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OS 10 FATORES

DETERMINANTES
PARA O SUCESSO
NA DESSECAÇÃO

GUIA
2019

MANOEL FERREIRA NETO


Sobre o Autor

Manoel Ferreira Neto é


Engenheiro Agrônomo formado
pela Universidade Federal de
Viçosa em 1985. Atua há mais de
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

30 anos na área de Consultoria


Agronômica, mais especificamente
nas culturas de Soja e Milho. Por
ser um Agrônomo de campo, ao
longo desses anos agregou um
grande conhecimento nas questões
práticas do dia-a-dia do Agro. E
agora está compartilhando este
conhecimento nas redes sociais.
Sumário

Introdução ............................ 01

Primeiro Fator ...................... 03


Segundo Fator ......................  05
Terceiro Fator ....................  11
Quarto Fator ........................  13
Quinto Fator .........................  16
Sexto Fator ...........................  17
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

Sétimo Fator .........................  32


Oitavo Fator ..........................  35
Nono Fator ...........................  36
Décimo Fator ....................... 39
Introdução

É muito comum, ano após ano,


observar áreas em que a dessecação
ficou muito boa e outras em que a
dessecação ficou regular ou ruim.

Afinal, quais são os fatores que


interferem e que podem ser
previstos antes de definir doses e
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misturas de produtos, horários de


aplicação, vazões, etc., antes da
operação de aplicação de
herbicidas?

Em primeiro lugar você pode estar


questionando qual a importância
disso?

1
Quais são as implicações em termos
oãçudortnI

de custo e eficiência?

Podemos afirmar que a aplicações


de herbicidas para controle das
ervas daninhas e espécies plantadas,
visando a produção de massa
vegetal tem uma longa lista de
fatores que interferem na eficácia
da operação, dentre os fatores
determinantes podemos enumerar
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

vários, vamos a eles!

2
Primeiro Fator
rotaF oriemirP

Saber qual é ou quais são as


espécies vegetais a serem
controladas

Sejam as ervas daninhas ou as


espécies plantadas para formação
de palhada, como por exemplo:
capim braquiária; milheto; capim
sudão; resteva de milho; crotalária
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spectabilis; crotalaria ocroleuca,


afinal qual é o meu alvo principal?

Qual é ou quais são as espécies


principais, ou ainda, dentro da
espécie predominante, tenho
alguma outra espécie de difícil
controle?

3
Essa espécie de difícil controle
rotaF oriemirP

exigirá um controle complementar?

Se existir, esse controle


complementar será feito em
reboleiras ou em área total? Ou
ainda, esse controle complementar
será feito antes ou depois da
dessecação dita principal?

Percebe que são diversos os


OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

aspectos a serem considerados?


Esses aspectos têm implicações nas
dosagens e herbicidas a serem
utilizados.

4
Segundo fator
rotaf odnugeS

Espécies de difícil controle

Podemos enumerar diversas ervas


daninhas de difícil controle tais
como Capim Amargoso; Capim
Branco; Buva; Leiteiro resistente à
2,4-D; Capim Pé-de-Galinha
resistente à Glifosato; Erva Quente;
Poaia; Poejinho; etc.
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Dentro desse tópico, “ervas de


difícil controle”, teremos de definir
a época de controle, será antes da
dessecação principal ou depois?

Vamos a um exemplo clássico: se a


erva problema for o capim
amargoso o controle do mesmo
deverá ser feito preferencialmente 

5
antes do controle da espécie
rotaf odnugeS

predominante, isto é, a aplicação


específica para o controle do capim
amargoso deverá anteceder a
aplicação para controle das espécies
predominantes, pois o controle não
se dará em uma só etapa, mas em
pelo menos duas etapas de
aplicações.

Mais especificamente, recomenda-


OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

se o controle do capim amargoso


com aplicações de herbicidas em
reboleiras, na modalidade
“catação”, no sistema liga, desliga
do spray de pulverização, visando
redução de custos, com o uso de
glifosato + graminicida específico +
óleo mineral.

Um dia após essa aplicação em


“catação” com herbicidas os
mesmos já terão sido translocados 
6
para a raiz do capim amargoso,
rotaf odnugeS

portanto a área estará apta a


receber a mistura dos herbicidas
glifosato + 2,4-D + clorimuron ou
outros caso necessário, visando o
controle das ervas e/ou espécies
vegetais predominantes ou
principais existentes na área em
questão.

