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O Chamado do Profeta Isaías

O Profeta Isaías

Seu nome significa “o Senhor é Salvação“. O profeta


Isaias é autor do maior livro profético do Antigo
Testamento. Ele profetizou no reino do sul, chamado
Judá, mais especificamente, em Jerusalém, onde nasceu
e foi educado.

Seu ministério teve início logo após a morte do rei


Uzias. Então podemos datar o período de atuação do
profeta Isaías entre os anos de 740 a 686 a.C.

Historicamente, o profeta Isaías foi do tempo de Amós e


Oséias, que ministraram à nação do norte, Israel. Miqueias
foi contemporâneo de Isaías também, ambos atuaram
no Reino do sul, Judá.

Ele nasceu em relativa riqueza e posição social. Era


um membro da corte real, conselheiro e confidente
do rei Uzias, o qual governou por mais de 52 anos.

SEU CHAMADO

Isaias 6 1-8

INCERTEZA EM ISRAEL

Israel estava experimentando um dos reinados mais longos


de prosperidade em sua história. Mas, agora, aqui em
Isaías 6, o rei Uzias está morto.

Com a morte de um dos grandes líderes de Israel que


levou a nação de volta para comunhão com Deus e
consequente prosperidade, surgem muitas incertezas.

Em meio a toda essa confusão e incerteza, Isaías foi ao


templo para adorar, e lá, encontrou-se face a face com
Deus.
Um encontro extraordinário, apesar do momento de
tragédia pessoal e perda, pois o homem que morreu
não era apenas o rei, mas também amigo particular do
profeta.

Muitas vezes passamos por incertezas e angústias como


as de Isaías.

Mesmo em tempos de más notícias e experiências


dolorosas, quero te dizer que é possível experimentar
Deus, face a face, como Isaías fez.

É claro não veremos Deus com os nossos olhos físicos ou


ouvi-lo com os ouvidos terrenos, mas podemos
encontrá-lo ao buscarmos a sua presença.

A REALEZA DE DEUS

O profeta Isaías não era um estranho à presença da


realeza, mas nada que tinha visto na corte de Uzias era
parecido com o vislumbre da corte celestial.

Esta visão de Isaías 6 revela um Deus cujos símbolos de


realeza (seu trono, seu manto…) são tão grandes que
enchem o templo inteiro.

Deus é tão alto, santo e todo-poderoso que mesmo os


seres celestiais não se atrevem olhar para Ele, mas
cobrem seus rostos com as suas asas e também cobrem
seus pés em um gesto de humildade e reverência.

E o som de louvores que emanaram da boca dessas


criaturas foi tão grande que resultou em um terremoto,
pois o chão tremeu e o templo se encheu de fumaça.

O QUE PODEMOS APRENDER COM ESSA HISTÓRIA.


I – PRECISAMOS VER O QUE ISAÍAS VIU (v. 1-4)

VIU A POSIÇÃO DE DEUS

Isaías viu Deus em sua soberania. O rei terreno poderia ter


morrido, mas o Rei dos reis ainda reinava. Ele estava
em sua posição de governo.

O trono do Rei estava vazio, mas o trono do céu estava


ocupado. 

Veja o que diz o verso primeiro: “Eu vi o Senhor


assentado”.

Enquanto ele estava no templo, Isaías recebeu essa visão


de Deus. E no ano que o rei de Judá morreu, Isaías
viu o rei do céu.

O governante deste mundo estava morto, mas o rei de


todas as noções estava vivo e assentado no seu
trono. O verdadeiro e soberano governante estava
reinando sobre Israel.

Isaías então registra: Eu vi o Senhor assentado sobre um


trono alto e elevado, reinando sobre a história, governando
e reinando em completo controle de tudo o que
acontece sobre a terra.

Isaías viu o trono ocupado nos céus e Deus governando


e reinando sobre todas as coisas.

Sabemos que Deus está em uma posição de governo. Ele


é elevado acima de todas as circunstâncias terrenas.

Ninguém é igual a Ele… Deus está soberanamente reinando


nos céus e não precisa da permissão de ninguém para
fazer o que faz.

Ele faz o que quer, como quer, quando quer, onde


quer, com quem quiser, e todos os seus julgamentos são
perfeitos e retos.
A grandeza de um Rei era medida pelo tamanho de suas
vestes. Quanto maior um Rei, maior era o tamanho
das suas vestes.

Os reis antigos competiam uns com os outros para ver


quem teria a veste maior. Isaías viu o grande Rei, pois
quando teve aquela visão da sala do trono do céu, ele
vê as abas das vestes de Deus enchendo todo o
templo.

 Então o que nos cabe é crer nesse Deus que reina,


governa e está no controle de todas as coisas.

VIU A PRESENÇA DE DEUS

O texto diz que “os umbrais das portas se moveram


com a voz do que clamava, e a casa se encheu de
fumaça  ” (v. 4).

De certa forma, é algo terrível e assustador estar na


presença desse Deus. Os fundamentos da estrutura se
moveram e chacoalhava a voz daquele que clamava.

O chão da sala do templo balança pela santidade de Deus.


Como que se houvesse ali um terremoto. Os umbrais das
portas se moviam também.

O templo se enchia de fumaça. Foi uma manifestação


da grandeza e da superioridade de Deus. A glória e a
santidade de Deus enchia a sala do trono. Esse foi o
encontro direto que isaías teve com Deus.

O nosso Deus continua sendo o mesmo. Ele é o mesmo


Deus que apareceu para Isaías. Superior, alto e sublime
de eternidade em eternidade.
II – PRECISAMOS SENTIR O QUE ISAÍAS SENTIU (V.
5-7) 

SENTIU A SUA PRÓPRIA CONDIÇÃO

Quando Isaías viu o Senhor, imediatamente reconheceu


que havia problemas no seu coração (v. 5). Ele
provavelmente pensava que estava tudo bem em sua vida
até contemplar a santidade de Deus e ter ciência de suas
próprias deficiências.

