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A impessoalidade no texto

dissertativo
O que é impessoalidade?

Na construção de uma dissertação, o autor faz um esforço para se


distanciar do assunto abordado, isto é, ele faz uso da
“impessoalidade”. Nos textos argumentativos, como a dissertação,
uma das regras é escrever com impessoalidade, porque esta
característica proporciona maior credibilidade ao texto.

Como já foi exposto, no texto dissertativo, o que prevalece é a opinião


do autor, com a exposição de suas opiniões a respeito de determinado
assunto que envolva discussões.

Observe as frases a seguir:

“Eu acho que precisamos ter cuidado, pois a violência cresce a cada


dia.”

“Na minha opinião, precisamos ter cuidado, pois a violência cresce a


cada dia.”

Veja bem, se um texto dissertativo já é, em si mesmo, um tipo de texto


no qual o autor expõe o sua opinião, torna-se desnecessário marcas
como “eu acho” e “na minha opinião”.

Teremos a impessoalidade no uso dos verbos na 3ª pessoa do


singular e do plural (geralmente acompanhados do pronome “se”).
Também é recomendada a utilização da 1ª pessoa do plural, que é
mais impessoal do que a primeira pessoa do singular.

É importante ressaltar que, caso tenha começado a escrever o texto


usando uma pessoa gramatical (1ª ou 3ª), deve permanecer assim até
o final, para não mudar os pontos de vista defendidos na
argumentação.

Maior impessoalidade no texto dissertativo

Para dar maior impessoalidade ao texto, deve-se seguir as


seguintes orientações:

 Substituir expressões como “eu acho”, “na minha opinião”,


“do meu ponto de vista” etc., por outras mais gerais, como
“é bom lembrar”, “é preciso considerar”, “é importante”,
“convém observar” e outras;
 Evitar ao máximo o uso da primeira pessoa do singular.
Assim, em vez de o autor escrever “Considero que as
contribuições sociais foram importantes para…”, deve
optar por “As considerações sociais foram importantes
para…”. Ou seja, o autor deve ser mais direto, não há a
necessidade de usar a primeira pessoa, pois já se sabe
que se trata de um texto essencialmente opinativo;
 Indeterminar o sujeito. Neste caso, são duas as opções: o
autor pode suprimir o sujeito e colocar o verbo na 3ª
pessoa do plural ou usar o verbo intransitivo ou transitivo
indireto ou de ligação + pronome “se”.

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