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Aprendizagem Conectada

Atividades Escolares
2° ano do Ensino Médio
Linguagem
Língua Portuguesa - Carga horária mensal 15 horas
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimento
* A linguagem jornalística, organização, estrutura, função, efeito, estilo, emissão,
EM13LP01 recepção, veiculo, contextualização temporal e espacial dentro da sociedade e cultura;
* Contexto de produção (época, objetivos, produtor/receptor), circulação e recepção de
textos.
EM13LP51 * A prosa indianista e a simbologia do nacional: romance indianista; toda a sua estrutura
linguística, morfológica e sintática, organização, assim como seus veios semânticos e
semióticos.
Nome da Escola: ______________________________________________________________________
Nome do Professor: ____________________________________________________________________
Nome do Estudante: ____________________________________________________________________
Período: ( ) vespertino ( ) matutino ( ) noturno Turma 2° ano ______
1. Compreensão leitora
A origem do jornal e do jornalismo

Não se sabe ao certo a origem exata do jornalismo e qual foi o primeiro jornal do mundo, mas os
historiadores atribuem ao lendário Imperador Romano Júlio César esta invenção.
Ao que tudo indica, Júlio César, além de um excelente general e comandante, também foi um ótimo
profissional de marketing: para poder divulgar suas conquistas militares e informar o povo da expansão do
Império (fazendo obviamente muita propaganda pessoal), César criou a chamada Acta Diurna, o primeiro
jornal de que se tem notícia no mundo.
A Acta Diurna era uma publicação oficial do Império Romano, criada no ano de 59 a.C. durante o
governo imperial de César. Ela trazia notícias diariamente para a população de todos os cantos do Império
(e de fora dele) falando principalmente de conquistas militares, ciência e de política.
Para poder escrever a Acta Diurna, surgiram os primeiros profissionais de jornalismo do mundo, os
chamados Correspondentes Imperiais. Eles foram enviados para todas as regiões e províncias Romanas
para acompanhar e escrever as notícias.
Durante a Idade Média, pode-se dizer que os jornais e o jornalismo tiveram o seu maior salto
tecnológico: a prensa de papel inventada pelo Alemão Johannes Gutenberg possibilitou que o trabalho que
antes era realizado manualmente pudesse ser feito por máquinas, tornando a publicação de livros de jornais
muito mais ampla, rápida e barata.
A revolução na época foi tão grande que alguns autores afirmam que a prensa de papel de Gutenberg
tirou o mundo de vez da Idade Média, levando-o para a Era da Renascença, com o despertar definitivo da
ciência e do jornalismo profissional.
A atividade de Jornalismo teve outro grande salto tecnológico no ano de 1844, com a invenção
do Telégrafo, este aparelho é considerado o pai de toda a comunicação moderna, permitiu que textos que
levariam horas ou até dias para serem transportados fossem repassados pelos profissionais de jornalismo as
redações em questão de minutos.
O telégrafo permitiu então que a imprensa se tornasse muito mais ágil: uma notícia que aconteceu
de manhã, poderia agora facilmente ser publicada à tarde em um jornal
Os jornais e o jornalismo chegaram ao século XX no auge do seu prestígio e popularidade. Para se
ter uma ideia do tamanho da indústria dos jornais na época, pesquisas da época afirmavam que 1 em cada
2 norte-americanos adultos lia jornais uma vez por dia! O período entre 1890 e 1920 é conhecido inclusive
como Era De Ouro dos Jornais.
A partir de 1980, com o surgimento e popularização dos computadores e da Internet, o jornalismo
clássico se reinventa e surge o chamado Web jornalismo.
O Web jornalismo, jornalismo praticado na Internet, tem como principais características a agilidade
da linguagem, a velocidade de atualização e também o baixo custo de produção.
Apesar de ainda não ameaçar a TV como principal mídia, a Internet é atualmente a mídia que mais
cresce no mundo. Independente da diminuição da importância dos jornais devido as novas tecnologias, os
jornais e a atividade de jornalismo tradicional ainda ocupam um espaço de grande destaque no mundo,
sendo a segunda principal mídia atrás apenas da televisão.
A informatização e a globalização fazem com que o mundo seja realmente uma “aldeia global” em
que a quantidade e a velocidade de transmissão da informação ocorre de forma incrível. Os jornais ganham
também o formato digital e a possibilidade do público interagir com a notícia através de blogs e fóruns de
discussão aumenta o alcance da informação e da troca de ideias.
É difícil prever o futuro desse processo e o que ainda há de novo por vir, mas o mais importante de
tudo isso é que os jovens de hoje tem a possibilidade de estar muito mais conscientes e com perspectiva de
promover mudanças positivas na sociedade, tudo isso, em grande parte graças à capacidade e habilidade de
transmissão de informação que vem dos meios de comunicação, em especial da imprensa.
2. Aprofundando a estrutura textual
Texto Jornalístico
Os textos jornalísticos são os textos veiculados pelos jornais, revistas, rádio e televisão, os quais
possuem o intuito de comunicar e informar sobre algo. Nos dias atuais, o texto jornalístico é provavelmente
o gênero textual mais lido, pois possui o maior alcance nos diversos setores da sociedade.
A leitura de textos jornalísticos permite que tenhamos acesso a diferentes informações, divulgadas
por meio de diversos gêneros do discurso. São textos que circulam não apenas nos jornais impressos, mas
também em revistas, sites, propagandas de rádio e TV, entre outros meios.
Uma característica importante dos textos jornalísticos é sua efemeridade, visto que favorecem o
conhecimento de informações atuais com o propósito de difundir o que acontece de novo.
A função do jornal é basicamente a comunicação. É um dos meios mais rápidos de ficarmos
informados a respeito do que acontece no mundo. Dentro do jornal há várias sessões, que por sua vez
abrigam vários tipos de texto. Há algumas características que são comuns a todos estes textos, enquanto há
outras que servem para individualizá-los.
A nomenclatura dos textos normalmente é dada de acordo com as suas características e seus
objetivos específicos de comunicação. Genericamente chamamos os textos que se apresentam nos jornais
de “matéria”. Normalmente esses textos têm caráter informativo.
Estrutura do Texto Jornalístico
A composição de um texto jornalístico é dividida em:
1. Pauta: escolha do tema ou assunto.
2. Apuração: recolha das informações, dados e verificação da veracidade dos fatos.
3. Redação: transformação das informações num texto.
4. Edição: correção e revisão dos textos.
A Linguagem Jornalística
A linguagem jornalística é em prosa e deve ser clara, simples, imparcial e objetiva de modo a expor
para o emissor as informações mais relevantes sobre o tema.
O jornalista possui a função de “traduzir” e transmitir as informações para o público em geral,
utilizando um método de desenvolvimento textual baseado no critério básico ao responder às perguntas:

“O quê?” (acontecimento, evento, fato ocorrido);


“Quem?” (qual ou quais personagens estão envolvidos no acontecimento);
“Quando?” (horário em que ocorreu o fato);
“Onde?” (local que aconteceu o episódio);
“Como?” (modo que ocorreu o evento);
“Por quê?” (qual a causa do evento).
No tocante à sua estrutura gramatical, normalmente o texto jornalístico apresenta frases curtas e
ideias sucintas, as quais favorecem a objetividade do texto.
Além disso, trabalham com o recurso das repetições que auxiliam na memorização e assimilação
das informações. O mais comum é o uso da ordem direta nas construções frasais, ou seja: sujeito + verbo
+ complementos e adjuntos adverbiais.
O jornal é um veículo que apresenta diferentes gêneros textuais, com o desenvolvimento de diversos
tipos de textos, dentre os quais estão:
- narrativo
- descritivo
-dissertativo-opinativo
-injuntivo
-expositivo.
Pirâmide Invertida
A Pirâmide Invertida é um dos recursos jornalísticos utilizados a fim de hierarquizar as informações
no espaço do jornal, onde prevalece a ordem decrescente de importância.
Sendo assim, o conteúdo mais importante localizado na base da pirâmide (parte mais larga),
permanece na parte de cima da folha. Por outro lado, o conteúdo mais superficial ou menos relevante,
chamado de “ápice” ou “vértice”, está situado embaixo do texto. Esta técnicas é usadas por jornalistas e
publicitários, é um norte que todos que trabalham com comunicação devem seguir para construir um bom
texto noticioso em que os fatos mais importantes surgem no primeiro parágrafo e os outros, de menor
relevância, durante a publicação
Esses textos possuem uma linguagem denotativa, ou seja, isenta de ambiguidades e que possui um
único sentido. Aqui, vale lembrar que o jornal é um veículo portador de diferentes gêneros textuais.
Portanto, eles podem apresentar uma linguagem conotativa (figurada), na medida em que desenvolve os
diversos tipos de textos.

