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FECOMÉRCIO EM

Re
Revista bimestral setembro e outubro de 2008 - Ano III Nº 16
ACRE

HONDA
inaugura Mega Loja

ENTREVISTA
O cenário econômico
do Brasil e do Acre

HOMEM E NATUREZA:
Uma integração
nobre e útil para
preservação ambiental
Expediente
O cenário econômico
O empresariado acreano
vive em momento de muita
expectativa em relação ao
DIRETORIA EXECUTIVA: cenário econômico de
Presidente: Leandro Domingos Teixeira Pinto
1º Vice-Presidente: Marcos Antônio Carneiro Lameira
nosso país. Acreditava-se
2º Vice-Presidente: Bruno Cotta Paiva
3º Vice-Presidente: Marcos Araújo Moreira
que o crescimento econô-
4º Vice-Presidente: José Luiz Revollo
1º Diretor Secretário: Valdemir Alves do Nascimento
mico seria sustentável, mas
2ª Diretora Secretária: Francelina Barreiros Amaral Gurgel vê-se que não é bem assim.
1º Diretor Tesoureiro: Raimundo Nonato de Oliveira
2º Diretor Tesoureiro: João de Almeida Lima Filho As constantes elevações
Diretor de Eventos: Elvando Albuquerque Ramalho
Diretor de Assuntos Sindicais: João Batista de Queiroz das taxas de juros estão
CONSELHO FISCAL: resultando em queda nas
Efetivos: Valmir Campos do Nascimento, Francisco vendas de alguns setores do
Maronilson Lima da Costa (In Memorian), Jorgean Afonso
Pinheiro Nemetala comércio varejista e os
Suplentes: José Garcia de Medeiros, Maria Odete Alves
de Oliveira, Isaac Timóteo Oliveira empresários já estão reven-
Conselho de representantes : Marcos Antônio Carneiro do seus investimentos.
Lameira, Bruno Cotta Paiva, Simone de Freitas Marinho,
José Luiz Revollo, Francisco Maronilson Lima da Costa, As taxas de juros no Leandro Domingos Teixeira Pinto
Leandro Domingos Teixeira Pinto, José Gomes dos
Santos, Raimundo Nonato de Oliveira, Valdemir Alves do v a r e j o n ã o s o f r e r a m Presidente da Fecomércio-Acre
Nascimento, Gilmar Pessoa de Queiroz .
alterações significativas.
Jornalista Responsável:
Nayara Lessa
Já houve taxas mais eleva-
Assessoria de Imprensa Sistema Fecomércio-AC
das em passado recente e a demanda bastante aquecida.
Nayara Lessa
Entretanto, neste momento, a imprensa e o governo têm dado
Repórter Fotográfica:
Rose Peres
muito destaque a uma possível escassez de produtos no
Estagiário:
mercado, devido a incapacidade do setor produtivo nacional.
Samuel Bryan Fato gerador de inflação que por sua vez, gera perda do poder
Colaboradores:
Jaidesson Peres, Cecília Vilhena e Samuel Bryan
aquisitivo da população. Este por sua vez, tem gerado um
Designer:
efeito psicológico arrasador no consumidor, que se retrai.
Danto Freitas O cenário econômico mundial sinaliza para um aprofunda-
Publicidade: mento da crise. Sabe-se quando começou, porém, ninguém
3212-4800
aposta quando termina.
Fecomércio-AC
Av. Ceará, 3.258 - E. Experimental A crise nos Estados Unidos caminha para a recessão. As
(68) 3212-4800
www.fecomercioac.com.br principais montadoras de veículos automotores americanas
e-mail: fecomercio@fecomercioac.com.br
sofrem prejuízos importantes. Tal fato também se verifica em
Dúvidas e sugestões
revista@fecomercioac.com.br grandes instituições bancárias. O grande risco é que esta crise
comunicacao.fecomercio@gmail.com
americana se espalhe pelos demais continentes. Os especia-
listas dizem que, se a tendência persistir, a economia brasilei-
ra não crescerá mais que 3,5% em 2009, já que o país é muito
Diretor Regional: susceptível as oscilações dos mercados internacionais,
Marcos Cezar da Silva Pinho
SESC-AC - Av. Brasil, 713 - Centro notadamente dos Estados Unidos.
(68) 3212-2800 - www.ac.sesc.com.br
O crescimento previsto é muito pouco para uma econo-
mia emergente e que quer se inserir entre as grandes poten-
cias econômicas.
ACRE
Neste momento de incertezas, é recomendável muita
Diretora Regional:
Hirlete Meireles Pinto
cautela na formação de estoque e no nível de e endividamento
Senac-AC - Rua Alvorada, 777 - Bosque das empresas. O futuro é muito incerto! Poderemos ter
surpresas mais desagradáveis.

Setembro e Outubro de 2008 3


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III Nº o
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8 Sorvete: uma tentação que alimenta

11 Obra beneficia empresários

16 Sebrae na Expoacre 2008

18 Star Motos inaugura mega loja

20 HOMEM E NATUREZA: Uma integração nobre

25 Geração M, tendência mundial

28 Comércio eletrônico

33 Via Verde Park Shopping já está em construção

34 Casas de festas conquistam clientes

35 Ifepac divulga pesquisa

36 Acre recebe o BiblioSesc

37 Senac firma parceria com Natex

SEÇÕES

6 Palavra do Leitor
7 Guia Turístico
SUMÁRIO

10 Em foco
12 Certo e Errado
13 Antônio de Oliveira Santos
14 Empresa que faz
15 Saúde
22 Entrevista
30 Experiência de Negócio
32 Mente Sã
38 Seu Direito

4 Setembro e Outubro de 2008


A Fecomércio em Quero parabenizar esta
Revista está a cada dia me- nobre publicação, sobretu-
lhor! Os nossos clientes soli- do pela riqueza dos assun-
citam sempre a revista pa- tos abordados. Os leitores
ra ler em casa, e nunca de- da revista podem desfrutar
volvem! Mas o importante, matérias sérias, éticas e de
mesmo, é que estamos aten- interesses gerais da cate-
tos ao que acontece no co- goria. Notamos um projeto
mércio local bem como nos gráfico moderno e ao mes-
outros municípios. Isso é mo tempo objetivo e claro.
muito bom. Esperamos poder continu-
Alcionir Diógenes Garcia ar contribuindo ainda mais
Ocitur Turismo no sucesso da revista.
Rafael Augusto
Diretor Comercial
Grafsafra - Safra Gráfica
e Editora Ltda
A Fecomércio em Revista
está muito interessante.
Tem ajudado muito no dia-
a-dia da loja por intermédio Parabéns pela iniciativa
de informações inovadoras. da FECOMÉRCIO/AC com
Dinho
o projeto "Automação
Gerente da Pet Shop
Scoob Doo Comercial", iniciativa que
vem atender às exigências
do Fisco Federal, Estadual
e Municipal - que é a remes-
PALAVRA DO LEITOR

sa das informações digitais


A Fecomércio em Revista a partir de 01/01/2009 por
está de parabéns! A revista meio do Sistema Público de
é rica no conteúdo, claro e ob- Escrituração Digital –
jetivo. A dica é que não dei- SPED. Aqueles que tiverem
xem de produzir reporta- implantado o projeto de
gens sobre os municípios Automação Comercial esta-
acreanos. rão muito mais seguros
Samuel Cabral quanto às informações pres-
Leitor tadas ao Fisco.
Maurício Prado
Presidente SESCAP-AC

Envie sua mensagem para os e-mails:

revista@fecomercioac.com.br e comunicacao.fecomercio@gmail.com
ou escreva para

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre


Av. Ceará, 3258 - Estação Experimental
CEP: 69900-460 - Rio Branco - Acre

6 Setembro e Outubro de 2008


Bem vindo a
Bien venido a Mâncio Lima
Welcome to

Fundação: 1976

População: 13.785 habitantes (Dados do IBGE de 2007)

Área: 4.672 km2

Mâncio Lima é o município mais distante da capital e o


ponto extremo a oeste do Brasil. Sendo denominado o
ponto mais ocidental. Está ligado diretamente, com o
Município de Cruzeiro do Sul pela BR-364. Encontra-se
a 700 km de Rio Branco. Faz fronteira com Peru e divisa
com o Estado do Amazonas.

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DO ACRE

Setembro e Outubro de 2008 7


Sorvete: uma tentação que alimenta
Sorvete como
complemento
alimentar
Atualmente, nos hospitais, o sor-
vete é utilizado por adultos e crian-
ças submetidas à quimioterapia,
considerando que estes possuem di-
ficuldades para ingerir alimentos
Longe de ser só uma mais sólidos. Além do valor nutriti-
guloseima que refresca, o vo, por ser gelado, o sorvete é um
sorvete, além de agradar ótimo analgésico e ajuda a evitar as
tanto crianças como náuseas causadas pelo tratamento
adultos, é um alimento nas crianças, explica Antônio
com alto valor nutritivo Carlos Vendette, oncologista clíni-
co do Hospital do Câncer de Rio
Branco. “O gelo do sorvete ajuda
muito na cicatrização de feridas da
boca e no esôfago, causadas pela
quimioterapia, como também nutre
o paciente”, alega Vendette.

CUIDADOS PARA
CONSERVAÇÃO DO SORVETE

1. Manter o sorvete a uma tempera-


tura para estocagem inferior a 25°C
na câmara fria.
2. Todo sorvete em freezer deverá
manter uma temperatura entre 12°C
e 14°C.
De massa, no palito ou caseiro, é ser considerado o precursor do mo-
3. Manter o sorvete afastado de pei-
difícil achar alguém que não aprecie vimento de liberação feminina. xes, carnes, frutas e enlatados, pois
esta delícia. Entretanto, muita gente Para saboreá-lo, a mulher praticou o mesmo atrai odores.
desconhece a origem do sorvete. um de seus primeiros atos de rebel- 4. Nunca colocar em freezer, garra-
fas de bebidas ou em outro recipien-
Existem várias histórias sobre o dia contra a estrutura social vigen- Onde apreciar bom sorvete no Acre? te qualquer à temperatura ambiente,
surgimento desta iguaria. O prime- te, invadindo bares e confeitarias, porque este irá roubar de imediato o
iro relato data de mais de 3 mil anos lugares ocupados, até então, quase Quem diria que uma mistura cesso da sorveteria, Celso comenta frio do sorvete.

