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• Importância e
influência dos sistemas de
acionamento
• Regulagem dos pedais
e sistemas de
acionamento

Manual de Reparo de

Sistemas de Embreagem
Caminhões e Ônibus
Sachs Aftermarket Center Colecione os fascículos:
1. Designação para platôs e discos
Remoção e instalação do conjunto de embreagem
Diagnósticos de avarias
3. Servo da embreagem
Indicador de desgaste do disco de embreagem
Manutenção periódica do sistema de embreagem
4. Usinagem do volante do motor
Dimensões para controle dos volantes
5. Desmontagem e montagem de embreagens
Substituição dos mancais de embreagem
6. Produtos recomendados para o sistema de embreagem
Sangria dos sistemas hidráulicos
Classe de resistência e torque de parafusos
APROVADAS EM TODAS AS PISTAS NAS MAIS EXTREMAS SITUAÇÕES

As embreagens Sachs são utilizadas nas O resultado da participação - e vitórias - Esta marca prova o que promete.
mais diversas categorias do automobilis- da Sachs em todas as pistas do automo- Em qualquer pista!
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a elite do esporte motor: a Fórmula 1. onde é a fornecedora oficial da
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que ali as embreagens são submetidas à
forças extremas.
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1. Apresentação

Este manual aborda todos os detalhes relativos aos reparos das


embreagens dos veículos comerciais.
Assim, procuramos compilar todos os dados, especificações,
etc, abrangendo, inclusive, o diagnóstico de falhas, passando
pelos sistemas de acionamento e suas regulagens, até chegar
ao conjunto da embreagem propriamente dito.
Por outro lado, em nenhum momento tivemos a pretensão de
ensinar qualquer mecânico a trocar embreagens, mas apenas
auxiliá-lo relembrando alguns pontos e municiá-lo com
informações úteis ao seu trabalho.
Todos os dados aqui expostos foram extraídos de materiais
elaborados e publicados pelas montadoras e fabricantes de
peças originais, complementadas com a experiência dos
profissionais da SACHS AUTOMOTIVE, que fornece a maioria
das embreagens às montadoras brasileiras.

SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA.

Publicação de propriedade da SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA.


Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização por escrito da proprietária.
As descrições e dados contidos na presente publicação estão sujeitos a alteração sem prévio aviso.
Mecânicos inexperientes, sem treinamento ou não familiarizados com os procedimentos de reparação não
devem executar os serviços descritos neste manual.

A SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA. não se responsabiliza por danos materiais ou pessoais causados por:
a) inobservância das normas de segurança e das instruções descritas neste manual;
b) não utilização, quando for o caso, das ferramentas especiais e equipamentos apropriados.

Edição nº 03 – Fevereiro/2003
1
CAMINHÕES E ÔNIBUS

2. Índice

Fascículo 1 Capítulo

1. Apresentação

2. Índice

3. Designação para platôs e discos

4. Remoção e instalação do conjunto de embreagem

5. Diagnósticos de avarias

Fascículo 2

6. Importância e influência dos sistemas de acionamento

7. Regulagem dos pedais

8. Regulagem dos sistemas de acionamento

Fascículo 3

9. Servo da embreagem

10. Indicador de desgaste do disco de embreagem

11. Manutenção periódica do sistema de embreagem

Fascículo 4

12. Usinagem do volante do motor

13. Dimensões para controle dos volantes

Fascículo 5

14. Desmontagem e montagem de embreagens

15. Substituição dos mancais de embreagem

Fascículo 6

16. Produtos recomendados para o sistema de embreagem

17. Sangria dos sistemas hidráulicos

18. Classe de resistência e torque de parafusos

O Manual de Reparo de Sistemas de Embreagem para Caminhões e Ônibus é uma publicação da SACHS
AUTOMOTIVE BRASIL LTDA.
São seis fascículos, publicados em seqüência, formando um conjunto único depois de completo. Em cada
fascículo um ou mais assuntos são abordados de forma direta, clara e ilustrada.
É importante ressaltar que, devido ao constante desenvolvimento e lançamento de novas tecnologias
relacionadas ao tema, nem todos os assuntos puderam ser abordados em detalhes.
A tônica dos seis fascículos reunidos é fornecer, de maneira resumida, as principais e mais importantes
informações sobre os sistemas de embreagens em caminhões e ônibus.
No caso de haver a necessidade de conhecer um dos temas abordados nos fascículos com maior profundidade,
acione o Call Center Sachs pelo 0800 19 44 77.
A ligação é gratuita e técnicos preparados estarão aguardando sua ligação para auxiliá-lo.

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6. Importância e influência dos sistemas de acionamento

Veículos
A. Conjunto pedal da embreagem e seus componentes Mercedes Benz

9 Eixo do pedal da
embreagem

4 Mola de retorno do
pedal da embreagem
5
Rolete de
acionamento do grupo
desmultiplicador (GV)

Came do pedal da
embreagem de
6
acionamento do grupo
desmultiplicador (GV)

8 Haste de
acionamento do
cilindro emissor

3 Batente superior do
pedal da embreagem

2 Batente inferior do
pedal da embreagem

Cilindro emissor 1 Pedal da embreagem


7 (mestre) da
embreagem

3
CAMINHÕES E ÔNIBUS

6. Importância e influência dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
A. Conjunto pedal da embreagem e seus componentes (cont.) Mercedes Benz

GF2 380 Pedal da embreagem


Falha: comprometimento geral do acionamento da
embreagem.
Motivo: aplicação do pedal incorreto e/ou pedal
ß desregulado.
1
Procedimento: no momento da regulagem, comparar com os
dados para regulagem para verificar qual o
tipo de pedal que está no veículo.
Nota: como no exemplo ao lado, existem pedais que possuem o mesmo
168 curso, porém, possuem ângulos diferentes para ancoragem do pino da
mola de dupla ação e/ou da haste de acionamento do cilindro emissor.