Lide
O primeiro parágrafo do texto é chamado de “lide” ou “lead”, um recurso jornalístico muito utilizado
é o “lide” (forma aportuguesada) ou “lead” (no inglês), que significa “guia”, “principal”, “liderança” ou “o
que vem à frente”.
O “lide” representa a primeira parte do texto jornalístico que se encarrega de apresentar as principais
informações da matéria, essenciais para destacar “aos olhos do leitor” o acesso à informação. Esse recurso
é usado para que as pessoas possam ter acesso fácil e rápido à informação e tenham a oportunidade de
selecionar as matérias que realmente lhes interessam para prosseguir com a leitura. Geralmente o título da
matéria é baseado no lide.
Assim, o “lide” é um recurso jornalístico essencial e que deve ser bem elaborado, objetivo e
coerente. Isso porque favorece o interesse do leitor, sendo comum que muitos dos leitores leiam apenas o
lide de cada matéria jornalística.
Texto Informativo
Os textos informativos são um dos gêneros mais presentes nos textos jornalísticos. Eles englobam
as produções textuais objetivas em prosa, baseadas na linguagem clara e direta (linguagem denotativa).
São textos que têm como objetivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de
duplas interpretações.
Assim, o emissor (escritor) dos textos informativos preocupa-se em expor brevemente um tema,
fatos ou circunstâncias a um, ou vários receptores (leitor).
Gêneros Jornalísticos
O jornal abriga diversos textos jornalísticos, vulgarmente chamados de “matérias”, sendo divididos
em seções, compostas pelos mais variados gêneros textuais: A notícia, a reportagem, o editorial, a
entrevista, a carta ao leitor, o artigo de opinião e a crônica jornalística são gêneros jornalísticos mais
utilizados.
Vejamos alguns dos mais característicos tipos de textos jornalísticos e suas principais
características.

Se puderem, assistam aos vídeos: sobre Tipos Textuais, Gêneros Textuais e Gêneros Jornalísticos
Tipos Textuais: https://www.youtube.com/watch?v=ibwf_X3498c
Gêneros Textuais https://www.youtube.com/watch?v=Ucjv4LT8CSg
Gênero jornalístico https://www.youtube.com/watch?v=liYbOndd0cA

Notícia: definições e usos


Jornais, revistas, rádios, televisão e internet. Por todos os lados, estamos cercados de notíticas
transmitidas das mais difersas formas. Com o avanço das tecnologias de comunicação, esse gênero tornou-
se parte integrante da vida cotidiana

A notícia é um gênero discursivo que apresenta o registro de fatos de


interesse geral, sem que a a opinião de quem escreve a respeito dos acontecimentos
seja explicitada. Sua finalidade e informar, por meio de um relato, as circustâncias
que ocorreram os fatos registrados. Toda notícia apresenta fatos a partir de uma
perspectiva determinada pelo olhar de quem escreve, pela orientação do jornal ou
revista e pelo público-alvo da publicação.

A definição deixa clara a finalidade da notícia: informar através de um relato de fatos. Porém, não
é qualquer tipo de informação ou acontecimento que vira notícia. Como o objetivo da notícia, no contexto
jornalístico é de transmitir informação a um grande número de pessoas, torna-se necessário defenir que
acontecimento merecem virar “notícia”. O critério adotado é o da relevância. Fatos que afetam aspectos da
vida política, econômica, social ou cultural de um país são naturalmente considerados acontecimentos para
serem noticiados.
A notícia é um relato de uma série de fatos verídicos e não deve, de maneira alguma, apresentar
informações incertas ou mentirosas. O texto deve ser o mais impessoal possível, contando com informações
concretas que podem ser comprovadas através de entrevistas com as testemunhas, fotos ou filmagens. Tais
detalhes asseguram ao leitor a veracidade dos fatos.
Contexto de Circulação:
Duante séculos, os jornais impressos eram o único meio regular de divulgação de notícias. Com o
avanço das tecnologias de transmissão de informação ( rádio, televisão, internet), o contexto de circulação
das notícias, foi radicalmente alterado.
O aconteciemento de 11 de setembro de 2001, foi acompanhado pelas telas de computador e
televisão, portais de notícias da internet eram atualizados minuto a minuto para transmitir com maior
fidelidade o que acontecia no EUA. Jornais impressos não teriam condições de levar as notícias a milhões
de pessoas em todo o mundo à medida que os fatos iam acontecendo.
Uma notícia redigida para ser postada em um portal da internet provalvemente contará com menos
informações do que a notícia equivalente que será publicada na edição de um jornal do dia seguinte
Estrutura
Os elementos constituintes do texto notícia são os seguintes:
 Manchete ou título principal – Geralmente é grafado de forma bastante evidente, com o objetivo de
chamar a atenção do leitor.
 Título auxiliar – Serve como um complemento do principal, com o acréscimo de algumas informações,
a fim de torná-lo ainda mais chamativo ao leitor.
 Lide (lead) – Corresponde ao primeiro parágrafo e nele são expostas as informações que mais despertar
a atenção do leitor para continuar com a leitura do texto. Busca responder às questões: Quem? Onde? O
que? Como? Quando? Por quê?. Esta estratégia é bastante utilizada em jornais devido ao seu caráter
informativo e por poder levar informações rápidas e claras ao leitor.
 Corpo da notícia – Trata-se da informação propriamente dita, com a exposição mais detalhada dos
acontecimentos mencionados. Após trazer as informações mais importantes no primeiro parágrafo, os
parágrafos seguintes apresentam os outros acontecimentos sempre em ordem decrescente de relevância.
As informações realmente necessárias para o entendimento dos fatos – tais como as personagens, o
espaço e o tempo – são priorizadas.
 Olho – O olho em jornalismo é uma expressão que designa uma frase destacada do texto. O olho é
colocado no meio do texto com letras maiores para dar ênfase a uma frase da matéria. Por exemplo, se
a notícia é sobre a derrota de um time e o treinador declara que “sabíamos que perderíamos antes do
jogo começar”, a fala do treinador merece destaque. Os editores abrem um espaço no texto, como um
elemento gráfico, e colocam esta frase em uma fonte com tamanho maior.
Linguagem
Caracteriza-se por apresentar uma linguagem, direta, formal, simples, clara, objetiva e precisa,
pautando-se no relato de fatos que interessam ao público em geral. Tem caráter informativo e é escrito de
forma impessoal, freqüentemente fazendo uso da terceira pessoa. Inicia-se com o lide e se segue com o
corpo da notícia. Enquanto na primeira parte estão registradas as principais informações do fato, no corpo
do texto estão presentes os detalhes (relevantes ou não), as causas e as conseqüências dos fatos, como, onde
e com quem aconteceu, e a sua possível repercussão na vida das pessoas que estão lendo. Pode ter ou não
um público alvo (jovens, políticos, idosos, famílias), caso tenha a linguagem poderá ser adaptada para o
melhor entendimento.
A linguagem jornalística deve prezar pela imparcialidade, neutralidade sobre aquilo que relata. Para
alcançar o objetivo, há o privilégio do uso de terceira pessoa e dos verbos no modo indicativo, ausência de
enunciados de opinião e não uso de adjetivos que possam dar impressão de subjetividade.

