Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
br 1
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
(Princípio relacionado com o fato do agente)
INTRODUÇÃO
Art. 5º , II, C.F. – “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”
Art. 5º, XXXIX, C.F. – “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;”
Art. 1º, C.P. - “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”
Convênio para a Proteção dos Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais (Roma, 1950)
Artigo 7°. Princípio da legalidade. 1. Ninguém pode ser condenado por uma ação ou uma omissão que, no momento
em que foi cometida, não constituía infração, segundo o direito nacional ou internacional. Igualmente não pode ser
imposta uma pena mais grave do que a aplicável no momento em que a infração foi cometida.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
CONCEITO
Real limitação ao poder estatal de interferir na esfera das liberdades individuais.
Obs:
LEGALIDADE =
Art. 1º CP - “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”
# É possível Medida Provisória versando sobre Direito Penal não incriminador? Medida Provisória pode extinguir a
punibilidade?
www.cers.com.br 2
Lembrando: o Art. 62, § 1º, I, “b” C.F. proíbe Medida Provisória versando sobre Direito Penal (matéria incluída pela
EC 32/01).
“Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I - relativa a:
b) direito penal, processual penal e processual civil;”
A doutrina diverge:
1ªC: Com o advento da EC 32/01, ficou claro que Medida Provisória não pode versar sobre Direito Penal (incrimi-
nador ou não incriminador).
- Prevalece entre os constitucionalistas.
2ªC: A EC 32/01 reforça a proibição da Medida Provisória sobre Direito Penal incriminador, permitindo matéria de
Direito Penal não incriminador.
Não sendo leis em sentido estrito, não podem criar crimes e cominar penas.
CUIDADO! As menções a condutas criminosas indicadas nas Resoluções do TSE são mera consolidações de tipos
penais previamente tipificadas por lei.
1ªC: Admite- se o costume abolicionista ou revogador da lei nos casos em que a infração penal não mais contraria
o interesse social deixando de repercutir negativamente na sociedade.
2ªC: Não é possível o costume abolicionista. Entretanto, quando o fato já não é mais indesejado pelo meio social, a
lei não deve ser aplicada pelo magistrado.
3ªC (Prevalece): Somente a lei pode revogar outra lei. Não existe costume abolicionista.
O STF indeferiu HC em que a Defensoria Pública requeria, com base no princípio da adequação social, a declaração
de atipicidade da conduta imputada a condenado como incurso nas penas do art. 184, § 2º, do CP. Sustentava-se
que a referida conduta seria socialmente adequada, haja vista que a coletividade não recriminaria o vendedor de
CDs e DVDs reproduzidos sem a autorização do titular do direito autoral, mas, ao contrário, estimularia a sua prática
em virtude dos altos preços desses produtos, insuscetíveis de serem adquiridos por grande parte da população. De
acordo com o Supremo, o fato de a sociedade tolerar a prática do delito em questão não implicaria dizer que o
comportamento do paciente poderia ser considerado lícito. Salientou-se, ademais, que a violação de direito autoral
e a comercialização de produtos “piratas” sempre fora objeto de fiscalização e repressão.
www.cers.com.br 3
O STJ afastou essa tese na Súmula 502:
Súmula 502: Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, §
2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.
Súmula 574: Para a configuração do delito de violação de direito autoral e a comprovação de sua materialidade, é
suficiente a perícia realizada por amostragem do produto apreendido, nos aspectos externos do material, e é
desnecessária a identificação dos titulares dos direitos autorais violados ou daqueles que os representem.
FORÇA GALERA!!!
O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário
www.cers.com.br 4
www.cers.com.br 5