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UFRJ Faculdade Nacional de Medicina

Resumo BIOCEL

Evolução

• Nosso organismo é dividido em duas linhagens: Gérmen e Soma.


• Gérmen = Características passadas às outras gerações, perpetua a espécie.
o Infinito
o Inovativo
o Memória
 Evolução
 Espécie
 Ascendência
 “Self”
• Soma = Células comuns do corpo que contêm toda a informação genética, mas
que expressam essa informação de forma específica.
o Finito
o Restritivo
o Memória
 Diferenciação Celular
 Territorial

Membrana Celular

• É formada por moléculas anfipáticas, ou seja, com uma extremidade hidrofílica


e outra hidrofóbica.
• Formada principalmente por fosfolipídeos, açúcares e proteínas.
• Existem três tipos principais de lipídeos da membrana: fosfolipídeos, colesterol
e glicolipídeos.
• As moléculas de lipídeos da membrana possuem uma característica natural de
formar vesículas, devido à presença da cauda hidrofóbica.
• A célula coordena a produção desses tipos de lipídeos a fim de regular a fluidez
da membrana em cada tipo de ambiente.
• Permeabilidade da membrana:
o Passagem através da bicamada = H2O (Através das aquaporinas), CO2,
O2, gases em geral, moléculas pequenas hidrofóbicas (passagem direta)
o Íons e moléculas grandes passam através de proteínas carreadoras ou
proteínas canais
• O colesterol torna a membrana menos fluida uma vez que diminui sua
mobilidade.
• Há também os glicolipídeos (ácidos graxos + açúcares), existentes na parte
exterior da célula, sugerindo então uma função de interação da célula com a
vizinhança.
• Tipos de organização protéica = Estabilizada por pontes de hidrogênio
o α hélice = Menos hidrofóbica, pois suas cadeia laterais “escondem” as
pontes de hidrogênio no interior da hélice.
o Folha β = Mais hidrofóbica, pois suas pontes de hidrogênio estão mias
expostas.

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Eduardo C. Bargiona
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• Toda proteína intermembrana possui um domínio hidrofóbico para poder


atravessar a parte hidrofóbica dos fosfolipídeos. Por isso, para ser solubilizada
deve-se usar detergente, que possui características parecidas com a membrana,
de forma a substituí-la quando rompida.
• Um detergente comum é o SDS (dodecil sulfato de sódio).
• Domínio é um local de uma estrutura que apresenta determinada característica.
Os domínios funcionais são a expressões dos éxons.
• Uma criofratura tende a ocorrer no plano hidrofóbico que divide uma camada
lipídica da outra.
• Espectrina = Principal componente do citoesqueleto formador da estrutura do
eritrócito

Citoesqueleto

• Proteínas ubiquitárias = Proteínas presentes em todas as células. Ex: Actina,


tubulina, lamina.
• Quinases = Enzimas que fosforilam PTNs
• Fosfatases = Enzimas que desfosforilam PTNs

Microfilamentos

• São formados por actina polimerizada que devido à instabilidade dinâmica está
em constante alteração de tamanho, exceto em casos onde há proteínas
acessórias que se ligam à extremidade (+) ou (-) do MF, regulando assim o
aumento, diminuição ou manutenção do seu tamanho. Ex de PTN acessória:
Diminui – Citocalasina, Mantém - Faloidina
• Há determinadas proteínas acessórias que conectam os MF entre si gerando as
mais variadas estruturas
• A polimerização da actina depende dos fatores:
o Necessidade de energia (↑ATP = ↑polimerização)
o Temperatura até 37 °C (↑Temp. = ↑Polim.)
o Presença de íons Ca++ e Mg++ (↑Íons = ↑Polim.)
• Actina-G = Monômero de actina
• Actina-F = Associação de microfilamentos emparelhados
• Timosina e Profilina = Se ligam aos monômeros de actina livres no citosol a fim
de impedir sua incorporação às extremidades dos MF, são chamada PTNs em
quepe. A principal é a timosina.
• FAK = Quinase de adesão focal = Fosforila PTN ligadas ao processo de adesão
focal
• Vinculina = Faz a ligação entre os MF e a integrina, promovendo assim a
sustentação da membrana
• Integrina = Proteína transmembrana envolvida na adesão das células à matrix
extracelular e na adesão de uma célula à outra
• Fibronectina = Faz a ligação entre a integrina
• Fibronexo = Fibronectina + Integrina
• A vinculina participa dos eventos de movimentação celular (câncer). A vinculina
fosforilada muda de conformação e se desliga da integrina, desfazendo todo o

