Você está na página 1de 1

No que diz respeito à arte rupestre, a região ao sul do continente africano está entre as

áreas mais proeminentes do mundo. As pinturas rupestres e gravuras são conhecidos há


muito tempo. Já no início dos tempos coloniais a arte rupestre atraiu o interesse dos
primeiros viajantes na região que hoje corresponde à Namíbia. A descoberta do famoso
"White Lady", pintura de pedra na montanha Brandberg, por Maack em 1918 chamou a
atenção dos arqueólogos e resultou em várias publicações, como as H. Obermaier e H.
Kfihn, bem como L. Frobenius e H. Breui. H. Pager, que ganhou reputação
internacional por sua documentação de arte rupestre Ndedema (Pager 1971), iniciou um
trabalho de campo de oito anos na Montanha Brandberg. Até sua morte súbita em 1985,
ele havia localizado 879 locais de pintura rupestre na parte alta de Brandberg, e havia
copiado mais de 43 mil figuras (Richter e Ralf, 2008).
As pinturas e gravuras diferem-se essencialmente em termos de temas. Representações
cênicas são comuns apenas às pinturas. Ocasionalmente estes mostram caça, dança e
provavelmente também alguns motivos relacionados ao transe e mitologia, embora, em
geral, se possa ver grupos de pessoas em movimento - normalmente sem indicações de
gênero – com equipamento para caça. Animais freqüentemente formam grupos ou
linhas com clara relação um com o outro. Figuras humanas dominam as pinturas, e
representações de animais também são bastante frequentes. Por outro lado, impressões
de mão, sinais geométricos, símbolos e outros motivos são muito raros. Temas
completamente diferentes prevalecem entre as gravuras rupestres. Representações de
animais, pegadas de animais e sinais geométricos são igualmente abundante, mas
humanos, impressões humanas, pegadas e outros motivos são muito raros. Cenas quase
nunca ocorre. Como regra, as representações individuais não se relacionam umas com
as outras (Richter e Ralf, 2008).
Girafas parecem ter sido de especial importância para caçadores-coletores pré-
históricos na Namíbia (Lenssen-Erz 2001: 137) e vários tipos de representações de
girafas são comuns a toda a arte rupestre do país (Scherz, 1986). As figuras de girafa
mostram, com algumas exceções, reproduções ralísticas de suas contrapartes vivas
(Richter e Ralf, 2008).

Richter, Jürgen, and Ralf Vogelsang. "Rock art in North-Western Central Namibia—its age and
cultural background." Heritage and cultures in modern Namibia—in-depth views of the country.
Klaus Hess Publishers (2008): 37-46.

Você também pode gostar