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Análise de Sistemas de

Potência II

Prof. Sergio Escalante, DSc.


s.escalante@eng.uerj.br
slescalante@ieee.org
Estabilidade de Sistemas de Potência
Definição
• Estabilidade de um sistema é a propriedade que o sistema
tem de permanecer em um estado de equilíbrio em regime
permanente ou atingir um estado de equilíbrio após ser
submetido a uma perturbação.
• Capacidade de um sistema de retornar ao ponto de
equilíbrio inicial ou estabilizar em um novo ponto de
equilíbrio após cessar o distúrbio causador da perturbação

• A preocupação do estudo de estabilidade é em relação à


resposta dinâmica do sistema frente a perturbação.
Estabilidade
Estabilidade de Sistemas de Potência
• Para um mesmo sistema, a estabilidade
depende
– Ponto de operação do sistema: alguns
pontos de operação suportam uma maior
quantidade de distúrbios
– Amplitude do distúrbio: nenhum sistema
é estável para qualquer distúrbio
– Tempo de duração do distúrbio: a duração
do distúrbio tende a aumentar seus
efeitos
Estabilidade: períodos de tempo
• Antes: sistema em regime permanente senoidal
• Distúrbio: aumento/redução de carga; aumento da geração de uma
máquina; perda de um gerador; curto‐circuito; desligamento de uma
linha/transformador
• Intervalo inicial do transitório – primeiro segundo
– apenas controles imediatos: ‐ remoção das faltas; desligamento de geradores
– nenhum controle das máquinas atua: ‐ reguladores de tensão‐QV e de
velocidade‐Pf ainda inoperantes
• Intervalo intermediário – a partir de 5 s:
– início de operação dos controle QV e Pf das máquinas
• Intervalo final – após vários minutos:
– efeitos de longo prazo dos controles;
– possibilidade de novos ajustes (tais como desligamento de cargas não‐prioritárias
Tipos de instabilidade
• a) Perda de sincronismo: é  g (t )

um fenômeno de t
instabilidade angular
(posição angular do rotor);

• b) Colapso de tensão: caso


de instabilidade de tensão.
Tipos de Perturbação
• a) Grandes perturbações:
curto‐circuito, variação
brusca de carga, perda de
geradores, perda de linha;

• b) Pequenas perturbações:
variações normais da
carga.
Tipos de estudos de estabilidade
• a) Angular
– i) Grande perturbação: estabilidade transitória;
– ii) Pequena perturbação: estabilidade em regime
permanente para carga leve, carga média e carga pesada ou
estabilidade dinâmica, onde se considera o controle de
tensão e o controle de velocidade;
 (t )
• b) Tensão
– i) Grande perturbação;
– ii) Pequena perturbação
t

A estabilidade transitória analisa o ângulo interno da máquina com o tempo


De acordo com as análise dos equipamentos de
medida, foi determinado o que aconteceu: foi uma
aproximação da frequência de ressonância elétrica da
rede de 500 kV compensada de 30,5 Hz com a
frequência mecânica de ressonância complementaria
do turbogerador (60 a 30,5 Hz) de 29,5 Hz.

IEEE Working Group Report, “IEEE Screening Guide for Planned Steady‐State Switching Operations to Minimize
Harmful Effects on Steam Turbine‐Generators,” IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, Vol. PAS‐99, No. 4,
July/August 1980, pp. 1519‐1521.
• 9.2.1.12 Oscilação subsíncrona e estimação da perda de vida do eixo de
geradores causada por fadiga torcional:
– (1) a terminologia empregada nos estudos de oscilação subsíncrona e de estimação
da perda de vida do eixo de geradores causada por fadiga torcional é definida pelo
IEEE (198513);
– (2) as oscilações subsíncronas englobam basicamente dois fenômenos:
• (i) ressonância subsíncrona, que tem origem nos sistemas compensados por capacitores série; e
• (ii) oscilações subsíncronas dependentes de controladores de ação rápida14;
– (3) a fadiga torcional é o resultado da perda cumulativa de vida do eixo mecânico
turbinagerador, que tem sua origem nos elevados torques transitórios aos quais o
eixo turbina‐gerador fica sujeito durante sua vida útil:
• (i) as causas desses elevados torques transitórios estão ligadas a faltas, manobras no sistema
elétrico, notadamente, religamentos de linha;
• (ii) a presença de capacitores série eletricamente próximos a geradores térmicos, mesmo que isso
não demande medidas mitigadoras, tende a elevar os níveis de torques transitórios no eixo dos
geradores;
13 IEEE. Subsynchronous Resonance Working Group of the System Dynamic Performance Subcommittee. Terms, definitions and symbols for
subsyncronous oscillations. IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, Vol. PAS‐104, No. 6, June 1985. 14 Device dependent
subsynchronous oscillation.
http://www.medfasee.ufsc.br/brasil/
Estudos de estabilidade eletromecânica
• Premissas para estudos de sistemas de corrente alternada (CA)
• 2.4.1.1. As condições de carga, geração e configuração do sistema a serem utilizadas como condições
iniciais nos casos de análise de estabilidade eletromecânica devem ser aquelas que caracterizem
condições normais e de Rede Incompleta em regime permanente para carga pesada, média, leve e
mínima.
• 2.4.1.2. Simulações para abertura intempestiva de elementos do sistema sem curto‐circuito prévio
e/ou com a aplicação de curto‐circuito monofásico devem ser realizadas.
• 2.4.1.3. Em função da contingência analisada, deve ser considerada a atuação dos sistemas de
proteção e SEP relevantes para o desempenho do sistema elétrico.
• 2.4.1.4. Para definição de SEP, os estudos de estabilidade eletromecânica devem ser realizados para os
eventos estabelecidos na etapa de definição do escopo do estudo, considerando como referência as
seguintes situações:
– (a) falta na barra com atuação correta da proteção;
– (b) falta na barra com falha de disjuntor;
– (c) falta em linhas de transmissão que compartilhem a mesma torre ou a mesma faixa de passagem, seguida da abertura de ambos
os circuitos;
– (d) falta em circuitos, duplos ou não, com falha de disjuntor;
– (e) perda de todas as seções de barra de um mesmo nível de tensão; e
– (f) perda de uma interligação elétrica que provoque a abertura de outras interligações.
Estudos de estabilidade eletromecânica
• 2.4.1.5. Em estudos de estabilidade eletromecânica, deve‐se verificar a necessidade do emprego
e/ou do ajuste das proteções para perda de sincronismo, no intuito de promover o bloqueio ou a
permissão de atuação seletiva dos equipamentos de manobra. Assim, é possível minimizar os
reflexos de distúrbios sobre o sistema que provoquem colapso de tensão ou instabilidade entre
as áreas decorrentes da perda parcial ou total de interligações elétricas.
• 2.4.1.10. Os tempos de isolamento do defeito devem ser obtidos com base nos tempos de
manobra dos elementos que dependem do arranjo físico da subestação e do tempo de
atuação da própria proteção.
• 2.4.1.11. Os tempos indicativos de
eliminação do defeito são apresentados
na Tabela 2 e devem ser utilizados
apenas quando não houver informação
disponível no banco de dados do ONS.
• 2.4.1.12. Caso haja necessidade de
elaborar estudos específicos, o ONS
solicita aos agentes os dados de tempo
de eliminação de defeitos.
Critérios para estudos de estabilidade
• 2.4.3.1. O sistema de potência deve ser transitória e dinamicamente estável. 2.4.3.2. Em
qualquer condição de carga, o sistema deve permanecer estável para aberturas
intempestivas com ou sem aplicação de curtos‐circuitos monofásicos (maior probabilidade
de ocorrência) sem religamento, ainda que haja perda de algum dos elementos do sistema
de transmissão, inclusive transformadores.
• 2.4.3.3. Nos casos das contingências simples e duplas, caracterizadas nos itens 2.2.2.3 e
2.2.2.4, que provocam aberturas de parte ou da totalidade das interligações elétricas
entre as áreas do SIN, os subsistemas que resultam dessas aberturas devem se manter
estáveis. Adicionalmente, o sistema deve ser dinamicamente estável nas pequenas
variações de intercâmbio após a abertura parcial do conjunto de linhas que compõem
uma interligação.
• 2.4.3.4. Além de estável, o sistema não deve estar sujeito a riscos de sobrecargas
inadmissíveis em equipamentos, violação de faixas de tensão ou desligamentos
indesejáveis dos elementos da rede ou da carga.
• 2.4.3.5. O carregamento dos equipamentos principais de transmissão deve ser avaliado
em função das suas características e dos seus equipamentos terminais. Com relação aos
limites de carregamento, aplicam‐se os itens 2.2.4.4 e 2.2.4.5.
Critérios para estudos de estabilidade
• 2.4.3.6. Em períodos de simulação que se caracterizem como de regime
permanente, devem ser aplicados os critérios descritos no item 2.2.4.
• 2.4.3.7. Para avaliação da estabilidade eletromecânica, devem ser
considerados os seguintes critérios:
– a tensão mínima na primeira oscilação pós‐distúrbio não pode ser inferior a
60% da tensão nominal de operação ou 63% para 500 kV;
– a tensão mínima nas demais oscilações pós‐distúrbio não pode ser inferior a
80% da tensão nominal de operação ou 84% para 500 kV;
– a máxima variação de tensão entre o instante inicial e final da simulação
dinâmica deve ser inferior a 10% da tensão nominal de operação, ou seja,
Vfinal ≥ [Vinicial – 10% Vnop]; e
– a amplitude máxima das oscilações de tensão eficaz pico a pico deve ser de
2% em valor absoluto, após 10 segundos da eliminação do distúrbio.
Limite de estabilidade eletromecânica
• Para a determinação do limite de estabilidade eletromecânica de
um sistema, os Procedimentos de Rede do ONS estabelecem
que os seguintes critérios relacionados à tensão:
– Para níveis de tensão superiores a 500 kV, as tensões mínimas pós‐
falta no primeiro ciclo não pode ser inferior a 63% da tensão nominal
de operação (60% p/tensão inferiores a 500 kV).
– E deve, nas demais oscilações, ser superior a 84% da tensão nominal
de operação (80% p/tensão inferiores a 500 kV).
– Entre os instantes iniciais e finais da simulação, a diferença máxima de
tensão admitida é de 10% da tensão nominal do elemento (Linha ou
barra).
– A amplitude pico‐a‐pico máxima da tensão eficaz admitida é de 2%,
em valor absoluto, 10 (dez) segundos após a eliminação do defeito.
Conceito básico de máquinas síncrona
• Com a maquina desconectada da rede alimenta‐se o enrolamento
do rotor (campo) com corrente contínua, o que gera um fluxo
magnético estacionário φF.
• Gira‐se o eixo do rotor com o auxílio de uma máquina motriz e
este fluxo magnético, que agora gira, enlaça os enrolamentos
do estator, produzindo uma tensão induzida nestes enrolamentos
4 f 2e
mec  
p p
mec: velocidade angular do rotor em rad.‐mec./seg
•e: velocidade angular da tensão em rad.‐elétricos/seg
f: frequência elétrica Hz. p
p: número de pólos da máquina síncrona. e  mec
: ângulo da carga. 2
Conceito básico de máquinas síncrona
mec
• Se a máquina alimenta uma carga, existe circulação
de correntes nas bobinas do estator, as quais criam
φE. 
• Tem‐se: a velocidade mecânica e o torque mecânico
em um mesmo sentido e o torque eletromagnético E
ou apenas elétrico no sentido contrário.
• O ângulo delta varia com o torque mecânico
aplicado: mec
– A preocupação está no balanço Pele mec
eletro‐mecânico entre a
potência mecânica fornecida
ao gerador e a potência Pmec
elétrica gerada e
 mec  2e p
Conceito básico de máquinas síncrona
• O ângulo delta varia de acordo com o
torque mecânico aplicado
B liq
– Se a vazão de água da máquina motriz mec
é aumentada, aumenta a Pmec BR
entregue ao gerador, e a potência 
elétrica é mantida constante (Icte, Bscte), BS
o ângulo delta aumenta
BR B liq

