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APOSTILA BRIGADA DE INCÊNDIOS

Combate a Princípios de Incêndios


Definição, Objetivos e Exigências Legais 02
Responsabilidade da Brigada 02
Critérios básicos para seleção de candidatos a brigadista 02
Organização da brigada 02
Procedimentos básicos de emergência 03
Fluxograma de procedimento de emergência 04
Conceito de Fogo 05
Elementos que compõem o fogo 05
Propagação do Fogo 06
Pontos e Temperaturas Importantes do Fogo 07
Métodos de Extinção do Fogo 07
Classes de Incêndio 08
Riscos em Incêndios e EPIs 08
Extintores de Incêndio 00
Localização e Sinalização de Extintores 10
Cuidados e conservação de extintores 11
Mangueiras de Incêndio 13
Esguichos reguláveis 15
Chaves de mangueiras 15
Sistema de Hidrantes 15
Registro de Recalque 15
Saídas de emergência 15
Escada de segurança 15
Sistema de iluminação de emergência 16
Sistemas de Alarme 16
Sistema de chuveiros automáticos ("sprinklers") 17
Sinalização de Emergência 17
Técnica de Extinção de Incêndio 18
Ventilação 18
Providências em Caso de Confinamento pelo Fogo 18
Emergências envolvendo GLP (Gases Liquefeitos de Petróleo) 19

Primeiros Socorros
Níveis de Cuidados 20
A abordagem Inicial 20
Prioridades do Atendimento 20
Biossegurança 20
Processo de Morte 20
Diretrizes da American Heart Association 2015 para RCP e ACE 21
Resumo dos componentes de um RCP de alta qualidade para SBV 22
Hemorragias 23
Estado de Choque 24
Lesões músculo esqueléticas - Fraturas 25
Queimaduras 25
Formas de Socorro 26
Movimentação Emergências de Vítimas 27
Dois ou mais socorristas 28
Avaliação Anexo C – IT 17 29
Referências 30
Brigada de Incêndio
Definição:
Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na
prevenção, abandono e combate a um PRINCÍPIO DE INCÊNDIO e prestar os primeiros socorros, dentro
de uma área preestabelecidas.
Objetivo:
Proteger a Vida, o Meio Ambiente e o Patrimônio, procurando reduzir as consequências iniciais
do sinistro ao patrimônio e ao meio ambiente.
Exigências Legais:
Norma Regulamentadora nº 23 e NBR 14276.
Instrução Técnica 17 CBMBA
Responsabilidade da Brigada:
a) Ações de prevenção:
• Avaliação dos riscos existentes;
• Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio;
• Inspeção geral das rotas de fuga;
• Elaboração de relatório das irregularidades encontradas;
• Encaminhamento de relatório aos setores competentes;
• Orientação a população fixa e flutuante;
• Prática de exercícios simulados.
b) Ações de emergência:
• Identificação da situação;
• Alarme/abandono de área;
• Corte de energia;
• Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;
• Primeiros socorros;
• Combate ao princípio de incêndio;
• Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;
Critérios básicos para seleção de candidatos a brigadista:
• Permanecer na edificação durante seu turno de trabalho;
• Experiência anterior como brigadista;
• Possuir boa condição física e boa saúde;
• Possuir bom conhecimento das instalações, devendo ser escolhidos preferencialmente
os funcionários da área de utilidades, elétrica, hidráulica e manutenção geral;
• Ter responsabilidade legal;
• Ser alfabetizado.
NOTA: Caso nenhum candidato atenda aos critérios básicos relacionados, devem ser
selecionados aqueles que atendam ao maior número de requisitos.
Organização da brigada:
a) LÍDER: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de um determinado
setor/pavimento/compartimento. É escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo
seletivo;
b) CHEFE da edificação ou do turno: brigadista responsável pela coordenação e execução das ações
de emergência de uma determinada edificação da planta. É escolhido dentre os brigadistas
aprovados no processo seletivo;
c) COORDENADOR geral: brigadista responsável pela coordenação e execução das ações de
emergência de todas as edificações que compõem uma planta, independentemente do número de
turnos. É escolhido dentre os brigadistas que tenham sido aprovados no processo seletivo,
devendo ser uma pessoa com capacidade de liderança, com respaldo da direção da empresa ou
que faça parte dela. Na ausência do coordenador geral, deve estar previsto no plano de
emergência da edificação um substituto treinado e capacitado, sem que ocorra o acúmulo de
funções.
Brigada de Incêndio
Planta com duas edificações, com 3 turnos de trabalho e 3 brigadistas por edificação:

Procedimentos básicos de emergência:


ALERTA: Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, através dos
meios de comunicação disponíveis, os ocupantes e os brigadistas.
ANÁLISE DA SITUAÇÃO: Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o início até o
final do sinistro. Havendo necessidade, acionar o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e desencadear os
procedimentos necessários que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o
número de brigadistas e com os recursos disponíveis no local.
PRIMEIROS SOCORROS: Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou
restabelecendo suas funções vitais com SBV (Suporte Básico da Vida) e RCP (Reanimação
Cardiopulmonar) até que se obtenha o socorro especializado.
CORTE DE ENERGIA: Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos
equipamentos da área ou geral.
ABANDONO DE ÁREA: Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário,
conforme comunicação preestabelecida, removendo para local seguro, a uma distância mínima de 100 m
do local do sinistro, permanecendo até a definição final.
CONFINAMENTO DO SINISTRO: Evitar a propagação do sinistro e suas consequências.
ISOLAMENTO DA ÁREA: Isolar fisicamente a área sinistrada de modo a garantir os trabalhos de
emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.
EXTINÇÃO: Eliminar o sinistro restabelecendo a normalidade.
INVESTIGAÇÃO: Levantar as possíveis causas do sinistro e suas consequências e emitir relatório
para discussão nas reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a
repetição da ocorrência.