MFZ 430 * A mudança deste ângulo altera substancialmente a reação do


pedal e compromete a embreagem.

ß
1

168

Batente inferior do pedal


h = 8,5 mm
Falha: curso excessivo, danificando o cilindro emissor
(quebra da mola e/ou vazamento)
ou falta de curso para debrear.
Motivo: falta de batente ou batente danificado.
Procedimento: verificar a existência, as condições e dimensões
do batente. Substituí-lo se necessário.
Nota: 1) todos os batentes inferiores possuem a mesma altura
e são fixos. 2) A ausência de batente aumenta o curso de acionamento
da embreagem.

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6. Importância e influência dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
A. Conjunto pedal da embreagem e seus componentes (cont.) Mercedes Benz

Batente superior
Falha: curso excessivo do pedal, dificuldade no ajuste
do ângulo de reação (C) da mola auxiliar ou de dupla ação.
Motivo: batente danificado ou desregulado.
Procedimento: regular ou substituir se necessário.
3
Nota: 1) o ângulo de reação (C) não é regulado e só pode ser verificado,
necessitando para isso de uma ferramenta especial, pois Influencia na força de
acionamento do pedal. 2) ver regulagem do curso do êmbolo no capítulo
“Regulagem dos Pedais”.

Mola do retorno do pedal


(esta mola só é aplicada aos pedais dos veículos com servo hidropneumático) 4
Falha: não retorno total do pedal e pré-acionamento da embreagem.
Motivo: falta ou ruptura da mola.
Procedimento: instalar nova mola.

Importante: esta mola é absolutamente necessária nos veículos


que possuem sistema de acionamento hidropneumático.

Cilindro emissor
Falha: não aciona a embreagem ou a mantém pré-acionada.
Motivo 1: vazamento e/ou ruptura da mola.
Procedimento: substituir o cilindro e verificar os batentes do pedal
da embreagem.
Motivo 2: dificuldade na movimentação do êmbolo, por inchaço
das gaxetas, por qualidade e/ou problemas com o fluido.
Procedimento: substituir o cilindro /reparo e/ou o fluido do sistema.

Importante: verificar também o cilindro receptor ou o servo,


7
já que poderão sofrer o mesmo problema, no caso de contaminação do
sistema.

Motivo 3: dano /dificuldade de movimentação do êmbolo


por penetração de sujeira.
Procedimento: substituir o cilindro e verificar as condições de
assentamento da coifa.
5
CAMINHÕES E ÔNIBUS

6. Importância e influência dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
A. Conjunto pedal da embreagem e seus componentes (cont.) Mercedes Benz

Haste de acionamento

Falha: dificuldade/impossibilidade de ajuste da folga,


resultando em:
- acionamento insuficiente do platô (folga excessiva).

8 - pré-acionamento da embreagem (ausência de folga).


Motivo: rosca danificada/regulagem incorreta ou haste
errada/desgaste excessivo da articulação.
Procedimento: verificar as condições/substituí-las se necessário.

Importante: lubrificar com graxas especiais como UNIMOLY ou


MOLIKOTE.

Eixo do pedal
9
Falha: folga no pedal/pedal com jogo excessivo/pedal duro.
Motivo: falta de lubrificação e/ou penetração de sujeira,
rolamentos/buchas danificadas, eixo desgastado.
Procedimento: substituir o eixo, rolamento de agulhas e/ou
buchas e lubrificar.

Regulagem do conjunto pedal


da embreagem

A regulagem incorreta pode produzir as seguintes anomalias:


vazamento do cilindro emissor, quebra da mola do cilindro, dano da
coifa do cilindro emissor, esforço elevado no acionamento da
embreagem, não retorno do pedal da embreagem e/ou retorno lento,
sistema “enforcado”, excesso de curso da embreagem, etc.
A regulagem deve ser feita após a verificação prévia dos seus
componentes, conforme descrito anteriormente.

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6. Importância e influência dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
A. Conjunto pedal da embreagem e seus componentes (cont.) Mercedes Benz

Regulagem do conjunto pedal


da embreagem C
Porca de ajuste
da altura da
B mola

Ângulo de reação (C) da alavanca da haste da mola auxiliar. (**)

A
Medida (A) de montagem da mola
auxiliar (de dupla ação) (*). (**)
Folga (B) entre a haste de acionamento e o êmbolo
do cilindro emissor. (**)
Curso (D) do pedal da embreagem.
D
O valor indicado é regulado alterando-se a altura do
batente superior. (**)
(*) Ajuste da altura da mola. Efetuado através da porca situada
sobre o prato superior da mola, com auxílio de um paquímetro.
(**) Ver capítulo seguinte “Regulagem dos Pedais“.

Ângulo de reação (C) da mola


auxiliar ou de dupla ação

Falha: comprometimento do sistema de acionamento.


Pedal duro ou com dificuldade de retorno à
posição de repouso.
Motivo: alavanca do pedal errada/mola errada e/ou
desregulada.
Procedimento: conferir ângulo, dimensões e regulagem da mola.

