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1.1. Introdução
A Análise do Valor não deve ser confundida com revisão de projeto e muito
menos como um processo de redução de custos. Ela é o pensamento centrado
em funções, o trabalho desenvolvido por um grupo de especialistas, a
aplicação da criatividade e o plano de trabalho sistematizado.
1.2. Histórico
- Atualmente essa técnica está sendo utilizada por países da Europa, Índia e
África do Sul.
1.3.1.Conceitos básicos
- Produto: é o resultado de qualquer atividade humana, quer seja por meio
de um esforço físico ou mental (ex.: trabalho industrial, artístico e literário,
bem como um objeto, um sistema, um processo, um procedimento, um
projeto).
1.3.2.Custo
É comum confundir “custo” com “preço”. O custo representa a soma das
despesas necessárias à manufatura do objeto. Pode-se citar o material, a mão-
de-obra direta ou indireta, encargos sociais e despesas gerais de fabricação
(luz, aluguel etc.) como componentes do custo. Pode-se, também, atribuir o
custo da função, o preço pago pelos equipamentos, gastos de instalação
(montagem, construção civil), entre outros. A informação de custo é de suma
importância na Análise do Valor, para quantificar as funções envolvidas em seu
estudo.
1.3.3.Valor
A palavra “valor” pode representar significados diferentes para muitas pessoas,
que geralmente acabam confundindo com as palavras custo e preço. De
acordo com Aristóteles, pode-se ter o valor Econômico, Político, Moral,
Estético, Jurídico, Religioso e Social. Desses vários tipos de valor, somente
o valor econômico pode ser considerado objetivo, pois é o único que pode ser
mensurado quantitativamente, enquanto os demais admitem somente
avaliações subjetivas.
Função
Valor =
Custo
1.4.1.Fase de Preparação
Nessa fase deve ser definido o objeto que será estudado, o objetivo a ser
alcançado, a equipe que trabalhará no projeto, o local de trabalho e o
planejamento das atividades, como descritas a seguir:
Cronograma
Dias 1 2 3 4 5
Fase M T M T M T M T M T
Preparação X
Informação X X
Análise X X
Criatividade X X
Julgamento X X
Implantação X X
1.4.2.Fase de Informação
Nessa fase, o grupo faz um levantamento das informações necessárias para o
desenvolvimento do projeto Análise do Valor, que nesse caso será o da
unidade de pré-fracionamento. Essa fase pode ser dividida em:
B - 03
P - 03
Torre
condensado Vapor T - 01 P - 04
(retificação)
SG - 01
tratamento (água)
p/ tanque
P - 02 p/ tanque
ar P - 07
P - 05
carga
P - 01
B - 01 P - 06 B - 02
ar
Quadro 2 – Custos e descrições das funções
Descrições das funções
Custos
Componentes Código Função
(US$ x 1.000)
Permutador P – 01 Trocador de calor 64.87
Permutador P – 02 Trocador de calor 68.00
Permutador P – 03 Trocador de calor 55.66
Permutador P – 04 Trocador de calor 38.15
Permutador P – 05 Trocador de calor 35.67
Permutador P – 06 Trocador de calor 70.02
Permutador P – 07 Trocador de calor 13.76
Bomba B – 01 A/B Elevar pressão 46.08
Bomba B – 02 A/B Elevar pressão 18.43
Bomba B – 02 A/B Elevar pressão 31.23
Torre T – 01 Fracionar óleo 210.85
Vaso SD – 01 Separar liq/vapor 4.70
Vaso SG – 01 Separar água/nafta 80.80
Tubulações Tubos + válvulas Conduzir fluídos 156.40
Instrumentação Lista Controlar processo 180.46
Instrumentação
Cabos/iluminação Fornecer energ. ele. 60.00
Elétrica
Total 1133.08
O grau de importância pode ser obtido pela média aritmética das notas
fornecidas por cada elemento do grupo ou por outro critério a ser estabelecido
pelo grupo.
O somatório dos graus de importância de cada função, dividido pela soma total,
fornece o percentual de importância da função (% IF).
As funções críticas são aquelas que devem ser priorizadas pelo grupo para a
busca de soluções alternativas com o objetivo de aumentar seus valores. Elas
são identificadas pela obtenção do Índice de Valor (I.V.), que é a relação entre
a percentagem de importância da função e a percentagem do seu respectivo
custo. São consideradas funções críticas aquelas que apresentam o I.V. menor
que 1 (um) (I.V. < 1 significa que está se gastando muito pela importância da
função, ou seja, pagando mais do que ela realmente vale).
- A – Trocar calor;
- B – Elevar pressão;
- C – Fracionar óleo;
- D – Separar líquido/vapor;
- E – Separar água/nafta;
- F – Conduzir fluídos;
- G – Controlar processo;
A B C D E F G H Importância % IF
A A1 C5 A3 A3 F1 A1 A1 9 12.16
B C5 B3 B3 F1 B1 B1 8 10.18
C C5 C5 C5 C5 C5 35 47.92
D D1 F3 G1 D1 2 2.70
E F3 G1 E1 1 1.35
F F3 F3 14 18.91
G G3 5 6.78
H 0 0.00
74 100.0
Função % IF %C IV
A Trocar calor 12,16 30,37 0.40
B Elevar pressão 10,81 8.45 1.28
C Fracionar óleo 47.29 18.60 2.54
D Separar líquido/vapor 2.70 0.41 6.58
E Separar água/nafta 1.35 7.13 0.19
F Conduzir fluidos 18.91 13.80 1.37
G Controlar processo 6.78 15.92 0.43
H Fornecer energia elétrica 0 5.29 0
- E (Separar água/nafta);
- A (Trocar calor);
- G (Controlar processo).
Ordem Função IV %C
a
1 Trocar calor 0.40 30.37
a
2 Controlar processo 0.43 15.92
a
3 Separar água/nafta 0.19 7.13
a
4 Fornecer energia elétrica 0 5.29
Conduzir
GL1 Necessidade É necessária? Sim!
líquidos
GL2 Princípio Duto Tambor, galão, caminhão, balde etc.
GL3 Conformação Tubo 8” Duto quadrado, tubo de 6” etc.
GL4 Recursos Aço 1020 PVC, fibra de vidro, manilha de concreto
GL5 Procedimentos Atuar no plano de montagem visando a sua otimização
1.4.4.Fase de Criatividade
A finalidade da fase de Criatividade é obter o maior número possível de ideias
para realizar as funções do produto, atendendo o objetivo estipulado. Convém
salientar que o objetivo que se busca é aumentar o valor da função, e isso
pode ser conseguido tanto pela redução do custo como pelo aumento na
função, desde que pertinente. A fase de criatividade pode ser dividida em:
- Fase de obtenção de ideias;
- I – o investimento é:
Análise do Valor
Fase de Julgamento
Objeto: Folha:
Função:
Ideia F E R I