uBI caritas

JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL

QUEM
SOU
EU,
HOJE! p.9

Visita a Sobreira da Formosa

No dia 6 de Fevereiro e após uma visita aos preparativso
do Encontro Sub16 no Carvalhal, o CRS partiu rumo a norte
até Sobreira da Formosa. Esta vila pertencente ao concelho de
Proença-a-Nova tem um grupo de jovens bastante animados
em conhecer o nosso movimento.
Chegámos mesmo no começo da Eucaristia e sem dis-
curso preparado, falámos do nosso movimento na Homilia a
convite do Sr. Padre.
No fim da Eucaristia reunimo-nos com o grupo de jovens
e com alguns membros da JMV de Cernache do Bonjardim.
O centro local de Cernache é precisamente o que cha-
mámos de “padrinhos”, pois foram eles com o seu testemunho
e dedicação que fizeram sonhar os jovens da Sobreira em per-
tencer à nossa Associação.
Ficou o convite de nos “namorarem” mais um pouco e a
disponibilidade da JMV em complementar o seu crescimento
cristão nos testemunhos de Maria e Vicente.
Esperamos por eles... por enquanto no Sub16.
Marta Araújo
(Vogal Regional de Caridade)
 JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL
Editorial
Olá caros Jovens
Marianos Vicenti-
nos,
Mais um encon-
tro JMV se aproxi-
ma, desta vez o já
famoso, creio que
posso dizê-lo, sub16
da Região Sul que tem como principal objectivo
dar a conhecer o movimento aos jovens, de modo a
provocar a vontade de querer pertencer, de querer
fazer, de querer conhecer. Este ano o tema do en-
contro é: “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem
és”. Este pretende antes de tudo proporcionar um
verdadeiro encontro com Deus e com os outros.
Os preparativos há muito que começaram, por de-
trás de cada encontro há sempre muito trabalho,
mas como ouvi há uns anos, o que é fundamental
não esquecer é a oração: precisamos de rezar para
que os jovens ouçam o nosso apelo, precisamos de
rezar para que durante estes dias os jovens tenham
o seu coração aberto à palavra de Deus, precisa-
mos de rezar para que no meio do cansaço ELE
nos recorde o sentido do que estamos a fazer e nos
dê forças para continuar. Por isso, que os que vão
participar VIVAM o encontro (com ELE) e os que
ficam que rezem pelos que estão, para que este en-
contro dê frutos, muitos frutos!
Sinto-me feliz por continuar a ver o movimen-
to a crescer, obviamente não pelo que o CRSul con-
segue fazer, mas sobretudo pelo que vocês fazem
junto daqueles que estão perto. Todo o vosso em-
penho nas actividades, no olhar pelos mais pobres,
na oração, no estar em comunidade. Isso depois
também se traduz num passo na nossa caminhada,
e por isso pudemos também assistir às passagens de
etapa e admissão de novos membros dos grupos de
Alferrarede, Sobreiro e Cernache do Bonjardim no
mês de Dezembro.
Alegro-me porque a nossa família cresceu nes-
tes últimos meses e parece que quer continuar a
crescer, e nós, como membros desta família temos
2
EDITORIAL
o dever de nos apoiarmos mutuamente, de nos aju-
darmo-nos. Recentemente a JMV ficou mais rica,
nasceu oficialmente um novo bebé, a 23 de Janeiro,
que alguns jovens tiveram oportunidade de teste-
munhar. Estou a falar-vos da oficialização do mais
recente grupo da região: Mafra. Mas parece que em
breve teremos novos “nascimentos”, também re-
centemente o CRSul esteve presente nas paróquias
de Sobreira Formosa (perto do centro local de Cer-
nache do Bonjardim) e em Cacilhas (Lisboa), num
primeiro impacto destes grupos com o movimento.
Convidamo-los a estarem presentes no encontro
sub16 com a esperança de que a magia de Deus,
a magia do ser JMV os seduza para junto de nós.
 Como já o dissemos antes, estamos na fase do
namoro, no seduzir, no cativar, e, se correr bem,
quando já não pudermos viver uns sem os outros,
quando nos amarmos incondicionalmente, dar-se-á
o casamento (a oficialização à JMV) que é eterna,
não se aceitam divórcios!!!
Por fim, sem querer menosprezar os outros ar-
tigos, peço-vos que leiam em especial aquele que
vos fala da III Colónia de Férias a realizar pela re-
gião sul em Setembro deste ano. Como todas as ou-
tras obras é muito trabalhosa, são precisos braços,
pernas, cabecinhas para trabalhar, seja na angariação
de voluntários, crianças a participar, seja em apelos
e campanhas para donativos, pois infelizmente há
muito pouca coisa que possamos fazer sem estes
meios monetários.
Despeço-me desejando do fundo do meu cora-
ção que continuemos humildes na nossa caminhada
e cheios de forças para sermos sempre mais mas
também, e sobretudo, MELHORES.
Sempre por ELE e para ELE,
Sílvia Gomes Fialho
Presidente CRSul
Ficha técnica
Propriedade: Conselho Regional Sul
Organização e Coordenação: João ferreira e CRSul
Revisão: Vanessa Pereira
Paginação, Tratamento de Imagem e composição: João Ferreira
 ACTIVIDADES JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL

Encontro Regional Sul

No dia 21 de Novembro de 2010 realizou-se
mais um Encontro Regional. Este ano o encontro
foi em Marinhais.
O encontro começou bem cedo pois o acolhi-
mento foi as 9h da manha. Depois da eucaristia fez-
se a apresentação do tema que tinha como titulo:
“Não sejas incrédulo mas homem de fé”.
De seguida formaram-se as comunidades e os
cerca de 100 jovens presentes começaram os traba-
lhos em grupos.
Depois do almoço partilhado ainda ouve tem-
po para um pequeno convívio onde revemos os
nossos amigos e partilhámos algumas ideias para
levar para o nosso centro local.
Durante a parte da tarde voltamos ao traba-
lho em comunidades e no fim fizemos um plenário
onde cada grupo apresentou as suas conclusões.
No fim houve tempo para se distribuírem lem-
branças e de nos despedirmos dos nossos amigos
com a promessa de uma “até já”.

João Ferreira
Vogal de Imprensa Regional

Festa de Natal com Sem-Abrigo

Lisboa
“(…) A 22ª edição da Festa de Natal com as
Pessoas Sem-Abrigo da Comunidade Vida e Paz foi
marcada pelo casamento do Paulo e da Filipa, pela
visita do Presidente da República e por muitos no-
vos recordes.
Tivemos 2673 presenças de Pessoas Sem-Abri-
go ao longo dos três dias, que foram servidos por
1155 voluntários, nas 24 áreas envolvidas: Acolhi-
mento, Cozinha, Decoração, Cabeleireiro, Espaço
De Leitura / Ateliers, Roupa, Saúde, Loja Do Cida-
dão, Espaço Aberto Ao Diálogo, Logística, Gestão