atrás e tem seu inicio no Oriente. que exclusivamente pelos homens. com abacaxi e leite se transformaria que a qualidade na fabricação dos 5. Retirar rapidamente os baldes fo-
ra do freezer, para fazer manuten-
Conta – se ainda que o imperador A primeira sorveteria do Brasil em um dos picolés mais consumidos produtos é o diferencial. No sorvete ção e limpeza.
Nero, há cerca de mil e novecentos nasceu em 1835. Evoluindo a pas- na Sorveteria Dubon? A variedade de chocolate, por exemplo, é usado 6. Não apertar com a espátula o sor-
anos, mandava seus escravos às sos curtos, esta guloseima só teve de sabores, cores e formatos é pro- um produto que é dez vezes mais ca- vete, pois irá prejudicá-lo na textura
- cremosidade.
montanhas em busca de neve, que distribuição no país em escala in- porcional à reação das pessoas que ro em relação ao que é usado nas ou-
7. Manter os freezers raspados - sem
era utilizada para o congelamento dustrial em 1941, quando foi fun- saboreiam as delícias do lugar. O pro- tras sorveterias. “Mas a nossa distin- o gelo nas laterais -, pois, como se sa-
do mel, polpa de frutas ou sucos. dada na cidade do Rio de Janeiro a prietário da Sorveteria Dubon, ção é a qualidade do produto final,” be, o frio do equipamento chega por
Em 1851, os Estados Unidos vi- U.S. Harkson do Brasil, nos gal- Celso Vasconcellos, fala que come- revela o empresário todo orgulhoso meio do gás emanado de placas ou
serpentinas, e o gelo se constitui um
veram um dos momentos mais im- pões alugados da falida fábrica de çou o negócio há apenas quatro dos três mil picolés que chega a ven-
portantes da história do sorvete: o sorvetes Gato Preto. Seu primeiro anos, e na sorveteria já passaram atri- der em um único domingo de sol.
leiteiro Jacob Fussel abriu em lançamento, já com o selo Kibon, zes como Letícia Spiller e Regina “Os clientes costumam sair da- Soverteria Dubom
Baltimore a primeira fábrica de sor- foi o Eski-bon. Desde então, a popu- Casé. “Quando elas ficaram saben- qui muito satisfeitos com nossos Localiza-se no
produtos, e isso nos deixa felizes e Bairro Quinze, no
vetes, produzindo em grande esca- lação foi tornando - se cada vez ma- do do picolé de cerveja que fazemos, Segundo Distrito de
la e sendo copiado por outros em is adepta: dados recentes apontam elas ficaram loucas para experimen- motivados para continuar traba- Rio Branco.
Washington, Boston e Nova York. que o país consome cerca de 200 tar, e foi quando elas vieram aqui”. lhando”, complementa Janecléia
No Brasil, o sorvete chegou a mil toneladas de sorvete por ano. Ao ser indagado acerca do su- Pereira, esposa do empresário.

8 Setembro e Outubro de 2008 Setembro e Outubro de 2008 9


O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis
e das Empresas de Assessoramento, Perícias,
Informações e Pesquisas do Estado do Acre Sescap,
realizou no dia 19 de junho a posse do seu presidente
José Maurício Batista do Prado. A festa foi realizada
no Buffet Maria Brasileiro, onde contou com a pre-
sença de várias autoridades como o Presidente da
Federação do Comércio, Leandro Domingos e o
Presidente da Federação Nacional das Empresas de
Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas -
Fenacon, Valdir Pietrobon.

Na foto Maria José Maia


(Procuradora), Valdir
Pietrobon (Presidente
FENACON), José Maurício
Batista do Prado
(Presidente SESCAP/AC),
Leandro Domingos
Teixeira Pinto (Presidente
FECOMÉRCIO), Carlos
Correa (Vice presidente
A Federação do Comércio realizadou no dia 12 de Julho um
FENACON), Lindberger grandioso arraial. Teve comida típica, forro pé de serra, diver-
Augusto da Luz são e gente alegre! E contou ainda a apresentação do ano das
(Presidente SESCON/RJ) campeãs do Concurso de Quadrilhas do Sesc: Sassaricando e
Pega-Pega e Matutos na Roça.

Em homenagem ao Dia do
Comerciante, no dia 16 de julho,
a Fecomércio do Acre convidou
o consultor, escritor e palestran-
te Eduardo Shinyashiki para
apresentar a palestra "Vencendo
os Desafios e Construindo o
Futuro". O evento foi realizado
no Teatro Plácido de Castro e foi
um grande sucesso.

O empresário João Batista de Queiroz (Badate)


EM FOCO

foi empossado, dia 01/08, pelo secretário de Estado


de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, João
César Dotto, no cargo de presidente da Junta
Comercial do Estado do Acre (Juceac) no quadriênio
2008 - 2012. Na cerimônia tomaram posse, os vogais
e suplentes. Dos onze empossados na Junta
Comercial do Acre, cinco fazem parte da Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre,
que são: o presidente da Juceac, João Batista de
Queiroz, os vogais, Bruno Costa Paiva, Raimundo
Nonato de Oliveira, e os suplentes de vogais, Marcos
Antonio Lameira e Valdemir Alves do Nascimento.

10 Setembro e Outubro de 2008


Obra beneficia empresários
CEDIDA

Centro de
Atendimento
ao Cidadão irá
atender cerca
Visando à democratização e uni- rão presentes, totalizando-se 200 de cinco mil
versalização do acesso da popula- pontos de atendimento, incluindo
ção aos serviços públicos do eletrônico, via internet e serviço pessoas por dia
Executivo e Judiciário, o Governo de call center, por meio do 0800.
do Estado do Acre está implantan- Serviços de emissão de certidão
do o Projeto de Atendimento de nascimento, RG, atestado de an-
Integrado ao Cidadão, onde estará tecedentes, título de eleitor, carte-
reunindo, em um único local, di- ira de trabalho, carteira de moto-
versos órgãos e empresas prestado- rista, CPF, pagamento de IPTU e
ras de serviços de natureza pública, 2ª via de contas estarão à disposi-
com alto padrão de excelência. ção dos cidadãos.
A obra de 10 mil metros qua- "Tenho certeza de que no
drados de área está orçada em Acre vivemos a concretização de
R$15 milhões e será construída na muitos sonhos. Aqui neste local,
Rua Quintino Bocaiúva com a além de ser um dos prédios mais
Avenida Brasil, no centro de Rio bonitos do Acre, será um lugar de
Branco. Aproximadamente, 120 interesse da população", afirmou
empregos devem ser gerados no o prefeito de Rio Branco
período da construção. Raimundo Angelim.
O centro integrará 26 órgãos A inauguração está prevista pa-
municipais, estaduais, federais e ra junho de 2009. Quando pronta, a
do Judiciário. Órgãos como os central oferecerá espaços que faci-
Correios, Procon, Defensoria litarão a vida dos usuários como,
Pública, Detran, Deas, Instituto de por exemplo, uma brinquedoteca
Identificação e vários outros esta- para lazer e educação das crianças.

Setembro e Outubro de 2008 11


Quais os fatores que fazem
com que uma empresa cresça?
Estamos inaugurando uma nova
seção na Fecomércio em Revista -
Certo e Errado -, onde você poderá
enviar perguntas para que profissio-
nais da área respondam. Quem es-
tréia a coluna é Gerson Euclides
Aguirre de Souza, analista da
Unidade de Desenvolvimento
Empresarial do Sebrae no Acre.

Quais os fatores que fazem preendedoras dos indivíduos que


com que uma empresa cresça? já as têm, proporcionando-lhes
Esta pergunta foi feita pela ONU ferramentas que os auxiliam no
quando a organização começou a sucesso de seus negócios. Mas va-
investigar o assunto em 1940. O le lembrar que uma boa idéia não
que os especialistas perceberam é combustível suficiente para dar
na época está diretamente ligado a partida num negócio, muito me-
ao perfil do profissional que está nos para mantê-lo em movimen-
por trás do negócio. A frase “à to. O sucesso depende da cone-
frente de toda a empresa de su- xão de muitos fatores e variáveis.
cesso existe sempre um grande Grande parte dele depende da vi-
empreendedor” expressa a sinto- são de futuro do empresário, de
CERTO E ERRADO

nia entre as características pro- como ele imagina a empresa, a


fissionais e pessoais do empresá- contribuição que dará a ela e a
rio. Dentre essas características contribuição que ela dará ao mer-
que impulsionam o sucesso dos cado, outra parte vem de um bom
negócios, podemos citar: a busca Plano de Negócio.
de oportunidade e iniciativa; per- As empresas que sobreviverão
sistência; correr riscos calcula- serão aquelas preparadas e conhe-
dos; exigência de qualidade e efi- cedoras de sua importância no
ciência; comprometimento; bus- mercado, na qualidade dos produ-
ca de informações; estabeleci- tos, no respeito e nas necessidades
mento de metas, além de inde- de seus colaboradores, participan-
pendência e autoconfiança. tes ativos na responsabilidade soci-
Percebe-se que hoje existe al e preservador do meio ambien-
uma preocupação dos empresári- te. Lembrem-se: o problema das
os em buscar capacitação e quali- pessoas erradas no negócio certo
ficação, aprender a gerenciar me- é a motivação que as impulsio-
lhor seu negócio, e isso tem refle- nam. A motivação não é ver o rei
tido numa evolução positiva em do negócio certo ser aclamado, re-
indicadores importantes na ativi- verenciado. Isto é secundário. A
dade empresarial. Capacitar-se motivação é o reino que a pessoa
para o mundo dos negócios po- errada quer implantar usando o
tencializa as características em- negócio certo.