Comunicação interna e externa:


Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser
estabelecido previamente um sistema de comunicação entre os brigadistas, a fim de facilitar as operações
durante a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência;
Essa comunicação pode ser feita por meio de telefones, quadros sinópticos, interfones, sistemas
de alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som interno etc;
Caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de
Auxílio Mútuo), o(a) telefonista ou operador de rádio é o(a) responsável. Para tanto, faz-se necessário
que essa pessoa seja devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e estratégico para o
abandono.
ORDEM DE ABANDONO: O responsável máximo da brigada de incêndio (coordenador-geral,
chefe da brigada ou líder, conforme o caso) determina o início do abandono, devendo priorizar os locais
sinistrados, os pavimentos superiores a esses, os setores próximos e os locais de maior risco.
PONTO DE ENCONTRO: Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos brigadistas,
para distribuição das tarefas.
GRUPO DE APOIO: O grupo de apoio é formado com a participação da Segurança Patrimonial,
de eletricistas, encanadores, telefonistas e técnicos especializados na natureza da ocupação.
Brigada de Incêndio

Fluxograma de procedimento de emergência da brigada de incêndio (recomendação)


Brigada de Incêndio

Teoria do Fogo
Conceito de Fogo: Fogo é um processo químico de transformação. Podemos também defini-lo
como o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido à combustão de
materiais diversos.
Elementos que compõem o fogo:
Os elementos que compõem o fogo são:
● Combustível 9tudo que queima)
● Comburente (oxigênio)
● Calor
● Reação em cadeia
Esse quarto elemento, também denominado
transformação em cadeia, vai formar o quadrado ou
tetraedro do fogo.

• Combustível: É todo material que queima. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que
os sólidos e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor e depois inflamam.

Sólidos: Madeira, Papel, Tecido, etc.

Líquidos Voláteis – são os que desprendem


gases inflamáveis à temperatura ambiente. Ex.:
álcool, éter, benzina, etc.

Líquidos Não Voláteis – são os que desprendem


gases inflamáveis a temperaturas maiores do que a
do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc.

Gasosos - Butano, propano, etano, etc.


Brigada de Incêndio

• Comburente (Oxigênio): É o elemento ativador do fogo, que se combina com


os vapores inflamáveis dos combustíveis, dando vida às chamas e possibilitando
a expansão do fogo. Compõe o ar atmosférico na porcentagem de 21%, sendo
que o mínimo exigível para sustentar a combustão é de 16%.

• Calor: É uma forma de energia. É o elemento que


dá início ao fogo, é ele que faz o fogo se propagar.
Pode ser uma faísca, uma chama ou até um
superaquecimento em máquinas e aparelhos
energizados.

• Reação em Cadeia: Os combustíveis, após iniciarem a combustão,


geram mais calor. Esse calor provocará o desprendimento de mais gases
ou vapores combustíveis, desenvolvendo uma transformação em cadeia ou
reação em cadeia, que, em resumo, é o produto de uma transformação
gerando outra transformação.

Propagação do Fogo:
O fogo pode se propagar:
• Pelo contato da chama em outros combustíveis;
• Através do deslocamento de partículas incandescentes;
• Pela ação do calor.
O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos
corpos. Ele se propaga por três processos de transmissão:

• Condução: É a forma pela qual se transmite o


calor através do próprio material, de molécula a
molécula ou de corpo a corpo.

• Convecção: É quando o calor se transmite através de uma


massa de ar aquecida, que se desloca do local em chamas,
levando para outros locais, quantidade de calor suficiente para
que os materiais combustíveis aí existentes atinjam seu ponto
de combustão, originando outro foco de fogo.

• Irradiação: É quando o calor se transmite por


ondas caloríficas através do espaço, sem utilizar
qualquer meio material.
Brigada de Incêndio

Pontos e Temperaturas Importantes do Fogo


• Ponto de Fulgor: É a temperatura mínima necessária para que um combustível
desprenda vapores ou gases inflamáveis, os quais, combinados com o oxigênio do ar em contato
com uma chama, começam a se queimar, mas a chama não se mantém porque os gases
produzidos são ainda insuficientes.
• Ponto de Combustão: É a temperatura mínima necessária para que um combustível
desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em
contato com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga,
pois essa temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes para manter o
fogo ou a transformação em cadeia.
• Temperatura de Ignição: É aquela em
que os gases desprendidos dos combustíveis
entram em combustão apenas pelo contato com
o oxigênio do ar, independente de qualquer
fonte de calor.

Métodos de Extinção do Fogo


Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários o combustível, comburente
e o calor, formando o triângulo do fogo ou, mais modernamente, o quadrado ou tetraedro do fogo,
quando já se admite a ocorrência de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta
retirar um desses elementos. Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os seguintes
métodos de extinção: extinção por retirada do material, por abafamento, por resfriamento e
extinção química.

• Extinção por retirada do material (Isolamento)


Esse método consiste em duas técnicas:
• retirada do material que está queimando
• retirada do material que está próximo ao fogo

• Extinção por retirada do comburente (Abafamento)


Este método consiste na diminuição ou impedimento
do contato de oxigênio com o combustível.

• Extinção por retirada do calor (Resfriamento)


Este método consiste na diminuição da temperatura
e eliminação do calor, até que o combustível não gere
mais gases ou vapores e se apague.

• Extinção Química
Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia.
Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do calor, gera gases ou
vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável. Quando
lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do
calor e se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra
mistura não inflamável.
Brigada de Incêndio
Classes de Incêndio
Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis.
Somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se
descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura.

Caracteriza-se por queimar em superfície e


profundidade.
Após a queima deixam resíduos, brasas e cinzas.
Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo
método de resfriamento, e as vezes por abafamento
através de jato pulverizado.

Caracteriza-se por queimar em superfície.


Após a queima, não deixam resíduos.
Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de
abafamento.

Caracteriza–se pela possibilidade de energia elétrica.


A extinção só pode ser realizada com agente extintor
não condutor de eletricidade, nunca com extintores de
água ou espuma. O primeiro passo num incêndio de
classe C é desligar o quadro de força, pois assim ele
se tornará um incêndio de classe A ou B.

Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos


(alumínio, antimônio, magnésio, etc.). São difíceis de
serem apagados e esse tipo de incêndio é extinto pelo
método de abafamento. Nunca utilizar extintores de
água ou espuma para extinção do fogo.

Caracteriza-se por fogo em óleos e gorduras em


cozinhas

Riscos em Incêndios
• quedas ou escorregões;
• desabamento de estruturas;
• intoxicação por gases tóxicos;
• cortes e queimaduras;
• choque elétrico;
• torções em pés ou joelhos;
• contaminação com produtos químicos;
• ser atingido por objetos que caem. Equipamento de proteção individual
Capacete, Capa, Luvas, Botas, Bala-clava
Brigada de Incêndio

EXTINTORES DE INCÊNDIOS
Destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de incêndios, não devendo
ser considerados como substitutos aos sistemas de extinção mais complexos, mas sim como
equipamentos adicionais.

