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Aldeídos

Definição – Substância derivada dos álcoois


pela perca do hidrogênio.
Nomenclatura -
No prefixo, é necessário acrescentar o termo que explica o tipo de ligação, ja no sufixo é necessário
acrescentar al, portanto podemos concluir que o sulfixo al é dado ao nome do respectivo hidrocarboneto. 

O metanal (aldeído fórmico, formaldeído) é o único aldeído gasoso. Mas se utilizado na forma aquosa
recebe o nome de formol. O metanal é utilizado tanto como desinfetante de materiais cirúrgicos como
para a conservação de espécimes anatômicos.

Os aldeídos e os ácidos de carboxílicos têm os mesmos nomes usuais e são colocados entre
parênteses. 

A mesma regra do álcool deve ser mantida quando houver cadeia ramificada no caso dos aldeídos. 
Principais aldeídos -
Etanal: de fórmula C2H4O, esse composto é usado
como matéria-prima na indústria de pesticidas e
medicamentos. É também conhecido como aldeído
acético, e possui uma importante função na
fabricação de espelhos: o etanal reduz os sais de
prata através de reação e os fixa no espelho para
reflexão da imagem. 

Metanal: quem já visitou um laboratório de anatomia


sabe bem do que se trata esta substância, aquele
cheiro que irrita as narinas provém de uma solução
de metanal (37% de metanal e 63% de água), essa
solução é usada para conservar cadáveres humanos
e animais para estudos posteriores. Na verdade é
mais conhecida como formol e é empregada ainda
na fabricação de desinfetantes (anti-sépticos) e na
indústria de plásticos e resinas. 

O formol (ou formaldeído) é um gás incolor em


temperatura ambiente que tem a propriedade de
desnaturar proteínas, essas ficam mais resistentes
não sendo degradadas pela ação de bactérias, daí o
porquê do formol ser aplicado como fluido de
embalsamamento. 

Métodos de obtenção –
O grupo carbonila faz parte de varias funções orgânicas que estão presentes na
natureza e na indústria química desempenhando papel importante. Os aldeídos, RCHO, e
cetonas, RCOR1, são responsáveis pelo aroma e sabor de muitos alimentos. No sistema
biológico participam das funções de muitas enzimas. O centro reativo das estruturas
carboniladas esta no grupo carbonila, - C = O, que devido ao efeito de ressonância permite
uma variedade de reações de adição.

Principais reações -
Adição nucleofílica em aldeídos e cetonas
Este tipo de adição ocorre devido ao efeito de ressonância presente no grupo
carbonila. A ressonância promove na estrutura um dipolo elétrico que permite a entrada de
um nucleófilo no centro positivo, localizados no carbono da carbonila, e um eletrófilo no
centro negativo, localizado no oxigênio.

Deslocalização dos elétrons PI


O nucleófilo tem que possuir na sua estrutura par de elétrons disponível, desta
forma pode aparecer como uma molécula neutra com par de elétrons não ligante ou como
uma estrutura aniônica. Aparecem como nucleófilos neutros em reações orgânicas o
metanol, CH3OH, a água, H2O, o tiol, RSH, amina RNH2 e outros.
Como exemplo de nucleófilo carregado negativamente temos os seguintes ânions:
hidróxi, -OH, amideto, -NH2, alcóxi, RO- e outros. Algumas reações de adição nucleofílica
se desenvolvem de forma reversível e utilizam ao longo do mecanismo nucleófilos neutros
ou nucleófilos carregados negativamente.
Os aldeídos são mais reativos que as cetonas e isto se deve a efeito estérico e de
polaridade. O efeito estérico é maior nas cetonas, pelo fato de apresentarem dois radicais
alquilas ligados a carbonila. Estes radicais dificultam a aproximação do nucleófilo,
enquanto que, na estrutura dos aldeídos o efeito estérico é menor por existir apenas um
radical alquila conectado ao grupo carbonila.

no aldeído o centro catiônico reside em um carbono


primário, conferindo a estrutura maior energia.
Adição nucleofílica catalisada por ácido
Como o catalisador é um ácido vai procurar o centro básico do substrato carbonilado,
que se encontra no oxigênio da carbonila.

Par de elétrons do centro básico da estrutura captura o hidrogênio ionizável do ácido,


através de uma reação ácido-base.

O carbono de um cátion oxônio é mais ativado para receber o ataque de um nucleófilo


do que o carbono da carbonila.

Na segunda etapa, o nucleófilo ataca o centro catiônico (centro eletrofílico) ativado


pelo catalisador.
Formação de hemiacetal
A reação de um aldeído ou uma cetona com um álcool forma um composto
denominado de hemiacetal. Como a reação será desenvolvida por meio de catálise ácida, é
necessário iniciar o processo com a forma ácida do reagente.

Desenvolvimento do mecanismo.
Na primeira etapa o catalisador, um ácido de Lewis, recebe o par de elétrons do
oxigênio da carbonila e forma o cátion oxônio.
Adição nucleofílica catalisada por base
A base forte presente no meio reacional ataca o centro eletrofílico do substrato,
formando um alcóxido como intermediário tetraédrico, que por ser básico captura um
hidrogênio ionizável.

O hemiacetal pode também ser formado através de catalise básica.

Formação de acetal
É um mecanismo que envolve duas moléculas e álcool para uma do composto
carbonilado. Na primeira fase do mecanismo forma-se o hemiacetal e posteriormente o
acetal.
O hemiacetal formado na presença do ácido de Lewis tem o oxigênio da hidroxila
protonado. Após a protonação, ocorre um deslocamento de elétrons que leva a formação do
cátion oxônio altamente reativo.

Uma segunda molécula de álcool, na função de nucleófilo, ataca o carbono do íon


oxônio por ser um centro eletrofílico.

Os acetais são utilizados em síntese orgânica como grupos protetores de aldeídos e


cetonas, pelo fato de serem estáveis em soluções básicas.

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