3. Expandindo o conhecimento
ATIVIDADES:
Meio bilhão
Pronto, o Facebook chegou lá. Meio bilhão de usuários. No mundo inteiro, a cada 14 pessoas, uma
está na rede social que, agora, se firma definitivamente como a maior do mundo. A marca vem sendo
aguardada desde abril deste ano, quando foi divulgado, durante a conferência F8, que o Facebook possuía
400 milhões de usuários. Já na ocasião, com o lançamento da possibilidade de o botão “Like” ser usado em
outros sites, analistas de tecnologia diziam que a marca do meio bilhão estava próxima e seria atingida em
poucos meses, devido ao crescimento que a plataforma Open Graph traria. Dito e feito.
Quem deu a notícia foi o próprio Mark Zuckeberg, criador e atual CEO do Facebook. No ví- deo
divulgado pelo blog oficial da rede, Zuckerberg afirma que nunca imaginou tantos jeitos de as pessoas
usarem o Facebook quando lançou o site há seis anos. “Eu quero agradecer a você por ser parte do que o
Facebook é hoje e por espalhá-lo pelo mundo”, disse.
Também foi anunciado o lançamento do Facebook Stories, uma coletânia de histórias conta- das
por usuários, relatando como a rede social mexe com suas vidas. Um aplicativo com mesmo nome vai
permitir que todos compartilhem sua história com a rede social na própria rede social. (PERALVA, Carla.
Meio bilhão. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/link/meio-bilhao/>. Acesso em: 22 jul. 2010)
1- Com base em seus conhecimentos sobre o gênero notícia, explique resumidamente o que é lide e localize-
o no texto:
2- Com base na notícia, responda às perguntas do lide:
O quê? Quem? Quando? Como? Onde?
3- Os títulos da notícia devem ser atrativos para despertar o interesse do leitor. Você diria que Meio bilhão
é um título convidativo? Explique:

4- Com base nas informações apresentadas, sugira um novo título:

5- A linguagem utilizada pelos jornais deve estar de acordo com a norma-padrão e seguir o registro formal.
Porém, no texto Meio bilhão, podemos encontrar registros do uso da linguagem informal. Dê três exemplos:
6- Para evitar repetições, o nome “Facebook” foi substituído por quais termos?
7- As notícias são textos jornalísticos, publicados com a intenção de informar o leitor sobre assuntos
relevantes da atualidade. Você acha que o texto Meio bilhão possui a relevância necessária para ser
publicado num jornal de grande circulação? Justifique o seu ponto de vista levantando, pelo menos, dois
argumentos:

8- Marque a alternativa que apresente a finalidade do gênero notícia:


a) Apresentar opinião de especialista sobre assunto relevante para a sociedade.
b) Informar fatos e acontecimentos recentes de relevância local, nacional e internacional.
c) Narrar uma história que envolve conflito inicial, momento de maior tensão e desfecho.
d) Crítica de acontecimentos atuais.

9- Marque a alternativa que apresente as partes composicionais de uma notícia:


a)Título, subtítulo, lide, corpo da notícia, fotos com legenda.
b) Título e organização em versos e estrofes.
c) Título e textos organizados em tópicos.
d) Título, lista de componentes e procedimentos de tarefas.

10 - (ENEM 2008) Um jornal de circulação nacional publicou a seguinte notícia:


Choveu torrencialmente na madrugada de ontem em Roraima, horas depois de os pajés caiapós Mantii e
Kucrit, levados de Mato Grosso pela Funai, terem participado do ritual da dança da chuva, em Boa Vista.
A chuva durou três horas em todo o estado e as previsões indicam que continuará pelo menos até amanhã.
Com isso, será possível acabar de vez com o incêndio que ontem completou 63 dias e devastou parte das
florestas do estado. (Jornal do Brasil, abr./1998 (com adaptações).
Considerando a situação descrita, avalie as afirmativas seguintes:
I No ritual indígena, a dança da chuva, mais que constituir uma manifestação artística, tem a função de
intervir no ciclo da água.
II A existência da dança da chuva em algumas culturas está relacionada à importância do ciclo da água
para a vida.
III Uma das informações do texto pode ser expressa em linguagem científica da seguinte forma: a dança
da chuva seria efetiva se provocasse a precipitação das gotículas de água das nuvens.
É correto o que se afirma em
A) I, apenas. B) III, apenas. C) I e II, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III.

LITERATURA
1. Compreensão leitora
A prosa indianista e a simbologia do nacional

*
*José Maria de Medeiros: Iracema, 1884. Óleo sobre tela. 167,5 x 250,2 cm. Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.

O discurso da nacionalidade
Na primeira metade do séc XIX, várias missões estrangeiras vieram ao Brasil, eram compostas por
cientístas e artistas que coletando espécimes, fazendo desenhos, registraram as características do novo
reino, foram esses pesquisadores que apontaram os índios e a naturreza exuberante como elementos mais
representativos da identidade brasileira, simbolos ideais para a nação.
O romantismo no Brasil encontrou no "mito do bom selvagem" uma maneira de enaltecer a cultura
nacional. A produção com temática indígena ficou conhecida como "romance indianista".
Como contraposição ao português, nosso conquistador e colonizador, ou mesmo ao europeu, e
devidamente distanciado do negro escravo, também "estrangeiro", o índio tornou-se o símbolo do homem
brasileiro, de sua origem e originalidade, de seu caráter independente, puro (de "bom selvagem"), bravo e
honrado.
Ressalve-se, porém, que esse índio é compreendido através da óptica idealizadora do romantismo e
está longe de corresponder a uma aproximação da realidade do índio brasileiro. Simboliza, antes, os ideais
de heroísmo e humanidade das camadas cultas de nossa sociedade imperial.
No Romantismo europeu, esse papel foi exercido pela figura do cavaleiro medieval, personagem
histórica da época de origem e formação das nações europeias, que desempenhou o papel de herói em obras
como "Ivanhoé", do escritor escocês Walter Scott, ou "Eurico, o presbítero", do português Alexandre
Herculano....

Os agentes do discurso
O contexto de produção da prosa indianista foi muito influenciada pela propaganda nascionalista
que tomou conta do país, o romance brasileiro teve forte ligação com a imprensa e com a formação de um
público leitor. Os folhetins, ou romances seriados, tornaram-se muito populares em algumas cidades,
fazendo com que certos escritores ganhassem prestígio e, em alguns casos dinheiro com a venda das
histórias. Isso criou um fenômeno totalmente novo para a arte literária que vinha sendo feita até então: os
prosadores começaram a escrever histórias que se encaixassem no gosto do público.
2. Aprofundando a estrutura textual

Romance Indianista: o que é, características e obras principais


No romance indianista o índio é elevado à condição de herói para atuar como um personagem que
representa o povo americano. “Iracema”, de José de Alencar, é uma das obras principais. Primeiramente, a
figura do Índio não foi grandiosa apenas na poesia e nos versos de Gonçalves Dias. José de Alencar também
transformou o Índio em grande herói na prosa. Dessa forma, vamos ver o que é o romance indianista.
A escolha do índio como símbolo da nacionalidade foi muito influenciada pelo olhar dos viajantes
estrangeiros que percorreram o Brasil em expedições científicas. Assim, vamos ver como isso acabou sendo
representado na prosa.

Os índios e o romance indianista


José de Alencar, consagrado escrito brasileiro, escreveu obras ligados ao romance urbano. Contudo,
suas obras também são marcadas por alguns retratos específicos de heróis indígenas.
Pessoas cujas ações despertam admiração e espanto, esses índios têm nome próprio e características
definidas. Peri, Iracema, Jaguarê, Poti vivem nas matas brasileiras e, por meio de seus gestos nobres,
participam do processo de “nascimento” do Brasil.
Dessa forma, os mitos e lendas que surgem remetem à fundação do país e, posteriormente, do povo
brasileiro. Suas obras em ordem de publicação foram:
 O guarani: processo de colonização adiantado
 Iracema: choque entre índios e colonizadores
 Ubirajara: período anterior à colonização
A prosa indianista de José de Alencar, foi muito bem aceita pelo público, tanto que o romance deixa
de ser exclusivamente um produto do talento de um escritor e para se transformar em um produto cujo
propósito seja agradar à audiência, alguns finais de histórias, como foi o caso do romance O Guarani, de
José de Alencar, tiveram que ser alterados a pedido dos leitores.

A ideia do romance indianista


O romance indianista cumpriu com um claro objetivo: dar aos leitores brasileiros obras em que o
passado histórico do país fosse reconstituído, quando possível ou inventado, na cara dura mesmo, quando
fosse preciso. Nessas obras, o índio é elevado à condição de herói para atuar como personagem que
representa o povo americano.
Dessa forma, comporta-se de acordo com os mais nobres princípios da sociedade burguesa,
honestidade, coragem, paixão, humildade, tão apreciados pelo Romantismo.
Características do romance indianista
Além disso, os romances indianistas trazem uma outra peculiaridade exemplar: a apresentação dos
protagonistas é feita com base nas características da natureza exuberante.
Deste modo, os aspectos nacionais ficam ainda mais marcados, porque essas personagens não
apenas nasceram no Brasil, mas são também exemplos vivos das belezas ímpares do país.
Nessas obras, é fácil identificar a estrutura típica dos romances históricos europeus, nos quais o
herói, sempre representante de um passado glorioso, eleva e honra a identidade de seu povo.
Importante notar que essa influência europeia nos textos, que traçam literariamente a identidade
brasileira ocorre, portanto, em dois níveis:
1. na definição dos símbolos dessa identidade;
2. além disso, influenciam a maneira de que como são divulgadas, por folhetim.
Além da presença de índios heroicos como protagonistas, os autores românticos brasileiros também
contam uma história que resgata nos leitores ou para os leitores o processo de constituição de seu povo.

Por ondem circulavam


Os romances românticos eram tipicamente publicados sob a forma de folhetins para conquistar um
maior número de leitores para os jornais.
Esse contexto de produção e de circulação explica, em parte, a grande influência que os romances
europeus exerceram sobre os escritores brasileiros. Em 1854, quando começou a publicar suas narrativas
nas páginas do Correio Mercantil, José de Alencar encarou a responsabilidade de segurar fiel e interessado
o público que consumia as histórias de Victor Hugo e Dumas.
Logo, o escritor fez um sucesso tão grande entre os seus devotos leitores, que foi convidado a trocar
de jornal e de função: passou a trabalhar como redator-gerente do Diário do Rio de Janeiro.

O Indianismo e seu público


De antemão, você já sabe que os romances indianistas caíram muito bem no gosto dos leitores.
Nesse sentido, o sucesso se deve ao fato de que essas obras respondiam de modo direto ao gosto da época.
Ou seja, apresentavam um herói ligado a um passado histórico e pintado com as cores fortes dos valores
burgueses.
O guarani, por exemplo, publicado como folhetim no Diário do Rio de Janeiro, provocou uma
verdadeira comoção popular. Visconde de Taunay registrou a recepção do público a essa obra.

[…] o Rio de Janeiro, para assim dizer, lia O guarani e seguia comovido e enleado os amores tão
puros e discretos de Ceci e Peri. [..] Quando a São Paulo chegava o correio, com muitos dias de intervalo,
então reuniam-se muitos estudantes numa república, em que houvesse qualquer feliz assinante do Diário
do Rio de Janeiro, para ouvirem, boquiabertos e sacudidos, de vez em quando, por elétrico frêmito, a
leitura feita em voz alta por algum deles, que tivesse órgão mais forte. E o jornal era depois disputado com
impaciência e, pelas ruas, se viam agrupamentos em torno dos fumegantes lampiões da iluminação pública
de outrora – ainda ouvintes a cercarem ávidos qualquer improvisado leitor. (TAUNAY, Alfredo
d’Escaragnolle. Apud: ALENCAR, José de. O guarani. São Paulo: Ateliê Editorial, 1999. p. 12-13.
(Fragmento). Texto citado na apresentação de Eduardo Vieira Martins (Um jovem escritor).

Nesse sentido, o segredo do sucesso de O guarani pode ser desvendado pela capacidade de José de
Alencar de associar:
 o sentimento de exotismo: experimentado pelos moradores das cidades ante às descrições
das florestas e dos rios nacionais
 além disso, vemos o heroísmo em primeiro plano de um índio. Ou seja, o índio visto como
o símbolo da pátria que traz o comportamento refinado e a nobreza de sentimentos de um cavaleiro
medieval.

A valorização da língua nacional


Outro ponto de grande importância para o romance indianista é sua linguagem. José de Alencar
afirmou, em diversos textos, a sua preocupação em ter uma verossimilhança linguística aos seus indígenas.
Em carta para o amigo Dr. Jaguaribe, ele explica como desejava, em seus textos, “moldar a língua”
às personagens indígenas que a utilizavam:
[…] é preciso que a língua civilizada se molde quanto possa à singeleza primitiva da língua
bárbara; e não represente as imagens e pensamentos indígenas senão por termos e frases que ao leitor
pareçam naturais na boca do selvagem.
O conhecimento da língua indígena é o melhor critério para a nacionalidade da literatura. Ele nos
dá não só o verdadeiro estilo como também as imagens poéticas do selvagem, os modos de seu pensamento,
as tendências de seu espírito e até a menores particularidades de sua vida. É nessa fonte que deve beber o
poeta brasileiro; é dela que há de sair o verdadeiro poema nacional, tal como eu o imagino.
(ALENCAR, José de. Iracema. Porto Alegre: L&PM, 2002. p. 140. (Fragmento).

Iracema, a virgem dos lábios de mel


Em Iracema, Alencar apresenta a lenda da fundação do Ceará, simbolizada pelo enlace amoroso de
Iracema, jovem da tribo dos tabajaras, e Martim, um dos colonizadores portugueses que aparecem na região.
Martim fica apaixonado por Iracema. Como guardiã do segredo da jurema, a jovem tabajara deve
permanecer virgem. O amor entre a índia e o português, contudo, supera todos os entraves e Iracema larga
sua tribo para viver com Martim.
Dessa união, nasce Moacir – nome que significa filho da dor -, que representa a formação do povo
brasileiro, oriundo da miscigenação do sangue indígena com o português.
Representações em Iracema
A personagem Iracema representa a indígena submissa à cultura europeia, e seu nome é um
anagrama para América. (Com a mesmas letras de Iracema, você pode formar a palavra América.)
Já Martim, por sua vez, é tido como o guerreiro colonizador e conquistador. Sob o mesmo ponto de
vista, seu nome lembra Marte, não à toa, o deus romano da guerra.
Após a morte, Iracema foi enterrada sob a sombra de um coqueiro em que a jandaia – sua ave de
estimação – cantava em homenagem e triste à sua morte. Ceará, segundo a etimologia, significa “canto da
jandaia”.

Se puderem, assistam aos vídeos:


https://www.youtube.com/watch?v=UusdzPGI40o 5 Minutos sobre: Romantismo na Prosa
https://www.youtube.com/watch?v=gBFKtiD036I O ROMANCE INDIANISTA / Prof. Murillo César
https://www.youtube.com/watch?v=_6u8TbUIUMw Indianismo | Pettras | Viagens de Clio

3. Expandindo o conhecimento

ATIVIDADES:
IRACEMA
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa de graúna, e mais
longos que seu talhe de palmeira.
O favo da Jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito
perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas
a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-se o corpo a sombra
da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os
úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Iracema saiu do banho; o aljôfar d`água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã
de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da
mata, pousado no galho próximo, o canto agreste.
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de
lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz à selvagem seus perfumes,
os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra;
sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau
espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas
profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue
borbulham na face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz a espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro
aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d`alma que da
ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e
a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.
A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema
quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
O guerreiro falou:
- Quebras comigo a flecha da paz?
- Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que
nunca viram outro guerreiro como tu?
- Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje
têm os meus.
- Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos do tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de
Araquém, pai de Iracema. (ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Ática, 1995, p. 16-18)

Vocabulário:
Graúna: pássaro de cor negra. Ipu: região de terra bastante fértil.
Jati: pequena abelha. Juçara: palmeira de grandes espinhos.
Aljôfar: gotas de água assemelhadas a pérolas muito Lesto: rápido, ágil.
miúdas. Oiticica: árvore frondosa.
Ará: periquito. Quebrar a flecha: maneira simbólica de estabelecer a paz
Campear: viver em acampamento. entre indígenas.
Crautá: espécie de bromélia. Rorejar: molhar com pequenas gotas como o orvalho.
Esparzi: espalhar. Uiraçaba: estojo próprio para guardar e transportar flechas.
Gará: ave típica de áreas pantanosas. Uru: cesto em que se guardam objetos.
Ignoto: desconhecido.

1 – No capítulo lido, a personagem principal é apresentada ao leitor. Escreva algumas características


dessa personagem.
a) Características físicas?
b) Habilidades (o que sabe fazer).
2 – Localize no texto os parágrafos referentes:
a) situação inicial – Iracema e natureza em perfeita harmonia;
b) à desestabilização da situação inicial;
c) à volta a uma situação estável.
3 – Ao perceber a presença de um estranho na floresta, Iracema tem uma reação instintiva e atira uma flecha
no “guerreiro branco”.
a) De acordo com o texto, por que o “guerreiro branco” não reagiu agressivamente ao “ataque” de Iracema?
b) Por que ele sofreu “mais d´alma que da ferida”? Que traços culturais estão implícitos nessa “não reação”?
c) Como Iracema se sentiu logo depois de ter ferido o estranho? O que ela fez em seguida?
4 – O que o primeiro contato entre Iracema e Martim, o “guerreiro branco”, revela sobre:
a) O caráter das personagens;
b) Um possível envolvimento amoroso entre as personagens;
c) A visão do autor sobre a relação entre colonizador e nativo.
5 – Que relação há entre o verso “São donos disso aqui”, da canção “O índio é o Brasil”, e a seguinte fala
de Martim: “Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje
têm os meus”?
Questões de vestibulares:
6- (FUVEST) Ao final da narrativa, Ceci decide permanecer na selva com Peri: “Peri não pode viver junto de sua irmã
na cidade dos brancos, sua irmã fica com ele no deserto, no meio da floresta.” A decisão de Ceci traduz:
a) a supremacia da cultura indígena sobre a branca europeia.
b) a capacidade de renúncia da mulher que, por amor, submete-se a intensos sacrifícios.
c) a impossibilidade de Peri habitar a cidade, entre os civilizados.
d) o entrelaçamento da civilização branca europeia e da cultura natural indígena.
e) o reconhecimento de que o ambiente natural é o espaço perfeito para a realização amorosa.
7- (Unicamp) Em Ubirajara, tal como em Iracema e em O Guarani, José de Alencar propõe uma
interpretação de Brasil em que o índio exerce um papel central.
a) Que sentido têm as sucessivas mudanças de nome do protagonista no romance?
b) Qual o papel das notas explicativas nesse romance? Do que elas tratam em sua maior parte?
c) Como o romance e suas notas tratam o ritual antropofágico, no empenho de construir uma visão do
período pré-cabralino?...

(MACK-SP)
Texto para as questões 8 e 9
O tigre tinha-se voltado ameaçador e terrível, aguçando os dentes uns nos outros, rugindo de fúria
e vingança: de dois saltos aproximou-se novamente. Era uma luta de morte a que ia se travar; o índio o
sabia, e esperou tranquilamente, como da primeira vez; a inquietação que sentira um momento de que a
presa lhe escapasse, desaparecera: estava satisfeito. Assim esses dois selvagens das matas do Brasil, cada
um com as suas armas, cada um com a consciência de sua força e de sua coragem, consideravam-se
mutuamente como vítimas que iam ser imoladas. (ALENCAR, José de. O Guarani)
Assinale a alternativa correta.
a) Ao fazer referência aos dois selvagens das matas do Brasil, o narrador explicita seu repúdio à cena
violenta que ocorreria.
b) O contraste entre o comportamento do animal e o do índio revela a superioridade deste com relação
àquele.
c) A certeza do narrador de que nessa luta não haveria nem vencedor nem vencido explicita-se com a
expressão vítimas que iam ser imoladas.
d) A inquietação momentânea do índio tem como consequência o fato de ser uma luta de morte a que ia se
travar.
e) Os segmentos rugindo de fúria e vingança e como da primeira vez sugerem que o animal já fora
anteriormente atacado
9- Considerado também o seu contexto histórico, afirma-se corretamente que o texto:
a) exemplifica uma orientação estético-ideológica do século XIX que idealizou as origens do Brasil.
b) prenuncia o estilo naturalista, haja vista a idealização da natureza e a identificação entre o humano e o
animal.
c) pertence à literatura colonial brasileira, marcada especialmente pela valorização dos povos e costumes
indígenas.
d) parodia o estilo romântico que, influenciado pelas ideias de Rousseau, concebia o indígena como "o bom
selvagem".
e) traz índices da literatura realista do século XIX, cujo foco era a análise das condições de vida nas zonas
rurais do território brasileiro.
10- Quanto à temática e à cronologia, José de Alencar está enquadrado na seguinte estética:
a) Modernista. b) Simbolista. c) Ultrarromântica. d) Romântica. e) Condoreira.

Fontes de pesquisa para elaborar esse material:


https://descomplica.com.br/
https://brasilescola.uol.com.br/
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unespar-
campomourao_port_pdp_luzia_souza_de_santana.pdf
http://comunicacao-midia.blogspot.com/2014/04/estrutura-de-uma-noticia.html
https://www.estudopratico.com.br/o-texto-noticia/
https://www.portugues.com.br/redacao/anoticiaumgenerotextualcunhojornalistico.html
https://www.moderna.com.br/
https://www.todamateria.com.br/genero-textual-noticia/
https://www.estudopratico.com.br/o-texto-noticia/
Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
2° ano do Ensino Médio

Educação Física - Carga horária mensal 05 horas


Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
EM13LGG201 * Gestualidade e cultura;
* Danças urbanas;
EM13LGG202 * Relações de poder nas práticas corporais.
Nome da Escola: ______________________________________________________________________
Nome do Professor: ____________________________________________________________________
Nome do Estudante: ____________________________________________________________________
Período: ( ) vespertino ( ) matutino ( ) noturno Turma 2° ano ________
1. Compreensão leitora
Gestualidade e cultura corporal.
O corpo, aqui compreendido Como construto cultural, tem padecido diante da intensa divulgação
de mensagens e práticas que pretendem moldá-lo sob à ótica da cultura hegemônica. Dentre as inúmeras
formas de comunicação e expressão, as diferenças culturais manifestam-se, também, nos “textos”
produzidos e reproduzidos pelo corpo. Nem sempre, o repertório de gestos e práticas corporais cultivados
pelas comunidades desfavorecidas é reconhecido e aceito pelo discurso hegemônico. Tal quadro ocasiona
a fixação distorcida de signos de classe, etnia e gênero presentes nas práticas corporais da cultura
dominante. Este ensaio, ao conceber o movimento humano como linguagem que veicula significados,
estabelece um debate entre a pedagogia da cultura corporal, a Semiótica e o processo de constituição de
identidades. Considerando o atual contexto multicultural, propõe como alternativa para a educação
corporal, uma ação didática pautada na análise crítica, ressignificação e valorização das formas de
expressão corporal presentes na sociedade.

2. Aprofundando a estrutura textual


Corpo e movimento: reflexões sobre a gestualidade em tempos modernos.
Falar sobre o movimento humano possibilita modos diversos de conhecer o corpo e suas expressões.
Cada indivíduo tem uma maneira própria de se expressar, o que faz do homem um ser individual, mas ao
mesmo tempo coletivo, uma vez que, ele é um entrelaçamento de tudo aquilo que vive e o envolve.
Em O olho e o espírito Merleau-Ponty (2004) afirma que ao mesmo tempo em que o homem toca, é tocado,
é visível e sensível, constituído de uma face e um dorso, um passado e um futuro. Ao falar dessa
sensibilidade do corpo, fica notório também essa sensibilidade do sentir o outro. E sobre isso ele fala:
O enigma consiste em meu corpo ser ao mesmo tempo vidente e visível. Ele, que olha todas as
coisas, pode também se olhar, e reconhecer no que vê então o “outro lado” de seu poder vidente. Ele se vê
vidente, ele se toca tocante, é visível e sensível para si mesmo (MERLEAU-PONTY, 2004, p.17).
Compreendemos que a expressão corporal não se limita as formas anatômicas ou gestos mecânicos,
o corpo vai além dos dados biológicos, como afirma Merleau-Ponty (2004, p. 16): “É preciso reencontrar
o corpo operante e atual, aquele que não é um pedaço de espaço, um feixe de funções, que é um entrançado
de visão e movimento”. Nesse contexto, esse trabalho trata-se de uma reflexão sobre corpo, expressão e
movimento, a partir do filme Tempos Modernos de Charles Chaplin.
Utilizamos como método principal, a fenomenologia, evidenciando pensamentos de Maurice
Merleau-Ponty. Ao adotar a filosofia como referência metodológica, observamos atitudes vividas
relacionadas com a corporeidade. Desse modo, sendo a escolha intencional considerando a gestualidade
expressa no filme Tempos Modernos. Sendo assim, apresentaremos nas linhas que seguem, alguns aspectos
relevantes da vida de Charles Chaplin, e ainda, refletiremos sobre o trabalho corporal do ator e as cenas que
nos permitem refletir sobre a corporeidade e a cultura de movimento.

Charles Chaplin e a corporeidade em Tempos Modernos


Charles Spencer Chaplin nasceu no dia 16 de 1889, em um subúrbio de Londres, passando boa parte
de sua infância em um orfanato. Ele morreu aos 88 anos, no dia 25 de Dezembro de 1977, vítima de um
derrame cerebral. Considerado o gênio da sétima arte, por ser diretor, roteirista, ator, dançarino, músico e
produtor, ele é considerado o maior ator da história do cinema. Dessa forma, ele inspirou a vida de muitas
pessoas com suas comédias e personagens criativos.
Sabe-se que Charles Chaplin atingiu fama mundial através do cinema mudo, e com este, ganhou
vários troféus. Seu envolvimento com o cinema ocorreu quando ele tinha apenas cinco anos de idade, o
qual acabou construindo a sua vida a partir de uma paixão que também herdou de sua família, a paixão pelo
teatro, como ele diz: “Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades
que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da
plateia que sorria” (CHARLES CHAPLIN, s/d).
No que se refere ao filme “Tempos Modernos” de Chaplin, observa-se uma representação do corpo-
máquina e também a crítica a esse modelo e as possibilidades de compreender a corporeidade por meio da
gestualidade do ator. No filme o corpo é visto como máquina, sobretudo, no trabalho, destinado à repetição
de movimentos. E, embora o corpo seja visto dessa maneira, ao estar inserido em um contexto social
específico, que configura a corporeidade e a sua expressão, observa-se que ele não tem seus movimentos
limitados e inexpressivos como da máquina.
Portanto, Charles Chaplin enquanto corpo que é, mesmo trabalhando de forma semelhante a uma
máquina em alguns momentos, demonstra através de seus gestos e de sua expressão, elementos do sensível,
que o faz ser mais que uma máquina, fazendo-nos pensar sobre o corpo e a vida social no mundo do trabalho.
Nesse sentido, compreendemos que cada indivíduo tem uma maneira própria de se expressar, o que faz do
homem um ser individual, mas ao mesmo tempo coletivo, uma vez que, ele é um entrelaçamento de tudo
aquilo que vive e o envolve.
Nesse contexto, compreendemos que a corporeidade configura-se no corpo em movimento, ou seja,
na ação que é transmitida através dos seus gestos, levando em conta que esse movimento é intencional
possuindo sentidos e significados onde podemos visualizar a relação do espaço e do tempo, relacionando
com a cultura e com sua história. A noção de corporeidade perpassa o corpo vivo.
Sendo assim, o corpo não se assemelha nem a máquina, nem a um objeto, já que tem uma identidade e uma
expressão que lhe é peculiar. Como diz Nóbrega (2005) “O corpo não é uma massa material e inerte, mas
o lugar de nossas ações, sensações, esse corpo é sensualidade, é linguagem, é movimento, é obra de arte.
Portanto, o corpo é movimento e expressão”.
Nesse sentido, o corpo expressa a unidade na diversidade, ou seja, cada corpo tem suas próprias
experiências, podendo entrelaçar tanto o mundo biológico quanto o mundo cultural. Logo, é com meu corpo
que opero o mundo e com ele tenho a oportunidade de traçar minhas próprias experiências, modelando meu
corpo, e vivendo. Em outras palavras:
“Realizar um movimento não seria simplesmente utilizar o equipamento anatômico, mas aprender
as coisas do mundo de forma original, fornecendo uma resposta adequada a nova situação. Se o movimento
não possui essa significação, essa intenção que o anima, ou melhor, se isso não é despertado, o movimento
deixa de expressar a originalidade do sujeito e o corpo passa a condição de objeto, de coisa” (NÓBREGA,
2005, p.66).
É assim que percebemos que não somos apenas uma máquina, mas um conjunto de tudo aquilo que
nos rodeia, cujas emoções, expressões e movimento dão voz ao corpo, em cada celebração e criação
expressiva.
O corpo é movimento, e sobre isso Merleau-Ponty (2004, p.16) afirma: “digo de uma coisa que ela
é movida, mas, o meu corpo, ele se move, meu movimento se desenvolve”. De fato, existe um espaço em
que cada corpo transita, ou seja:
“Espaço é e em si, ou melhor, é o em si por excelência, sua definição é ser em si. Cada ponto do
espaço existe e é pensado ali onde ele está, um aqui, outro ali, o espaço é a evidência do onde. Orientação,
polaridade, envolvimento são nele fenômenos derivados, ligados à minha presença” (MERLEAU-PONTY,
2004, p.28).
Usufruindo de todo movimento que o corpo consegue alcançar, compreende-se que o seu
movimento é singular e cheio de sentidos. E nesse sentido, Merleau-Ponty fala sobre o movimento:
“O meu movimento não é uma decisão do espírito, um fazer absoluto, que decretaria, do fundo do
retiro subjetivo, uma mudança de lugar milagrosamente executada na extensão. Ele é uma sequência natural
e o amadurecimento de uma vida” (MERLEAU-PONTY, 2004, p.20), o movimento é parte do nosso corpo,
através de uma interação seja com os objetos, seja com os outros corpos, seja consigo mesmo.
Essa interação nos remete lembrar que juntos de outros corpos tocamos e somos tocados, é nesse
momento que muitas vezes acontece que ao mesmo tempo em que olhamos para outro corpo percebemos
que também somos observados.
Sobre essa interação entre dois corpos, Merleau-Ponty (2004) fala que é preciso que com meu corpo
despertem os corpos associados, ou seja, os outros corpos que o envolvem nesse mundo, em um círculo de
sensações onde a sensibilidade passa a transparecer.

3. Expandindo o conhecimento
ATIVIDADES
Isso nos faz compreender que sendo um corpo capaz de olhar outro, ele jamais pode se olhar. Apenas
sente as sensações quando entra em contato com outro corpo, ou seja, a carne a pele. Essa reflexão tem um
grande significado para compreendemos a importância do corpo, da interação, sensações quando dois
corpos se juntam do movimento que estar entrelaçado com outros corpos.
Permitindo um olhar mais sensível para se contemplar o corpo, as atitudes vividas e o movimento
humano.
1- Acompanhando as transformações sociais, as danças são criadas e recriadas de modo a expressar, por
meio da linguagem corporal, os significados produzidos pelos seus representantes. A manutenção de
elementos anteriores permite a convivência do folclórico, do clássico, do moderno e do contemporâneo. Se
considerarmos que uma das funções da Educação Física é a reconstrução crítica do patrimônio cultural
corporal existente, o trabalho pedagógico com as danças deve evitar:
a) A leitura da gestualidade que caracteriza as danças.
b) A reflexão sobre a variedade de danças presentes na sociedade.
c) A ressignificação da gestualidade das danças.
d) A análise de elementos coreográficos e seus significados.
e) O estabelecimento de critérios que hierarquizem as danças.

2. Através da leitura dos textos acima relacione uma situação gestual corporal que você mais prática ou
veja alguém praticando.

