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AULA 13
Leitura e Interpretação de textos
Sumário
1. Apresentação da aula 13
Vamos juntos?!
ras de
2. Textos jornalísticos
Portanto, o jornalismo lida com dados factuais e a divulgação desses dados. É uma
atividade comunicativa que deve levar em conta a pertinência dos fatos: o que vale a pena ser
divulgado, para quem e por que razão? Talvez não interesse para ao Brasil a construção de
uma nova linha de metrô em Tóquio, mas certamente interessa saber que haverá uma
extensão no prazo de entrega do Imposto de Renda. Por isso, o jornalista deve selecionar o
que dizer. Como vimos acima, há a possibilidade de haver jornalismo em diversos meios:
Aqui nos interessa analisar com maior profundidade a mídia impressa e a mídia digital,
pois vamos tratar de textos jornalísticos verbais.
FAKE NEWS?
O termo “fake news” (notícias falsas, em inglês) se tornou muito conhecido nos últimos
tempos. A primeira vez que apareceu com força foi nas eleições americanas de 2016, entre
Donald Trump e Hillary Clinton, em que os candidatos se acusaram mutuamente de
produzir notícias falsas com o objetivo deliberado de prejudicar a campanha um do outro.
Essencialmente, uma notícia falsa é redigida com o objetivo de legitimar uma ideia ou
deslegitimar algo/alguém. As principais características sobre as fake News são:
Essas são justamente as características que diferem as fake news das informações falsas
criadas por escritores ao longo da história: por serem fortemente ligadas à internet, as fake
news se espalham rapidamente e são de difícil apuração. A origem das informações fica
difusa, o que torna mais difícil checar as fontes ou dados que poderiam corroborá-las.
Por isso, é muito importante que você seja capaz de fazer uma leitura crítica daquilo que
é veiculado nas mídias digitais.
O tema é certamente muito relevante para o contemporâneo. Em 2016, o Dicionário da
Oxford elegeu “pós-verdade” como a palavra do ano.
É um tema que certamente pode ser útil para a sua redação, tanto como texto motivador
quando como argumentos. Não deixe de familiarizar-se com o assunto.
1.1 Gêneros
Um texto jornalístico pode se direcionar a público diversos e possuir objetivos muito
diferentes. Além disso, pode ser produzindo em diferentes formatos. Pode-se classificar um
texto jornalístico em três gêneros: informativo, interpretativo e opinativo.
Informativo
Um texto informativo é aquele que se costuma pensar quando se fala em jornalismo.
Ele trabalha sobre aquilo que é a base do texto jornalístico: a informação. Seu objetivo é
informar sem emitir juízo de valor. São exemplos de textos jornalísticos informativos:
Entrevista
• Texto que envolve perguntas e respostas, entre um entrevistador (quem pergunta) e um
entrevistado (quem responde).
• Costuma mesclar uma linguagem mais formal com uma mais informal, já que conta com
as marcas da oralidade (de quando a entrevista foi feita presencialmente).
• É apresentado na forma do discurso direto.
Nota
• Texto muito curto, que passa apenas as informações mais básicas, sem aprofundamento.
• Geralmente não contam com declarações de envolvidos.
• Podem falar sobre eventos passados que tiveram menor relevância ou sobre fatos que
ainda estão em curso e, portanto, ainda não se tem informação suficiente para escrever
nada al´m de uma nota.
Notícia
• Texto jornalístico cuja pauta se baseia em fatos ocorridos no momento presente, ou seja,
fala sobre eventos que influenciam diretamente na data da publicação. É factual: não
procura causas e consequências do evento relatado.
• São textos curtos e simples, sem grandes análises ou aprofundamento na opinião do
jornalista/veículo de comunicação. Podem contar com citações dos envolvidos, no
entanto.
• Devem ser apurados rapidamente e publicados enquanto ainda possuem relevância
para o tempo presente.
Release
• Também conhecido como comunicado de imprensa (ou press release).
• É um texto feito para comunicar algo importante à própria imprensa.
• É usado comumente pelos órgão públicos ou empresas, podendo contar com
informações práticas, como horários de abertura, valores, e-mails e telefones para
contato, etc.
Interpretativo
Um texto interpretativo trabalha com a análise. Seu objetivo é se aprofundar em algum
assunto e analisa-lo, buscando cobrir hipóteses de causa e consequência, dados de diversas
fontes e leituras críticas do tema, podendo emitir opinião sobre o objeto tratado. Podem ser
mais longos e mais complexos, dependendo da quantidade de informação levantada para
cobrir a análise. São exemplos de textos jornalísticos interpretativos:
Crítica / Resenha
•Análise interpretativa de algum objeto, comumente associada a produtos culturais ou artísticos.
•Exige aprofundamento no tema, buscando informações externas a ele e emissão de juízo de valor.
•Permite informalidade na escrita.
Reportagem
•Aprofundamento da notícia: além de informar, interpreta o fato citado.
•Pode ou não se referir a um fato do tempo presente, ou seja, não se prende à cobertura dos fatos, mas sim à
sua análise.
•Maior extensão e multiplicidade de fontes.
Opinativo
Um texto optativo trabalha com a visão do autor. É permitido nesse tipo de texto criticar
ou elogiar algo, alguém, uma situação, evento, entre outros. Há duas questões essenciais no
texto opinativo: a autoria, ou seja, de quem é a opinião transmitida; e o ângulo, ou seja, a
perspectiva de tempo, lugar de publicação e referência que motiva a escrita. Esses dois
elementos é que dão sentido a um texto de opinião. Esses são os tipos mais importantes:
Artigo
•Texto opinativo, normalmente escrito por colaboradores eventuais ou jornalistas convidados.
•Muitas vezes é chamado de artigo de opinião (e tende a aparecer nas provas).
•Sua redação é bastante semelhante à de um texto dissertativo, contando com introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Crônica
•Texto que equilibra referências a fatos corriqueiros ou eventos que se deram no presente, elaborações
filosóficas ou metafóricas e, muitas vezes, elementos narrativos.
•É um tipo bastante popular no Brasil desde o século XIX.
•É escrita em linguagem informal e despretenciosa, gerand aproximação com o público.
Editorial
•Textos que costumam aparecer no início das edições, expondo o posicionamento do jornal e da equipe
de jornalistas.
•Por vezes, pode vir intitulado como "Carta ao leitor" ou "Carta do editor".
•São textos normalmente curtos e sintéticos, por vezes apresentando um resumo dos textos da edição.
Você precisa ter sempre em mente essa divisão dos gêneros do texto jornalístico, pois
você deve ser capaz de identificar quando um texto tem por objetivo informar sobre um
assunto ou opinar sobre um assunto.
Não é só porque você leu um texto jornalístico em algum veículo que ele se torna
automaticamente isento de opinião.
3. Textos teóricos
Quando falamos em ciências, a maioria dos alunos pensa automaticamente em
biológicas ou exatas. O que muitos alunos esquecem, porém, é que as humanidades também
são ciências. Mas como nasce uma ciência?
Nessa linha, podemos dizer que a crítica científica nasce a partir de um questionamento
a uma realidade dada e, muitas vezes, estabelecida como senso comum. Em muitos sentidos,
essas Ciências da Natureza nasceram da tensão, na vida social, entre conservar o mundo tal
como ele era ou revolucioná-lo.
4. Textos não-verbais
Na hora da prova, os alunos costumam se confundir com imagens por duas razões: não
saber como interpretar um texto não verbal e não possuir repertório para interpretar. A parte
de ensinar a interpretar a imagem, eu garanto! O repertório, porém, depende de nós dois.
Nessa aula, eu vou indicar alguns assuntos e conhecimentos que podem ajudar na hora da
prova, mas é muito importante que você tenha a mente aberta para as imagens! O método
mais simples que encontrei até hoje para ensinar como interpretar imagens consiste em:
Tirinhas, cartuns, tiras, quadrinhos... são todos nomes para o mesmo tipo de texto. As
tirinhas são composições que misturam texto e imagem, normalmente numa sucessão de
quadros. É uma linguagem com a qual a maioria de nós está habituado, portanto, se torna
mais fácil compreender e interpretar.
• Questões de interpretação de texto, que exigem a união entre textos verbais e não
verbais para compreender a mensagem.
Além disso, as charges também são comuns nas provas. São ilustrações cujo objetivo é
satirizar alguém ou alguma situação. Muitas vezes, as charges apresentam caricaturas das
personagens retratadas, para tornar a situação ainda mais irônica.
➢ Dão mais valor ao poder das imagens do que das palavras, ou seja, as charges
costumam ter mais textos não verbais do que verbais.
➢ Lidam com a sátira, a exposição ao ridículo, principalmente a partir do exagero.
Tirinha Charge
Na maior parte das vezes, critica
Na maior parte das vezes, critica
situações e eventos bem situados
situações corriqueiras ou
no tempo e no espaço. É ligada a
comportamentos sociais.
atualidades.
TEXTO I
Não cante vitória muito cedo, não
Nem leve flores para a cova do inimigo
Que as lágrimas do jovem
São fortes como um segredo
Podem fazer renascer um mal antigo, sim, o sim
TEXTO II
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto I indica que a mudança nem sempre é
bem-sucedida, independentemente de quanto trabalho colocamos nisso ou
esforço.
A alternativa B está incorreta, pois a charge apenas compara a persistência dos
hábitos e práticas do passado personificadas na figura do dinossauro. Não aponta
para possíveis caminhos para a resolução desse dilema.
A alternativa C está correta, pois o texto I fala sobre a possibilidade de que não
seja possível a realização de mudanças, pois o “mal antigo” sempre pode renascer.
A charge mostra que o passado e o futuro não são tão diferentes assim, indicando
que aquilo que tratávamos como acabado, extinto – como os dinossauros – pode
ainda estar vivo.
A alternativa D está incorreta, pois não há nada na charge que aponte para uma
maior preocupação dos jovens em relação a mudanças.
Gabarito: C
5. Textos literários
Pode-se dizer que uma obra literária pode ser interpretada segundo dois aspectos:
forma e conteúdo. Quanto à forma, convém dividir os textos literários em prosa e poesia.
Prosa
Leia este trecho do discurso proferido por Machado de Assis na ocasião da inauguração
da estátua em homenagem a José de Alencar:
Prosa literária
Romance:
Conto: Novela: História mais longa, com um
Histórias de tamanho conflito central e outros
Histórias curtas, com apenas
intermediário, com diversos secundários que ocorrem em
um conflito e poucas
conflitos que se seguem e paralelo, complementando-se.
personagens.
muitas personagens. As personagens podem
aparecer e desaparecer.
➢ Tamanho:
Curtos:
Se focam apenas nas informações mais importantes, descritas de maneira sucinta.
Textos infantis, por exemplo, costumam contar com esse tipo de parágrafo.
Ex.:
“André, o bom Andrezinho, menino querido e estimado por todos que o conheciam,
achava-se desesperado, banhado em lágrimas, aflito, porque sabia que o seu
extremoso pai estava nos paroxismos finais da vida” (Histórias da Avozinha,
Figueiredo Pimentel)
Médios:
Longos:
Alguns autores utilizam parágrafos longos para descrever minuciosamente alguma
situação ou personagem. Outros autores formam períodos muito longos, com
muitos conectivos, como escolha estética, podendo assumir diversos significados.
Neste exemplo, o parágrafo é tão extenso que chega a ser o capítulo como um todo.
Ex.:
“Quando o testamento foi aberto, Rubião quase caiu para trás. Adivinhais por quê.
Era nomeado herdeiro universal do testador. Não cinco, nem dez, nem vinte contos,
mas tudo, o capital inteiro, especificados os bens, casas na Corte, uma em
Barbacena, escravos, apólices, ações do Banco do Brasil e de outras instituições,
joias, dinheiro amoedado, livros, — tudo finalmente passava às mãos do Rubião, sem
desvios, sem deixas a nenhuma pessoa, nem esmolas, nem dívidas. Uma só
condição havia no testamento, a de guardar o herdeiro consigo o seu pobre
cachorro Quincas Borba, nome que lhe deu por motivo da grande afeição que lhe
tinha. Exigia do dito Rubião que o tratasse como se fosse a ele próprio testador,
nada poupando em seu benefício, resguardando-o de moléstias, de fugas, de roubo
ou de morte que lhe quisessem dar por maldade; cuidar finalmente como se cão
não fosse, mas pessoa humana. Item, impunha-lhe a condição, quando morresse o
cachorro, de lhe dar sepultura decente em terreno próprio, que cobriria de flores e
plantas cheirosas; e mais desenterraria os ossos do dito cachorro, quando fosse
tempo idôneo, e os recolheria a uma urna de madeira preciosa para depositá-los no
lugar mais honrado da casa.” (Quincas Borba, Machado de Assis)
➢ Conteúdo:
Descritivos: Parágrafos com muitos adjetivos, cujo objetivo é detalhar algum
personagem, local ou situação.
Ex.:
“É uma sala em quadro, toda ela de uma alvura deslumbrante, que realçavam o azul
celeste do tapete de riço recamado de estrelas e a bela cor de ouro das cortinas e
do estofo dos móveis. A um lado duas estatuetas de bronze dourado representando
o amor e a castidade, sustentam uma cúpula oval de forma ligeira, donde se
desdobram até o pavimento, bambolins de cassa finíssima.” (Senhora, José de
Alencar)
Dissertativos: Parágrafos que apresentam ideias e as defendem por meio de
argumentos.
Ex.:
“Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode
determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida,
porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição
não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da
guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas
chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a
montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas
tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se
suficientemente e morrem de inanição. A paz nesse caso, é a destruição; a guerra é
a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria
da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos
das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a
dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível
ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação
que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as
batatas.” (Quincas Borba, Machado de Assis)
Ex.:
“A coisa se deu assim. Depois do meu telegrama (lembram-se: o telegrama em que
recusei duzentos mil-réis àquele pirata), a Gazeta entrou a difamar-me. A princípio
foram mofinas cheias de rodeios, com muito vinagre, em seguida o ataque tornou-
se claro e saíram dois artigos furiosos em que o nome mais doce que o Brito me
chamava era assassino. Quando li essa infâmia, armei-me de um rebenque e desci
à cidade.” (São Bernardo, Graciliano Ramos)
Poesia
Antes de entrar na estrutura da poesia em si, vamos observar os gêneros literários em
que se divide a poesia.
Gêneros
Gênero lírico
Gênero épico
Gênero dramático
Estrutura da poesia
• Verso: cada uma das linhas do poema. Pode ter regularidade de tamanho ou não.
• Estrofe: conjunto de versos, que pode se estruturar de maneira regular ou não. Cada
linha pulada no poema representa uma mudança de estrofe
ATENÇÃO: os esquemas de rimas costumam ser representados por letras, em que cada
letra corresponde a um som. Assim, na estrofe transcrita acima, o esquema de rimas seria
AABBCC, em que A = “ena”, B = “dor” e C = “eu”.
• Eu lírico ou voz lírica ou sujeito lírico: a pessoa que se expressa no poema. Não
confunda com o próprio poeta. Enquanto artista, um poeta pode falar sobre diversos
assuntos e com diversos pontos de vista. Veja, por exemplo, dois poemas de
heterônimos* de Fernando Pessoa:
Percebe-se aqui que quando assume a postura de Álvaro de Campos, o poeta escreve
sobre a cidade, a velocidade e as questões da vida urbana. Quando escreve como Alberto
Caeiro, fala sobre o campo, a natureza e a paz do campo. Apesar de ser o mesmo autor, o
sujeito lírico de cada um dos poemas é diferente.
6. Intertextualidade
Intertextualidade explícita
Observe essa imagem:
Intertextualidade implícita
Observe a comparação entre esses dois poemas:
Muitas vezes você encontrará as palavras alusão ou referência para se referir à ideia de
intertextualidade.
Lembre-se:
Alusão: menção rápida ou vaga.
Referência: menção ou ato de se reportar a algo.
Muitas vezes, o mesmo autor pode produzir textos que trabalham com a
intertextualidade. Um dos autores brasileiros que mais profundamente realiza esse diálogo
entre obras de sua própria autoria é Machado de Assis. Em nossa aula, usaremos muitos
exemplos do autor.
[CAPÍTULO IV]
ESTE QUINCAS BORBA, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias
Póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmo náufrago da existência, que
ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia.
Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que chegou, enamorou-se de
uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida, mas,
tão acanhada que os suspiros no namorado ficavam sem eco.
Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente
Rubião, fez todo o possível para casá-los. Piedade resistiu, um pleuris
a levou.
Citação
Um dos tipos de intertextualidade possíveis é a citação. A citação é o ato de referenciar
a fala de outra pessoa. Ela pode ocorrer tanto de maneira direta quanto indireta.
Citação direta
Ocorre quando o autor coloca as palavras de outro autor em seu texto assim como elas
foram escritas e referencia a origem da citação.
Ex.:
CAPÍTULO XLVII
Talvez o Rio de Janeiro para ela fosse Botafogo, e propriamente a casa
de Natividade. O pai não apurou as causas da recusa; supô-las políticas,
e achou novas forças para resistir às tentações de D. Cláudia: "Vai-te,
Satanás; porque escrito está: Ao Senhor teu Deus adorarás, e a ele
servirás". E seguiu-se como na Escritura: "Então o deixou o Diabo; e eis
que chegaram os anjos e o serviram".
(Esaú e Jacó, Machado de Assis)
Citação indireta
Ocorre quando o autor cita as palavras de outro autor, reescrevendo o texto original ou
apenas citando as palavras sem referenciar a origem.
Ex.:
Essa canção é popularmente conhecida na França. Ela faz referência à personagem irmã
Anne, do conto A Barba Azul, de Charles Perrault. O conto fala sobre um homem muito rico
que, no entanto, por possuir uma barba azul, era desprezado pelas moças. Ele vivia em um
palácio suntuoso, com tapeçarias, ouro, prata e espelhos diversos, capazes inclusive de
distorcer a imagem de quem se vê neles.
Anne é a irmã da mulher que acaba tendo que se casar com Barba Azul. Ela é uma irmã
boa – diferente de muitas dos contos de fadas. Essa fala – que em português significa
“Irmã Anne, irmã Anne, você não vê ninguém chegar?” – é proferida pela irmã quando precisa
de ajuda, pois Barba Azul está ameaçando matá-la. Anne fica no alto de uma torre, esperando
ajuda e, de quando em quando, sua irmã a pergunta isso.
Epígrafe
Uma epígrafe é frase que vem no início de um livro, um capítulo, um conto etc..
Ela funciona como um tema do texto, ou seja, resume o sentido ou mensagem da obra
como um todo. São citações diretas de outros autores.
Ex.:
*capiau: regionalismo que significa caipira ou roceiro, muitas vezes com sentido pejorativo.
Paráfrase
A paráfrase é uma reescrita do texto. Ocorre quando um autor reescreve, com suas
próprias palavras, o texto de outro, mantendo o sentido original. Veja um exemplo:
• Troca de classes gramaticais – muitas vezes, o mesmo radical pode dar origem a
palavras de diferentes classes gramaticais. O radical “estimul-“, por exemplo, gera as
palavras “estimulantes” e “estimulam”, respectivamente, adjetivo e verbo.
Paródia
Uma paródia acontece quando se faz uma releitura de uma obra, ou seja, uma
reinterpretação de algo que já existe. Ela costuma assumir tom jocoso ou irônico e,
frequentemente, parte de uma obra muito conhecida, de modo que a referência é
rapidamente reconhecida.
Veja esse poema consagrado de Gonçalves Dias. É seu poema mais conhecido de
exaltação à pátria. Como muitos escritores que se encontravam longe do Brasil, sua terra natal
se mostrava um espaço idealizado pela saudade.
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Esse poema será revisitado muitas vezes ao longo do tempo, por diversos autores.
Principalmente para os Modernistas, a primeira geração do Romantismo será fonte de
inspiração. Veja trechos de diversas obras inspiradas na Canção do Exílio:
“ “ “
Minha terra tem macieiras Minha terra tem palmares Minha terra não tem
da Califórnia Onde gorjeia o mar palmeiras...
onde cantam gaturamos de Os passarinhos daqui E em vez de um mero sabiá,
Veneza. Cantam aves invisíveis
Não cantam como os de lá
Nas palmeiras que não há.
” ” ”
Murilo Mendes em Canção Oswald de Andrade em Mario Quintana em Uma
do Exílio Canto de Regresso à canção
Pátria
Você sabia que lembrar desse poema pode te ajudar a guardar uma fórmula
matemática? Leia a fórmula do Seno do arco soma A + B (𝑠𝑒𝑛(𝐴 + 𝐵) = 𝑠𝑒𝑛 𝐴 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝐵 + 𝑠𝑒𝑛 𝐵 ∙
𝑐𝑜𝑠 𝐴 ) no ritmo da primeira estrofe do poema:
7. Lista de exercícios
A segunda metade do século XX foi marcada pelo surgimento de uma série de produtos
que contribuíram para a praticidade do nosso cotidiano. A ascensão da indústria de
materiais descartáveis foi uma das protagonistas desse desenvolvimento como, por
exemplo, a invenção do PET (Politereftalato de etileno). Inicialmente empregado na
indústria têxtil, esse tipo de plástico logo revolucionou o setor de armazenamento e
transporte de alimentos e bebidas, com as vantagens de ser inquebrável, leve e de fácil
manuseio – substituindo o vidro, pesado e frágil.
(ESA – 2020)
c) Redução dos custos de produção, pois o PET é mais barato que o vidro, por exemplo.
(ESA – 2020)
c) pressionar o governo, a fim de que recursos sejam revertidos para “campanha eco-
friendly”.
A última gota
A crise no Sistema Cantareira, que abastece quase 10 milhões de pessoas na grande São
Paulo e no interior, é um exemplo concreto de que o abastecimento de água pode ficar
comprometido também em outras cidades do Brasil. Ainda que tenhamos uma visão
otimista, os últimos episódios de seca no Sudeste e no Sul, que deixaram alguns
reservatórios de água dessas regiões em níveis críticos, mostram claramente que há
urgência na implantação de ações de conservação para a manutenção dos recursos
hídricos no país.
enquanto a capital paulista se serve da bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí. As duas bacias são responsáveis pelas maiores reversões hídricas para os sistemas
Guandu (RJ) e Cantareira (SP), respectivamente. São duas fontes que começam a ficar
saturadas porque servem a milhares de consumidores – ambas as regiões concentram
grande densidade populacional, gerando consumo de água muito maior que a capacidade
produtiva dessas bacias. Desse modo, fica mais próximo o risco de os consumidores
abrirem as torneiras e não verem a água escorrer.
(ESA – 2015)
(ESA – 2015)
(ESA – 2015)
a) impossível.
b) inviável.
c) improvável
d) indispensável.
e) invariável.
Às noites abafadas e mal dormidas seguem manhãs secas e tardes tórridas. Sem trégua
para o corpo, quem não rogou por chuva ou sombra nesta estação atipicamente
escaldante? E quem, sem encontrar o frescor que procura, não praguejou: “Calor do cão!”?
Mas o verão de 2013/2014 não será marcado tão-somente pelos recordes de temperatura.
O ar está mais do que quente. Está carregado de uma perigosa escalada de corrosão do
tecido social: briga de torcidas em Joinville; rebelião e assassinatos em presídio do
Calor do cão e dias de cão. Não é coincidência que as duas expressões se encontrem nesta
época de temperaturas inclementes. Elas foram forjadas juntas há mais de dois milênios,
sob o sol mediterrâneo. Os gregos antigos perceberam haver uma relação entre o calor
escaldante e o humor humano. Erraram na causa. Mas criaram um vigoroso simbolismo.
Para eles, a explicação estava nos céus e não na natureza do homem. O cachorro em
questão era a constelação do Cão Maior e sua principal estrela, Sírius, a mais brilhante do
firmamento (próxima às Três Marias). Os gregos notaram que Sírius, também conhecida
como Estrela Cão, sumia por cerca de 70 dias. E, pouco antes do verão, voltava a aparecer
no leste já na alta madrugada.
A conclusão a que aqueles homens chegaram foi de causa e efeito: a estrela com maior
fulgor se aproximava do sol nascente e o esquentava. Sírius provocava, então, a estação
cálida, o calor do cão. Os gregos acreditavam ainda que aquele período era marcado pela
influência maligna do astro celeste: fraqueza de ânimo, tentações da carne e pestilências.
Eram os dias de cão.
O Ocidente herdou as duas expressões e as manteve vivas de geração após geração. Elas,
afinal, continuam a dizer muito. O homem é essencialmente o mesmo desde sempre. Sofre
os efeitos da natureza, a despeito da civilização que construiu. E o abafamento do clima
continua a ser um potencial catalisador de comportamentos extremados, bestiais.
Talvez seja exagero dizer que o verão brasileiro é a causa dos dias de cão. Mas, se não há
explicações certeiras para o diagnóstico, ao menos é possível recorrer a metáforas
climáticas para apontar o remédio. É hora de esfriar os ânimos. De andar pela sombra.
Ou, para quem preferir, é tempo de procurar alguma luz na escuridão, como a das estrelas
na noite escura. E de lembrar que os homens e suas paixões vão passar, mas que elas
continuarão lá no alto – milênio após milênio.
(Disponível em http://
www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id.Acesso em 24/04/2014)
(ESA – 2014)
e) ao verão de 2013-2014.
(ESA – 2014)
Assinale o trecho em que o autor dá a entender que as expressões “calor do cão e dias de
cão” não surgiram atualmente:
d) “Talvez seja exagero dizer que o verão brasileiro é a causa dos dias de cão.”
e) “Ou, para quem preferir, é tempo de procurar alguma luz na escuridão, como a das
estrelas na noite escura”.
"Serve para toda competição: qualidade valorizada, seleção dos melhores, prática
obsessiva e persistência. Quem aplicar essa receita terá os mesmos resultados"
Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares e, dessa forma, muito mais do que os
mares. Para isso tinha os melhores navios. E, para tê-los, precisava de excelentes
carpinteiros navais. (...)
A Revolução Industrial tardia da Alemanha foi alavancada pela criação do mais respeitado
sistema de formação técnica e vocacional do mundo.(...)
Assim como temos a Olimpíada para comparar os atletas de diferentes países, existe a
Olimpíada do Conhecimento (World Skills International). É iniciativa das nações altamente
industrializadas, que permite cotejar diversos sistemas de formação profissional. Compete-
se nos ofícios centenários, como tornearia e marcenaria, mas também em desenho de
websites ou robótica.
Em 1982, um país novato nesses misteres se atreveu a participar dessa Olimpíada: o Brasil,
por meio do SENAI. E lá viu o seu lugar, pois não ganhou uma só medalha. Mas em 1985
conseguiu chegar ao 13º lugar. Em 2001 saltou para o sexto. Aliás, é o único país do
Terceiro Mundo a participar, entra ano e sai ano.
Em 2007 tirou o segundo lugar. Em 2009 tirou o terceiro, competindo com 539 alunos, de
sete estados, em 44 ocupações. É isso mesmo, os graduados do SENAI, incluindo alunos
de Alagoas, Goiás e Rio Grande do Norte, conseguiram colocar o Brasil como o segundo
e o terceiro melhor do mundo em formação profissional! (...)
Deve haver um segredo para esse resultado que mais parece milagre, quando
consideramos que o Brasil, no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), por
pouco escapa de ser o último. Mas nem há milagres nem tapetão. Trata-se de uma fórmula
simples, composta de quatro ingredientes.
Em terceiro lugar, o processo não para aí. O time vencedor mergulha em árduo período
de preparação, por mais de um ano. Fica inteiramente dedicado às tarefas de aperfeiçoar
seus conhecimentos da profissão. É acompanhado pelos mais destacados instrutores do
SENAI, em regime de tutoria individual.
Em quarto, é preciso insistir, dar tempo ao tempo. Para passar do último lugar, em 1983,
para o segundo, em 2007, transcorreram 22 anos. Portanto, a persistência é essencial.
Essa quádrupla fórmula garantiu o avanço progressivo do Brasil nesse certame no qual
apenas cachorro grande entra. (...)
A fórmula serve para toda competição: qualidade valorizada, seleção dos melhores, prática
obsessiva e persistência. Quem aplicar essa receita terá os mesmos resultados.
(ESA – 2011)
A) formação profissional.
B) qualidade valorizada.
D) aperfeiçoamento de conhecimentos.
E) persistência.
(ESA – 2011)
(ESA – 2011)
A)agradecimento.
B) honradez.
C) merecimento.
D) entusiasmo.
E) altruísmo.
Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras,
quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um
tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos
atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já
existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames,
programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras
ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e
sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual.
determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários,
escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão
na base da construção de conhecimento.
Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço
escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela
primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula.
Eu blogo. Eles blogam. E você?
II - A autora sugere que os blogs são ferramentas indispensáveis para a articulação social
no mundo moderno.
O texto começa e termina com um mesmo questionamento: "Eles blogam. E você? "
Assinale a opção que justifica, discursivamente, o emprego do pronome "você" .
E) Estabelecer, por meio dele, um diálogo com o leitor/ouvinte, com vistas ao incentivo de
uso da blogosfera.
B) "Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social."
(3° §)
E) "O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo
desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória..." (7° §)
C) mostrar à escola que livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural são coisas do passado.
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo
da rede para estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias
relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas "útil" ou
"divertida" e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita
agora como sem sentido. Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a
gravidade do que ocorria. "Como a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o
isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente detecta o
problema antes de ele ter fugido ao controle", diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já
tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet
aumenta - até culminar, pasmese, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o
estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as
conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso
relevante, resultado da frequente troca de refeições por sanduíches - que prescindem de
talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a vida social vai se
extinguindo. Alerta outra psicóloga: "Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do
que fora dela, é um sinal claro de que as coisas não vão bem".
Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão
estatística para isso - eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia
-, mas pesa também uma explicação de fundo mais psicológico, à qual uma recente
pesquisa lança luz. Algo como 10% dos entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir
à internet uma maneira de "aliviar os sentimentos negativos", tão típicos de uma etapa em
que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os adolescentes sentem-se ainda mais à
vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num momento em que a própria
personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente favorável para que
eles se expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no vício
se vê, em geral, uma combinação de baixa autoestima com intolerância à frustração. Cerca
de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum transtorno de
ansiedade. É nesse cenário que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido.
Entre os que já têm o vício, a maior adoração é pelas redes de relacionamento e pelos
jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção de começo, meio ou fim.
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados
Unidos, a dependência em internet é reconhecida - e tratada - como uma doença. Surgiram
grupos especializados por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda resiste à ideia
de que essa é uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito
semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a níveis aceitáveis de uso da
internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes
dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a rede,
afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de
conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se
privar. Toda a questão gira em torno da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso
acerca do razoável: até duas horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Quanto
antes a ideia do limite for sedimentada, melhor. Na avaliação de uma das psicólogas, "Os
pais não devem temer o computador, mas, sim, orientar os filhos sobre como usá-lo de
forma útil e saudável". Desse modo, reduz-se drasticamente a possibilidade de que, no
futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados.
B) faz uma análise subjetiva da dependência em internet, sem se ater a faixas etárias mais
propensas ao vício.
D) evidencia olheiras profundas, ganho de peso relevante, vida social que se extingue
como exemplos dos males provocados pelo uso comedido da internet.
E) parte de experiências virtuais para mostrar que o vício em internet, apesar de ser um mal
relativamente novo, já atingiu proporções irreversíveis.
D) Já que o uso da internet é como uma droga, não há perspectiva de solução para o
problema.
C) O terceiro parágrafo analisa as causas que levam ao vício em internet e propõe soluções
para o problema.
Geração Y
Com vinte e poucos anos, esses jovens são os representante da chamada Geração Y, um
grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o
estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de
mudança, eles sabem que as normas do passado não funcionam – e as novas estão
inventando sozinhos.
A novidade é que “umbiguismo” não é, necessariamente, negativo. Dizem que esses jovens
estão aptos a desenvolver a autorrealização, algo que, até hoje, foi apenas um conceito.
Questionando o que é a realização pessoal e profissional e buscando agir de acordo com
seus próprios interesses, estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito
diferente do que conhecemos.
Essa é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu
com TV, computador e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem
importância, mas estudos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais
desenvolve um sistema cognitivo diferente. Uma pesquisa do Departamento de Educação
dos Estados unidos revelou que crianças que usam programas online para aprender ficam
nove pontos acima da média geral e são mais motivadas.
Para alguns, são indivíduos multitarefas: ao mesmo tempo em que estudam, são capazes
de ler noticias na internet, checar a página do Facebook, escutar música e ainda protestar
atenção na conversa ao lado. Para eles, a velocidade é outra. Os resultados precisam ser
mais rápidos, e os desafios, constantes. É mais ou menos como se os nascidos nas duas
últimas décadas fossem um celular de última geração.
A) " . . . estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que
conhecemos." (3° § )
C) " . . .um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa." (2° § )
B) " . . . interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta
do planeta. " (1° § )
C) "...só fazem o que gostam; não conseguem passar mais de três meses no mesmo
trabalho." (1° § )
D) " . . . essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer." (1° § )
C) o estado de "umbiguismo" é inerente a qualquer geração, uma vez que todas buscam
realizações pessoais.
O grande patrimônio que temos é a memória. A memória guarda o que vivemos e o que
sonhamos. E a literatura é esse espaço onde o que sonhamos encontra o diálogo. Com a
literatura, esse mundo sonhado consegue falar. O texto literário é um texto que também
dá voz ao leitor. Quando escrevo, por exemplo: “A casa é bonita”, coloco um ponto final.
Quando você lê para uma criança “A casa é bonita”, para ela pode significar a que tem pai
e mãe. Para outra criança, "casa bonita" é a que tem comida. Para outra, a que tem colchão.
Eu não sei o que é casa bonita, quem sabe é o leitor. A importância para mim da literatura
é também acreditar que o cidadão possui a palavra. O texto literário dá a palavra ao leitor.
O texto literário convida o leitor a se dizer diante dele. Isso é o que há de mais importante
para mim na literatura.
(EAM – 2019)
Em que opção há uma passagem em que o autor interage explicitamente com o leitor?
(EAM – 2019)
C) prescinde do leitor.
D) refuta o diálogo.
E) se atém ao fato.
A “sociedade fissurada", em sentido filosófico, se define pela relação com o absoluto que
se dá tanto por meio das drogas como substâncias físicas, quanto com Deus e outras ideias
que se apresentam como substâncias metafísicas. Nesse contexto, estamos todos
“chapados” porque, se estamos fissurados, isso quer dizer que, se havia algo, ele escapa
pela fissura. Não temos como “reter" alguma coisa; por exemplo, nosso eu. Chapados,
somos uma superfície plana quando antes éramos um organismo com alguma coisa
dentro, quem sabe a alma.
Como um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem um caráter
chapado reproduzido em seus indivíduos. As “platitudes” fazem sucesso como mercadoria
e serviços: da autoajuda às músicas e filmes da indústria cultural que nada dizem, todos
estão apaixonados, emocionados com clichês. O procedimento de copy-paste é o que
comanda o mundo da linguagem sem ideias que sustenta as redes sociais e a televisão. O
sujeito da sociedade chapada é sem fundo e sem relevo, sem dobras nem reentrâncias.
Um sujeito do "irrelevante" transformado em capital. A intimidade, a interioridade, a alma,
que dependiam da ideia de profundidade, tornaram-se assuntos caducos. Só o estilo, o
fashion, o cool definem seu sentido. Desatentos a esses acontecimentos, nos tornamos
escorregadios. Deixamos para trás o caráter que, na era anterior, foi forjado a duras penas.
O consumismo torna-se o padrão de toda ação, até dos atos de fala. A reprodutibilidade
sem fim de pensamentos vazios, de emoções e ações cuja função é apenas perpetuar o
sistema, tudo o que possa evitar o questionamento - ele mesmo um perfurador de
superfícies - é o que nos resta.
Fissura - 1. pequena abertura longitudinal em fenda, rachadura, sulco. 2. Ter grande apego
ou paixão por; ficar apaixonado por. copy-paste - copiar e colar, cool - legal, bacana.
(EAM – 2019)
C) a televisão e o cinema são responsáveis pela resolução “da excitação que cura a
excitação".
E) as músicas e filmes da indústria cultural são o caminho para as "platitudes”, ou seja, para
plenitude libertadora dos clichês.
(EAM – 2019)
Que aspecto do sujeito da sociedade chapada é enfatizado em “[Ele] é sem fundo e sem
relevo, sem dobras nem reentrâncias[...].” (5°§)?
A) Superficialidade.
B) Lisura.
C) Autenticidade.
D) Instabilidade.
E) Retidão.
(EAM – 2019)
Em. "A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina
qualquer vício.”(2°§), a passagem grifada apresenta uma ideia:
A) ortodoxa.
B) redundante.
C) paradoxa.
D) conciliadora.
E) conservadora.
(EAM – 2019)
Ao afirmar que "[...] ficamos como que viciados em ideias e discursos prontos que não
passam pelo crivo da reflexão[...]." (4°§), a autora desenvolve a ideia de:
A) criticidade.
B) independência.
C) altruísmo.
D) alienação.
E) egocentrismo.
(EAM – 2019)
A) “Chapados, somos uma superfície plana quando antes éramos um organismo com
alguma coisa dentro, quem sabe a alma." (3°§)
B) “Como um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem um caráter
chapado reproduzido em seus indivíduos.” (5°§)
D) "A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina qualquer
vício." (2°§)
E) "Em termos bem simples, vivemos ansiosos, nervosos, [...] e, sobretudo, loucos por
emoções." (2°§ )
A busca pela mobilidade urbana é um desafio enfrentado pela maioria das grandes
cidades no Brasil, que esbarram em problemas como o privilégio aos transportes
individuais.
Nos últimos anos, o debate sobre a mobilidade urbana no Brasil vem se acirrando cada
vez mais, haja vista que a maior parte das grandes cidades do país vem encontrando
dificuldades em desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestionamentos ao
longo do dia e o excesso de pedestres em áreas centrais dos espaços urbanos. Trata-se,
também, de uma questão ambiental, pois o excesso de veículos nas ruas gera mais
poluição, interferindo em problemas naturais e climáticos em larga escala e também nas
próprias cidades, a exemplo do aumento do problema das ilhas de calor.
[...]
Outra questão referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida é o tempo de
deslocamento, que vem aumentando não só pelos excessivos congestionamentos e
trânsito lento nas ruas das cidades, mas também pelo crescimento desordenado delas,
com o avanço da especulação imobiliária e a expansão das áreas periféricas, o que
contrasta com o excessivo número de lotes vagos existentes. Se as cidades fossem mais
compactas, os deslocamentos com veículos seriam mais rápidos e menos frequentes.
[...]
PENA, Rodolfo F. Alves. "Mobilidade urbana no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em:
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana-no-brasil.htm. Acesso em 21
de novembro de 2017.
(EAM – 2018)
A) “[...] mas também pelo crescimento desordenado delas [...].” (6°§) - cidades.
B) “[...] referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida [...].” (6°§) - mobilidade
urbana.
D) “[...] embora esses últimos também encontrem dificuldades [...].” (4°§) - transportes
individuais.
E) “[...] que esbarram em problemas como o privilégio [...].” (1°§) - busca pela mobilidade
urbana.
(EAM – 2018)
C) a utilização de motos e bicicletas seria uma solução viável para a mobilidade urbana.
(EAM – 2018)
Pelo mar fomos descobertos e a partir do mar e dos rios consolidamos nossa
independência e fixamos as fronteiras ao norte, sul e a oeste; o que garantiu a integridade
do nosso território, com dimensões continentais. Também pelo mar e rios, ao longo de
nossa história, nos defendemos das mais graves agressões à soberania nacional.
Em decorrência da relevância dos fatos históricos que nos associam ao mar e aos rios e
da magnitude das riquezas da Amazônia Azul, o Congresso Nacional, por meio da Lei
n°13.187, de 2015, instituiu o dia 16 de novembro como “O Dia Nacional da Amazônia
Azul”.
[...]
Tendo em vista as diretrizes da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar
(CNUDM) e os estudos geopolíticos voltados para os oceanos, a “Oceanopolítica”, a
Marinha do Brasil vem consolidando o conceito político-estratégico “Amazônia Azul”, que
insere em posição decisiva os espaços oceânicos e ribeirinhos, sobre os destinos do Povo
Brasileiro e na dinâmica das Relações Internacionais.[...]
[...]
BARBOSA JUNIOR, llques. ALTE ESQ. Dia Nacional da Amazônia Azul. Disponível em:
<https://www.marinha.mil.br/content/dia-nacional-da-amazonia-azul> - Acesso em 20 nov.
2017 - Com adaptações.
(EAM – 2018)
B) grande parte do povo brasileiro ignora a importância dos mares e rios para a história do
Brasil.
C) a Amazônia Azul deve ser lembrada tão somente nas datas comemorativas, como
aconselha Rui Barbosa.
(EAM – 2018)
A) O Dia da Amazônia Azul foi instituído com a finalidade de exaltar o poderio bélico do
Brasil.
B) Os mares e rios foram responsáveis pelas mais graves agressões à soberania nacional.
E) Produtos e serviços vitais para o Brasil são exclusivamente escoados através dos mares
e rios.
“Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.”
A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados pela
concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual
a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A questão é: trabalho
é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade
que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.
Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam descanso em prol da
produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status, dinheiro.
Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não porque são dignas e,
sobretudo, necessárias, a vontade de não ser medíocre naquilo que se faz e a recusa à
estagnação. Sim, quando ambas comprometem momentos de entretenimento minando,
aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que sombra e água fresca são luxo e não
merecimento.
Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia nove
anos sem férias e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O patrimônio milionário
veio de dedicação e empenho. Mas custou caro também. Admirei a trajetória, a abdicação.
Entretanto, senti um pesar por aquele homem com conta bancária polpuda e rosto abatido.
Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.
Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra
justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em ingressos para
o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e viagens de barco.
Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que
percebem como são eficientes na missão de dar sentido à profissão. Pessoas que, por meio
de suas atribuições, transformam o mundo, sentem--se úteis, reforçam talentos. Mas até
essas se esgotam. É o famoso caso do jogador de futebol que, estressado com as
cobranças do time, vai jogar uma “pelada” para relaxar.
Desculpe a petulância ao discordar, Confúcio, mas ainda que trabalhemos com o que
amamos, será sempre trabalho. Muitas vezes prazeroso, outras tantas edificante..., mas
nunca capaz, sozinho, de suprir toda uma vida. Arregacemos as mangas conscientes de
que os pés na areia da praia e as rodas de amigos em bares são combustíveis importantes
para o bom andamento da labuta diária.
htlp://www.revÍstabula.com/7523-o-trabalho-dignifica-o-homem-o-lazer-dignifica-a-vida/
(EAM – 2017)
Com o pensamento “Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único
dia em sua vida.”, Confúcio diz que
(EAM – 2017)
A) "Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.”
(4°§)
B) "Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce." (5°§)
C) "Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que
percebem como são eficientes na missão de dar sentido à profissão." (6°§)
E) “Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer
possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.” (1°§)
(EAM – 2017)
Em “Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce." (5°§), deve-se, corretamente, compreender que
B) o ofício que se exerce é uma das poucas coisas que cumpre a função de honrar alguém.
C) exercer um ofício que possa honrar alguém se torna tão pouco eficaz.
D) são tão pouco eficazes as coisas para honrar alguém para quem exerce um ofício.
E) as poucas coisas na função de honrar alguém são, no ofício que se exerce, tão eficazes
quanto.
Com o advento dos aparelhos móveis e a ampliação dos recursos dos celulares, a
expansão da internet se dá de forma assustadora e seu uso passa de esporádico para
instantâneo. Essa evolução, ao fortalecer o paradigma de "computador onde a pessoa se
encontra, a qualquer hora e lugar", referindo-se aos aparelhos móveis, modifica, também,
comportamentos como o chamado "vício eletrônico".
Antes, a expressão indicava o vício das pessoas que não conseguiam se desligar de
seus computadores pra entrar nas redes sociais, jogar, fazer comentários ou verificar o que
está sendo postado. Hoje, há mudanças e a situação se torna mais complexa e alarmante.
Basta observar ao redor: pessoas caminhando e usando celular; pessoas em bares e
restaurantes que não interagem com outras pessoas, mas com seus aparelhos. Crianças e
adolescentes conectados o tempo todo. Adultos usando aparelhos de comunicação em
festas e cerimônias formais. Imagens sendo postadas e divulgadas a cada momento. O
chamado vício agora se irradia: as pessoas podem acessar suas informações em qualquer
lugar e horário, pois carregam os aparelhos consigo.
Percebe-se, entretanto, que as redes sociais digitais possuem um tempo de vida útil. A
rede social digital mais utilizada, atualmente, começa a apresentar desgaste devido ao uso
de "correntes", pensamentos de autores que nem sempre são verídicos, comentários
pagos por partidos políticos e excesso de propagandas de empresas na comercialização
Além dos problemas psicológicos de vício e isolamento social que estão sendo
estudados, não se podem negligenciar outros itens no quesito saúde, devido à radiação e
ao contato direto com os aparelhos, que trazem problemas como diminuição da visão,
tendinite, dor nas costas, má postura e ansiedade, entre outros. Destaca-se, por sua vez, o
lado fantástico dessa tecnologia que possibilita comunicação em tempo real, com fotos,
imagens e comentários, o que pode aproximar as pessoas e colocá-las a par dos
acontecimentos familiares, de relacionamentos e de acontecimentos de interesse público,
mesmo a longa distância. Inclusive comenta-se que as pessoas nunca escreveram ou leram
tanto como após o advento das tecnologias de informação e comunicação, Não vamos
entrar aqui no mérito do que e de como se escreve, o que tem se tornado preocupação
dos professores e professoras de Língua Portuguesa pela qualidade duvidosa e pelos
incontáveis erros de escrita que circulam pela internet.
Enfim, devemos aprender a dosar o uso das novas tecnologias de comunicação para
que seus benefícios possam ser aproveitados de maneira a contribuir para a real
aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com liberdade e não como escravidão
e dominação.
(EAM – 2016)
A) para as empresas, as redes sociais são utilizadas como passatempo para os funcionários
que captam novos clientes.
(EAM – 2016)
D) As novas tecnologias precisam ser dosadas, pois todo exagero acarreta desequilíbrio.
E) O isolamento nas redes sociais é causado pelas propagandas das empresas e pelos
comentários pagos por partidos políticos.
(EAM – 2016)
A) O uso de redes sociais digitais traz benefícios e malefícios, mas estes superam aqueles.
B) As redes sociais são benéficas, desde que usadas para que as pessoas se aproximem,
compartilhem ideias e realizem ações conjuntas.
C) Há uma crítica veemente aos erros de escrita produzidos peias pessoas nas redes sociais.
E) O texto analisa o chamado "vício eletrônico", mostrando que esse problema afeta
exclusivamente crianças e adolescentes.
Texto 4
No texto 4, no fragmento ”Eles só vão se juntar dentro da boca (…)“ o pronome destacado
retoma a:
(A) Intactos.
(B) Filetes coloridos.
(C) Gel.
(D) Cremes.
(E) Buraquinhos.
TEXTO 3
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos
vestidos e parasse de se pintar.
Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os
decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da
gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à
passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se
interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair. Tão
esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio
pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher.
Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma
rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar.
Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de
vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
(ESA – 2019)
a) " ... permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos ... "I A esposa silencia para
agradar o marido.
b) "Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom." I Ela não tem mais atitudes
humanas por causa da anulação de sua identidade.
c) "Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias."/ A esposa perde a
matéria que a torna ser.
d) "E continuou andando pela casa de vestido de chita."/ Reforça a ideia de que o homem
não se importava com a esposa.
e) “Ninguém a olhava duas vezes."/ Sua aparência não mais chamava a atenção
(ESA – 2019)
Marina Colasanti ressalta tanto a violência física quanto a violência simbólica praticada
contra a mulher. Assinale o item em que há um exemplo de violência física:
c) "...foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos
altos.".
(ESA – 2019)
Assinale a alternativa que explica o sentido do trecho "enquanto a rosa desbotava sobre a
cômoda":
paradas
para comprar
pastéis
pés de moleque
sonhos
- principalmente sonhos!
sempre... nisto,
o apito da locomotiva
e o trem se afastando
e o trem arquejando
é preciso partir
é preciso chegar
... no entanto
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
(QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Antônio T. Antologia Escolar,
Vol.1; BIBLIEX; p. 169.)
(ESA – 2011)
Em função do que é dito nos versos do poema, observa-se que o “eu lírico”:
B) é um homem agitado, que leva uma vida de passageiro com luxo e mordomias.
C) deseja ser mau e mórbido, por isso faz suas viagens pelas estrelas.
D) tem fome e pouco dinheiro, logo não gasta com comidas que não alimentam.
E) é uma voz que clama por tranquilidade e brada contra a poluição do ar.
(ESA – 2011)
(ESA – 2011)
A) alienada.
B) condolente.
C) reflexiva.
D) firme.
E) irresponsável.
E) As coisas boas veiculadas pela televisão fazem com que os telespectadores sejam felizes.
A) Abnegação.
B) Perseverança.
C) Altruísmo.
D) Improbidade.
E) Comodismo.
A) água é comparada com Wi-fi porque ambos são importantes hoje em dia
(EAM – 2014)
ÔNIBUS LOTADO
O ônibus aguardava no ponto final, no alto de uma ladeira. Após os passageiros entrarem,
seguiu ladeira abaixo.
E o senhor, ofegante:
- Não posso. Sou o motorista!
(EAM – 2009)
O pronome demonstrativo usado em ". . . sou eu sentado nesta caixa" se justifica porque o
falante.
TEXTO II
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas leituras não era a beleza das frases,
mas a doença delas.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença, pode muito que você carregue para o
resto da vida um certo gosto por nadas. . .
E se riu.
BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
(EAM – 2009)
(EAM – 2009)
"Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, / esse gosto esquisito." (versos 4 e 5).
Esse gosto é considerado esquisito porque;
B) elogia os gramáticos.
(EAM – 2009)
Pôr-do-sol da freira
Premiado no Brasil e no estrangeiro, famoso já, coberto de glórias literárias e sociais, ele
chegou em casa e encontrou a filha em prantos.
A filhinha já não era tão filhinha. Dezoito anos, terminava o científico. E foi entre soluços
que ela contou o drama: estava ameaçada de levar bomba em Português. Autora das
piores redações de todo o ano letivo, a madre professora dera a chance: ou fazia uma
composição decente que redimisse todos os pecados acumulados ou ficava sem média
para os exames. E ela - que brilhava em Matemática, que ganhara o prêmio de viagem a
Mataripe pela melhor nota de Geografia, que era autoridade em Renascença e em Guerras
Púnicas - sentiu na boca o gosto amargo da bomba a caminho.
- Uma humilhação! - berrou o pai pelo meio da sala. A filha de um homem traduzido em
chinês, em copta, em servo-croata, editado pelo MacMillan, da Academia Brasileira de
Letras, patrono de escolas e universidades, ter uma filha ameaçada de bomba em redação!
Uma vergonha!
A filha enxugou as lágrimas. O pai, ferido no orgulho, quebraria o galho agora. E quase
quebrou a sopeira que vinha da cozinha.
- Suspendam o jantar ! Vou fazer a redação para minha filha. Quero ver o que essa freira
de...
- Papai !
Quando o homem atingia ao palavrão é que o negócio estava preto mesmo. E tão preto
que todo mundo começou a pisar na ponta dos pés, em respeito à concentração intelectual
do chefe da casa, que se trancara no gabinete.
Limpou a mesa, varejou papéis velhos e apanhou a caneta de estimação, a mesma com
que escrevera seu maior exito de venda e crítica, Os Selvagens. Aquela pena fora elogiada
por William Faulkner e John dos Passos. Pois com aquela pena começou.
- Qual é o tema?
- Pôr-do-sol, papai.
O homem acordou ao meio-dia, com outro bode armado na sala de baixo. Sob as cobertas,
distinguia o choro de sua filha e as vozes abafadas que a consolavam.
E o pai, traduzido em servo-croata, editado pelo MacMillan, deu um uivo e rolou pela
escada, espumando contra a freira e contra o pôr-do-sol.
CONY, Carlos H. Pôr-do-sol da freira. In: CONY, Carlos H. Quinze anos. São Paulo: Ediouro,
2003, pp. 30-32.
Metapoesia
as intempéries da vida.
cisnes ou lagartos
GURGEL, Nádia. Metapoesia. In: MEDEIROS, Giselda. A7EB Letras. Fortaleza: RBS, 2003, p.
168.
(EAM – 2008)
(EAM – 2008)
Com relação aos desejos da poetisa e o que constata na própria realidade, percebe-se que
existe um sentimento de;
A) inconstância.
B) desespero.
C) impotência.
D) raiva.
E) indiferença.
(EAM – 2010)
II - A linguagem utilizada pelo sobrinho contradiz a justificativa dada pelo tio, no primeiro
quadrinho, ao pedir ajuda a fim de entender o acordo ortográfico.
III- Ao ler o texto do sobrinho, o tio percebe que o menino não pode ajudá-lo a entender o
acordo ortográfico porque não parece estar interessado nas mudanças ocorridas.
O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café,
tomando umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o
diabo.
De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali
dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela preocupação, e logo um turco, tão forte
como o alemão, levantou-se de lá e perguntou:
- Isso é comigo?
Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão.
Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um
português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para
cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem
sentidos.
O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que
ele dizia era certo. Não havia homem para ele ali naquele café.[…] Até que, lá do canto do
- Isso é comigo?
O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e
veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e...PIMBA!O
alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro.
Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame.
Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são
mais malandros do que os outros.
a viola e o violão.
e da Olívia o violão.
O violão duvidava
vela a vida
Violeta violada
(Cecília Meireles)
Tome como referência as seguintes frases: texto 1 “ O negócio aconteceu num café. Tinha
uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras.” e texto 2 “ Havia a
viola da vila, a viola e o violão. Do vilão era a viola, e da Olívia o violão.” – linhas 01 a 04. Há
uma diferença na linguagem e no estilo utilizados nos dois textos, caracterizando-os,
respectivamente, como:
A) música e texto.