12 Setembro e Outubro de 2008


Boas notícias na área da previdência
O novo titular da pasta da Previdência Social, Ministro José Pimentel, em en-
trevista ao “Valor” de 3 de julho corrente, declarou que o governo deverá expe-
dir ato para separar “as contabilidades rural e urbana no Regime Geral da
Previdência Social (RGPS)”. O Ministro acrescentou que “a área rural é forte-
mente subsidiada, como acontece em muitos países”, mas, “na área urbana, a
perspectiva é de se chegar ao superávit”.
Essa medida vem ao encontro da posição que sempre defendemos, como
consta de artigo publicado no Jornal do Commercio de 3/09/07: “no curto prazo,
a primeira providência seria a separação entre as contas do Tesouro Nacional e
as da Previdência Social e entre estas e as da Assistência Social. Outra medida te-
ria de dar transparência à receita e à despesa da Previdência Social, como deter-
mina o art. 50, II, da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com o adequado tra-
tamento das chamadas “renúncias previdenciárias”, ou seja, os subsídios conce- Antonio Oliveira Santos
didos a algumas classes.” Presidente da Confederação Nacional
Tal entendimento também foi enfaticamente defendido pela Confederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no Fórum Nacional
da Previdência Social, que, infelizmente, não alcançou conclusões consensuais,
em face de algumas posições radicais.
A sociedade brasileira tem de ser esclarecida quanto ao déficit real da previ-
dência, que é inexpressivo, mas a atual contabilidade esconde o elevado volume
(cerca de R$ 40 bilhões anuais) dos chamados subsídios previdenciários, isto é,
o pagamento, a menor das contribuições, por diversas classes de contribuintes:
empresas e trabalhadores rurais, microempresas, entidades de assistência soci-
al, empregadores domésticos e clubes de futebol.
Tais subsídios estão justificados em razões sociais e econômicas, mas a con-
tabilidade da previdência tem de revelar à sociedade o montante deles e a res-
pectiva discriminação, bem assim a situação real da Previdência, ou seja, a que é
mantida pelas contribuições integrais de empregadores e trabalhadores.
O Ministro José Pimentel sustenta, procedentemente, que se deve “dar mais
transparência aos números e deixar claro para a sociedade quais são as renúncias
e as fontes de financiamento”. Estas são, sem dúvida, as receitas da COFINS e
da CSLL criadas precisamente para financiar a Seguridade Social, que abrange
a Previdência Social, a assistência social e a assistência médico-hospitalar.
Aliás, o Presidente Luis Inácio Lula da Silva já fez declarações bastante objetivas
e esclarecedoras a respeito desse assunto: “precisamos ter em conta que esse déficit
foi programado pela Constituição de 1988, quando incluiu seis milhões de trabalha-
dores rurais na Previdência. Foi inserido quando da elaboração do Estatuto do Idoso e
da aprovação da LOAS. Essas pessoas passaram a ter um benefício que deveria ser de
responsabilidade do Tesouro Nacional e não da Previdência. Portanto, não se pode
contabilizar como déficit da Previdência uma obrigação de responsabilidade do
Tesouro, que beneficia milhões de pessoas. Acho isso muito importante porque é uma
forma de fazer política de distribuição de renda. (O Globo, 28/7/2006). “Esse é um
gasto - acrescentou - que o Brasil tem de assumir com recursos públicos”. “Trata-se
de política social, para ajudar pobres que, de outra forma, estariam dormindo na sarje-
ta”. “As demais pensões são cobertas pelas contribuições dos empregados e empre-
gadores. (O Estado de S.Paulo, 27/01/2007).
A Previdência dos trabalhadores rurais terá de continuar a ser financiada por
toda a sociedade, com a receita da COFINS e da CSLL pagas pelo empresariado
e transferidas aos consumidores brasileiros.
Restaria ao ilustre Ministro propugnar: (a) pelo ajustamento, para efeito de apo-
sentadoria, dos limites de idade e tempo de contribuição à dinâmica demográfica
brasileira; (b) pela extinção dos privilégios de algumas classes; (c) pelo aperfeiço-
amento da cobrança da Dívida Ativa previdenciária (mais de R$ 100 bilhões); e (d)
pela implementação do Fundo do Regime Geral da Previdência Social, previsto pe-
la Constituição (art. 250) e já criado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (art. 68).
Implementado o Fundo, as contas da Previdência serão excluídas dos
Balanços da União, como ocorre com as contas do FGTS, que integram os
Balanços da Caixa Econômica Federal. E as suas disponibilidades poderão ser
aplicadas nos mercados financeiro e de ações, gerando nova fonte de receita.
De qualquer sorte, as boas notícias anunciadas pelo Ministro José Pimentel
abrem novas perspectivas para a tormentosa questão da Previdência Social.

Publicado no Jornal do Commercio de 23/07/2008.

Setembro e Outubro de 2008 13


Ocidental Center inaugura
loja de móveis planejados
Devido à sua tradição no ramo exemplo concreto disso.
de móveis e eletrodomésticos e A gama de produtos oferecidos
sua presença há mais de 20 anos pela fábrica permite que uma casa
no Acre, a Ocidental Center inau- inteira seja montada com pratici-
gurou no dia 11 de junho o seu no- dade e um diferencial no custo. “A
vo empreendimento na Rua Isaura grande vantagem da nossa loja,
Parente, uma completa loja de mó- além dos profissionais treinados
veis planejados. Na ocasião, foi na fábrica para elaboração de qual-
oferecido um coquetel com a par- quer projeto, é a oportunidade do
ticipação de profissionais do ramo cliente dispor de eletrodomésti-
e convidados especiais. cos, eletrônicos e complementos à
O estabelecimento que leva o pronta entrega”, disse o gerente -
nome da tradicional Ocidental comercial da Ocidental Center
Center é uma franquia da marca Enderson Pedroza.
Simonetto Design, uma das mais Por esse investimento, a
modernas fábricas de móveis pla- Ocidental Center colabora com
nejados do país. Com o slogan “va- um mercado em expansão no
mos completar a sua casa”, a Estado - o da construção civil.
Simonetto Design dá a exata idéia “São centenas de novos imóveis
de como é seu trabalho. São móve- em construção e, com certeza, as
is com design inovador, materiais pessoas irão precisar deixar o seu
nobres, tecnologicamente avan- espaço mais bonito e agradável”,
çados e mais resistentes. A preo- declarou o gerente - geral
cupação com o estilo é percebido Emerson Pedroza.
nos detalhes e o showroom mon- A nova loja está funcionando
tado pela Ocidental Center é um na Rua Isaura Parente, 1.254.
EMPRESA QUE FAZ

CEDIDA

14 Setembro e Outubro de 2008


Trabalhar, sim. Adoecer, não!
A Lesão por Esforço Repetitivo Os principais fatores que contri-
- LER - ou Distúrbios buem para o risco dessas doenças
Osteomusculares Relacionados ao são: trabalho automatizado, no qual
Trabalho - Dort - são inflamações o trabalhador não tem controle sobre
provocadas por atividades que exi- suas atividades; obrigatoriedade de
gem do trabalhador movimentos manter o ritmo acelerado para ga-
manuais repetitivos, continuados, rantir a produção; ofício no qual ca-
rápidos e vigorosos, durante um da pessoa exerce uma única tarefa de
longo período. São doenças gera- forma repetitiva; serviço sob pres-
das pelo exercício de determinada são permanente das chefias; quadro
ocupação ou profissão e tem rela- reduzido de funcionários, com jor- *Com informações do
ção direta com as condições de tra- nada prolongada e com freqüente re- fisioterapeuta Normando
balho. As causas são variadas, sen- alização de horas extras; ausência de Melo de Lacerda, da
do as mais comuns as condições ina- pausas durante o expediente; tempo equipe técnica do Centro
dequadas de trabalho, jornadas ex- exagerado na mesma posição, etc. de Referência em Saúde
cessivas, ausência de pausas duran- Para preveni-las, é preciso rees- do Trabalhador –
te o serviço, falta de equipamentos truturar o processo de trabalho. Cerest/Acre
adequados ao tipo físico de quem o Para se chegar a esse estágio, os Rua Guiomard Santos, 74
utiliza, exigência de rapidez e movi- empregados devem reivindicar al- - Bosque
mentos repetitivos por horas. O re- gumas medidas. Isto é: o controle Fone: (68) 3223 4266
sultado são trabalhadores doentes e do ritmo de trabalho pelo traba- cerest.saude@ac.gov.br
que, muitas vezes, ficam com le- lhador que o executa; variação das
sões irreversíveis. tarefas; definição do período da
Os mais atingidos são os digi- jornada, com eliminação das ho-
tadores, operadores de caixa, açou- ras extras; pausas ao decorrer do
gueiros, padeiros, repositores, re- expediente, para que músculos e
cepcionistas, copeiros, telefonis- tendões descansem e se diminua o
tas, remarcadores de mercadorias, estresse, sem que haja aumento do
faxineiros, porteiros, entre outros. ritmo ou volume de trabalho.

A maioria dos trabalhadores não sabe, mas há várias doen-


ças consideradas Ler/Dort. Conheça algumas delas:

TENOSSINOVITE: Inflamação do tecido que reveste os tendões. Os ten-


dões são cordões fibrosos que saem dos músculos e se
fixam nos ossos; por meio deles, podemos transferir a
força gerada nos músculos para movimentar os ossos,
formando o princípio de alavanca que movimenta nos-
sas articulações.

TENDINITE: Inflamação dos tendões.

EPICONDILITE: Inflamação das estruturas do cotovelo.

BURSITE: Inflamação das bursas - pequenas bolsas que se si-


SAÚDE

tuam entre os ossos e tendões das articulações do

Para se tratar, o afastamento do Após a licença, vários recursos


serviço é a providência mais impor- terapêuticos podem ser utilizados
tante e obrigatória, pois significa no tratamento das LER, entre eles
afastar o atingido dos fatores de ris- o uso de medicamentos, fisiotera-
co - esforços repetitivos, pressões, pia, acupuntura, exercícios de rela-
excesso no ritmo e na jornada, etc. xamento, etc.

Setembro e Outubro de 2008 15


Sebrae na Expoacre 2008

Orientação aos que pretendem al e o setor produtivo do Estado já é


e aos que já estão exercendo em- uma grande marca da Expoacre.
preendedorismo comercial, in- Dentro de um ambiente inteli-
dustrial e de serviços, artesanato, gente com computadores interli-
turismo, floricultura, piscicultura, gados a rede de atendimento do
amendoim, horticultura, madeira Sebrae, os visitantes puderam es-
e móveis, foram os produtos e ser- clarecer suas duvidas sobre as
viços que o Sebrae no Acre em par- questões empreendedoras, adqui-
ceria com o Governo do Estado e rir literatura especifica sobre de-
instituições parceiras colocaram a terminados segmentos empresari-
disposição do público da ais e assistir filmes de cunho ge-
Expoacre 2008. rencial na videoteca, também mon-
Em mais um ano a união dos seg- tada dentro do Espaço de
mentos empresariais e governa- Atendimento do Sebrae.
mentais fez da Expoacre um espa- A Bússola, o Sistema de
ço voltado, além do entretenimen- Franquias, o Perfil Empreendedor,
to, um ambiente propicio aos bons o Sistema Brasileiro de Respostas
negócios. O conhecimento volta- Técnicas, a Bolsa de Negócios se-
do ao desenvolvimento empresari- rão alguns dos simulares que esta-

16 Setembro e Outubro de 2008


Turismo
O Projeto Rotas Turísticas, fruto
da parceria Sebrae SETUL apre-
sentou na Expoacre os espaços te-
máticos das rotas Caminho Chico
Mendes, Caminho do Pacifico e ten-
do como novidade o foco nas áreas
de lazer de Rio Branco ou seja, os
parques Capitão Ciriaco, Chico
Mendes, Maternidade, Tucumã e
Horto Florestal, destaque também
para a Pousada Cachoeira no cami-
nho Chico Mendes que no ano pas-
sado não tinha, Ainda no espaço tu-
rístico houve a apresentação cultu-
ral com o grupo teatral de Xapuri, o
Arte na Ruína.

Artesanato
A exemplo de anos anteriores, o
galpão do artesanato acreano foi
um dos mais visitados durante a
Expoacre. Ao todo, 37 empreendi-
mentos coletivos, cerca de 168 arte-
sãos, agrupados em cooperativas e
associações de Rio Branco,
Cruzeiro do Sul, Mancio Lima,
Xapuri, Tarauaca, Capixaba,
Senador Guiomard, Brasileia bem
como o artesanato indígena que es-
tão expondo seus produtos, fruto de
muita capacitação e reciclagem
com consultores de alta qualidade
contratados pelo projeto
Artesanato do Sebrae em parceria
com o Governo do Estado do Acre.
Segundo o gestor do projeto do
Sebrae, Aldemar Maciel, aprovei- acreanos em feiras e outros even- cimento e o respeito às riquezas na-
tou-se a oportunidade da Expoacre tos dentro e fora do país é constan- turais, à criativade do povo e à di-
2008 para realizar uma grande inte- te, por isso a preocupação com a versidade cultural em suas raízes.
gração entre os artesãos de todo o capacitação desses profissionais. Segundo o superintendente do
Estado, ou seja, dentro da Expoacre Todos os anos são desenvolvidos Sebrae no Acre, Orlando Sabino,
realizam a Feira Estadual do diversos cursos e treinamentos “fomentar o desenvolvimento no
Artesanato. Os artesãos dos muni- com designeres. setor artesanal é contribuir direta-
cípios que tem o artesanato como Mas uma novidade esse ano foi mente com o resgate da cultura e
foco de geração de emprego e ren- um grande expositor central amplo da dignidade de nossas comunida-
da trouxeram seus melhores produ- e com iluminação direcional dentro des. È traçar, junto com os parcei-
tos para esta feira que é considera- do galpão, onde foram expostos os ros e artesãos um futuro sustentá-
da o maior evento de oportunidade 100 produtos inseridos no vel. È apresentar nossa arte ao mer-
de negócios do Acre seguida pela Catalogo Acreano de Artesanato cado e este ao artesão, de forma di-
Expoacre Juruá. edição 2007/2008. Este catalogo é reta, objetivando a formação de
O Sebrae apóia o setor de arte- uma mostra do resultado das ações produtores conscientes e produtos
sanato há mais de sete anos bem do projeto que em parceria com o de qualidade com design e perso-
como a participação dos artesãos governo, prefeituras vê-se o conhe- nalidade próprios.” Afirma ele.

