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“Os poetas anarquistas do pincel”

O termo NAIF foi pela


primeira vez utilizado, no
virar do século XIX, para
identificar a obra de Henri
Rousseau, pintor
autodidata admirado pela
vanguarda artística dessa
época, que incluía gênios
como Picasso, Matisse e
Paul Gauguin, entre
outros. Este estilo
também é chamado Arte
Primitiva Moderna.
Os naïfs, em geral, são
autodidatas e sua
pintura não é ligada a
nenhuma escola ou
tendência. Essa é a
força desses artistas
que podem pintar sem
regras, nem
constrangimentos.
Podem ousar tudo. São
os "poetas anarquistas
do pincel".

Edgard de Oliveira
Ser naïf é um
estado de espírito
que leva a uma
maneira toda
pessoal de pintar.
Podemos encontrar
pintores naïfs entre
sapateiros,
carteiros, donas de
casa, médicos,
jornalistas e
diplomatas.A arte
naïf transcende o
que se
convencionou
chamar de arte
popular.
O Brasil junto com a
França, a ex-Iugoslávia,
o Haiti e a Itália, é um
dos "cinco grandes " da
arte naïf no mundo. Um
grande número de
obras de pintores naïfs
brasileiros faz parte do
acervo dos principais
museus de arte naïf
existentes no mundo.

O violeiro-Ernane Cortat
A pintura naïf
brasileira é muito
rica e cheia de
imprevistos. Devido
à diversidade de
temas relativos à
fauna, à flora, ao
sincretismo
religioso e às suas
várias etnias, o
Brasil ocupa lugar
de destaque no
contexto mundial
de arte naïf.
Apesar desse imenso
potencial, somente na
década de 50, o Brasil
começou a dar atenção
a esse grupo de artistas,
com as primeiras
exposições de Heitor
dos Prazeres,
Cardosinho, Silvia de
Leon Chalreo e José
Antonio da Silva.

Brilho na favela-Tânia Azevedo


Características da Arte Naif:

• Déficit de qualidade forma;


•Os desenhos e grafias não possuem acabamento adequado;
•Traços sem perspectiva;
•Deficiência na aplicação de cores, texturas e sombras;
• visão ingênua do mundo;
•Cores brilhantes e alegres - fora dos padrões usuais
•Simplificação dos elementos decorativos;
•Gosto pela descrição minuciosa;
•Visão idealizada da natureza;
•Presença de elementos do universo onírico;
O artista utiliza
experiências pessoais,
oriundas de sua
convivência com o meio e
cultura geral, sendo assim,
há uma pequena esfera
cultural embutida na Arte
Naif. Mesmo assim,
estudiosos deste conceito,
a comparam a um tipo de
arte primitiva e infantil,
sem sofisticação ou
requinte sistemático.
As fofoqueiras- Rosângela Borges
O ícone da Arte Naif é Henri
Rousseau, pintor especialista
em cores, considerado por
muitos como precursor da
corrente e principal artista.
Henri não possuía educação
geral, nem tampouco
conhecimento em arte ou
pintura. Ao levar a público,
sua primeira obra
denominada “Um dia de
carnaval”, no Salão dos
Independentes, o artista foi
severamente criticado por
ignorar princípios básicos de
geometria e perspectiva.

HENRI ROUSSEAU - Luxembourg


Gardens, 1909
Três corações - 40x60
Isabel de Jesus
Vaso com flores na paisagem - 80x60
Ernani Pavaneli
Tarde alegre - 33x41
Teles
chico laranjeira -Feira
Heitor dos Prazeres - Lavadeira
Referências bibliográficas:
http://www.historiadaarte.com.br/artenaif.ht
ml
http://allartsgallery.com/pt-PT/naif

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