• Extintores Sobre Rodas (Carretas): As carretas são extintores de


grande volume que, para facilitar seu manejo e deslocamento, são
montados sobre rodas.

• Água Pressurizada: É o agente extintor indicado para incêndios de classe


A. Age por resfriamento e/ou abafamento. Pode ser aplicado na forma de
jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos, a ação é
por resfriamento. Na forma de neblina, sua ação é de resfriamento e
abafamento.
ATENÇÃO:
Nunca use água em fogo das classes C e D.
Nunca use jato direto na classe B.

• Pó Químico: É o agente extintor indicado para combater


incêndios da classe B. Age por abafamento, podendo ser também
utilizados nas classes A e C, podendo nesta última danificar o
equipamento.

• Gás Carbônico (CO2): É o agente extintor indicado para incêndios da


classe C, por não ser condutor de eletricidade. Age por abafamento,
podendo ser também utilizado nas classes A, somente em seu início e
na classe B em ambientes fechados.

• Pó Químico Especial: É o agente extintor indicado


para incêndios da classe D. Age por abafamento.
Brigada de Incêndio

• Espuma Mecânica: É um agente extintor indicado para incêndios das classes


A e B. Age por abafamento e secundariamente por resfriamento. Por ter água
na sua composição, não se pode utilizá-lo em incêndio de classe C, pois conduz
corrente elétrica.

• Pó A B C (Fosfato de Monoamônico): É o agente extintor


indicado para incêndios das classes A,B e C. Age por
abafamento

Tabela de uso do agente extintores de incêndios conforme as classes de incêndios:

Localização e Sinalização de Extintores


Os extintores portáteis devem ser instalados,
de tal forma que sua parte superior não ultrapasse a
1,60 m de altura em ralação ao piso acabado, e a
parte inferior fique acima de 0,10 m (podem ficar
apoiados em suportes apropriados sobre o piso);
Brigada de Incêndio
Cuidados e conservação de extintores
Inspeção Técnica: O extintor de incêndio deve passar por exames periódicos, realizados
por empresa registrada junto ao Inmetro. Esse procedimento não requer a desmontagem do
extintor, podendo ser realizada no local. A finalidade é verificar se o mesmo permanece em
condições de operação, no que diz respeito aos seus aspectos externos, servindo também para
definir o nível de manutenção a ser executado, caso necessário.
Manutenção: A manutenção é um serviço de caráter preventivo e ou corretivo,
obrigatoriamente realizado por empresa registrada junto ao Inmetro. Essa manutenção é
realizada em 3 níveis:
Manutenção de 1º Nível - de caráter corretivo, geralmente efetuada na inspeção
técnica e geralmente no local onde o extintor está instalado, não sendo necessária a sua remoção
para a empresa registrada e que necessite apenas de limpeza, reaperto e ou substituição de
componentes não submetidos à pressão, colocação do quadro de instruções, quando
necessário, nos termos da legislação pertinente;
Manutenção de 2º Nível - de caráter preventivo e corretivo, requer execução de
serviços na empresa registrada. Requer a desmontagem completa do extintor, limpeza de todos
os componentes, inspeção das roscas e partes internas, realização de ensaios nos
componentes, execução de recarga e pressurização, colocação do anel, trava e lacre, fixação
do Selo de Identificação da Conformidade, da etiqueta de garantia e do quadro de instruções;
Manutenção de 3º Nível - processo em que se aplica a revisão total do extintor de
incêndio, incluindo o ensaio hidrostático. A contar da data de fabricação ou da realização do
último ensaio hidrostático, a cada 5 anos o extintor deverá passar pela manutenção de terceiro
nível, ensaio hidrostático. Este intervalo de cinco anos deverá ser interrompido caso não seja
possível identificar quando se deu o último ensaio hidrostático, ou quando o extintor for submetido
a danos térmicos ou mecânicos, devendo passar imediatamente pelo ensaio hidrostático.
Todos os extintores de incêndio devem ostentar o selo de identificação da conformidade
do Inmetro. Para os extintores novos o selo é na cor vermelha, com as seguintes inscrições:
• a logomarca do Inmetro;
• o número de série do selo;
• a identificação do fabricante;
• o número de licença do fabricante.
Periodicidade:
Extintores Novos: A primeira manutenção de 2º Nível, desde que o extintor não
tenha sido utilizado e não esteja submetido a condições adversas ou severas, deverá ser
executada após 12 meses da data de sua fabricação, ou ao final da garantia dada pelo fabricante,
o que for maior.
Extintores Usados: deverá ocorrer a cada 12 meses, contados a partir da última
manutenção. Este intervalo poderá ser reduzido se estiver submetido a condições severas ou
adversas.
Para extintores de Dióxido de Carbono – CO2 e para cilindros para o gás expelente –
ampola, a inspeção técnica deverá ser realizada de 6 em 6 meses através de pesagem e se a
perda da carga for superior a 10% o extintor deverá ser recarregado. Ficando a critério e
responsabilidade da empresa de manutenção a realização da recarga a cada 12 meses,
respeitando o prazo máximo de 5 (cinco) anos para a recarga, atendendo também os demais
critérios definidos no Requisitos Técnicos de Qualidade.
Brigada de Incêndio
Para extintores ABC, durante o período de garantia, os aparelhos que necessitarem de
manutenção de 2o nível (recarga), seja por uso em situações de emergência ou treinamento,
terão a garantia de 5 anos mantida a partir de sua data de fabricação desde que realizados por
um Serviço Autorizado. Se o extintor não for utilizado, a recarga só deverá ser feita ao final do
prazo de garantia, ou seja, em 5 anos. É importante salientar que para manter-se a garantia de
fábrica inalterada é obrigatório que os extintores sejam submetidos a inspeções anuais,
preferencialmente por Serviço Autorizado.
Após o extintor de incêndio ser submetido à manutenção, o selo de conformidade é
substituído por um selo de cor azul esverdeada, contendo as inscrições:

• a identificação da empresa;
• a logomarca do Inmetro;
• o número de série do selo;
• a data da manutenção.