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CAMINHÕES E ÔNIBUS

6. Importância e influência dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
B. Tubulações do sistema de acionamento Mercedes Benz

Falha: comprometimento do acionamento, curso insuficiente,


retorno lento.
Motivo: vazamentos, dobras e/ou amassamento das tubulações,
falta de estanqueidade nas conexões, flexíveis dilatando
com a pressão.
Procedimento: verificar as condições das tubulações e conexões e
distribuí-las se necessário.

C. Cilindro hidropneumático (receptor)

Falha: acionamento parcial ou pré-acionamento.


Motivo 1: gaxetas danificadas/inchadas devido à contaminação do fluido.
Procedimento: substituir o cilindro e o fluido do sistema.

Importante: verificar também o cilindro emissor.

Motivo 2: contaminação da parte pneumática por água e/ou


óleo do compressor.
Procedimento: drenar a água dos reservatórios e verificar as condições/
funcionamento da válvula de drenagem/reparar o sistema.

Observações
- Instalar reservatório auxiliar com capacidade de 10 litros, caso não exista.
- Na contaminação por óleo do motor, verificar o compressor de ar.

Motivo 3: sujeira/desgaste do êmbolo pneumático do servo (coifa danificada).


Procedimento: reparar o servo ou substituí-lo e verificar as condições da coifa.

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6. Importância e influência dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
D. Conjunto garfo da embreagem Mercedes Benz

1. Rolamento/luva deslizante (mancal)


1
2. Grampo de fixação do rolamento/luva
deslizante
6
(**)
3. Conjunto garfo da embreagem
4. Parafuso de fixação do conjunto garfo
7 5
2
da embreagem
3
5. Garfo da embreagem (**) 4
8 6
Mancal de acionamento da haste ou
9
garfo da embreagem
6. Bucha de articulação do garfo
7. Eixo do garfo da embreagem
8. Arruela
9. Anel-trava
(*)
10. Engraxadeira
10
11. Tampa da bucha
12. Coifa (**)
2

3
(**)
1
(**)
11
7
6 12

(*) UNIMOLY GLP2 ou MOLIKOTE LONGTERM 2


(**) UNIMOLY R24 ou MOLIKOTE G RAPID (inclusive para estrias do eixo piloto)

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6. Importância e influência dos sistemas de acionamento (cont.)

E. Rolamento da embreagem/luva deslizante/ Veículos


tubo guia do mancal “moringa” Mercedes Benz

Falha: embreagem sem curso suficiente, patina no retorno, embreagem


com tranco repentino, endurece pedal e/ou ruído na embreagem.
Motivo: giro do rolamento sobre a luva, acúmulo de impurezas na guia
do mancal “moringa” ou luva com desgastes irregulares.
Rolamento engripado/fundido.
Procedimento: verificar o mancal do rolamento, substituí-lo se necessário.

Nota: para evitar o giro do rolamento sobre o mancal, aplicar, se necessário, trava
química Loctite 601 entre o rolamento e o corpo do mancal.

Importante: 1) não lavar o rolamento/mancal. Para sua limpeza, usar pano


embebido em solvente.
2) Nos veículos que possuem mancal com bucha de material auto-
lubrificante, não se deve aplicar graxa para evitar o acúmulo de sujeira.
3) Limpar e retirar rebarbas eventuais da “moringa”. No caso de aplicação
de nova peça, remover completamente a cera de proteção.
4) Cuidado para a correta instalação do mancal no garfo, mediante a
aplicação dos grampos (2) - ver ilustração da página anterior.

F. Conjunto garfo da embreagem

Falha: acionamento insuficiente, endurecimento do pedal, retorno


lento com patinagem.
Motivo: desgaste e/ou quebra das buchas (7) do garfo da embreagem.
falta de folga entre o mancal e a “moringa” por desalinhamento
quando da instalação do garfo, acúmulo de sujeira, deformações
e/ou desgaste irregular na “moringa”.
Procedimento: verificar as condições do conjunto quanto a:
- Folga no conjunto garfo e condições das buchas (7)
e suas articulações.
- Condições da fixação e alinhamento do conjunto garfo.
- Facilidade de movimentação do mancal sobre a “moringa”
(acionamento e retorno).
- Condições da “moringa” quanto a desgastes, deformações e/ou
rebarbas. Se necessário, substituir as peças sem condições e
lubrificar as buchas.
Nota: a) as buchas, quando produzidas em material auto-lubrificante, não
necessitam de lubrificação. b) Lubrificar ligeiramente a região de contato
do garfo com o mancal.

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7. Regulagem dos pedais

Veículos
A. Considerações sobre os conjuntos “pedais da embreagem” Mercedes Benz

São tantos os modelos e as modificações ocorridas


que compilamos dados que vão desde os veículos 9
com acionamento mecânico até os de acionamento 4
5 6
hidropneumático.

Advertências:
- ao remover o conjunto pedal da embreagem
do veículo ou ao desconectar a haste do garfo 8
da embreagem, manuseá-lo com muitíssimo
cuidado pois, após um pequeno deslocamento
(curso) do pedal, ele é acionado violentamente
pela ação da mola auxiliar (ou de dupla ação).
3
Tal fato pode gerar sérios acidentes pessoais.

- Quando no veículo, adotar as medidas


necessárias para que o pedal não seja acionado
quando o servo hidropneumático estiver afas-
tado / removido e com as tubulações conectadas. 7 2 1
Tal ocorrência poderá causar sérios danos pes-
soais devido à explosão do cilindro do servo.