Aqui, pela primeira vez na sua vida, Isaías viu o


verdadeiro Isaías. Somente quando Isaías viu a Deus em
sua santidade que ele pode enxergar melhor a si mesmo,
pois a luz da santidade de Deus expôs tudo aquilo que não
era santo em Isaías.

Não somente os fundamentos do templo foram abalados,


mas também o próprio Isaías. Isso gerou nele uma
grande convicção de pecado.

Lemos no verso 5, “Então disse eu: ai de mim! Porque


vou perecendo”. A palavra “ai de mim” significa estou
condenado, julgado, sentenciado a morte e digno de ser
condenado.

A medida que Isaias compara a si mesmo com outros


em Judá, ele parecia ser alguém que estava em uma boa
posição diante de Deus.

Mas agora que ele vê a si mesmo na luz da santidade


de Deus, ele se sente destruído em pedaços.

Os fundamentos de Isaías agora estão quebrados e ele é


reduzido a nada por Deus.

Nenhum de nós é limpo diante de Deus. Mas essa


consciência somente se manifesta quando podemos dizer
como Isaías: “os meus olhos viram o Rei, o Senhor
dos Exércitos.” (V. 5)
Diante da santidade de Deus a máscara cai, nossos
pecados secretos são revelados, nossas atitudes errôneas
são expostas, nossas prioridades erradas são manifestas e
a nossa mornidão é conhecida.

Isaías agora vê o Isaías da maneira como Deus vê.


Não há mais auto engano. Ele vê diante da luz clara da
santidade de Deus.

Quanto mais perto você estiver de Deus, mais o seu


próprio pecado será exposto. Quanto mais perto de Deus,
mais entendemos quem Ele é e o quão pecadores somos e
necessitados de restauração.

Sentiu a sua própria purificação

O texto diz que o anjo do Senhor tocou nos lábios do


profeta Isaías com uma brasa viva tirada do altar e
purificou-o (v. 6,7).

Após confessar o seu pecado a Deus, Isaías encontrou


misericórdia e graça da parte Dele.

Observe a primeira palavra do verso 6: “então um dos


serafins voou para mim”.

Significa que imediatamente um dos serafins voou na


direção de Isaías e o purificou. Isso nos mostra o quão
rápido é Deus para perdoar e restaurar.

Então os pecados de Isaías são perdoados. A sujeira da


boca do profeta foi queimada. Essa brasa viva simboliza
o perdão de Deus que definitivamente veio por meio da
cruz de Jesus Cristo.

O sangue de Jesus é como essa brasa viva, poderosa


para limpar e purificar.

A Bíblia diz que o Sangue de Cristo nos limpa e nos purifica


de todo o pecado e a também diz que Jesus é o cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo.
Alguns preferem esconder seus pecados sob o tapete. Mas,
onde não há arrependimento, não há manifestação da
misericórdia.

Sabemos que quem esconde os seus pecados não


prospera, mas quem os confessa e os abandona
encontra misericórdia. (Pv 28:13).

Apenas um instrumento purificado que Deus vai usar.


Um instrumento que foi limpo e purificado pela graça de
Deus. Então agora Isaías está pronto para ser usado. 

III – PRECISAMOS DIZER O QUE ISAÍAS DISSE (v.


8) 

Observe o verso 8, Deus disse: “A quem enviarei?”,


significando “a quem enviarei para o meu serviço?”,
“quem é que será comissionado por mim?” e “quem é que
irá por nós?”  

Deus não perguntou a Isaías para obter alguma informação


porque Ele sabe de todas as coisas. Essa pergunta tem o
objetivo de colocar Isaías no estado de prontidão.

Deus estava querendo dizer: “Isaías você está pronto


para ser usado por mim?”; “Você está pronto para ser
usado em qualquer lugar que te enviar e pagar qualquer
preço?”.

Observe a resposta de Isaias, pois essa deve ser a nossa


resposta tembém.

“Então disse eu”: esta palavra significa que Isaías


respondeu imediatamente. Ele está totalmente em
humildade diante de Deus e não coloca nenhuma condição.
Ele diz: “Senhor, estou pronto”.
ESTOU DISPONÍVEL

“Eis-me aqui” – Há uma diferença entre esta disposto e


está disponível. Tem muita gente disposta mas poucas
estão disponíveis.

Mas quando ele diz “eis-me aqui” indica a sua


disposição, quer dizer que ele está disponível para Deus.
Para dar de si mesmo, sem reservas, ao serviço divino.

Isaías está dizendo, “Senhor, me manda para o teu


trabalho”. “Senhor, não precisa mais procurar, eu
sou essa pessoa”. “Senhor, eu estou disponível”.

Deus tem prazer em pegar pessoas destruídas, cheias de


pecados e envia-los como seus servos. Deus pegou a
esse homem de lábios impuros e deu a ele uma
chamada extraordinária.

Quando a vontade de Deus passa a ser a nossa


vontade também, Ele nos abençoa e nos usa
poderosamente.

CONCLUSÃO

Você quer que Deus te use nesses dias? Você quer que a


sua vida tenha valor na eternidade? Então todos temos
que passar por essa experiência pela qual Isaías passou.

Deus se opõe ao orgulhoso, ao soberbo, mas dá


graça ao humilde. Temos que nos humilhar debaixo da
poderosa mão de Deus para que sejamos purificados e
aptos para fazer a sua obra, mesmo que estejamos em
tempos de crise, como aconteceu com o profeta Isaías.  

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