Pergunta, por que não pode ser o


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contrário?, dessecar a área total e


depois fazer a catação das
reboleiras com Capim Amargoso?
Porque nessa modalidade teríamos
uma visualização melhor das
reboleiras com capim amargoso.

Respondendo à essa pergunta,


poder pode, mas tem um porém, o
herbicida 2,4-D é antagônico aos 

7
graminicidas de modo geral, tanto
rotaf odnugeS

em misturas como quando aplicado


antecedendo a aplicação do
graminicida.

Portanto deverá haver um período


de carência entre a aplicação de 2,4-
D e a aplicação do graminicida,
carência essa que poderá variar de 7
a 15 dias dependendo da dose do
herbicida 2,4-D a ser utilizado. Por
exemplo se foi de 0,5 lt/ha deverá
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aguardar em torno de 7 dias, porém


se a dose de 2,4-D for de 1,0 lt/ha
haverá a necessidade de se aguardar
pelo menos 13 a 15 dias para
eliminar o residual de 2,4-D dentro
da seiva da planta de modo a não
interferir na eficiência do
Graminicida que irá controlar o
capim amargoso.

8
Se esse período de carência não for
respeitado, o herbicida graminicida
rotaf odnugeS

não irá funcionar adequadamente,


vai jogar dinheiro fora.

Vamos a um outro exemplo


clássico:

Controle de Erva Quente:

No caso dessa erva o controle dela é


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feito de modo contrário; devido ela


ter porte baixo e estar localizada
muito próximo ao solo, muitas
vezes sob o efeito “guarda-chuva”
da espécie vegetal predominante, se
faz necessário que o controle da
erva quente seja feito numa
segunda etapa de dessecação.

9
Primeiro efetiva-se a aplicação da
mistura de herbicidas que irá
rotaf odnugeS

controlar as espécies
predominantes; posteriormente
essa massa vegetal vai sofrer um
rebaixamento naturalmente ou
devido à passagem da plantadeira,
haverá então a exposição da erva
quente e então poderá ser feita a
aplicação da mistura de herbicidas
que irá efetivar o controle da
mesma.
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Terceiro Fator
rotaF oriecreT

Teor de umidade do solo

Umidade do solo está relacionada


com a turgescência das espécies
vegetais que sofrerão a ação dos
herbicidas, quanto mais estiverem
túrgidas maior será a eficiência do
controle, pois a planta estará com o
metabolismo em plena atividade.
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Existe porém um problema sério


em algumas regiões,
exemplificando, chegou o
momento de dessecar algumas
espécies, como por exemplo a
braquiária, que precisa ser
controlada pelo menos 20 a 30 dias
antes do plantio da soja, mas não
choveu suficiente ou a umidade do
solo está muito baixa, desfavorável 
11
a se obter uma boa eficiência na
rotaF oriecreT

aplicação; o que fazer?

É uma situação que exigirá escolher


o horário de aplicação do herbicida,
ou seja, aplicações somente de
madrugada até as 9:00 horas da
manhã e ainda haverá a
necessidade de se aumentar a dose
do herbicida glifosato em pelo
menos 30%.
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Quarto Fator
rotaF otrauQ

Temperatura do Ambiente

As aplicações de herbicidas são


mais eficientes quando realizadas
numa faixa de temperatura entre 25
e 30 graus centígrados. Ocorre
porém, que é muito difícil
restringir as aplicações somente a
esse intervalo de aplicação, daí a
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grande desuniformidade de
eficiência observada no campo, nas
aplicações de herbicidas; encontra-
se de tudo, áreas muito boas, outras
regulares e outras péssimas.

Normalmente, quando se vai


investigar as causas de áreas em que
as dessecações ficaram muito ruins
constata-se que ocorreram chuvas  

13
logo após a aplicação ou o serviço
foi executado nos horários mais
rotaF otrauQ

quentes do dia, do meio dia até as 3


horas da tarde.

