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VARIAÇÕES DE TENSÃO DE
CURTA DURAÇÃO
Engenharia Elétrica – Campus Sobral – QEE – Prof. Juan Carlos Peqqueña Suni 1
VTCD
A variação de tensão de curta duração pode ocorrer por um decréscimo ou
acréscimo de tensão por um período que compreende entre 0,5 ciclo e 1
minuto.
São conhecidos popularmente por SAG, DIP ou afundamento e SWELL,
SURGE ou elevação de curta duração.
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3.1 - ELEVAÇÃO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO
Também conhecida como Voltage Swell, são distúrbios que podem ser
caracterizados por um aumento da tensão eficaz do sistema (entre 10% e
80% da tensão, na frequência da rede, com duração de ½ ciclo a 1 min).
Frequentemente consequência da ocorrência de um curto-circuito.
Não são tão comuns como afundamentos de tensão.
As elevações são caracterizadas pela sua magnitude (valor eficaz) e
duração.
A severidade deste distúrbio durante uma condição de falta é uma função da
localização da falta, impedância do sistema e do aterramento.
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Elevação de tensão devido a uma falta fase-terra.
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A duração da elevação depende dos ajustes dos dispositivos de proteção, à
natureza da falta (permanente ou temporária) e à sua localização na rede
elétrica.
Nas saídas de grandes cargas ou energização de grandes bancos de
capacitores, o tempo de duração das elevações depende do tempo de
resposta dos dispositivos reguladores de tensão das unidades geradoras.
Tem-se ainda o tempo de resposta dos transformadores de tap variável e da
atuação dos dispositivos compensadores de reativos e síncronos em
sistemas de potência que porventura existam.
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O banco de capacitores é Elevação de tensão devido à
energizado 200 ms antes da energização de um
conexão da carga ao barramento. banco de capacitores.
Oscilogramas das tensões fase-fase no barramento da Tensões fase-fase eficazes no barramento da concessionária.
concessionária.
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CONSEQUÊNCIAS
Sobretensão nos equipamentos que podem sofrer danos como queima de
circuitos eletrônicos, explosão de capacitores por sobrecarga, etc;
Acionamento de dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, reles de
sobre-tensão);
Contudo, transformadores, cabos, barramentos, dispositivos de
chaveamento, TPs, TCs e máquinas rotativas podem ter a vida útil reduzida.
Perda de dados em dispositivos de armazenamento;
Impacto econômico por parada de produção;
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3.2 – AFUNDAMENTO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO
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Alguns componentes falham quando a tensão decresce para um valor
abaixo de 85% por um ou dois ciclos, com eventual comprometimento do
processo produtivo.
Um parâmetro relevante para determinar os impactos dos afundamentos em
um subsistema é a frequência de ocorrência, que corresponde à quantidade
de vezes que cada combinação dos parâmetros de duração e amplitude
ocorrem em determinado período de tempo ao longo do qual um
barramento tenha sido monitorado (três meses, um ano, etc.).
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Observa-se um
decréscimo de 80%
na tensão por um
período de
aproximadamente
3 ciclos, até que o
equipamento de
proteção da
subestação opere
e elimine a corrente
de falta.
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Forma de onda da tensão em afundamentos sequenciais.
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Como já mencionado, os principais parâmetros que caracterizam um
afundamento de tensão são a amplitude e a duração. No entanto, outros
parâmetros também estão sendo propostos para melhor caracterizar os
fenômenos aqui enfocados como:
Evolução da forma de onda;
O ponto de início e término do afundamento na onda e;
A variação súbita do defasamento angular (phase angle jumps).
Em afundamentos trifásicos, as três tensões de fase poderão ter e, na
maioria dos casos, têm magnitude e duração diferentes para cada uma das
fases. Neste caso, se considera a magnitude e a duração da fase mais
afetada como referência para caracterizar o fenômeno trifásico.
