Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Porto Ferreira – SP
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA – UNICEP
Diretoria de Pós-Graduação e Cursos de Extensão Especialização em Psicopedagogia
Porto Ferreira – SP
2020
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por tudo, por ter me sustentado até aqui, me
dando forças, saúde, discernimento e sabedoria para vencer mais esse desafio na minha vida
acadêmica. Por ter me feito acreditar que mesmo nos momentos mais difíceis e turbulentos
Ele me sustenta e me alimenta.
Agradeço aos meus pais que sempre acreditaram em mim, no meu potencial, e
sempre me encorajaram a enfrentar a vida com fé e dignidade.
Agradeço a todos os professores que estiveram comigo nesta trajetória, por
todo ensinamento, apoio, comprometimento e dedicação.
Agradeço a minha orientadora pela dedicação, ajuda e compreensão e que
mesmo com todos os contratempos e mudanças que surgiram, soube nos acalmar e orientar da
melhor forma possível.
Agradeço a equipe do colégio particular de Porto Ferreira, em especial ao
Presidente do colégio e a Auxiliar Docente, que me concederam as entrevistas e todo apoio
nas informações necessárias para a realização da minha pesquisa.
RESUMO
Este relatório de estágio – pesquisa em Psicopedagogia Institucional tem por objetivo abordar
sobre a Piscopedagogia, conceitos e surgimento, a atuação do Psicopedagogo Institucional,
bem como, traz depoimentos de profissionais da Educação dentro desse novo cenário de
Pandemia. Sendo assim, considerando-se o atual momento de Pandemia do Coronavírus e a
impossibilidade de realização do estágio – pesquisa para uma avaliação diagnóstica e
intervenção in loco devido ao distanciamento social imposto por normas legais, realizou-se
duas entrevistas, uma com o Presidente de um colégio particular e outra com uma auxiliar
docente, abordando como tema a adaptação dos processos de ensino – aprendizagem no
contexto da pandemia.
ABSTRACT
This internship - research report on Institutional Psychopedagogy aims to address the subject
of Piscopedagogy, concepts and emergence, the performance of the Institutional
Psychopedagogue, as well as bringing testimonies from Education professionals within this
new Pandemic scenario. Thus, considering the current moment of Coronavirus Pandemic and
the impossibility of carrying out the internship - research for a diagnostic evaluation and
intervention in loco due to the social distance imposed by legal norms, two interviews were
conducted, one with the President of a private school and another with a teaching assistant,
addressing the adaptation of teaching - learning processes in the context of the pandemic as a
theme.
1. Introdução........................................................................................................................ 06
2. Breve Histórico sobre a Psicopedagogia.......................................................................... 07
3. Caracterização e Histórico da Instituição de Ensino........................................................ 09
3.1. Apresentação do Plano de Ação da Escola..................................................... 12
4. Contexto de Realização do Estágio – Pesquisa................................................................ 16
5. Depoimento do Presidente e Auxiliar Docente sobre a adaptação dos processos de
ensino-aprendizagem no contexto da Pandemia.................................................................. 18
5.1. Depoimento Presidente do Colégio................................................................. 18
5.2. Depoimento Auxiliar Docente........................................................................ 19
6. Considerações Finais........................................................................................................ 22
7. Referências Bibliográficas............................................................................................... 23
6
1. INTRODUÇÃO
essa etapa concluída as instalações do colégio tem hoje mais de 3.300 metros quadrados de
instalações.
Atualmente, o colégio é constituído por duas unidades escolares, a Unidade I
que oferece a Educação Infantil e o Ensino Fundamental Anos Iniciais e a Unidade II ambas
em Porto Ferreira, estado de São Paulo, que oferece o Ensino Fundamental Anos Finais e
Ensino Médio.
A Unidade I onde realizei minha pesquisa de estágio está inserida em um polo
afastado do centro da cidade, a Unidade I atende atualmente um total de 205 alunos e a
Unidade II um total de 262 alunos, perfazendo um número total de 467 alunos.
O corpo docente total da escola é composto por 55 professores com formação
em nível superior, sendo a grande maioria graduados em Pedagogia ou formados em áreas
específicas de atuação: Educação Física, Artes, Inglês, entre outras.
A equipe dirigente é formada pelo presidente da escola, diretora e
coordenadora pedagógica, sendo que, a diretora e coordenadora tem formação mínima em
Pedagogia, e no caso da diretora habilitação na área de direção e supervisão.
O ensino ministrado na escola destina-se à formação integral do educando,
visando ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização,
preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania.
O Curso de Educação Infantil, primeira etapa da educação básica funciona em
4 (quatro) etapas distintas e sequenciais de alfabetização com as denominações: Maternal I,
Maternal II, Nível I e Nível II e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança
até seis anos de idade, em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade, visando prepará-la para o ingresso no
Ensino Fundamental.
