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UNED
União de Ensin o .
Superior de Diamantino
Tarcísio de Freitas, por seu turno, tem defendido que o setor é fechado, voltado a
dar lucro a poucas empresas e dominado por clãs pol íticos. Numa co nversa com
represe ntantes de empresas que operam por meio de aplicativo, em 2 de
dezembro do ano passado, o ministro pediu que o grupo "reconhecesse o
esforço do ministério" em favor do pla no de abrir o mercado. "Estamos na
mesma linha, que é promover a competição': disse. O grupo t inha sido receb ido
por Bolsonaro no Pa lácio da Alvorada. Empolgado com a presença dos
empresários, apoiadores do governo, o presidente sacou o ce lula r do bolso e fez
uma ligação por vídeo com Tarcísio. A al iança explícita do governo com os novos
interessados no mercado gerou reação imed iata. Duas semanas depois do
encontro com Bolsonaro, o Senado aprovou um projeto de lei que definia um
modelo mais restritivo para o setor de transportes, passando por cima do
decreto presidencial e enterrando na casa a polêmica norma da ANTI. Rodrigo
Pacheco atuou diretamente em favor da aprovação da proposta, na última
sessão de 2020. O texto ainda depende de aprovação da Câmara.
De parte a parte, o lobby segue forte. Enquanto o Congresso não bate o martelo,
um novo front foi aberto no Tri bunal de Contas da União, onde as companh ias
trad icionais obtiveram uma decisão monocrática do m inistro Raimundo Ca rneiro
contra a decisão da ANTT de f lexibilizar o mercado. O despacho também
suspendeu todas as novas autorizações co ncedidas pela agência a partir da
mudança na norma. O outro lado prontamente entrou em campo e, no plenário
da co rte, conseguiu derrubar a decisão de Carreiro. Também no TCU, o debate
foi aca lorado. "Poucas, pouquíssimas vezes, se é que uma vez houve, ao longo de
mais de 25 anos de exercício da jurisdição nesta corte de Contas, tive a
oportunidade de me defrontar com uma coleção de inverdades e falsidades
como as constantes da denúncia ora submetida à apreciação do plenário': reagiu
o m inistro Wa lton Alenca r ao proferir seu voto. "Nunca é demais lembrar que, a
partir de linhas de ônibus, monopolisticamente controladas, surgiram muitas das
principais empresas nacionais, que ostentam plúrimos representantes em todos
os setores do Congresso Nacional, muitas defendendo os interesses privados
que ora se examinam': emendou.
"Há uma pergunta no ar: qual é o conteúdo dessas ações? São verdadeiras ou
não são? Eu acredito que são, e é isso que me interessa, como um integrante
com mais de 40 anos de Ministério Público'~ declarou Scaloppe em depoimento
ao CNMP. "Eu entendo o ministro Gilmar, as ações eram contra ele. Acho legítimo
que o ministro atue, sei que ele telefonou para o nosso corregedor, Flávio
Fachone, ele se movimentou conversando com pessoas, não sei se conversou
/
com o tribunal, as pessoas dizem, ele tem acesso. E legítimo ele fazer isso, mas
ele é um ministro, a pressão é muito maior. Eu mesmo tenho grande respeito
(por Gilmar Mendes), mas acho que isso foi a um nível que não precisava, de
emoções'~ prossegu iu o procurador.
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IJNED
UniAo de Ensino .
Super ior de Diamantin o
A rec lamação disciplinar apresentada por Gil mar Mendes contra Daniel Balan
Zappia inclu iu ainda outro questionamento: a tentativa do promotor de reabrir
investigações re lacionadas à compra, pe lo governo do estado de Mato Grosso, de
uma facu ldade de propriedade da fam íli a de Gilmar. A União de Ensino Superior
de Diamantino, a Uned, fo i comprada pe lo estado em 2013, durante a gestão do
governador Silva i Barbosa, por 7,7 m il hões de rea is. O MP queria apurar se o
m in istro teve benefícios f inanceiros com a transação. Em fevereiro deste ano, em
uma sessão sigil osa, o TJ de Mato Grosso suspendeu as apurações relac ionadas
ao caso.
"Há três anos, ele está com essa espada apontada na cabeça': emenda.
09.04.21
ANDRÉ SPIGARIOL
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~ 0:00 / 5:10
Câmara aprovou nesta terça-fe ira, 6, um proj eto de lei que f lexibili za a
A compra de vac inas pela iniciativa privada. Se o texto for aprovado também
pelo Senado, sem mudanças, as empresas não precisarão mais esperar o f im da
imunização dos grupos prioritários pelo SUS para comprar e aplicar vacinas de
imediato em seus funcionários.