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Conhecendo-se a magnitude e a duração de um voltage sag, este pode ser
apresentado em um ponto no plano: magnitude versus duração. Um
exemplo dessa plotagem é mostrado na Figura, onde os números referem-
se a voltage sags provenientes de:
1. Faltas em sistema de transmissão;
2. Faltas em sistemas de distribuição remotos;
3. Faltas em sistemas de distribuição local;
4. Partida de grandes motores;
5. Interrupções curtas;
6. Fusíveis.
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Sags de diferentes origens nas plotagens de magnitude versus duração
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CAUSAS
Os afundamentos de tensão nos sistemas elétricos, de um modo geral, podem
ser oriundos de várias causas, entre elas pode-se destacar: partidas de
grandes motores e ocorrência de curtos-circuitos.
a) Partida de grandes motores:
Durante a partida, os motores absorvem do sistema elétrico correntes da
ordem de cinco a oito vezes a corrente nominal.
A circulação dessa alta corrente de partida pela impedância do sistema,
sobretudo em redes de baixo nível de curto-circuito, poderá resultar em
afundamentos de tensão bastante severos.
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Houve um afundamento
para aproximadamente Partida de um
65% da tensão nominal grande motor.
do barramento
Oscilogramas das tensões fase-fase no barramento da Tensões fase-fase eficazes no barramento da concessionária
concessionária.
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Métodos de partida de motores:
Partida direta
Autotransformadores
Resistores e reatâncias de partida
Partida com enrolamento parcial
Chave estrela-triângulo
Soft-start
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Estimando a severidade da subtensão:
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b) Faltas Elétricas:
As faltas no sistema elétrico consistem, normalmente, nas principais causas
dos afundamentos temporários de tensão, sobretudo as originadas no
sistema da concessionária, devido à existência de milhares de quilômetros
de linhas aéreas de transmissão e distribuição, sujeitas a vários tipos de
fenômenos naturais.
Curtos-circuitos também ocorrem em subestações terminais de linha e nos
sistemas industriais, porém, com menor taxa de ocorrência.
Geralmente, nos sistemas industriais, a distribuição primária e secundária é
feita por cabos isolados, que possuem uma menor taxa de falta quando
comparados às linhas aéreas.
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As faltas nas linhas aéreas são quase que exclusivamente devido a descargas
atmosféricas, porém, queimadas, vendavais, contatos acidentais, falhas nos
isoladores, acidentes, também são causadores de curtos-circuitos.
As faltas podem ser de natureza temporária ou permanente.
As temporárias são, em sua grande maioria, devido à ocorrência de descargas
atmosféricas, temporais e ventanias, que, em geral, não provocam danos
permanentes ao sistema de isolação. O sistema pode ser prontamente
restabelecido pelos religamentos automáticos. As faltas permanentes são
causadas por danos físicos em algum elemento de isolação do sistema, sendo
necessária a intervenção da equipe de manutenção.
Na ocorrência de um curto circuito, o afundamento de tensão tem a duração do
tempo de permanência da falta, ou seja, desde o instante inicial do defeito, até a
completa eliminação do mesmo.
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Tensões fase-fase no
barramento da concessionária
para uma falta trifásica
Tensões fase-fase no
barramento da concessionária
Afundamentos de tensão devido a faltas elétricas Para uma falta monofásica
Tensões fase-fase no
Barramento da concessionária
para uma falta bifásica.
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Sabendo-se que a maioria dos transformadores empregados
comercialmente é do tipo estrela-delta.
Tais conexões exercem forte influência sobre as propagações de fenômenos
desequilibrados, é de se esperar que os afundamentos percebidos pelas
cargas, tanto no que tange às magnitudes como seus correspondentes
ângulos de fase, venham a ser afetados por tais equipamentos.
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CLASSIFICAÇÃO ABC PARA AFUNDAMENTOS DE TENSÃO
A classificação ABC foi desenvolvida prioritariamente para analisar a propagação de
afundamentos da transmissão para níveis de distribuição, quando tal distúrbio se propaga
através do transformador.