  B liq

BS B liq
BR B liq
– Se por outro lado, se a potência elétrica entregue 
pelo gerador aumenta, mantida a vazão de 
água constante, o ângulo delta aumenta.
BS
Conceito básico de máquinas síncrona
mec
mec

e
mec  2e p
Pkm  VkVmbkm sen  km
E  Vt 0  jX S  I
Pele

E E  Vt
Pe   sen  Pmec
XS
Pkm  (akmVk ) 2 g km  (akmVk )Vm [ g km cos( km  km )  bkm sen( km  km )] 
Dinâmica do rotor da máquina síncrona
• Equação de oscilação da máquina síncrona
– Torques envolvidos e o sentido de rotação da máquina:
mec
mec

e
mec  2e p  a   mec   e  J 
d 2 mec
Nm
2
θmecânico : deslocamento angular do rotor em relação a dt
um referencial fixo em radianos mecânicos, d mec
 a   mec   e  J  Nm
S: velocidade síncrona em rad/s dt
•mecânico : torque mecânico injetado no eixo do rotor Nm J : momento de inércia do rotor em kg.m2
e : torque eletromagnético ou torque elétrico líquido, já a : torque de aceleração em Nm.
descontado atrito, ventilação e outros, em Nm. Em regime permanente a = 0.
Equação de oscilação
d 2 mec
 a   mec   e  J  2
Nm
dt

– Posição:  mec (t )  S_mec  t   mec

– Velocidade: – A velocidade do rotor dθmec/dt é a soma da velocidade


d mec (t ) d  mec (t ) síncrona (S_mec) do rotor com o deslocamento angular
 S_mec  do rotor em relação a velocidade síncrona
dt dt
– Aceleração:
– A aceleração do rotor em relação ao referencial
d  mec (t ) d  mec (t )
2 2
fixo é a mesma que a aceleração do deslocamento
• 2

dt dt 2 angular do rotor.
Potência acelerante
d 2 mec
 a   mec   e  J  2
Nm
dt
d 2 mec (t ) d 2 mec (t )
2

dt dt 2
d 2 mec
 a   mec   e  J  Nm
dt 2  mec (t )  S_mec  t   mec ele  P mec
2
d 2 mec
 amec   mecmec   emec  J mec  2
W
dt Pmec: Potência mecânica injetada no
eixo da máquina, W ou MW
d  mec
2
Pe: Potência elétrica total, W ou MW
Pa  Pmec  Pe  M mec  W
dt 2 Mmec = Jmec: constante de inércia
– Em pu: dividir por Snom da máquina medida na velocidade
síncrona. W.s2/rad ou MW.s2/rad
Potência acelerante
d 2 mec
Pa  Pmec  Pe  M mec  2
Nm M mec  J mec
dt

P d 2 e p d 2 mec
 ele   mec  
2 dt 2
2 dt 2 P
 mec (t )  S_mec  t   mec ele  mec
2
2 d 2 e Pmec: Potência mecânica injetada no
Pa  Pmec  Pe  M mec  [  2 ] W
p dt eixo da máquina, W, MW
Pe: Potência elétrica total, W, MW
Mmec = Jmec: constante de inércia
• Em pu: da máquina medida na velocidade
– dividir pela potência nominal: Snom síncrona. W.s2/rad
Potência acelerante
d 2 mec ele 
P
mec
Pa  Pmec  Pe  M mec  2
Nm 2
dt
P
 ele   mec
2 2
d  2
Pa  Pmec  Pe  M mec  2e W
p dt
Pa Pmec Pe 2 M mec d 2 e M mec  J mec  mec  S_mec  t   mec
    2
S nom S nom S nom pS nom dt
M  2 M mec pS nom Pd: Potência de amortecimento, causado pelo
d 2 e ar no entreferro e pelas barras amortecedoras.
Pa  Pmec  Pe  M 2
pu PS: Potência sincronizante elétrica total, MW
dt
M = Jmec: constante de inércia da máquina
d
Pe  Pd e  Ps ( ) medida na velocidade síncrona. Wpu.s2/rad
dt
Constante de inercia ‐ H
• Devido à variedade de potências e tamanhos das máquinas, os fabricantes
fornecem os dados das máquinas com a constante H.
– H: é a razão entre a energia cinética armazenada no rotor da máquina na
velocidade síncrona e sua potência elétrica trifásica aparente.
M mec  J mec 2 M mec
energia cinética armazenada  J  1 2 M
S_mec pS nom
em velocidade síncrona [MJoule]  2
[s]
H S nom e  ( P 2)  m
potência nominal da máquina [MVA]
J  S_mec
2
M mec  S_mec J
2H
Pa  Pmec  Pe  M mec 
d 2 mec
W
H  [s]  2
S nom
dt 2
2 S nom 2S nom S_mec

1  1 p  2 2H d 2 mec
H  M mec  S_mec = ( MS nom )  S_ele [s] Pa  Pmec  Pe  S nom  W
2 S nom 2 2 Snom p S_mec dt 2

• M mecS_mec 2H 2H d 2 mec
H [s] M mec  S nom Pa  Pmec  Pe   pu
2 S nom S_mec S_mec dt 2
H não varia muito de máquina para máquina. Para turbo Compensadores sínc.:
geradores ela está entre 3 a 10 s. Para hidro-geradores Grandes H=1,25; Pequenos
é da ordem de 2 a 4 s. H=1; Motores Sinc. H=2
Valores típicos de H podem ser: Hturbo = 6s Hhidro = 3s

‘‘Power System Stability’’, E.W. Kimbark, Vol. I, Wiley.


Equação de oscilação–grandezas elétricas
d 2 e 2H 2H d 2 mec
Pa  Pmec  Pe  M 2
pu M Pa  Pmec  Pe  Snom  W
dt S_ele S_mec dt 2

M S_ele
H [s] M mecS_mec
2 H [s]
2 S nom
2 H d 2 mec
 Pa  Pmec  Pe [pu e rad] p nrpm
S_mec dt 2
S_mec  2 f 0 f0  Hz
2 60
S_ele  2 f 0 _ ele f 0 _ ele  60 Hz
2 H d 2 mec
 Pa  Pmec  Pe [pu e rad] 2
2 f 0 dt 2
S_mec  S_ele
p

2 H d e d d  mec
 Pa  Pmec  Pe [pu] mec  S_mec  mec  mec  S_mec
S_ele dt dt dt
Exercícios
• 1. Uma máquina síncrona de 4 pólos, 60 Hz, tem
uma potência nominal de 200 MVA e um fator de
potência de 0,8 atrasado. O momento de inércia
do rotor (J) é 45,100 kg.m2. Determine M e H.

E  V
2H
M  J  S_mec   S nom [MJ/rad.-mec]
S_mec
Solução
S_mec  2 f 0 f0 
p nrpm
Hz
2 60 2H
2 J  S nom [MJ/rad.-mec]
S_mec  S_ele  2

p S_ele  2 f  377rad/s S_mec

S_mec  188,5rad/s m2
1 Joul  1kg× 2
s
2H
M  J  S_mec   S nom [MJ/rad.-mec]
S_mec

M  0, 045100  106  188, 5  8,5014 [MJ/rad.-mec]

S_mec 188,5 rad/s


H [s]  M  H  8,5014 [MJ/rad.-mec]  H  4, 0063 [s]
2  S nom 2  200 MVA
Equivalente de máquina
• Valor da constante H na base do sistema
H gerador  Sgerador
H gerador  Sgerador , S base_sistema H base_sistema 
S base_sistema

• Máquinas coerentes
1   2
1   2  

2 H1 d 21 2 H 2 d 2 2
G1 : Pmec1  Pe1  G2 : Pmec 2  Pe 2 
S dt 2 S dt 2

Equivalente de máquina
• Máquinas coerentes
2 H1 d 21
1   2
G1 : Pmec1  Pe1 
S dt 2 1   2  
2 H 2 d 2 2
G2 : Pmec 2  Pe 2 
S dt 2

2 H d 2
Geqv : Pmec  Pe 
S dt 2
H  H1  H 2 Pe  Pe1  Pe 2
2( H1  H 2 ) d 2
• Pmec  Pmec1  Pmec 2 Geqv : ( Pmec1  Pmec 2 )  ( Pe1  Pe 2 ) 
S dt 2
Exemplo
• Sejam os dois geradores a seguir
– G1: 500 MVA, H1=4,8 MJ/MVA
– G2: 1333 MVA, H2=3,27 MJ/MVA
– Sbase=100 MVA
• Se G1 e G2 são coerentes, determinar a constante
H da máquina equivalente na base do sistema.
Solução
• Sbase=100 MVA
• G1: 500 MVA, H1=4,8 MJ/MVA
• G2: 1333 MVA, H2=3,27 MJ/MVA
• G1 e G2 são coerentes.
H  H1  H 2 H gerador  Sgerador
H base_sistema 
S base_sistema
4,8  500 3, 27 1333
H   67,59 MJ/MVA
100 100

• onde H é a constante equivalente na base do sistema que é de 100 MVA,


o primeiro termo é a constante H da máquina 1 na base do sistema e o
segundo termo é a constante H da máquina 2 na base do sistema.
Maquinas não coerentes

2 H1 d 21 2 H 2 d 2 2
G1 : Pmec1  Pe1  G2 : Pmec 2  Pe 2 
S dt 2 S dt 2

• A segunda derivada de cada termo:


d 1 S Pmec1  Pe1
2 d 21 d 2 2 S Pmec1  Pe1 S Pmec 2  Pe 2
 ( ) 2
 2  ( ) ( )
dt 2
2 H1 dt dt 2 H1 2 H2
12  1   2
d  2 S Pmec 2  Pe 2
2

