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Secretaria de Documentação
Equipe de Documentação do Legislativo
FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que
lhe são conferidas por lei,
D E C R E T A:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º Este decreto regulamenta a aplicação de disposições da Lei nº 16.402, de 22 de
março de 2016, relativas ao parcelamento do solo.
§ 1º No caso de parcelamento do solo para fins de HIS e EHIS, os parâmetros e regras
a serem observados são aqueles definidos no Decreto nº 57.377, 12 de outubro de 2016.
§ 2º Para fins de aplicação deste decreto ficam definidas as expressões constantes de
seu Anexo Único, além daquelas do Quadro 1 da Lei nº 16.402, de 2016.
Art. 2º As modalidades de parcelamento do solo definidas na Lei nº 16.402, de 2016,
regulamentadas por este decreto são:
I - loteamento;
II - desmembramento;
III - remembramento;
IV - reparcelamento.
Art. 3º Em um mesmo expediente administrativo, pode ser requerida a aprovação do
parcelamento do solo e das edificações, constituindo-se a modalidade em Plano Integrado.
Parágrafo único. Na modalidade Plano Integrado, o parcelamento do solo deve atender
às disposições estabelecidas na Lei nº 16.402, de 2016, e neste decreto e as edificações às
disposições do Código de Obras e Edificações e legislação correlata.
Art. 4º Somente é permitido o parcelamento do solo para fins urbanos na zona urbana
definida pela Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014 - PDE, e em terrenos que atendam às
condições fixadas no artigo 37 da Lei 16.402, de 2016.
Parágrafo único. O parcelamento do solo deve atender aos requisitos estabelecidos no
artigo 38 da Lei nº 16.402, de 2016.
Art. 5º A gleba e o lote urbanos com área superior a 20.000m² (vinte mil metros
quadrados) ficam obrigados à destinação de áreas públicas a ser efetivada através de
parcelamento do solo nos termos da Lei nº 16.402, de 2016, exceto quando se tratar de
empreendimentos, usos e atividades nas seguintes situações:
I - no caso de uso previsto no § 5º do artigo 45 da Lei nº 16.402, de 2016;
II - em imóvel público, ainda que cedidos a particulares, na forma de concessão.
§ 1º Também ficam obrigadas à destinação de áreas públicas de que trata o "caput"
deste artigo:
I - a construção de edificação nova;
II - a reforma com ampliação de mais de 50% (cinquenta por cento) da área construída
total, com ou sem mudança de uso, exceto quando se enquadre em uma das seguintes
situações:
a) imóvel tombado, mediante parecer do órgão de preservação que ateste a
impossibilidade do parcelamento ou da destinação de área pública;
b) lote ou gleba localizado em perímetro de Operação Urbana Consorciada ou
Operação Urbana onde a destinação de área pública seja objeto de contrapartida financeira
nos termos da lei da operação, mediante parecer de CTLU/SMDU;
c) a configuração da implantação da construção existente não permita o parcelamento
atendendo às disposições da Lei nº 16.402, de 2016, a critério da Coordenadoria de SEL ou de
Subprefeitura, de acordo com a competência;
III - mudança de uso de atividade relacionada no § 5º do artigo 45 da Lei nº 16.402, de
2016, para outra atividade não relacionada no referido dispositivo.
§ 2º Fica obrigada à destinação de área pública nos termos dos artigos 44 e 45 da Lei
nº 16.402, de 2016, a atividade dispensada de atendimento de dimensão máxima de lote,
conforme parágrafo único do artigo 42 da citada lei, exceto quando se tratar de reforma,
conforme inciso II do § 1º deste artigo.
§ 3º Fica isento da destinação de áreas públicas o desmembramento de lote ou gleba
que seja seccionado por perímetro de ZEIS, devendo, no entanto, ser verificada a exigência de
destinação quando do parcelamento ou edificação em cada área resultante.
CAPÍTULO II
DA DESTINAÇÃO DE ÁREAS PÚBLICAS
Seção I
Da Certidão de Diretrizes Urbanísticas
Art. 6º São precedidos de emissão de Certidão de Diretrizes Urbanísticas o
licenciamento de loteamento, reparcelamento, desmembramento e os casos de edificações
quando obrigados à destinação de áreas públicas nos termos da Lei nº 16.402, de 2016, e
deste decreto.
§ 1º A Certidão de Diretrizes Urbanísticas será emitida a pedido do interessado e deve
estabelecer, conforme o caso:
I - o traçado básico do sistema viário principal e da sua articulação com vias adjacentes
oficiais do entorno, existentes ou projetadas, quando se tratar de loteamento ou
reparcelamento com abertura de vias, bem como a eventual ocupação de parte de Áreas de
Preservação Permanente (APP) nos termos da Lei nº 16.402, de 2016, e deste decreto;
II - a localização e metragem aproximadas das áreas de preservação ambiental,
incluindo as APP;
III - a metragem quadrada, o dimensionamento e a localização aproximados das áreas
verdes exigidas nos termos deste decreto;
IV - a localização aproximada da área institucional pública, com indicação da metragem
mínima exigida nos termos deste decreto;
V - o dimensionamento e localização aproximados de faixas sanitárias necessárias ao
escoamento das águas pluviais;
VI - a faixa não edificável ao longo das faixas de domínio de rodovia, ferrovia, duto e de
canalização enterrada existente;
VII - o traçado de melhoramento viário público incidente no terreno;
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da Cidade em 22/12/2016, p. 5-7 c. todas, 1
Para informações sobre revogações ou alterações a esta norma, visite o site www.camara.sp.gov.br.