Especificamente, nos equipamentos terminais, os seguintes fatores são considerados mais
relevantes para determinar o tipo de afundamento:
a) Tipo de falta: Afundamentos de tensão são primariamente causados por faltas no
sistema e cada tipo de falta ocasiona um efeito diferente. As faltas são classificadas em:
Faltas monofásicas (Single-Line-to-Ground (SLG) Fault);
Faltas fase-fase (Line-to-Line (LL) Fault);
Faltas fase-fase-terra (Double-Line-to-Ground (LLG) Fault);
Faltas trifásicas (Three Phase (3P) Fault).
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b) Conexão do enrolamento do transformador: Estes são classificados em
três tipos para explicar a transferência de afundamentos trifásicos
desbalanceados, bem como explicar a mudança do tipo de afundamento de
um nível de tensão para outro:
Tipo 1: transformadores que mantêm o nível de tensão em pu do
enrolamento primário para o secundário, desconsiderada a impedância do
transformador. As conexões estrela aterrado/estrela aterrado cumprem esse
requisito;
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Tipo 2: transformadores que suprimem a tensão de sequência-zero. De
modo geral, a tensão no secundário (pu) é igual a tensão no primário
decrescida da componente de sequência zero. Os transformadores de
conexão delta-delta, delta-ziguezague e estrela-estrela (com apenas um ou
nenhum enrolamento aterrado) pertencem a esse tipo;
Tipo 3: transformadores que apresentam deslocamentos angulares entre
tensão primária e secundária. Exemplos são aquelas conexões em delta-
estrela, estrela-delta e estrela-ziguezague.
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c) Conexão da carga:
Carga conectada em estrela;
Carga conectada em delta.
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Faltas trifásicas: o afundamento gerado é equilibrado e não sofre
influência do tipo de conexão do transformador e nem da carga. Ele é
denominado Tipo A.
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Faltas monofásicas: Se a carga estiver conectada em estrela, estas são
as tensões nos terminais do equipamento, caracterizando um afundamento
Tipo B. Se a carga estiver conectada em delta duas tensões mostram uma
queda na magnitude e mudança no ângulo da fase; a terceira tensão não é
influenciada. A classificação ABC considera este um afundamento Tipo C*.
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Faltas fase-fase-terra:
tipo E para as tensões fase-neutro e;
tipo F para as tensões fase-fase.
A propagação do afundamento tipo E por um
transformador tipo 3, como por exemplo um
transformador delta-estrela, as tensões vistas no
secundário do transformador caracteriza um
afundamento do tipo G. Observa-se que o
afundamento tipo F guarda similaridade ao tipo D.
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RESUMO
Existem sete tipos de afundamentos em função do tipo de falta, o tipo de conexão da carga
e o tipo da conexão do transformador.
Pelo tipo de falta, no afundamento tipo A, todas as fases decaem na mesma proporção,
enquanto nas faltas tipo B, apenas a fase em falta tem seu nível de tensão reduzido.
Para afundamentos tipo C, as duas fases afetadas mudam em torno do eixo imaginário
(tanto em magnitude quanto em ângulo).
Afundamentos do tipo D as duas fases afetadas mudam em torno do eixo real e a fase não
avariada decai em magnitude.
No tipo E as duas fases afetadas decaem em magnitude.
O afundamento tipo F é similar ao tipo D, diferindo que a mudança ocorre inclusive no eixo
imaginário.
O afundamento tipo G é similar ao C, diferindo que a mudança ocorre em ambos os eixos e
a fase remanescente sofre um decaimento no nível de tensão
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De acordo com o tipo de falta e o tipo de conexão dos transformadores
entre o local da falta e o ponto de monitoracão, os afundamentos de tensão
são designados por A, B, C, D, E, F e G.
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Tipos de afundamentos de tensão de acordo com a classificação ABC
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Tipos de afundamentos
de tensão sumarizados
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Existem várias medidas que podem ser tomadas no sentido de diminuir o
número e a severidade das afundamentos de curta duração.
