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Amplificador Operacional

• Amplificadores Operacionais → geralmente chamados Op Amps;


• Um amplificador operacional recebe um determinado sinal e produz uma
saída similar com a amplitude maior;
• Normalmente parte do sinal de saída é retornado para a entrada.
(Feedback Loop → realimentação);
• A maioria dos amplificadores operacionais trabalham como
amplificadores de voltagem;
• Eles são os elementos básicos dos circuitos analógicos;
• O nome “amplificador operacional” vem do fato de que eles originalmente
foram projetados para operações matemáticas, tais como: integração e
diferenciação.
• As técnicas de fabricação de circuitos integrados fazem amplificadores
operacionais de alta performance a um baixo custo, em comparação com
os componentes discretos.
Amplificador Operacional
+VS

i(-) _
Inversora
RO
vid A Saída
Ri
vO = Advid
Não inversora
i(+) +

-VS
• i(+), i(-) : Correntes no amplificador operacional nas entradas inversora e não
inversora respectivamente;
• vid : A voltagem de entrada entre as entradas inversora e não inversora;
• +VS , -VS : DC fonte de voltagem (alimentação), geralmente +15V e –15V;
• Ri : Resistência de entrada (de forma ideal → infinita);
• A : O ganho do amplificador (de forma ideal → muito alto → 1x1010 );
• RO: Resistência de saída (de forma ideal → zero);
• vO: Voltagem de saída; vO = AOLvid aonde AOL é o ganho de “loop” aberto.
O Ponto “S” nos Amplificadores Operacionais

iF RF

i1 R1 “S”
v1 _
vS iS
+ +
vO
RL -

A impedância vista no ponto “S” é dada por (supondo V1 aberto):


vS vS v .R RF RF RF R
ZS = = = S F = = = ≈ F ≈0
iS ⎛ v o − v S ⎞ v o − v S v o − v S v o AOL − 1 AOL
⎜ ⎟ − 1
⎝ RF ⎠ vS vS
v
Sendo : o = Ganho = AOL
vS
A impedância no ponto “S” é muito baixa, sendo chamada de “terra
virtual”.
O Ponto “S” nos Amplificadores Operacionais

iF RF

i1 R1 “S”
v1 _
vS iS
+
+ vO
RL -

A baixa impedância no ponto “S” é resultado da realimentação negativa


da voltagem, a qual cancela o sinal de entrada no ponto “S” e tende a
manter o ponto “S” em um potencial baixo (quase de terra). Por esta
razão o ponto “S” é chamado de “terra virtual”. Através do ponto “S” é
mantido um potencial de terra pela ação da realimentação. Entretanto,
neste ponto, não existe nenhuma corrente para terra. O “terra virtual” no
ponto “S” mostra que a impedância vista no terminal de entrada é igual
a “R1”.
VCVS (Amplificador de Voltagem) Sumário
Configuração Não-inversora
i(+)
+ iO iL
vid
_ iF +
+ + + vO
vin i(-) vF RF RL vL -
_ _ _

+
v1 R1
_ i1 ⎛ .R1 ⎞ AoL .R1
Vo = Vin .1.AoL + Vo .AoL . ⎜ − ⎟ → Vo + Vo . = Vin .1.AoL
⎝ R1 + RF ⎠ R1 + RF
⎛ A .R ⎞ V AoL
AOL = ganho de loop aberto. Vo . ⎜ 1 + oL 1 ⎟ = Vin .1.AoL ⇒ o =
⎝ R1 + RF ⎠ Vin ⎛
+
AoL .R1 ⎞
⎜ 1 ⎟
⎝ R1 + RF ⎠
v AOL AOL R + RF R
Afinal = O = ≈ = 1 = 1+ F
v in ⎛ AOL .R1 ⎞ AOL .R1 R1 R1
⎜ 1 + ⎟ R +R
⎝ R1 + RF ⎠ 1 F