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 JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL
dos Voluntários, Presentes, Duches, Espiritualida-
de, Animação, Motivação, Fotografia, Economato,
Estatística, Mesas, Ceias, Limpeza, Espectáculos e
Comunicação.
A área da Roupa só esteve aberta sexta e sába-
do, nesta edição, mas ainda assim atendeu 870 pes-
soas e deu cerca de 4350 peças de roupa, de acordo
com as necessidades dos nossos convidados.
A área da Saúde inaugurou este ano duas par-
cerias: uma com a Faculdade de Medicina Dentária
e outra com a Associação de Estudantes da Facul-
dade de Medicina, ambas unidades orgânicas da
Universidade de Lisboa. A adesão de voluntários
à prestação de serviços na festa foi surpreendente
e a dos convidados também. Afinal, a falta de di-
nheiro e documentação implica também a exclusão
dos cuidados de saúde. Foram feitos 250 rastreios
médico-dentários, dos quais 200 resultaram em
consultas com tratamentos / extracções. Houve
ainda 150 rastreios de tensão arterial e diabetes e
100 consultas médicas.
Alterações / inovações à parte, esta 22ª edição
quebrou vários recordes:
• O Cabeleireiro atendeu 130 convidados;
• A Loja do Cidadão endereçou questões /
problemas administrativos de 110 pessoas;
• 210 convidados puderam tomar um ba-
nho quentes e vestir roupa limpa;
• O Espaço Aberto ao Diálogo atendeu 70
convidados que mostraram interesse em ingressar
no programa de recuperação da Comunidade Vida
e Paz;
• Os tradicionais presentes de Natal, distri-
buídos no final da Festa, tiveram 1200 destinatários
(convidados presentes só no Domingo);
• No total, entre lanches, ceias e jantares
(feitos por voluntários do exército), foram servidas
quase 7800 refeições.”
“O Anjo da Porta”
Muito antes da azafama do Natal apareceu uma
estrela no meu email, era um convite para partici-
par na Festa de Natal das Pessoas Sem-Abrigo.
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ACTIVIDADES
Achei fantástico ter a possibilidade de escolher
quanto tempo queria dar, durante 3 dias podia ser
1 hora, 2, 3…8,9 horas, 1 dia, 2, 3, enfim apenas o
que pudesse e á distância de um clique fiquei ins-
crita. Pensei para comigo: só não faz voluntariado
quem não quer, é tudo tão fácil!
Claro que depois veio o compromisso a sério
com uma sessão de esclarecimento geral e outra es-
pecífica.
Escolhi a área das Sandes, a qual teve uma boa
aderência, não houve falta de voluntários e estes
cumpriram muito bem os seus horários e tarefas.
Logo todos os lanches necessários para a “Volta”
da rua, para os artistas e para a Ceia de cada noite
ficavam prontos da parte da manhã. O que fazer
então da parte da tarde?
Dar de nós, ouvir os convidados, aproxi-
marmo-nos deles, tomar a iniciativa de falar
com eles, sorrir, quanto muito sorrir!
Notei que estes gestos simples não são tão fá-
ceis quanto parecem, senti muita dificuldade em
falar com pessoas que deveriam ter a minha idade,
com os mais idosos ou com as crianças foi mais
fácil…
Consegui ver claramente a diferença entre Vo-
luntariado e Caridade, ser voluntário é fácil mas
praticar Caridade não é tanto assim.
Mas foi com agrado que percebi que entre
aqueles que conseguiam dar o salto para a Caridade
eram-me familiares, pertenciam á JMV.
Um dos momentos mais emocionantes foi
quando um convidado me reconheceu do dia an-
terior e chamou-me Anjo da Porta, só porque em
vez de 1 Ceia (um lanche melhorado) lhe dei 2, pois
estavam a mais e iriam estragar-se.
Nesse momento percebera que valera a pena
não ter abandonado a porta quando já passava da
“minha” hora. Digo isto porque apesar da excelente
organização das áreas por turnos custou-me a acei-
tar que tivesse que ser eu a estar ali ao frio e depois
do meu turno, mas percebi que havia necessidade
de colmatar as dificuldades e os imprevistos.
E foi assim que me tornei “Anjo”!
Rita Alexandra
JMV - Paialvo
 ACTIVIDADES JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL
Admissão e passagem de etapa
dos jovens da JMV - Região Sul
Alferrarede
O passado dia 8 de Dezembro foi um dia de
festa para a Juventude Mariana Vicentina de Alfer-
rarede, pois realizou-se a entrada oficial de novos
jovens para o grupo, assim como a passagem de
etapa de outros jovens e a renovação de compro-
misso de todos os membros da JMV. Esta ceri-
mónia decorreu durante a Eucaristia na Igreja de
Alferrarede, tendo toda a Comunidade Paroquial
como testemunhas deste importante passo para o
nosso grupo. Esta celebração serviu também para
renovarmos a nossa fé à imagem de Vicente e Ma-
ria, nossos padroeiros. No seguimento deste acon-
Cernache do Bonjardim
No passado dia 8 de Dezembro houve admis-
sões, em Cernache do Bonjardim. Neste dia, da
Imaculada Conceição, este centro local ofereceu
o lenço a 8 novos elementos, que, anteriormente,
experimentaram uma caminhada na fé e se mos-
traram bastante entusiasmados por fazer parte da
família JMV.
tecimento realizou-se um almoço convívio entre
jovens, familiares e amigos.
Sofia Aparício
JMV Alferrarede
Para que não se resumisse à festa das admissões,
o grupo planeou um dia de reflexão, que começou
bem cedo, contando com a presença de jovens do
Castelo e da Sobreira Formosa. Antes da Eucaristia,
animada pelo grupo, houve o acolhimento, seguido
de tempo de reflexão. Após a procissão, jovens e
familiares juntaram-se no salão paroquial para um
almoço – convívio. O dia acabou com um lanche e
um pequeno baile, depois de uma tarde de trabalho
e reflexão em grupo.
Foi um dia repleto de emoções, que ajudou o
grupo a tornar-se mais unido e receptivo ao espí-
rito de entrega aos outros. Também foi importante
o testemunho passado aos outros jovens presentes,
que ficaram a conhecer um pouco melhor o que é
ser grito e dar palavra e pão.
Tatiane Silva
JMV Cernache do Bonjardim
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 JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL ACTIVIDADES