Medidas Preventivas:
Especificação adequada dos equipamentos.
Redução da resistência de aterramento das torres de transmissão.
Instalação de disjuntores e religadores mais rápidos próximos às cargas
críticas.
Poda de árvores.
Limpeza de isoladores.
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Medidas Corretivas:
Utilização de transformadores ferro-ressonante, conhecidos também como CVTs
(“Constant Voltage Transformers”):
consiste em um transformador com um único enrolamento primário e dois (ou
eventualmente três) enrolamentos secundários associados a um capacitor de
derivação (ressonante).
Altamente excitados em suas curvas de saturação, fornecendo uma tensão de
saída que não é significativamente afetada pelas variações da tensão de
entrada.
Uma descrição detalhada das aplicações e variações construtivas podem ser
encontradas em IEEE Std 449, 1998.
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transformadores ferro-ressonantes: Pode suportar sag abaixo de 30%
com um trafo ferroressonante de 120 VA. Sem ele, seria 82%.
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Sistemas de Energia Ininterrupta – UPS (“Uninterruptible Power
Supplies”).
Têm como objetivo garantir o fornecimento constante de energia para um
equipamento ou um conjunto com qualidade suficiente para o
funcionamento ininterrupto durante faltas de curta e longa duração.
Também chamados sistemas “no-break”.
Todas as configurações de UPS utilizam baterias para armazenamento de
energia, retificadores, inversores e chaves estáticas.
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Todas as configurações de UPS utilizam baterias para armazenamento de
energia, retificadores, inversores e chaves estáticas.
Faixas de operação
para a tensão
de suprimento.
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Os valores de tensão obtidos por medições devem ser comparados à
tensão de referência (TR), a qual deve ser a tensão nominal ou a
contratada, de acordo com o nível de tensão do PAC.
Para cada referência, a Tensão de Leitura (TL) associada é classificada em
uma de três categorias: adequada, precária ou crítica, baseando-se no
afastamento do valor da TL em relação à TR.
Para diferentes faixas de tensão são estabelecidos diferentes limiares.
O conjunto de leituras para gerar os indicadores individuais compreende o
registro de 1008 leituras válidas, obtidas em intervalos consecutivos
(período de integralização) de 10 minutos cada.
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Os valores eficazes devem ser calculados a partir das amostras coletadas
em janelas sucessivas. Cada janela compreende uma sequência de doze
ciclos (0,2 segundos) a quinze ciclos (0,25 segundos).
Após a obtenção do conjunto de leituras válidas, devem ser calculados os
índices de Duração Relativa da transgressão para tensão Precária (DRP) e
o para tensão Crítica (DRC). As grandezas nlp e nlc representam,
respectivamente, o maior valor entre as fases do número de leituras
situadas nas faixas precária e crítica.
Os indicadores DRP e DRC são associados a um mês civil.
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O valor da DRP é estabelecido em 3%.
O valor da DRC é estabelecido em 0,5%.
A distribuidora deve compensar os consumidores que estiveram submetidos
a tensões de atendimento com transgressão dos indicadores DRP ou DRC
e os titulares daquelas (unidades) atendidas pelo mesmo ponto de conexão.
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Definições de limites de tensão em regime permanente, inferior a 1 kV
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METODOLOGIA DA MAGNITUDE E DURAÇÃO
Utiliza-se do valor eficaz da tensão (Vef) para verificar o desvio mais
significativo da tensão. Tal desvio define a magnitude do evento.
A amplitude (Ve) do evento - desvio mais significativo da tensão - é definida
segundo a norma americana e a recomendação brasileira como sendo:
“Nível extremo do valor eficaz da tensão, tensão residual ou remanescente
(Vres) em relação à tensão de referência (Vref) no ponto de observação,
expresso em porcentagem (%) ou valor por unidade (pu)”.
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A duração (Δt) do evento é definida como: “O intervalo de tempo decorrido entre o
instante (ti) em que o valor eficaz da tensão ultrapassa determinado limite (Vlim) e o
instante (tf) em que a mesma variável volta a cruzar esse limite, expresso em
segundos ou ciclos da fundamental”.