Estas páginas são de inteira responsabilidade da assessoria de imprensa do Sebrae-Acre

Setembro e Outubro de 2008 17


Star Motos inaugura mega loja tos por mês. "Estamos aproveitando
o desenvolvimento do Estado para
investir nesse mercado e esperamos
que com a ligação do Acre ao
Pacífico e a concretização da BR
364, entre Rio Branco e Cruzeiro do
Sul, o Estado cresça ainda mais",
acrescentou Dias. Quando iniciou, a
loja contava, apenas, com sete funci-
onários e hoje atua diretamente com
mais de duzentos colaboradores.
O Grupo Star Motos, hoje, pos-
sui três lojas, onde estão disponíve-
is os mais variados tipos de produ-
A nova tos, como motos, peças, serviços,
motores-de-popa e estacionários,
Star Motos roçadeiras, geradores e todos os
produtos da linha Quatro Tempos
é uma das (que não poluem o meio ambiente).
lojas mais
sofisticadas
da região norte
do
e m i ação fi-
pr ssi
Foi um sucesso a inauguração da Oswaldo conta que quando adqui- e u uma e foi cla n ha
mais nova loja Star Motos, no dia 14 riu a loja, durante o primeiro mês e n da d a
b
rece restado top de l e i-
i
-v ve n p a do do tr
Pós ço de pósl-ente servéi consideerm realizae recep-
ço
de agosto, na Via Chico Mendes. vendeu, apenas, oito motos e hoje
Durante o evento foi oferecido um co- o grupo Star Motos Honda repassa rvi xce ue at os xi-
quetel e contou com a participação de para os consumidores cerca de qui- O se e pelo e Asas, q so a loj mecânic é uma e
t s
ic an uatro ara i para , que
convidados como o Gerente nhentas motos/mês. fabr como Q nária . P fábric a s–venda ônia.
o a ó z
Regional Centro - Oeste e Norte da Acreditando no crescimento cado oncessi tantes n res de p da Ama
a c n s t o d a
Moto Honda da Amazônia, Clóvis econômico do Acre, o empresário pel ntos co s os se to Hon
e o o
Eduardo Jardim, Diretores da resolveu construir uma nova loja, nam tas e tod c ante M
i s r i
ASSOHONDA, empresários acrea- com mais espaço e conforto. A no- cion a do fab
nos e de todos os Estado do Brasil, po- va Star Motos foi construída em n c i

líticos e sociedade. Porém, o ponto al- três anos e conta com uma área de
to da festa aconteceu com a presença cinco mil metros quadrados, sendo
do Grupo do Talento, composto por que três mil metros quadrados fo- s da
quarenta e uma crianças, que canta- ram destinados para construção das is sofi sticada o.
a t
ram o hino acreano e o show pirotéc- novas instalações, que conta com j a a s lojas m no atendimen s
nico, realizado em grande estilo. um amplo show-room, área de ven-
Lo s é um a d
lência
r Moto jetivo a exce e serviços, pr a dis-
oduto
v a Sta b s
O Grupo Star Motos de das, sala de espera, atendimento ao A no e tem por o , peça mbém,
iã o no rte m o to cicletas , colocará, ta rmando, as-
Concessionárias Honda no Acre é consórcio, moto escola, lanchone- reg r de reve nfi
e dispo s, em b adas, co
liderado pelo empresário te, agência bancária, gerador de Além d e quadricíclo motos import tado do Acre.
a s, s
Oswaldo Xavier Dias, que é natu- energia próprio, sistema de telefo- de forç e seus cliente esse ramo no e
ão d o n
ral de Guararapes, interior de São nia em DDR (sistema de telefonia posiç eirism
Paulo, que veio para o Acre há on- especialmente desenvolvido para im , o seu pion
s
ze anos, mas já vive na região ama- empresas, através do qual, cada ra-
zônica há vinte e sete. Em abril de mal do PABX tem o seu próprio nú- Localização: Via Chico Mendes, 929 - Rio Branco/AC.
1997, ele adquiriu a Star Motos do mero telefônico) e um auditório Tel./fax: 68 3302-3080.
antigo grupo ACREVELINDA e com capacidade para 65 pessoas. Email: star@acmotors.com.br
desde então o grupo não parou ma- Oswaldo continua apostando no
is de crescer. O empresário Acre, para isso, prevê vender mil mo-

18 Setembro e Outubro de 2008 Setembro e Outubro de 2008 19


Os vegetais retiram gás car- além da necessidade”. No início, Engenharia na implantação, pre-
bônico do ar e devolvem oxigê- Kleber trabalhou com muitas coi- servação e ornamentação de par-
nio. Já as atividades humanas sas, entre elas no Programa de ques e reservas ecológicas.
não são tão gratas à natureza, con- Incentivo à Produção de Borracha, Atualmente, a Reflorestadora
tudo não é este o caso da conhecido como o Probor III. Amazônia Viva se prepara para de-
Reflorestadora Amazônia Viva, A empresa trabalha com espé- senvolver projetos maiores na pre-
que trabalha justamente em prol cies frutíferas, ornamentais e flo- servação de áreas degradadas. O
da preservação do meio ambiente restais, totalizando mais de seis- dono explica que o reflorestar esta-
somada à rentabilidade. centas variedades de plantas. belece uma busca por alternativas
Mineiro, mas acreano de coração, Somente em 2007, foram planta- de sustentabilidade florestal,
o proprietário da Reflorestadora das e comercializadas cerca de transformando áreas degradadas
Amazônia Viva, Kleber Barbosa, mo- 200 mil mudas. Na espécie frutí- em recuperadas.
ra em Rio Branco há vinte e cinco fera, destacam - se o citrus, coco e Quando questionado a respeito
anos, trabalha com viveiro há dez a manga. Nas espécies florestais da satisfação do empreendimento
anos e confessa que sua vinda para o destacas-se a produção de serin- que realiza, Kleber declara que é
Acre se deu por sua paixão pela gueira, castanheira, andiroba, co- bom desenvolver atividades que
Amazônia, desde a infância. "Qu- paíba, entre outros. Atua no reflo- “respeitem o meio ambiente e con-
ando pensei em vir para cá, minha restamento, produção de mudas, servem aquilo que Deus criou”. E
idéia era colaborar com a floresta, paisagismo, ornamentação e ou- completa informando o segredo
por isso percebi que era viável esse tras atividades do setor, incluindo- para se trabalhar com o viveiro: “É
tipo de negócio. Entendi que seria se parcerias com o Estado, Ipê necessário ter vocação, disciplina
útil para a preservação ambiental, Empreendimentos e Albuquerque e persistência!”
HOMEM E NATUREZA

Responsabilidade Social
Responsabilidade social se re- io rural, Kleber realiza um traba-
fere ao cumprimento dos deveres lho com jovens de baixa renda, aju-
e obrigações dos indivíduos e em- dando no custeio de bolsas de estu-
presas para com a sociedade em do para cerca de quarenta alunos
geral. O termo se consolidou na que vivem em internatos e exter-
cultura corporativa brasileira du- natos da Igreja Adventista do
rante a década de 90. Para Kleber, Sétimo Dia. “Acredito na educa-
o sentido da palavra é levado ao ção cristã como meio para mudar-
“pé da letra”. Além das atividades mos a nossa sociedade, porque es-
desenvolvidas diariamente na ses jovens terão a oportunidade de
Reflorestadora Amazônia Viva, elevar os valores morais e éticos”,
ao lado de pessoas simples do me- encerra o empresário.

20 Setembro e Outubro de 2008 Setembro e Outubro de 2008 21


CEDIDA
O entrevistado do mês é
José Porfiro, natural de
Xapuri, professor de Economia
da Universidade Federal do
A c re - U FA C e P ó s -
Graduando pelo Instituto de
Economia da UFRJ. O tema da
nossa entrevista é sobre o cená-
rio econômico brasileiro.
Como está o cenário econômi-
co do Brasil, de que forma isso
A arte da estratégia,
Autor Carlos Alberto Júlio - poderá afetar o Acre? Essa e
Editora Campus. outras perguntas foram res-
Livraria Betel R$ 22,00 pondidas pelo economista.

Fecomércio em Revista - que aconteceu até julho.


Como está o cenário econômico Com as pressões inflacionári-
brasileiro hoje? as esse cenário róseo modificou-
José Porfíro - O tema do cená- se. Esses 5,8% de crescimento do
rio econômico brasileiro, no mo- PIB, para 2008, distanciaram-se e,
mento, é a inflação. Isso se expli- para 2009, com juros ainda mais
ca muito porque, há dez anos, o elevados, nem 5% chegará.
Brasil utiliza o sistema de metas Como isso pode impactar ao
de inflação. Esse sistema, tal co- Acre. Nossa! O Acre tem uma
mo está desenhado, depende ex- composição setorial (primário,
clusivamente da taxa de juros. secundário e terciário) de uma
Como o nível de preços está pres- economia atrasada, que não vem
sionado por todos os lados, o aler- ao caso comentar aqui. Assim, a
ta está ligado. O Banco Central já correia de transmissão da con-
está no terceiro aumento da juntura nacional, nem sempre re-
SELIC (taxa básica de juros). bate na mesma intensidade na
Chegou a 13%, em julho. É prová- economia acreana.
vel que daqui a um ano esteja ao re- A não ser naquelas atividades
dor de 15%, já que as previsões gi- economicamente mais integradas,
ram de 14,5 a 16%. que estão diretamente vinculadas
FR - Qual a tendência econô- à dinâmica da economia nacional.
ENTREVISTA

mica do Brasil? Quê impacto is- De toda forma, o aumento da taxa


so pode trazer ao Acre? de juros terá alguma influência na
JP - Neste cenário, no qual o pa- oferta de crédito até o final de
no de fundo é a inflação, a tendên- 2009, com impactos diferencia-
cia econômica é de desaceleração. dos naqueles segmentos mais de-
No momento, do pondo de vis- pendentes do endividamento.
ta dos indicadores de crescimento FR - Atualmente como o
econômico, o Brasil está no limite Acre é visto pelos investidores
de suas possibilidades. Desde o de outros Estados e até de outros
quarto trimestre de 2006, vem países?JP -
apresentando taxas ininterruptas JP - Essa pergunta é meio di-
de crescimento do PIB, o que ga- vertida. Temos de abrir, pelo me-
rantiu um aumento de 5,4%, du- nos, um caminho para percorrê-la.
rante 2007. Se nada tivesse ocorri- Como mencionamos acima, o
do, a taxa de 2008 seria superior a Acre tem uma determinada com-
5,8%, em conformidade com o posição setorial, fora do centro