Mafra
Mafra, 23 de Janeiro de 2011, 11h30.
Para muitos terá sido apenas mais um momento
de um domingo normal mas, para 10 jovens desta
paróquia foi certamente um dia diferente. Não direi
que terá sido o dia mais feliz da sua vida porque
não seria verdade… Mas que foi um dia importante
e que relembrarão para sempre, não tenho dúvidas.
A Eucaristia foi celebrada no convento de Ma-
fra, uma igreja imponente… E teve direito a coro
com música de órgão e tudo.
A cerimónia foi simples, presidida por um pa-
dre que muito se pode orgulhar… Não é vicentino
mas é pároco de 4 centros locais da JMV!!! O Pa-
dre Luis tem feito muito por motivar os seus jovens
a abraçar movimentos e a tornarem-se activos e, a
JMV é o seu preferido! Claro que o nosso Padre
Leitão também não poderia ter faltado. Afinal de
contas ele é oriundo de uma terra vizinha e tem
imensos amigos e familiares por lá… E mesmo que
não tivesse, também só falha uma celebração destas
se a saúde ou outras obrigações inadiáveis o impe-
dem… Portanto, o nosso obrigado aos srs Padres!
Também a Silvia e o eu estivemos lá para fes-
tejar juntamente com os jovens… E os restantes 3
centros locais da JMV, que são da vigar
aria de Mafra, também se fizeram representar
em peso.
E pronto. Não há muito a acrescentar. Foi a
missa dominical e, no final da homilia, os jovens
fizeram o seu compromisso com a JMV.
Termino recordando o compromisso que to-
dos nós um dia assumimos e que, como nesse dia,
hoje nos devemos esforçar por cumprir:
Desejo pertencer à associação de jovens “Juventude
Mariana Vicentina” para assim poder aprofundar cada
vez mais a minha fé, escutando, como Maria, a palavra de
Deus; crescer no compromisso com os outros, especialmente
para os mais pobres, seguindo o exemplo de S. Vicente
de Paulo; vivendo, tudo isto, numa comunidade de jovens,
centrada em Jesus Cristo, totalmente aberta à Igreja e à
Paróquia.
Beijinhos e abraços,
Rui Fialho
Vogal Regional de Formação