2
 ( ) 2 d 212 Pmec1 Pmec 2 Pe1 Pe 2
dt 2 H2  (  )  (  )
• S dt 2
H1 H2 H1 H 2
Maquinas não coerentes

2 H1 d 21 2 H 2 d 2 2
G1 : Pmec1  Pe1  G2 : Pmec 2  Pe 2 
S dt 2 S dt 2
12  1   2
2 d 12
2
Pmec1 Pmec 2 Pe1 Pe 2
(  )(  ) H12  H1  H 2 ( H1  H 2 )
S dt 2
H1 H2 H1 H 2

2 d 212 Pmec1 H1  H 2 Pmec 2 H1  H 2 Pe1 H1  H 2 Pe 2 H1  H 2


H12  (  )  (  )
S dt 2
H1 H1  H 2 H 2 H1  H 2 H1 H1  H 2 H 2 H1  H 2

2 d 212 Pmec1  H 2 Pmec 2  H1 Pe1  H 2 Pe 2  H1


 (  )  (  )  Pmec12  Pe12
• S
H12
dt 2
H1  H 2 H1  H 2 H1  H 2 H1  H 2
Maquinas não coerentes

2 H1 d 21 2 H 2 d 2 2
G1 : Pmec1  Pe1  G2 : Pmec 2  Pe 2 
S dt 2 S dt 2
12  1   2
2 d 12
2
Pmec1 Pmec 2 Pe1 Pe 2
(  )(  )
S dt 2
H1 H2 H1 H 2 H1  H 2
H12 
H1  H 2
2 H12 d 212
 Pmec12  Pe12
S dt 2

Pmec1 H 2  Pmec 2 H1 Pe1 H 2  Pe 2 H1


Pmec12  Pe12 
H1  H 2 H1  H 2
Exemplo G1 G2
• G1 é gerador síncrono e G2 motor
síncrono, conectados por rede
puramente reativa. 2 H1 d 21
G1 : Pmec1  Pe1 
• Desprezando‐se as perdas vem: S dt 2

PG1   Pmec1  Pmec 2 Pe1   Pe 2 2 H 2 d 2 2


G2 : Pmec 2  Pe 2 
S dt 2
Pmec12  Pmec Pe12  Pe
Pmec1 H 2  Pmec 2 H1
Pmec12 
H1  H 2
2 H12 d 212 2 H12 d 212
 Pmec12  Pe12  Pmec  Pe Pe1 H 2  Pe 2 H1
• S dt 2
S dt 2
Pe12 
H1  H 2
Exemplo
• Uma usina tem dois geradores trifásicos de 60 Hz:
– Ger 1: 500 MVA, 15 kV, FP=0,85, 32 pólos, H1=2 s
– Ger 2 : 300 MVA, 15 kV, FP=0,90, 16 pólos, H2=2,5 s
– a) Forneça as equações de oscilação de cada gerador
na base do sistema de 100 MVA.
– b) Caso os geradores sejam coerentes (1(t)  2(t))
calcular a equação de oscilação equivalente
– c) caso sejam geradores não‐coerentes, indique a
equação de oscilação equivalente
solução
• A constante de inercia para a nova base é dada por:

• a) Equações de oscilação: s _ ele  2 f 2 H d 2


 Pmec  Pele
2  10 d 2 1 d 2 s _ ele dt 2
 Pmec  Pele  Pmec  Pele
2 60 dt 2
6 dt 2

 (t )  1 (t )   2 (t )
2  7,5 d 2
1 d  2

 Pmec  Pele  Pmec  Pele Pmec12  Pmec1  Pmec 2


2 60 dt 2
8 dt 2

Pele12  Pele1  Pele 2


• b) Equação equivalente geradores coerentes:
• 2( H1  H 2 ) d 2 (t ) 35 d 2 (t )
 ( Pmec1  Pmec 2 )  ( Pele1  Pele 2 )  Pmec12  Pele12
s _ ele dt 2
377 dt 2
Solução
• c) Equação equivalente geradores não coerentes:
2 H12 d 212 H12  H1  H 2 ( H1  H 2 )
 Pmec12  Pe12
S dt 2

H1  10 s
Pmec1 H 2  Pmec 2 H1 H 2  7,5s
Pmec12 
H1  H 2
H12  4, 28s
Pe1 H 2  Pe 2 H1
Pe12 
H1  H 2 8,57 d 212
2
 Pmec12  Pe12
377 dt
Equação de oscilação: potência‐ângulo
• Esta equação reúne o modelo do balanço eletromecânico, 2 H d 2
equação de oscilação, com o modelo elétrico do sistema,  Pmec  Pe
que são as equações do fluxo de potência. S dt 2

• HIPÓTESES:
• 1) A potência mecânica fornecida para a máquina é constante devido à dinâmica
lenta do regulador de velocidade da máquina motriz, logo toda a perturbação só
está na potência elétrica.
– se Pe = Pmec a máquina está em regime permanente e gira na velocidade síncrona ωS
– se Pe < Pmec a máquina acelera,
– se Pe > Pmec a máquina freia.
• 2) A variação da velocidade é pequena (Δω) , esta não
afeta a tensão interna da máquina, logo |E| é constante.
• 3) Modelo mais simples da máquina síncrona.
• 4) Os ângulos de carga são medidos em relação a uma
referência única, a referência do sistema.
Equação potência‐ângulo
• Seja gerador ligado ao sistema e este ligado a outro gerador
como mostrado na Figura

• As tensões nas barras 1 e 2 são as de interesse, pois guardam o


ângulo delta da tensão interna. A rede, sistema acrescido com
x'd é representada pela matriz admitância de barra YBARRA.

• Y11 Y12 
YBARRA  
 21 22 
Y Y
Equação do fluxo
Pk  Vk  Vm (Gkm cos  km  Bkm sen  km ) Vk  k Vm  m
mK
z  r  jx 1
Y  G  jB  Y 
z
P1  V12G11  V1V2 [G12 cos 12  B12 sen 12 ]
G12  jB12  Y12 12  Y12 cos 12  jY12 sen 12

P1  E12G11  E1 E2 [G12 cos 12  B12 sen 12 ]

P1  E12G11  E1 E2Y12 [cos 12 cos 12  sen 12 sen 12 ]

P1  E12G11  E1 E2Y12  cos(12  12 ) P1  E12G11  E1 E2Y12  sen(12   12 )

12   12   2 cos(12  12 )  cos(12   12   2)  sen(12   12 )


Equação do fluxo
P1  E12G11  E1 E2Y12  sen(12   12 )

P1  Pconst  Pmax  sen(12   12 ) z  r  jx

P1  Pconst  Pmax Y12  G12  jB12  Y1212

1
Y12 
P1  Pconst r12  jx12

 12  12   2

• Caso particular: desprezam‐se as resistências G11  0


1
z  0  jx  jx– Y12  0  jB12   2  12   2   2  0 Y12  1 x12
x12
Equação do fluxo
• Caso particular: desprezam‐se as resistências:
1
Y12  0  jB12   2 G11  0
x12

P1  E12G11  E1E2Y12  sen(12   12 )

P1  E1 E2Y12  sen(12 ) Y12  1 x12 Pmax

Pmax
E1 E2
P1  sen 12  Pe
x12

• x12: reatância de transferência entre


as barras 1 e 2
Exemplo
• Um gerador trifásico 60 Hz, 500 MVA, 15 kV, 32 pólos,
H = 2. Determine:
– a) velocidade síncrona elétrica e mecânica em rad/s
– b) Indicar a equação de oscilação em por unidade
– c) o gerador está operando inicialmente com Pm = Pe = 1,0
pu;  = sinc; e  = 10° quando acontece um curto trifásico
franco a terra nos terminais do gerador, caindo a Pe = 0 pu,
para t  0. Mantendo a Pm constante, calcule:
• i. o ângulo de potência 3 ciclos após o curto circuito ter iniciado.
• ii. o ângulo de potência 6 ciclos após o curto circuito ter iniciado
Solução
• a) f = 60 Hz. d2  d 2 
s _ ele  2 60  377 rad/s dt 2
 30   dt 2  30 

2 2 d 1 (t )
s _ mec  s _ ele  377  23,56 rad/s  (30 )  t  0
p 32 dt 1

• b) equação de oscilação:  d (t )  t2
  dt
  30  t 

 (t )  30    (0)
2
2 H d 2 4 d 2
 Pmec  Pele  Pmec  Pele
s _ ele dt 2
377 dt 2
 (t )  15  t 2  0,1745

• c) (t=0) = 10° = 0,1745 rad Pele • X_ciclos em segundos:


2  2 d 2 60ciclos  1s
 1,0  0,0 Pm ec
2  60 dt 2
x_ciclos  t s
» (t=0) = 0,1745 rad 
x_ciclos
Solução
t [s] • Para 9 ciclos:
60ciclos
9 ciclos
 (t )  15  t 2  0,1745 t  0,15 s
60 ciclos/s
• Para 3 ciclos 3 ciclos
t  0,05 s  (0,15)  1, 2348 rad  70,1
60 ciclos/s
• Pe
 (t  0,05)  15  0,05  0,1745
2

 (0,05)  0, 2923 rad  16,75

• Para 6 ciclos: 6 ciclos


t  0,1 s
60 ciclos/s Pm

•  (0,1)  0,646 rad  37 


1017 3770,1
Exemplo
• 2. Para o circuito da figura a seguir, V=1 pu, X’d=0,2 pu
e a máquina está operando inicialmente com P=0,8 pu
e FP=0,8 atrasado. Determine a tensão de excitação
(E), o ângulo de carga inicial e a potência máxima que
poderá ser fornecida por esta máquina.