B. Veículos com acionamento mecânico

Tabela de dados para regulagem


Veículos Curso livre do pedal da embreagem Curso livre do rolamento da embreagem
L/LK/LS 1113/1114
LA/LAK 1113/1313/1314
LPO 1113
L/LK/LS 1313/1316
L/LK 1313/1314/1513/1514/1516
L/LK/LS 1519/1520
LG 1819/1820 35,0 3,0
LS 1524/1525 30,0 2,0
L 2013/2014/2225
L/LB/LK 2213/2214/2216/2217/2219/2220
L 2215/2216
LS 1924/1924A/1929
OF 1113/1114/1313/1314
OH1313/1314/1316/1517/1518/1419/1520*
O 364/0 365
L/LO 608 D
Legenda: * Introduzida embreagem de acionamento hidráulico a partir do chassi nº...793544

A regulagem do “Curso livre do pedal da embreagem” é feita através das roscas das hastes de acionamento e suas articulações
e como conseqüência deste valor, obtém-se a folga entre o rolamento e o platô.
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7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
C. Veículos: 608/708 (acionamento hidráulico) Mercedes Benz

Para este tipo de pedal suspenso, as regulagens consistem em:

2 - ajustar a altura (A) da mola da dupla ação.


- Regular a folga (B) entre a haste de acionamento e o êmbolo do
cilindro-emissor.
1 O curso do pedal, neste caso, não requer regulagem, pois está limitado
pelos batentes.
A

1. Porca de regulagem

3 2. Batente superior do pedal


3. Batente inferior do pedal

Dados para regulagem:


Altura (A) da mola de dupla ação 57,5 mm
Folga (B) entre a haste de
acionamento e o êmbolo do cilindro 0,5 mm
1
Regulagem da mola de dupla ação
A

Através da porca de regulagem (1) ajustar a altura (A) da


mola para 57,5 mm.

Regulagem da folga (B)

Soltar o parafuso (1) e girar a porca excêntrica (2) até obter um curso

2 livre do pedal de 3 a 5 mm.

1 Tal curso livre corresponde a aproximadamente 0,5 mm para a folga (B)


entre a haste e o êmbolo do cilindro-emissor.
Reapertar o parafuso (1) com a porca (2) segura na posição.
Verificar novamente o curso livre.

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7. Regulagem dos pedais (cont.)

D. Veículos com pedal no assoalho (acionamento hidráulico e hidropneumático) Veículos


Veículos: 1118 / 1317 / 1318 / 1319 / 1517 / 1518 / 1932 / 1933 / 1934 Mercedes Benz

Alavanca
do pedal C
A

Encosto
Parafuso de
D regulagem
Suporte
do pedal

Contra-porca

B
Cilindro emissor

Dados para regulagem

Curso (A) do pedal 162 a 168 mm


Folga (B) entre a haste de acionamento e o êmbolo do cilindro-emissor 0~0,1 mm
Ângulo (C) da posição inicial da alavanca do pedal 51º
Medida (D) de regulagem do ângulo do pedal 17,5 a 18,5 mm
Nota: dados e procedimentos não aplicáveis a veículos com acionamento hidropneumático da embreagem.

Regulagem do ângulo (C)


e do curso (A)

Embora o ângulo (C) possa ser regulado em bancada, neste manual abor-
daremos apenas a regulagem rotineira, a ser feita diretamente nos veículos.

1. Retirar a tampa de madeira do assoalho da cabine.

2. Soltar a contra-porca (2) e através do parafuso de regulagem (1),


ajustar a medida (D) para 18 +/- 0,5 mm.
Nota: o ajuste desta medida leva indiretamente à regulagem do ângulo (C)
em aproximadamente 51º e do curso (A) do pedal entre 162 e 168 mm. D
2
1
3. Apertar a contra-porca (2) e conferir o curso do pedal.
13
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7. Regulagem dos pedais (cont.)

D. Veículos com pedal no assoalho (acionamento hidráulico e hidropneumático) Veículos


Veículos: 1118 / 1317 / 1318 / 1319 / 1517 / 1518 / 1932 / 1933 / 1934 (cont.) Mercedes Benz

Regulagem da folga (B)

1. Afastar a coifa (1) e soltar a contra-porca (2).


2. Girar a haste de acionamento até eliminar sua folga com o êmbolo
1 do cilindro.
2
Nota: a eliminação da folga é percebida movimentando-se lateralmente
a haste.

3. Apertar a contra-porca (2) e conferir a folga, que deve ser a mínima


1
possível.
4. Reinstalar o assoalho da cabine.

2
Atenção: se necessário, reparar o conjunto de pedais ou remover
o cilindro emissor, antes de desligar a tubulação hidráulica,
imobilizar a alavanca do pedal (1) para evitar acidentes, visto
que, após um pequeno curso da mesma, a mola de dupla ação
(2), puxa violentamente a alavanca para baixo podendo causar
graves danos ao atingir os pés ou as mãos do mecânico.

E. Veículos: O 370 / O 371 (acionamento hidráulico)

C Bucha
F
Parafuso
do batente

Haste
do pedal
B

Parafuso
A

especial
Batente
D fixo
Alavanca
do pedal E
Parafuso Haste de Cilindro
de encosto acionamento emissor

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7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
E. Veículos: O 370 / O 371 (acionamento hidráulico) (cont.) Mercedes Benz

170 ˜ 177 mm Regulagem do curso do pedal


C
1. A regulagem descrita anteriormente deverá corresponder a um curso
(C) do pedal, de 170 a 177 mm, medido do centro do pedal entre a
1 2
posição de repouso e a posição totalmente acionado.

Nota: caso o curso do pedal não seja obtido completamente, a


regulagem através das 3 posições de fixação da haste (1) na alavanca
do pedal (2).