Paialvo
Celebrámos em Carrazede, no dia 23 de Janei-
ro, a oficialização de novos elementos, a passagem
de etapa e o envio. Este último foi vivido no nosso
grupo pela primeira vez, é um momento de grande
emoção para todos porque celebra-se a passagem
para a última etapa em JMV. Sendo assim estes jo-
vens estão preparados para viver uma caminhada
mais madura, mais autónoma juntamente com a sua
família, mas nunca deixando de apoiar o nosso gru-
po. A JMV de Paialvo agradece ao Pedro Freitas,
Pedro Lopes, Miquelina Sidronio, Telma Lucas, Ri-
cardo Ferreira e José Maria por construírem este
grupo.
João Ferreira
Vogal Regional de Imprensa
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 CANTINHO MARIAQUI JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL
Maria a Mãe de Jesus
A introdução da Quares-
ma no calendário litúrgico é um
acontecimento muito posterior
àqueles últimos dias de Jesus.
Contudo, tal como a Quaresma é
hoje para nós o tempo de prepa-
ração para a celebração dos mis-
térios da Paixão, Morte e Res-
surreição do Senhor, podemos
imaginar que Maria também vi-
veu um tempo em que, mesmo
não sabendo afirmar o que iria
acontecer, preparava-se para algo
diferente, pois tinha total conhe-
cimento sobre as consequências
do trabalho do seu Filho.
A relação de Jesus com Ma-
ria era especial. Mãe e filho eram
unidos não só pela condição
familiar, mas pela fé na Missão
que o Pai lhes confiara. Pode-se,
então, imaginar longas conversas
entre os dois, nas quais ora um,
ora outro, desvendavam as entre-
linhas das Escrituras e entravam mais e mais no
Mistério de Deus. Conversas que também tratavam
do mundo terreno, das acções de Jesus, dos seus re-
sultados efectivos, das suas dificuldades e das suas
possíveis consequências. As leis terrenas da época
de Jesus previam graves punições, e, a mais terrível
delas, que era a morte na cruz. E os dois sabiam que
isso poderia acontecer. Jesus já havia anunciado aos
apóstolos que passaria por um grande sofrimento e
é óbvio pensar que também já deveria ter prevenido
a Sua mãe sobre isso.
Maria, por sua vez, conhecia o seu povo, co-
nhecia a maldade e a dureza dos corações dos po-
derosos e sabia o que poderiam fazer contra o seu
Filho. Maria sabia que podia
perder o seu Menino e que a dor
lhe chegaria ao coração. Talvez
se lembrasse constantemente das
palavras de Simeão e Ana quan-
do esteve no Templo para ofere-
cer os sacrifícios a Deus. Talvez
se lembrasse da perseguição em
Belém e da vida no Egipto. Tal-
vez se lembrasse de tudo o que
os profetas anunciaram sobre o
Messias... Maria, como hoje os fi-
éis o fazem, também se preparou
para enfrentar aqueles dias dolo-
rosíssimos que chegariam e que
arrasariam o seu coração de mãe.
Mas, certamente, Ela tam-
bém haveria de lembrar-se das
promessas que Deus fizera ao
seu povo. Portanto, sabia que
Deus lhe seria fiel. Deus lhe con-
cederia a força necessária para
compreender os momentos que
estavam por chegar e que não
seriam facilmente compreensíveis aos olhos huma-
nos. Deus estaria ao seu lado, seria o seu sustento e
o seu amparo. Essa é a sua única certeza, e somente
essa pode ser a certeza actual diante do sofrimento
incompreensível e do silêncio que cerca o período
que antecede a celebração da memória da Morte e a
Ressurreição de Jesus Cristo.
Que possamos preparar-nos com Maria para
os Mistérios que se aproximam: com certezas, com
confianças, com o olhar a ver o invisível.
Francisco Vilhena
Vogal Regional Mariano
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 JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL LITURGIA

Hino Acantonamento 2008

Mãe és a nossa guia!
Mãe és a nossa guia!

Fá Lá- Sib Dó
O sol brilhava naquele dia, em que o anjo Te viu Maria,
Fá Ré- Sib Dó
Como um mergulho na noite mais escura, tu entregaste todo o teu ser…
Sol-7 Lá-7
Ouviste a voz do Teu coração
Sol-7 Dó
E flutuaste nas asas de Deus,
Sib Dó7
Por isso Te dizemos:

Fá Dó Ré
Mãe, tu és a nossa guia e luz
Sib
Uma estrada no deserto
Dó Fá
O caminho p’ra Jesus! (bis)
Lá-7 Ré-
Maria, faz-me acreditar,
Lá-7 Ré-
Que vale a pena arriscar
Sib Dó7
Fazer o que Ele disse!