R1
Ado tan do : β .AOL = .AOL  1
R1 + RF
VCVS (Amplificador de Voltagem) Sumário
Configuração Não-inversora - Continuação
Resistência de Entrada e Saída
De forma ideal, a resistência de entrada para esta configuração é infinita, mas
o valor real da resistência de entrada pode ser previsto pela fórmula:
RinF = Rin (1 + βAOL) ⇒ Aonde Rin é dado para o
componentes especificado. Geralmente Rin é da ordem de MΩ ou maior.
De forma ideal, a resistência de saída é zero, mas a fórmula abaixo indica o
valor real:
RoF = Rin / (1 + βAOL) ⇒ Aonde Ro é dado para o
componentes especificado. Geralmente Ro é da ordem de 10 Ω ou menor.
VCVS (Amplicador de Voltagem)
i(+)
Exemplo da Configuração Não-inversora
+ iO iL
vid
Dado: vin = 0.6 V, RF = 200 kΩ
_ +
+ +
iF
+ vO R1 = 2 kΩ , AOL = 400.000
vin i(-) vF RF RL vL - Rin = 8 M Ω , Ro = 60 Ω
_ _ _
Achar: vo , iF , Av , β , RinF e RoF
+
v1 R1
_ i1
Solução:
vo = vin + vinRF = 0.6 + 0.6*2x105 = 60.6 V iF = vin = 0.6 = 0.3 mA
R1 2000 R1 2000
Av = RF + 1 = 2x105 + 1 = 101 β = 1 = 1 = 9.9x10-3
R1 2000 AV 101
RinF = Rin (1 + βAOL) = 8x106 (1 + 9.9x10-3*4x105) = 3.1688x1010 Ω
RoF = Ro = 60 = 0.015 Ω
βAOL + 1 9.9x10-3*4x105 + 1
VCVS (Amplificador de Voltagem) Sumário
Configuração Inversora
iF RF
AOL = ganho de “loop” aberto.

i1 R1
_

+ + +
vin vO
_ RL -

− AoL .RF − AoL .R1 A .R − AoL .RF


Vo = .Vin + .Vo ⇒ Vo + oL 1 .Vo = .Vin
R1 + RF R1 + RF R1 + RF R1 + RF
− AoL .RF
⎡ A .R ⎤ − AoL .RF V R1 + RF
Vo ⎢1 + oL 1 ⎥ = .Vin ⇒ o = =
⎣ R1 + RF ⎦ R1 + RF Vin
1+
AoL .R1
R1 + RF
RF RF
− AOL . − AOL .
v R1 + RF R1 + RF −RF
Afinal = O = ≈ =
v in ⎛ AOL .R1 ⎞ AOL .R1 R1
⎜1 + ⎟ R1 + RF
⎝ R1 + RF ⎠
R1
Ado tan do : β .AOL = .AOL  1
R1 + RF
VCVS (Amplificador de Voltagem) Sumário
Configuração Inversora
RF Os mesmos
iF
pressupostos usados
R1 para encontrar as
i1
_ equações para a
configuração não-
+ + + inversora são
vin vO utilizados para a
_ RL - configuração
inversora.

Equações Gerais:
i1 = vin/R1
iF = i1
vo = -iFRF = -vinRF/R1
Av = RF/R1 β = R1/RF
VCVS (Amplicador de Voltagem) Sumário
Configuração Inversora - Continuação
Resistência de Entrada e Saída
Idealmente, a resistência de entrada desta configuração é igual a R1.
Entretanto, o valor real da resistência de entrada é dada pela fórmula:
Rin = R1 + RF
1 + AOL
Idealmente, a resistência de saída é zero, mas a fórmula abaixo indica o valor
mais real:
RoF = Ro
1 + βAOL

Nota(1): β= R1 / (R1 + RF) → Configuração não inversora.

Nota(2): β= R1 / RF → Configuração inversora.


VCVS (Amplificador de Voltagem)
Configuração Inversora - Exemplo
iF RF
Dado: vin = 0.6 V, RF = 20 kΩ
R1
i1 _ R1 = 2 kΩ , AOL = 400.000
Rin = 8 M Ω , Ro = 60 Ω
+ + +
vin vO Achar: vo , iF , Av , β , RinF e RoF
_ RL -

Solução:
vo = -iFRF = -vinRF/R1 = -(0.6*20000)/2000 = -6 V
iF = i1 = vin/R1 = 0,6 / 2000 = 300 μA
Av = RF/R1 = 20000 / 2000 = 10 β = R1/RF = 2000 / 20000 = 0.1
Rin = R1 + RF = 2000 + 20000 = 2000,05 Ω
1 + AOL 1 + 400000
RoF = Ro = 60 = 1,67 mΩ
1 + βAOL 1 + 0.09*400000
(Amplificador Somador Voltagem) Sumário
Configuração Inversora / Somador
iF RF

i1 R1 ve AOL = ganho de “loop” aberto.


_

+ + +
v1 vO
_ RL -

i2 R2
v e − v o v1 − v e v 2 − v e −v v v
i F = i1 + i 2 ⇒ = + ⇒ o = 1+ 2
+ RF R1 R2 RF R1 R2
v2
⎛v v ⎞
_ ∴ v o = −RF . ⎜ 1 + 2 ⎟
⎝ R1 R2 ⎠
Obs : v e ≈ 0
VCIS (Amplificador de Transcondutância) Sumário
Converte Voltagem para Corrente
iL
Carga
i1 R1
_ iO

+ VO
vin +
_

Equações Gerais:
iL = i1 = v1/R1
v1 = vin
A transcondutância, gm = io/vin = 1/R1
Portanto, iL = i1 = vin/R1 = gmvin
A máxima resistência de carga é determinada por:
RL(max) = vo(max)/iL
VCIS (Amplificador de Transcondutância)
Converte Voltagem para Corrente - Exemplo
iL
Load Dado: vin = 2 V, R1 = 2 kΩ
i1 R1 vo(max) = ± 10 V
_
Achar: iL , gm e RL(max)
+
vin +
_ Solução:

iL = i1 = vin/R1 = 2 / 2000 = 1 mA
Nota:
gm = io/vin = 1/R1 = 1 / 2000 = 0.5 mS
• Se RL > RL(max) o “op amp” irá
saturar. RL(max) = vo(max)/iL = 10 V / 1 mA
• A corrente de saída, iL é
independente da resistência de = 10 k Ω
carga.
VCIS (Amplificador de Transresistência) Sumário
Converte Corrente para Voltagem
iF RF

+
iin + vO
-

Equações Gerais:
iF = iin
vo = -iFRF
rm = vo/iin = RF
VCIS (Amplificador de Transresistência) Sumário
Converte Corrente para Voltagem

• Amplificadores de Transresistência são usados para aplicações


de baixa potência para produzir uma voltagem de saída
proporcional a corrente de entrada.

• Fotodiodos e fototransistores, o quais são utilizados na


produção de energia solar são normalmente modelados como
fontes de corrente.

• Conversores de corrente para voltagem podem ser utilizados


para converter estas fontes de corrente nas mais comumente
utilizadas fontes de voltagem.
VCIS (Amplificador de Transresistência)
Converte Corrente para Voltagem - Exemplo
iF RF
Dado: iin = 10 mA
RF = 200 Ω
_
Achar: iF , vo e rm
+
iin + vO
-

Solução:

iF = iin = 10 mA

vo = -iFRF = 10 mA * 200 Ω = 2 V

rm = vo/iin = RF = 200
Largura de Banda
Máxima freqüência na qual um sinal de saída senoidal pode ser
amplificado sem causar distorção no sinal.
A largura de banda, BWp é determinada usando a amplitude desejada
do sinal de saída e o “slew rate” (veja o próximo slide) especificado
do amplificador operacional.
BWp = SR
2πVo(max)
SR = 2πfVo(max) aonde SR é o “slew rate” → (ΔV / Δt).

Exemplo:
Dado: Vo(max) = 12 V e SR = 500 kV/s
Achar: BWp
Solução: BWp = 500 KV/s = 6.63 KHz
2π * 12 V
“Slew Rate”
A limitação da máxima variação de saída do amplificador operacional.
Veja o “slide” anterior, Isto é derivado de:
SR = 2πfVo(max) SR = Δvo/Δtmax

‘ ” f” é a
freqüência em “Slew Rate” é independente do
Hz ganho de “loop” fechado do amplificador operacional.

Exemplo:
Dado: SR = 500 KV/s e Δvo = 10 V (Vo(max) = 10V)
Achar: O Δt e Δf.
Solução: Δt = Δvo / SR = (10 V) / (5x105 V/s) = 2x10-5 s
Δf = SR / 2πVo(max) = (5x105 V/s) / (2π * 12) = 6630 Hz
Distorção de “Slew Rate”
v
Forma de onda
desejada. SR = Δv/Δt = m (“slope”)

v
t
t
Forma de onda
real por causa
da limitação do
“slew rate”.