C) texto e poesia.
D) prosa e poesia.
E) texto e prosa.
No texto 1, por que a senhora achou que a história não tinha terminado?
D) Porque como todo brasileiro, mesmo apanhando, ele não iria desistir.
E) Porque ela tinha a convicção de que o brasileiro não levaria a pior como os outros.
O texto 1 “ Vamos acabar com esta folga” é uma crônica que retrata uma situação
envolvendo pessoas nascidas em vários países que estão tomando “umas e outras” em um
café. Que período representa melhor a ideia sugerida no título do texto?
A) ”Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa
mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros.“ - linhas 40 a 43.
B) ”De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele
ali dentro.“ - linhas 06 a 08.
C) ”O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o
que ele dizia era certo.“ - linhas 24 a 26.
D) ”Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e
não conversou.“ - linhas 18 a 20.
Texto 3
A) Barbarismo.
B) Solecismo.
C) Preciosismo.
D) Vulgarismo.
E) Ambiguidade.
TEXTO 1 – FUGA
Mal colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala,
fazendo um barulho infernal.
Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas:
Não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas
coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de
madeira com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a
chave da dispensa? - a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesoura enferrujada, sua
única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.
A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao
redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão:
- Viu um menino saindo desta casa? - gritou para o operário que descansava diante da obra
do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do
muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o
botão, o pedaço de biscoito e – saíra de casa desprevenido – uma moeda de 1 cruzeiro.
Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à avenida, como
disposto a atirar-se diante do lotação que surgia a distância.
O lotação deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no
asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o
braço como a um animalzinho:
- Que susto você me passou, meu filho – e apertava-o contra o peito fora de si.
Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
- Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai. - Me larga. Eu quero ir embora.
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta
da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa.
E o barulho recomeçou.
(Fernando Sabino)
TEXTO II
Profundamente
Apenas balões
Passavam, errantes
Silenciosamente
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Dançavam
Cantavam
E riam
Dormindo
Profundamente.
Porque adormeci
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Dormindo
Profundamente.
(Manuel Bandeira)
TEXTO 3
TEXTO 4
De acordo com o texto 4, o pronome pessoal do caso reto “eles” é utilizado no primeiro
balão e depois no terceiro balão. A quem o pronome “eles” se refere em cada balão,
respectivamente?
A) Os peixes – os meninos.
B) Os peixes – a mãe.
E) Os meninos – os peixes.
Tome como referência as seguintes frases: texto 1 - linhas 62 e 63 “- Fique aí quietinho, está
ouvindo? Papai está trabalhando.” e texto 3 - linhas 1 a 6 “Os principais problemas da
agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo
caráter da modernização, do que à persistência de segmentos que dela teriam ficado
imunes.”. É possível observar que o registro da linguagem utilizado em ambos os trechos
foi diferente, podendo ser classificados, respectivamente, como registros
A) culto e coloquial.
B) informal e culto.
C) informal e popular.
D) culto e formal.
E) popular e informal.
Jaguar. Átila, você é bárbaro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p.166-7.
TEXTO 1
- Falar português não é difícil – me diz um francês residente no Brasil -, o diabo é que, mal
consigo aprender, a língua portuguesa já ficou diferente. Está sempre mudando.
E como! No Brasil as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Ainda bem a gente
não conseguiu aprender uma nova expressão, já vem o pessoal com outra.
Não é somente pela gíria que a gente é apanhado. (Aliás, já não se usa mais a primeira
pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é 'a gente'.) A própria linguagem corrente
vai-se renovando, e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. É preciso ficar atento,
para não continuar usando palavras que já morreram, vocabulário de velho que só velho
entende.
- Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
Os que acharem natural esta frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com
um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestidos de roupa
de banho em vez de calção ou biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca.
Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de
um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada e percorrer um quarteirão
em vez de uma quadra. Viajarão de trem de ferro acompanhados de sua esposa ou sua
senhora em vez de sua mulher.
A lista poderia ser enorme, mas vou ficando por aqui, pois entre escrever e publicar há
tempo suficiente para que tudo que eu disser caia em desuso – é dito e feito.
TEXTO 2
Pesquisa
de novo estreantes
de 1910
sozinhos
(QUINTANA, Mário. © by herdeiros de Mário Quintana. Porta Giratória. São Paulo, Globo,
1997.)
A) adequado e inadequado.
B) estrangeiros e expressões.
C) gírias e guerras.
D) linguagem e futuro.
E) presente e passado.
A raposa viu que vinha vindo um cavalo carregado com cabaças cheias de mel de abelhas.
Mais que depressa deitou-se no meio da estrada, fingindo-se de morta. O tangerino parou
e achou o bicho muito bonito. Não tendo tempo de esfolar, para aproveitar o pelo, sacudiu
a raposa no meio da carga e seguiu viagem. Vai a raposa e se farta de mel, pulando depois
para o chão e ganhou o mato. O homem ficou furioso mas não viu mais nem a sombra da
raposa.
Dias depois a raposa encontrou a onça que a achou gorda e lustrosa. Perguntou se ela
descobrira algum galinheiro.
— Qual galinheiro, camarada onça, minha gordura é de mel de abelha que dá força e
coragem.
Levou a onça para a estrada, depois de muita volta, e ensinou a conversa. A onça deitou-
se e ficou estirada, dura, fazendo que estava morta. Quando o comboeiro avistou aquele
bichão estendido na areia, ficou com os cabelos em pé e puxou logo pela sua garrucha.
Não vendo a onça bulir, aproximou-se, cutucou-a com o cabo do chicote e gritou para os
companheiros:
Meteram a faca com vontade na onça que, meio esfolada, ganhou os matos, doida de raiva
com a arteirice da raposa.
(Contos tradicionais do Brasil, Luís da Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro, 2003)
“A raposa viu que vinha vindo um cavalo carregado com cabaças cheias de mel de abelhas.
Mais que depressa deitou-se no meio da estrada, fingindo-se de morta. O tangerino
passou e achou o bicho muito bonito.” (linhas 1 a 4)
A) Onça.
B) Abelha.
C) Cavalo.
D) Raposa.
E) Tangerino.
7.1 Gabarito
1. A 24. A 47. C
2. E 25. C 48. A
3. A 26. D 49. B
4. B 27. A 50. B
5. D 28. A 51. C
6. A 29. E 52. C
7. C 30. C 53. A
8. E 31. B 54. E
9. C 32. D 55. A
10. C 33. D 56. E
11. C 34. E 57. D
12. E 35. B 58. C
13. A 36. C 59. B
14. B 37. D 60. D
15. A 38. B 61. B
16. E 39. B 62. E
17. B 40. B 63. A
18. E 41. E 64. E
19. B 42. A 65. D
20. B 43. D 66. A
21. B 44. A 67. B
22. A 45. A 68. A
23. B 46. D 69. E
70. D
(ESA – 2020)
c) Redução dos custos de produção, pois o PET é mais barato que o vidro, por exemplo.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o texto indica que a “ascensão da indústria de materiais
descartáveis foi uma das protagonistas desse desenvolvimento” da praticidade no cotidiano.
A alternativa C está incorreta, pois o plástico é dito ser “inquebrável, leve e de fácil
manuseio”, não necessariamente mais barato.
Gabarito: A
(ESA – 2020)
c) pressionar o governo, a fim de que recursos sejam revertidos para “campanha eco-
friendly”.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois essa é a consequência para a indústria, não que ela
deve fazer isso.
A alternativa B está incorreta, pois nesse caso as indústrias e empresas são o mesmo
referente no texto.
A alternativa C está incorreta, pois em nenhum momento se fala que empresas devem
pressionar governos.
A alternativa D está incorreta, pois em nenhum momento se fala que empresas devem
financiar estudos.
A alternativa E está correta, pois quando apresenta os 3Rs – reduzir, reutilizar e reciclar
– o texto fala que “A indústria fica encarregada da terceira etapa”.
Gabarito: E
(ESA – 2015)
Comentários:
A alternativa A está correta, pois no último parágrafo a autora afirma que “São
necessários investimentos urgentes para a adequação dos sistemas produtores de água,
sobretudo no Sudeste, e planejamento para otimização de uso das fontes hídricas. Além disso,
a proteção de áreas naturais é condição sine qua non, pois a qualidade e a quantidade de
água produzida pela natureza dependem da manutenção da vegetação nativa”
Uma vez que as necessidades para garantir o abastecimento de água estão todas no
último parágrafo, apenas a alternativa A poderia se adequar.
Gabarito: A
(ESA – 2015)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a autora fala sobre manutenção dos mananciais, não
uso.
A alternativa B está correta, pois no primeiro parágrafo a autora diz que “há urgência na
implantação de ações de conservação para a manutenção dos recursos hídricos no país”.
A alternativa C está incorreta, pois a ideia das ações é justamente a manutenção, não o
esgotamento.
A alternativa D está incorreta, pois a ideia ano é recuperar para explorar, mas para
garantir a manutenção.
Gabarito: B
(ESA – 2015)
a) impossível.
b) inviável.
c) improvável
d) indispensável.
e) invariável.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não há aqui a ideia de que é impossível proteger
áreas naturais para a manutenção das fontes hídricas.
A alternativa B está incorreta, pois não há aqui a ideia de que é uma ação sem
viabilidade proteger áreas naturais para a manutenção das fontes hídricas.
A alternativa C está incorreta, pois não há aqui a ideia de que é pouco provável que se
consiga proteger áreas naturais para a manutenção das fontes hídricas.
A alternativa D está correta, pois o trecho indica que além de planejamento e otimização
do uso de fontes hídricas, e preciso também proteger áreas naturais para se alcançar o
objetivo.
Gabarito: D
(ESA – 2014)
e) ao verão de 2013-2014.
Comentários:
A alternativa C está correta, pois o calor é descrito como muito difícil, inclemente de tão
quente.
A alternativa E está correta, pois é esse o verão a que o autor se refere, marcado por
temperaturas recordes.
Gabarito: A
(ESA – 2014)
Assinale o trecho em que o autor dá a entender que as expressões “calor do cão e dias de
cão” não surgiram atualmente:
d) “Talvez seja exagero dizer que o verão brasileiro é a causa dos dias de cão.”
e) “Ou, para quem preferir, é tempo de procurar alguma luz na escuridão, como a das
estrelas na noite escura”.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois nesse trecho não há nenhuma referência temporal.
A alternativa B está incorreta, pois aqui o autor fala sobre um momento em que as
temperaturas se encontram, mas não sobre seu surgimento.
A alternativa C está correta, pois nesse trecho o autor faz referência a “mais de dois
milênios”, ou seja, não poderiam ter surgido agora.
A alternativa D está incorreta, pois nesse trecho não há nenhuma referência temporal.
A alternativa E está incorreta, pois aqui o autor dá uma sugestão de ação para o
presente, mas não sobre o surgimento das expressões.
Gabarito: C
(ESA – 2011)
B) qualidade valorizada.
D) aperfeiçoamento de conhecimentos.
E) persistência.
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois a valorização das qualidades depende de sua prática,
exposição, e ela só é adquirida com aquisição prévia de conhecimentos.
A alternativa C está incorreta, pois os melhores nesse contexto são os que detém mais
conhecimento que foi, portanto, previamente adquirido.
Gabarito: E
(ESA – 2011)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois os exemplos históricos não são novos, são situações
que ocorreram no passado.
A alternativa B está incorreta, pois o texto não fala sobre a construção de navios. Esse é
apenas um exemplo de excelência da Inglaterra.
A alternativa C está correta, pois o título do texto, “Sucesso tem fórmula”, indica que é
possível seguir uma série de passos para alcançar o sucesso. Para comprovar isso, o autor faz
uso de exemplos históricos que comprovem sua ideia.
A alternativa E está incorreta, pois os profissionais são valorizados nesses trechos, como
em “precisava de excelentes carpinteiros navais”.
Gabarito: C
(ESA – 2011)
A)agradecimento.
B) honradez.
C) merecimento.
D) entusiasmo.
E) altruísmo.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não há aqui a noção de que se deve agradecer por
alcançar um posto, pois se trabalhou para merecer essa posição.
A alternativa D está incorreta, pois não se aponta que as pessoas estariam empolgadas
ou entusiasmadas com se tornarem representantes do Brasil.
A alternativa E está incorreta, pois ser altruísta e conseguir um cargo por mérito não são
necessariamente equivalentes.
Gabarito: C
II - A autora sugere que os blogs são ferramentas indispensáveis para a articulação social
no mundo moderno.
Comentários:
A afirmativa II está correta, pois tendo em vista o poder de articulação social da internet,
a possibilidade de poder trocar comentários com o autor do blogue e tornar-nos nós mesmos
autores de blogues é uma questão fundamental para o mundo moderno.
A afirmativa III está correta, pois a autora confronta objetos físicos “livros, giz, carteiras,
quadro-negro, mural” com outros que pertencem ao digital, imaterial “ imagens, dados e sons
que trafegam e são armazenados no espaço virtual”.
Gabarito: C
(Col. Naval – 2009)
O texto começa e termina com um mesmo questionamento: "Eles blogam. E você? "
Assinale a opção que justifica, discursivamente, o emprego do pronome "você" .
E) Estabelecer, por meio dele, um diálogo com o leitor/ouvinte, com vistas ao incentivo de
uso da blogosfera.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto foi veiculado em uma revista, logo, não tinha
um interlocutor direto presente.
A alternativa B está incorreta, pois o texto não é escrito com ninguém em especial em
mente. É uma pergunta ao leitor em potencial.
A alternativa E está correta, pois ao questionar o leitor diretamente, a autora indica uma
aproximação com ele, chamando-o à ação, incentivando-o a ter também um blogue.