Fá Lá- Sib Dó
Porquê tanto medo de seguir Teu exemplo? Tanta cegueira no meu coração!
Fá Ré- Sib Dó
O sopro de Deus é invisível, fecha os teus olhos e sente-o tocar.
Sol-7 Lá-7
Solta os medos e vence barreiras,
Sol-7 Dó
Pára uns minutos para pensar,
Sib Dó7
E ora sem cessar.

Ana Luísa Duarte

Vogal Regional de Liturgia

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 CANTINHO DO PADRE ASSESSOR JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL
QUEM SOU EU,
HOJE?
Nós não escolhemos nascer. Não escolhemos
a família. Não escolhemos a nacionalidade, a raça,
a cor.
Fomos chamados à existência pelos outros,
no aqui e no agora da nossa vida. Somos dons de
Deus pela mediação dos nossos pais. Por isso, ben-
dito seja Deus!
Mas como nos fomos construindo ao longo
da nossa vida?
Ninguém se pode realizar na vida, sozinho.
Mas também ninguém nos pode substituir na nossa
realização pessoal.
A construção pessoal de cada um dura toda
a vida e implica a força das relações interpessoais.
Como diz o filósofo Ortega e Gasset, “Eu sou eu e
as minhas circunstâncias”,
Quais são essas circunstâncias? Quando co-
meça a força das relações interpessoais?
Começam logo no antes e pós parto duma
criança. Uma criança que se sente bem amada pelos
pais e pelos familiares vai aprendendo a amar tam-
bém ao seu jeito, claro. Uma criança que é mal ama-
da pelos pais e pelos familiares (e as circunstâncias
são tantas) é uma criança que dificilmente aprende a
amar e vai ter muita dificuldade em amar os outros.
Com efeito, a pessoa não é capaz de gostar
de si antes de alguém a ter valorizado e apreciado.
E, na medida em que amadurecer, aprendendo a
gostar de si, começa a ser capaz de sair de si para ir
ao encontro dos outros, descobrir as suas diferen-
ças-qualidades e amá-los.
Apresentam-se, assim, as primeiras relações
interpessoais e as primeiras grandes circunstâncias
que nos ajudam a compreender quem sou, hoje.
E, a seguir, vem a sociedade. Vem a escola,
vêm os professores; vem a catequese, vêm os cate-
quistas. Vêm os adolescentes e jovens, vêm os adul-
tos. Cada um deles com as suas qualidades positivas
ou negativas. Cada um e cada grupo, em particular,
vão estabelecendo relações interpessoais boas ou
menos boas, apresentando circunstâncias boas ou
menos boas, que nos capacitam ou nos dão possibi-
lidades para a nossa realização pessoal.
Entre muitos dos grupos que existem, um
há que muito contribui para a realização pessoal
de cada um em todos os aspectos. Jovem mariano
e vicentino, tu, que estas linhas lês, certamente já
notaste que me estou a referir à JUVENTUDE
MARIANA VICENTINA. A dinâmica do Movi-
mento, quem o fundou, as suas características e a
sua finalidade são o fundamento para a realização
pessoal de todos nós numa linha cristã segundo o
carisma mariano e vicentino.
Jovem, assim realizado, tem de ser um jovem
alegre, feliz, aberto aos outros sobretudo aos mais
pobres e marginalizados da vida.
“Eu sou eu e as minhas circunstâncias”, diz
Ortega e Gasset. Para melhor saber quem sou, te-
nho de reconhecer as circunstâncias que me afec-
taram. Para ser melhor do que sou, vou procurar
as circunstâncias que muito me ajudam a realizar
como pessoa. E a JMV é uma dessas circunstâncias!
Jesus, Maria e Vicente de Paulo amam-te e con-
tam contigo.
Pe. Leitão dos Santos
Padre Assessor Sul
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 JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL CANTINHO DA MISSÃO