Regulagem da folga (E)

1. Soltar a contra-porca (1) e girar a haste (2) até obter uma folga (E)
entre a haste e o êmbolo do cilindro emissor de 0 a 0,5 mm de folga.
2. Apertar a contra-porca (1).

E Nota: percebe-se a folga movimentando-se lateralmente a haste


0 ˜ 0,5 mm
enquanto se efetua a regulagem.
1 2

Regulagem da distância (B) da


mola de retrocesso ao centro do
eixo do pedal
B

1. Com o pedal na posição de repouso, regular a distância (B) de 24 mm


com auxílio do parafuso especial (1) travando em seguida a contra-porca (2).
2 1
24 mm

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7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
E. Veículos: O 370 / O 371 (acionamento hidráulico) (cont.) Mercedes Benz

Regulagem do batente

1. Soltar a contra-porca do batente (1) e ajustá-lo de forma que encoste


no apoio (2) com 80 mm de curso do pedal.

1
2

Verificação do curso da haste

Estando corretamente regulado o mecanismo, obter-se-á um curso (D)


da haste de acionamento do cilindro emissor de 34 mm que, com o
D
sistema hidráulico devidamente sangrado, proporcionará um curso (F)
da haste de acionamento do cilindro receptor de 12,9 a 13.5 mm.
12,9 ˜ 13,5 mm
F

Atenção: sendo necessário efetuar reparos no conjunto dos


pedais ou remover o cilindro-mestre, antes de desligar a tubu-
lação do sistema hidráulico, introduzir um pino na bucha (1)
para imobilizar a alavanca (2) já que sem contrapressão
hidráulica, a mola de dupla ação (3), após certo curso do pedal,
puxará violentamente a alavanca (2) para baixo, podendo causar
graves acidentes.

3 2

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CAMINHÕES E ÔNIBUS

7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
F. Veículos: O 371 / O 400 Mercedes Benz

1 - Parafuso de encosto
2 - Cilindro-mestre
3 - Alavanca do pedal
C 4 - Mola de retrocesso
5 - Haste do pedal
5

3 A

D E 2

Dados para regulagem


Veículos Tipo da embreagem Curso “C” do pedal Curso “D” do êmbolo
0 371 U (Motor OM 366 / 366 A)
(a partir do nº final de motor...075129) GMF 330 142 a 147 29 a 30
0 371 UL (até 06/95) GMF 350 155 a 165 31 a 33
0371 U (a partir de (06/95) GMF 350 153 a 158 31 a 32
0 371 UP / R / RS / RSD (Motores OM 355 / 5 / 5A) GF 380
(até motor nº final 076889) GMF 380 170 a 177 32 a 34
0 370 / 0 371 RS / RSD (Motores OM 355 A / LA) GF 420
0 371 R / 0 400 R (Motor OM 449 A) GMF 420 148 a 159 31 a 32
0 371 RS / RSL / RSD (Motores OM 447 LA)
0 400 RS / RSL / RSD (até 12/93) GF2 / 380 145 a 156 30 a 31
0 400 RS / RSL / RSD (Motor série 400, após 01/94) GMFZ 430
MFZ 430 127 a 132 26 a 27

18
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M A N U A L D E R E PA R O D E C A T Á L O G O 2 0 0 1 E EBM
R BE RAEG
AGE ENM
S

7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
F. Veículos: O 371 / O 400 (cont.) Mercedes Benz

Regulagens

1. Modificando-se a posição da haste do pedal (5) em relação à


alavanca do pedal (3), ajustar através do parafuso de encosto (1) o
curso do pedal (C) de forma que o curso da haste (D) atinja o valor
especificado na tabela ao lado.

2. Soltar a contra-porca da haste de acionamento do êmbolo e ajustar a


folga (E) para 0~0,5 mm. Reposicionar a coifa e travar a contra-porca.

Nota: percebe-se a folga da haste movimentando-a lateralmente.

G. Veículos com pedais suspensos e pedaleira independente

Importante: antes da regulagem, verificar estado/existência dos


batentes inferior/superior do pedal. Instalar/substituí-los, se
necessário. C

Ajuste do curso do êmbolo


LO

Esta regulagem pode ser feita em bancada, especialmente quando se


desejar substituir alguns componentes do pedal. CP

Nota: para facilitar o ajuste, retire a mola de dupla ação, pois a mesma
pode provocar acidente no momento do acionamento do pedal para a
regulagem.

1. Posicionar o pedal na posição totalmente acionado e medir a


distância da haste até a carcaça da pedaleira com um paquímetro
de profundidade.
2. Some a este valor a medida do curso do cilindro-mestre - ver
“Tabela de Dados para Regulagem dos Pedais” - capítulo 7-H.
3. Coloque esta medida no paquímetro de profundidade
4. Regule o batente superior até que a distância da haste até a carcaça
da pedaleira atinja o valor desejado.
5. Aperte a contra-porca do batente superior.
6. Monte e ajuste a altura da mola de dupla ação.
19
CAMINHÕES E ÔNIBUS

7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
G. Veículos com pedais suspensos e pedaleira independente (cont.) Mercedes Benz

Ajuste da medida (LO) da mola de


Porca de dupla ação
regulagem
LO

Através da porca de regulagem e com auxílio de um paquímetro,


ajustar a medida da mola para os valores correspondentes, conforme
tabela “Tabela de dados para regulagem dos pedais” - capítulo 7-H.

Ajuste da folga (B) entre a haste e


o êmbolo do cilindro emissor

1. Desapertar a contra-porca da haste.


B
2. Girar a haste até a eliminação da folga ou até que ela seja a mínima
possível.

