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Primeiros Socorros
Níveis de Cuidados 20
A abordagem Inicial 20
Prioridades do Atendimento 20
Biossegurança 20
Processo de Morte 20
Diretrizes da American Heart Association 2015 para RCP e ACE 21
Resumo dos componentes de um RCP de alta qualidade para SBV 22
Hemorragias 23
Estado de Choque 24
Lesões músculo esqueléticas - Fraturas 25
Queimaduras 25
Formas de Socorro 26
Movimentação Emergências de Vítimas 27
Dois ou mais socorristas 28
Avaliação Anexo C – IT 17 29
Referências 30
Brigada de Incêndio
Definição:
Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na
prevenção, abandono e combate a um PRINCÍPIO DE INCÊNDIO e prestar os primeiros socorros, dentro
de uma área preestabelecidas.
Objetivo:
Proteger a Vida, o Meio Ambiente e o Patrimônio, procurando reduzir as consequências iniciais
do sinistro ao patrimônio e ao meio ambiente.
Exigências Legais:
Norma Regulamentadora nº 23 e NBR 14276.
Instrução Técnica 17 CBMBA
Responsabilidade da Brigada:
a) Ações de prevenção:
• Avaliação dos riscos existentes;
• Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio;
• Inspeção geral das rotas de fuga;
• Elaboração de relatório das irregularidades encontradas;
• Encaminhamento de relatório aos setores competentes;
• Orientação a população fixa e flutuante;
• Prática de exercícios simulados.
b) Ações de emergência:
• Identificação da situação;
• Alarme/abandono de área;
• Corte de energia;
• Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;
• Primeiros socorros;
• Combate ao princípio de incêndio;
• Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;
Critérios básicos para seleção de candidatos a brigadista:
• Permanecer na edificação durante seu turno de trabalho;
• Experiência anterior como brigadista;
• Possuir boa condição física e boa saúde;
• Possuir bom conhecimento das instalações, devendo ser escolhidos preferencialmente
os funcionários da área de utilidades, elétrica, hidráulica e manutenção geral;
• Ter responsabilidade legal;
• Ser alfabetizado.
NOTA: Caso nenhum candidato atenda aos critérios básicos relacionados, devem ser
selecionados aqueles que atendam ao maior número de requisitos.
Organização da brigada:
a) LÍDER: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de um determinado
setor/pavimento/compartimento. É escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo
seletivo;
b) CHEFE da edificação ou do turno: brigadista responsável pela coordenação e execução das ações
de emergência de uma determinada edificação da planta. É escolhido dentre os brigadistas
aprovados no processo seletivo;
c) COORDENADOR geral: brigadista responsável pela coordenação e execução das ações de
emergência de todas as edificações que compõem uma planta, independentemente do número de
turnos. É escolhido dentre os brigadistas que tenham sido aprovados no processo seletivo,
devendo ser uma pessoa com capacidade de liderança, com respaldo da direção da empresa ou
que faça parte dela. Na ausência do coordenador geral, deve estar previsto no plano de
emergência da edificação um substituto treinado e capacitado, sem que ocorra o acúmulo de
funções.
Brigada de Incêndio
Planta com duas edificações, com 3 turnos de trabalho e 3 brigadistas por edificação:
Teoria do Fogo
Conceito de Fogo: Fogo é um processo químico de transformação. Podemos também defini-lo
como o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido à combustão de
materiais diversos.
Elementos que compõem o fogo:
Os elementos que compõem o fogo são:
● Combustível 9tudo que queima)
● Comburente (oxigênio)
● Calor
● Reação em cadeia
Esse quarto elemento, também denominado
transformação em cadeia, vai formar o quadrado ou
tetraedro do fogo.
• Combustível: É todo material que queima. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que
os sólidos e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor e depois inflamam.
Propagação do Fogo:
O fogo pode se propagar:
• Pelo contato da chama em outros combustíveis;
• Através do deslocamento de partículas incandescentes;
• Pela ação do calor.
O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos
corpos. Ele se propaga por três processos de transmissão:
• Extinção Química
Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia.
Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do calor, gera gases ou
vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável. Quando
lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do
calor e se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra
mistura não inflamável.
Brigada de Incêndio
Classes de Incêndio
Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis.
Somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se
descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura.
Riscos em Incêndios
• quedas ou escorregões;
• desabamento de estruturas;
• intoxicação por gases tóxicos;
• cortes e queimaduras;
• choque elétrico;
• torções em pés ou joelhos;
• contaminação com produtos químicos;
• ser atingido por objetos que caem. Equipamento de proteção individual
Capacete, Capa, Luvas, Botas, Bala-clava
Brigada de Incêndio
EXTINTORES DE INCÊNDIOS
Destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de incêndios, não devendo
ser considerados como substitutos aos sistemas de extinção mais complexos, mas sim como
equipamentos adicionais.
• a identificação da empresa;
• a logomarca do Inmetro;
• o número de série do selo;
• a data da manutenção.
O extintor de incêndio que passou por manutenção apresenta um anel de plástico entre a
válvula e o cilindro, com identificação da empresa que realizou a manutenção, e o ano em que o
serviço foi realizado.
A cor do anel de plástico é definida pela Portaria 412/11 do Inmetro, assim definida para
os períodos:
Amarelo – até 30/12/2012
Verde - 01/01/2013 a 30/12/2013 OBS.: Todos os extintores que passarem
Branco - 01/01/2014 a 30/12/2014 por manutenção de 2º ou 3º níveis deverão
obrigatoriamente ter seus anéis trocados,
Azul - 01/01/2015 a 30/12/2015
prova de que os mesmos foram abertos.
Preto - 01/01/2016 a 30/12/2016
Alaranjada - 01/01/2017 a 30/12/2017
Púrpura - 01/01/2018 a 30/12/2018
Sempre que o extintor passar por inspeção ou manutenção, exija a Ordem de Serviço,
devidamente preenchida e assinada pelo técnico responsável pela manutenção, onde conste a
relação das peças que foram trocadas, acompanhada de nota fiscal, protegendo seus direitos de
consumidor.
Recarga: A recarga deve ser efetuada considerando-se as condições de preservação e
manuseio do agente extintor recomendadas pelo fabricante. Não são permitidas a substituição do
tipo de agente extintor ou do gás expelente nem a alteração das pressões ou quantidades indicadas
pelo fabricante. O agente extintor utilizado na recarga deve ser certificado de acordo com as normas
pertinentes. Somente para os extintores de incêndio com capacidade extintora declarada
originalmente pelo fabricante, devem ser mantidos os graus e informados no quadro de instruções.
Ensaio hidrostático: Processo de revisão total do extintor, com sujeição do recipiente/cilindro
as pressões e tempos determinados nas normas técnicas respectivas. O extintor deve ser vistoriado
no máximo a cada cinco anos ou quando apresentar avarias
Brigada de Incêndio
Mangueiras de Incêndio
A norma NBR 11861 da ABNT define mangueira de incêndio como: “Equipamento de
combate a incêndio, constituído essencialmente por um duto flexível dotado de uniões”. As
mangueiras podem ter o comprimento padrão de 15 m a 30 m. A escolha do tipo de mangueira
é fundamental para um desempenho adequado e maior durabilidade do produto.
Devem ser consideradas três características básicas:
• Local de aplicação
Tipo 1: Destina-se a edifícios de ocupação residencial;
Tipo 2: Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros;
Tipo 3: Destina-se às áreas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros;
Tipo 4: Destina-se à área industrial, maior resistência à abrasão;
Tipo 5: Destina-se à área industrial, alta resistência à abrasão e superfícies
quentes.
• Pressão de trabalho
Tipo 1: pressão de trabalho máxima de 980 kPa (10 kgf/cm2);
Tipo 2: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2);
Tipo 3: pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm2);
Tipo 4: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2);
Tipo 5: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).
• Resistência à abrasão
Toda mangueira sofre um desgaste quando arrastada.
Mangueira tipo 1 é indicada para pisos lisos.
Mangueira tipo 2 é indicada para pisos de áreas comerciais e industriais.
Mangueiras tipos 3 e 4 são indicadas para pisos nos quais é desejável uma maior
resistência à abrasão.
A mangueira tipo 5 é indicada para pisos altamente abrasivos.