O extintor de incêndio que passou por manutenção apresenta um anel de plástico entre a
válvula e o cilindro, com identificação da empresa que realizou a manutenção, e o ano em que o
serviço foi realizado.
A cor do anel de plástico é definida pela Portaria 412/11 do Inmetro, assim definida para
os períodos:
Amarelo – até 30/12/2012
Verde - 01/01/2013 a 30/12/2013 OBS.: Todos os extintores que passarem
Branco - 01/01/2014 a 30/12/2014 por manutenção de 2º ou 3º níveis deverão
obrigatoriamente ter seus anéis trocados,
Azul - 01/01/2015 a 30/12/2015
prova de que os mesmos foram abertos.
Preto - 01/01/2016 a 30/12/2016
Alaranjada - 01/01/2017 a 30/12/2017
Púrpura - 01/01/2018 a 30/12/2018
Sempre que o extintor passar por inspeção ou manutenção, exija a Ordem de Serviço,
devidamente preenchida e assinada pelo técnico responsável pela manutenção, onde conste a
relação das peças que foram trocadas, acompanhada de nota fiscal, protegendo seus direitos de
consumidor.
Recarga: A recarga deve ser efetuada considerando-se as condições de preservação e
manuseio do agente extintor recomendadas pelo fabricante. Não são permitidas a substituição do
tipo de agente extintor ou do gás expelente nem a alteração das pressões ou quantidades indicadas
pelo fabricante. O agente extintor utilizado na recarga deve ser certificado de acordo com as normas
pertinentes. Somente para os extintores de incêndio com capacidade extintora declarada
originalmente pelo fabricante, devem ser mantidos os graus e informados no quadro de instruções.
Ensaio hidrostático: Processo de revisão total do extintor, com sujeição do recipiente/cilindro
as pressões e tempos determinados nas normas técnicas respectivas. O extintor deve ser vistoriado
no máximo a cada cinco anos ou quando apresentar avarias
Brigada de Incêndio
Mangueiras de Incêndio
A norma NBR 11861 da ABNT define mangueira de incêndio como: “Equipamento de
combate a incêndio, constituído essencialmente por um duto flexível dotado de uniões”. As
mangueiras podem ter o comprimento padrão de 15 m a 30 m. A escolha do tipo de mangueira
é fundamental para um desempenho adequado e maior durabilidade do produto.
Devem ser consideradas três características básicas:
• Local de aplicação
Tipo 1: Destina-se a edifícios de ocupação residencial;
Tipo 2: Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros;
Tipo 3: Destina-se às áreas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros;
Tipo 4: Destina-se à área industrial, maior resistência à abrasão;
Tipo 5: Destina-se à área industrial, alta resistência à abrasão e superfícies
quentes.
• Pressão de trabalho
Tipo 1: pressão de trabalho máxima de 980 kPa (10 kgf/cm2);
Tipo 2: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2);
Tipo 3: pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm2);
Tipo 4: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2);
Tipo 5: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).
• Resistência à abrasão
Toda mangueira sofre um desgaste quando arrastada.
Mangueira tipo 1 é indicada para pisos lisos.
Mangueira tipo 2 é indicada para pisos de áreas comerciais e industriais.
Mangueiras tipos 3 e 4 são indicadas para pisos nos quais é desejável uma maior
resistência à abrasão.
A mangueira tipo 5 é indicada para pisos altamente abrasivos.
Além dos itens acima, também deve ser observado se a mangueira terá contato com óleos
ou produtos químicos. Nesse caso, deverá ser escolhido um modelo com revestimento externo
resistente a esses produtos. As mangueiras classificam-se também quanto ao seu diâmetro,
sendo normalmente utilizadas as de 38, 63, 75 e 100mm.

Cuidados em Mangueiras de Incêndio:


A mangueira de incêndio deve ser utilizada por pessoal treinado;
Não arrastar a mangueira sem pressão. Isso causa furos no vinco;
Não armazenar sob a ação direta dos raios solares e/ou vapores de produtos
químicos agressivos;
Não utilizar a mangueira para nenhum outro fim (lavagem de garagens, pátios etc.)
que não seja o combate a incêndio;
Para a sua maior segurança, não utilize as mangueiras das caixas/abrigos em
treinamentos de brigadas, evitando danos e desgastes. As mangueiras utilizadas em treinamento
de brigadas devem ser mantidas somente para este fim;
Evitar a queda das uniões;
Nunca guardar a mangueira molhada após a lavagem, uso ou ensaio hidrostático.
Durante o Uso:
Evitar a passagem da mangueira sobre cantos vivos, objetos cortantes ou
pontiagudos, que possam danificá-la;
Não curvar acentuadamente a extremidade conectada com o hidrante. Isso pode
causar o desempatamento da mangueira (união);
Brigada de Incêndio
Cuidado com golpes de aríete na linha causados por entrada de bomba ou
fechamento abrupto de válvulas e esguicho (segundo a norma americana NFPA 1962, a pressão
pode atingir sete vezes, ou mais, a pressão estática de trabalho). Isso pode romper ou
desempatar uma mangueira;
Quando não for possível evitar a passagem de veículos sobre a mangueira, deve
ser utilizado um dispositivo de passagem de nível.
Inspeção e Manutenção: Toda mangueira, quando em uso (em prontidão para combate a
incêndio), deve ser inspecionada a cada 3 (três) meses e ensaiada hidrostaticamente a cada 12
(doze) meses, conforme a norma NBR 12779. Estes serviços devem ser realizados por
profissional ou empresa especializada.
Acondicionamento de Mangueiras: De acordo com o tipo de utilização, as mangueiras
podem ser acondicionadas conforme descrito a seguir:

Forma ziguezague deitada: A mangueira em forma ziguezague


deve ser apoiada por um de seus vincos sobre superfície não
abrasiva. Podem ser acoplados vários lances para formação de
linha pronta;

Forma ziguezague em pé: A mangueira em forma


ziguezague deve ser posicionada na vertical sobre
ela própria;

Forma espiral: Consiste em enrolar a mangueira a partir de uma


de suas extremidades, sobre ela mesma, formando uma espiral.
Esta forma só deve ser utilizada para armazenamento em
estoque;

Forma aduchada: Consiste em enrolar a mangueira previamente


dobrada contra ela mesma, formando uma espiral a partir da dobra em
direção às extremidades. Recomenda-se esta forma de acondicionamento
nas caixas de hidrantes.