Gabarito: E
(Col. Naval – 2009)
B) "Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social."
(3° §)
E) "O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo
desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória..." (7° §)
Comentários:
A alternativa A está correta, pois aqui a autora não usa adjetivos subjetivos tampouco
opina sobre o mundo em que vivemos. Ela apenas faz uma descrição.
A alternativa B está incorreta, pois o trecho “Um dos aspectos mais sedutores” explicita
a opinião da autora.
Gabarito: A
(Col. Naval – 2009)
C) mostrar à escola que livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural são coisas do passado.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois ainda que se fale sobre isso em um trecho,
apontando possibilidades, não é esse o objetivo do texto.
A alternativa B está correta, pois a autora descreve o funcionamento dos blogs para
indicar que eles podem servir para propósitos pedagógicos, principalmente por conta da
interação, necessidade de pesquisa para a criação de um post e prática da escrita .
A alternativa C está incorreta, pois a autora não fala mal do passado. Ela apenas faz a
comparação entre os objetos utilizados no passado e os que podem ser usados hoje.
Gabarito: B
(Col. Naval – 2010)
B) faz uma análise subjetiva da dependência em internet, sem se ater a faixas etárias mais
propensas ao vício.
D) evidencia olheiras profundas, ganho de peso relevante, vida social que se extingue
como exemplos dos males provocados pelo uso comedido da internet.
E) parte de experiências virtuais para mostrar que o vício em internet, apesar de ser um mal
relativamente novo, já atingiu proporções irreversíveis.
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois o texto aponta que “a parcela de viciados representa,
nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web - com
concentração na faixa dos 15 aos 29 anos”.
A alternativa D está incorreta, pois esses sintomas aparecem em pessoas que usam a
internet de maneira desmedida.
A alternativa E está incorreta, pois em nenhum momento o texto aponta que seriam
situações irreversíveis, uma vez que há até tratamentos indicados.
Gabarito: A
(Col. Naval – 2010)
D) Já que o uso da internet é como uma droga, não há perspectiva de solução para o
problema.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois tanto a diversão quanto o uso prático podem ocorrer,
desde que sem uso excessivo.
A alternativa C está incorreta, pois que faz essa afirmação são os usuário, não os
especialistas.
A alternativa D está incorreta, pois há no texto diversas soluções, que passam desde as
mais simples, como a atribuição de limites por parte dos pais, até tratamentos para viciados
com profissionais especializados.
A alternativa E está correta, pois o texto defende que “Toda a questão gira em torno da
dose ideal”, ou seja, encontrar uma justa medida para o uso de internet.
Gabarito: E
(Col. Naval – 2010)
C) O terceiro parágrafo analisa as causas que levam ao vício em internet e propõe soluções
para o problema.
Comentários:
A alternativa C está incorreta, pois ainda que haja a expressão das causas, não há
soluções apresentadas aqui.
Gabarito: B
(Col. Naval – 2011)
A) " . . . estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que
conhecemos." (3° § )
C) " . . .um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa." (2° § )
D) " . . . se preocupam com o ambiente, têm fortes valores morais..." (1° § )
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois nesse parágrafo o autor diz que “A novidade é que
“umbiguismo” não é, necessariamente, negativo”.
A alternativa B está incorreta, pois nesse parágrafo o autor diz que “A novidade é que
“umbiguismo” não é, necessariamente, negativo”.
A alternativa D está incorreta, pois isso são características positivas, não negativas.
A alternativa E está correta, pois nesse trecho do parágrafo se apontam traços negativos
dos jovens da geração Y: “Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais, impacientes,
preocupados consigo mesmos e até egoístas”.
Gabarito: E
(Col. Naval – 2011)
B) " . . . interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta
do planeta. " (1° § )
C) "...só fazem o que gostam; não conseguem passar mais de três meses no mesmo
trabalho." (1° § )
D) " . . . essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer." (1° § )
Comentários:
A alternativa B está correta, pois apenas nessa alternativa vê-se uma caracterização da
geração Y como pessoas que pensam no outro, no planeta, ou seja, tem atitudes altruístas,
não egoístas, individualistas.
Gabarito: B
C) o estado de "umbiguismo" é inerente a qualquer geração, uma vez que todas buscam
realizações pessoais.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois eles também são caracterizados por uma
preocupação com bandeiras sociais, nem sempre ostentadas da mesma maneira que as
gerações anteriores.
A alternativa B está correta, pois ainda que seja caracterizada por traços de egoísmo,
essa geração também “têm valores éticos muito fortes; priorizam o aprendizado e as relações
humanas”, por exemplo.
A alternativa D está incorreta, pois essa geração é caracterizada como pessoas que “têm
valores éticos muito fortes” e são capazes de pensar no coletivo.
A alternativa E está incorreta, pois a geração Y é descrita como formada por pessoas
multitarefas, com outra velocidade de pensamento.
Gabarito: B
(EAM – 2019)
Em que opção há uma passagem em que o autor interage explicitamente com o leitor?
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois aqui o autor menciona o leitor, mas não fala
diretamente com ele.
A alternativa B está correta, pois aqui o autor se dirige diretamente ao leitor, fazendo
uso do pronome “você” e o verbo “Ler” na terceira pessoa do singular, concordando com
“você”.
A alternativa C está incorreta, pois aqui o autor menciona o leitor, mas não fala
diretamente com ele.
A alternativa D está incorreta, pois aqui não há nenhuma referência ao leitor, tampouco
um uso verbal direcionado ao interlocutor.
A alternativa E está incorreta, pois aqui o autor fala sobre percepções pessoais, mas não
se dirige ao leitor.
Gabarito: B
(EAM – 2019)
D) refuta o diálogo.
E) se atém ao fato.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o autor usa o exemplo da descrição de “casa bonita”
para mostrar como na literatura muitos elementos estão abertos à interpretação do leitor –
algo a que ele se refere como “voz do leitor”. Cada um imagina uma casa bonita de um jeito.
O texto é aberto à interpretação de casa um a partir das suas referências.
A alternativa C está incorreta, pois o texto aponta que o “texto literário dá a palavra ao
leitor”.
A alternativa D está incorreta, pois o texto aponta que “a literatura é esse espaço onde
o que sonhamos encontra o diálogo”.
Gabarito: A
Fissura - 1. pequena abertura longitudinal em fenda, rachadura, sulco. 2. Ter grande apego
ou paixão por; ficar apaixonado por. copy-paste - copiar e colar, cool - legal, bacana.
________________________________________________________________________________
(EAM – 2019)
C) a televisão e o cinema são responsáveis pela resolução “da excitação que cura a
excitação".
E) as músicas e filmes da indústria cultural são o caminho para as "platitudes”, ou seja, para
plenitude libertadora dos clichês.
Comentários:
A alternativa B está correta, pois o texto indica que “O preconceito tem a estrutura de
nossa relação com a substância, dependemos dele, ficamos como que viciados em ideias e
discursos prontos que não passam pelo crivo da reflexão. Repetimos compulsivamente ideias
prontas como quem busca o incomparável prazer da primeira vez”.
A alternativa C está incorreta, pois segundo o texto o cinema e a televisão não resolvem
essa questão, mas são responsáveis por ela.
A alternativa E está incorreta, pois a indústria cultural é aquela que gera os clichês, não
que os elimina.
Gabarito: B
(EAM – 2019)
Que aspecto do sujeito da sociedade chapada é enfatizado em “[Ele] é sem fundo e sem
relevo, sem dobras nem reentrâncias[...].” (5°§)?
A) Superficialidade.
B) Lisura.
C) Autenticidade.
D) Instabilidade.
E) Retidão.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois algo que não tem fundo tampouco relevo, volume, é
algo superficial, pouco profundo.
A alternativa B está incorreta, pois ainda que lisura pudesse dar uma ideia de algo que
não tem dobras nem reentrâncias, não se pode dizer que “lisura” seja algo sem fundo.
A alternativa C está incorreta, pois autenticidade não é uma característica de algo que
não é profundo ou sem volume.
A alternativa E está incorreta, pois, assim como em “lisura”, mesmo que “retidão”
pudesse dar uma ideia de algo que não tem dobras nem reentrâncias, não se pode dizer que
“lisura” seja algo sem fundo.
Gabarito: A
(EAM – 2019)
Em. "A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina
qualquer vício.”(2°§), a passagem grifada apresenta uma ideia:
A) ortodoxa.
B) redundante.
C) paradoxa.
D) conciliadora.
E) conservadora.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois “ortodoxo” é algo rigoroso. Não fala sobre
contradição.
A alternativa B está incorreta, pois não há aqui repetição o redundância, mas uma
construção contraditória, paradoxal.
A alternativa C está correta, pois algo que tira a paz e dá a paz ao mesmo tempo é algo
paradoxal.
Gabarito: C
(EAM – 2019)
Ao afirmar que "[...] ficamos como que viciados em ideias e discursos prontos que não
passam pelo crivo da reflexão[...]." (4°§), a autora desenvolve a ideia de:
A) criticidade.
B) independência.
C) altruísmo.
D) alienação.
E) egocentrismo.
Comentários:
A alternativa C está incorreta, pois altruísmo dá ideia de pensar no próximo, o que não
ocorre aqui.
A alternativa D está correta, pois a ideia de que não refletimos, ficando viciados em
ideias prontas, remete à noção de alienação, alheamento da realidade.
Gabarito: D
(EAM – 2019)
A) “Chapados, somos uma superfície plana quando antes éramos um organismo com
alguma coisa dentro, quem sabe a alma." (3°§)
B) “Como um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem um caráter
chapado reproduzido em seus indivíduos.” (5°§)
D) "A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina qualquer
vício." (2°§)
E) "Em termos bem simples, vivemos ansiosos, nervosos, [...] e, sobretudo, loucos por
emoções." (2°§ )
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois aqui há uma descrição da sociedade, não dos seres
humanos.
A alternativa C está incorreta, pois aqui há uma descrição da sociedade, não dos seres
humanos.
A alternativa D está incorreta, pois aqui há uma descrição da sociedade, não dos seres
humanos.
A alternativa E está incorreta, pois aqui há uma descrição das pessoas na sociedade,
mas não fala sobre a busca pela felicidade ou pelo prazer.
Gabarito: A
(EAM – 2018)
A) “[...] mas também pelo crescimento desordenado delas [...].” (6°§) - cidades.
B) “[...] referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida [...].” (6°§) - mobilidade
urbana.
D) “[...] embora esses últimos também encontrem dificuldades [...].” (4°§) - transportes
individuais.
E) “[...] que esbarram em problemas como o privilégio [...].” (1°§) - busca pela mobilidade
urbana.
Comentários:
Gabarito: A
(EAM – 2018)
C) a utilização de motos e bicicletas seria uma solução viável para a mobilidade urbana.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a solução não passa por um aumento no número de
ruas, mas numa mudança dos tipos de transporte usados e na distribuição populacional.
A alternativa B está incorreta, pois a ideia aqui é falar sobre as grandes cidades do Brasil,
não sobre países em desenvolvimento como um todo.
A alternativa E está correta, pois no texto se afirma que “se as cidades fossem mais
compactas, os deslocamentos com veículos seriam mais rápidos e menos frequentes”.
Gabarito: E
(EAM – 2018)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto fala que houve incentivo à política rodoviarista
no Brasil ao longo do tempo.
A alternativa C está correta, pois o texto fala sobre " crescimento desordenado delas,
com o avanço da especulação imobiliária e a expansão das áreas periféricas” como um
problema para a mobilidade urbana nas cidades.
A alternativa E está incorreta, pois as ciclovias ainda não são tão comuns nas grandes
cidades.
Gabarito: C
(EAM – 2018)
B) grande parte do povo brasileiro ignora a importância dos mares e rios para a história do
Brasil.
C) a Amazônia Azul deve ser lembrada tão somente nas datas comemorativas, como
aconselha Rui Barbosa.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto deixa evidente que os portos do país e
terminais portuários são responsáveis pela circulação de produtos e riquezas de diferentes
naturezas.
A alternativa B está correta, pois o texto indica que é preciso “entender a importância
dos mares e rios exige a absorção de conhecimentos e percepções que, normalmente, deixam
de estar à disposição de significativa parte do Povo Brasileiro”. Se ainda é preciso que isso
ocorra é porque o povo ainda não tem consciência de toda essa importância.
A alternativa C está incorreta, pois a importância da Amazônia Azul é diária, não restrita
a uma data comemorativa.
A alternativa D está incorreta, pois não há no texto indicação de que a Amazônia Azul
esteja passando por algum tipo de ameaça.
Gabarito: B
(EAM – 2018)
A) O Dia da Amazônia Azul foi instituído com a finalidade de exaltar o poderio bélico do
Brasil.
B) Os mares e rios foram responsáveis pelas mais graves agressões à soberania nacional.
E) Produtos e serviços vitais para o Brasil são exclusivamente escoados através dos mares
e rios.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o dia foi criado “em decorrência da relevância dos
fatos históricos que nos associam ao mar e aos rios e da magnitude das riquezas da Amazônia
Azul”.
A alternativa B está incorreta, pois no primeiro parágrafo do texto aponta-se que a partir
do mar e dos rios, “consolidamos nossa independência e fixamos as fronteiras ao norte, sul e
a oeste; o que garantiu a integridade do nosso território, com dimensões continentais” e “os
defendemos das mais graves agressões à soberania nacional”.
A alternativa C está incorreta, pois a proximidade à costa nesse caso é considerada uma
vulnerabilidade.
A alternativa D está correta, pois o texto aponta que a marinha desenvolve programas
estratégicas como “Programa Nuclear da Marinha, Programa de Desenvolvimento de
Submarinos, Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré e Obtenção da
Capacidade Operacional Plena”.