Além dos itens acima, também deve ser observado se a mangueira terá contato com óleos
ou produtos químicos. Nesse caso, deverá ser escolhido um modelo com revestimento externo
resistente a esses produtos. As mangueiras classificam-se também quanto ao seu diâmetro,
sendo normalmente utilizadas as de 38, 63, 75 e 100mm.
Chaves de mangueiras
Ferramentas destinadas a facilitar o acoplamento
ou desacoplamento de juntas de união. Equipamento
fundamental para o brigadista, evitando transtornos e
demoras no acoplamento de juntas e de união e
acessórios.
Sistema de Hidrantes
É um sistema de proteção ativa, destinado a conduzir e distribuir
tomadas de água, com determinada pressão e vazão em uma edificação,
assegurando seu funcionamento por determinado tempo. Sua finalidade é
proporcionar aos ocupantes de uma edificação, um meio de combate para os
princípios de incêndio no qual os extintores manuais se tornam insuficientes.
Saídas de emergência
Para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio é necessário
que as edificações sejam dotadas de meios adequados de fuga, que
permitam aos ocupantes se deslocarem com segurança para um local livre
da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação,
independentemente do local de origem do incêndio. As portas incluídas nas
rotas de fuga não podem ser trancadas, porém devem permanecer sempre
fechadas, dispondo para isto de um mecanismo de fechamento automático.
Estas portas devem abrir no sentido do fluxo e a largura mínima do vão
livre deve ser de 1.2m.
Sistemas de Alarme
Consiste num dispositivo elétrico destinado a produzir sons de alerta aos ocupantes de
uma edificação, por ocasião de uma emergência qualquer acionado manualmente pelos
usuários. O sistema de detecção é um conjunto de dispositivos que, quando sensibilizados por
fenômenos físicos e químicos, detectam princípios de incêndio.
O Sistema é constituído por uma central que processa os sinais provenientes dos circuitos
detecção automática ou acionadores manuais e converte-os em indicadores auditivos por
intermédio de sirenes ou audiovisuais, por meio de sirenes e luzes piscantes tipo (“stroble”), além
do que controla todos os demais componentes do sistema de combate a incêndio.
Acionamento:
• Manual: quando acionado por meio de acionadores manuais (acionado pelo
elemento humano);
• Automaticamente: quando acionado por dispositivo sensível a fenômenos físico-
químicos (sistemas de detecção automática de incêndio – detectores de fumaça, temperatura ou
de chama).
Componentes de um Sistema de Alarme e detecção automática de incêndio:
Sinalização de Emergência
A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio,
alertando para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de
risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de
saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.
A sinalização de emergência faz uso de símbolos, mensagens e cores, que devem ser
alocados convenientemente no interior da edificação e áreas de risco. Exemplos:
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Considera-se como atendimento em nível pré-hospitalar na área de urgência-emergência aquele
atendimento que procura chegar à vítima nos primeiros minutos após ter ocorrido o agravo à sua saúde
que possa levar à deficiência física ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe
atendimento adequado e transporte a um hospital de complexidade de atendimento compatível e
hierarquizado. Sua finalidade visa diminuir a mortalidade e a morbidade - estado de doença e o tempo de
permanência no hospital.
Níveis de cuidados
O A.P.H. reúne um grande e complexo conjunto de recursos humanos, equipamentos, materiais e
conhecimentos para manter a vida de uma pessoa em situações de crise e assim diminuir ou reduzir a
morbi-mortalidade.
O A.P.H. está fundamentado basicamente em dois níveis:
A avaliação da cena
O objetivo da avaliação da cena é garantir a segurança da equipe, da vítima e de terceiros no local
do atendimento, examinar rapidamente o cenário a fim de colher informações sugestivas para solicitar
auxilio ex.. Bombeiro, coelba, guincho.....
As prioridades do atendimento
A primeira prioridade: Proteger a equipe e os pacientes contra outros ferimentos.
A segunda prioridade: Identificar o paciente que está com maior necessidade de atendimento.
A terceira prioridade: Prover cuidados ao paciente com maior chance de sobrevivência ou mais
criticamente ferido, com equipamentos e suprimentos disponíveis.
Processo da Morte
Morte Clínica ou Aparente: Quando o coração para de pulsar, neste momento cessam apenas os
movimentos cárdio-respiratórios, estando o cérebro ainda totalmente íntegro.