Técnica para o aduchamento:


Brigada de Incêndio
Esguichos reguláveis
Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueira,
destinada a dar forma e controlar o jato d’água. Pode-se obter jato
compacto, neblina com diversos ângulos até a formação da cortina de
aproximadamente 120°. Possui a opção bocal fechado.

Chaves de mangueiras
Ferramentas destinadas a facilitar o acoplamento
ou desacoplamento de juntas de união. Equipamento
fundamental para o brigadista, evitando transtornos e
demoras no acoplamento de juntas e de união e
acessórios.

Sistema de Hidrantes
É um sistema de proteção ativa, destinado a conduzir e distribuir
tomadas de água, com determinada pressão e vazão em uma edificação,
assegurando seu funcionamento por determinado tempo. Sua finalidade é
proporcionar aos ocupantes de uma edificação, um meio de combate para os
princípios de incêndio no qual os extintores manuais se tornam insuficientes.

Registro de Recalque: Extensão da rede hidráulica, constituído de uma


conexão (introdução) e registro de paragem em uma caixa de alvenaria
fechada por tampa metálica, situando-se abaixo do nível do solo (no
passeio), junto à entrada principal da edificação. Dispositivo destinado a
possibilitar o recalque da água nos sistemas de chuveiros por meio de
fontes externas para uso exclusivo do Corpo de Bombeiros.

Saídas de emergência
Para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio é necessário
que as edificações sejam dotadas de meios adequados de fuga, que
permitam aos ocupantes se deslocarem com segurança para um local livre
da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação,
independentemente do local de origem do incêndio. As portas incluídas nas
rotas de fuga não podem ser trancadas, porém devem permanecer sempre
fechadas, dispondo para isto de um mecanismo de fechamento automático.
Estas portas devem abrir no sentido do fluxo e a largura mínima do vão
livre deve ser de 1.2m.

Escada de segurança: Todas as escadas de segurança devem ser


enclausuradas com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo. Em
determinadas situações estas escadas também devem ser dotadas de
antecâmaras enclausuradas de maneira a dificultar o acesso de fumaça
no interior da caixa de escada. A largura mínima das escadas de
segurança varia conforme os códigos e Normas Técnicas, sendo
normalmente 2,20 m para hospitais e entre 1,10 m a 1,20 m para as
demais ocupações, devendo possuir patamares retos nas mudanças de
direção com largura mínima igual à largura da escada.
Brigada de Incêndio
Sistema de iluminação de emergência
Esse sistema consiste em um conjunto de componentes e equipamentos que, em
funcionamento, propicia a iluminação suficiente e adequada para:
• permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupção
de alimentação normal;
• garantir também a execução das manobras de interesse da segurança e
intervenção de socorro.
A iluminação de emergência pode ser de dois tipos:
Balizamento: A iluminação de balizamento é aquela associada à sinalização de
indicação de rotas de fuga, com a função de orientar a direção e o sentido que as pessoas devem
seguir em caso de emergência.
Aclaramento: A iluminação de aclaramento se destina a iluminar as rotas de fuga
de tal forma que os ocupantes não tenham dificuldade de transitar por elas.

Sua previsão deve ser feita nas rotas de


fuga, tais como corredores, acessos,
passagens antecâmara e patamares de
escadas.

Sistemas de Alarme
Consiste num dispositivo elétrico destinado a produzir sons de alerta aos ocupantes de
uma edificação, por ocasião de uma emergência qualquer acionado manualmente pelos
usuários. O sistema de detecção é um conjunto de dispositivos que, quando sensibilizados por
fenômenos físicos e químicos, detectam princípios de incêndio.
O Sistema é constituído por uma central que processa os sinais provenientes dos circuitos
detecção automática ou acionadores manuais e converte-os em indicadores auditivos por
intermédio de sirenes ou audiovisuais, por meio de sirenes e luzes piscantes tipo (“stroble”), além
do que controla todos os demais componentes do sistema de combate a incêndio.
Acionamento:
• Manual: quando acionado por meio de acionadores manuais (acionado pelo
elemento humano);
• Automaticamente: quando acionado por dispositivo sensível a fenômenos físico-
químicos (sistemas de detecção automática de incêndio – detectores de fumaça, temperatura ou
de chama).
Componentes de um Sistema de Alarme e detecção automática de incêndio:

Central – equipamento destinado a


processar os sinais provenientes dos
circuitos de detecção, a convertê-los
em indicações adequadas e a
comandar e controlar os demais
componentes do sistema
Acionador manual – dispositivo
destinado a transmitir a informação
de um princípio de incêndio, quando
acionado por uma pessoa (chamado
também de botoeira quebra-vidro)
Brigada de Incêndio
Detector de Temperatura - dispositivo destinado a atuar quando a
temperatura ambiente ou o gradiente da temperatura ultrapassa cerca de
60°C. Área de ação dos detectores de temperatura – 36,0 m² para uma
altura máxima de 7,0 metros.

Detector de fumaça - dispositivo destinado a atuar quando ocorre presença


de partículas ou gases, visíveis ou não, e de produtos de combustão. Área
de ação dos detectores de fumaça – 81,0 m² para uma altura máxima de 8,0
(oito) metros.
Sistema de chuveiros automáticos ("sprinklers").
O sistema de chuveiros automáticos é composto por
um suprimento d’água em uma rede hidráulica sob pressão,
onde são instalados em pontos estratégicos, dispositivos de
aspersão d’água, que contém um elemento termo-sensível,
que se rompe por ação do calor, permitindo a descarga
d’água sobre os materiais em chamas. No Brasil, a maioria
dos sprinklers disponíveis no mercado foram feitos para
abrirem à temperatura de 68ºC, mas existem outras
variações disponíveis. Nesse ponto, a água que é liberada
pela tampa rompida, e cai de forma circular, chegando a
cobrir uma área de 16 m² dependendo do modelo utilizado.

Sinalização de Emergência
A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio,
alertando para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de
risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de
saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.
A sinalização de emergência faz uso de símbolos, mensagens e cores, que devem ser
alocados convenientemente no interior da edificação e áreas de risco. Exemplos:

Risco de Choque Elétrico Saída de Emergência Escada de Emergência

Comando Manual Extintor de Incêndio Abrigo de Mangueira e Hidrante Hidrante de Incêndio


Brigada de Incêndio
Técnica de Extinção de Incêndio
Técnica de extinção de incêndio é a utilização correta dos meios disponíveis para extinguir
incêndios com maior segurança e com um mínimo de DANOS durante o combate. A capacitação
para uma extinção eficiente só é alcançada quando há empenho e dedicação nos treinamentos.
A familiaridade com o equipamento de combate a incêndios é obtida através de instrução.

Em Caso de Confinamento pelo Fogo


• Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça;
• Mantenha-se agachado, próximo ao chão o calor é menor e ainda existe oxigênio;
• No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas e
sapatos, encharque uma cortina e enrole-se nela, molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao
nariz e atravesse o mais rápido que puder.
• Ande, não corra;
• Não suba, procure sempre descer pelas escadas;
• Não respire pela boca, somente pelo nariz;
• Não corra nem salte, evitando quedas;
• Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação. Se suas
roupas se incendiarem, jogue-se no chão e role lentamente. Elas se apagarão por abafamento.
Emergências envolvendo GLP (Gases Liquefeitos de Petróleo)
O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é um combustível incolor e inodoro e, para que
possamos identificá-lo quando ocorrem vazamentos, é adicionado um produto químico que tem
odor penetrante e característico (mecaptana, etilmer-captan). O GLP é muito volátil e se inflama
com facilidade. É mais pesado que o ar se deposita em lugares baixos, e em local de difícil
ventilação misturando-se com o ar ambiente, formando uma mistura explosiva ou inflamável,
dependendo da proporção. A válvula de segurança se romperá próximo de 70°C. O maior número
de ocorrências de vazamentos se dá nos botijões de 13 kg, na válvula de vedação, junto à
mangueira.
Providências em um vazamento sem fogo:
• Desligar a chave geral da residência, desde que não esteja no ambiente gasado;
• Não permanecer em local confinado pelo gás;
• Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193;
• Fechar a válvula do botijão e ventilar o máximo possível a área;
• Levar o botijão de gás para um lugar ventilado;
• Durante a noite, ao constatarmos vazamento de gás, não devemos acender a luz.
Providência em um vazamento com fogo:
• Apagar as chamas de outros objetos, se houver;
• Em último caso, procurar extinguir a chama do botijão pelo método de abafamento,
com um pano bem úmido.
• Para chegar perto do botijão, deve-se procurar ir o mais agachado possível para
não correr o risco de se queimar, e levar o botijão para um local bem ventilado.
Brigada de Incêndio

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Considera-se como atendimento em nível pré-hospitalar na área de urgência-emergência aquele
atendimento que procura chegar à vítima nos primeiros minutos após ter ocorrido o agravo à sua saúde
que possa levar à deficiência física ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe
atendimento adequado e transporte a um hospital de complexidade de atendimento compatível e
hierarquizado. Sua finalidade visa diminuir a mortalidade e a morbidade - estado de doença e o tempo de
permanência no hospital.

Níveis de cuidados
O A.P.H. reúne um grande e complexo conjunto de recursos humanos, equipamentos, materiais e
conhecimentos para manter a vida de uma pessoa em situações de crise e assim diminuir ou reduzir a
morbi-mortalidade.
O A.P.H. está fundamentado basicamente em dois níveis:

Suporte Básico de Vida - Atividade estritamente conservadora, com manobras básicas de


manutenção dos sinais vitais. Visa a oxigenação de emergência e consiste nas seguintes etapas:
- Liberação das vias aéreas com controle cervical;
- Manutenção da ventilação, ou seja, ventilação artificial de emergência e oxigenação dos
pulmões;
- Manutenção da circulação, que compreende no reconhecimento da ausência de pulso e
estabelecimento da circulação artificial por compressões (massagens) cardíacas, controle de
hemorragias e posicionamento para estabilização e prevenção do estado de choque.

Suporte Avançado de Vida - Nesta atividade as manobras visam restaurar a circulação


espontânea e a estabilizar o sistema cardio-respiratório por meio do transporte de oxigênio arterial.
Neste nível teremos:
- Drogas e fluidos, via infusões venosas; Eletrocardiocospia (cardiografia);
- Tratamento da fibrilação, geralmente através do choque elétrico.

A avaliação da cena
O objetivo da avaliação da cena é garantir a segurança da equipe, da vítima e de terceiros no local
do atendimento, examinar rapidamente o cenário a fim de colher informações sugestivas para solicitar
auxilio ex.. Bombeiro, coelba, guincho.....

As prioridades do atendimento
A primeira prioridade: Proteger a equipe e os pacientes contra outros ferimentos.
A segunda prioridade: Identificar o paciente que está com maior necessidade de atendimento.
A terceira prioridade: Prover cuidados ao paciente com maior chance de sobrevivência ou mais
criticamente ferido, com equipamentos e suprimentos disponíveis.

Biossegurança (barreiras de proteção individual) – utilizar EPI


Conjunto de medidas tomadas para evitar a contaminação e transmissão de infecção.
• Usar luvas de procedimentos;
• Óculos de proteção;
• Evitar contato direto com fluídos corpóreos e secreções (sangue, urina, fezes, vômitos,
esperma, secreções vaginais e salivas).

Processo da Morte
Morte Clínica ou Aparente: Quando o coração para de pulsar, neste momento cessam apenas os
movimentos cárdio-respiratórios, estando o cérebro ainda totalmente íntegro.
Morte Cerebral: Quando após algum tempo de parada cardio-respiratório, as células começam a
morrer.
Brigada de Incêndio

ABORDAGEM INICIAL
Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está voltada, garantindo-lhe o controle
cervical.
Observar se a vítima está consciente e respirando.
Tocando o ombro da vítima do lado oposto ao da abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que
aconteceu com ela, uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as vias
aéreas estão permeáveis (abertas) e que respira.
Caso não haja resposta, estimule a vitima tátil e verbalmente, pressionando-a gentilmente pelos ombros e
perguntando por três vezes:
“Ei, você está bem,? O que aconteceu? Qual seu nome?”.
Caso não haja resposta inicie a ANÁLISE PRIMÁRIA, na qual você deve rapidamente identificar:
problemas que colocam a vida do paciente em risco iminente

Obedecendo às seguintes etapas


A - AIRWAY – VIAS AÉREAS: Estabilizar a coluna cervical manualmente, constatar responsividade e
certificar-se da permeabilidade das vias aéreas;
B - BREATHING - Verificar a respiração
C - CIRCULATION - Verificar a circulação
D - DISABILITY - Realizar exame neurológico
E – EXPOSITION - Expor a vítima
Brigada de Incêndio