Colónia de Férias da JMV 2011

Colónia de Férias… ainda não sabes o que é?
Se já andas a fazer planos para as férias, ou se deixa dormir, se todos os dias pensas que gostavas
quando as férias chegam não tens nada para fazer, de poder fazer a diferença junto daqueles que têm
a JMV tem a solução! A nossa Colónia de Férias da menos oportunidades e possibilidades, não hesites
Região Sul vai-se realizar de 31 de Agosto a 4 de em inscrever-te como monitor na Colónia de Férias!
Setembro de 2011 e para tal precisamos da ajuda Também não tens de te preocupar se tens receio
de todos. Para ser possível levar este projecto para de não saber desempenhar este papel na perfeição,
a frente com sucesso pedimos a cada centro local pois haverá uma formação específica anteriormen-
e particularmente a cada membro que nos ajude a te. Poderão inscrever-se todos os jovens que perten-
proporcionar uns dias de férias cheios de alegria a çam ao movimento JMV e que tenham idade igual
quem não os pode ter. ao superior a 18 anos, até a data de realização da Co-
Existem várias maneiras de ajudar nesta causa: lónia. Tens até dia 13 de Maio para o fazer! Sei que
• Identificar crianças/adolescentes carencia- será uma experiência única e muito enriquecedora,
dos; para além de divertida e certamente diferente. Não
• Recolher donativos; vais querer perder!
• Ser monitor na Colónia!
Este projecto é feito a pensar em todas as crian- Agora que já sabes o que significa a Coló-
ças e adolescentes que mais precisam de uns dias nia de Férias… Aceitas o desafio?
descontraídos durante o Verão, pelo que um papel Fico a espera do teu sim! :)
muito importante é a sua identificação. Procura-os,
contacta-os e remete-nos os seus dados, deste modo Teresa Almeida
estarás a contribuir num passo essencial e a ajudar Vogal Regional de Missão
quem mais precisa. Está ao alcance de todos dar
esta oportunidade única às crianças e adolescentes
da tua localidade, com idades compreendidas entre
os 10 e 14 anos. Não ignores o que se passa e age!
Como sabes, a Colónia de Férias é um projecto
ambicioso para o qual necessitamos de muito di-
nheiro e a cada ano os preços sobem mais e é-nos
mais difícil ter capacidade financeira para tudo.
Deste modo apelo à vossa imaginação: inventem,
imitem, inovem ou reinventem actividades que vos
permitam ter algum retorno económico, para que,
deste modo, todos vocês possam contribuir para a
nossa Colónia ser uma realidade! Para além disso,
também poderão contribuir com outros donativos,
pois necessitamos de muitos e variados recursos
neste projecto.
Finalmente, se o espírito missionário não te

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LOUCURAS DA JMV JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL
LOUCURAS DA JMV
Visita de Caridade
à casa do Sr. Silvino
Num dos dias dos nossos encontros fomos visi-
tar duas famílias, não só para levar bens necessários
como também para levar palavra aos nossos irmãos
mais necessitados.
Fomos recebidos como se estivéssemos em
casa. Lá, falámos, ouvimos, fizemos algumas acti-
vidades que tínhamos preparado e nunca pensámos
que seria tão fácil invadir a casa de alguém e sermos
acolhidos daquela forma. Para nós foi um alívio.
Na hora de ir embora, bem que queríamos ir
pois tínhamos a Vigília para preparar mas o Senhor
conversava tanto e tanto.... Nós compreendemos...
São pessoas que necessitam muito mais que a sa-
tisfação das necessidades... precisam de uma com-
panhia, de palavra, de alguém que os escute... Foi
muito divertido porque o Senhor contava piadas e
punha-nos à vontade...
Ficámos contentes por este momento e princi-
palmente por eles.
Maria João Ribeiro
(Cernache do Bonjardim)
O fresquinho da beirã…
“Abril de 2004. Aproximava-se mais um Acan-
tonamento da JMV... o meu primeiro acantonamen-
to tinha sido no ano anterior, mas também tinha
sido o último em Montalvão...e tinha-me tocado de
tal forma que tinha de participar novamente, mes-
mo significando que, para poder ir, não iria à minha
viagem de finalistas do secundário. Era a primeira
vez na Beirã...e tinham-nos avisado que fazia muito
calor durante o dia, mas muito frio à noite. E quan-
do chegámos e vimos as nossas instalações, foi im-
possível não torcer o nariz...a casa onde os rapazes
dormiriam não tinha luz nem água, e a nossa, ape-
sar de ter as duas coisas (mas a água não era quente),
parecia que ia desabar a qualquer momento. Só fal-
tava um buraco no telhado... Mas a vontade de par-
ticipar mais uma vez na magia daquele encontro foi
mais forte e todos aceitámos as condições. Mas, de
facto, não esperávamos que as noites fossem assim
TÃO frias...na primeira noite não consegui dormir!
Mas na segunda noite, as coisas foram diferentes...
Continuava a fazer um frio insuportável, mas o
cansaço venceu-me e acabei por adormecer... no en-
tanto, foi um sono atribulado - continuava a tremer
e a gemer de frio... até que Jesus resolveu aquecer-
me... fez a Sílvia acordar naquele momento e ouvir-
me gemer de frio...acordou-me e levou-me para o
saco cama dela, que era muito mais quente que o
meu...e finalmente consegui dormir quentinha...”
Ângela
(Catujal)
Hotéis com bem mais
de 5*
Foi o primeiro Acantonamento na Beirã. Fi-
cámos alojados em casas que pelo seu estado diria
abandonadas. Os rapazes viam de noite as estrelas,
daí se ter dito que ficámos em hotéis de pelo menos
5 estrelas. Numa das manhãs, no corredor da casa
das raparigas uma fila que parecia não ter fim enca-
minhava para a casa-de-banho. Vendo que chega-
ríamos atrasadas, decidimos ir buscar uma panela à
cozinha, pois sabíamos que no quintal havia uma
torneira. E assim, escondidas pelos muros altos, lá
tomamos uma “espécie” de banho com a água fria
do Alto Alentejo.
Marta e Nita
(S. João Evangelista)
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 JUVENTUDE MARIANA VICENTINA - BOLETIM DA REGIÃO SUL PRÓXIMAS ACTIVIDADES