22 Setembro e Outubro de 2008


econômico nacional. Esta permite sileira e outros avanços, não são mento do sistema econômico.
certos tipos de empreendimentos. provenientes de mudanças estru- Como estes mercados interfe-
Não investimentos transformado- turais internas permanentes, mas rem na economia do Acre. Para o
res, mas sim aqueles associados, de reposição das atividades das bem ou para o mal, qualquer eco-
genericamente, às atividades ter- empresas, muitas vezes levando nomia de mercado somente funci-
ciárias, aconchegadas ao suporte para o exterior o que possuem de ona com a existência dos "merca-
governamental. mais importante. dos financeiros".
Dessa forma, as expectativas Se isso afeta negativamente o Entretanto, alguns segmentos
dos investidores em relação ao dinamismo da economia brasilei- (agricultura, indústria) podem ser
Acre estão muito condicionadas ra, em seu conjunto, imagina a eco- penalizados quando os mercados
ao que ele é, concretamente, da nomia acreana, de forma específi- financeiros se tornam muitos mais
perspectiva econômica e finan- ca. Repetimos, em termos de mu- atraentes e incontroláveis. Neste
ceira. Pode até ser visto, em cer- danças econômicas estruturais re- caso, a economia em geral pode so-
tas circunstâncias, de forma posi- levantes para a sociedade, em seu frer algum revés. Por exemplo,
tiva, não necessariamente por ra- conjunto. Visto que pode aconte- com taxas de juros permanente-
zões conhecidas. cer um monte de pequenas coisas, mente altas, os "mercados finan-
FR - Quais são algumas das até benéficas, típicas de economi- ceiros" passam a ter uma função
tendências brasileiras que favo- as não desenvolvidas. menos positiva para os demais seg-
recem ou enfraquecem a econo- FR - Atualmente é percebida mentos econômicos.
mia no Acre? uma alta generalizada dos pre- FR - Considerando que o
JP - Em termos estritamente ços na economia brasileira. Sob abastecimento de bens e servi-
econômico, os indicadores favo- o seu ponto de vista qual o moti- ços no Estado do Acre depen-
ráveis da economia brasileira be- vo da elevação dos preços? dente do mercado do centro sul
neficiam todos os espaços nacio- JP - Neste caso, não há opi- do país, pode ser considerado
nais, tal como vinha acontecendo niões divergentes sobre as causas um maior sacrifício para os con-
até o momento. Crescimento ace- da elevação dos preços; tem-se sumidores locais?
lerado do PIB, redução do desem- um relativo consenso. Os preços JP - Podemos responder essa
prego, tendência a baixa da taxa estão sendo pressionados por moti- pergunta de forma dissociada.
de juros. Isso, genericamente, era vos externos (preços internacio- Primeiro, afirmando que pelo fato
favorável à economia do Acre. nais) e internos. Os motivos exter- do abastecimento se encontrar num
Desafortunadamente isso vai mu- nos são o aumento dos preços das espaço externo ao Acre, necessaria-
dar um pouco, no conjunto, pelo commodities (incluindo petró- mente os consumidores não são pe-
menos por um ano e meio. Sendo leo), dos alimentos e do aumento nalizados, caso os canais de distri-
que alguns desses indicadores po- da demanda mundial. buição atacadistas e varejistas se-
dem ter comportamento divergen- Os motivos internos são sinte- jam bem organizados e regulados.
te, visto que a trajetória de eleva- tizados no aquecimento da econo- Entretanto, caso os canais de
ção de taxa de juros os afetará de mia, expressos pela máxima utili- distribuição tenham característi-
forma distinta ao longo do tempo. zação da capacidade instalada das cas predadoras, os consumidores
Outro aspecto, mais geral, que indústrias, aumento da taxa de in- podem ser efetivamente penaliza-
também favorece a economia do vestimento acima da taxa de cres- dos, por cobranças de margens de
Acre, é o aumento da demanda cimento do PIB, crescimento da lucros exorbitantes.
mundial por produto do agro, espe- demanda, etc. Segundo, a sociedade acreana
cificamente, carne. No entanto, do FR - O que são os chamados pode reclamar da inexistência de
lado das transformações econô- "mercados financeiros" e como eles redes de produção locais por ou-
micas, em geral, a economia do interferem na economia doAcre? tro motivo, que estão poucos asso-
Acre não se beneficia. JP - É quase impossível expli- ciados com a penalização aos con-
Nos últimos quinze anos, a car, de forma breve, o que são sumidores. Se o Acre possuísse
economia brasileira passou por "mercados financeiros". Talvez a uma maior capacidade de abaste-
uma aguda mudança. As empre- intuição de cada um possa valer cimento local, significaria que as
sas se reestruturam fortemente. mais para o entendimento. transformações econômicas seri-
Sobrou, no espaço nacional, so- Ilustrando, o mercado finance- am muito mais avançadas, o que
mente Petrobrás, Embraer e ma- iro é composto de um conjunto de levaria a uma recomposição seto-
is três ou quatro empresas. O res- "mercados": monetário, câmbio, rial da economia (primário, se-
to passou a ter sua base tecnoló- crédito, capitais, etc. Cada um des- cundário e terciário) para algo me-
gica no exterior. ses mercados, que compõem os nos atrasado.
Ou seja, o brutal aumento de "mercados financeiros", tem uma FR - A carga tributária ainda
produtividade da economia bra- função especifica para o funciona- é o maior entrave para o cresci-

Setembro e Outubro de 2008 23


mento da economia brasileira? FR - Já é possível adiantar aceleração do ritmo de crescimen-
Como cada um de nós pode con- quais são as tendências para a to econômico. Último trimestre de
tribuir para mudar esse quadro? economia brasileira em 2009? 2009, primeiro trimestre de 2010,
JP - O brutal aumento da carga tri- JP - Para 2009, sem dúvida o ninguém sabe.
butária, a partir de 1997, deu-se mui- efeito da desaceleração econômi- Tudo dependerá do controle da
to em função do modelo de política ca fará com que o crescimento do taxa de inflação. O Brasil abraçou
econômica adotado e aceito pela so- PIB seja menor do que 5%. O o regime de metas de inflação e só
ciedade brasileira. O Brasil está com- quanto será o crescimento, depen- dispõe da taxa de juros para con-
pletamente dependente deste mode- derá de como a elevação da taxa trolar os níveis de preços. Por isso
lo pelos efeitos que produziu. Juros de juros pelo Banco Central im- a inflação é o tema atual e ainda
elevados, câmbio valorizado, fragi- pactará negativamente. continuará por algum tempo.
lidades nas contas externas (princi- Outros fatores, que já vinham FR - O que pode ocasionar
palmente a conta de serviços). atuando negativamente, como a no mercado financeiro e deixar
Não se ver nenhum caminho valorização do real frente ao dó- a sociedade acreana em perma-
no horizonte para se livrar dessa si- lar, também podem prejudicar o nente situação de déficit orça-
tuação. Então, a carga tributária, desempenho da economia, princi- mentário?
com todos seus percalços, conti- palmente as contas externas, espe- JP - Para aqueles agentes eco-
nuará sendo o suporte para assegu- cificamente na balança comercial. nômicos dependentes dos merca-
rar o que está aí. Esse foi o contra- FR - Em quanto tempo a eco- dos financeiros (sistema de cré-
to que a sociedade fez durante a dé- nomia pode retomar o seu ritmo dito bancário ou similar), uma cri-
cada de 1990. de crescimento, sem ameaças de se prolonga em nível nacional po-
A carga tributária só poderia elevação da taxa de juros? de prejudicá-los sensivelmente,
mudar se por acaso houver uma JP - Quanto tempo ninguém sa- pois isso obrigaria o Banco
mudança no padrão de política eco- be, evidentemente. As previsões Central elevar as taxas de juros
nômica. Coisa difícil de acontecer sinalizam que o pico da taxa de ju- para níveis similares aos de
brevemente. Assim, o que cada um ros será daqui um ano, entre 14,5 e 2003, próximo de 25% ou mais.
de nós fizer para mudar esse qua- 16%. Depois da inversão dessa tra- Para quem é menos dependente
dro da carga tributária terá pouco jetória de aumento da taxa de ju- dos mercados financeiros, os efei-
ou nenhum efeito. ros é que se vislumbrará uma nova tos seriam menores.

24 Setembro- eRio
Via Chico Mendes OutubroBranco
de 2008 - Acre - Fone (68) 3302-3080
Geração M, tendência mundial

Com o número
crescente de
adolescentes
consumidores,
o mercado
acreano aposta
suas fichas
numa nova e
lucrativa
geração de
clientes

Eles são chamados de Geração lo. Tarefa difícil. Pesquisas pro-


M, multimídia e multitarefa. Os vam que os jovens adoram mar-
adolescentes dessa era acabam ca- cas, porém não são fiéis a elas.
racterizando-se por serem bem in- Alguns não enxergam o preço, o
formados, imediatistas, mas ao desejo fala mais alto, entretanto a
mesmo tempo individualistas e crí- maioria depende do dinheiro dos
ticos, além de consumidores for- pais. Dentro desse contexto, não é
tes, que buscam tendências, co- raro observar lojas e marcas volta-
nhecem moda, vivem em busca do das totalmente para o público ado-
novo e do diferente. Mais que uma lescente. Esta onda saiu dos gran-
geração consumista, é uma gera- des centros urbanos e já chegou ao
ção ousada. Acre com força total.
Investir nesse público é uma ta- A loja de roupas e acessórios
refa que vai além do fator econô- Outlet concentra um conjunto de
mico, é um exercício de criativi- marcas famosas e conceituadas no
dade, inovação, esforço, paciên- mundo da moda. São marcas co-
cia e empreendedorismo. Há uma nhecidas por suas campanhas pu-
tendência mundial em conquistá- blicitárias voltadas principalmen-

Setembro e Outubro de 2008 25


te para fascinar e atrair os adoles-
centes. A subgerente, Josiane
Dantas, afirma que o público alvo
vai além do jovem, inclui todas as
faixas etárias, mas a juventude é o
grande destaque, principalmente
porque ela procura criar um look
mais casual, confortável.
Para lidar com esse segmento,
não adianta apenas inovar na dispo-
sição dos produtos e decoração dos
pontos de venda. Alguns estabele-
cimentos cativam seus clientes pelo
atendimento mais informal e sem
rodeios. Na loja de Iara Ribeiro,
Lado B, os clientes encontram a des-
contração das donas, músicas e re-
vistas específicas. “Decidi junto
com a Carol (sócia) que iríamos ofe-
recer aos clientes algo que fosse
além do ambiente de loja. Às vezes
eles vêm aqui somente para tirar dú-
vidas e folhear as revistas sobre ska-
te”, conta Iara Ribeiro.