A alternativa E está incorreta, pois o texto fala que “circulam parcela preponderante das
riquezas nacionais, tais como granéis sólidos e líquidos, contêineres e commodities de toda
ordem, como aquelas oriundas do agronegócio” não a totalidade delas.
Gabarito: D
(EAM – 2017)
Com o pensamento “Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único
dia em sua vida.”, Confúcio diz que
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois essa frase fala sobre a importância de amar o seu
trabalho.
A alternativa B está incorreta, pois o amor não prescinde do trabalho. Essa frase fala
sobre a importância de amar seu trabalho.
A alternativa C está incorreta, pois não há era hierarquização na frase. A ideia é que
trabalhar com o que se ama torna o trabalho melhor.
A alternativa D está correta, pois essa frase contraria a ideia de trabalho como algo
penoso ou ruim. Quando se escolhe trabalhar com algo que se gosta, o trabalho se tona uma
espécie de lazer.
A alternativa E está incorreta, pois a ideia da frase é valorizar o trabalho com amor, não
expor as condições do trabalho feito sem ele.
Gabarito: D
(EAM – 2017)
B) "Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce." (5°§)
C) "Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que
percebem como são eficientes na missão de dar sentido à profissão." (6°§)
E) “Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer
possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.” (1°§)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois aqui há uma noção de condição, não de oposição.
A alternativa B está incorreta, pois aqui há uma noção de comparação, não de oposição
A alternativa D está incorreta, pois aqui há a exortação a uma atitude, não uma oposição.
A alternativa E está correta, pois a oração “mas não substitui a capacidade que só o lazer
possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas” se opõe à
informação da oração anterior, que fala que o trabalho pode ser divertido. A ideia é que
mesmo que seja divertido, o trabalho segue não tendo a mesma função que os omentos de
lazer.
Gabarito: E
(EAM – 2017)
Em “Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce." (5°§), deve-se, corretamente, compreender que
B) o ofício que se exerce é uma das poucas coisas que cumpre a função de honrar alguém.
C) exercer um ofício que possa honrar alguém se torna tão pouco eficaz.
D) são tão pouco eficazes as coisas para honrar alguém para quem exerce um ofício.
E) as poucas coisas na função de honrar alguém são, no ofício que se exerce, tão eficazes
quanto.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a eficácia citada é ligada ao papel do ofício para
trazer honra.
A alternativa B está correta, pois o período original dá a ideia de que o ofício exercido
por alguém é uma das poucas coisas capaz de trazer honra para esse alguém.
A alternativa C está incorreta, pois a honradez que se fala aqui não é em relação a outra
pessoa, mas a si mesmo.
A alternativa D está incorreta, pois o ofício é que é responsável por trazer honra, não
outras coisas.
A alternativa E está incorreta, pois a honradez que se fala aqui não é em relação a outra
pessoa, mas a si mesmo.
Gabarito: B
(EAM – 2016)
A) para as empresas, as redes sociais são utilizadas como passatempo para os funcionários
que captam novos clientes.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois as redes sociais não são passatempo, mas uma forma
de promoção de bens e serviços, ou seja, parte do trabalho e da divulgação das marcas.
A alternativa B está incorreta, pois o texto afira que “O próprio conceito de redes sociais
é antigo e indica a integração de pessoas que têm um objetivo comum e se comunicam para
compartilhar ideias ou realizar ações conjuntas”.
A alternativa C está correta, pois o texto aponta que “as redes sociais digitais possuem
um tempo de vida útil”, característica que as torna efêmeras.
A alternativa D está incorreta, pois segundo o texto, o avanço das redes sociais “tem se
tornado preocupação dos professores e professoras de Língua Portuguesa pela qualidade
duvidosa e pelos incontáveis erros de escrita que circulam pela internet”.
A alternativa E está incorreta, pois as empresas não ajudam pessoas. Elas utilizam as
informações dos clientes em potencial para aumentar suas vendas.
Gabarito: C
(EAM – 2016)
D) As novas tecnologias precisam ser dosadas, pois todo exagero acarreta desequilíbrio.
E) O isolamento nas redes sociais é causado pelas propagandas das empresas e pelos
comentários pagos por partidos políticos.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto não indica que as pessoas sejam viciadas em
escrita e leitura, ainda que com a internet ambos os hábitos se tornem mais frequentes.
A alternativa D está correta, pois o texto afirma que “devemos aprender a dosar o uso
das novas tecnologias de comunicação para que seus benefícios possam ser aproveitados de
maneira a contribuir para a real aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com
liberdade e não como escravidão e dominação”.
A alternativa E está incorreta, pois as redes sociais não estão isoladas. Elas podem gerar
isolamento em pessoas que as utilizam em excesso.
Gabarito: D
(EAM – 2016)
A) O uso de redes sociais digitais traz benefícios e malefícios, mas estes superam aqueles.
B) As redes sociais são benéficas, desde que usadas para que as pessoas se aproximem,
compartilhem ideias e realizem ações conjuntas.
C) Há uma crítica veemente aos erros de escrita produzidos peias pessoas nas redes sociais.
E) O texto analisa o chamado "vício eletrônico", mostrando que esse problema afeta
exclusivamente crianças e adolescentes.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois não há essa comparação indicando que haveria mais
malefícios do que benefícios.
A alternativa B está correta, pois o texto indica que “devemos aprender a dosar o uso
das novas tecnologias de comunicação para que seus benefícios possam ser aproveitados de
maneira a contribuir para a real aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com
liberdade e não como escravidão e dominação”.
A alternativa E está incorreta, pois qualquer pessoas pode estar sujeita a viciar-se em
tecnologia, haja vista sua presença em nossa vida atualmente.
Gabarito: B
(Fuzileiro Naval – 2019)
Texto 4
tubo. A bisnaga inteira é preenchida por creme dental comum, de cor branca. Nas laterais
superiores do tubo, encontramos o gel colorido que dá forma às listras. O segredo é que
o gel e o creme seguem por “estradas” exclusivas até bem perto da saída. A parte branca
sobe por um duto que tem pouco mais de meio centímetro de diâmetro, a mesma
dimensão da pasta que chega até a escova. O gel, por sua vez, flui por quatro buraquinhos
de 1 milímetro que desembocam no duto principal. Lá dentro, as pequenas saídas de gel
interceptam o fluxo de pasta branca e as listras coloridas começam a se espalhar pelo
creme. Como isso acontece a apenas 1,5 centímetro da saída, os filetes coloridos saem
quase intactos. Eles só vão se juntar dentro da boca, na hora em que a gente escova os
dentes.
No texto 4, no fragmento ”Eles só vão se juntar dentro da boca (…)“ o pronome destacado
retoma a:
(A) Intactos.
(C) Gel.
(D) Cremes.
(E) Buraquinhos.
Comentários:
O pronome “eles”, aqui, retoma um termo anterior que esteja perto o suficiente para
não gerar ambiguidade. Dentre os termos anteriores, o que se encaixa no contexto é “filetes
coloridos”. Reescrita, a oração seria:
“Os filetes coloridos só vão se juntar dentro da boca, na hora em que a gente escova os
dentes”.
Gabarito: B
(Fuzileiro Naval – 2018)
TEXTO 3
Comentários:
A alternativa B está correta, pois o texto aponta que, mais do que a abrangência da
modernização, os problemas resultam dos impactos causados por ela. O setor agrícola ainda
não está adequado às modernizações.
A alternativa C está incorreta, pois o texto não indica que esses processos tenham sido
graduais.
A alternativa D está incorreta, pois há adoção dos processos mais modernos, ainda que
haja uma dificuldade de adequação no setor.
A alternativa E está incorreta, pois não é a adequação que gera o processo, mas a
inadequação.
Gabarito: B
(ESA – 2019)
b) "Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom." I Ela não tem mais atitudes
humanas por causa da anulação de sua identidade.
c) "Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias."/ A esposa perde a
matéria que a torna ser.
d) "E continuou andando pela casa de vestido de chita."/ Reforça a ideia de que o homem
não se importava com a esposa.
e) “Ninguém a olhava duas vezes."/ Sua aparência não mais chamava a atenção
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois esse trecho indica que o marido perdeu o interesse
na esposa, não que ela estava tentando agradá-lo.
A alternativa B está incorreta, pois esse trecho indica que ela perdeu a vaidade, não as
atitudes humanas.
A alternativa C está incorreta, pois esse trecho indica que o marido começou a sentir
falta de como a esposa era antes dele muda-la completamente.
A alternativa D está incorreta, pois esse trecho indica que a esposa já não tinha mais
nenhuma vaidade, não que o marido parara de se importar com a esposa.
A alternativa E está correta, pois esse trecho indica que despida da vaidade, a esposa
se tornou alguém que não chamava mais a atenção como antes. Sua aparência já não era mais
chamativa.
Gabarito: E
(ESA – 2019)
Marina Colasanti ressalta tanto a violência física quanto a violência simbólica praticada
contra a mulher. Assinale o item em que há um exemplo de violência física:
c) "...foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos
altos.".
Comentários:
A alternativa A está correta, pois nesse trecho há uma ação física: cortar os cabelos da
mulher com uma tesoura.
A alternativa B está incorreta, pois jogar fora as roupas e joias da mulher é uma violência
simbólica, não contra o corpo físico da esposa.
A alternativa C está incorreta, pois exigir que ela troque de roupas é uma violência
simbólica, não contra o corpo físico da esposa.
A alternativa D está incorreta, pois exigir que ela troque de roupas ou que ela não use
mais maquiagem é uma violência simbólica, não contra o corpo físico da esposa.
A alternativa E está incorreta, pois esse trecho mostra as reações que os homens tinham
quando viam a esposa, não violências que ela sofria.
Gabarito: A
(ESA – 2019)
Assinale a alternativa que explica o sentido do trecho "enquanto a rosa desbotava sobre a
cômoda":
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois a mulher já se encontra sem forças ou vontades, assim
como a rosa está desbotada.
A alternativa C está incorreta, pois a personagem não sente raiva nem desleixo, apenas
não tem mais vaidade nem vitalidade.
A alternativa D está correta, pois a rosa é uma metáfora visual para a própria perda de
vitalidade da personagem, que teve sua identidade anulada pelo marido por ciúmes.
A alternativa E está incorreta, pois não há nada que sugere que a rosa seja uma metáfora
para o corpo feminino.
Gabarito: D
(ESA – 2011)
Em função do que é dito nos versos do poema, observa-se que o “eu lírico”:
B) é um homem agitado, que leva uma vida de passageiro com luxo e mordomias.
C) deseja ser mau e mórbido, por isso faz suas viagens pelas estrelas.
D) tem fome e pouco dinheiro, logo não gasta com comidas que não alimentam.
E) é uma voz que clama por tranquilidade e brada contra a poluição do ar.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o eu lírico diz “fecho os olhos e sonho: / viajar, viajar”,
indicando que a viagem não é só física, como mental.
A alternativa E está incorreta, pois a poluição do ar não é uma questão para o eu lírico.
Gabarito: A
(ESA – 2011)
Comentários:
A alternativa A está correta, pois a ideia do trecho é de ajeitar-se e um canto que fosse
seu.
A alternativa B está incorreta, pois a ideia de acomodar-se não tem a ver nesse caso com
entender-se.
A alternativa C está incorreta, pois não há analogia possível aqui, nesse contexto, entre
adaptação e acomodação. É uma questão física, de onde se acomodar.
A alternativa D está incorreta, pois o “lugar” aqui não tem a ver com pensamentos
necessariamente.
A alternativa E está incorreta, pois não há aqui a ideia que o lugar fosse dado por outra
pessoa, mas que o eu lírico se coloca no seu lugar.
Gabarito: A
(ESA – 2011)
Comentários:
A alternativa D está correta, pois a ideia de indefinidamente aqui tem a ver com sem
saber para onde ir ou sem tempo definido, não tem a ver com pessoas conhecidas e seus
nomes.
Gabarito: D
B) condolente.
C) reflexiva.
D) firme.
E) irresponsável.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois ele revela postura crítica, não alienada.
A alternativa B está incorreta, pois ele não revela sentimento de compaixão ou pena
nesse trecho.
A alternativa C está correta, pois Miguelito reflete sobre a ideia de que a publicidade
vende de que seríamos felizes através do consumo.
A alternativa D está incorreta, pois ele não está falando de maneira dura, mas reflexiva.
A alternativa E está incorreta, pois não há irresponsabilidade em sua fala. Ele esta
apenas omitindo sua opinião crítica sobre um assunto.
Gabarito: C
(Col. Naval – 2012)
E) As coisas boas veiculadas pela televisão fazem com que os telespectadores sejam felizes.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois a publicidade vende uma ideia de que seríamos felizes
através do consumo.
A alternativa C está incorreta, pois essa é a impressão que as propagandas passam, mas
em nenhum momento se mencionam diferentes veículos de comunicação para além da
televisão.
A alternativa E está incorreta, pois os telespectadores não seriam felizes apenas por ver
anúncios de produtos. Seria preciso consumi-los.
Gabarito: A
(Col. Naval – 2013)
A) Abnegação.
B) Perseverança.
C) Altruísmo.
D) Improbidade.
E) Comodismo.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois abnegação dá ideia de altruísmo, o que não aparece
na charge.
A alternativa E está incorreta, pois o que a charge fala é o contrário: o texto fala sobre
perseverança.
Gabarito: B
(Col. Naval – 2019)
A) água é comparada com Wi-fi porque ambos são importantes hoje em dia
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois ainda que a internet tenha se tornado presente na
vida das pessoas, não se pode dizer que ela seja tão essencial à vida quanto água.
