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Biografia
São Paulo o viu prim eiro.
F o i em 93.
Nasceu, acompanhado daquela
estragos a sensibilidade que
deprime os seres e prejudica
as existências, medroso e hu
milde.
E, para a publicação destes
poemas, sentiu-se mais medro
so e mais humilde, que ao
nascer.
A b ril de 917.
Prefácio
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Exaltação da Paz
8
ííira na Terra
0 tripudio satânico da guerra.
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E novamente os povos sosseg:ados,
mais felizes alíim, menos incréus,
envolvereis, ó paz imensa!
—De novo os cantos rolarão nos prados;
e os homens todos rezarão aos céus,
numa ressurreição da esperança e da crença
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Destacando-se na brancura,
os últimos pinheiros da floresta,
ao vendaval pesado e lasso,
como que vão partir em debandada :
parece cada qual, com a cabeça dobrada,
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uma interrogação arrojada no espaço.
Ha ventania, mas
ha solidão e paz.
Niiiguem. Os derradeiros pios
voaram de manhãzinha; mas em breve
sepultararn-se sob a neve,
mudos e frios.
ÍLido a lv o ... apenas a tristeza preta,
e 0 vento com seus ro n co s...
Ninguém.
— Alguém!
Olha, junto dos troncos,
um reflexo de b aio n eta!...
E ’ sempre assim. De maniiãzinha, braço dado,
nos jardins claros do hospital,
êle mancando, a ela apoiado,
silenciosos, lado a lado,
dão 0 passeio matinal.
E, vagarosamente, se entranhando
no perfume vermelho da manhã,
ela vem triste, como que sonhando,
— ela, que é sã —
e êle, — 0 ferido — traz sorrisos francos,
vem assobiando entre seus lábios brancos
uma valsa a le m ã ...
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E ’ sempre a s s im ...
íMas ao voltar, vem resplendendo
nela o beijo nas mãos. nêle a esperança.
Voltam pêlos meandros do jardim,
e ela vem rubra, que êle vem dizendo
quanto aclia lindas as manliàs de França.
Refrãü de Obús
19
Partir, ouvindo os passarinhos,
que despertara a cotovia,
musicar, lado a lado,
0 êxtase florescido dos cam inhos!..
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AAas na suprema glória de subir,
sentir
que as forças vão faltar :
e retornar de novo para a Terra;
e servir de instrumento numa guerra;
e rebentar,
c assassinar ! . . .
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Primavera
Fora desmantelado,
quando, golfando pêla íauce aberta
0 atestado dos órfãos e das viuvas,
um grande obiis lhe rebentara ao lado..
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Espasmo
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— Mas 0 pior dos lioineris dêste iniindo,
O menor, o mais triste, o mais mesquinlio.
deve de ser o Iiomem que andando seii caminlio,
é infecundo no espírito, e fecundo
só nos desvairos e erros que pratica;
deve de ser o liomem que andando seu caminlio,
faz desgraçado quem se llie aproxima;
e á própria caravana, inumerável, rica,
faz tomal-o por DeuS; e a enlouquece e d izim a...
Infeliz! Pensa* em luz, e engendra escuridades;
quer replantar o bem, o mal deita ra iz e s !...
— Certo; é a maior das infelicidades
fazer dos outros Iiomens infelizes.
Devastação
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— E rebrilhou a fé.
33
Vem a rivalidade, a traiçào, a mentira,
0 exagêro da glória, a negação da ialta;
Caim mata de novo Abel, - mas por mais alla
que sobressaia a eterna voz,
aos seus ouvidos não ha voz que tira! —
Mesmo os Abeis tornaram-se Gains;
e os homens todos, na avareza atroz.
ganiram, defendendo os bens, como m astin s...
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A afeição tresmalhou, h no esterco fecundo
de mil invejas e ambições, abrolha
a flôr de purpura da g u e rra ... E o inundo
todo, a tremer nos seus arcanos olha.
34
Deante de tanto mal e tanta ruina,
de tanta inveja parda e estulta,
deante dêsse ódio trio e crû,
pálida, imóvel, trágica e divina,
sôbre a devastação que cresce e avulta,
surgiu a minha dôr, como um mármore nû.
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Mas 0 trigo abastoso dos celeiros
relembrará o sangue, a vida,
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os penosos iiionientos derradeiros
duma geração toda destruida...
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B i o g r a f i a ................................................. 3
Prefácio . ......................................... 5
Exaltação daP a z ........................................... 7
In vern o.......................................................... 13
E p italâm io..................................................... 15
R efrão de O b ú s ............................................ 19
P r im a v e r a ..................................................... 21
E s p a s m o ........................................ 23
G u ilh erm e..................................................... 27
D e v a s t a ç ã o ................................................ 31
N a t a l ......................................................... 37
L o v a i n a ..................................................... 41
Os C a r n í v o r o s ............................................ 43
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