Morte Cerebral: Quando após algum tempo de parada cardio-respiratório, as células começam a
morrer.
Brigada de Incêndio
ABORDAGEM INICIAL
Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está voltada, garantindo-lhe o controle
cervical.
Observar se a vítima está consciente e respirando.
Tocando o ombro da vítima do lado oposto ao da abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que
aconteceu com ela, uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as vias
aéreas estão permeáveis (abertas) e que respira.
Caso não haja resposta, estimule a vitima tátil e verbalmente, pressionando-a gentilmente pelos ombros e
perguntando por três vezes:
“Ei, você está bem,? O que aconteceu? Qual seu nome?”.
Caso não haja resposta inicie a ANÁLISE PRIMÁRIA, na qual você deve rapidamente identificar:
problemas que colocam a vida do paciente em risco iminente
Hemorragias
São rupturas em vasos sanguíneos com extravasamento de sangue para fora do seu leito
habitual. Que compreende as veias, artérias e vasos capilares.
As hemorragias podem ser internas ou externas.
Interna: Aquela que se produz na intimidade dos tecidos, ou no interior de uma cavidade natural,
como o tórax e o abdômen. São difíceis de serem reconhecidas, devido o sangue não fluir para fora.
Externa: Aquela que o sangue extravasa, flui para o exterior e apresenta diagnóstico fácil.
Quanto ao tipo de sangue que expelem, as hemorragias podem ser: Arterial, Venosa e Capilar.
Tratamento:
Expor o ferimento para se conhecer a gravidade.
Fraturas
É a ruptura de um osso, devido a trauma ou flexão anormal.
As fraturas podem ser:
Simples ou fechada – Quando o osso quebrado não perfura a pele.
Exposta ou aberta – Quando o osso quebrado perfura a pele.
Tratamento de Fratura
Não devemos deslocar ou arrastar a vítima, antes de fazermos a imobilização do membro
fraturado, a menos que a mesma se encontre em iminente perigo.
1. Cheque pulso radial do lado afetado
2. Cheque sensibilidade
3. Use bandagem triangular para fraturas na clavícula, escápula e cabeça do úmero.
4. Nas luxações e fraturas do joelho e tornozelo imobilize na posição em que se encontra, com
talas rígidas ou flexíveis.Após a imobilização continue checando sensibilidade, pulso radial e perfusão.
Brigada de Incêndio
Queimaduras
São lesões produzidas nos tecidos pela ação do calor.
As queimaduras podem ser:
Quimicas: Ocasionadas por certas substâncias que tem ação cáustica ou corrosiva.
Eletricas: Ocasionadas por contato da corrente elétrica com o corpo humano.
Térmicas: Ocasionadas pelo contato direto da pele com a chama, raios solares, vapores ou
líquidos quentes ou sólidos super aquecidos.
: Produzidas por determinados seres vivos ou vegetais, através da resina.
As queimaduras podem ser superficiais quando atingem apenas algumas camadas da pele e
profundas quando há destruição total da pele (toda as camadas).
As queimaduras se classificam em 03 três graus:
- 1º grau – A pele se apresenta com vermelhão e ocorre dor, ardor;
- 2º grau – A lesão é mais profunda podendo atingir todas as camadas da pele, se caracteriza
pelo aparecimento de bolhas (flictenas).
- 3º grau – Ocorre a morte dos tecidos (necrose) afeta além da camada adiposa, (gordura)
músculo e ossos, como ela atinge os nervos a ferida torna-se indolor, Não ocorre a recuperação, a menos
que seja feito um enxerto nas áreas afetadas.
FORMAS DE SOCORRO
Vítimas de Trauma – analisar o cenário:
• Pancadas;
• Possibilidade de Ossos Quebrados;
• História de impacto;
• Imobilização
Imobilizador de cabeça
Emergência Clínica
• Não Há Trauma;
• Não Entende o Motivo do Sofrimento.
Nas costas: Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu
pescoço, incline-a para a frente e levante-a.
Brigada de Incêndio
REFERÊNCIAS
Protocolo de Atendimento Pré-hospitalar: Texto de Apoio Instrucional, Emergência 192 PMSP – SMS,
1996.
Instrução Técnica n°17 - Brigada de incêndio.