Nota: a eliminação da folga é percebida movimentando-se lateralmente


a haste. Não forçar em demasia para não estrangular o retorno do
fluido.

3. Apertar a contra-porca e reposicionar a coifa da haste.

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AGE ENM
S

7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
H. Tabela de dados para regulagem dos pedais Mercedes Benz

Caminhões com pedais suspensos e


pedais independentes C

LO
CP

Veículos Ângulo inicial “C” Medida Inicial Curso do pedal “CP” Curso do cilindro
da mola “LO” mestre“CM”
709/712/912/914 9˚30’ 59,0 152,5 28,5
1114 (com eixo auxiliar) 10˚30’ 58,5 147,5 27,5
L/LK 1214/1414/1614/1714
L/LK 1618/1620/1718
L/LK 1215/1615/1621/1721 8˚ 61,5 167,5 36,5
L 1218/1418/1614/2314 7˚ 61,0 162,5 35,5
LA/LAK 1418
L/LK 1418 E/1618
L/LB/LK 2318/2418
L/LS 1625/1630
L/LB/LK 2325 20˚30’ 68,0 144,5 31,5
(Veículos com embreagem GF 420) 19˚30’ 67,5 139,5 29,5
LS 1935/1938/1941
L/LK 1935 24˚ 68 165 36
L/LK/LS 2635 23˚ 67 160 35
(Veículos com embreagem GF2 380)
LS 1935/1938/1941
L/LS/LK 2635 11˚30’ 61,5 160 30
(Veículos com embreagem MFZ 430) 10˚30’ 61,0 155 29

Nota: a) os dados acima servem para controle, sendo que as únicas dimensões que podem ser reguladas são a medida da mola
(LO) e o curso do cilindro mestre (CM) ou o curso do pedal (CP). b) Dados extraídos da publicação nº B 09924885, edição 09/95
da Mercedes-Benz do Brasil S.A. c) Os dados acima já incorporam os contidos nas “Informações de Serviço” nº 02, 03 e 04/95
de outubro de 1995 editados pela Mercedes-Benz do Brasil S.A.

21
CAMINHÕES E ÔNIBUS

7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
H. Tabela de dados para regulagem dos pedais (cont.) Mercedes Benz

Chassis para ônibus modelos OF/OH


C (pedais suspensos e independentes)
LO

CP

Veículos Ângulo inicial “C” Medida inicial Curso do Curso do cilindro


da mola “LO” pedal “CP” mestre “CM”
OF/OH/ 809/812 10˚30’ 59,0 152,5 28,5
LO 809/812/814 9˚30’ 58,5 147,5 27,5
OF 1115
OF/OH 1315/1318 8˚ 61,5 167, 5 36,5
(Veículos com embreagem GMF 330) 7˚ 61,0 162,5 35,5
OF 1618/1620/OH 1621
(com cilindro ampliador e 17˚30’ 65,0 163,5 32,5
embreagens GMF 330 ou 350) 16˚30’ 64,5 158,5 31,5
OF 1618/1620/ OH 1621
(com servo Wabco e 20˚30’ 68,0 135 29,5
embreagens GMF 350 ou MF 350) 19˚30’ 67,0 130 28,5
OH 1625 L até 05/95 20˚30’ 68,0 144,5 31,5
(com embreagem GMF 420) 19˚30’ 67,0 139,5 29,5
OH 1625 L /1630 L /1635 L /1636 L 14˚30’ 61,5 155 30
(com embreagem MFZ 430) 13˚30’ 61,0 160 29

Nota: a) os dados acima servem para controle, sendo que as únicas dimensões que podem ser reguladas são a medida da mola
(LO) e o curso do cilindro mestre (CM) ou o curso do pedal (CP).
b) Dados extraídos da publcação nº B 09924885, edição: 09/95 da Mercedes-Benz do Brasil S.A.
c) Os dados acima já incorporam os contidos nas “Informações de Serviço” nº 02, 03 e 04/95 de outubro de 1995 editados pela
Mercedes-Benz do Brasil S.A.

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E EBM
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AGE ENM
S

7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
I. Veículos com pedaleira integrada (embreagem e freio) Mercedes Benz

1. Suporte da pedaleira.
2. Pedal da embreagem.
1
3. Pedal do freio.
3a. Interruptor da luz de freio.

3a

3
Pedal da embreagem

1. Cilindro hidráulico emissor


2. Haste de acionamento do cilindro 2
3. Pedal da embreagem
4. Batente do pedal
5. Suporte do batente
6. Eixo de articulação da haste
7. Bucha excêntrica de regulagem
da haste
B. Folga da haste

7 6
B

2
4

1 4
5

23
CAMINHÕES E ÔNIBUS

7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
I. Veículos com pedaleira integrada (embreagem e freio) (cont.) Mercedes Benz

Regulagem do comprimento de
mola auxiliar do pedal
A
Nota: o comprimento “A” da mola deve ser medido com o pedal na
posição de repouso.

1 1. Através da porca (1) ajustar a medida “A” especificada para o veículo.


Ver tabela no capítulo a seguir.
2. Acionar o pedal várias vezes e confirmar o comprimento “A”
especificado.

Regulagem da folga do pedal (entre


B
haste e êmbolo do cilindro emissor)
2
4
Nota: antes desta regulagem, o sistema deverá estar sangrado e a
1 calço de
0,4 mm medida da mola auxiliar estar ajustada.

