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Artigo: Está todo mundo ansioso e


estressado. E as empresas com isso?
"A ansiedade está tomando conta das pessoas e o trabalho tem uma
grande parcela de culpa"

em 10/03/2020
Por Iuri Campos*

A ansiedade está tomando conta das pessoas e o trabalho tem uma grande
parcela de culpa nisso. Segundo estudos realizados pelo professor de
comportamento organizacional da Universidade Stanford, Jeffrey Pfeffer, 50% dos
casos em que funcionários faltam ou pedem licença médica estão relacionados ao
estresse causado pelo trabalho. Ainda mais grave, o pesquisador estima que,
apenas nos Estados Unidos, o estresse esteja relacionado à morte de 120 mil
trabalhadores por ano! 

De um ponto de vista econômico, Pfeffer, que lançou em 2019, no Brasil, o livro


“Morrendo por um salário”, calcula que as empresas dos Estados Unidos gastam
cerca de U$ 300 bilhões de dólares, mais de 1,1 trilhão de reais, por ano, para cobrir
problemas relacionados a doenças de seus funcionários. 

E isso não é uma exclusividade norte-americana. Segundo dados da Previdência


Social no Brasil, nos nove primeiros meses de 2018 foram concedidas pelo INSS
8.015 licenças por transtornos mentais e comportamentais adquiridos no serviço —
um avanço de 12% em relação ao mesmo período de 2017. O afastamento por
depressão e ansiedade também aumentou em quase 5 pontos percentuais no
mesmo período. Para piorar, o país ainda figura em segundo lugar na incidência de
burnout (esgotamento profissional) entre a população economicamente ativa,
segundo dados da International Stress Management Association.

No entanto, é claro que não é apenas o trabalho que está servindo como fonte de
tanto estresse. Tecnologias como realidade virtual e aumentada, internet das coisas
e 5G, junto com as próprias mídias sociais, estão nos levando a um patamar de
conexão que sequer conseguimos imaginar, além de elevar o grau de incerteza
sobre o futuro. Isso gera um nível de ansiedade que se reflete em números como o
da Organização Mundial da Saúde, que aponta para um aumento de 15% de
ansiosos no mundo nos últimos 10 anos, compreendendo um total de 264 milhões
de pessoas.

Para o PhD em neurociência Lucas Medeiros, palestrante no Aquário da Casa Firjan


em novembro do ano passado, são quatro as etapas que ajudam a reduzir níveis de
estresse e ansiedade: “fazer as pazes” com o próprio cérebro e parar de se
comparar com o outro; se libertar da “armadilha da felicidade”, ou seja, entender
que esse não é nosso estado natural; retornar para a consciência e entender que
sentimentos não são controlados, mas ações sim; e, por fim, não se preocupar tanto
com a opinião alheia. 

Para além dessas ações individuais, algumas companhias também já estão se


movimentando na batalha contra o estresse. No Japão, por exemplo, país no topo
da lista da International Stress Management Association em incidência de burnouts,
a Microsoft testou, por um mês, o fim de semana de três dias para 2.300
funcionários. O resultado? Um aumento de 40% na produtividade! 

Outras empresas estão optando por tratar o assunto com aulas de yoga, sessões de
meditação, palestras sobre espiritualidade – não à toa vemos mestres espirituais
como a Monja Cohen se tornando verdadeiros gurus do mundo executivo – e até,
imagine só, terapia individual como parte do pacote de benefícios.
 
No entanto, assim como afirma o professor Pfeffer, a única saída possível para
acabar com as enormes perdas sociais e econômicas geradas pelo estresse é um
redesenho no modelo de trabalho. Somente através de ambientes profissionais
saudáveis, que promovam a sustentabilidade humana, essas empresas vão ter
sucesso no longo prazo. Isso significa rever, acima de tudo, a própria cultura
organizacional. E a sua empresa, está preparada?

*Iuri Campos é líder do Aquário da Casa Firjan

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