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Pós-Modernidade

A sociedade ocidental busca (tentativa) o simulacro Não nos informam sobre o mundo, mas refazem á
(signo vazio/perfeito da realidade/construção de sua maneira, exemplo: Quando se vai a uma partida
símbolos e signos não mais concretos). de futebol ao vivo e quando se assiste em casa (con-
forto, comodidade).
Perfeito da realidade, simula por imagens, mostran-
do o mundo acontecendo. Apaga a diferença entre A linguagem dos meios de comunicação dá forma
real e imaginário, ser e aparência. tanto ao nosso mundo, quanto ao nosso pensamento.

Fabrica-se um “hiper real”, um espetáculo mais Pós-Modernidade é um ecletísmo, a mistura de


interessante que a própria realidade. Os meios tecno- várias tendências e estilos sob o mesmo nome. Não
lógicos estão entre nós e o mundo. tem unidade, é aberta, plural e muda constantemente.

Comodidade: mesmo ao vivo, o torcedor vai buscar um rádio ( meio tecnológico) para acompanhar seu jogo. Para aqueles
que assistem na televisão, o jogo passa a ser, um espetáculo mais interessante do que o real. É uma maneira manipuladora.
sMarcas da Pós-Modernidade: grande quantidade sSociedade pós-moderna consome serviços. Co-
de serviços (academia, padaria, farmácia/agir com o mércio, lazer, ensino, pesquisa científica pedem
outro). um sistema acelerado de informações. Manipular o
conhecimento e a informação é vital. São progra-
sMuita informação e muita comunicação que madas pela tecnologia para produção rápida (detêm
dependem de tecnologias avançadas (dificultando comunicação em massa (poder) - exemplo: camelô
a seleção de informações/coletividade: se você não que possui máquininha de passar cartão visa - outro
está conectado, você não está no “mundo”). exemplo: padaria toda automatizada, fica sem ener-
gia e passa atender os fregueses á moda antiga, isto
sSociedade pós-industrial (substituídas por servi- causa lentidão no atendimento).
ços) e multinacional.

SIGNO = palavra, número, imagem ou gesto que representa (objeto/indiretamente) através de uma referência
(idéia/representação da coisa/exemplo: uma idéia de cadeira (referêncial) - ancorado por um objeto real, concreto).

*AVATAR (personagem virtual com características do usuário = não existe na realidade concreta).
Ao fazer um Formados não mais Formados agora Simulacro -
na internet,
torna-se signo
n por objetos reais
(apenas pela
n pela realidade
virtual e tecnológi-
n relei-
tura
primeira referência co (segunda refe- com
concreta) rência, não preciso roupagem
n

mais da realidade) nova -


Representação
perfeito da
da realidade
*Avatar se tornou popular entre os meios de comunicação e informática devido realidade -
(da pessoa às figuras que são criadas à imagem e semelhança do usuário, permitindo sua signo vazio
real) "personalização" no interior das máquinas e telas de computador.