E  V
IA
Solução E1 sen   0,16  I A  0,16
j 0, 2
FP  cos   0,8 I A  1, 0  37
  37
Vt E1  1, 0  j 0, 2  1, 0  37
Vt  10
E A
E1  1,138,11
E1
E1  Vt  Z S  I A 1,13  1, 0
 Pele  sen 
IA XS 0, 2
E1 sen   I A X S cos  Pele  5, 658sen    90
  0,8  0, 2  I A
 V Pmax  5, 658 pu
• IA

EV E1  1, 0
Pele  1 t sen  0,8  sen  E1 sen   0,16
x 0, 2
Exemplo
• Uma máquina síncrona é conectada a uma barra infinita através de
um transformador e duas linhas de transmissão. A tensão na barra
infinita é 1,0 pu. A reatância transitória da máquina é 0,2 pu, a
reatância do transformador é 0,1 pu e a reatância de cada linha de
transmissão é 0,4 pu, todas na base da máquina síncrona.
• Inicialmente a máquina está fornecendo 0,8 pu de potência ativa
com uma tensão terminal de 1,05 pu. A constante de inércia H=5
MJ/MVA.
• Todas as resistências
são desprezadas.
Determine a equação
de oscilação da
máquina.
Solução
• Potência elétrica igual a potência
mecânica porque está em regime
permanente.
Pele  Pmec  0,8pu

• Tensão no barramento infinito: Vinf  1,00 x'd = 0,20; Pele = 0,8 pu


Pmec = 0,8 pu;
• Logo o circuito fica: Vt = 1,05 pu; H = 5 s

Vinf  1,00

Vt  1,05
E1  Vt  j 0, 20  I
Solução
E1Vinf E11
P (1inf)
ele  sen 1inf Pele(1inf)  sen 
x1a 0,5

x'd = 0,20; Pele = 0,8 pu


Vinf  1,00 Pmec = 0,8 pu;
Pta  0,8 Vt = 1,05 pu; H = 5 s
Pta  0,8
Vt  1,05
E1  E1
E1  Vt  j 0, 20  I

• Potência fornecida pelo gerador: 0,8 pu Vt  Vinf 1, 0513, 21  1, 00


I 
j 0,30 j 0,30
VtVinf 1, 015  1, 0
Pele( ta )  sen( )  sen( )  0,8
0,3 0,3 I  0,8  5, 29
• 0,8  0,3
sen( )    13, 213
1, 015
Solução
E1  Vt  j 0, 20  I
I I  0,8  5, 29
Vt  1,0513, 21 x'd = 0,20; Pele = 0,8 pu
E1  E1 Pmec = 0,8 pu;
E1  1, 0513, 21  j 0, 20  0,8  5, 29 Vt = 1,05 pu; H = 5 s

E1  1,1121, 09   21, 09

E1 1,11 1, 0 Pele(1inf)  0, 22sen 


P (1inf)
 1 sen  P (1inf)
ele  sen 
ele
0,5 0,5
• Determine a equação de oscilação da máquina:
2 H d 2 2  5 d 2
 Pmec  Pe  0,8  0, 22sen 
• S dt 2
377 dt 2
Exemplo
• Determinar a curva potência‐ângulo, Pe × δ, do sistema da Figura,
– (a) nas condições de operação normal.
– (b) Pe × δ, com curto‐circuito trifásico no meio da linha inferior.
– (c ) Pe × δ, quando os disjuntores da linha são abertos para a
eliminação da falta.

• Barra a é barra infinita; x'd = 0,20; Pe = 1,0 pu, logo Pmec = 1,0 pu; Vt = 1,0 pu
(tensão terminal do gerador); H = 5 MJ/MVA ou 5 s.
Solução
x'd = 0,20; Pe = 1,0 pu
Pmec = 1,0 pu;
Vt = 1,0 pu; H = 5 s

• (a) Condição de operação normal (pré‐falta):

–.
Solução t
• (a) Operação normal:
– Em reg. permanente: ind. “0” I
E1E a
Pe(1a )(0)  0
sen 12
x1a
x10a  j 0, 2  j 0,1  j 0, 4 / / j 0, 4  j 0,5

• Potência elétrica transmitida entre as barras t e a:


VtVa xta0  j 0,1  j 0, 4 / / j 0, 4  j 0,3
Pe(ta )(0)  0
sen  t
xta
(1, 0)(1, 0) E1  Vt  j 0, 20  I
Pe
( ta )(0)
 1, 0  sen 
0,3
Vt  Ea 1, 017, 46  1, 00
• sen   0,3    17, 46 I   1, 0128, 73
j 0,30 j 0,30
Solução
t
• (a) Operação normal:
E1  Vt  j 0, 20  I

I  1, 0128, 73

E1  1, 017, 46  j 0, 20  1, 0128, 73  2  0

E1  1, 0528, 44 1  28, 44 12  1  28, 44


E1Ea (1, 05)(1, 0)
Pe(1a )(0)  0
sen 12 P(1a )(0)
 sen 12  2,10sen 
x1a e
0,5

2 H d 2 2  5 d 2
 Pmec  Pe  1, 0  2,1sen 
• S dt 2
377 dt 2
Solução
x'd = 0,20; Pe = 1,0 pu
Pmec = 1,0 pu;
Vt = 1,0 pu; H = 5 s

• (b) Condição de curto‐circuito trifásico (durante a falta):

–.
Solução
3
• (b) curto‐circuito trifásico: t

E1Ea
Pe(1a )(falta)  falta
sen 1
x1a

• Determinar YBARRA:  2  0
– Redesenho com as impedâncias do sistema.

1
1 j 0,4 
j 0,3

Y11 Y12 Y13 


 Y21 Y22 Y23 
1 1
j 0,2  j 0,2  YBARRA
• Y31 Y32 Y33 
Solução
• (b) curto‐circuito trifásico:
  j 3,33 0, 0 j 3,33 
YBARRA   0, 0  j 7,50 j 2,50 
 j 3,33 j 2,50  j10,83

– Aplicando eliminação da barra 3 por Kron: Yin  Ynj


Yij  Yij 
Ynn
Y Y j 3,33  j 3,33
Y11  Y11  13 31   j 3,33    j 2,308
Y33  j10,83
j 3,33  j 2,50
Y12  Y21  0   j 0, 769   j 2,308 j 0, 769 
 j10,83 
YBARRA  
 j 0, 769  j 6,923 
j 2,50  j 2,50
• Y22   j 7,50 
 j10,83
  j 6,923
Eliminação de Kron
• O procedimento é então o de eliminar
uma barra por vez, aplicando‐se a
eliminação de Kron tantas vezes quanto o
número de barras a serem eliminadas.
– OBS: Para maior eficiência computacional
deve‐se evitar a inversão da matriz YBB.
• A partir de YA pode‐se desenhar o circuito
equivalente.
– No exemplo tem‐se agora duas barras,
onde os elementos da nova matriz YBARRA
[2x2] são:
– Y'11 = y'1+y'3 ,
– Y'22 = y'2 +y'3 ,  Y11 Y12  Yin  Ynj Determina‐se y'1, y'2, y'3 
YA    
Yij  Yij 
– Y'12 = Y'21 = −y'3 . Y 
 21 Y 
22  Ynn resolvendo o sistema Y‘ij.
Solução
• A admitância de transferência entre as barras 1 e 2:
E1  Ea y12  Y12   j 0, 769
Pe(1a )(falta)  falta
sen 1
x1a   j 2,308 j 0, 769 

YBARRA  
x12 
1
 1,30  x1falta  j 0, 769  j 6,923
 j 0, 769
a

– As duas tensões são constantes (instantes do curto circuito e barra 2 é


barramento infinito) Barra a é barra infinita; x' = 0,20; P =
d e
1,0 pu, logo Pmec = 1,0 pu; Vt = 1,0 pu
(1, 05)(1, 0)
Pe(1a )(falta)  sen 1  0,808sen  (tensão terminal do gerador); H = 5
1,300 MJ/MVA ou 5 s.

2 H d 2 2  5 d 2
•  Pmec  Pe  1, 0  0,808sen 
S dt 2
377 dt 2
Solução
• (c) disjuntores abrem e limpa a falta (pós‐falta):


Solução
• (c) disjuntores abrem e limpa a falta:
E1V2
P e
(1a )( pós _falta)
 pós_falta sen 12
x12

x1pós_falta
a  j 0, 2  j 0,1  j 0, 4  j 0, 7

• As duas tensões são constantes (instantes do curto circuito e barra 2 é


barramento infinito)
(1, 05)(1, 0)
Pe
(1a )( pós _falta)
 sen  Pe(1a )( pós _falta)  1,5sen 
0, 70
2 H d 2 2  5 d 2
 Pmec  Pe  1, 0  1,5sen 
• S dt 2
377 dt 2
Solução 2 H d 2
 Pmec  Pe
S dt 2

• Das equações obtidas:


– Pré‐falta: Falta: Pós‐falta:
2  5 d 2 2  5 d 2 2  5 d 2
2
 1, 0  2,1sen  2
 1, 0  0,808sen  2
 1, 0  1,5sen 
377 dt 377 dt 377 dt

Pmec 


 0  28, 44
energia cinética armazenada
em velocidade síncrona [MJ]
H  [s]
potência nominal da máquina [MVA]

2H 2 H d 2 mec
M  J  S_mec   S nom [MJ/rad.-mec]  Pa  Pmec  Pe [pu e rad]
S_mec S_mec dt 2

d 2 mec 2 H d 2 mec
Pa  Pmec  Pe  M  2
Nm  Pa  Pmec  Pe [pu e rad]
dt 2 f 0 dt 2

2H d 2 mec
Pa  Pmec  Pe  S nom  Nm H d 2 mec
S_mec dt 2
2
 Pa  Pmec  Pe [pu e graus]
180 f 0 dt
2H d 2 mec p nrpm
Pa  Pmec  Pe   Nm S_mec  2 f 0 f0  Hz
S_mec dt 2
2 60

2 H d mec d  mec d  mec


 Pa  Pmec  Pe mec  S_mec   mec  S_mec
S_mec dt dt dt
Exercícios
• 1. Um gerador síncrono trifásico de 60 MVA, 30 kV, 60 Hz, tem
uma reatância de 9 ohms por fase e uma resistência desprezível.
O gerador está entregando potência nominal com FP de 0,8
atrasado à barra infinita.
– a. Determine a tensão de excitação por fase E, e o ângulo de potência δ
– b. Se o gerador está operando com a tensão de excitação do item (a),
qual é a potência máxima em regime permanente que o gerador pode
entregar antes de perder o sincronismo? Encontre a corrente de
armadura correspondente a essa potência máxima.
– c. Com o valor da excitação achado em (a) constante, o torque
aplicado é reduzido até o gerador entregar 25 MW. Determine a
corrente de armadura e o fator de potência.
– d. Refaça os itens anteriores considerando o fator de potência 0,8
adiantado.
Exercícios
• 2. Um gerador síncrono trifásico de 60 MVA, 30 kV, 60
Hz, tem uma reatância de 9 ohms por fase e uma
resistência desprezível está entregando 40 MW numa
tensão terminal de 30 kV. Calcule o ângulo de
potência, a corrente de armadura e o fator de
potência quando a corrente de campo é ajustada para
as seguintes excitações:
– a. A tensão de excitação é decrescida para 80% do valor
encontrado no exercício anterior (exercício 1: EA25kV).
– b. Ache a mínima excitação antes do gerador perder o
sincronismo.
REGIME TRANSITÓRIO DA MÁQUINA
SÍNCRONA
Regime Transitório da máquina Síncrona
• Seja o sistema da figura, a qual opera
em regime permanente no ponto a.
• Em t=0 ocorre curto‐circuito trifásico
temporário nos terminais do gerador P  P P 
2H

d  2
mec

com potência elétrica transmitida igual a



mec e
dt S_mec
2

a zero e máquina passa a operar no


ponto b. d e
• Durante o curto a potência elétrica a
transmitida é igual a zero Pe=0,0 MW, a
máquina acelera e o ângulo delta b c
aumenta.  0  abertura  2  máximo     0
• Quando t = tabert e  = abert o curto é EV
eliminado (ponto c), ficando o sistema P  esen   P sen  max
X eq
com a mesma configuração inicial.
• A máquina volta a operar na senoide, no ponto d, e começa a frear pois Pe > Pmec,
porém devido a inercia do rotor o ângulo delta continua a aumentar.
Regime Transitório da máquina Síncrona
– A máquina volta a operar na senoide,
no ponto d, e começa a frear pois Pe >
Pmec, porém devido a inercia do rotor o
ângulo delta continua a aumentar.
2H d 2 mec
• Supondo que o sistema seja estável Pa  Pmec  Pe 
 S_mec

dt 2
para esta perturbação e com a limpeza
da falta no ponto c: a velocidade do
d
rotor volta a ser a síncrona no ponto e, e
e o ângulo δ2 não pode passar de δmáx. a
• Neste caso (estável) a máquina
b c
desacelera (Pe>Pm), porém não fica no
ponto de operação a devido a inércia  0  abertura  2  máx     0
do rotor, indo então até o ponto f, onde f
P 
EV
sen   P sen 
a velocidade é a síncrona. X
e
eq
max