Por trás do proj eto, que passou com a bênção do presidente da Câmara, Arthur
Lira, há o interesse do Congresso em sagrar-se vitorioso numa queda de braço
que se arrasta desde o f ina l do ano passado com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, a Anvisa. O objetivo principal dos parlamentares sempre fo i o de
re laxar as exigências necessárias à aprovação do uso emergencial das vac inas, e,
com isso, abrir cam inho para a Sputnik V no Brasil . Só que o texto aprovado pela
Câmara, que va le exclusivamente para empresas privadas, é ainda mais
permissivo: assegura a compra e a utili zação dos imunizantes mesmo sem a
aprovação da Anvisa, responsável por avaliar a segurança e eficác ia das fórmu las.
Bastará, de acordo com o projeto, que a vacina tenha receb ido o aval
de ''autoridades sanitárias estrangeiras reconhecidas e certificadas pela
Organização Mundial da Saúde, a OMS'~
,
Ejustamente nesse trecho do texto que a Sputnik V se enquadra, já que foi
,
chance lada na Rússia e na Argentina. E evidente que, em um contexto de
vacinação lenta em todo o país e de fa lta de insumos suficientes para produção
de imunizantes contra o coronavírus em larga escala e sem interrupção, quanto
mais doses estiverem disponíveis para a popu lação, melhor. Mas não deixam de
chamar atenção as articulações polít icas em favor da vacina russa.
Arthur Lira: movimento para permitir que empresas vacinem empregados sem
entrar na fila do SUS
Represe ntantes da Sputnik V exercem um fo rte lobby sobre o Congresso desde
meados de 2020. Nos últimos dias, o t ime que defende o imuniza nte ganhou um
reforço de peso. Na terça, o presidente Jair Bolsonaro conve rsou por te lefone
com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e tratou da compra e da produção da
Sputnik V no Brasil. Bolsonaro, até há pouco crítico das vacinas, tem se mostrado
obcecado pela ideia de ter uma vacina para chamar de sua, de preferência que
seja mais eficaz que "a vacina chinesa de joão Doria".
Testes preli minares fe itos com a vacina russa apontam números ani madores
acerca de sua eficác ia. Há, porém, mu itos questionamentos sobre a qua lidade e a
correção dessas pesquisas. A agência europeia de med icamentos, por exemplo,
deve abrir nos próximos dias uma apu ração para averigua r se houve desvios
éticos na condução do traba lho. A Sputnik não tem aval, até o momento, de
nenhum órgão regulado r de pri meira linha no Ocidente. E tudo indica que não
terá tão cedo. Nos Estados Unidos, por razões geopolíticas, a vacina sofre grande
resistência, juntamente com as vac inas ch inesas - as autori dades ameri canas
não se mostram interessadas em fazer concessões a fórmu las desenvolvidas por
pa íses que tentam fazer f rente ao poderio americano na cena globa l. Também
não precisam, uma vez que estão inu ndados pelas vac inas da Pfizer e da
Modern a, que financiaram com bilhões de dólares, além das m ilhões de doses do
imu nizante da Astra Zeneca.
Dívutgação/Anvísa
A tv \/
I 4
disputa passou a ser t ravada nos bastidores. "E mais uma tentativa de aprovar
/
vacinas como a da Rússia e a da !ndia a qualquer custo. Estão passando por cima
da Anvisa novamente': queixa-se um especia lista da Anvisa, ouvido sob reserva.
Há um temor geral que o Brasil vire uma incubadora de variantes cada vez mais
perigosas. O que a ciência diz sobre isso?
O Brasil já se mostrou um dos celeiros principais de novas variantes, tanto que
essa cepa P1 é uma das piores que existem. Preocupa em termos de chance de
evasão da imunidade neutralizante, que é aquela que é muito dependente da
proteína S, a que os nossos anticorpos são relacionados. E' nesse local que
surgem as mutações capazes de fazer com que o vírus promova a evasão da
resposta imune. De todas as variantes conhecidas, a P1 é a segunda pior, só
perdendo para a variante sul-africana. E' importante lembrar que o Brasil testa
muito pouco. Só agora que o Butantan e a própria Fiocruz estão mais atentos
para a vigilância das variantes. A gente já sabia que existe por aqui uma variante
P2, que foi pouco discutida. Ela tem algumas mutações que promovem a evasão
da resposta imune e foi identificada em agosto no Rio de janeiro. Em novembro,
se tornou a variante mais frequente na região Sudeste. Então, os testes de
vacinas foram feitos aqui com um grande percentual da variante P2, que tem
uma mutação que sabidamente contribui para a evasão da resposta imune. Pode
ser, assim, que a baixa eficácia das vacinas testadas no Brasil é porque elas já
foram submetidas, na prática, contra essa variante também e outras tantas que
também circulam e não foram identificadas.