3
1. Colocar um “calço” de 0,4 mm entre o pedal da embreagem (3) e o
batente do pedal (4).
2. Com uma chave de boca, segurar a porca da bucha excêntrica (7) e
soltar levemente o eixo de articulação (6).
3. Segurar o eixo (6) e girar a bucha excêntrica até que a folga “B” seja

7 6 a mínima possível.

Nota: a folga existente entre a haste e o cilindro pode ser percebida


deslocando-se a haste (2), lateralmente, com a ponta dos dedos.

4. Neste ponto, segurando a bucha (7), apertar o eixo (6) para fixar no
4
5 ponto desejado.
5. Acionar várias vezes e confirmar a folga entre o batente e o pedal,
que deverá ser de 0,30 a 0,40 mm.

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7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
I. Veículos com pedaleira integrada (embreagem e freio) Mercedes Benz

Tabela de dados para regulagem


dos pedais (pedaleira integrada) B

2
4

A
3

Veículos Medida “A” da mola auxiliar


OH 1421 L
OH 1621/1623 (gás)
OH 1621 (Euro 1 e 2) 42,5 a 43,0
1418/1418 R/1718 A/AK/1720/1720 K/
1723/1723 S/2423 (todos)
OH 1625 L /1628 L /1635 L /1636 L /1835 L 38,5 a 39,00
712/914/ LO 914
OF 1417 43,0 a 43,5
OH 1721
OF 1721
1214/1214 C/1214 K/1215/1218/1414/1414 K/
1418/1418 K/1714/1714 K/1715/1718/1718 K/ 40,0 a 40,5
1720/1721/1721 S/1722 S
2414/2418

25
CAMINHÕES E ÔNIBUS

8. Regulagem dos sistemas de acionamento

Veículos
A. Descrição de funcionamento Scania

Generalidades

O comando e funcionamento do servo opera hidráulica e pneumaticamente. Quando se pressiona o pedal da embreagem,
aciona-se o cilindro principal que está localizado diretamente na frente do pedal. O cilindro principal transmite a pressão
hidráulica para o circuito hidráulico do servo. Ali é acionado um êmbolo de reação que abre a válvula de comando para deixar
entrar o ar comprimido dentro do servo-cilindro e produzir o acionamento mecânico da alavanca da embreagem.

pressão de trabalho
7,3 ˜ 7,6 bar

pressão de trabalho
7,3 ˜ 7,6 bar
3

6
1 4
2 6
1 4
2

5
pressão de trabalho
7,3 ˜ 7,6 bar
5

3
1. Cilindro emissor 4. Válvula de segurança Tubulação hidráulica
2. Conjunto do pedal 5. Alavanca externa da embreagem
3. Reservatório pneumático 6. Servo de embreagem Tubulação pneumática

6
1 4
2

26

5
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AGE ENM
S

8. Regulagem dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
A. Descrição de funcionamento (cont.) Scania

Remoção do servo da embreagem


A
1. Meça a dimensão “A”
2. Anote a dimensão medida para voltar a colocar na mesma posição
o novo servo-embreagem ou um recondicionado.
3. Solte as conexões pneumáticas e as conexões hidráulicas.
Coloque bujões protetores em todas as conexões.
4. Retire o contrapino e o pino do garfo.
Solte os parafusos de fixação e retire o servo-embreagem.

Instalação e ajuste do servo da


embreagem

1. Fixe o servo no suporte da caixa de mudança. Monte o garfo na


alavanca externa da embreagem com o pino de articulação engraxado.
Trave com contrapino.
2. Ajuste a posição correta da haste do êmbolo conforme o tipo de
servo, observando os valores da coluna “A” para disco novos.
À medida que os discos se desgastam, a dimensão “A” diminui e ao
atingirem o valor mínimo da tabela, significa que estão totalmente
desgastados e deverão ser trocados.

Embreagem “A” Mínimo “A” p/ discos novos


K 422-9 (tipo 1) 50 mm 67 + - 1 mm
K422-9/ 10/ 11 (tipo2) 52 mm 64 + - 1 mm
K 422-10 (tipo 3) 33,5 mm 64 + - 1 mm
K 422-10 (tipo 4) 38 mm 50 + - 1 mm
K 422-10 (tipo 4) 38 mm 58 + - 1mm
K 432-06 (tipo2) 40 mm 64 + - 1 mm
K 432-06 (tipo 3) 33,5 mm 64 + - 1 mm
K 432-06 (tipo 4) 38 mm 57 + - 1 mm
K 432-14 (tipo 2) 42 mm 64 + - 1 mm
K 432-14 (tipo 4) 38 mm 55 + - 1 mm

Obs: ver tipo de servo-embreagem na página seguinte.

27
CAMINHÕES E ÔNIBUS

8. Regulagem dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
A. Descrição de funcionamento (cont.) Scania

Tipos de servo-embreagem

A A

Tipo 1 Tipo 2

Tipo 3 Tipo 4

Nota: nos veículos equipados com indicador de desgaste (ilustração 4),


um aumento sensível na força de acionamento do pedal indica que o
disco deve ser substituído.

3. Bloqueie a haste de articulação com a contra-porca.


4. Conecte os tubos de ar comprimido e as linhas hidráulicas.
Use vedador de rosca apropriado.
5. Sangre da forma usual.
6. Verifique se a folga do pedal é de 15 mm. Ela é ajustada afrouxando-
se a contra-porca na haste de pressão e girando-se esta em relação ao
15 mm garfo e, depois, travando-se a contra-porca.
7. Monte o guarda-pó sobre a porca da pedaleira na haste de pressão
e monte a tampa.

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AGE ENM
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8. Regulagem dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
B. Descrição de funcionamento Volvo

Generalidades

O comando e funcionamento do servo-embreagem opera hidráulica e pneumaticamente.


