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Pipoca de micro-ondas
entre outros
Eliminação em etapas
Para os óleos refinados, como os de soja e canola, por exemplo, os ácidos graxos
trans não serão banidos. A Anvisa decidiu estabelecer um limite diferente para esse
grupo de produtos, levando em conta que os óleos vegetais passam por altas
temperaturas no processo de refinamento, o que acaba produzindo a gordura
trans, que não é adicionada de forma proposital.
Com isso, até 1° de julho de 2021, todos os óleos vegetais disponíveis nas
prateleiras de supermercados deverão ter, no máximo, 2% de gordura trans na
composição. O descumprimento dessas regras poderá acarretar advertências e até
multas, a serem definidas pela agência.
"Dependendo do recorte populacional que você faz, essa quantidade é bem mais alta. A
gente tem grupos mais vulneráveis na população. Como a gordura trans tem um preço
mais barato que os substitutos, as populações mais vulneráveis, que tem menor pode
aquisitivo, acabam sendo mais expostas a esses alimentos com maior teor", explica a
Gerente Geral de Alimentos da Anvisa, Thalita Lima.
É isso que, muitas vezes, deixa crocante, dá textura e um prazo maior de validade para
biscoitos, pipoca de microondas, pratos congelados, massas instantâneas e chocolates.
Os ácidos graxos trans também surgem no processo de refinamento dos óleos vegetais
e no aquecimento para fritura doméstica ou industrial de alguns produtos.
Mas também existe a gordura trans natural, que surge no processo de digestão dos
animais ruminantes (por exemplo: boi, carneiro, cabra) e está presente em carnes, leite
e queijos.
"São quantidades pequenas, que não oferecem tanto risco aos consumidores, mas que
estão naturalmente presentes na alimentação", explica Thalita.