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''A nossa melhor vacina está atrasada"
O México, cuja agência é bem avaliada, aprovou nesta semana o uso emergencial
da Covaxin, a vacina indiana que não teve o certificado de boas práticas de
fabricação avalizado pela Anvisa. Há algum tipo de preciosismo da Anvisa na
avaliação de novas vacinas?
A Covaxin teve testes muito bons também, inclusive surpreendendo, porque ela
chegou perto da eficácia de vacinas de RNA (a fabricante anu ncio u que o
imu nizante atingiu eficác ia de 81º/o nos testes clínicos de fase 3), usando uma
tecnologia bem diferente, de nanocomponentes. Eu não sei se é preciosismo ou
se é mesmo uma condição sine qua non. Eu imagino que eles observam, nessas
inspeções, a capacidade de produção em larga escala da vacina, com a mesma
qualidade dos imunizantes usados nos testes. Se não houver essa capacidade,
corremos o risco de ter um produto que, embora tenha se mostrado eficaz nas
análises, não terá efetividade no mundo real. Eu não diria que é preciosismo,
porque se você não garantir esse controle de qualidade, você não vai receber o
produto que você comprou. Isso é tão sério que um erro na produção da vacina
da janssen levou à perda de 15 milhões de doses.
Existem outras vacinas promissoras no mercado para as quais o Brasil ainda não
está olhando?
Acho que estamos olhando todas que são promissoras. Eu entendo as críticas
que foram feitas ao governo por não ter comprado a vacina da Pfizer, mas à
época o conhecimento que a gente tinha é que era uma vacina que dependia de
uma escala de armazenamento a 70 graus negativos, e não teríamos condição de
armazenar e distribuir nessa temperatura aqui. Não era uma vacina apropriada
para a nossa realidade. Eu acho que a aposta na AstraZeneca foi uma aposta
/
muito boa, em termos de programa nacional. E claro que quanto mais vacina,
melhor. O ideal seria atacar em várias frentes, como o Canadá fez,
encomendando vacinas para quatro vezes a sua população. Essa estratégia seria
a mais adequada. Se fosse para escolher entre uma e outra, naquela época, no
meio do ano passado, seria a da AstraZeneca, até por uma questão de não
precisar dessa refrigeração a - 70~ que hoje a gente sabe que a Pfizer não
necessita, que a conta foi errada. Mas olhando lá atrás, se fosse para apostar
nossas fichas em apenas uma, a AstraZeneca tinha mais sentido lógico. A vacina
da Moderna é espetacular, assim como a da Pfizer, mas foi deixada um pouco de
lado pelo Brasil, creio eu que por questões mais comerciais, por disponibilidade
da própria vacina. Ela é a única vacina muito boa que a gente não está discutindo
no nosso dia a dia aqui no Brasil, mas mais pela questão de não haver
disponibilidade.
O que é possível fazer para conter o contágio acelerado que estamos vendo?
Se a gente não vai fazer lockdown, com certeza podemos melhorar em outros
aspectos. Vou dar um exemplo: tivemos cinco dias de lockdown em Ribeirão
Preto, quando a mobilidade na cidade diminuiu 50%. A cidade estava bem mais
vazia. O que eu acredito que dá pra fazer é parar com aglomerações fúteis. Eu vi
muito jovem em bar. O jovem criou a ideia de que ele era imune. Foi criada a
ideia de que, abaixo de 60 anos, ninguém morre se ficar doente. Chegamos ao
ponto de termos uma variante que é transmitida com muito mais facilidade e o
jovem estava na praia, no carnaval. Houve carnaval praticamente normal em
muitas cidades. Podemos melhorar porque tem muita aglomeração inútil,
aglomeração fútil. Dá para melhorar. Se diminuirmos um pouco a transmissão,
podemos evitar milhares de mortos.
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lgu ns dos m ili tares que deixa ram o Palácio do Planalto e agora se alinham
A no fro nt dos críticos de Ja ir Bolsonaro chegaram a alertá-lo, pessoa lmente,
sobre o risco que o protagonismo do trio Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro
represe ntava para o governo. Os pri meiros alertas foram fe itos antes mesmo de
estourar o escâ nda lo do "rachid" no ant igo gabinete de Flávio, o 01, na Ale rj . O
presidente não só deu de ombros como os fa rdados que o alertaram caíram em
desgraça logo depois.