Imagem
Símbolo
Espetáculo
{ = SIGNO = referência =
{ Espírito
Idéia
Sujeito

{
n
n

Objeto
Material coletado da aula
Referente = Realidade
de Técnicas e Exames Psi-
cológicos - 3ª ano de Psico-
Matéria
logia Uniban 2011
1984 (dicas de filmes so- Brazil (dicas de filmes
bre Pós-Modernidade) - sobre Pós-Modernida-
Depois da guerra atômica, de) - é uma visão estilo
o mundo foi dividido em pesadelo surrealista
três estados e Londres é a de um futuro perfeito
capital da Oceania, domi- onde a tecnologia reina
nada por um partido que suprema. Todos são
tem total controle sobre monitorados por uma
todos os cidadãos. Wins- agência governamental
ton Smith é um humilde secreta que proíbe que
funcionário do partido o amor interfira com a
e comete o atrevimento eficiência.
de se apaixonar por Jonathan Pryce e Ro-
Julia, numa sociedade bert De Niro estrelam
totalitária onde as emoções são ao lado de Michael Palin
consideradas ilegais. Eles tentam escapar dos olhos e Bob Hoskins esta pertubadora comédia de humor
e dos ouvidos do “Big Brother”, sabendo das dificul- dirigida pelo ex-integrante do Monty Python, Terry
dades que teriam que enfrentar. Aqui, tudo funciona: Gilliam.
1984, o filme, nada deixa a dever a 1984, o clássico Pryce é Sam Lowry, um funcionário exemplar de
de George Orwell. E esta é uma das grandes virtudes um setor sem futuro do governo, que tem uma mãe
tanto do roteiro como da direção de Michael Radford. influente e viciada em cirurgias plásticas que faz de
Diante da grandiosidade do livro, seria extremamente tudo para ver o filhos subir na carreira. Sam, apesar
fácil que o filme soasse vazio, medíocre. Mas, ao con- de ser um burocrata dos mais malas, é um sonhador.
trário, a adaptação de Radford é provocante. Winston Em seus sonhos, se imagina voando, e sempre sal-
Smith é um funcionário do governo totalitarista lidera- vando uma donzela. É então que Sam acaba vendo
do pelo “Grande Irmão”, uma “entidade” que, através a tal donzela na vida real: ela se chama Jill Layton,
de telões, controla a privacidade de todos os cidadãos e é uma “terrorista” procurada pelo governo. Ele
do país. Certo dia, ele recebe um bilhete de uma bela decide aceitar o emprego que relutava no Ministério
garota, Julia, a quem conhecia de vista: “Eu Te Amo”, das Informações para salvar Jill de ser interrogada
lê, espantado. A partir daí, Winston passa a sair com a (ou melhor, torturada) pelo seu melhor amigo, Jack
garota, desafiando as leis do país, que aboliram o or- (Michael Palin, outro ex-Python). Gilliam fez o seu
gasmo e incentivam a inseminação artificial. Winston melhor trabalho na direção em Brazil, algo que não
e Julia desafiam, com seu amor, o próprio Sistema, é pouco, se considerarmos que estamos falando do
que prega o ódio como maneira de subjugar seus opo- diretor de Os 12 Macacos ou O Pescador de Ilusões,
nentes. Prazeres simples (porém ilegais), tais como por exemplo. Seu estilo anárquico cai como uma
provar geléia com pão e beber café “de verdade”, pas- luva para o estilo visual exigido pelo roteiro.
sam a fazer parte da rotina do casal, que redescobre o
valor da fidelidade e do calor humano.
V de Vingança (dicas de filmes Metrôpolis (dicas de filmes sobre Pós-Modernida-
sobre Pós-Modernidade) - de) - O enredo é ambientado no século XXI, numa
Ambientado na paisagem fu- grande cidade governada autocraticamente por um
turista da Bretanha totalitária, poderoso empresário. Os seus colaboradores cons-
V de Vingança conta a histó- tituem a classe privilegiada, vivendo num jardim
ria de uma jovem da classe idílico, como Freder, único herdeiro do dirigente de
trabalhadora, Evey (Natalie Metropolis.
Portman), que é salva de uma Os trabalhadores, ao contrário, são escravizados
situação de vida ou morte pelas máquinas, e condenados a viver e trabalhar em
por um homem mascarado galerias no subsolo. Num meio de miséria entre os
conhecido apenas como “V” operários, uma jovem, Maria, destaca-se, exortando
(Hugo Weaving, o “Smith” os trabalhadores a se organizarem para reivindicar
de Matrix). seus direitos através de um escolhido que virá para
Profundamente complexo, os representar.
V é ao mesmo tempo interessado Através de cenas de forte ex-
em literatura, sofisticado, delicado e intelectual, um pressão visual, com o recurso
homem dedicado a libertar seus concidadãos dos que a efeitos especiais, algumas
os aterrorizam. Mas ele também é amargo, vingati- se tornaram clássicas, como
vo, solitário e violento, motivado por uma vingança a panorâmica da cidade com
pessoal, uma vendetta. Em sua luta para libertar o os seus veículos voadores e
povo da Inglaterra da corrupção e da crueldade que passagens suspensas. Alusões
envenenaram o governo, codinome V condena a na- bíblicas, mistério, ação e
tureza tirânica dos líderes e convida os cidadãos a se romance, completam o leque
juntarem a ele próprio no dia 5 de novembro, o Dia que envolve o público e o
de Guy Fawkes. mantém em suspense até ao
Nesse dia, em 1605, Guy Fawkes foi descoberto final.
num túnel sob o Parlamento com 36 bananas de À época, Metropolis im-
dinamite. Juntamente com outros conspiradores, ele pressionou tanto Hitler que,
engendrou o vingativo “Plano da Dinamite” contra quando ele chegou ao poder, solicitou ao ministro
a tirania do governo de James I. Fawkes e os outros Goebbels que abordasse Lang, convidando-o a fazer
sabotadores foram enforcados, arrastados e esquarte- filmes para o partido nazista.
jados, e jamais concretizaram seu plano. Imbuído do A obra demonstra uma preocupação crítica com a
espírito de rebelião, em lembrança àquele dia, V jura mecanização da vida industrial nos grandes centros
realizar o plano pelo qual Fawkes foi executado em urbanos, questionando a importância do sentimento
5 de novembro de 1605: vai explodir o Parlamento. humano, perdido no processo. Como pano de fundo,
Quando Evey descobre a verdade sobre o misterio- a valorização da cultura, expressa no filme através
so passado de V, também descobre a verdade sobre da tecnologia e, principalmente, da arquitectura. O
ela mesma e torna-se uma improvável cúmplice no ponto alto do filme e grande mote é, sem dúvida, o
plano para iniciar uma revolução, trazendo de volta final - onde a metáfora “O mediador entre a cabe-
liberdade e justiça para uma sociedade repleta de ça e as mãos deve ser o coração!” se concretiza no
crueldade e corrupção. simbólico aperto de mão mediado por Freder entre
Grot (líder dos trabalhadores) e Jon Fredersen - o
empresário.
Idiocracy (dicas de filmes
sobre Pós-Modernidade) - De
Mike Judge, um dos irre-
verentes cérebros criativos
responsáveis por Beavis e
Butt-Head, O Rei do Pedaço
e Como Enlouquecer Seu
Chefe, esta divertida comédia
fará você pensar duas vezes
sobre o futuro da raça hu-
mana. Conheça Joe Bowers
(Luke Wilson). Ele não é de
modo algum o cara mais brilhante cara mais inteligente do planeta! Agora, cabe a um
do pedaço. Mas quando uma experiência governa- cara prá lá de mediano colocar a evolução da raça
mental com hibernação cai no esquecimento, Bowers humana de volta nos trilhos! Escrito com sarcasmo
acorda no ano 2505 e encontra uma sociedade tão incisivo e piadas visuais hilárias, Idiocracy vai fazer
emburrecida pelo comercialismo de massa e pela você gargalhar ruidosamente, quer você seja um
alienante programação de TV que ele acaba sendo o gênio ou um não!