Próximas Actividades
Encontros
- Fim de semana de Março – Torneio de futebol (Catujal);
- 15 a 19 de Abril – Acantonamento (Beirã)
- Vigília Mariana e Eleições – data a designar (Campo
Grande - Lisboa);
- 31 de Agosto a 4 de Setembro – Colónia de Férias com
crianças necessitadas (local a confirmar).

Campos de Missão
Olá a todos!!!
Ainda sem sabermos os campos de missão nacio-
nais, podem desde já contar com o convite das Fi-
lhas da Caridade.
As nossas queridas Irmãs têm um refeitório que
serve diariamente refeições a imigrantes em situa-
ção de extrema vulnerabilidade social e a pessoas
sem-abrigo. Este refeitório (Centro Rosália Rendu)
funciona na Casa das Irmãs, no Campo Grande
(Lisboa).
Aqui vos lançamos dois desafios:
- Para quem vive ou estuda em Lisboa, a oportuni-
dade de serem voluntários, principalmente nas ho-
ras de almoço.
- A oportunidade de serem voluntários durante
uma semana no vosso tempo de férias.
Não se trata apenas de ajudarem na distribuição das
refeições, trata-se sim de serem “ESCUTAS” acti-
vos.
Estes imigrantes vindos essencialmente dos países
do Leste da Europa e de África vieram/fugiram em
busca de uma terra que já não lhes promete futuro.
O seu futuro passou a ser o de deambular pelas ruas
da cidade, dormindo onde se sentirem com segu-
rança. Alguns não entendem a língua portuguesa.
O álcool e a marginalidade tornam-se caminhos fá-
ceis para quem acha que já não tem nada a perder.
São histórias de vida que nos dão uma grande lição.
E são também momentos de vida partilhados...
podem aprender a falar ucraniano, podem ajudar
os recém-chegados com a aprendizagem da língua
portuguesa, podem até mesmo intervir com os téc-
nicos que os acompanham para melhor os ajuda-
rem.
Por isso, ATREVAM-SE!!!
Eu já fui e tu?
Forte abraço missionário
Marta Araújo
Vogal Regional de Caridade

Outras Actividades
Animação de Eucaristias e Participação em reuniões dos
grupos
Blog da Região Sul Facebook
www.jmvubicaritas.wordpress.com/ Ubi caritas

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