DIRETRIZES DA AHA (AMERICAN HEART ASSOCIATION) 2015 PARA RCP E ACE

Socorristas leigos sem treinamento devem


fornecer RCP somente com as mãos, com ou sem
orientação de um atendente, para adultos vítimas
de PCR. O socorrista deve continuar a RCP
somente com compressão até a chegada de um
DEA ou de socorristas com treinamento adicional.
Todos os socorristas leigos devem, no mínimo,
aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR.
Além disso, se o socorrista leigo treinado puder
realizar ventilações de resgate, as compressões e
as ventilações devem ser aplicadas na proporção
de 30 compressões para cada 2 ventilações. O
socorrista deve continuar a RCP até a chegada e a
preparação de um DEA para uso, ou até que os
profissionais do SME assumam o cuidado da vítima
ou que a vítima comece a se mover.
Em vítimas adultas de PCR, o correto é que
os socorristas apliquem compressões torácicas a
uma frequência de 100 a 120/min. Em PCR de
adultos presenciada, quando há um DEA disponível
imediatamente, deve-se usar o desfibrilador o mais
rapidamente possível.
Durante a RCP manual, os socorristas
devem aplicar compressões torácicas até uma
profundidade de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm)
para um adulto médio, evitando excesso na
profundidade das compressões torácicas
(superiores a 2,4 polegadas (6 cm)). Os socorristas
devem evitar apoiar-se sobre o tórax entre as
compressões, para permitir o retorno total da
parede do tórax em adultos com PCR.

Em adultos com PCR sem monitoramento ou quando não


houver um DEA prontamente disponível, deve-se iniciar a
RCP enquanto o desfibrilador é obtido e aplicado e tentar a
desfibrilação, se indicada, assim que o dispositivo estiver
pronto para uso. Os socorristas devem tentar minimizar a
frequência e a duração das interrupções das compressões,
para maximizar o número de compressões aplicadas por
minuto.
Brigada de Incêndio
Brigada de Incêndio

Hemorragias
São rupturas em vasos sanguíneos com extravasamento de sangue para fora do seu leito
habitual. Que compreende as veias, artérias e vasos capilares.
As hemorragias podem ser internas ou externas.
Interna: Aquela que se produz na intimidade dos tecidos, ou no interior de uma cavidade natural,
como o tórax e o abdômen. São difíceis de serem reconhecidas, devido o sangue não fluir para fora.
Externa: Aquela que o sangue extravasa, flui para o exterior e apresenta diagnóstico fácil.
Quanto ao tipo de sangue que expelem, as hemorragias podem ser: Arterial, Venosa e Capilar.

Sinais e sintomas de hemorragia interna


• Fraqueza
• Náusea com possível vômito
• Sede
• Vertigem
• Palidez
• Sudorese
• Pele fria e úmida
• Pulso rápido e fraco.
Obs: Esses sinais e sintomas também se apresentam nos casos de hemorragias externas.

Tratamento:
Expor o ferimento para se conhecer a gravidade.

Com uma compressa de gaze


fazer pressão firme e direta no ferimento Fixar a compressa com
até parar o sangramento. uma atadura de crepe

Se a hemorragia for em um Caso a hemorragia continue, faça a


membro e não houver fraturas, pressão direta sobre uma artéria proximal à
faça a “Elevação do membro” hemorragia
Brigada de Incêndio
Estado de Choque
É a acentuada depressão das funções do organismo e a interrupção do abastecimento de sangue
ao cérebro, ou seja, a falência do sistema hemodinâmico. Ocasionada geralmente em casos de lesões
graves, hemorragias, idade avançada, fraturas, esmagamentos, choque elétrico, fortes emoções, etc.

Sintomas de estado de choque:


• Fraqueza
• Náusea com possível vômito
• Sede
• Vertigem
• Palidez
• Sudorese
• Pele fria e úmida
• Pulso rápido e fraco.

Fraturas
É a ruptura de um osso, devido a trauma ou flexão anormal.
As fraturas podem ser:
Simples ou fechada – Quando o osso quebrado não perfura a pele.
Exposta ou aberta – Quando o osso quebrado perfura a pele.

Como reconhecer uma fratura:


• Dor local
• Deformação
• Crepitação óssea
• Mobilidade anormal.

Tratamento de Fratura
Não devemos deslocar ou arrastar a vítima, antes de fazermos a imobilização do membro
fraturado, a menos que a mesma se encontre em iminente perigo.
1. Cheque pulso radial do lado afetado
2. Cheque sensibilidade
3. Use bandagem triangular para fraturas na clavícula, escápula e cabeça do úmero.
4. Nas luxações e fraturas do joelho e tornozelo imobilize na posição em que se encontra, com
talas rígidas ou flexíveis.Após a imobilização continue checando sensibilidade, pulso radial e perfusão.
Brigada de Incêndio
Queimaduras
São lesões produzidas nos tecidos pela ação do calor.
As queimaduras podem ser:
Quimicas: Ocasionadas por certas substâncias que tem ação cáustica ou corrosiva.
Eletricas: Ocasionadas por contato da corrente elétrica com o corpo humano.
Térmicas: Ocasionadas pelo contato direto da pele com a chama, raios solares, vapores ou
líquidos quentes ou sólidos super aquecidos.
: Produzidas por determinados seres vivos ou vegetais, através da resina.
As queimaduras podem ser superficiais quando atingem apenas algumas camadas da pele e
profundas quando há destruição total da pele (toda as camadas).
As queimaduras se classificam em 03 três graus:
- 1º grau – A pele se apresenta com vermelhão e ocorre dor, ardor;
- 2º grau – A lesão é mais profunda podendo atingir todas as camadas da pele, se caracteriza
pelo aparecimento de bolhas (flictenas).
- 3º grau – Ocorre a morte dos tecidos (necrose) afeta além da camada adiposa, (gordura)
músculo e ossos, como ela atinge os nervos a ferida torna-se indolor, Não ocorre a recuperação, a menos
que seja feito um enxerto nas áreas afetadas.

