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Propedêutica da obesidade

Avalição da obesidade
Causas
Obesidade em si
Consequências

Causas
Balanço energético = consumo calórico – gasto energético
Para mudar esse balanço energético: Aumentar ou diminuir o gasto energético

-Taxa metabólica basal: 60% a 70%


- Efeito térmico dos alimentos: 5% a 10%
- gasto de energia com atividade física: 20% a 30%
- Atividade física é o mais importante componente variável

Interromper a prática de esportes e diminuir o gasto energético diário são mecanismos


influenciadores de ganho de peso.

A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial:

 Dietéticas
 Sedentarismo (habitual, pós-operatório, envelhecimento)
 Sociocomportamentais (pobreza, estresse, bulimia, cessação de tabagismo)
 Iatrogênicas (medicamentos, cirurgia hipotalâmica) – condutas medicas
 Neuroendócrinas (hipotireoidismo, Cushing, ovário policístico, etc.)
 Genético (Sd. Down, Sd. Prader-Willy, obesidade familiar)
 Causas perinatais (Baixo peso ao nascimento, idade materna)

Causas dietéticas
Palatabilidade, tamanho das porções (pois comemos além do que tem fom)

Redução de gasto energéticos


Sedentarismo
Ambiente termoneutro

Causa sociocomportamentais
Pobreza e menor nível educacional
Pessoas que abandonam o tabagismo tendem a ganhar 5/6 kg
O obeso tem uma sensação de inferioridade

Causas iatrogênicas – medicamentos – informar o paciente


 corticosteroides
 remédios para diabetes (ex: insulina)
 antidepressivos e antipsicóticos (clorpromazina, paroxetina, amitriptilina, lítio, etc)
 benzodiazepínicos e anticonvulsivantes
 anti-hipertensivos (beta-bloqueadores)
 anti-retrovirais e inibidores da protease (AIDS)
 etc.

Causas neuroendócrinas
Hipotireoidismo – redução de gasto de energéticos
Hipertireoidismo – aumento do apetite – menos comum
Síndrome Cushing – causa primaria: problema na adrenal, secundaria: tomar muito
corticoide.
Hipopituitarismo – talvez tumor que comprime a hipófise

Distúrbio do sono
Para crianças e adultos, o número de horas de sono por noite está inversamente relacionado
ao IMC e obesidade

A melatonina é responsável, em parte, para que a fase de atividade alimentar esteja associada
com alta sensibilidade à insulina durante o dia (na vigência de luz e na ausência de
melatonina), e a fase de jejum esteja sincronizada com a resistência à insulina durante a noite

A redução na produção de melatonina, tal como durante o envelhecimento, o trabalho em


plantões e turnos ou ambientes cada vez mais iluminados durante a noite induz a resistência
à insulina, intolerância à glicose, incluindo aumento da fome e do apetite.
*redução da melatonina, associada a sensibilidade a insulina  aumento de apetite

Causas genéticas
Síndrome de prader-Willi – retardo mental, problemas endócrinos, não tem controle de
saciedade

Síndrome de Down

Causas perinatais
RN tem maior tendência a obesidade na vida adulta. 15 % para cada incremento de 5 anos na
idade materna.
*insulinêmico  a mãe diabética pode influenciar no pâncreas do RN.
Obs. Bebes grande fazem muita hipoglicemia.

Obesidade “em si”


Anamnese: Abordagem cuidadosa
Obesidade é uma queixa na consulta, ou é um constatação sua? Temos que
saber se o paciente esta motivado a perder peso.
Motivo da consulta? Excesso de peso ou complicação?
Peso final desejado
Velocidade esperada de perda
Impacto esperado da perda peso
Como foi o ganho ponderal ?
Tentativas prévias de emagrecer
Precipitantes de recaída
Atividade física
Hábitos
Padrão de alimentação

Diagnostico da obesidade: IMC

IMC
Vantagem: sem custo, rápido, simples
Desvantagem: ele não diferencia massa gorda de massa magra, não avalia distribuição de
gordura, escoliose grave, impreciso no edema, gestantes.

Cirucuferencias:
Crista ilíaca e costela: ponto médio, logo após uma inspiração normal
H: 94 risco cardiovascular
M: 80 risco cardiovascular
Se aproxima de 1 androide
Ginecoide menor 0,8 – menos problemas cardiovasculares

Balança de bioimpedância

Complicações da obesidade
Complicações metabólicas:
Diabetes tipo 2  maior residência a insulina
Dislipidemia
Complicação cardiovasculares
HAS
DAC
Insuficiencia cardíaca – O leito vascular tem que ser maior para suprir o que leva a IC
Trombose venosa – mais resistência ao retorno venoso
Varizes
Hemorroida
AVC

Complicação respiratórias
Apneia obstrutiva do sono
Maior risco de asma
Fator de risco em doenças virais

Alteração cutâneas
Acantose nigricans – resistência a insulina, risco para DM 2

Câncer
 A associação entre obesidade e câncer é confirmada em vários estudos
 O IMC foi significativamente associado à maior taxa de morte por câncer de esôfago,
cólon e reto, fígado, vesícula, pâncreas, rim, linfoma não Hodgkin e mieloma múltiplo.
 Em um estudo britânico, o aumento do IMC foi associado a um aumento significativo
no risco de dez dos 17 tipos mais comuns de neoplasia FATOR DE RISCO
*Gota: Acumulo de cristais de acido úrico, inflamação local, dolorosa. Criando o tofo

Complicação gastrointestinais
Doença da vesícula biliar
Esteatose hepática
DGRE
Pancreatite aguda – obesidade pode levar

Complicações urinarias
 cálculo renal – comum devido ao consumo de sódio
 incontinência urinária
 insuficiência renal (DM, HAS, etc)

Complicação reprodutivas
 síndrome dos ovários policísticos
 ciclos anovulatórios - infertilidade feminina
 complicações de gestação
 infertilidade masculina – menor produção de andrógenos e aumento de estrógeno
 disfunção erétil

complicações psiquiátricas
 a associação entre obesidade e transtorno depressivo maior foi reconhecida há muito
tempo
 maior risco de desenvolvimento de demência

Edema x obesidade
Além de doenças a obesidade dificulta em exames de diagnostico

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