Acessórios e cores
Os itens de consumo do jovem dos acessórios, a indústria de cos- colocado no celular e uma linha de
incluem acessórios e bijoux. No méticos e perfumes se prolifera en- maquiagem especial para a faixa
Acre, é possível observar o surgi- tre esses consumidores. etária dos adolescentes. Na nossa
mento crescente destas lojas, prin- Apostando neles e sabendo capital, essa linha conquistou mui-
cipalmente em Rio Branco. Esse que buscam dentro de seus grupos ta gente. “Não é igual a uma maqui-
segmento é voltado quase com ex- reconhecimento e identificação, agem para o adulto, é uma coisa ma-
clusividade para as meninas, cuja as marcas famosas estão constan- is leve, no entanto chama a atenção,
faixa etária varia entre 15 e 20 temente apresentando novidades porque os jovens gostam que todo
anos, que, em geral, adquirem para esta clientela. A exemplo dis- mundo esteja vendo-os”, explica
prendedores, pulseiras, brincos e so, o Boticário lançou um brilho la- Vera Lima, supervisora do O
bolsas. Acerca de vaidade, além bial em forma de pingente para ser Boticário no Estado.

Consumo Cultural
Roupas, acessórios, cosméti-
cos, etc. O ponto forte dessa gera-
ção cada vez mais antenada e dinâ-
mica, influenciada pela evolução
da TV e internet, é o desejo por cul-
tura. Para quem pensa que ela não
gosta de ler, as vendas de livros
comprovam o contrário. “Os ado-
lescentes procuram muito a litera-
tura estrangeira, gêneros de fic-
ção, fantasia, como Harry Potter;
gostam de suspense, romances
vampirescos de Stephen King e na-
cional, como André Vianco”, jus-
tifica Weid Silveira, atendente de
uma livraria. “Nosso público é
bem grande”, comenta.

26 Setembro e Outubro de 2008


Fala, Geração M!
O consumidor da Geração M, assim como outros
perfis, não pode ser enquadrado em um comporta-
mento único, suas características pessoais são bastan-
te paradoxais, enquanto é ousado e alegre; sente-se in-
seguro e age com timidez, devido às transformações
do corpo; valoriza a vida social, como também se iso-
la de tudo e de todos, trancando-se no quarto em busca
de um espaço só seu, um lugar com TV, som e compu-
tador (com internet, lógico!).
Gustavo Souza, 19 anos, demonstra bem a ambigüi-
dade deste público. “Não me considero consumista, não é
sempre que saio às compras, mas, em compensação,
quando saio compro para o ano inteiro; minha é mãe
quem sofre”, confessa o estudante.

Vale a pena Quem paga a conta


investir nesse
Com tantas exigências e parti- Bruto (PIB) do país. Contudo, as
público? cularidades, não se nega o fato de fontes dos recursos da maioria são
O estudo População Jovem no que a Geração M movimenta o co- os pais, que pagam direta ou indire-
Brasil, do Instituto Brasileiro de mércio. Segundo uma pesquisa da tamente as contas dos filhos.
Geografia e Estatística (IBGE), de- Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Destaca-se aqui, que os pais de hoje
tecta que o número de brasileiros renda per capita mensal dos 28,3 ouvem e respeitam a opinião dos fi-
entre 15 e 24 anos se multiplicou milhões de brasileiros entre 14 e 24 lhos. De acordo com um estudo da
nas últimas décadas. Nos anos 40, anos atinge R$ 317, o que corres- consultoria Gouvea de Souza &
havia 8,2. Hoje, são 28,3 milhões ponde a mais de R$ 100 bilhões por MD, a influência dela no orçamen-
de pessoas nessa faixa etária. ano ou 10% do Produto Interno to familiar alcança R$ 94 bilhões.
Essa turma nem saiu da facul-
dade, mas é responsável por uma
verdadeira competição entre as
empresas de todos os mercados,
que objetivam conquistar a prefe-
rência dela. Desde vestuário à ali-
mentação, as empresas mais expe-
rientes sabem que tanto esses bra-
sileiros consomem como levam
os pais a consumir, por isso são fa-
tores determinantes para o varejo.
Qualquer investimento depen-
de de análise, pesquisa e planeja-
mento para elaborar de forma ade-
quada, e trazer resultados positi-
vos. Fatores culturais, econômicos
e geográficos incidem nessa área. Jéssica é quem decide na hora das compras

Setembro e Outubro de 2008 27


Comércio eletrônico ganha cada vez mais espaço no Acre
O lado ruim

FOTOS CEDIDAS
da internet
Pesquisa da Associação
Brasileira dos Produtos de
Discos – APPD - aponta que as
vendas de CDs e DVDs caíram
em 31,2% em 2007. Em contra-
partida, as feitas por internet no
país aumentaram em 1.619%.
Vendas pela Receitas de comercialização de
música por meio de telefonia mó-
internet têm vel cresceram em 127%. Os
downloads pagos de música sal-
crescido cada taram de R$334 mil, em 2006, pa-
ra R$5,7 milhões em 2007. Já as
vez mais. vendas para telefones celulares
Facilidade e pularam de R$8,1 milhões para
18,5 milhões. Fora isso, existem
comodidade os prejuízos causados ao Fisco de-
vido à ausência de recolhimento
são alguns dos de impostos, visto que não exis-
tem meios para tributar produtos
fatores que O comércio eletrônico vem ga- Segundo o levantamento, 87%
que vêm de outros Estados.
nhando espaço na compras do acre- dos usuários de computador do pa-
impulsionam o ano. Facilidades na escolha do pro- ís já compraram pela rede. Além
Para uma empresa como a
Discardoso, que chegou a ter cin-
duto com apenas um clique, formas disso, os internautas brasileiros
consumidor a de pagamento simplificadas e en- são os mais assíduos compradores
co lojas, com média de oito fun-
cionários cada e, hoje, trabalha
fazer compras trega em domicílio fazem o consu-
midor procurar cada vez mais a re-
e cerca de 40% responderam que a
última compra foi feita há pelo me-
com apenas uma loja e dois fun-
cionários, a internet atrapalha,
pela rede de mundial de computadores para nos um mês, índice maior do que
mas não quanto a pirataria. “Qu-
adquirir seus produtos. De acordo em outros países.
mundial de com uma pesquisa divulgada pela O designer gráfico Allan Thayná exibe suas criações que comercializa pela internet
ando as pessoas não conseguem
baixar a música, a única alterna-
AC Nielsen na América Latina e pu- Pessoa conta que usa a internet
computadores. blicada na revista Exame, os inter- com objetivo de adquirir produtos Fonte de renda
tiva que elas têm é comprar o cd
na loja”, explica o proprietário
nautas brasileiros formam o maior variados. “Já comprei câmera digi-
Já a estudante do último período ferente do que eu vendia anterior- Marciano Cardoso.
grupo de consumidores online da tal, piscina para minhas filhas, tê-
América Latina. nis e uma infinidade de coisas”. de Publicidade Thainá Matias con- mente”, afirma.
fessa que usava a internet apenas pa- No blog, a futura publicitária
ra entretenimento, no entanto há exibe os vários modelos de sandá-
Descontos pouco mais de três meses a desco- lias que ela confecciona e denomi-
Também, por meio da inter- opções de tarifas para diversos briu como fonte de renda. Thainá na cada uma delas de Maria. São
net, passageiros podem escolher destinos domésticos. No ano de explica que a sua paixão por sandá- Maria Girafa, Maria Alegre,
os destinos e horários de seus vô- 2007, o total de vendas pela in- lias havaianas é antiga, do tempo Maria Listra, Maria Menina, etc.
os e buscar o perfil da tarifa mais ternet chegou a 7,2%. Além de em que eram tidas como bregas. Porém a mais comprada é o mode-
adequada para as viagens. As for- consultar todos os destinos naci- Ela trabalhava há algum tempo lo Maria Joana. Os preços giram
mas de pagamento são variadas onais e internacionais, os usuári- com o artesanato de sandálias, em torno de R$25 a R$40.
como boleto bancário, cartão de os registrados podem comprar bi- mas, depois da criação do blog A jovem conta que escolheu a
crédito ou débito e passagem fi- lhetes e receber atendimento, fa- Relicário (www.relicarioaseus- internet como meio de trabalho
nanciada por meio de crédito dire- zer reservas em até uma hora de pes.blogspot.com), as vendas de- por ser de fácil acesso ao seu pú-
to ao consumidor. Para clientes antecedência do horário de vôo, ram um salto. “Antes eu só vendia blico-alvo. “Você pode comprar,
que utilizam a web, algumas em- realizar check in antecipado, con- para familiares e amigas, depois é só querer e abrir o Relicário,
presas apresentam ainda um hot sultar os pontos acumulados e até da criação desse blog o aumento que todas as Marias estarão lá, a
site interativo, com as melhores solicitar reembolso de bilhetes. de vendas foi gigantesco, muito di- seus pés”, finaliza.

28 Setembro e Outubro de 2008 Setembro e Outubro de 2008 29


Informalidade

Por Cecília Vilhena Monteiro


Gerente da Federação do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo do Acre
EXPERIÊNCIA DE NEGÓCIO

Quando um empreendedor de- precisava começar de algum mo-


cide pôr em prática sua idéia de ne- do. Acredito que minha motiva-
gócio, logo pensa em menos cus- ção me levou a correr o risco”.
tos x mais lucros, retorno imedia- Na fase inicial, Vera decidiu op-
to, reconhecimento, muitos clien- tar por usar todo o valor do seu in-
tes, tudo fácil e rápido. Partindo vestimento na compra das merca-
disso, a tendência da maioria é op- dorias, que iria revender colocan-
tar pela informalidade na intenção do 30% a 35% no preço de custo,
de se livrar dos impostos e outros contabilizando o custo do produto
custos que incidem diretamente e um lucro mínimo.
na margem de lucro. E assim as amigas foram suas
No momento em que a empre- primeiras clientes, começando
sária Vera Regina Santana partiu com visitas às casas, ao local de
para conquistar seu lugar no mer- trabalho, recepção com tortas e
cado da moda, em 1999, seu capi- chás para elas. Rotina intensa
tal inicial era insuficiente para in- sem direito a fim de semana, féri-
vestir em instalações, constituição as ou feriados. Sempre dizendo
de firma, etc. “O dinheiro que eu sim às solicitações em qualquer
tinha só dava para comprar alguns hora do dia, indo e vindo em seu
poucos produtos, então minha es- carro. Além disso, no fim do mês
colha foi trazer bolsas, paguei a as visitas todas se repetiam desta
vista. Sabia que queria vender e vez para cobranças.