• Novamente a máquina acelera (Pm>Pe) e continua a oscilar até se estabilizar no ponto


a, isto por que a configuração do sistema é a mesma antes da falta e após a falta.
Regime Transitório da máquina Síncrona
d e
a A2 A5

A1
b c
0  abertura 2  máx     0
f S
S 
S 
+
- S
S 
S  - -
• Critério das áreas iguais: A1 acelera S
+
+ + S  S 

e A2 freia. S 
+
S 
S 
-
S
A1  A2  A5  instável -
S + S 
A1  A2  A5  estável S

S

• A máquina, em teoria, pode operar Pa  Pmec  Pe 


2H

d 2 mec
Nm Pe 
EV
sen   Pmax sen 
em regime permanente até 90° S_mec dt 2 X eq
d e
a A2 A5 Se:
A1 abertura = crítico
b c Então
0  abertura 2  máx     0 2 = máximo
f S
S 
+
S 
- S
S 
S  - -
+ S  S 
S +
+ + S 
S  -
S  S
-
S + S 


S

S
Critério das áreas iguais
• O critério das áreas iguais é usado
para analisar a estabilidade
transitória de uma máquina contra
uma barra infinita ou para examinar 2H d 2 mec
a estabilidade transitória de duas Pa  Pmec  Pe 
S_mec

dt 2
máquinas, sem a necessidade de
solucionar a equação de oscilação.
d
• Potência elétrica transmitida igual a A2
e
a
zero durante o curto
– A3 = A4, onde a área vai até o eixo A4 b
A1
c
Pmec. A3 0  abertura 2  máx     0
– A máquina não pode passar, na
parte descendente da curva, da Pe 
EV
sen   Pmax sen 
potência mecânica. X eq
Critério das áreas iguais
• Seja a equação swing:
2 H d 2
 Pmec  Pe
s dt 2

• R é a velocidade do rotor em relação


à velocidade síncrona
•  é velocidade do rotor
d
• S é a velocidade síncrona e
a A2
R    S  d dt d R dt  d 2 dt 2 A1
A4 b c
2 H d 2 d  d A3 0  abertura 2  máx     0
  ( P  P ) 
s dt 2 dt mec e
dt Pe 
EV
sen   Pmax sen 
X eq
• 2 H dR d H
 R  ( Pmec  Pe )  d R2  ( Pmec  Pe )  d 
s dt dt s
Critério das áreas iguais
2 H d 2
 Pmec  Pe
s dt 2

H
d R2  ( Pmec  Pe )  d 
s
H R 2 2
 d    ( Pmec  Pe )  d 
2

s R0
R 0 d e
a A2
H 2
(   )   ( Pmec  Pe )  d 
2 2
A1
s R2 R0 0 b c
0  abertura 2  máx     0
• Considerando‐se que tanto no ponto
0 quanto no ponto 2 a velocidade
do rotor é a síncrona, isto é: Pe 
EV
sen   Pmax sen 
• X eq
  s ,  R 0   R 2  0 2
 0
( Pmec  Pe )  d   0
Critério das áreas iguais
2
  s ,  R 0   R 2  0  ( Pmec  Pe )  d   0
0

• que resume o critério das áreas iguais,


que pode ser aplicado a quaisquer dois
pontos em que a velocidade do rotor é
a velocidade síncrona.
d e
 crítico 2 a A2

0
( P  P )d  

mec
  e( P  P )d  0
 
crítico
mec e
A1
b c
A1 A2
0  crítico 2  máx     0
• A potência elétrica é assumida zero, Pe 
EV
sen   Pmax sen 
pois a falta é na barra do gerador. X eq
– Na figura: as áreas A1 = A2.
Critério das áreas iguais

Kundur
ÂNGULO CRITICO
Ângulo crítico de eliminação da falta
• Ângulo crítico de eliminação da falta
para Pe =0 transmitida durante a falta
– Se δabertura > δcrítico o sistema é instável:

A1  A2
 crítico 0  crítico  máx     0
A1   ( Pmec  Pe )d   Pmec   crítico  Pmec   0
0

– pois a potência elétrica transmitida EV


durante a falta é zero. Pe  sen   Pmax sen 
X eq
 max  max
A2   ( Pe  Pmec )d    ( Pmax sen   Pmec )d 
•  crítico  crítico

A2   Pmáx cos  máx  Pmáx cos  crítico  Pmec crítico  Pmec máx Igualando A1 e A2.
Ângulo crítico de eliminação da falta
• Igualando A1 e A2: A1  A2 Pe 
EV
sen   Pmax sen 
X eq
A1  Pmec   crítico  Pmec   0
A2   Pmáx cos  máx  Pmáx cos  crítico  Pmec crítico  Pmec máx

 Pmec   0   Pmáx cos  máx  Pmáx cos  crítico  Pmec máx


0  crítico  máx     0

Pmec ( máx   0 )  Pmáx (cos  crítico  cos  máx )


Pmec
cos  crítico  ( máx   0 )  cos  máx Pmáx sen  0
Pmáx cos  crítico  (   0   0 )  cos  0
Pmáx
 máx     0 cos  máx   cos  0 cos  crítico  sen  0 (  2 0 )  cos  0
• Pmec  Pe   Pmáx sen  0
0  crítico  acos[sen  0 (  2 0 )  cos  0 ] rad
TEMPO CRITICO
Tempo crítico de eliminação de falta
• Este tempo está associado ao ângulo δcrítico.
2 H d 2
– Para o período de aceleração A1:  Pmec  Pe
s dt 2

d 2 s s d 2 s
 ( P  P )  Pmec  Pmec
dt 2
2H
mec e
2H dt 2
2H
0
Potência elétrica transmitida
durante a falta é zero.

d t P P d P
 R   s mec dt  s mec  t  R  s mec  t
dt 0 2H 2H dt 2H

s Pmect s Pmect 2 s Pmect 2 Em t=0 o


  0
t t
   0   R dt   dt  ângulo é 0.
0 0 2H 4H 4H
s Pmectcrítico
2
4 H ( crítico   0 )
 crítico   0 tcrítico 
4H s Pmec

Se o tempo de eliminação do defeito (tabertura) for maior que o tempo crítico (tcrítico) o sistema será instável.
Exemplo
• Determinar o tempo crítico e o ângulo crítico para o sistema
da Figura operando em regime permanente quando ocorre
falta trifásica na saída do gerador. H = 5 MJ/MVA = 5 s. X’d =
0,2 pu.

– Barra a é barra infinita; x'd = 0,20; Pe = 1,0 pu, logo Pmec = 1,0 pu; Vt = 1,0 pu (tensão
terminal do gerador); H = 5 MJ/MVA ou 5 s.
Solução
x'd = 0,20; Pe = 1,0 pu
Pmec = 1,0 pu;
Vt = 1,0 pu; H = 5 s

• (a) Condição de operação normal:

–.
Solução Ea
• (a) Operação normal: t

E1
E1E a
Pe(1a )(regime_permt.)  regime_permt.
sen 12 Vt  1, 0 t
x 1a

x1regime_permt.
a  j 0, 2  j 0,1  j 0, 4 / / j 0, 4  j 0,5

• Potência elétrica transmitida entre as barras t e a:


VtVa xtaregime_permt.  j 0,1  j 0, 4 / / j 0, 4  j 0,3
Pe(ta )(regime_permt.)  regime_permt.
sen  t
xta
(1, 0)(1, 0) E1  Vt  j 0, 20  I
P
e
( ta )(regime_permt.)
 1, 0  sen  t
0,3
Vt  Ea 1, 017, 46  1, 00
I   1, 0128, 73
• sen  t  0,3   t  17, 46 j 0,30 j 0,30
Solução Ea
• (a) Operação normal: t

E1
I  1, 0128, 73
Vt  1, 0 t
E1  Vt  j 0, 20  I
 2  0
E1  1, 017, 46  j 0, 20  1, 0128, 73
E1  1, 0528, 44 1  28, 44 12  1  28, 44
E1  Ea (1, 05)(1, 0)
Pe(1a )(regime_permt.)  regime_permt.
sen 12 P (1a )(regime_permt.)
 sen 12  2,10sen 
x1a e
0,5
1
Pe  1, 0 pu  0  asen( )  28, 44  0, 496 rad
• 2,10
Solução
 0  0, 496 rad  28, 44  max     0  2, 6456 rad  151,58

• Ângulo crítico:  crítico  acos[sen  0 (  2 0 )  cos  0 ] rad

 crítico  acos[sen(0, 496)(  2  0, 496)  cos(0, 496)] rad 4 H ( crítico   0 )


tcrítico 
s Pmec
 crítico  acos[0,144] rad  crítico  1, 426 rad  81, 72

s  2  60  377 rad/s 4  5(1, 426  0, 496)


tcrítico 
377 1, 0

tcrítico  0, 22 s = 13 ciclos

1 ciclos  1/ 60

Análise de Casos
• Seja o caso, do sistema:

– Caso 1: Falta trifásica no meio da linha eliminada


instantaneamente pelo desligamento da linha e posteriormente
religada com sucesso
– Caso 2: Falta trifásica no meio da linha, que é posteriormente
eliminada pela abertura da linha em falta e depois religada com
sucesso.
Análise do Caso 1
• A falta ocorre quando a máquina
opera em regime permanente com
ângulo δ0.
• Na ocorrência do curto esta passa a Pe
operar na curva inferior, pois a linha 2 linhas
em falta foi aberta instantaneamente 1 linhas
• A máquina oscila e após algum Pmec
tempo tem como ponto de repouso
o ângulo δ1 pois neste ponto Pe =
Pmecânico.  0 1  crítico  máx 
• Quando em δ1 a linha é religada e a
máquina volta a operar na curva
superior. A2
• Esta oscila até repousar em δ0. A1  A2
A1
Análise do Caso 2
• Em δabert ocorre o desligamento da
linha em falta. Em δt ocorre o
religamento da linha.
• A máquina opera em regime
permanente em δ0.
• Quando ocorre o curto‐circuito, esta passa a operar na curva inferior e acelera.
• Quando em δabert a linha é aberta e a máquina passa a operar na curva do meio
• Devido a inércia do rotor o ângulo δ Pe
continua a abrir (aumentar) e, quando 2 linhas
em δt a linha é religada com sucesso e 2 linhas
1 linhas
a máquina passa a operar na curva 1 linhas
Pmec 2 linhas
superior. +falta

0  abert t  máx 
Análise do Caso 2
• Em δabert ocorre o desligamento da
linha em falta.
• A máquina opera em regime
permanente em δ1.
• Quando ocorre o curto‐circuito, esta passa a operar na curva inferior e acelera.
• Quando em δabert a linha é aberta e a máquina passa a operar na curva do meio
• Devido a inércia do rotor o ângulo δ Pe 2 linhas
continua a abrir (aumentar) . Se a
linha não é religada a máquina tem
até o δmáx2 para a operar e voltar a ser 1 linhas
estável. Pmec 2 linhas
+falta
• O sistema é estável se com apenas 1
linha o ponto de equilíbrio é δ1.
0 1  abert  máx2  máx 
Ângulo crítico de eliminação da falta
Ângulo crítico de eliminação da falta com transmissão de potência elétrica
diferente de zero durante a falta
• O sistema opera em regime permanente
com o ângulo interno da máquina δ0 e
com Pmec = Pe quando ocorre curto‐circuito
trifásico no centro da linha inferior.
• A máquina passa então a operar na curva 2 linhas
inferior e acelera. Pe
• A limpeza da falta acontece em δcrítico, com
a abertura da linha em falta, e a máquina A2 1 linhas
passa a operar na curva do meio. Devido a Pmec A1 2 linhas
inércia do rotor o ângulo delta continua a +falta
abrir (ela aumenta).
0 1  crítico  máx 
• A limpeza da falta tem que ser tal que A1≤A2
Ângulo crítico de eliminação da falta
• O ângulo delta crítico (δ crítico ) de abertura será na condição A1 = A2.
 crítico  max
A1   ( Pmec  P
e
falta
)d A2   ( Pepós-falta  Pmec )d 
0  crítico

• Sabendo‐se que a potência transmitida em regime permanente é:


Pereg._permanente  Pmáx  sen 

Pefalta  Pmáx
falta
 sen   r1  Pmáx  sen  Pe 2 linhas
falta
Pmáx
Pe
falta
  Pmáx  sen   r1  Pmáx  sen 
Pmáx A2 1 linhas
Pmec 2 linhas
A1 +falta
Pepós-falta  Pmáx
pós-falta
 sen   r2  Pmáx  sen 

falta pós-falta
Pmáx Pmáx 0
r1  r2  1  crítico  máx 
Pmáx Pmáx
Ângulo crítico de eliminação da falta
• O ângulo delta crítico (δ crítico ) de abertura será na condição A1 = A2.
A1  
 crítico
( Pmec  Pfalta
)d Pereg._permanente  Pmáx  sen 
0 e

falta
P falta

Pmáx
 Pmáx  sen   r1  Pmáx  sen  r1  Pmáx
falta
Pmáx
e
Pmáx
 crítico
A1   ( Pmec  r1 Pmax sen  )d   Pe 2 linhas
0

 crítico
A1  Pmec ( crítico   0 )  r1 Pmax ( cos  ] A2 1 linhas
0 Pmec 2 linhas
A1 +falta

A1  Pmec crítico  Pmec 0  r1 Pmax cos  crítico  r1 Pmax cos  0 0 1  crítico  máx 
Ângulo crítico de eliminação da falta
• O ângulo delta crítico (δ crítico ) de abertura será na condição A1 = A2.
 max
A2   ( Pepós-falta  Pmec )d  Pepós-falta  r2  Pmáx  sen 
 crítico

 max r2  Pmáx
pós-falta
Pmáx
A2   (r2  Pmáx  sen   Pmec )d 
 crítico

A2  r2  Pmáx ( cos   max  Pmec    max


 
Pe 2 linhas
crítico crítico

 máx    1 cos  máx   cos 1 1 linhas


Pmec A2
A1 2 linhas
+falta
A2  r2 Pmax (cos  crítico  cos  max )  Pmec ( crítico   max )
0 1  crítico  máx 
• Igualando as expressões: A1 = A2.
Ângulo crítico de eliminação da falta
• Igualando as expressões: A1 = A2. r1  Pmáx
falta
Pmáx
A1  Pmec crítico  Pmec 0  r1 Pmax cos  crítico  r1 Pmax cos  0
r2  Pmáx
pós-falta
Pmáx
A2  Pmec crítico  Pmec max  r2 Pmax cos  crítico  r2 Pmax cos  max

 Pmec 0  r1 Pmax cos  crítico  r1 Pmax cos  0 =  Pmec max  r2 Pmax cos  crítico  r2 Pmax cos  max

Pmec ( max   0 )  r2 Pmax cos  max  r1 Pmax cos  0 = (r2  r1 ) Pmax cos  crítico
Pe 2 linhas
Pmec ( max   0 )  Pmax (r2 cos  max  r1 cos  0 )
cos  crítico =
(r2  r1 ) Pmax A2 1 linhas
Pmec 2 linhas
A1 +falta
Pmec
( max   0 )  r2 cos  max  r1 cos  0
 crítico = acos(
Pmax
)
r2  r1 0 1  crítico  máx 
Ângulo crítico de eliminação da falta
Pmec
( max   0 )  r2 cos  max  r1 cos  0
 crítico = acos(
Pmax
) r1  Pmáx
falta
Pmáx r2  Pmáx
pós-falta
Pmáx
r2  r1

– Como:  máx    1

Pepós-falta  r2  Pmáx  sen 1  Pmec Pepós-falta  Pmec

Pmec  Pmáx  sen  0 Pe 2 linhas

Não existe fórmula analítica para a 1 linhas


Pmec A2
determinação do tempo crítico se a A1 2 linhas
+falta
potência elétrica for diferente de zero
durante a falta. Mas é possível obter 0 1  crítico  máx 
• uma expressão aproximada e aceitável
Tempo crítico Aproximado Pefalta  0
2 linhas Pe 2 linhas
Pe

1 linhas A2 1 linhas
A2 Pmec
Pmec 2 linhas 2 linhas
A1 +falta 
Pmec +falta
A1
0 0 1  crítico  máx 
1  crítico  máx 
A1  A1
 crítico
A1  Pmec ( critico   0 )   (P falta
)d   A1 r1  Pmáx
falta
Pmáx r2  Pmáx
pós-falta
Pmáx
0 e
 crítico
A1  Pmec ( critico   0 )   (r1 Pmax sen  )d   A1  Pmec
 ( critico   0 )
0

Pmec ( critico   0 )  r1 Pmax (cos  critico  cos  0 )  Pmec


 ( critico   0 )

cos  critico  cos  0


•   Pmec  r1 Pmax
Pmec
 critico   0
Tempo crítico Aproximado Pefalta  0
• A’1: d 2 s s d 2 s
 ( P   P )  
Pmec 
dt 2
2H
mec e
2H 2
Pmec 2 H d 2
0 dt 2H  Pmec  Pe
Potência elétrica transmitida
durante a falta é zero.
s dt 2

d t  P  P 
d  s Pmec
  s mec dt  s mec  t  t
dt 0 2H 2H dt 2H
t s Pmec
 t s Pme ct 2 s Pmec
 t2
  dt   0   0
0 2H 4H 4H
Em t=0 o ângulo é 0.
s Pmec
 tcrítico
2
 crítico   0   Pmec  r1 Pmax
cos  critico  cos  0
4H Pmec r1  Pmáx
falta
Pmáx
 critico   0

• 4 H ( crítico   0 ) 4 H ( crítico   0 ) 2
tcrítico  tcrítico 
s Pmec  s [ Pmec ( critico   0 )  r1 Pmax (cos  critico  cos  0 )]
Exemplo
• Calcular o ângulo crítico de limpeza da falta trifásica
do sistema, no médio de uma das linhas da Figura
cujos dados são os mesmos dos mostrados na Figura.

x'd = 0,20;
Vt = 1,0 pu;
H=5s

– Barra a é barra infinita; x'd = 0,20; Pe = 1,0 pu, logo Pmec = 1,0 pu; Vt = 1,0 pu
(tensão terminal do gerador); H = 5 MJ/MVA ou 5 s.
Solução I Ea
• (a) Operação normal: t
E1  Ea E1
Pe(1a )(regime)  regime
sen 12
x1a Vt  1, 0 t

x1regime
a  j 0, 2  j 0,1  j 0, 4 / / j 0, 4  j 0,5

• Potência elétrica transmitida entre as barras t e a (fluxo de t a 2):


Vt  Va xtaregime  j 0,1  j 0, 4 / / j 0, 4  j 0,3
Pet2  regime
sen  t
xta
(1, 0)(1, 0) Vt  Ea 1, 017, 46  1, 00
P 
e
t2
sen  t  1, 0 pu I   1, 0128, 73
0,3 j 0,30 j 0,30

sen  t  0,3   t  17, 46  Vt  1, 017, 46 E1  Vt  j 0, 20  I  1, 0528, 44
Solução I Ea
• (a) Operação pré‐falta: t

E1  1, 0528, 44 E1
Vt  1, 0 t
1  28, 44 12  1  28, 44
E E  2  0
P(1a)(pré-falta)
 1regimea sen 12 (1, 05)(1, 0)
e
x1a Pe(pré-falta)  sen 12  2,10sen 
0,5
• (b) Operação falta: Pe 2 linhas
t 3 2 linhas
Pmec +falta

• 0
Solução
3
• (b) operação falta: t

E1Ea
Pe(1a )(falta)  falta
sen 1
x1a

y12  2  0
y13
  j 3,33 0, 0 j 3,33 
b12sh b12sh YBARRA   0, 0  j 7,50 j 2,50 
 j 3,33 j 2,50  j10,83