A escola compreende os seguintes núcleos de atividade:
I. Direção;
II. Conselho Pedagógico-Administrativo – (C.P.A);
III. Apoio Técnico-Pedagógico;
IV. Apoio Administrativo;
V. Instituições Auxiliares;
VI. Corpo Docente.
11
parte do professor como do aluno. Uma escola sem uma estrutura física adequada torna-se
uma escola sem vida, podendo criar no aluno um quadro mental de abandono ou de
desvalorização da educação por parte do Estado ou da sociedade.
Metas:
Objetivos:
Foi realizada uma entrevista com o Presidente da escola Sr. Márcio José
Antonini, empresário, com formação Técnica em Eletrônica, Relojoaria Mecânica, Óptica e
Optometria. Está à frente da presidência do Colégio desde 2012, onde foi escolhido através
de eleição para assumir o cargo.
Para ele, a gestão escolar aborda questões concretas da rotina educacional e
busca garantir que a instituição tenha possibilidade de ensinar com qualidade, baseada nas
competências e habilidades indispensáveis para formação integral do educando. A gestão
democrática é a participação efetiva de todos, engloba o trabalho conjunto da direção escolar
com a supervisão, coordenação e secretaria escolar, os professores, alunos e da comunidade
escolar como um todo, o que envolve também a participação dos familiares e da comunidade
de seu entorno.
Ele diz que o maior desafio em ser presidente da escola em tempos de
Pandemia é lançar-se a frente e pensar no passa a passo para que as coisas aconteçam de
forma coesa e coletiva. E que por se tratar de uma escola cooperativa, onde se tem rateio de
custos, qualquer percentual de inadimplência afeta muito o setor financeiro do colégio, mas
que o colégio possui reservas financeiras para suportar a inadimplência durante esse
período de pandemia.
Nesse momento de pandemia ele percebe sua equipe muito empenhada em
fazer o melhor para superar as dificuldades, mantendo sempre a qualidade do serviço
prestado, “todos estão se esforçando muito para se adaptar a uma situação não
programada”. Para realizar as atividades pedagógicas durante a pandemia, o colégio
investiu em uma plataforma virtual chamada “Data Educ”, porém, para ele nada substitui
as aulas presenciais, mesmo a plataforma estando funcionando com muita eficiência.
Durante esse período de pandemia o presidente disse que o colégio não
reduziu a equipe de trabalho (funcionários administrativos e corpo docente), todos estão
trabalhando dentro das normas e protocolos do Ministério da Saúde, tomando todo cuidado
e precaução.
19
O senhor Márcio José Antonini ressalta que a escola ainda apresenta pontos
frágeis como à complexidade do trato com a pluralidade da entidade familiar e a falta de
comprometimento e participação dos pais/responsáveis na aprendizagem e formação dos
filhos. Ele relata que por ser uma escola particular ainda existem pais/responsáveis que por
estarem pagando por uma educação de qualidade, acham que a responsabilidade é única e
exclusiva da escola em educar e ensinar, alegando não terem tempo e que “pagam” a escola
para isso.
Ele ainda afirma que através da reflexão diária aponta as melhorias,
buscando coletivamente analisar e estruturar possibilidades para a formação integral do
aluno e do ato pedagógico. Ele diz que mesmo sendo uma instituição particular onde a
realidade é bem diferente de uma escola pública às vezes também existem falhas. E uma
forma de superar essas falhas está na identificação da importância educacional que as
instituições de ensino possuem, o que garantiriam melhores condições de atendimento às
crianças.
Mesmo em tempos de pandemia a escola possui metas que é a construção de
mais um bloco de salas de aulas, já possuem o recurso financeiro para a construção, o
projeto já está aprovado, apenas aguardando passar a fase crítica de descontrole da
pandemia para iniciar as obras.
De acordo com o presidente, o colégio não possui psicopedagogo, que já
teve no passado, mas hoje apenas possuem atendimento com Psicólogo. Além do
presidente Sr. Márcio, o colégio é composto por direção e coordenação pedagógica.
Para ele, apesar dos investimentos por parte do governo federal, o país ainda
não conseguiu retomar a qualidade do ensino público, que na sua visão já foi bem melhor
no passado, e que enquanto isso não ocorre, ele acredita que a opção por uma escola
cooperativa é a mais acertada, pela qualidade pedagógica e custo benefício.
Enfim para ele, ser presidente está relacionado com a condução, supervisão,
planejamento, organização e coordenação de processos, projetos ou atividades juntamente
com toda a direção e coordenação tendo como meta atingir resultados positivos e que, o foco
é a aprendizagem e formação do aluno, tudo para que se perceba que vale a pena aprender
a aprender.
Foi realizada também uma entrevista com uma Auxiliar Docente da escola,
ela chama-se Thais Martins, é graduanda em Pedagogia pelo Centro Universitário Central
Paulista – UNICEP de Porto Ferreira-SP, possui certificação em Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS) pela Associação de Surdos de Ribeirão Preto – ASRP e, atua na Educação
desde 2017 quando iniciou o curso de Pedagogia.
Ela já atuou como Auxiliar Docente nas salas de Maternal I e II, Educação
Infantil I e II nas redes particular e pública, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II
(PEB II) na rede pública e EJA também na rede pública. Conta que sempre auxiliou toda a
sala de aula e em alguns casos, especificamente, alunos de inclusão portadores do Transtorno
do Espectro Autista (TEA), Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD), Síndrome de Down,
Esquizofrenia, dentre outros.