O Sobrevivente (dicas de filmes sobre Pós-Moder- As Viagens de Monsieur Hulot (dicas de filmes
nidade) -Século XXI os EUA sobre Pós-Modernidade) - Foi aqui que surgiu o
estão sob cruel regime totalitário. Monsieur Hulot (interpretado pelo próprio Tati), o
Os livros foram queimados, os seu “alter-ego” que iria entrar em quatro das suas
discos destruídos, as escolas seis longas-metragens. Neste filme, aborda um dos
fechadas e toda liberdade pessoal seus temas favoritos: a dependên-
abolida. Neste mundo estarrece- cia do homem em relação à má-
dor, só uma relíquia do século quina.
XX foi preservada: a TV, única Monsieur Hulot é um homem
forma de diversão de uma popu- inofensivo de meia-idade que,
lação oprimida e fria. The Run- sem querer, provoca desastres
ning Man é o programa mais por onde passa, sem se dar conta
popular, uma espécie de jogo de da confusão que gera. Hulot é
gato e rato mortal e sanguinário, um solitário que não provoca
onde o único e valioso prêmio nem grandes ódios nem gran-
é a sobrevivência. Ben Richards des paixões, tal como Tati.
(Arnold Schwarzenegger), um rebelde perseguido, vai No entanto, o traço que os
provar que nem sempre o fugitivo é o perdedor. Con- distingue é o perfeccionismo
tra adversários mortalmente curiosos, ele vai defender do realizador que choca com
sua vida frente às câmeras de TV. o desleixo da personagem.
Monsieur Hulot foi a estrela de “Mon oncle”
(1958), uma sátira sobre a influência da tecnologia
na sociedade e na vida familiar. A família central
vive numa casa ultra moderna em que tudo funciona
através de botões automáticos. As personagens pare-
cem e agem como se fossem máquinas. O filme foi
considerado uma obra-prima pelos críticos e marcou
o ponto alto da sua carreira, tendo-lhe sido atribuído
o Prémio do júri em Cannes e um Óscar nos EUA.
Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que abastadas, sem representar contudo, diferenças nas
focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda
30, imediatamente após a crise de 1929, quando a que a mesma sociedade capitalista que explora o
depressão atingiu toda sociedade norte- proletariado, alimenta todo conforto e diversão
americana, levando grande parte da para burguesia. Cenas como a que
população ao desemprego e à fome. Carlitos e a menina órfã conversam
A figura central do filme é Carlitos, o no jardim de uma casa, ou aquela
personagem clássico de Chaplin, que em que Carlitos e sua namorada
ao conseguir emprego numa gran- encontram-se numa loja de departa-
de indústria, transforma-se em líder mento, ilustram bem essas questões.
grevista conhecendo uma jovem, por Se inicialmente o lançamento do
quem se apaixona. O filme focaliza filme chegou a dar prejuízo, mais
a vida do na sociedade industrial tarde tornou-se um clássico na história
caracterizada pela produção com base do cinema. Chegou a ser proibido na
no sistema de linha de montagem e Alemanha de Hilter e na Itália de Mus-
especialização do trabalho. É uma solini por ser considerado "socialista".
crítica à "modernidade" e ao capi- Aliás, nesse aspecto Chaplin foi boicota-
talismo representado pelo modelo do também em seu próprio país na época
de industrialização, onde o operário é engolido do "macartismo".
pelo poder do capital e perseguido por suas idéias Juntamente com O Garoto e O Grande Ditador, Tem-
"subversivas". pos Modernos está entre os filmes mais conhecidos
Em sua Segunda parte o filme trata das desigual- do ator e diretor Charles Chaplin, sendo considerado
dades entre a vida dos pobres e das camadas mais um marco na história do cinema.g

Questões que foram discutidas em classe


Como fazer ciência no ambiente (para onde ela está
nos empurrando atualmente) pós-moderno?

Quais as consequências para o fazer psicológico (reinventar a psicologia)?

Como lidar com os princípios éticos e com a moral (exemplo: psicoterapia


via Skype - no agir com o outro) na sociedade pós-moderna? (autoridade cindida)

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