A figura acima mostra exatamente o que ocorre quando a


limitação do “slew rate” ocorre e o sinal na saída do amplificador
operacional sofre distorção.
Produto Ganho-Largura de Banda
Na maioria dos amplificadores operacionais, o ganho de “loop”
aberto começa a diminuir ainda nas freqüências baixas. Então,
para fazer o amplificador operacional útil em altas freqüências, o
ganho é preparado para largura de banda desejada.
O produto Ganho-Largura de Banda Product (Gain-Bandwidth
Product - GBW) é dado por:
GBW = AN.BW

Exemplo: Para o 741 op amp, O ganho é 10.000 o que corresponde


a largura de banda de ~ 200 Hz
Achar: O GBW
GBW = 10.000*200 Hz = 2 MHz
Fator de Rejeição de Modo-Comum
O voltagem (tensão) de saída do amplificador diferencial real (não ideal) é
dado por:
eo = AN.(eg2 – eg1) + As.(eg2+eg1)
Onde:
eg2 e eg1 são os sinais nas entradas inversora e não inversora;
AN é o ganho proporcional à diferença entre eg2 e eg1;
As é o ganho proporcional à soma entre eg2 e eg1.
Como medir As → fazendo: eg2 = eg1, temos:
eo = AN.(eg2 – eg1) + As.(eg2+eg1) = As.(eg2+eg1)
∴As = eo / (eg2+eg1)
O Fator de Rejeição de Modo Comum = 20.log(AN/Ad)
Condição desejada: AN >> As
Fator de Rejeição de Modo-Comum
O fator de rejeição de modo comum (common-mode rejection ratio -
CMRR) é relacionado com a capacidade do amplificador operacional
rejeitar a voltagem de modo comum na entrada. Isto é muito importante,
porque os sinais de modo-comum são frequentemente encontrados nas
aplicações dos amplificadores operacionais.
CMRR = 20 log|AN / As|
As = AN
log-1 (CMRR / 20)
Resolvendo para As porque o “data sheets” do Op Amp fornece o valor
do CMRR.

A voltagem de modo-comum de entrada é uma média das voltagens que


estão presentes nos terminais de entrada não-inversora e inversora do
amplicador.
vicm = v(+) + v(-)
2
Fator de Rejeição de Modo-Comum
Exemplo

Dado: O 741 op amp com CMRR = 90 dB e um ganho de ruído,


AN = 1.000
Achar: O ganho de modo comum, As

As = AN = 1000
log-1 (CMRR / 20) log-1 (90 / 20)

= 0.0316

Isto é desejável, porque o ganho de modo comum deve ser


pequeno.
Fator de Rejeição da Fonte de
Alimentação
Uma das razões dos amplificadores operacionais serem úteis, é
que eles podem ser operados com uma grande variedade de
fontes de alimentação.

O amplificador operacional 741 pode ser operado com fonte


simétrica de ± 5V até ± 18V sem alteração nos parâmetros de
operação do amplificador operacional .

O Fator de Rejeição da Fonte de Alimentação (supply voltage


rejection ratio - SVRR) se refere à variação na voltagem de saída
que ocorre quando a voltagem da fonte de alimentação se altera
durante a operação.

SVRR = 20 log (ΔVs / ΔVo)

O valor de SVRR é especificado para um amplificador


operacional. Para o amplificador operacional 741, o valor é de
SVRR = 96 dB para ± 5V até ± 18V .
Características de Loop-aberto (Op Amp)
Tabela
Componen
LM741C LF351 OP-07 LH0003 AD549K
te

Tecnologia BJT BiFET BJT Hybrid BJT BiFET

AOL(typ) 200 k 100 k 400 k 40 k 100 k

Rin 2 MΩ 1012 Ω 8 MΩ 100 kΩ 1013 Ω || 1 pF

Ro 50 Ω 30 Ω 60 Ω 50 Ω ~100 Ω

SR 0.5 V/μs 13 V/μs 0.3 V/μs 70 V/μs 3 V/μs

CMRR 90 dB 100 dB 110 dB 90 dB 90 dB

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