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PROGRAMAÇÃO
DIA 24/10
DESAFIOS DO ENSINAR: TERRITÓRIO INCONTORNÁVEL
MARIA CRISTINA ROSA, FÁTIMA LIMA, GIOVANA HILLESHEIM.
MEDIADORA: PAULA RODRIGUES
DIA 25/10
VER O INVISÍVEL: INVESTIGAÇÕES POSSÍVEIS
MARCIA RAMOS DE OLIVEIRA, DANIELA NOVELLI, JOANA KRETZER BRANDENBURG.
MEDIADORA: NOELI MOREIRA E TATIANA REBELATTO
DIA 26/10
VESTIR E DESPIR: REFLEXÕES ENTRE A ARTE, A MODA E O ENSINO
MARA RÚBIA SANT’ANNA, MARIA CRISTINA VOLPI E JOSÉ ALFREDO BEIRÃO FILHO.
MEDIADORA: KÁRITHA B. MACEDO
CRÉDITOS
Data 24 a 26 de outubro
Horário: Das 14h30 às 17h
Local: Museu Victor Meirelles
MESA: DESAFIOS DO MARIA
ENSINAR: TERRITÓRIO CRISTINA
INCONTORNÁVEL FONSECA
Possui graduação em
Como ser contemporâneo em tempos Educação Artística pela
Universidade do Estado
de práticas medievais? de Santa Catarina (1988),
mestrado em Educação
pela Universidade
Federal de Santa
Catarina (1998) e
doutorado em
Engenharia de Produção
pela Universidade
Federal de Santa
Catarina (2004). Em 2010
realizou Estágio de Pós-
doutorado na
Universidad de
Sevilla/Espanha. Em 2011
desenvolveu Estágio de
Pós Doutoramento na
Universidad Nacional Del
https://www.facebook.com/soprocoletivoarte/?tn-str=k*F Arte - IUNA em Buenos
Aires, Argentina . É
professora titular do
Pretendemos abordar inicialmente as práticas Centro de Artes da
utilizadas na atualidade para cerceamento da fala dos Universidade do Estado
professores a exemplo do projeto escola sem partido de Santa Catarina.
no Ensino das Artes Visuais. Igualmente, expressar
como os movimentos sociais vem enfrentando essas
transformações, as estratégias de resistência utilizadas
por artistas e coletivos na superação dos preconceitos e
demais opressões estimuladas na contemporaneidade.
Da mesma forma, divulgar ações do grupo de pesquisa
Educação, Artes e Inclusão e do grupo artístico Sopro
Coletivo a partir da produção artística. Pretende-se, ao
compartilhar nossa experiência contribuir com os
debates e com os estudos investigativos, propiciando
possibilidades de análise e ação crítica frente ao
desmonte da arte e da educação nos dias atuais. Moderadora: Paula Rodrigues
Artisticidade é um termo que se refere à situação ou qualidade daquele que é artista. Já o termo
estética vem do grego aísthesis que significa sensação, sensibilidade. A ideia de sensibilidade,
trabalhada aqui, acolhe tanto a sensação visual como sensorial por parte do criador, que vivência a
realização da obra e todo o processo criativo, como por parte do expectador que a contempla e
interage.
Os experimentos têxteis realizado pelas artistas Paula Rodrigues e Tatiane Rebelatto são um convite
ao despertar de sensações e de sensibilidades. Por meio de suas obras as artistas estabelecem diálogos
e costuras de caminhos possíveis entre a estampa e o bordado, ressaltando o fazer manual,
vivenciando os processos e as possibilidades. Nesse percurso são costurados discursos entre arte,
design e moda. A temática presente no trabalho das duas artistas versa sobre a arte e as imagens
africanas. O trabalho é manual, artesanal e tem como suporte o tecido, algodão cru, que sofre
interferências de tintas, de linhas e de pedrarias. Resultando em peças coloridas, volumétricas,
orgânicas e expressivas.
No caso do trabalho da artista Paula, a base de suas obras são fotografias de tribos africanas que
servem de referência para realizar seus registros bordados. Através de linhas que ilustram mulheres
por meio de tracejados firmes que delineiam o contorno de seus corpos, aliadas ao uso de pedrarias
que definem os adornos e enfeites tridimensionais e volumétricos, possibilitando o despertar do visual
e do sensorial. Cores, brilho e contrastes se destacam em relação ao tecido cru, convidando o
expectador a interagir com os bordados através do toque. Essas obras iniciam um trabalho na carreira
da artista intitulado “Etnias”. O resultado são linhas que costuram o tecido de forma lenta e manual,
num fluxo contínuo de fazer e desfazer em um processo criativo profundo e particular.
Em seu trabalho com estampas e amarrações, a artista Tatiane possui como referência a lenda
africana “A corda do Tempo”, a qual narra sobre o gesto em que mulheres fazem nós em uma corda,
marcando desse modo os meses da gestação. Na lenda, os nós sinalizam o ciclo de uma nova vida, no
entanto, eles também podem remeter a algo que interrompe, atravessa e limita. A artista inicia o
processo criativo fazendo nós, desenha-os, a partir deles elabora carimbos, estampa-os sob a superfície
têxtil e por fim volta a fazer amarrações. É um tratamento da superfície têxtil que se pretende
experimental, artesanal e especialmente artístico.
Ambos os trabalhos das artistas, Tatiane e Paula, dialogam com o cenário das artes, da moda e do
design, orientados por uma estética contemporânea que busca em outras linhas artísticas, como a
literatura, a fotografia, o bordado e a estamparia, elementos que agreguem valor ou que gerem
provocações no ato, no processo criativo e na contemplação.