A alternativa B está correta, pois a imagem dá a ideia de que a internet tomou conta de
tantos espaços na vida das pessoas que mudou os hábitos: visitar alguém é uma situação social
que também acaba sendo atravessada pela internet.
A alternativa C está incorreta, pois não é uma questão de vergonha o que se aponta
aqui, mas de hábito e prioridade.
A alternativa D está incorreta, pois ambos os pedidos podem ser vistos como sinais de
intimidade, uma vez que a senha do wifi e alguém também é um dado pessoal.
Gabarito: B
(Col. Naval – 2018)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o texto faz uso do pronome “seu”, o que indica
comunicação direta com o leitor.
A alternativa E está incorreta, pois não há palavras de uso contrário, mas a apresentação
de espécies diferentes.
Gabarito: C
(EAM – 2014)
ÔNIBUS LOTADO
O ônibus aguardava no ponto final, no alto de uma ladeira. Após os passageiros entrarem,
seguiu ladeira abaixo.
E o senhor, ofegante:
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois o ônibus estava lotado de passageiros, mas não tinha
nenhum motorista.
A alternativa C está correta, pois o motorista está correndo atrás do ônibus porque o
veículo saiu correndo ladeira abaixo sem ninguém dirigindo. Ele está preocupado, porém os
passageiros sequer perceberam a ausência do motorista.
A alternativa D está incorreta, pois ele está correndo atrás do ônibus por ele estar
andando sem motorista, não por estar atrasado.
Gabarito: C
(EAM – 2009)
O pronome demonstrativo usado em ". . . sou eu sentado nesta caixa" se justifica porque o
falante.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o pronome “nesta” é utilizado pelo falante para referir-
se a elementos que estejam próximos a si. Como ele está dentro da caixa, a proximidade se
justifica.
A alternativa B está incorreta, pois ambos estão na caixa, não há a vontade de roubá-la
de ninguém.
A alternativa C está incorreta, pois ambos estão na caixa, não apenas o ouvinte de sua
fala.
A alternativa D está incorreta, pois ambos estão na caixa, não apenas seu interlocutor.
A alternativa E está incorreta, pois no quadrinho anterior não se fala de caixa. Ela é
referida como “máquina do tempo”.
Gabarito: A
TEXTO II
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas leituras não era a beleza das frases,
mas a doença delas.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença, pode muito que você carregue para o
resto da vida um certo gosto por nadas. . .
E se riu.
Há que saber apenas errar bem o seu idioma. Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro
professor de agramática.
BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
(EAM – 2009)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois isso é como o menino se sentia antes do limpamento
que a frase do padre lhe causou.
A alternativa C está incorreta, pois o padre conversa com o menino por esse receio, mas
é sua fala que promove o livramento.
A alternativa E está correta, pois a referência ao limpamento de receios está logo após
“- Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável, o Padre me disse.”. Ou seja, essa
afirmação do padre faz com que o menino se sinta melhor.
Gabarito: E
(EAM – 2009)
"Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, / esse gosto esquisito." (versos 4 e 5).
Esse gosto é considerado esquisito porque;
B) elogia os gramáticos.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o gosto estranho a que ele se refere é preferir os
defeitos da gramática, ou seja, os erros no português, à grafia correta.
A alternativa D está incorreta, pois o preceptor não parece espantado com o que o
menino diz a ele.
A alternativa E está incorreta, pois o menino não propôs uma alteração da gramática,
apenas expos seu gosto pelas incorreções.
Gabarito: A
(EAM – 2009)
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois não é uma questão com a capacidade da professora,
mas com a avaliação que ela faz do trabalho da menina.
A alternativa D está incorreta, pois não se pode presumir que a professora não gostasse
do pai e da filha, apenas que ela não gostou do trabalho que eles fizeram.
A alternativa E está incorreta, pois os dois ficam inconformados com a nota que a freira
deu ao trabalho, o que fica claro em “distinguia o choro de sua filha” e “E o pai, traduzido em
servo-croata, editado pelo MacMillan, deu um uivo e rolou pela escada, espumando contra a
freira e contra o pôr-do-sol”.
Gabarito: E
(EAM – 2008)
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a autora fala que não consegue ter ideias para
escrever.
A alternativa C está incorreta, pois a autora vê muitas situações, mas nenhuma a inspira
verdadeiramente.
A alternativa D está correta, pois todo o poema se constrói e torno da ideia de que a
autora está num bloqueio criativo, que a impede de escrever poesia e encontrar inspiração.
A alternativa E está incorreta, pois a autora reclama que não consegue traduzir em
figuras de linguagem situações que vê na vida a seu redor.
Gabarito: D
(EAM – 2008)
Com relação aos desejos da poetisa e o que constata na própria realidade, percebe-se que
existe um sentimento de;
A) inconstância.
B) desespero.
C) impotência.
D) raiva.
E) indiferença.
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois a autora não parece em desespero, apenas relatando
sua situação de impotência.
A alternativa D está incorreta, pois a autora não parece sentir raiva, apenas relatando
sua situação de impotência.
Gabarito: C
(EAM – 2010)
II - A linguagem utilizada pelo sobrinho contradiz a justificativa dada pelo tio, no primeiro
quadrinho, ao pedir ajuda a fim de entender o acordo ortográfico.
III- Ao ler o texto do sobrinho, o tio percebe que o menino não pode ajudá-lo a entender o
acordo ortográfico porque não parece estar interessado nas mudanças ocorridas.
Comentários:
A afirmativa I está incorreta, pois não há crítica ao novo acordo ortográfico, mas uma
expressão da diferença no modo de falar de cada geração.
A afirmativa II está correta, pois o tio pensa em pedir ajuda ao sobrinho para entender
o acordo ortográfico, mas ao ver o modo como o sobrinho escreve, ele repensa seu pedido,
já que não entende o modo como ele escreve.
A afirmativa III está incorreta, pois o tio repensa seu pedido não pelo desinteresse do
sobrinho, que parece solícito, as por não compreender as gírias e modo de escrever do
menino.
Gabarito: B
Tome como referência as seguintes frases: texto 1 “ O negócio aconteceu num café. Tinha
uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras.” e texto 2 “ Havia a
viola da vila, a viola e o violão. Do vilão era a viola, e da Olívia o violão.” – linhas 01 a 04. Há
uma diferença na linguagem e no estilo utilizados nos dois textos, caracterizando-os,
respectivamente, como:
A) música e texto.
C) texto e poesia.
D) prosa e poesia.
E) texto e prosa.
Comentários:
Gabarito: D
(Fuzileiro Naval – 2019)
Comentários:
A alternativa B está correta, pois um dos versos do poema afirma “O vilão levou-lhe a
vida, / levando o violão dela” e “Vida de Olívia – levada / por um violão violento”.
A alternativa D está incorreta, pois não há menção aos perigos da vila. Apenas ao vilão
que levou seu violão embora.
A alternativa E está incorreta, pois não se pode pressupor pelo poema que Olívia teria
matado alguém.
Gabarito: B
(Fuzileiro Naval – 2019)
No texto 1, por que a senhora achou que a história não tinha terminado?
D) Porque como todo brasileiro, mesmo apanhando, ele não iria desistir.
E) Porque ela tinha a convicção de que o brasileiro não levaria a pior como os outros.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois na situação descrita da briga final há apenas o alemão
e o brasileiro.
A alternativa B está incorreta, pois não se pode pressupor que ela tivesse uma
expectativa de história mais longa, apenas que se surpreendeu com o desfecho.
A alternativa D está incorreta, pois a característica atribuída aos brasileiros no texto não
é a da persistência, mas a fama da malandragem.
A alternativa E está correta, pois no último parágrafo do texto é dito “Qual é o fim da
história? Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa
mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros”. Ou seja, a
interlocutora acha estranho que brasileiros não se deem bem no fim da história, pois
costumam ter fama de serem “mais malandros do que os outros”.
Gabarito: E
(Fuzileiro Naval – 2019)
O texto 1 “ Vamos acabar com esta folga” é uma crônica que retrata uma situação
envolvendo pessoas nascidas em vários países que estão tomando “umas e outras” em um
café. Que período representa melhor a ideia sugerida no título do texto?
A) ”Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa
mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros.“ - linhas 40 a 43.
B) ”De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele
ali dentro.“ - linhas 06 a 08.
C) ”O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o
que ele dizia era certo.“ - linhas 24 a 26.
D) ”Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e
não conversou.“ - linhas 18 a 20.
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois o alemão se dá bem no fim do texto, logo, não se
pode dizer que foi o comportamento dele que foi identificado como “folga” tampouco que
acabaram com o comportamento do alemão.
Gabarito: A
(Fuzileiro Naval – 2019)
Texto 3
A) Barbarismo.
B) Solecismo.
C) Preciosismo.
D) Vulgarismo.
E) Ambiguidade.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois barbarismo é o uso incorreto de uma palavra, seja na
pronúncia, na grafia ou escolha morfológica, o que não ocorre aqui.
A alternativa E está correta, pois quando Jon fala “pega-lo” ele está se referindo ao rato,
não ao biscoito que ele roubou. Garfield, porém, pega a comida ao invés de pegar o animal.
Como ambas as palavras – rato e biscoito – são masculinas, a construção fica ambígua, o que
legitima a atitude de Garfield.
Gabarito: E
Comentários:
O texto 3 é um texto jornalístico que, por contar com uma análise sobre algum fato,
pode ser entendido como uma reportagem.
Gabarito: D
(Fuzileiro Naval – 2018)
De acordo com o texto 4, o pronome pessoal do caso reto “eles” é utilizado no primeiro
balão e depois no terceiro balão. A quem o pronome “eles” se refere em cada balão,
respectivamente?
A) Os peixes – os meninos.
B) Os peixes – a mãe.
E) Os meninos – os peixes.
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois “mãe” é um termo feminino singular, logo, não
poderia ser substituído por “eles”.
Gabarito: A
(Fuzileiro Naval – 2018)
Tome como referência as seguintes frases: texto 1 - linhas 62 e 63 “- Fique aí quietinho, está
ouvindo? Papai está trabalhando.” e texto 3 - linhas 1 a 6 “Os principais problemas da
agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo
caráter da modernização, do que à persistência de segmentos que dela teriam ficado
imunes.”. É possível observar que o registro da linguagem utilizado em ambos os trechos
foi diferente, podendo ser classificados, respectivamente, como registros
A) culto e coloquial.
B) informal e culto.
C) informal e popular.
D) culto e formal.
E) popular e informal.
Comentários:
A alternativa B está correta, pois no primeiro trecho selecionado há uma fala de um pai
para um filho, num contexto de informalidade; e no segundo, há um texto jornalístico,
publicado num veículo de comunicação, o que demanda um registro culto da linguagem.
A alternativa C está incorreta, pois não se pode dizer que o texto jornalístico se apoie
num registro popular da linguagem.
A alternativa D está incorreta, pois a conversa entre pai e filho não se dá por meio do
registro culto da linguagem.
A alternativa E está incorreta, pois não se pode dizer que o texto jornalístico se apoie
num registro informal da linguagem.
Gabarito: B
(Fuzileiro Naval – 2017)
Jaguar. Átila, você é bárbaro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p.166-7.
Comentários:
A alternativa A está correta, pois o homem é visto na tirinha como inimigo de si próprio,
ressaltando que a evolução das armas fez com que ele se tornasse cada vez mais danoso a si,
acabando por se destruir.
A alternativa B está incorreta, pois há uma crítica na ideia de construção de armas cada
vez mais potentes. Não se pode dizer que isso seja irônico.
A alternativa C está incorreta, pois a ironia está no homem construir armas potentes que
acabam por destruí-lo, não em armas aparentemente menos fortes sendo consideradas
destruidoras.
A alternativa E está incorreta, pois o foguete citado aqui não tem a ver diretamente com
exploração espacial, mas com destruição em massa.
Gabarito: A
(Fuzileiro Naval – 2017)
A) adequado e inadequado.
B) estrangeiros e expressões.
C) gírias e guerras.
D) linguagem e futuro.
E) presente e passado.
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois não há no texto 2 uma importância para a figura do
estrangeiro.
A alternativa C está incorreta, pois não há no texto 1 uma relevância ao tema da guerra.
A alternativa D está incorreta, pois nenhum dos textos pensa a noção de futuro, apenas
as noções de passado e presente.
A alternativa E está correta, pois o texto 1 fala sobre como as palavras envelhecem e se
tornam estranhas com o tempo, expondo uma relação de passado e presente; e o texto 2 fala
sobre como notícias de jornal, sempre entendidas como “novidades” se tornam velhas e
caducas com o tempo, também tensionando noções de passado e presente.
Gabarito: E
(Fuzileiro Naval – 2006)
“A raposa viu que vinha vindo um cavalo carregado com cabaças cheias de mel de abelhas.
Mais que depressa deitou-se no meio da estrada, fingindo-se de morta. O tangerino
passou e achou o bicho muito bonito.” (linhas 1 a 4)
A) Onça.
B) Abelha.
C) Cavalo.
D) Raposa.
E) Tangerino.
Comentários:
A alternativa B está incorreta, pois a abelha é a responsável por fazer o mel que a raposa
come.
A alternativa C está incorreta, pois o cavalo é quem carrega o el, não quem está deitado
na estrada.
A alternativa D está correta, pois esse trecho apresenta a estratégia da raposa para
conseguir subir no caminhão. O bicho a que se refere aqui é a raposa.
A alternativa E está incorreta, pois tangerino é o homem quem passa pela estrada, não
o animal.
Gabarito: D
7. Considerações Finais
É isso, meu/ minha querido (a)! Finalizamos a nossa aula. Espero que tenha gostado!
@fabiola soares
@professafabiolasoares
Fé na missão!