Normalmente quando se vai


investigar as causas de áreas em que
as dessecações ficaram muito ruins
constata-se que ocorreram chuvas
logo após a aplicação ou o serviço
foi executado nos horários mais
quentes do dia, do meio dia até as 3
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horas da tarde.

Na maioria das vezes esse efeito


ruim observado está associado à
temperaturas elevadas com baixo
teor de umidade no solo.

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Regra geral, para aplicações
rotaF otrauQ

terrestres recomenda-se, após a


ocorrência de chuvas, efetuar
pulverizações durante o dia todo
até o quarto dia após a chuva.

Após o quarto dia recomenda-se


realizar pulverizações somente na
parte da manhã, até no máximo 7 a
8 dias após a ocorrência de chuvas.
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Após esse período recomenda-se


parar as aplicações e aguardar a
ocorrência de novas chuvas, e assim
sucessivamente.

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Quinto Fator
rotaF otniuQ

Umidade Relativa do Ar

Entende-se como Umidade


Relativa do Ar adequada aquela
compreendida entre 60 a 90%
como a ideal para aplicações
terrestres.
Pergunta: é possível aplicar com
umidade relativa de 50%? É
possível desde que não se acumule
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outros fatores agravantes tais como


solo sêco e altas temperaturas.

Deve-se restringir ao máximo o


número de fatores adversos. Por
exemplo, se o solo está seco e a
umidade relativa baixa,
recomenda-se pulverizações
somente de manhã até que chova.

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Sexto Fator
rotaF otxeS

Qualidade da Água

Nesse quesito podemos enumerar:

• pH;

• presença de Matéria Orgânica;

• presença de argila;
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• presença de cátions contaminantes;

• uso de água alcalina;

• uso de água salina;

• presença de Ferro

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pH da Água:
rotaF otxeS

O pH da água deverá estar entre os


valores 3 a 4 que é a melhor faixa
para o herbicida glifosato, já para o
2,4-D o pH ideal é 5,0. Se o pH da
sua água estiver acima desses
valores você estará perdendo
dinheiro.

Para solucionar o problema basta


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utilizar um adjuvante redutor de


pH ou, se preferir uma solução
mais barata, compre Ácido
Muriático que nada mais é que
ácido clorídrico, desses que são
vendidos em lojas como produtos
para limpar pisos ou como Limpa
Pedras. Para definir dosagens você
vai ter que adquirir um medidor de
pH ou peagâmetro portátil, para 

18
calibrar a dosagem de redutor de
rotaF otxeS

pH necessário.

Presença de Matéria Orgânica na


água:

Você poderá estar se perguntando,


como assim matéria orgânica na
água? Simples assim, se a água que
você está utilizando for de uma
lagoa, com água parada ou se for de
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um reservatório do tipo
australiano, com capacidade de 500
mil a um milhão de litros em que
demora-se muito tempo para ser
utilizada a capacidade total do
reservatório, a probabilidade de se
desenvolver algas, vulgarmente
chamadas de lodo, é muito grande.

19
Se você pegar um copo de vidro,
rotaF otxeS

coletar um pouco dessa água


poderá observar pequenos pontos
verdes em suspensão, isso são
micro algas, e algas são matéria
orgânica que irá neutralizar a
eficiência do glifosato,
principalmente.

Qual a solução para esse problema?


Se a captação de água for de um
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

reservatório é fácil, basta utilizar


regularmente Algicida, que são
utilizados em manutenção da água
de piscinas, que o seu problema
estará resolvido

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Presença de Argila na água:
rotaF otxeS

Você pode questionar: como assim?


minha água não tem argila.

Muitas vezes parece não ter argila


em suspensão, mas se a captação de
água for de um córrego, numa
região de solo argiloso, terra
vermelha, que quando chove a água
fica barrenta. Para complicar seu
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

funcionário poderá estar


desavisado e desconhecer o
assunto, sobre a interferência da
argila na eficiência do glifosato.

A presença de argila na água pode


reduzir a eficiência da dessecação
em até 50% ou mais, pois a argila
exerce uma adsorção do princípio
ativo glifosato, inativando parcial 

21
ou completamente, dependendo da
rotaF otxeS

quantidade de argila em suspensão.

Só para complementar, o herbicida


Paraquat é muito mais afetado que
o glifosato. Paraquat é totalmente
inativado na presença de argila, por
isso que Paraquat não tem efeito
residual no solo prejudicial às
plantas.
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Inclusive está na bula do produto


que em caso de ingestão
recomenda-se tomar solução de
Terra Fuller, e nós agrônomos
recomendamos que na ausência de
Terra Fuller faça uma solução de
terra e dê para a pessoa ou animal
beber, pois a argila irá inativar ou
adsorver o produto, aí é só dar um 

22
pouco de salmoura para fazer ele
rotaF otxeS

vomitar e estará tudo resolvido.

Portanto, a solução para esses


problemas é apenas e
simplesmente utilizar água limpa.
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23
Presença de cátions na água:
rotaF otxeS

Em que situação teremos cátions na


água? Numa situação natural
poderemos ter cátions se a água for
pesada, alcalina, de região com
rochas calcárias; aí nesse caso
teremos a presença dos cátions
Cálcio e Magnésio ou ainda, se a
água for oriunda de uma região
desértica ou semi-árida onde
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poderá ocorrer a presença de sódio,


como ocorre na região Nordeste do
Brasil.

Em qualquer um desses casos seja a


presença de cálcio, magnésio ou
sódio, além do pH da água ser
elevado, situação que por si só já
estaria reduzindo a eficiência do
glifosato, a presença desses cátions, 

24
ou seja, íons com cargas positivas,
rotaF otxeS

causará a inativação do glifosato,


pois este irá exercer a função de
quelatizante formando quelatos de
cálcio, quelatos de magnésio ou
quelatos de sódio.

Numa situação como essa o


glifosato deixa de ser herbicida e
torna-se um quelatizante,
formando uma molécula sem
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eficácia como herbicida.

Vou enumerar mais um exemplo


de ocorrência natural de cátions
presentes na água, oriundos não de
região calcária nem de solos salinos,
mas sim de regiões onde ocorrem
concreções ferruginosas, em solos
onde numa camada inferior ocorre
a presença de piçarras, que nada 

25
mais são do que a presença de
rotaF otxeS

cascalho com alto teor de ferro.

Na água proveniente de um poço


no qual existe uma ou mais
camadas de cascalho dessa
natureza, haverá a presença do íon
Ferro dissolvido.

Esses íons de Ferro na água


também serão quelatizados pelo
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glifosato, reduzindo a quantidade


do principio ativo glifosato livre na
calda de pulverização, que por sua
vez não proporcionará um controle
efetivo sobre as ervas ou espécies a
serem controladas.

26
  Até agora foi mencionado a
rotaF otxeS

presença dos cátions Cálcio,


Magnésio, Sódio e Ferro de
ocorrência nas águas oriundos a
partir de causas naturais.

Agora vou mencionar a ocorrência


de cátions na água de pulverizações
a partir de recomendações
equivocadas ou utilizações
errôneas.
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

Por exemplo, determinado


agricultor tem um solo com baixos
teores de zinco ou cobre e quer
fazer uma leve correção sem ter
que utilizar uma fonte de matéria
prima de aplicação via solo.

Para suprir essa deficiência alguém


recomenda aplicar Sulfato de
Zinco  
27
ou Sulfato de Cobre dissolvidos na
rotaF otxeS

água de pulverização, um ou outro


ou os dois juntos, não importa.

De repente, a recomendação até


tenha sido correta, do ponto de
vista nutricional, porém o dito
agricultor resolve aproveitar a
aplicação de herbicida a ser
utilizada na dessecação e mistura o
Sulfato de Zinco e/ou o Sulfato de
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Cobre no glifosato, e etc, e ainda


vai reclamar para o agrônomo que
recomendou que a aplicação ficou
muito ruim, que não controlou
nada das ervas daninhas.

Vamos analisar: o que realmente


aconteceu?

28
Agora o problema foi maior, pois
rotaF otxeS

os íons Zinco e Cobre, ambos de


carga positiva foram quelatizados
pelo glifosato, e como a quantidade
de íons é muito grande, ocorreu a
neutralização de 100% do glifosato,
ou seja, foi aplicado apenas água
para controlar ervas daninhas, o
resultado foi eficiência zero.

E ainda não se pode esquecer que


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Sulfato de Cobre é altamente


corrosivo para metais, barra de
pulverizador, bomba, tubulações,
chassi,etc.

Qual a solução para o problema?

Numa situação como a de presença


natural de cátions na água de
pulverização, basta utilizar um 

29
produto ou adjuvante que tenha a
rotaF otxeS

característica de sequestrar cátions.

Esse produto denominado


sequestrante de cátions irá
neutralizar os íons na solução não
permitindo o glifosato exercer essa
função.

Existem diversas marcas comerciais


de produtos adjuvantes, que na
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

maioria das vezes possuem as duas


características, qual seja a de
reduzir o pH e sequestrar cátions.

Agora se você for meio professor


Pardal e quiser economizar
dinheiro, sugiro utilizar o Ácido
Cítrico, pois esse é o quelatizante
mais utilizado pelas indústrias de
fertilizantes foliares.

30
O Ácido Cítrico além de sequestrar
rotaF otxeS

ou quelatizar os cátions presentes


na água, também irá reduzir um
pouco o pH;

Porém, se houver necessidade de


um ácido mais forte para reduzir o
pH utilize o ácido muriático
também.
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31
Sétimo Fator
rotaF omitéS

Tamanho da parte aérea em relação ao


Tamanho do Sistema Radicular

Esse é um fator muito importante


nos casos de dessecações de capim
braquiária em que houve
rebaixamento pelo pastoreio do
gado e no caso de dessecações de
crotalária spectabilis em que
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

ocorreu corte por ocasião da


colheita de sementes, ou ainda no
caso de soqueiras de algodão em
que foi realizada a operação de
roçagem.

Apenas para exemplificar, no caso


da Braquiária, se a mesma estiver
muito baixa devido ao pastoreio de
gado, será necessário aguardar pelo 

32
menos 20 a 30 dias para a
rotaF omitéS

recuperação e rebrotação dessa


braquiária visando produzir
quantidade de folhas suficientes
para absorver o herbicida glifosato
que será aplicado.

Resumindo, há necessidade de
haver equilíbrio entre o tamanho
da parte aérea e o tamanho do
sistema radicular para que a dose
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

do herbicida tenha eficácia.

Sistema radicular abundante


exigirá doses maiores de herbicida.

Parte aérea reduzida exigirá doses


maiores de herbicida.

33
Caso não se possa aguardar esse
rotaF omitéS

período de rebrote da braquiária,


será necessário utilizar uma dose
maior de herbicida para se
conseguir um resultado satisfatório.

Nesse caso é recomendável


aumentar a dose em pelo menos
30%, chegando às vezes em até 50%
a mais do que a dosagem normal
do herbicida glifosato.
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

Nos casos da Crotalaria spectabilis e


do algodoeiro o princípio é o
mesmo, deverá aguardar a
rebrotação até que se tenha um
volume de folhas suficiente para a
absorção da quantidade adequada
dos herbicidas que irão fazer o
controle dessas espécies (2,4-D).

34
Oitavo Fator
rotaF ovatiO

Presença de orvalho nas folhas

Orvalho está relacionado com


diluição excessiva dos herbicidas;
quanto maior for a diluição do
glifosato menor será velocidade de
absorção deste herbicida pela
planta, e se a absorção for menor,
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pior será o controle.

35
Nono Fator
rotaF onoN

Concentração do Principio Ativo


na calda do herbicida

Quanto menores forem as vazões,


maior será a concentração de
produtos nela.

Quanto menores forem as vazões


utilizadas, maior será a rapidez de
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

penetração do herbicida na planta.

Vazões de 60 lt/ha tendem a ser


melhores que vazões de 150 lt/ha.

Vocês se lembram do modelo de


membrana plasmática de uma
célula vegetal? Isso está relacionado
com o princípio do equilíbrio, os
íons de duas soluções, separadas 

36
por uma membrana tendem a se
rotaF onoN

estabilizarem passando do local de


maior concentração para o local de
menor concentração.

Isso tem a ver com o fator


mencionado anteriormente, ou
seja, com o orvalho. Quanto maior
o orvalho maior será a diluição de
uma solução, consequentemente
menor será a concentração de
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

solutos, menor será a diferença de


concentração dentro e fora da
folha, menor será a velocidade de
penetração, menor será a eficiência.