Está no colégio desde 2017 onde foi escolhida por indicação, no momento atua
como auxiliar docente no Ensino Fundamental I, acompanhando uma aluna com Síndrome de
Down e Apraxia da Fala.
Quando perguntei a ela quais seu maiores desafios em ser auxiliar docente em
tempos de pandemia, ela relatou que seu papel sempre foi facilitar a acessibilidade dos alunos
e inseri-los no ambiente da sala de aula da melhor maneira possível, porém, em tempos de
pandemia isso se tornou difícil, diz que não consegue ter o acompanhamento que gostaria, o
contato olho no olho, as adaptações das aulas e atividades ficam restritas a tela de um
computador. Ainda ressalta que, na sala de aula, ela consegue “filtrar” o que chega até o
aluno(a) de maneira mais clara, objetiva e dinâmica, consegue se locomover com este aluno
caso algo esteja incomodando ele no momento, além de desenvolver outras habilidades
sociais com os colegas, funcionários, com ensinamentos que vão além da sala de aula.
De acordo com Thais, “na pandemia, o que para o meu aluno em sala era
prazeroso, hoje, virtualmente é como um “castigo”, principalmente para os portadores de
síndromes, transtornos, etc”.
Perguntei como ela percebe a equipe nesse momento de pandemia e como a
instituição se organizou para realizar as atividades pedagógicas, ela diz que a equipe está
cansada psicologicamente, tentando fazer o melhor para seus alunos, procurando transformar
o dia a dia presencial e dinâmico através das câmeras, que enxergam esperança em dias
melhores, mas também sentem o medo do desemprego e pressão no trabalho. Acredita que
esta pandemia “cobrou” de todos, mas que os professores sentem o dobro com isso, além de
coordenação e gestão, tem os pais e a tecnologia exigindo muito. As atividades pedagógicas
estão sendo realizadas através de plataforma que permite a realização de provas e atividades,
21
além de aulas ao vivo e plantão de dúvidas. As reuniões dos funcionários acontecem também
através da mesma plataforma, conselhos de classe, discussões, etc.
Ao questionar sobre as dificuldades que encontraram e ainda estão encontrando
para realizar as atividades de ensino aprendizagem, Thais relata que os problemas de acesso
são as maiores dificuldades, em dias que o sistema não funciona corretamente as aulas não
fluem, a internet não é a melhor para todos, os meios de acesso também não são iguais, onde
se torna tudo mais difícil. Ainda ressalta que, procuram superar esses problemas, fazendo a
impressão das atividades para a retirada na escola pelos pais e/ou responsável, e também
atendimento virtual individualizado.
Também perguntei a ela quais os impactos que estão sentindo no processo
ensino-aprendizagem de alunos e professores no decorrer desse período, ela conta que o
processo de alfabetização é um momento importante na vida do aluno, e para o professor
alfabetizador, não estar presente fisicamente para acompanhar, fazer as devidas correções com
os métodos que trabalha e sabe desenvolver é de grande impacto, e que estas
“responsabilidades” acabam que dependendo da família e obviamente a prática não está com
eles, que algumas coisas estão ficando vagas e haverá uma defasagem a ser corrigida
posteriormente.
Sobre a interação com pais, alunos e professores, Thais relata que os pais são
resistentes ao acesso da plataforma e que pode entendê-los, a maioria não estão em casa,
trabalham durante todo o período da aula virtual e consequentemente a interação de alguns
alunos é baixa ou zero. Com relação aos professores, são muito ativos apesar de enfrentarem
picos de conexão e outros problemas tecnológicos, mas a pior interação são a das famílias e
alunos que resistem e são contra o ensino desta forma.
Thais aponta que a escola apresenta alguns pontos frágeis nesse período, como
ouvir alguns pontos de vista dos professores e pais, dar mais respaldo aos professores e
funcionários, que a atual gestão tem uma visão empreendedora e nem tanto democrática, que
é preciso pensar no coletivo, pois estão lidando com crianças, pais, professores e funcionários.
Para finalizar, perguntei quais as principais metas que a escola ainda tem nesse
período de pandemia e como pretende alcançá-las, ela diz que é continuar melhorando no
ensino virtual, trazendo bem estar para todos e melhor aprendizagem e que, pós-pandemia as
metas serão verificar os conteúdos que foram ensinados durante esse período, retomá-los,
reforçá-los e atender a toda defasagem que virá no retorno às aulas presenciais. Thais ressalta
ainda que, o trabalho em equipe é essencial, que todos precisam caminhar juntos para que o
todo conquiste o dever cumprido, pais, professores e gestão deverão estar lado a lado.
22
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Governo Federal. Entra em vigor lei com regras sobre quarentena e medidas
contra o coronavírus. Disponível em: <https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-
sanitaria/2020/02/entra-em-vigor-a-lei-com-regras-sobre-quarentena-e-medidas-contra-o-
novo-coronavirus>. Acesso em: 16 ago. 2020.