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HEMORRAGIA DIGESTIVA
CASO 1
Tuta, 63 anos, etilista, ganhador de competições de bebida. Na última competição, após 2h do
início, apresentou vômitos incoercíveis e sequenciais, com a presença de SANGUE em
moderada quantidade. Procurou atendimento médico, apresentava-se hipocorado +1/+4, PA
110X50, FC 96, enchimento capilar satisfatório.
1. Qual a abordagem inicial mais adequada?
ABORGAGEM INICIAL:
CAUSAS: 3 principais
1. Úlcera péptica
2. Varizes esofágicas
3. Laceração da junças esôfago-gastrica: Mallory-Weiss
Úvula: sangue passa pela úvula
ÚLCERA PÉPTICA
Possui 3 complicações:
Perfuração
Obstrução
Sangramento – mais comum e mais mata
Hematêmese suporte hemodinâmico Terapia clínica EDA Terapia
TERAPIA CLÍNICA:
Suspender AINE
Iniciar inibidor de bomba de prótons (IBP)
Tratar H. pylori
TERAPIA ENDOSCÓPICA:
CLASSIFICAÇÃO DE FORREST (PROVA)
CLASSE ASPECTO RISCO DE RESSANGRAMETNO
I A: Jato Alto (90%)
B: Babando
II A: Vaso visível Alto (50%)
B: Coágulo Intermediário (30%)
C: Hematina Baixo (10%)
III Base clara Baixo (<5%)
CIRURGIA:
Quando realizar cirurgia? Indicações:
Falha endoscópica após 2 tentativas
Choque: refratário (>6 unidades hemácias) ou Hemorragia recorrente
Sangramento pequeno e contínuo: transfusão >3 U/dia
Qual cirurgia? DEPENDE: úlcera duodenal ou gástrica
Úlcera duodenal: 4 etapas
1º. Pilorotomia – abrir o piloro
2º. Ulcerorrafia – suturar a úlcera
3º. Vagotomia troncular – tirar estímulo do nervo vago para evitar recidiva da úlcera
4º. Piloroplastia – para piloro relaxar após retirada do nervo vago
Úlcera gástrica: risco para câncer, então não irá somente suturar, tem que retirar
Gastrectomia + BI ou BII ou Y
VARIZES ESOFÁGICAS
Relembrando aula de Hipertensão Porta:
A hipertensão porta ocorre quando a pressão está >5, mas o sangue ainda consegue passar
pela veia porta, mas se a pressão estiver >10 aí o sangue não passa.
O sangue pode voltar para o coração pelo sistema porta ou pelo sistema cava. Se houver
hipertensão porta (pressão>10), o sangue vai voltar pelo sistema cava somente.
O sangue da veia gástrica esquerda volta pelo sistema porta, mas se houver hipertensão
porta (pressão>10), ele voltara pelo sistema cava, levando a formação de varizes de
esôfago.
Mas se a pressão estiver >12, corre o risco de ruptura dessas varizes.
LACERAÇÃO DE MALLORY-WEISS
História: vômitos vigorosos – etilista e gestante
Fisiopatologia: laceração da mucosa esôfago-gástrica devido a vários
vômitos que aumenta a pressão abdominal e começa a balançar o
estômago. Esse movimento do estômago começa a laceração da junção
esôfago-gástrica – “minha perna é o esôfago e meu tronco é o estômago,
começo a virar o meu tronco e forma estrias no meu quadril (que seria a
junção esôfago-gástrica)”- é uma questão mecânica.
Diagnóstico: EDA – laceração na junção esofagogástrica na pequena curvatura
Tratamento: suporte (90% autolimitados)
HEMOBILIA: sangue saindo pela via biliar (ampola de vater) – hematêmese ou melena
História: trauma hepático, cirurgia hepatobiliar, neoplasia hepática – forma fistula entre o
vaso e o ducto biliar - história marcante, prova mostra algum desses fatores de risco
Clínica: Tríade de Sandblom: hemorragia + dor em hipocôndrio direito + icterícia
Diagnóstico e Tratamento: arteriografia com coagulação (PROVA)
EDA: não é fácil visualizar o sangramento nesse local e não consegue tratar
ECTASIA VASCULAR (dilatação): estômago em melancia
Perda sanguínea crônica
Qualquer trauma ou esforço maior gera sangramento
História: mulher, cirrose, colagenose
Clínica: anemia ferropriva a esclarecer – sangramento é em pequena quantidade
(venoso)
Diagnóstico e Tratamento: EDA com coagulação + reposição de ferro, transfusão s/n
Voltando ao Caso 1:
1. HD: Mallory-Weiss
2. Qual a abordagem inicial mais adequada?
Estabilização clínica e em seguida EDA
3. Cite os 3 diagnósticos mais prováveis para este caso:
Úlcera péptica
Varizes esofágicas
Laceração de Mallory-Weiss
4. Com a realização de EDA, foi detectada uma lesão na parede posterior da 1ª porção
do duodeno com o seguinte aspecto endoscópico:
Qual a classificação endoscópica desta lesão e qual o risco de
ressangramento? É necessário, neste momento, algum
tratamento endoscópico?
Forrest III (base clara).
Não é necessário tto EDA, é tto com IBP VO.
5. Caso esta lesão seja tratada por via endoscópica e se mostre refratária (várias EDA),
qual deve ser a sua conduta?
Cirurgia.
Se fosse refratária depois de UMA EDA, aí repete a EDA.
CASO 2
Sra Esperança, 76 anos, queixa-se de exteriorização de sangue vivo misturado com as fezes.
Durante a avaliação ambulatorial, apresentou novo episódio, associado à hipotensão postural.
Foi encaminhada, onde chegou lúcida, orientada, hipocorada +/4+, taquipneica em ar
ambiente, mas sem esforço respiratório. PA 90x60, FC 118 e SatO2 95%
1. Conduta para o primeiro atendimento para essa paciente.
Paciente apresenta HEMATOQUEZIA
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA
NEGATIVOS
(estou tranquilo para dizer que está abaixo do ângulo de Tritz - é HDB)
Sangramento leve/moderado
ANGIODISPLASIA
Má formação vascular intestinal – ectasia submucosa
Normalmente o vaso é venoso – sangramento menor
Pode acontecer em todo TGI – local mais comum é o CECO (à DIREITA)
Também é a principal causa de HDB do DELGADO
Principal causa de sangramento obscuro do TGI: diagnóstico por cápsula
endoscópica – já que nem a EDA e nem a Colono chega no delgado (jejuno e íleo), a
cápsula endoscópica é o exame que vai capturar essa região.
EDA vai até o duodeno, Colono vai até o ceco, então quando sangra no jejuno e íleo
(delgado) o sangramento é obscuro.
Associação: estenose aórtica, doença renal, doença de Von Willebrand
Tratamento: Colono (ceco) + cauterização / angiografia + embolização /inibidor VEGF /
cirurgia
Voltando ao Caso 2:
1. Conduta para o primeiro atendimento para essa paciente.
Estabilização clínica, seguida de EDA e avaliação proctológica.
2. Caso nesta abordagem inicial seja confirmada a HDB, qual é o principal exame para
o diagnóstico etiológico desta condição?
Colonoscopia
3. Como o exame da questão anterior não foi elucidativo, outro método diagnóstico foi
utilizado na tentativa de localizar o foco hemorrágico: