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UNIDADE 3.

DISCIPLINA: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS


PROF. ME. MERIELLEN NUVOLARI MIZUTANI
DISCIPLINA: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS - PROF. ME. MERIELLEN NUVOLARI MIZUTANI
SISTEMA DE SUPRIMENTO E DISPOSIÇÃO DE ÁGUA

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MATERIAIS EMPREGADOS
A escolha do material a empregar (tipo de tubulação) nas redes coletoras de esgotos
sanitários é função das características dos esgotos, das condições locais e dos métodos
construtivos mas os seguintes aspectos normalmente devem ser considerados:

* Condições de escoamento;
* Resistência a cargas internas e externas, resistência à abrasão, resistência à ação de
substâncias agressivas;
* Condições de impermeabilidade e juntas adequadas;
* Disponibilidade de diâmetros necessários;
* Facilidade de transporte, assentamento e instalação de equipamentos e acessórios;
* Custos (material, transporte e assentamento)

As tubulações utilizadas poderão ser moldadas no local ou pré-moldadas. As tubulações


moldadas no local são normalmente de concreto armado, e as tubulações pré-moldadas
podem ser de vários materiais.

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MATERIAIS EMPREGADOS
Os principais materiais utilizados para a fabricação de TUBOS E CONEXÕES DE ESGOTO são:
ferro fundido, plástico, aço, concreto e cerâmica.
Ferro fundido
É um material que resiste a grandes cargas e, por isso, é
mais utilizado em situações que a tubulação fica exposta,
ou é instalada a uma pequena profundidade. Também é
bastante resistente a pressões internas, apresentando
uma boa durabilidade.
Os tubos de fero fundido são normalmente aplicados
principalmente nas seguintes situações:
* Em locais de transito pesado e pouco recobrimento.
* Em casos da tubulação ser assentada a grande profundidade, acima dos limites de carga dos
outros materiais.
* Em casos de tubulação aparente.
* Em casos de passagem de obstáculos, vãos de pontes, rios e estruturas sujeitas a trepidação.
* Em casos de grande declividade ( I≥8%).
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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES
PVC
Plástico
As tubulações de plástico são as mais comuns, podendo
ser encontradas em três tipos: PVC (Cloreto de Polivilina),
PRFV (Poliéster Reforçado com Fibras de Vidro) e PEAD
(Polietileno de Alta Densidade).

Dentre eles, o mais conhecido é o PVC, usado na maioria


das construções civis. Apresenta uma boa durabilidade,
com vida útil mínima de 50 anos.

PRFV

PEAD

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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES

Os tubos de PVC rígido com junta elástica, destina dos a rede coletora e ramais prediais
enterrados para a condução de esgoto sanitário e despejos industriais cuja temperatura não
exceda a 40°C, são normalizados através das normas da ABNT (NBR 7262-1/1999, NBR 7262-
2/1999 e NBR 7262-3/1999).
O PVC, devido as suas propriedades físicas e químicas confere à tubulação excelentes
características, entre as quais podemos citar:
* Leveza
* Estanqueidade Os tubos de PVC rígido para coletores
* Comprimento grande de esgoto são fornecidos nos
* Flexibilidade diâmetros de 100 mm, 125mm, 150
* Resistência química e resistência a abrasão mm, 200 mm, 250 mm, 300 mm, 350
* Baixa rugosidade mm a 400 mm, com ponta e bolsa e
* Ligações simples 6,0 m de comprimento
* Facilidade e rapidez de assentamento

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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES

Os tubos de polietileno de alta densidade PEAD estão sendo mais utilizados para ligações
prediais de água e em emissários submarinos de esgotos e são utilizados para a condução de
produtos químicos, condução de produtos corrosivos, adução e distribuição de água,
irrigação, proteção de cabos ou outros tubos, indústria alimentícia, farmacêutica e de
bebidas.

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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES

Os tubos de poliéster reforçado com fibras de vidro PRFV apresentam basicamente as


mesmas características do PVC. Os utilizados em esgotos sanitários devem apresentar bem
visível a impressão constando o diâmetro nominal, o comprimento útil, o seu uso e a classe
que pertence. A Norma prevê diâmetros nominais de 200 a 1200 mm, com variação de 50
em 50mm até DN= 600 e de 100 em 100 mm a partir de DN=600 mm.

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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES

Aço
Por se tratar de um material extremamente resistente,
as tubulações desse material são utilizadas em
situações em que se exige alta resistência interna e
externa. Além disso, as tubulações de aço são
altamente resistentes aos choques mecânicos. No
entanto, não é uma boa opção para situações
expostas a pressões elevadas ou que exijam um
diâmetro muito grande.

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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES
Concreto
Estas tubulações podem ser de concreto simples (ponta e
bolsa) ou de concreto armado (moldados no local ou pré-
moldados).
Os tubos de concreto simples apresentam o diâmetro
variando de 200mm a 1000mm (NBR- 8889/1989: classe S-1
e S-2).
Os tubos de concreto armado apresentam o diâmetro
variando de 400mm a 2000mm (NBR- 8890/1989: classe A-2
e A-3).

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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES
Os tubos de concreto apresentam baixa rugosidade e são utilizados principalmente nas
seguintes situações:

* Em canalizações a partir de 400 mm , para as quais não são normalmente oferecidos tubos
cerâmicos (coletores tronco, interceptores e emissários).
* Em canalizações que exigem resistência acima da oferecida por outros tipos de tubos,
porque a resistência da tubulação pode variar com a espessura e com a armadura utilizada.
* Quando a fabricação no local da utilização se torna mais conveniente do que a aquisição de
outros tubos (transporte).

Os tubos de concreto estão sujeitos ao ataque químico(corrosão por ácido sulfúrico), o ácido
sulfúrico ataca o cimento enfraquecendo a tubulação (diminuindo a resistência da tubulação)
e proporcionando o rompimento da canalização. O ácido sulfúrico é proveniente de
compostos originados da decomposição anaeróbica do esgoto.

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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES
Cerâmica (manilhas de barro)
Os tubos de cerâmica são utilizados em situações
especiais, pois por se tratar de um material mais
frágil, exige ainda muito cuidado no transporte e
Características:
no manuseio. São resistentes a produtos
* Baixa rugosidade.
químicos, ao calor e impedem a ação de
* Resistência à cargas provocadas por
bactérias.
aterros comuns.
São fabricados com argila cozida à elevadas
* Resistentes à ácidos e outras substâncias
temperaturas e são vidrados internamente ou
químicas (não atacado p/ácido sulfúrico).
internamente e externamente.
* Apresentam boa impermeabilidade.
A indústria nacional produz tubos cerâmicos
* Apresentam baixo custo.
variando de 75 mm a 600 mm, com
* Apresentam facilidade de quebra.
comprimento nominal de 600 mm, 800 mm,
1000 mm, 1250 mm, 1500 mm e 2000 mm.

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MATERIAIS EMPREGADOS – TUBULAÇÕES

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MATERIAIS EMPREGADOS

Caixa de Gordura: é um pequeno tanque que


retém a gordura contida na pia da cozinha e da
máquina de lavar louças. Nele a gordura
provinda da cozinha se separa da água,
permitindo a retirada e limpeza.

Caixa de Inspeção: possui o propósito de


possibilitar a inspeção e manutenção dos
encanamentos de esgotos provindos de
banheiros e áreas de serviço sem
quebradeiras.

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MATERIAIS EMPREGADOS
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https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/8360/1/Apostila%20de%20esgoto%20sanit%C3%A1rio%20e%
20%C3%A1guas%20pluviais.pdf
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https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/8360/1/Apostila%20de%20esgoto%20sanit%C3%A1rio%20e%
20%C3%A1guas%20pluviais.pdf
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https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/8360/1/Apostila%20de%20esgoto%20sanit%C3%A1rio%20e%
20%C3%A1guas%20pluviais.pdf
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https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/8360/1/Apostila%20de%20esgoto%20sanit%C3%A1rio%20e%
20%C3%A1guas%20pluviais.pdf
MATERIAIS EMPREGADOS

Os ralos e grelhas são as peças por onde a água


será escoada. Eles se situam nas bacias das
pias, no fundo dos tanques, no piso de áreas
laváveis como banheiros lavanderias, dentro
dos boxes de chuveiro e banheiros.

O sistema de descarga dos vasos sanitários é


responsável escoar os efluentes e dejetos do
banheiro até o sistema de esgoto. Existem
quatro tipos de descarga:
1) Caixa de descarga
2) Caixa Acoplada
3) Válvula Hidra
4) A Vácuo
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CAIXA DE DESCARGA
A caixa de descarga um dos tipos de descarga mais simples e antigo. Ela é utilizada em locais
onde a tubulação não passa por dentro da parede.
A caixa se localiza logo acima do vaso com uma
pequena corda na lateral para o acionamento
do sistema. A maior desvantagem desse
sistema é a estética, pois as tubulações ficam
aparentes.

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CAIXA ACOPLADA
A caixa acoplada é muito utilizada hoje em dia. Sua instalação e manutenção é facilitada, pois
a água é armazenada em uma caixa de cerâmica acoplada ao vaso e seu acionamento é feito
por uma válvula na sua parte superior.
Existem versões que maximizam a economia
de água tendo na caixa um acionador duplo,
que permite liberar quantidades diferentes de
água para cada tipo de descarga.

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VÁLVULA HIDRA
A descarga com válvula hidra consiste num sistema embutido na parede por onde passa um
cano de água fria, conectando a caixa d’água ao vaso sanitário.

Quando acionada a válvula ela libera a


passagem da água até o vaso e logo em
seguida fecha a passagem.
A maior vantagem desse sistema é a pressão
da descarga, porém como desvantagem, sua
manutenção é mais dificultada em comparação
a caixa acoplada já que o sistema é embutido
na parede e o gasto de água é maior.

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A VÁCUO
Já o sistema de descarga a vácuo proporciona a maior economia de água, porém ainda é o
mais caro. Ele consome aproximadamente 1,2 litros de água por descarga, enquanto os
sistemas convencionais chegam a gastar até 12 litros.

Neste sistema o vácuo aspira os líquidos e


dejetos. Sua desvantagem é que necessita de
uma bacia e encanamentos preparados para
suportar essa pressão do vácuo.

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NORMAS

•NBR 8160/99 – Sistemas prediais de esgoto sanitário;


•NBR 14486/00 – Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário;
•NBR 12208/92 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário;
•NBR 12209/92 – Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário;
•NBR 7229/97 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;
•NBR 9649/86 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;
•NBR 13969/97 – Tanques Sépticos. Unidades de tratamento complementar e disposição final
dos efluentes líquidos.
• NBR 6493/94 – Emprego de cores para identificação de tubulações

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NORMAS 8160/99
Esta Norma estabelece as exigências e recomendações relativas ao projeto, execução, ensaio e
manutenção dos sistemas prediais de esgoto sanitário, para atenderem às exigências mínimas
quanto à higiene, segurança e conforto dos usuários, tendo em vista a qualidade destes
sistemas.

Recomendam-se as seguintes declividades mínimas:


a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;
b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100;
c) As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo
central igual ou inferior a 45°;
d) As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com
peças com ângulo central igual ou inferior a 90°.

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NORMAS 9649/86
Esta Norma fixa as condições exigíveis na elaboração de projeto hidráulico-sanitário de redes
coletoras de esgoto sanitário, funcionando em lâmina livre, observada a regulamentação
específica das entidades responsáveis pelo planejamento e desenvolvimento do sistema de
esgoto sanitário.

Trás as questões dos cálculos e fórmulas.

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