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SISTEMA RESPIRATÓRIO
(COVID-19)
Integrantes: Mariana Araújo, Raíssa Martins, Miriam Mota, Luzia de Moraes, José
Guilherme, Antônia Amaral
Brasília - DF
Julho de 2020
INTRODUÇÃO
Neste trabalho será abordado o assunto que está atualmente preocupando grande parte
da população, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Alguns meses atrás foi detectado
um vírus conhecido como COVID-19 ou CORONA VÍRUS. A área da saúde tem se mantido
alerta e a procura de novas informações sobre essa doença. Mesmo sendo exposta
mundialmente no final de 2019, a Covid-19 teve seus primeiros casos em 1937 mantendo
pacientes detectados isolados.
O vírus apesar de ser descrito como corona por sua alteração que se parece uma coroa,
ainda é bastante novo descrito como uma “família de vírus” que causam infecções e que atinge
principalmente a respiração.
O Surgimento do Sars-Cov-2
O covid-19 ou Sars-Cov-2 é um novo vírus respiratório que faz parte da família viral
coronaviridae. Esta ultima cepa do vírus surgiu em 2019 em Wuhan na China. Sua transmissão
proliferou de forma rápida em muitos países o que levou a OMS (Organização Mundial de
Saúde) a declarar a nova pandemia e de estado emergencial. Um novo vírus que pode gerar um
caso grave de SDRA (Síndrome Respiratória Aguda).
Originalmente sabe-se que existem sete tipos de coronavírus que causam quadros de
doenças em humanos e mais de quarenta variações presentes na natureza. Destas sete, apenas
três deles se destacaram por causar infecções respiratórias ou síndrome respiratória aguda
grave. São eles; MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), SARS-COV (Síndrome
Respiratória Aguda Grave) e por ultimo e identificado no final do ano de 2019, o SARS-COV-
2 que tem semelhança com o SARS-COV, o vírus respiratório inicial. (CESPEDES e
SOUZA,2020). O SARS-COV-2 faz parte de uma cepa distinta do SARS-COV anterior que foi
identificado em uma cidade na província de Hubei na China. Anteriormente eram conhecidos
seis tipos de coronavírus que infectavam humanos (HCov), estudados desde a década de 1960.
Eles são conhecidos como: Alpha Coronavírus: 229E e NL63, Beta Coronavírus: OC43 e
HKU1, SARS-COV (Síndrome Respiratória aguda) e MERS (Síndrome Respiratória do
Oriente Médio). Os quatro primeiros coronavírus causam infecções em vias respiratórias
superiores como rinofaringite. Já os outros dois atingem principalmente o trato respiratório
inferior, o que leva a um quadro de dificuldade respiratória aguda. (CARVALHO et al. 2020)
O MERS-COV foi identificado em 2012 na Arábia Saudita, este vírus provoca uma
grave pneumonia e complicações renais. Sua taxa de letalidade é de 34%.
Tem como propriedade uma proteína denominada de proteína S (spike), esta proteína
tem um formato semelhante ao de uma coroa. Esta proteína é a principal responsável pela
penetração do vírus dentro da nossa maquinaria celular, é ela que interage com certos receptores
contidos em nossas células, este receptor leva o nome de ACE2 (Enzima Conversora de
Angiotensina II). Estes receptores se concentram em alguns locais muito estratégicos de nosso
corpo, como nos pulmões e ainda está presente no nosso intestino, isso poderia de certa forma
ser uma das causas das diarreias, uma vez que, o vírus pode levar sua replicação para outros
sistemas além do respiratório.
O material genético do Covid-19 é o RNA de Fita +, que age de forma rápida e direta
na leitura celular, pois não é necessário que a célula faça uma conversão desta fita para sua
replicação, ou seja, a multiplicação deste material genético é mais rápido, diferente do vírus do
HIV por exemplo que precisa de uma conversão do material genético em DNA para sua
replicação dentro das células.
Transmissão
A transmissão do SARS-COV-2 acontece por meio do contato da carga viral contida
em gotículas da saliva, por meio de espirros, tosses, que ao entrar em contato com as nossas
mucosas darão início a infecção. Essas mucosas estão localizadas em nossa via de entrada para
todo o trato respiratório: nariz, boca e olhos. Além disso pode ser transmitido via aerossol e ao
tocar em superfícies contaminadas, uma contaminação indireta. (CARVALHO et al. 2020).
Após este contato o vírus se alastra através de nossas células formando um mecanismo viral
que vai capturando células vizinhas. A célula passa a trabalhar para o vírus em todo o seu
mecanismo de leitura celular.
O RNA que é o material genético do Covid-19, foi encontrado vivo em algumas amostras
fecais, porém segundo um relatório da OMS juntamente com a China, a transmissão fecal-oral
não apresentou ser um fator de relevância na transmissão do vírus. (MCLNTHOSH,2020)
Se R 0 For menor que 1, cada infecção já existente gera menos de 1 nova infecção,
levando ao desaparecimento da doença.
Se R 0 for igual a 1, a doença permanecerá viva, mas não ocorrerá nenhuma epidemia.
Se R 0 for maior que 1, os casos crescerão exponencialmente e ocorre então uma
epidemia que levará a uma pandemia.
Desta forma, podemos entender o tamanho do impacto viral causado pela Covid-19, pois
estima se que o valor de R 0 para SARS-COV-2 é 1,4-2,5 R 0. (CESPEDES,2020).
O Covid-19 foi declarado em Março de 2020 como uma pandemia pela OMS. O vírus
afetou mais de três milhões de pessoas em 211 países o que levou a morte de mais de 200 mil
pessoas até o final de Abril de 2020. (ESPINOSA,2020).
