRIA DO NADA. Sim, é muito dificil criar sem estar de
porte de um considerável 'Data bank' que alimente nossa imaginação e sem termos
estado em contacto com precedentes objetos de contemplação ou reflexão que nos
instiguem a traçar relações ou paralelos. NINGUÉM INVENTA ALGO NOVO E
ORIGINAL SEM QUE HAJA CONDIÇÕES SOCIAIS E PRODUTIVAS PARA QUE
ESSA CRIAÇÃO VENHA À LUZ, Sim, é dificil ser criativos e inventivos se o
ambiente onde nos desenvolvemos como espectadores tende a perpetuar em nossos
olhos a areia grossa da ignorância que nos impede a visão criativa de nosso entorno e de
nós mesmos. TALVEZ SEJA MAIS FÁCIL DIZER QUE AS COISAS QUEREM SER
CRIADAS, INVENTADAS, DO QUE PENSAR QUE ALGUMA COISA NOVA E
DIFERENTE NASCEU DA CABEÇA DE ALGUM GÊNIO INSPIRADO. Sim, as
idéias estão no ar e os artistas como antenas do incosciente coletivo, ou melhor pára-
raios do gênio (comum) humano, estão sempre mais aptos à captação de idéias das quais
a humanidade carece refletir neste ou naquele momento.
Como desfecho acrescentaria que O ROUBO COMO ARTE faz sentido ou se faz
premente quando na solicitante carreira da atualidade o artista se vê sem tempo ou garra
para cultivar mais alongadamente sua imaginação ou se vê exausto de múltiplas
demandas: inúmeras exposições em um só ano acompanhadas de repetidas viagens de
negócios, isto sem falar no constante 'Lobby'. Daí então recorre ao plágio, na certeza de
que este será minimizado facilmente pela reputação de sua assinatura ou pela preguiça e
desatenção intelectual dos que por volta a arte administram.
Para citar aprópriadamente Renzo Piano, uma pessoa a quem considero gênio: -"Passei
cinquenta anos da minha vida me preparando para a arquitetura que invento hoje."