• Eliminação de Kron (eliminar barra 3):


Yin  Ynj   j 2,308 j 0, 769 
Yij  Yij  
YBARRA  
Ynn  j 0, 769  j 6,923

Solução
• (b) operação em falta:
E1E a 1
Pe(1a )(falta)  falta
sen 1 x1falta
a   1,300
x1a 0, 769
(1, 05)(1, 0)
Pe
(1a )(falta)
 sen 1  0,808sen    j 2,308 j 0, 769 
1,300 
YBARRA   
 j 0, 769  j 6,923
• (c) operação pós‐falta: E1V2
Pe(1a )( pós _falta)  pós_falta
sen 12
x12
x1pós_falta
a  j 0, 2  j 0,1  j 0, 4  j 0, 7
(1, 05)(1, 0)
Pe(1a )( pós _falta)  sen 
0, 70

Pe(1a )( pós _falta)  1,5sen 
Solução
• Das equações da Potência elétrica:
– Pré‐falta: Falta: Pós‐falta:
Pe(pré-falta )  2,1sen  Pe(falta )  0,808sen  Pe(pós-falta )  1,5sen 

Pmec 


Solução
• Pré‐falta: Falta: Pós‐falta:
Pe(pré-falta )  2,1sen  Pe(falta )  0,808sen  Pe(pós-falta )  1,5sen 

– Cálculo do ângulo de operação em regime permanente


Pepré-falta  Pmec  1, 0 pu 2,1sen  0  1, 0   0  28, 44  0, 4963 rad
pós-falta falta
Pmáx 1,50 Pmáx 0,808
r2  r2  r1  r1 
Pmáx 2,10 Pmáx 2,10
– Cálculo do ângulo: 2 linhas
1, 0  1,50sen 1 1 linhas
2 linhas
Pmec +falta
1  0, 73 rad  41,81

 max    0, 73  2, 41 rad  138,19
Solução
 0  0, 4963 rad  28, 44  max  2, 41 rad  138,19 r1  0,3848 r2  0, 7143

• ( max   0 )  r2 cos  max  r1 cos  0


Pmec

 crítico = acos(
Pmax
)
r2  r1
1,0
(2, 41  0, 4963)  0, 7143 cos(2, 41)  0,3848 cos(0, 4963)
 crítico = acos( 2,10
)
0, 7143  0,3848

 crítico = acos(0,1256) 2 linhas


1 linhas
2 linhas
 crítico = 82, 78 Pmec +falta
Exemplo
• O gerador fornece à barra infinita 10 MW. Num dado momento
ocorre um curto‐circuito trifásico no ponto “P”. O curto circuito é
eliminado quando o ângulo de desfasamento do gerador atinge
58,54°, verifique a estabilidade do sistema. A potência de base é
de 100 MVA e a tensão de base 6,9kV no gerador. Tensão interna
do gerador é de 6,9kV, considere H da máquina na base do
sistema


Solução
• Dividido em 3 partes: Antes, Durante e após o distúrbio.
• Antes do distúrbio: o gerador fornece 10MW a barra infinita:
P0 = 10MW  0,1 pu
– Portanto o ângulo de deslocamento inicial é
E1  E
Pe(pré-falta)  regime
sen 
x1a 1, 0  1, 0
• Passar o circuito para a base de 100 MVA 0,1  sen  0  0, 235sen  0
4, 257
 0 = asen(4, 258  0,1)  25, 2°

• Pa = P m  P e
1 E
E1

 0  25, 2°
Solução
• Durante o curto:
a b
1 
za zb
c
– Transformação Y – :
z a z b  z a z c  zb z c z a z b
zab = ztransf    j
zc 0
– Logo, durante a falta, o gerador transfere 0,0 MW de
potência para a barra infinita, entretanto a potência
que aciona o gerador (Pm) permanece constante  Pe  0, 235sen 
provoca aceleração no gerador:

2 H d 2 • E1Ea
 Pmec  Pe Pe(1 )(falta)  falta
sen 1  0
s dt 2
x1  0  58,54 1  max
Solução
• Durante o distúrbio: 2 H d 2
 Pmec  Pe
s dt 2
Pe(1 )(falta)  0
Pe  0, 235sen 
– Ângulo crítico de eliminação da falta:
• Se δabertura > δcrítico o sistema é instável:
• Ângulo crítico:  clean = 58,54°
A1  
 crítico
( Pmec  Pe )d   Pmec   crítico  Pmec   0  0 = 25, 2°  0  58,54 1  max  max = 180   0
0
 0 = 0, 4398 rad
 max  max Pe  0, 235sen 
A2   ( Pe  Pmec )d    ( Pmax sen   Pmec )d 
 crítico  crítico
A2
A2   Pmáx cos  máx  Pmáx cos  crítico  Pmec crítico  Pmec máx
P A1
cos  crítico  mec ( máx   0 )  cos  máx
• Pmáx 0  crit  max

 máx =    0 cos  máx   cos  0  crítico  acos[sen  0 (  2 0 )  cos  0 ]  1,511 rad=86,56°


Tempo crítico
• Este tempo está associado ao ângulo δcrítico.
2 H d 2
– Para o período de aceleração A1:  Pmec  Pe
s dt 2
2
d  s s d 2 s
 ( P  P )  Pmec  Pmec
dt 2
2H
mec e
2H dt 2
2H
0
Potência elétrica transmitida 4 H ( crítico   0 )
tcrítico 
durante a falta é zero. s Pmect 2
s Pmec
  0 Em t=0 o
ângulo é 0.
s Pmectcrítico
2
4H
 crítico   0
4H
 0 = 0, 44rad  25, 2°
4 H ( crítico   0 )  crítico  1,511 rad=86,56°
tcrítico 
s Pmec Pmec = 0,1 pu H =3s
s  2  60  377 rad/s
4  3(1,511  0, 4398)
tcrítico  tcrítico  0,584 s = 35 ciclos
377  0,1 1 ciclos  1/ 60

Se o tempo de eliminação do defeito (tabertura) for maior que o tempo crítico (tcrítico) o sistema será instável.
PEQUENAS PERTURBAÇÕES
Função de Taylor da P. Elétrica
f ( x)  f (a)  f (a)( x  a ) Pe ()
Pe  Pe 0        0 dPe
f ( x)  Pe ( ) x   a  0  0 Pe   
d
Pe ( )  Pe ( 0 ) 
dPe
(   0 ) E V E V
Pe   sen  0   cos  0  
d   0 xeq xeq
E V
Pe ( 0 )  Pe 0   sen  0 2 H d 2 2 H d 2
xeq  Pm  Pe  [ Pm 0  Pm ]  [ Pe 0  Pe ]
s dt 2 s dt 2

Pe E V
  cos  0
 xeq 2 H d 2  2 H d 2  E V
  0  Pe  Pm  Ps   Pm Ps   cos  0
s dt 2 s dt 2 xeq
Pe  Pe 0  Pe
Pe 0  Pm 0
Pm  Pm 0  Pm Nos sistemas de potência atuais, a estabilidade a pequenas perturbações quase
sempre se relaciona o seu baixo valor de amortecimento para as oscilações
PS: Potência sincronizante A estabilidade geralmente é associada aos modos de oscilações
Modos de oscilações
• Modo inter‐máquinas ou intra‐planta: entre as
unidades de uma mesma usina. 2‐3 Hz.
• Modo local ou máquina‐sistema: unidades de
uma planta de geração e o restante do sistema
de potência. Local  oscilações estarem
localizadas numa usina ou em uma pequena
parte do sistema. 0,7 a 2,0 Hz.
• Modo multi‐máquinas ou inter‐plantas: entre
usinas eletricamente próximas.
• Modo inter‐área: entre grupos de usinas situadas em partes diferentes do
sistema interligadas por enlaces frágeis. Ocorre de duas formas: Baixa
frequência (todas as usinas do sistema divididas em dois grupos oscilando
entre si: 0,1 a 0,3 Hz) e Alta frequência (subgrupos de geradores oscilando
entre si: 0,4 a 0,7 Hz).
Modos de Oscilação
• Modos de controle: associados aos
controles dos sistemas de excitação,
reguladores de velocidade, conversores
dos HVDC e os compensadores estáticos
de reativos ajustados em forma
inadequada.
• Modos torsionais: associados aos
componentes rotacionais do sistema
dos eixos turbina‐gerador.  A
instabilidade pode ser causada pela
interação dos eixos com os controles dos
sistemas de excitação, reguladores de
velocidade, controles de sistemas HVDC
e linhas de transmissão com
compensação em série.
Análise a pequenas perturbações
• Gerador – Barra infinita
– Consiste em determinar o comportamento dinâmico do sistema
de uma máquina ligada a uma barra infinita.
– O modelo da máquina (rotor cilíndrico) consiste de uma tensão
constante atrás de uma reatância, que pode ser X”d, X’d ou Xd.
• no modelo mais simples (clássico) é ignorada a saliência (pólos lisos)
• máquina representada por uma tensão constante atrás da reatância
transitória de eixo direto
jX’d jX
+
Barra
infinito
Linha de transmissão +
E V 0
• Gerador
síncrono
_

_
Análise a pequenas perturbações
E V
Pe  sen   Pmax sen  jX’d jX
X eq +
2H d  2
 Pa  Pmec  Pe  Pmec  Pmax sen 
S_mec dt 2 +
_ E  V 0
2 H d 2
 Pmec  Pmax sen  _
S_mec dt 2
X eq  X d  X
• Pequenas perturbações:    0  
2 H d mec
2 H d ( 0   )
2  Pa  Pmec  Pe
 Pmec  Pmax sen( 0   ) S_mec dt
S_mec dt 2

sen( 0   )  sen  0 cos   cos  0 sen   sen  0   cos  0



2 H d 2 ( 0   )
 Pmec  Pmax [sen  0   sen  0 ]
S_mec dt 2
Análise a pequenas perturbações
• Pequenas perturbações:    0   jX’d jX
2H d 2 ( 0   ) +
=Pmec  Pmax sen( 0   )
S_mec dt 2
+
_ E  V 0
2 H d 2 ( 0   )
=Pmec  Pmax [sen  0  cos  0  ] _
S_mec dt 2

X eq  X d  X
2 H d 2 0 2 H d 2 
 =Pmec  Pmax sen  0  Pmax cos  0  2 H d mec
=Pa  Pmec  Pe
S_mec dt 2
S_mec dt 2
S_mec dt

Na condição 2 H d 2 
=  Pmax cos  0 
• inicial: para =0. S_mec dt 2
Análise a pequenas perturbações
jX’d
• Pequenas perturbações:    0   jX
+
– A solução da equação diferencial depende
das raízes de seu polinômio característico. +
_ E V 0
2 H d 2 
  Pmax cos  0  _
S_mec dt 2
2 H d mec
Potência de sincronização  Pa  Pmec  Pe
ou Sincronizante S_mec dt
d 2 
M 2
 PS   0 PS  Pmax cos  0 Pe 
EV
sen   Pmax sen 
dt X eq

d2 Ps d
s Ms 2  PS  0
2
    0 dt PS  0  raízes reais positivas
dt M   cresce indefinidamente

P S_mec PS  0  raízes reais imaginárias
s1,2    S  s1,2   Pmax cos  0   oscila sem amortecimento
M 2H n frequência natural de oscilação
Análise a pequenas perturbações
• Até agora, foi ignorado o efeito amortecedor que é devido à variação dos enlaces
de fluxo com o rotor do gerador e às cargas.
• As cargas reais são normalmente sensíveis à frequência e, para pequenas
perturbações, esta sensibilidade pode ser representada por um efeito
aproximadamente linear:
– se d/dt > 0 (ou f[Hz] > 0) potência exigida pela carga aumenta proporcionalmente.
– se d/dt < 0 (ou f[Hz] < 0) potência exigida pela carga se reduz na mesma proporção.