2° PARTE
1. Compreensão leitora
A dança Hip Hop
A dança hip hop refere-se aos estilos de dança sociais ou coreografados relacionados à música e à
cultura hip hop. Isto incluiu uma grande variedade de estilos, especialmente breakdance e popping, os quais
foram desenvolvidos na década de 70 por afros e latino-americanos.
O que diferencia a dança hip hop de outros tipos de dança é o freestyle e os seus dançarinos
frequentemente estarem envolvidos em batalhas - competições são geralmente realizadas em uma Saifer,
um espaço de dança circular que se forma naturalmente quando a dança inicia. Os três elementos - freestyle,
batalhas e Saifers - são os componentes da dança hip hop.
Com mais de trinta anos de existência, a dança hip hop tornou-se amplamente conhecida após os
primeiros profissionais de breakdance e locking, e os grupos de popping. Destes, os mais influentes são o
The Lockers, o Rock Steady Crew e o Electric Boogaloos, os quais são responsáveis pela propagação do
locking, breaking e popping, respectivamente. Estes estilos foram desenvolvidos por técnicos bailarinos
especializados que desejavam criar uma coreografia para a música hip hop, mas atualmente estas danças
são também executadas na rua. Por causa disto, a dança hip hop é praticada tanto na rua como em lugares
fechados.
Internacionalmente, a dança hip hop sofreu uma forte influência da França e da Bélgica. A França
é o berço da tecktonik, um estilo de dança de casa que se apoia fortemente no popping e no breaking; e do
Juste Debout, uma competição de dança internacional. A Coreia do Sul é a casa da disputa de breakdance
chamada R-16 Korea, a qual é patrocinada pelo governo e é transmitida anualmente pela televisão. O país
constantemente produz habilidosos b-boys que são designados a serem embaixadores da cultura coreana.
Para alguns, a dança hip hop pode ser apenas uma forma de entretenimento ou um passatempo. Para outros,
tornou-se um estilo de vida: um caminho para ser ativo na aptidão física ou na dança competitiva; e uma
maneira de ganhar a vida a dançar profissionalmente.
Hip Hop no Brasil
Quatro décadas atrás, nascia em Nova York um dos principais gêneros da música criados até hoje:
o hip-hop. Em 2019, o movimento completa 46 anos, e de 2 a 28 de abril, o Red Bull Music Pulso celebra
essa história e discute o futuro do rap, reunindo artistas independentes da antiga e da nova geração do hip-
hop nacional para uma ocupação musical no Red Bull Station. Durante um mês, estes artistas vão conviver,
criar e colaborar juntos, e o público poderá ver o resultado destas experimentações por meio de palestras,
workshops e shows gratuitos.
Sabemos que é impossível discutir futuro sem olhar pro passado, então fizemos aqui uma breve
viagem de volta às origens do rap no Brasil, relembrando fatos, artistas e discos que marcaram essa
importante história.
O começo de tudo
Foi no dia 11 de agosto de 1973, no bairro do Bronx, em Nova York, que o DJ jamaicano Kool Herc
organizou uma festa que mudou os rumos da música para sempre. Para inovar seus sets, Herc decidiu tocar
apenas o instrumental e breaks das músicas de funk e soul da época, como James Brown, e James Clinton,
levando o público ao delírio. Depois, os MCs começaram a acrescentar rimas às batidas, deixando
as festas ainda mais animadas. Desde então, a cultura hip-hop se transformou em uma grande potência da
música, da dança, da arte e da moda.
São Paulo, 1986 - 1999
Em São Paulo o hip-hop surgiu em 1986, quando os jovens começaram a receber informações do
movimento que estava acontecendo em Nova York. Nas ruas de São Paulo, grupos de periferia começaram
a se reunir na Galeria 24 de Maio e na estação São Bento do metrô para escutar as músicas vindas do
Bronxs, acompanhados de novos passos de dança. Os primeiros frequentadores do local foram os
dançarinos de break, e um dos grandes precursores do estilo foi Nelson Gonçalves Campos Filho, o Nelson
Triunfo, que ficou conhecido como um dos principais dançarinos do país.
A história do movimento Hip Hop no Pará.
Outra grande grande influência para o desenvolvimento da cultura no Brasil foi a estreia do filme
Beat Street [lançado no Brasil como "Na Onda do Break", 1984]. Numa era pré-internet onde as
informações demoravam para chegar, o filme acabou sendo um divisor de águas. A partir dele, muitos
jovens conheceram a cultura urbana e a febre do break cresceu em São Paulo.
O hip-hop mexeu com a auto-estima do jovem negro que vivia nas periferias da cidade, e buscava
um meio de se integrar na juventude da sua época, encontrando sua identidade cultural dentro de uma
sociedade minada de preconceitos, e que vivia num regime de ditadura. Nessa época, o rap ainda era
considerado um estilo musical violento e tipicamente periférico.
No Brasil, o primeiro álbum exclusivo de rap foi a coletânea "Hip-Hop Cultura de Rua", lançada
em 1988. Nela foi apresentado o trabalho de Thaíde e DJ Hum, MC Jack e Código 13, que se tornaram
lendas na cena. No ano seguinte foi lançada a coletânea "Consciência Black, Vol. I", que projetou um dos
maiores grupos da história do rap brasileiro: os Racionais MC's. Formado por Mano Brown, Edi Rock, Ice
Blue e KL Jay, o grupo apresentou um rap voltado para a desigualdade na periferia e as injustiças sociais
Aptidão física
Hoje a dança hip hop é reconhecida pelos dançarinos e pelos treinadores como uma forma
alternativa da prática de atividade física. Hip Hop Internacional, uma organização que administra
campeonatos de breakdance nos Estados Unidos e no mundo inteiro, foi fundada como uma subsidiária da
Sports Fitness International
De acordo com o site de saúde e fitness Lance Armstrong LiveStrong.com, a dança hip hop é
particularmente útil na construção muscular abdominal, muitos dos movimentos do hip hop são utilizados
para exercitar o abdômen, e esta é uma boa área muscular para se trabalhar. Há uma grande quantidade de
movimentação do quadril e da cintura pélvica. O popping, dança de hip hop, trabalha todos estes músculos.
Fazendo os movimentos do popping na hora certa, se obtém um perfeito resultado para o abdômen.

2. Expandindo o conhecimento
ATIVIDADES
1. O movimento hip-hop é tão urbano quanto as grandes construções de concreto e as estações de
metrô, e cada dia se torna mais presente nas grandes metrópoles mundiais. Nasceu na periferia dos bairros
pobres de Nova Iorque. É formado por três elementos: a música (o rap), as artes plásticas (o grafite) e a
dança (o break).
No hip-hop os jovens usam as expressões artísticas como uma forma de resistência política.
Enraizado nas camadas populares urbanas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso
político a favor dos excluídos, sobretudo dos negros. Apesar de ser um movimento originário das periferias
norte-americanas, não encontrou barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade – o que, no
entanto, não significa que o hip-hop brasileiro não tenha sofrido influências locais. O movimento no Brasil
é híbrido: rap com um pouco de samba, break parecido com capoeira e grafite de cores muito vivas.
De acordo com o texto, o hip-hop é uma manifestação artística tipicamente urbana, que tem como
principais características:
a) a ênfase nas artes visuais e a defesa do caráter nacionalista.
b) a alienação política e a preocupação com o conflito de gerações.
c) a afirmação dos socialmente excluídos e a combinação de linguagens.
d) a integração de diferentes classes sociais e a exaltação do progresso.
e) a valorização da natureza e o compromisso com os ideais norte-americanos.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
1. As modalidades esportivas são divididas em individuais e coletivas, sendo o futebol um esporte coletivo.
Baseado nesta afirmação podemos dizer que:
a) Para ter êxito no futebol o individualismo é o melhor caminho.
b) Se treinarmos o melhor aluno, o time terá mais chance de ser campeão.
c) No futebol cada jogador tem uma função, que colabora com seus companheiros de equipe de forma
combinada, portanto o trabalho de fortalecimento do grupo é o melhor caminho.
d) Não é necessário se organizar taticamente para o jogo, os participantes devem jogar em todas as posições
simultaneamente.
Após leitura dos textos acima sobre esportes, faça as atividades abaixo.
2. O esporte faz parte da cultura corporal, e seu entendimento histórico se faz necessário. Sobre o assunto,
assinale o que for incorreto:
a) No início do século XIX, o desenvolvimento da sociedade capitalista tornava cada vez mais
profunda a divisão do trabalho e, consequentemente, a divisão entre as classes sociais. Nesse contexto,
observa-se também o desenvolvimento do esporte a partir de interesses distintos, conforme a classe social.
b) No início do século XIX, as práticas desportivas não eram organizadas nem tinham regras rígidas, o que
possibilitava refletir sobre a estrutura do esporte e contestá-la.
c) O futebol é o esporte de maior destaque no Brasil, tanto que já foi considerado o ópio do povo – uma
espécie de contaminação da consciência crítica do ser humano.
d) A prática esportiva na escola e sua legitimação têm pouca relação com o desenvolvimento político e
econômico da sociedade.
e) O futebol praticado na várzea e na rua por comunidades locais pode contribuir para a organização política
dessas comunidades, bem como ter papel importante na superação de suas dificuldades, potencializando a
intensificação de laços culturais próprios.
3. A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do processo cultural: seu
movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu
cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu
movimento para melhor compreendê-lo historicamente.
Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira ou o
candomblé, deve considerar que elas
a) Permanecem como reprodução dos valores e costumes africanos.
b) Perderam a relação com o seu passado histórico.
c) Derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.
d) Contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.
e) Demonstram a maior complexidade cultural dos africanos em relação a
Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
2° ano do Ensino Médio

Arte - Carga horária mensal 05 horas


Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
(EM13LGG604) * Leitura contextualizada e produção de obra das diferentes linguagens
artísticas;
* Releitura;
* Cubismo
Nome da Escola: ______________________________________________________________________
Nome do Professor: ____________________________________________________________________
Nome do Estudante: ____________________________________________________________________
Período: ( ) vespertino ( ) matutino ( ) noturno Turma 2° ano ______
Compreensão leitora
1. Leitura de obra de arte

"Guernica" tem 349,3 cm de altura por 776,6 cm de largura e hoje está no museu “Reina Sofia” na Espanha.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/artes/pablo-picasso.htm - acesso em 10/08/2020

Ao longo da história da humanidade muitos artistas optaram por representar em suas obras os
acontecimentos que marcaram a sociedade de seu tempo, representando várias vezes os sentimentos e
emoções de forma simbólica. O quadro La Guernica é a obra mais conhecida de Pablo Picasso, produzido
nos meses de maio e junho de 1937. Conforme pesquisas realizadas, a pintura cubista relata os horrores da
Guerra Civil Espanhola, mais especificamente o bombardeio alemão à cidade que dá nome ao quadro.
Estudos apontam que, ao desenvolver La Guernica, Picasso queria atrair a atenção do mundo para
a causa republicana em pleno conflito. Ao exaltar a imagem desse episódio político em um quadro, Picasso
criou uma das maiores peças de protesto social de todos os tempos.
O nome completo do pintor é Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los
Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso (Málaga, 25 de outubro de 1881 — Mougins,
8 de abril de 1973, Espanha. Além de pintor, Picasso foi escultor, ceramista, poeta e dramaturgo. Ele foi
o primeiro artista que obteve sucesso usando a mídia para promover o seu nome e, com isso, seu império
comercial.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/artes/pablo-picasso.htm - acesso em 10/08/2020
2. Cubismo
Pablo Picasso é famoso por ser um dos fundadores do cubismo, em 1909, junto com o pintor e
escultor francês Georges Braque. Esse movimento, também denominado como vanguarda europeia, é
conhecido por ser a arte que permite uma visualização simultânea.
O cubismo tem duas vertentes:
 Cubismo analítico (1909 – 1912): as obras tinham tons marrons, mais neutros, e formas
geometrizadas.
 Cubismo sintético (1912 – 1919): as obras tinham colagens de papéis e pedaços de barbantes, o que
foi um marco na história artística. A combinação ou síntese de formas era a principal regra, as cores
eram mais fortes e decorativas.