Tratamento de Queimaduras Térmicas


1. Se a vítima está com fogo nas vestes role-a no chão ou envolva um cobertor em seu corpo a
partir do pescoço em direção aos pés
2. Retire as partes de sua roupa que não estejam grudadas na área queimada
3. Envolva as regiões queimadas com plástico esterilizado
4. Retire pulseiras. relógios e anéis imediatamente
* Nas pequenas queimaduras de 1º grau em membros, mergulhe a área afetada em água fria por
alguns minutos até passar a dor. Não perfure bolhas em queimaduras de 2º grau. Não passe pomadas,
mercúrio ou quaisquer outros produtos em queimaduras de 2º e 3º graus.
5. Mantenha liberadas as vias aéreas e certifique-se de que a vítima respira bem, principalmente
em queimaduras na face.
6. Trate imediatamente o estado de choque
7. Transporte urgente para o hospital especializado

Tratamento de Queimaduras Químicas


1. Retire as roupas impregnadas com o agente químico
2. Lave a área afetada usando grande quantidade de água corrente por vários minutos
* Se o agente for cal virgem seco, não use água. Remova o conteúdo da pele do paciente com
escova macia
3. Não faça fricção no local e não empregue água com pressão para a lavagem
4. Identifique a natureza do agente agressor
5. Proceda de forma idêntica às queimaduras térmicas
Brigada de Incêndio

FORMAS DE SOCORRO
Vítimas de Trauma – analisar o cenário:
• Pancadas;
• Possibilidade de Ossos Quebrados;
• História de impacto;
• Imobilização

Colar cervical Cintos

Imobilizador de cabeça

Emergência Clínica
• Não Há Trauma;
• Não Entende o Motivo do Sofrimento.

Vítima Consciente Vítima Inconsciente


Sentada Semi-Inclinada Decúbito Lateral
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TÉCNICAS PARA MOVIMENTAÇÃO EMERGENCIAL DE ACIDENTADOS


Conceituação
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em Socorros
Emergenciais (Corpo de Bombeiros, SAMU e outros). O transporte realizado de forma imprópria
poderá agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado. A vítima somente
deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não é possível contar
com equipes especializadas em resgate.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte seguro
(número de pessoas para realizar o transporte).
A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de
lesões na coluna vertebral ou situações de extremo risco do local para o socorrista ou para a
vítima.
Um socorrista
Nos braços: Passe um dos braços da vítima ao redor do seu pescoço.

De apoio: Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o braço da vítima ao


redor de seu pescoço.

Nas costas: Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu
pescoço, incline-a para a frente e levante-a.
Brigada de Incêndio

Dois ou mais socorristas

Cadeirinha: Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe


os braços da vítima ao redor do seu pescoço e levante
a vítima.

Segurando pelas extremidades: uma segura a vítima pelas


axilas, enquanto a outra, segura pelas pernas abertas.
Ambas devem erguer a vítima simultaneamente.

Cadeira: Utilize uma cadeira para o transporte.

Transporte nos Ombros: Esta técnica facilita o transporte


e ao mesmo tempo possibilita ao socorrista, uma de suas
mãos livre para outras providências.

Transporte nas Mãos: Esta técnica possibilita o


transporte de vítimas com lesões traumáticas.

Arraste por cobertor ou lona: Esta


técnica possibilita o transporte de
vítimas com lesões traumáticas.
Brigada de Incêndio
ANEXO C – IT 17 CBMBA
Questionário de avaliação de brigadista
O presente questionário deve ser aplicado, durante a realização das vistorias, aos integrantes da brigada de
incêndio que constam no atestado fornecido. As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra
incêndio existentes na edificação.
1 – Onde se localizam as escadas de segurança existentes na edificação?
( ) CERTO ( ) ERRADO
2 – As portas corta-fogo de uma escada de segurança podem permanecer abertas?
( ) CERTO ( ) ERRADO
3 – Onde se localiza a central de alarme?
( ) CERTO ( ) ERRADO
4 – Onde se localiza a central de iluminação de emergência?
( ) CERTO ( ) ERRADO
5 – Onde se localiza a central de detecção de incêndio?
( ) CERTO ( ) ERRADO
6 – Cite uma forma correta de acondicionamento da mangueira de incêndio no interior do abrigo:
( ) CERTO ( ) ERRADO
7 – Solicito que aponte um acionador manual do sistema de alarme instalado na edificação:
( ) CERTO ( ) ERRADO
8 – Solicito que demonstre a localização do registro de recalque:
( ) CERTO ( ) ERRADO
9 – Solicito que demonstre a forma de acionamento de um hidrante existente na edificação:
( ) CERTO ( ) ERRADO
10 – Solicito que demonstre a forma de funcionamento do sistema de espuma existente na edificação:
( ) CERTO ( ) ERRADO
11 – Cite 3 elementos que formam o tetraedro do fogo?
( ) CERTO ( ) ERRADO
12 – Quais são os métodos de extinção do fogo?
( ) CERTO ( ) ERRADO
13 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe A?
( ) CERTO ( ) ERRADO
14 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe B?
( ) CERTO ( ) ERRADO
15 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe C?
( ) CERTO ( ) ERRADO
16 – Solicito que demonstre a forma de utilização de um extintor de incêndio existente na edificação:
( ) CERTO ( ) ERRADO
17 – Qual o telefone para acionamento do Corpo de Bombeiros?
( ) CERTO ( ) ERRADO
18 – Qual a sequência para análise primária de uma vítima?
( ) CERTO ( ) ERRADO
19 – Como deve ser realizado a RCP em um adulto?
( ) CERTO ( ) ERRADO
20 – Onde se localiza a chave geral de energia elétrica da edificação?
( ) CERTO ( ) ERRADO
21 – O comando seccional (CS) do sistema de chuveiros automáticos deve permanecer aberto ou fechado?
( ) CERTO ( ) ERRADO
22 – Solicito que demonstre o procedimento para acionamento manual da bomba de incêndio:
( ) CERTO ( ) ERRADO
23 – Como é o acionamento e/ou desativação manual do sistema fixo de gás (CO2 ou outros)?
( ) CERTO ( ) ERRADO
24 – Aponte as rotas de fuga da edificação:
( ) CERTO ( ) ERRADO
Brigada de Incêndio

REFERÊNCIAS

Protocolo de Atendimento Pré-hospitalar: Texto de Apoio Instrucional, Emergência 192 PMSP – SMS,
1996.
Instrução Técnica n°17 - Brigada de incêndio.

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