A Transmissibilidade ainda é mais agravante pelo fato de que muitos infectados nem
sequer apresentam sintomas, mas podem transmitir da mesma forma. A transmissão pode
ocorrer com muita facilidade, uma vez que, o vírus se aloja nas vias respiratórias superiores e
isso facilita o meio para o contágio.
Essa infecção no trato respiratório superior causa os primeiros sintomas como coriza,
dor de garganta, tosse seca, espirro, febre baixa, pois, uma vez que, a região está sendo atacada,
as células de revestimento se irritam. Com a irritação do tecido ciliar, é gerado as tosses, pois
todo este revestimento de cílios dentro do nosso trato respiratório, faz ali, nossa primeira defesa.
A coriza se dá através da formação de secreção resultante da reação ciliar com o agente invasor.
Por este motivo é comum que no início da infecção 80% dos pacientes tenham uma redução
dos sentidos como ageusia (perda do paladar) e anosmia (perda do olfato). Isso ocorre através
do nervo olfativo que vai desde a mucosa nasal até o cérebro.
Uma vez que o vírus chegue nas células pulmonares nos sacos alveolares, se dará início
a um acometimento de uma célula denominada de pneumócito II, isto porque lá se localiza
maior número de ECA2. Os peneumócitos do tipo II são responsáveis por proporcionar o
liquido surfactante dentro do alvéolo pulmonar. A função deste liquido é impedir o fechamento
das paredes do alvéolo, para que assim possa acontecer a hematose. Isso nos leva a concluir que
os alvéolos pulmonares são as estruturas mais acometidas pelo vírus e isso desenvolverá um
quadro de inflamação. O nosso mecanismo de defesa entenderá que um invasor está acoplado
e interagindo nas células alveolares e isso ocasionará uma resposta nociva do próprio corpo, o
processo inflamatório, e ele tem como principal característica a formação de líquidos, de água
na região decorrente da invasão. Os pulmões irão se encher de água e isso dificulta as trocas
gasosas de oxigênio e o gás carbônio, que acontecem por meio dos alvéolos pulmonares. Isso
gera um edema na região pelo acúmulo de substancias e aumento de permeabilidade dos vasos.
Esse aumento de permeabilidade gera um maior número de passagem sanguínea que
consequentemente leva ao quadro da febre. Todo esse processo inflamatório impede a
hematose. Quando não há oxigenação dos órgãos ocorre uma múltipla falência. Sem oxigênio
as nossas células não produzem ATP. Os nossos pulmões são estruturas básicas para a
transporte de oxigênio para o coração, o cérebro, e todo o corpo. Diante deste processo é
necessário o uso de respiradores mecânicos.
Sobrea danos permanentes nos pulmões, existem pesquisas realizadas na China que
revelam que muitos pacientes tiveram danos permanentes da doença, e que um considerável
número perdeu 20% a 30% da capacidade pulmonar. (CORREIA,2020) A Fibrose pulmonar
pode ser desenvolvida pelo uso prolongado dos respiradores mecânicos. A falta de mobilidade
pode causar atrofia muscular.
Apresentação clínica
Devido a todo processo de inflamação na região pulmonar, os pacientes com quadro graves de
respiração, apresentam quadros de febre alta, dificuldade respiratória, mal-estar, mialgia,
coriza, tosse, dor de garganta, falta de ar e dificuldade respiratória, e também a hipóxia e
pneumonia, levando os pacientes ao uso dos ventiladores artificiais. Alguns pacientes
desenvolvem diarreia.
Grupos de Risco
O vírus pode acometer todas as idades, porém predominam sobre os idosos. A idade
varia de 49 a 56 anos pessoas menores de 20 anos de idade não costumam apresentar sintomas.
(WANG D et al. 2020).
Tratamento/Prevenção
Até o momento presente ainda não foi detectado nenhuma vacina ou medicação eficaz
para o tratamento dessa infecção viral. O que está ocorrendo é tratamento sintomáticos de
medicações que auxiliem nos sintomas no período em que o vírus está ativo no organismo. Para
pacientes que apresentarem os sintomas graves, a hospitalização é único método ao alcance.
O tratamento é feito com antipirético e hidratação. O mais correto é seguir o controle
da infecção, em casos mais leves deve se seguir restritamente o isolamento e instruir pessoas
que se convivam juntas sobre as práticas de higienização e prevenção sanitária.
O paciente deve ingerir bastante líquidos, manter uma boa alimentação rica em
nutrientes. Casos críticos devem ser encaminhados para UTI.
Evitar contato com as mãos em corrimãos, portas e paredes em locais públicos, como
ônibus e metrô.
É importante lembrar que: O Ministério de Saúde orienta medidas cabíveis para essa
pandemia que já tem infectado milhões de pessoas pelo mundo. Cada pessoa precisa ter a
conscientização de cuidar de si mesmo e do próximo, buscando sempre fazer a higienização das
mãos e o uso de mascaras ao sair de casa, entre outros.
REFERÊNCIAS
CESPEDES, Mateus; SOUZA, José Carlos. Sars-CoV-2: Uma atualização clínica - II,
Revista da Associação Médica Brasileira, v. 66, ed. 4, 15 jun. 2020. DOI
https://doi.org/10.1590/1806-9282.66.4.547. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
42302020000400547&tlng=en. Acesso em: 9 jul. 2020.
MCLNTOSH, Kenneth et al. Doença de coronavírus 2019 (COVID-19), [s. l.], 31 maio 2020.
Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/documents/1688403/5111980/4.pdf/49227786-
d768-470e-9ea2-7e021aa96cc9. Acesso em: 9 jul. 2020.