Assista ao vídeo disponível no link a seguir sobre o cubismo:


https://www.youtube.com/watch?v=qHf10HGny60

3. Leitura de obra
As obras de arte sejam pinturas, esculturas, instalações ou qualquer outra “arte visual” podem ser
interpretadas assim como um texto escrito, a diferença está nos códigos. A linguagem escrita utiliza-se de
alfabetos compostos por letras, as obras de arte também têm seus símbolos, desde os mais simples como as
formas e cores até as mais complexas como por exemplo o contexto.
O contexto pode ser encontrado respondendo algumas perguntas simples:
- Quem realizou?
- Quando realizou? Em qual período da história?
- Por que? ou Para que? (A obra “Mona Lisa” por exemplo foi uma encomenda de um retrato)
- Como foi realizada? Quais os materiais?
- Existem símbolos na obra?
Todos esses fatores são relevantes para uma análise, mas também os sentimentos que elas despertam
no observador.

4. Tipos de análise de obra (ou leitura, interpretação, apreciação)


 Objetiva (ou visual): descreva o que todo mundo vê, sem especulações.
 Subjetiva (ou simbólica): descreva o que você sente ao visualizá-la.
 Formal (ou estética): analise a composição visual – a sintaxe visual -, seu contexto histórico, seu
tema, sua organização. Envolve um pouco mais de pesquisa.

No link abaixo você encontrará um exemplo de leitura de obra para ajudar a entender como realizar.
http://www.falandodeartes.com.br/2014/05/como-analisar-obras-de-arte.html

2. Expandindo o conhecimento

ATIVIDADE
1. Agora é sua vez, vamos começar com a leitura da obra “Guernica” de Pablo Picasso. Para isso realize
uma pesquisa sobre os símbolos presentes nela, em seguida escreva as três formas básicas de leitura:
a) Objetiva
b) Subjetiva
c) Formal
1. Compreensão leitora
Releitura de uma obra de arte
A releitura e uma versão particular de uma obra artística, basear-se em uma criação e reinterpretar
com novas perspectivas, porém sem perder a a forma original e assim manter a identificação com a
original.Existem inúmeras formas de se trabalhar com o conceito de reinventar uma obra artística, pode ser
através do registro da imagem, mas também apenas realizando uma performance que reproduz a imagem
por um período de tempo.

disponivel em https://www.instagram.com/p/b-xvkavfngy/?utm_source=ig_embed

No link abaixo você pode apreciar mais releituras muito interessantes.


https://www.agazeta.com.br/entretenimento/cultura/desafio-internautas-recriam-obras-de-arte-durante-a-
quarentena-0420

2. Expandindo o conhecimento
ATIVIDADE
Mãos a obra!
Agora realize uma releitura de obra famosa. Pode ser de escultura, pintura, desenho, até cartaz de
filme está valendo, desde que sejam imagens conhecidas que gerem identificação do observador. Pode ser
foto, desenho, pintura. Busque por mais imagens de releituras para se inspirar!
Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
2° ano do Ensino Médio

INGLÊS - Carga horária mensal 05 horas


Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
Reading
• Advertisements..
EM13LGG403 • Panfleto bilíngue.
Writing
• Produzir um “advertisement”.
Nome da Escola: ______________________________________________________________________
Nome do Professor: ____________________________________________________________________
Nome do Estudante: ____________________________________________________________________
Período: ( ) vespertino ( ) matutino ( ) noturno Turma 2° ano ______

Hello guys, It´s good to be here with you!


It´s time to know something else about ADs. Let´s talk for a while....
Você já percebeu que existem diversos advertisements sobre: comidas, foods, refrigerantes, soft drinks,
etc. ?
Let’s study them ?
Mas espera aí, o que são advertisements ???????
“A propaganda ou ( Advertisement) em inglês é um meio de anunciar um determinado produto. É mostrar
em um curto espaço em (comerciais TV, revistas, jornais), o porquê o produto é bom, fazer com que chame
a atenção do cliente, o estimulando a possuí-lo e depois comprar. “
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com

ADS IS A SHORT NAME FOR ADVERTISEMENTS.


And where can we find Ads? Huhm!!! In folder...jornais... cartão de visita... calendário... revistas...etc...
1 - LET’S THINK AND TALK!
Você sabe quem produz propaganda? E para quem eles são produzidos? Para que eles servem?
Quais são as partes de um anúncio? Essas são algumas perguntas que vamos procurar responder
durante nossas aulas.
a - Do you like ads? ___________________________________________________________________
b - Where have you seen advertisements? _________________________________________________
________________________________________________________________________________
C - Have you seen advertisements in magazines, books, brochures, TV, radio, Internet, outdoor,
newspapers? _________________________________________________________________________

2- LET´S REVIEW!
a - What is an advertisement?
__________________________________________________________________________________
b - What is its objective?
__________________________________________________________________________________
c - When should we use them?
____________________________________________________________________
3- Now pay attention to the picture and answer.

1- Is this an Advetisement?
____________________________________________

2- What (Qual) is the product announced on the Ad?


________________________________________________

3- What (Quais) are the chracteristics of this product?

___________________________________________________
4- Is this an Advetisement?
___________________________________________________________________
5- What (Qual) is the product announced on the Ad?
______________________________________________________________________
6- What (Quais) are the chracteristics of this product?

7- Would you buy it? Why?


_________________________________________________________________________________
8- Do you like this brand of soda? Or do you prefer another one? Why?
________________________________________________________________________________

Before we start exploring the advertisements observe some information about them:
Uma propaganda deve conter as seguintes informações:
Parte escrita (TEXT) = é o texto utilizado para descrever um produto, convencer o consumidor a comprá-lo.
Parte visual (PICTURE) = imagem que é utilizada no Ad para chamar a atenção do leitor.
Marca (BRAND) = marca da empresa que produziu o anúncio.
Identificação (LOGO) = uma imagem pequena no Ad que identifica a empresa do produto.
Frase (SLOGAN) = Frase curta que define os ideais do ad.
**Pay attention to this Advertisemnet below:
1- What food is announced on this advertisement?
______________________________________________________________________
2- What is the brand of the product? How do you know that?
______________________________________________________________________
3- Look at the Ad, there we have an expression “A Piece of Meat”. Why do you think this expression
was used here? ___________________________________________________________________
4-Does this advertisement have text? Write it down.
_____________________________________________________________________________________
5-Does the Ad have a picture? What is the picture?
_______________________________________________________________
6- Does it have a Brand? What it it?
_______________________________________________________________
7-Does it have a logo? What is the logo?
_______________________________________________________________
8- Does it have a Slogan? Write the Slogan?

9- In your oppinion, why did the advertisement finish the text asking: ARE YOU MAC ENOUGH (Você
é Mac o suficiente?)
_____________________________________________________________________________________
*****Now, create an advertisement, use your creativity.
Agora , crie um anúncio (an advertisement), use sua criatividade e os conceitos trabalhados.

Panfleto
Um folheto ou panfleto é um meio de divulgação de uma idéia ou marca, feito de papel e de fácil
manuseabilidade. Por seu baixo custo é muito utilizado para atingir grandes públicos em pouco tempo.
pt.wikipedia.org/wiki/Panfleto

Significado de bilíngue
Que se comunica em duas línguas: funcionário bilíngue, que ensina dois idiomas de maneira simultânea:
colégio bilíngue. Escrito ou composto em duas línguas: panfleto bilíngue. https://www.dicio.com.br/bilingues/

Panfletos Bilíngue – veja alguns exemplos.

Pesquise na internet ou em revistas exemplos de panfletos bilíngue.

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