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Caracterização de um
afundamento de tensão,
em que a magnitude do
evento é de:
Ve 32,0 % ou
Ve 0,32 pu
e duração de:
t 92,0 ms
(5,52 ciclos).
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METODOLOGIA DE MEDIÇÃO
Estratificação dos parâmetros para contabilização de eventos de VTCD
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Estratificação das VTCD com base nos níveis de sensibilidade das diversas cargas
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O Fator de Impacto, para caracterização da severidade da incidência de eventos de VTCD,
é calculado conforme a seguinte expressão:
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Tabela 7.6 – Fatores de ponderação e Fator de Impacto base de acordo com a tensão nominal.
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EXERCÍCIO 1
Uma unidade consumidora industrial é suprida por um transformador de potência
nominal de 250 kVA (Z=4%). Tensões 13,8 kV/380 V, 60 Hz e ligação Y-Y (aterrado
dos dois lados). No secundário do transformador, as principais cargas são: 1 motor
de 100 cv, 1 motor de 10 cv, cargas de iluminação e uma central de informática de
acordo com o diagrama unifilar mostrado.
a) Considere a situação em que o dispositivo de partida do motor de 100 cv (4
pólos, 380 V, 60 Hz) foi danificado e deve operar temporariamente com partida
direta. Calcule a queda de tensão associada e verifique se as cargas de
informática (CPD), que possuem as característica CBEMA podem permanecer
ligadas durante este evento.
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b) A empresa solicitou à distribuidora a instalação de um equipamento para monitoramento da
qualidade de energia da unidade de acordo com o que estabelece o PRODIST – Módulo 8.
Os registros de VTCD detectados durante os 30 dias em que o equipamento foi instalado
foram separados por faixas de amplitude e duração e inseridos na tabela a seguir. Considere
que os motores são acionados por chaves estrela-triângulo a base de contatores cuja curva
está representada em anexo. Determine:
A quantidade de vezes em que a operação dos motores foi interrompida durante este
período em decorrência de VTCDs;
Verifique se os computadores estiveram sujeitos a falhas de operação (Curva CBEMA) e a
quantidade de vezes em que isto ocorreu;
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Registros
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Curva de tolerância para contatores
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c) Calcule o Fator de Impacto destes eventos VTCD na unidade e se estão de
acordo com os limites estabelecidos no Módulo 8 do PRODIST (Para
facilitar os cálculos, incorpore as regiões B e C da estratificação de VTCDs
na região D).
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SOLUÇÃO
a)
( ) ( )
( )
( )
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Geralmente para que os motores
funcionem em 220 V a conexão é em
delta e para 380 V é em estrela.
(𝙔) (𝜟)
(1)
Sabemos que:
(𝜟)
(𝙔) (𝙔) (𝜟)
Logo, em (1)
(𝜟)
(𝙔)
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b)
Da curva de tolerância dos contatores, os contatores dos motores falham quando: VN < 0,35
& t > 80 ms
e da tabela de registros observamos que dentro dos limiares estabelecidos contabilizamos:
30 falhas nos contatores.
Para o CPD, da curva CBEMA, vai dar falha de operação quando:
VPU < 0,60 1 ciclo (16,67 ms) < t < 10 ciclos (166,7 ms)
VPU < 0,80 10 ciclos (166,7 ms) < t < 100 ciclos (1,67 s)
VPU < 0,85 100 ciclos (1,67 s) < t < 1000 ciclos (16,67 s)
VPU < 0,87 t > 1000 ciclos (16,67 s)
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c)
Região A
Região G
Região D
Região F
Região E
Região A = 193
193 0 + 132 0,15 + 18 0,25 + 58 0,36 + 14(0,07)
𝐹𝐼 =
Região D = 132 2,13
Região E = 18 𝐹𝐼 = 21,67 𝑝𝑢
Região F = 58
Região G = 14
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