30 Setembro e Outubro de 2008


Vendas caminhando, carteira formal, para continuar no ramo e formalizada, a empresária da mo-
de clientes ampliando, mas, na ho- não encarar o prejuízo, a solução da pode oferecer mais qualidade
ra de renovar o estoque e diversifi- foi constituir sua empresa. Passou no atendimento, faz troca de pro-
car sua oferta de produtos, surgem a pagar os impostos devidos e ga- duto quando necessário, enco-
as exigências dos fornecedores: nhar vantagens e facilidades dos menda itens especiais para as cli-
três referências, nenhum prazo pa- fornecedores na reposição de esto- entes, além de se permitir fazer um
ra pagamento, declarações, etc. que. Ampliou sua cartela de pro- planejamento anual onde encaixa
“Os fornecedores simples- dutos para bolsas, bijoux e acessó- suas viagens de férias. Hoje, para
mente não vendem para quem não rios. Com o aumento nas vendas e sair do aluguel, reajustou o espaço
atende às exigências de cadastro. no faturamento, em pouco tempo de sua casa para adaptar sua loja.
E lógico que nossa competitivida- tinha o orçamento necessário para Lá as clientes vão à vontade, indi-
de cai bastante; com poucos pro- a montagem da loja, aluguel de cam o endereço para outras, batem
dutos não temos opções, e os cli- ponto e salário para uma ajudante. papo e ainda podem experimentar
entes procuram quem tem”. Agora, há quase dez anos, a as roupas que são a novidade deste
Após dois anos de trabalho in- Dimensão Acessórios, legalmente ano na loja da Vera.

“Aprendi com a experiência que, quando


se quer realmente empreender, o ideal é agir
da forma mais adequada possível. No mun-
do dos negócios, não há lugar para amado-
rismo ou improviso. Mesmo pequeno, seu em-
preendimento é o reflexo do seu perfil como
empresário, seus clientes percebem isso cla-
ramente. Lógico! Não foi fácil e continuo en-
contrando muitos desafios. As dificuldades
da fase de sacoleira não são as mesmas de
hoje, mas foi a formalidade que me deu segu-
rança e maturidade para encarar as situa-
ções de frente. Para o futuro, meu objetivo é
marcar presença como referência de bons
produtos e atendimento de amiga íntima.
Acredito na firme determinação e confiança
como elementos para conquistarmos nossos
objetivos”, comenta Vera.

A informalidade é caracteri- sistema de contas claramente se- de, basta levantar os resultados que
zada por diversas situações. parado das contas da família. se deseja para médio e longo prazo,
Para se ter noção, índices apon- No caso de Vera Regina, a in- avaliar o quanto de retorno e em
tam que 70% da mão-de-obra do formalidade foi uma medida de quanto tempo acontecerá os custos
setor rural são trabalhadores in- emergência para começar sua inicias. Não se pode esquecer de, na
formais. No comércio, a ocor- idéia de negócio com valor de in- hora de elaborar os preços, incluir to-
rência está diversificada entre vestimento pequeno, a alternativa das as despesas que decorrem da ven-
negócios e mão-de-obra. De to- foi comprar a vista os primeiros da, incluindo-se o tempo gasto.
da forma, os negócios que inici- produtos. Contudo, não demorou Finalmente, não se esqueça de
am nesta condição tendem a não em constatar a dificuldade que a que o papel do cidadão é denunci-
sobreviver mais de três anos, e falta de registro legal traz àqueles ar e manifestar - se contra a cor-
uma característica é o fato de que pretendem levar adiante seu rupção na política. Não cabe a ele
que, em geral, uma empresa in- empreendimento. próprio incluir-se no rol dos que
formal é aquela que não tem um Antes de optar pela informalida- agem burlando a lei.

Setembro e Outubro de 2008 31


A arte da estratégia
Pense grande,
comece pequeno e cresça rápido!

A arte da estratégia,
Autor Carlos Alberto Júlio - Neste livro, o autor aborda pela pessoa! O foco, organi-
Editora Campus. o tema de planejamento estra- zação e disciplina são carac-
Livraria Betel R$ 22,00 tégico de uma forma simples e terísticas que o estrategista
eficiente. A obra ensina a via- precisa ter. Afinal, quem não
bilidade de adotar estratégias consegue estabelecer seus
simples, fáceis de executar e próprios adjetivos pessoais,
controlar, acessíveis a qual- como pode elaborar objeti-
quer tipo de organização de ne- vos para uma empresa?
gócios, desde uma padaria até
uma grande empresa. O obje- Segundo ele, é possível
tivo é montar regras de estra- planejar, executar e ter su-
tégia que podem facilmente cesso com fórmulas mais
ser aplicadas e explicadas pa- simples e aplicáveis em qual-
ra todos na organização. O quer lugar. Sem dúvida é me-
conteúdo faz uma revisão de lhor ter uma estratégia sim-
alguns dos principais planos e plificada do que simples-
estrategistas, mostrando exem- mente não parar para pensar
plos práticos da utilização de no negócio e discutir seu fu-
modelos consagrados. turo, sua concorrência, cli-
entes e mercados.
Mostra também que, para
elaborar um planejamento de
sucesso, basta entender como Leonardo Lessa de
se trabalha com três tripés Medeiros é graduado em
conceituais: foco – organiza- Administração de Empresas,
ção – disciplina, estratégia – Pós-Graduado em Finanças
operação – pessoas, pensar Empresariais, Gestão
grande – começar pequeno – Contábil, Controladoria,
MENTE SÃ

crescer rápido. Auditoria, Finanças


Empresariais, professor do cur-
O autor dá dicas de que, pa- so de Administração da FAAO
ra ter sucesso na estratégia, e consultor empresarial do
também é necessário começar Sebrae-Acre.

32 Setembro e Outubro de 2008


Via Verde Park Shopping
já está em construção
DIVULGAÇÃO

A inauguração do
Via Verde Parque
Shopping está
marcada para o
dia 23 de
outubro de 2009

Desde junho de 2008 as obras do Sustentável, Fábio Vaz, “a maior ex-


Via Verde Park Shopping estão em an- pectativa é com a geração de emprego
damento. O empreendimento será o diretamente na obra, mas principal-
primeiro shopping de Rio Branco. O mente no seu funcionamento, que irá
Via Verde Park Shopping será im- requerer colaboradores com alto grau
plantado em um terreno com mais de de instrução para a manutenção do
120.000 m2, localizado na Via Verde, shopping e nas diversas lojas que fa-
estrada da Floresta, com vias amplas rão parte do investimento”.
e pavimentação nova, facilitam ainda “O Via Verde Park Shopping, é a
mais o acesso. maior obra privada do Acre. Os recur-
O valor do investimento gira em sos são totalmente próprios e o capital
torno de R$ 65 milhões, feito por em- alocado para execução da obra, já está
presários locais e de outros estados co- 100% assegurado”, garante Francisco
mo Brasília, Rio de Janeiro, São Morais, dono da Imobiliária Fortaleza,
Paulo e Belo Horizonte. A área a ser uma das empresas que lidera o
construída e de 29.363,32 m2 e a pre- Consórcio Via Verde, composto por
visão de inauguração é para outubro empreendedores acreanos que vão exe-
de 2009, gerando mais de 3 mil em- cutar 20% da obra. O restante está sob
pregos diretos. a coordenação de empresas responsá-
O faturamento anual será em torno veis pela construção de grandes shop-
de R$ 100 milhões, a geração de 1.800 pings do país, como a Asset, Arco,
empregos diretos e indiretos durante a Batur, Mk e Skt. OS NÚMEROS DO
obra e aproximadamente 4.000 empre- Foram contratadas também em- VIA VERDE PARK SHOPPING
gos diretos e indiretos quando o shop- presas que trabalham com terraplana-
ping estiver funcionando. Para o gem, estrutura modular e no paisagis- 3 Lojas-âncora
Estado a arrecadação anual em impos- mo. Para Morais, “o shopping terá a
tos será em torno de 20 milhões. cara do Acre porque vão aproveitar o 1 Supermercado
O projeto paisagístico e arquitetô- desnível do terreno situado às mar-
nico terá 29 mil m2. Ao todo serão gens da Via Verde, inclusive as pal- 5 Megalojas
144 lojas, sendo 115 lojas satélite, 6 meiras existentes no local”.
megalojas, 2 restaurantes, 12 lojas de O Via Verde Park Shopping, tem
115 Lojas
alimentação com capacidade para o grande diferencial para atrair 260
440 pessoas, 5 salas de cinema, 1 su- mil pessoas que vivem em sua área
permercado, além do estacionamento de influência a cerca de quinze mi- 1.505 Vagas para
com vagas para mais de 1.500 carros. nutos de carro. Com o novo empre- estacionamento
Lojas como Marisa, CA, Americanas, endimento irá garantir o desenvol-
e os Fast Food, Bob´s e Giraffas, deve- vimento das imediações, já que a
rão se instalar no local, além das vári- tendência é a população e o comér-
as empresas acreanas. cio, se fixem nas redondezas con-
Para o coordenador da área de tribuindo ainda mais para a valori-
Economia e Desenvolvimento zação imobiliária.

Setembro e Outubro de 2008 33


Casas de festas conquistam clientes

CEDIDA
Em busca de
praticidade,
clientes alugam
espaços para a
realização de
festas. Esses
locais oferecem
da decoração
até o buffet Foi-se o tempo em que as fes- Conforme Renata explica,
tas de aniversário e casamento uma festa para sessenta convida-
completo aconteciam nas casas de famí- dos custa, em média, R$15,00 por
lia. Hoje existem empresas espe- pessoa, desta forma os valores vão
cializadas para tornar essas co- subindo de acordo com a necessi-
memorações em verdadeiros dade e o bolso do cliente. Durante
contos de fadas. O estilo da festa os eventos se exigem muitos pro-
depende apenas do sonho e do fissionais, tais como garçons, cozi-
bolso do cliente. nheiras, equipe de limpeza, mai-
Renata Peiró se formou em tres, cerimonialistas, recepcionis-
Turismo, no entanto sempre gos- tas, seguranças, manobristas, ex-
tou de trabalhar com festas, por is- plica Renata.
so, como já trazia na veia a marca As pessoas tradicionalmente
do empreendedorismo, resolveu faziam comemorações no final de
aperfeiçoar-se na organização de ano, porém, segundo Renata
eventos. Renata conta que o espa- Peiró, hoje festas como casamen-
ço Pão de Queijo foi inaugurado to, por exemplo, são realizadas
há algum tempo e funcionava co- constantemente. “Aos finais de se-
mo lanchonete, mas foi transfor- mana chegamos a realizar de dois
mado em restaurante e para a rea- a três eventos em um único dia”.
lização de festas. Peiró expõe que o seu maior
No pacote de serviços que o prazer é observar nos seus clientes
restaurante oferece, há bolos, do- a alegria com os serviços presta-
cinhos, massas, mesas de frios, dos. “É algo estimulador e exci-
jantares temáticos - japonês, tante, porque mostra a eficiência
francês, árabe; organização de de nossos trabalhos, assim faze-
festas infantis com direito a mi- mos continuamente investimen-
ni-pizza, hambúrguer, pipoca, tos para renovação de nosso mate-
mesas de doces, etc. rial”, pontua Renata.