37
Vejamos um exemplo, glifosato já
rotaF onoN

exige 6 horas para haver 100% de


eficiência de absorção; se a solução
for ainda mais diluída por orvalho
e/ou volume de calda, menor será a
absorção inicial, consequentemente
maior será o tempo de absorção,
ficando a aplicação sujeita à
evaporação e lavagem por
ocorrência de chuvas, que na
ocorrência dessas irão carrear
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

princípios ativos para fora das


folhas.

38
Décimo Fator
rotaF omicéD

Horário de Aplicação

Esse fator está diretamente


relacionado à diversos fatores
inclusive alguns já mencionados:
está relacionado com
Luminosidade, orvalho,
temperatura, umidade relativa e
abertura de estômatos.
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

Já foram mencionados orvalho,


temperatura e Umidade Relativa.

Somente para frisar: aplicações


muito cedo tem problema de
excesso de orvalho, pois envolve
diluição dos herbicidas.

39
Temperatura:
rotaF omicéD

Aplicações de manhã são mais


efetivas tanto devido às
temperaturas mais amenas como
pela alta umidade relativa, que
auxilia na deposição de gotas e
absorção pela planta.

Luminosidade:
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

Esse fator está relacionado


diretamente com o metabolismo da
planta, no nosso caso está
relacionado com o transporte ativo
dentro das células; quanto maior
for a luminosidade maior será o
transporte ativo, e
consequentemente maior e mais
rápida será a absorção dos
herbicidas pela planta.

40
Por isso que é observado que
rotaF omicéD

aplicações de glifosato são mais


eficientes quanto aplicadas durante
o dia; aliás, recomenda-se aplicar
glifosato até no máximo uma hora
antes do anoitecer.

Você poderá questionar que


existem locais que por problemas
de baixa umidade relativa e
temperaturas extremamente
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

elevadas durante o dia, se faz


necessário realizar pulverizações
com Glifosato à noite; isso não é a
regra, é excessão, e que importa
numa eficiência técnica mais baixa
devido à ausência de luminosidade,
considerando-se a dose utilizada.

41
Abertura dos Estômatos:
rotaF omicéD

Estômatos são aberturas naturais


existentes na superfície inferior das
folhas das plantas, são como uma
espécie de poros, um dispositivo
que abre e fecha de acordo com a
temperatura ambiente e que serve
para trocas gasosas entre o interior
e o exterior das folhas.
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

Ocorre que existe um percentual de


absorção de herbicidas e nutrientes
através dos estômatos, seja por via
liquida ou gasosa, principalmente
produtos gasosos como o herbicida
2,4-D que é muito volátil.

Quanto maior for a temperatura,


menor será a abertura dos
estômatos e inversamente quanto
menor for a temperatura maior
42
será a abertura dos estômatos. Em
rotaF omicéD

sendo maior a abertura dos


estômatos, maior será a absorção de
herbicidas.

Assim, aplicações de herbicidas em


horários de temperaturas mais
amenas, maior será a abertura dos
estômatos e consequentemente
maior será a eficiência de absorção
dos herbicidas.
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

Lembrando que a absorção de


herbicidas pelas folhas das plantas
ocorre pelas superfícies superior e
inferior das folhas, sendo que a
absorção maior é pela superfície
inferior, devido à espessura da
cutícula ser menor e devido à
presença de estômatos; e que num
primeiro momento a penetração
dos herbicidas ocorre através de 
43
transporte passivo pela cutícula da
rotaF omicéD

folha, depois passa pela parede


celular.

Em ambas, cutícula da folha e


parede celular, o transporte ocorre
através de difusão, ou seja, de uma
local de maior concentração para
um local de menor concentração e
posteriormente atinge o citoplasma
da célula ao atravessar a
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

plasmalema, sendo que essa


passagem dos herbicidas para o
interior das células das folhas
ocorre por transporte ativo com
gasto de energia, daí a necessidade
reservas de ATP e/ou
luminosidade.

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Bom chegamos ao final dessa
rotaF omicéD

apresentação, acredito que foram


abordados os principais fatores
relacionados à eficiência de
aplicações de herbicidas.
OÃÇACESSED AN OSSECUS O ARAP SETNANIMRETED SEROTAF 01 SO

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