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contato focal e o fibronexo, e fazendo com que a célula fique livre para se
movimentar no citoplasma
• Miosinas = São ATPases que hidrolisam o ATP e deslizam sobre a actina, da
extremidade (-) para a extremidade (+).
o Miosina-I = É formada por uma cabeça e uma cauda. Pode se ligar a
vesículas e carregá-las pela célula ou arrastar um MF pela membrana.
o Miosina – II = Formada por duas cabeças e duas caudas entrelaçadas.
Liga-se a MF e os arrastam entre si.
• Tropomiosina = É uma proteína que se liga aos MF de forma a protegê-los da
interação com a miosina.
• Troponina C = É uma PTN sensível ao Ca++.
• O aumento de Ca++ no citosol faz com que esse íon se ligue a troponina, que por
sua vez se liga a tropomiosina induzindo uma mudança na conformação da
tropomiosina. Isto, por sua vez, faz com que as moléculas de tropomiosina
alterem ligeiramente sua posição, permitindo a ligação das cabeças da miosina
ao MF.
• Na musculatura lisa e em células não-musculares, a contração ocorre devido ao
aumento de Ca++ no citosol que provoca a fosforilação das miosinas-II por
quinases, alterando sua conformação e permitindo sua interação com a actina.
Nesses casos a contração é mais lenta devido ao tempo demandado para que as
enzimas difundam até o local de ação. No entanto tem a vantagem de serem
menos especializados, sendo assim coordenados por diversos sinais.

• Dineínas e Quinesinas = São proteínas acessórias locomotoras


• O movimento da dineína causa a flexão do flagelo, uma vez que os MF estão
presos.

Microtúbulos

• São formados por protofilamentos de tubulina (formada por α e β tubulina


unidas por GTP, ou seja, a unidade mínima da tubulina é na verdade um
dímero). Cada MT possui 13 protofilamentos.
• Organizam-se radialmente, geralmente partindo de um centrossomo. Cada MT é
iniciado por um anel de γ-tubulina, um sítio de nucleação.
• Os protofilamentos também apresentam extremidades (+), voltadas para a
membrana celular e extremidades (-), voltadas para o centrossomo. Além disso,
possuem também instabilidade dinâmica.
• Nos microtúbulos também há os deslocamentos de dineínas (Extremidade + →
- ) e quinesinas ( - → +).
• A tubulina, ao contrário da actina se liga ao GTP quando como monômero ao
GDP quando como polímero
• A capacidade de organizar centrossomos é inata dos MT, no entanto a
organização de centríolos não é.
• Colchicina = Se liga à extremidade (+) dos MT, causando assim sua
diminuição.
• Taxol = Se liga à extremidade (-) dos MT, causando assim seu aumento de
tamanho.

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Eduardo C. Bargiona
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• O uso de taxol ou colchicina numa célula em mitose causa a parada desse


processo, provando assim que a mitose depende da polimerização e
despolimerização dos MT.
• A polimerização da tubulina depende desses fatores:
o Necessidade de energia (↑GTP = ↑Polim.)
o Temperatura até 37 °C (↑Temp. = ↑Polim.)
o Concentração de Mg++ (↑[Mg++] = ↑Polim.)
• Os cílios e flagelos de microtúbulos são formados por 9 + 2 MT associados à
dineínas ciliares, que se prendem aos MT adjacentes causando uma espécie de
onda.

Filamentos Intermediários

• Se organizam em forma de corda.


• Possuem grande resistência à tração e sua função principal é capacitar as células
a suportar tensão mecânica gerada quando as células sofrem estiramento.
• São encontrados por toda a célula e na lâmina nuclear, portanto deduz-se que
uma de suas funções é a de sustentação nuclear, além da resistência mecânica da
célula e da participação na conformação estrutural.
• Possuem três domínios: Duas extremidades globulares diferenciadas e uma
região central em forma de bastão
• A fosforilação dos FI causa sua despolimerização
• Possuem uma relação muito próxima entre o tipo celular e a PTN formadora do
FI
• Principais famílias de FI:
o Desminas – Céls. musculares
o Neurofilamentos – Céls. neuronais
o GFAP (PTN Ácida Fibrilar Glial) – Céls. gliais
o Citoqueratina – Céls. epiteliais
o Vimentina – Céls. mesenquimais

Núcleo

• Nucleossoma = 1ª fase de empacotamento = Estrutura do colar de contas = DNA


+ PTNs (Histonas)
• Puffs = Fitas abertas sendo lidas
• A existência de um espaço no interior do envoltório nuclear sugere que ele foi
formado a partir de invaginações da membrana celular.
• Poros nucleares = São complexos protéicos que só permitem a passagem de
moléculas com sinalizadores químicos.
• Nucléolo = Região mais condensada onde há a síntese de RNA-r, fazendo assim
a junção de vários RNA-r mais algumas PTNs, visando formar subunidades que
serão unidas no citoplasma. O magnésio estabiliza o ribossomo.

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Eduardo C. Bargiona

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