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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE RIO

BRANCO/AC.

JORGINA ALVES, brasileira, casada, vendedora, inscrito no Cadastro de Pessoa


Física sob nº 123.456.829-1, portadora do RG nº 187254721 SSP/AL, domiciliada na
Rua estacionaria n 18, Rio branco/AC, CEP: 68840-000, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência propor, nos termos do art. 840, inciso I, da CLT, por
meio de sua Advogada, infra assinado, ajuizar

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, PELO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO.

em face de MAGAZINE LOUISE LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ n.º 00.635.000/0000-00, localizada na avenida alagoas, nº. 1.655, Centro, Rio
branco/AC, CEP: 68840-000.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Requer a Demandante o benefício da gratuidade de justiça, nos termos da Legislação


Pátria, inclusive para efeito de possível recurso, tendo em vista ser a Autora
impossibilitada de arcar com as despesas processuais sem prejuízo próprio e de sua
família, bem como o contido no artigo 5º LXXIV da Constituição Federal/88.

DOS FATOS

A demandante foi admitida no dia 30 de novembro de 2015, a trabalhadora exercia sua


função de vendedora, em escala de sete por um, trabalhando sete dias semanais, sua
folga era no oitavo dia, concluindo 44 semanais.
Com sua simpatia para com todos, foi promovida a subgerente, a demandante
começou a abrir e acionar os dispositivos de segurança da loja, alarmes, energia
elétrica.

Fazia suas refeições rapidamente, e retornava ao trabalho, sem direito a uma hora de
descanso, com essa correria a trabalhadora menciona ter sofrido uma queda da
escada do almoxarifado, que resultou esmagamento da patela do joelho esquerdo
motivo pelo qual a mesma se afastou.

A demandante foi dispensada sem justa causa, mesmo apresentando todos os


exames, por isso ajuizou a presente ação.

DO DIREITO À ESTABILIDADE

A empregada, logo após, o acidente de trabalho, foi afastada de sua função por
período de 15 dias com percepção do auxilio-doença acidentário, tendo, portanto,
direito a estabilidade por um ano, contados da alta previdenciária

Dispõe o Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de
auxílio-acidente.

TUTELA URGÊNCIA

A empregada foi dispensada arbitrariamente durante o período de estabilidade, tendo


direito a reintegração, e ao pagamento dos salários desde a data de sua demissão, até
a efetiva reintegração.

De acordo com o art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.

2- DO DIREITO
2.1- Da integração das comissões

Compreende no salário do empregado, além da importância fixa estipulada, as


comissões paga pelo empregador, sendo que as importâncias pagas a esse titulo
devem refletir nas verbas processuais e rescisórias.

2.2- Das horas extras

A empregada tem direito ao pagamento de horas extras, no período em que ela atuou
no cargo de subgerente, pelo trabalho extraordinário, além da oitava hora diária a
quarenta e quatro horas semanais com adicional de 50%.

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade


privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.

2.3- Do descanso semanal remunerado

A concessão do descanso semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de


trabalho, viola o preceito do art. 7º xv da cf, importando o seu pagamento em dobro.

2.4- Do adicional noturno

A trabalhadora terá direito ao pagamento de adicional noturno, pois, era empregada


urbana e se ativava após as 22 horas.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

IX - Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

2.4- Intervalo intrajornada

A empregada tem direito ao pagamento de 40 minutos extraordinários, por dia de


trabalho, com acréscimo de 50% com natureza indenizatória considerando o gozo
parcial.

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não
poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para
repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de
natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

2.5- Da devolução de descontos

Recolhimento da contribuição sindical não é obrigatória, mas uma faculdade do


empregado, dependendo autorização previa, voluntaria ou individual do trabalhador.

Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias
econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas
entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e
aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamente
autorizadas.

2.6- Pensão vitalícia

A reclamante tem direito a pensão vitalícia, pois o acidente de trabalho ocasionou


sequelas, reduzindo a sua capacidade trabalho.

Art. 950. Se dar ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além
das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá
pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja


arbitrada e paga de uma só vez.

2.7- Acidente de trabalho

A empregada sofreu um acidente de trabalho, já que a queda ocorreu durante o


exercício de sua função lhe provocando lesões graves, que vai prejudicar futuramente.

 Súmula Vinculante 22: “A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as


ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda
não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação
da Emenda Constitucional 45/2004”. Na espécie, trata-se de ação regressiva proposta
pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), contra o empregador, para obter o
ressarcimento de despesas tidas com o pagamento de pensão por morte de segurado,
com fundamento no art. 120 da Lei 8.213/1991, de modo que a matéria não se insere
na esfera de competência da Justiça Laboral, razão pela qual não se divisa a alegada
ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados.
2.8- Do dano moral

A empregada faz jus ao recebimento por danos morais, pelo infortúnio psicológico
gerado pelo acidente de trabalho.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização


por dano material, moral ou à imagem;

DOS PEDIDOS

1- Requerimento de procedência dos pedidos;

2- Reiteração dos pedidos com menção a liquidação de valores;

3- Requerimento da tutela de urgência, ou reintegração;

4- Notificação da reclamada;

5- Protesto por provas.

Dá-se a causa o valor de R$ 15.000 (quinze mil reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

Maceió/AL, 11 de março de 2021.

LUCIMARA DOS SANTOS SOARES


OAB/AL 00.000

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