Rickr/jair Bolsonaro
Os três filhos: alerta foi ignorado por Bo/sonaro, e quem alertou caiu em desgraça
Lewandowski cansou
09.04.21
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Dívu/gação/57}
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Ricardo Botelho/Mlnfra
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Divulgação/Ministério da Defesa
Estupidamente
09.04.21
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~ 0:00 / 2:18
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O Senhor Esquerda já está no segundo turno. E o que a imprensa repete sem
parar. Depois de chefiar a maior rapina de todos os tempos, de acordo com os
autos da Lava Jato, Lula se prepara para voltar à cena do crime. Se for eleito, o
Amigo da Odebrecht vai se tornar o Amigo do Centro, para a felicidade do
empresariado. É assim que ele está se apresentando: como alguém capaz de
reconstruir o Brasil, depois da terra arrasada bolsonarista. Ele pode reconstruir o
Brasil - com um contrato fraudado e direcionado para um cartel.
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Se Lula esta no segundo turno, so sobra uma vaga em 2022. E aquela que o
Senhor Centro terá de conquistar drenando votos de Jair Bolsonaro. No ano
passado, aqui na Crusoé, quando Lula ainda estava fora da disputa, comparei o
psicopata a Winston Churchill, e apostei que ele tomaria uma sova nas urnas
("sim, o presidente brasileiro é um mentecapto e um covarde - o exato contrário
de Winston Churchill. Mas há um ponto - só um - em comum entre eles: o
sentimento do eleitorado. Depois de uma guerra, as pessoas precisam renovar
tudo, inclusive o governo'1. Desde aquele dia, os crimes de Jair Bolsonaro na
guerra contra o vírus dobraram o número de mortes - e eu dobro a aposta em
sua derrota eleitoral. Com uma única ressa lva: o psicopata só vai ser empurrado
para o terceiro lugar se o Senhor Centro souber falar com seus eleitores. Isso
exclui qualquer tipo de acordo com o ex-presidiário, o candidato a ser derrotado
no segundo turno.
Manhattan Connection
09.04.21
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os dias atuais, não tenho tido mu ito tempo para assistir a programas de
N televisão. Paradoxa lmente, a pandemia do coronavírus, ao impor o
trabalho em casa para os casos nos quais isso é viável, reduz iu o tempo de lazer
e aumentou o de traba lho. O home office transformou a casa em um ambiente
de traba lho permanente, sem horários definidos de dever e de lazer. No
passado, dizia-se que o desenvolvimento tecnológico aumentaria o tempo de
ócio e de lazer dos seres humanos, mas hoje já sabemos que fomos logrados
pois ocorre exatamente o co ntrário. O ritmo do traba lho só aumentou.
Surpreendeu-me nesta semana notícia falsa divu lgada nas redes sociais por
grupo político de que o programa estaria agindo a soldo do governo de São
Paulo para critica r o governo fede ral. Atribu íram ao programa o nome "Mamata
Connection'~ De tabe la, a notícia falsa sugere que o site de notícias e opiniões O
Antagonista também seria beneficiado ind iretamente.
Não me cabe ri a a defesa do programa ou do site, mas a bem dos meus breves
momentos de lazer, tomo aqu i a liberdade de fazê-l o.
A notícia falsa não para em pé. O Manhattan Connection já era crítico ao governo
federa l e ao presidente Bolsonaro mu ito antes de sua transferênc ia para a grade
de programação da TV Cultura. Se os seus âncoras realizavam e realizam críticas
ao governo sem cobrar nada antes, por que alguém pagaria a eles para fazê-l o?
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E desagradável ve r aqueles que outrora criticavam a agressividade dos
governantes do momento em relação à imprensa assumindo, quando no poder,
a mesma postura. Não que a imprensa não possa ser criticada. Ela erra e nem
sempre os jorna listas estão bem-intencionados. Há uma tendência ainda de as
críticas, mesmo quando fu ndamentadas, serem exageradas no afã de superar a
concorrência ou de atrair a audiência. Ainda assim, a reação precisa ser
ponderada. Deve-se ensinar pelo exemplo, co rrigindo ou rebatendo, com
ponderação, as críticas cons ideradas inj ustas, bem ou mal-intenc ionadas.
Agressões, ofensas ou a utilização de notícias fa lsas para atacar a imprensa ou
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quem quer que seja nao sao nunca ace1tave1s.
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