• Seja D o coeficiente de amortecimento que representa o efeito combinado do


amortecimento intrínseco da própria máquina e a sensibilidade da carga à
frequência. 2
f f d d
M 2   D   Ps   0
dt dt
• M
2H
Ps  Pmax cos  0
P P S_mec
Característica: Frequência x Potência
Análise a pequenas perturbações
d2 d Por teoria do Controle Linear, este sistema
M 2   D   Ps   0
dt dt só será estável se todos os coeficientes da
D P equação característica forem positivos.
Ms  Ds  Ps  0
2 s2  s s 0
M M  Ps > 0 para estabilidade.

s 2  2 s  n2  0 D 1 D 2 4 Ps D 1 4 Ps D
s  ( )  s j  ( ) 2    jn 
 D Ps 2M 2 M M 2M 2 M M
   n 2 
n 2M M
D   1  2
  P
n  s
2 Ps M M
  K1e (    jn )t
 K 2e (    jn )t   tan 1 (   )
Razão de
2H
amortecimento M Ps  Pmax cos  0
e j  cos   j  sen  S_mec

•   e t [ K cos( t )  K sen( t )]   K 5e t sen( nt  )


3 n 4 n
Taxa de amortecimento
r 2  2 r  02  0 r 2  20 r  02  0
d  02   2
r1,2    jd
0   2  d2    0
• Quando  = 0
– A resposta livre é uma senóide de amplitude constante
• Quando 0<  < 1
– A resposta livre é uma oscilação amortecida.
• Quando  > 1
– A resposta livre não conter oscilações.
• 0   < 1: Caso subamortecido
•  = 1 : Caso criticamente amortecido
•  > 1 : Caso superamortecido

d2 d No caso em que as condições para estabilidade se aplicam, a resposta


M 2   D   Ps   0
dt dt do sistema no tempo a um degrau de potência mecânica de
• s2 
D P
s s 0 amplitude pmec será dada por:
M M  1 nt 
 (t )  pmec  1  e sen(n  t   ) 
  K 5e t sen(nt  )   
Torque de Amortecimento
• Métodos clássicos de avaliação da estabilidade em regime permanente
concentram sua atenção nos torques de sincronização (proporcionais a )
• Nos últimos anos a avaliação da estabilidade, observando os torques de
amortecimento (proporcionais à  = d/dt) tem sido mais relevante.
– Devido à utilização de eletrônica de potência nos sistemas de excitação de
geradores síncronos.
– permitiu a redução dos tempos de resposta das excitatrizes, o que é benéfico
para auxiliar a manutenção da estabilidade transitória,
– o efeito colateral é que praticamente cancela o torque de amortecimento
intrínseco da máquina.
• Em SEP com predominância hidráulica (Brasil) que contêm linhas de
transmissão longas, tem baixo amortecimento , a qual provocam
oscilações significativas dos fluxos de potência nas linhas (em carga
pesada)
CASO DE MS DE PÓLOS SALIENTES
Pmax  VK
V

Para MS de pólos não salientes ou lisos, o ângulo do conjugado: V está na ordem de 22 a 30°.
Para MS de pólos salientes, V de 30 a 40° (VK<90°). Inércia de pólos lisos é maior a de pólos salientes.
Potência de relutância depende da diferença entre as relutâncias de eixo direto e quadratura. (a relutância
magnética é inversamente proporcional à reatância indutiva)
Potência elétrica
• O termo sin (2), torna a curva potência‐ângulo do
gerador pontiaguda no primeiro meio ciclo.
• se a potência do eixo de saída exigir um aumento, de
P1 para P2, o ângulo de torque aumenta de 1 para 2.
– O limite de 2 é atingido no pico da curva do ângulo de
torque, p, e em p a potência de sincronização é zero.
• Se a carga é aumentada muito gradualmente e não há
oscilações devido a uma mudança de degrau, então a
carga máxima que pode ser carregada é dada pelo
ângulo de torque p. (mas a operação neste ponto
será muito instável).
• Quanto maior E, maior é a potência de saída.
E
– Simplificando, pode‐se dizer que as curvas do ângulo de
torque podem ser desenhadas com variação de E.
Desprezando o segundo termo de frequência, estas serão E
meias senoides com pico máximo variável.
Potência elétrica
• Em uma variação gradual da potência do eixo
(aumento), o ângulo de torque irá ultrapassar o ponto
3, que pode ultrapassar o pico da curva de
estabilidade, p. Ele se estabilizará em 2 somente
após uma série de oscilações
• Se essas oscilações diminuírem, dizemos que a
estabilidade será alcançada. Observe que:
– 1. A inércia dos geradores síncronos e motores primários é
bastante grande.
– 2. Os transientes de velocidade e ângulo de potência são
muito mais lentos do que a corrente elétrica e os
transientes de tensão.
E

• E
Potência transitória da turbina ‐ Pm
• As variações na potência da turbina são inteiramente
dependentes das ações de controle inicadas pelo controlador de
frequência de carga (P‐f)
• No primeiro segundo a potência da turbina permanece
constante, Então nesse período transitório Pm(0) = Pm(f); potencia
pre‐falta igual a potência pós‐falta
• Potência elétrica transitória do gerador: Pe
(f) 2
E V (f)
V 1 1
Pe  sin   (  ) sin 2   E   V ( f )
X d 2 Xq X d
X d (0) X d (0)
• E  E  (1  )Vq
Xd Xd
ESTABILIDADE EM MULTI‐MÁQUINAS
Estudo de estabilidade multi‐máquinas
• O estudo de estabilidade multi‐máquina serve para analisar a estabilidade
transitória do sistema. É aplicado para qualquer número de máquinas.
• Modelo clássico de estabilidade:
– 1) Injeção de potência mecânica constante durante todo o período de
análise.
– 2) Potência de amortecimento desprezível.
– 3) O modelo da máquina síncrona consiste de fonte de tensão interna em
série com a reatância de eixo direto ( x'd ).
– 4) A posição angular do rotor coincide com a fase da tensão interna, ou seja,
E = E∠δ.
– 5) As cargas do sistema são representadas por modelo de impedância
constante.
– 6) Em geral, apenas o curto‐circuito trifásico para efeito de estudo.
Etapas do estudo
• 1) A condição pré falta é obtida da
solução do fluxo de potência, que fornece
V, θ, P, Q em cada barra.
• 2) Calcular, a partir da solução do fluxo de
potência em cada barra, a tensão interna
das máquinas, ou seja, determinar E.

• 3) Conversão das cargas modeladas por


potência constante para o modelo de
impedância constante
– O modelo de representação da carga é
impedância constante, porém, como se
precisa montar a matriz YBARRA, modela‐se
esta carga como admitância
Etapas do estudo
• 4) Montagem da matriz YBARRA aumentada.
• Incluir as cargas modeladas por
impedância constante assim como as
reatâncias transitórias dos geradores na
matriz YBARRA, resultando na matriz
(aumentada) YBARRA .
• A dimensão da matriz YBARRA será
aumentada do número de geradores de
interesse. (aumentou‐se uma barra)
(aumentada)
• 5) Redução da matriz YBARRA à dimensão
do número de geradores (n).
– A matriz resultante é a matriz admitância
de barra pré‐falta em regime permanente,
isto é,
YBARRA  YBARRA
(reduzida) (pré-falta)
Etapas do estudo
(aumentada)
• Y
6) Modificação da matriz BARRA para
representar as condições de falta e
redução à dimensão do número de
geradores.
(reduzida_de_falta)
• YBARRA , load flow de falta.
(aumentada)
• 7) Modificação da matriz YBARRA
para representar as condições pós falta
e redução à dimensão do número de
geradores.
• (reduzida_de_falta)
YBARRA , load flow de falta.

• 8) Equações de oscilação dos geradores


nas condições de falta e pós falta.
Etapas do estudo
• 8) Equações de oscilação dos geradores
nas condições de falta e pós falta.
– Condição de falta:
2 H d 2 i
Pmec _i  Pe _ i   2 , i  1,..., n
S dt

 falta) Calculado no
Pmec _i  Pe(pré
_i fluxo de potência

• Resolve‐se o sistema de equações de oscilação das máquinas com o uso de um


método de integração de t = 0, instante da aplicação da falta, até o tempo de
eliminação da falta. A cada passo de integração resolve‐se o load‐flow e atualiza‐se
a potência elétrica, pois o ângulo delta varia, logo varia a potência elétrica injetada.
Etapas do estudo
• 8) Equações de oscilação dos geradores nas
condições de falta e pós falta.
– Condição pós‐falta:
(pós  falta) 2 H d 2 i
Pmec _i  P   2 , i  1,..., n
e_i
S dt

• Usa‐se agora o método de integração do


tempo de eliminação da falta até o tempo
final de simulação, normalmente em torno
de 10 s.
• A cada passo de integração resolve‐se o fluxo de potência agora com a matriz
(reduzida_de_falta)

YBARRA . A saída do programa são n gráficos δi × t , um para cada máquina,
que devem ser analisados por comparação.
Fatores que afetam a estabilidade do SEP
• 1) Tempo de eliminação da falta; • 6) Características construtivas da
• 2) Ponto de operação em regime máquina, inércia;
permanente (SP >>> 0); • 7) Controle de velocidade;
• 3) Tipo da falta: trifásica, bifásica • 8) Condição pós falta;
e monofásica, em ordem • 9) Abertura monopolar dos
decrescente de severidade; disjuntores;
• 4) Localização da falta; • 10) Reatância transitória da
• 5) Impedância de transferência máquina influi na impedância de
entre a máquina e o sistema, transferência;
compensação série das linhas, • 11) Linhas em paralelo.
diminuir a reatância e aumentar a
potência transmitida;
Controle do sistema de geração

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