34 Setembro e Outubro de 2008


Ifepac divulga pesquisa sobre
a Expectativa dos Empresários
A crise no mercado econômico
passaria bem longe se dependesse
dos empresários acreanos, pois
55% deles estão otimistas quanto
ao crescimento das vendas para o
segundo semestre de 2008. É o que
mostra um levantamento realizado
pelo Instituto Fecomércio de
Pesquisas Empresariais do Acre -
Ifepac, feito com 339 empresários
dos mais variados segmentos, no
período de 16 a 26 de junho.
Mesmo com cenários de inibi-
ção do consumo geral de bens e ser-
viços, em função do processo infla- sem alteração sobre as condições
cionário observado nos últimos di- financeiras de suas empresas e
as sobre os níveis de preços da eco- 30% tiveram a necessidade de au-
nomia, o empresário acreano ainda mentar essa capacidade em até
demonstra otimismo quanto às pos- 10% no primeiro semestre deste
sibilidades de vendas para o último ano. Por outro lado, 29% afirma-
semestre deste ano. ram ter mantido os negócios com
Em relação ao segundo semes- situação financeira deficitária em
tre de 2007, 36% dos entrevista- até 10%, se comparada aos últi-
dos conduziram seus negócios mos seis meses do ano passado.

Treinamento
Embora com boas perspectivas Sebrae. Apenas 22% dos entrevis-
de vendas, alguns se esquecem de tados mostraram preocupação em
investir em um item importante pa- melhorar o atendimento ao cliente,
ra alcançar este objetivo - o treina- sendo que 38% acreditam na im-
mento de pessoal. A maioria, 39%, portância de investir no espaço físi-
diz realizar treinamento no próprio co do estabelecimento.
ambiente de trabalho e outros, “Empresários que investem na
31%, não têm investido em qualifi- capacitação de pessoal têm maior
cação alguma para o seu quadro de tendência para obter mais êxito e
funcionários. Somente 15% dizem resultados ainda mais positivos",
procurar serviços por meio de insti- explica o coordenador do Ifepac
tuições como Senac, Senai, Sesc e Roberval Ramirez.

Setembro e Outubro de 2008 35


Acre recebe o BiblioSesc

Bibliosesc
incentiva à
O Sesc-Acre lançou no dia 13 de dem ser utilizados para consulta e
leitura nos setembro, em Rio Branco, a unidade empréstimo aos usuários cadastra-
móvel da BiblioSesc, projeto de bi- dos. O Sesc empregou toda sua in-
bairros onde não bliotecas itinerantes desenvolvido fra-estrutura para que o projeto fun-
há biblioteca pela entidade com o objetivo de faci-
litar o acesso à leitura da população.
cione adequadamente e com total
segurança. A coordenação do proje-
A cerimônia foi realizada na to definirá os novos endereços da bi-
Avenida Getúlio Vargas, no Centro blioteca volante, priorizando espa-
Cultural e Desportivo do Sesc. ços próximos a escolas e creches.
A unidade deverá permanecer Compõem o acervo títulos da
no Sesc - Bosque até o fim de se- literatura brasileira, estrangeira
tembro, com atendimento de se- traduzida, infanto-juvenil, obras
gunda a sábado e oferecendo um de complementação escolar - para-
acervo de três mil livros, que po- didáticos, revistas e periódicos.

BiblioSesc nos Estados


Além do Acre, já receberam as tituição possui a maior rede privada
bibliotecas móveis os Estados do de bibliotecas do país- 241 unida-
Pará, Roraima, Amapá, Tocantins, des, presentes em toda a Federação.
Amazonas, Maranhão, Paraná, Rio Para se cadastrar no BiblioSesc,
de Janeiro, Rio Grande do Sul, basta apresentar comprovante de re-
Ceará, Santa Catarina, Paraíba, sidência e um documento de iden-
O que é Bahia e Sergipe. Até o final de tificação. Crianças menores de 12
BiblioSesc? 2008, chegarão ao Distrito Federal, anos devem entregar autorização
É uma biblioteca Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, dos pais no ato de inscrição.
móvel, montada so- Piauí, Goiás, Alagoas e Rondônia. Os serviços de empréstimos
bre um caminhão, Entre os objetivos do projeto são grátis. O horário de funciona-
que leva mais de três estão: expandir a rede de bibliote- mento é das 9 horas às 15 horas.
mil livros a cidades e cas do Sesc; estimular a leitura no Escolas podem agendar visitas pe-
bairros que não pos- território nacional, ampliando as lo telefone (68) 3212- 2824.
suem uma biblioteca. condições de acesso ao livro; redu- Estrutura - Além de oferecer
zir a exclusão social, conscienti- mais de três mil livros, a
zando a população de que o livro é BiblioSesc tem área para circula-
elemento imprescindível ao cres- ção do público, coberturas latera-
cimento intelectual do cidadão. is, toldo e espaço para leitura e pes-
O Sesc atua no Brasil desde quisa no local. O público ainda
1946 e o Projeto BiblioSesc acu- conta com o auxilio de profissio-
mula esforços para contribuir no es- nais treinados para orientar na es-
tímulo à leitura, uma vez que a ins- colha dos livros.

36 Setembro e Outubro de 2008


Senac firma parceria com Natex
Buscando implantar a metodo- ze o local de trabalho, além de pro-
logia 5S na Fábrica de mover a segurança, melhorar a qua-
Preservativos Natex, O Serviço lidade do produto e reduzir o desper-
Nacional de Aprendizagem dício. O programa pode ser aplicado
Comercial - Senac - realizou o pri- em qualquer tipo de organização,
meiro curso sobre os 5S em parce- quer seja industrial, quer seja servi-
ria com empresa estatal, realizado ços. A aplicação dos 5S requer dedi-
no período de 16 a 18 de julho, em cação e compromisso, para que as
Xapuri, contou com a participa- práticas resultantes perdurem a lon-
ção de vinte pessoas. go prazo e acabem por se tornar um
No curso, foram estudados as- “estilo de vida” no trabalho.
suntos importantes como o processo
de mudanças, principais benefícios
A coordenadora de Recursos
Humanos da Natex, Rejane Melo
O objetivo do
do programa 5S, descrição dos cinco Lacerda, comenta sobre a oportu- curso é a
sensos, importância do trabalho em nidade de os trabalhadores enten-
equipe e exercícios práticos. “Ao fi- derem, por meio das palestras, as implantação do
nal, o participante é capaz de execu- exigências e melhorarem seu de-
tar e disseminar as principais idéias sempenho. “Foram vários os pon- programa 5S
da filosofia 5S, vai primar sempre pe- tos positivos, mas o importante fo-
la adoção de atitudes e práticas con- ram os exemplos trazidos para o na fábrica
sideradas relevantes ao desenvolvi- nosso cotidiano”.
mento das atividades em seu posto A jovem Amilcivânia Silva, co-
de trabalho”, explica o palestrante laboradora da Natex, disse que “o
do curso, José Expedito. curso foi excelente”, pois apren-
A meta é levar uma abordagem deu muito e espera pôr em prática
sistemática que organize e padroni- o que foi exposto.

O que significa o Sistema 5S


As empresas que buscam exce- lorização do ser humano pelos be-
lência devem estabelecer um pla- nefícios que agregam ao ambiente
nejamento que possua uma base organizacional como um todo.
consistente e que proporcione a to- O Programa 5S foi criado pelos
dos seus integrantes o conhecimen- japoneses e consolidado na década
to necessário, para o desempenho de 50 a partir das palavras SEIRI,
adequado de suas funções prestan- SEITON, SEISON, SEIKETSU e
do serviços com elevada qualida- SHITSUKE. É uma boa opção de
de. O Programa 5S é visto como auxílio na implantação do
um programa integrado, no qual se- Programa de Qualidade Total, por-
us 5 sensos agem em sintonia, pro- que melhora a moral dos emprega-
porcionando resultados surpreen- dos, incentiva a mudança cultural e
dentes em todos os aspectos da vida reduz índices de acidentes. Você po-
das pessoas e do ambiente organi- de aplicar os 5S para arrumar sua vi-
zacional. Seu objetivo maior é a va- da. Organizando-se como pessoa.

Setembro e Outubro de 2008 37


Guarda de documentos na empresa
Recentemente, a Federação do Comércio veiculou em seu
Boletim Eletrônico alguns prazos referentes à guarda e manutenção
de documentos fiscais que a empresa deve manter. Alguns empresá-
rios solicitaram a inclusão e abrangência maior de informações so-
bre a documentação fiscal. Nesta edição, iremos começar a falar so-
bre os documentos e seus prazos.
A guarda de documentos é indispensável para que sua empresa
possa comprovar os recolhimentos em uma eventual fiscalização.
O empresário deve ficar atento e manter-se organizado para evitar
problemas no futuro.
Alberto Bardawil Neto
Bacharel em Direito e
Este espaço não tem o objetivo de esgotar o assunto e nem abran-
foi conciliador do Procon/AC ger todos os prazos de guarda de documentos. Caso o empresário te-
nha alguma dúvida, basta mandar suas perguntas para barda-
wil@yahoo.com.br.

Prazos relativos à esfera previdenciária


De acordo com a Lei 8.212/91, o prazo para a Previdência apurar e
constituir seus créditos é de até 10 anos. Apesar de o artigo 45 da refe-
rida lei estabelecer prazo diferenciado de 10 anos para constituição
dos créditos tributários junto ao órgão, o mesmo fere grosseiramente
o Código Tributário Nacional, que estabelece limite de 5 anos como
prazo prescricional, e não de 10 anos. Ao estabelecer uma elasticida-
de de mais 5 anos, esta lei está ferindo não só o CTN- que tem força de
Lei Complementar a partir da Constituição Federal de 1980- tendo si-
do, inclusive, objeto de uma Ação de Inconstitucionalidade que está
sendo apreciada no STF.
Tendo em vista a vigência desta lei, o empresário deve obedecer ao
critério de 10 anos para os seguintes documentos: folha de pagamento,
GPS, salário-família, salário-educação, lançamentos contábeis de fatos
geradores das contribuições previdenciárias, documentos relativos à re-
tenção dos 11% do INSS sobre a nota fiscal de serviços, comprovante de
pagamentos de benefícios reembolsados pelo INSS e Comunicação de
Acidente de Trabalho. É Importante frisar que os demais documentos
não citados e que se relacionem com a Previdência Social, também, de-
vem ser guardados por 10 anos.
Com colaboração de Marcos Antônio Carneiro Lameira
SEU DIREITO

Prazos relativos à esfera trabalhista


Os créditos resultantes das relações de trabalho têm prazo prescri-
cional de 5 anos e até limite de 2 anos, após o fim do contrato de traba-
lho. Normalmente, o prazo para a guarda dos documentos relaciona-
dos às relações trabalhistas é de 5 anos, mas o empresário necessita fi-
car atento para os documentos previdenciários que devem ser guarda-
dos por 10 anos e os relacionados ao FGTS e de efeito de comprova-
ção do tempo de serviço dos empregados; o prazo é de 30 anos. Aqui
vão os prazos de guarda de alguns documentos: CAGED tem prazo de
36 meses; controles de ponto, guia de recolhimento de contribuição
sindical urbano, pedido de demissão, recibo de vale-transporte, paga-
mento de férias, salários, 13°, RAIS, seguro-desemprego, comunica-
ção de dispensa, requerimento do seguro-desemprego e termo de res-
cisão do contrato de trabalho têm prazo de 5 anos.
Na próxima edição, iremos falar sobre a guarda de documentos re-
lativos à esfera tributária.

38 Setembro e Outubro de 2008

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