Quando se pressiona o pedal da embreagem, aciona-se o cilindro principal que será localizado diretamente na frente do pedal.
O cilindro principal transmite a pressão hidráulica para o circuito hidráulico do servo-embreagem. Ali é acionado um êmbolo de
reação que abre a válvula de comando para deixar entrar o ar comprimido dentro do servo-cilindro e produzir o acionamento
mecânico da alavanca da embreagem.

pressão de trabalho
7,3 ˜ 7,6 bar

3 6 7

2 5
46
1
34
2

pressão de trabalho
7,3 ˜ 7,6 bar
5

Mecanismo de acionamente servo-assistido


3
1-Reservatório de fluido 5-Tubo pneumático Tubulação hidráulica
2-Cilindro mestre 6-Garfo da embreagem
3-Tubo hidráulico 7-Tubo de respiro Tubulação pneumática
4-Servo da embreagem
6
1 4 29
2
CAMINHÕES E ÔNIBUS

8. Regulagem dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
C. Instruções de reparo Volvo

Regulagens do pedal da
1
embreagem e do servo
da embreagem

O curso livre do pedal da embreagem deve ser de 4-5 mm.


A regulagem é feita por meio do parafuso de regulagem superior (1).

Nota: é importante que esta folga seja mantida, do contrário a

4-5 mm
embreagem poderá ficar pré-acionada e patinar.

Obs: esta regulagem também pode ser feita na bancada com o suporte
do pedal preso em uma morsa.

(*) A 1. Medir a distância “A” que deve ser de 45 a 32 mm.


Regular em 45 mm para disco novo.
* Conforme se desgasta o disco, essa medida vai diminuindo
até atingir 32 mm, indicando o fim da vida útil do disco.

2. Pedir a um auxiliar para acionar e manter acionado o pedal da


embreagem. Medir a nova distância “B”.

A = 45 ˜ 32 mm 3. Subtrair a medida “A” da medida “B”. A diferença corresponde


à medida do curso do êmbolo do servo-cilindro, a qual deve ser de
27 - 30 mm.

B - A = 27 ~ 30 mm
B
Ou seja, o curso de acionamento deve ser de 27 a 30 mm.

30
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AGE ENM
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8. Regulagem dos sistemas de acionamento (cont.)

Veículos
C. Instruções de reparo (cont.) Volvo

4. Se o curso do êmbolo do servo não estiver correto, regular o


parafuso do batente inferior (2) do pedal da embreagem. Se o fluido
estiver aerado não será possível obter estas medidas para um correto
funcionamento da embreagem. O teste de aeração do fluido pode ser
executado, reduzindo-se a pressão nos reservatórios de ar (com o motor
parado, aplicar várias vezes o pedal do freio).

Acionar novamente a embreagem, a qual deve funcionar, porém


exigindo muito esforço sobre o pedal. Se o pedal for acionado sem
muito esforço, indica que o fluido apresenta-se aerado e o sistema
deverá ser sangrado e/ou reparado. Em seguida, regular novamente o
2
curso do pedal e o êmbolo do servo como descrito.

5. Ajustar a medida da rosca da haste de acionamento.

Nota 1: se o garfo for totalmente rosqueado e não se obtiver o valor


correto da regulagem, e desde que o(s) disco(s) de fricção não esteja(m)
demasiadamente gasto(s), a posição da alavanca do garfo da C
embreagem pode ser avançada em uma estria. Marcar a posição
relativa antes de remover a alavanca do eixo.

Nota 2: quando instalar um novo disco de fricção, verificar a posição


da alavanca relativamente ao eixo. A posição é correta se a distância
“C” for de 15 a 25 mm. 15 a 25 mm

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CAMINHÕES E ÔNIBUS

Faça aqui suas anotações

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7. Regulagem dos pedais (cont.)

Veículos
E. Veículos: O 370 / O 371 (acionamento hidráulico) (cont.) Mercedes Benz

Dados para regulagem


Ângulo (A) da posição inicial da alavanca do pedal 21º
Distância (B) entre a parte superior da mola e o centro do eixo do pedal 24 mm
Curso (C) do pedal da embreagem 170 a 177 mm
Curso (D) da haste de acionamento do cilindro emissor 34 mm
Folga (E) entre a haste de acionamento e o êmbolo do cilindro emissor 0 a 0,5 mm
Curso (F) do pedal para ajuste dos batentes 80 mm
Nota: dados e procedimentos não aplicáveis a veículos com acionamento hidropneumático da embreagem.

A seguir, trataremos apenas da regulagem do pedal montado nos


veículos, uma vez que, no caso de remoção da pedaleira, o ângulo (A)
pode ser ajustado em bancada com auxílio de um dispositivo
apropriado.

Ferramenta auxiliar 70

20 30
1. Tornear um pino padrão com as medidas em mm, indicadas na figura
ao lado. Ele será usado para regulagem do ângulo (A).
9,5 14,9 10,8

Regulagem do ângulo (A)

1. Com o pedal da embreagem na posição de repouso, introduzir


totalmente na bucha (3) o pino padrão descrito no item anterior.
A

Nota: existem buchas com diâmetros de 9,5 e 10,8 mm.

2. Instalar o pino usando o lado em que o mesmo entrar mais justo.

3. Regular o ângulo (A) através do parafuso de encosto (1). Ele estará


regulado quando a alavanca (2) encostar no diâmetro maior do pino 1 23
padrão.

4. Apertar a contra-porca do parafuso de encosto e retirar o pino


padrão.

15
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