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Pedro Henrique Freitas Silva Lima 7 Diurno HC 1 Unidade
Pedro Henrique Freitas Silva Lima 7 Diurno HC 1 Unidade
I. FATOS
Consta nos autos que na noite do dia 25.01.2017, quando foi atendia, os
médicos e enfermeiros perceberam que a investigada teria passado por um parto,
conforme consta em ficha de atendimento médico-hospitalar (Pg. Xx do IP).
Conforme esse documento, a indiciada teria passado por uma gravidez, na qual
gestou uma criança por aproximadamente 37-40 semanas. Além do mais, afirmam
os funcioná rios do hospital que a Sra. Gabriela teria ligado para seu irmã o Bento
dos Santos para pedi-lo para jogar fora um saco de lixo com “lavagem”.
II. DO DIREITO
A. Do Cabimento de Habeas Corpus
Preleciona a constituiçã o federal de 1988 em seu art. 5° LXVIII que sempre
que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violaçã o de seu direito de
liberdade de locomoçã o caberá habeas corpus, a fim de sanar eventuais atos ilícitos
que venham a lesar os direitos constitucionais do cidadã o. Além do mais, de igual
modo dispõ e o Có digo de Processo Penal, em seus art. 647, que caberá esse
remédio constitucional quando o indivíduo estiver na iminência ou tiver
efetivamente seu direito de locomoçã o lesado. Nesse sentido, dispõ e o diploma
legal:
Ademais, o art. 648 do CPP, em seu inciso I coloca que a coaçã o será ilegal
sempre que nã o houver justa causa que embase esse ato coercitivo. Conforme pode
ser observado a partir dos fatos narrados nos fatos, assim como pelas alegaçõ es
colocadas anteriormente, como a falta de fumus delicti e indícios de autoria e
materialidade do crime, de fato nã o há subsídios que possam alicerçar prisã o
preventiva, sendo esta, portanto, um ato ilegal e lesivo a pessoa de Gabriela dos
Anjos.
Outrossim, preleciona o Pacto de Sã o José da Costa Rica, recepcionada pelo
ordenamento jurídico pá trio, em seu artigo 7°, que todas as pessoas tem direito a
liberdade, nã o podendo nenhum ser humano submetido ao encarceramento sem
qualquer justa causa.
O imbró glio, nesse caso, está assentado na ilegalidade das provas colhidas
até o momento. Como consta nos autos do inquérito policial, as declaraçõ es
tomadas das testemunhas acabam por serem excessivamente duvidosas levando
em conta, principalmente, que as testemunhas arroladas nã o presenciaram o
momento dos fatos aos quais se investiga. Conforme fica claro nas linhas do IP, elas
apenas atenderam a Sra. Gabriela no hospital, e afirmaram que ela estava grá vida,
mas nada se diz quanto aos fatos propriamente ditos.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Paraibuna-SP, 28 de janeiro de 2017.
Pedro Henrique Freitas Silva Lima
OAB-PE 58.665