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Disciplina:
Pós Projecto:
SetSax Quarteto
(Quarteto de Saxofones do Conservatório Regional de Setúbal)
Docente:
Maria Clara Correia
Parte I - Apresentação
1. Introdução
2. Metodologias
Parte II - Controle
1. Descrição do Evento
2. Logística
3. Divulgação
4. Organização Interna
5. Orçamento
1. Inquéritos
1. Introdução
De acordo com o que foi exposto anteriormente e, tal como consta no projecto, a
metodologia de avaliação foi concebida de acordo com os seguintes pontos:
Parte II - Controle
1. Descrição do evento
Parece-me, também, importante referir que o repertório definido para o evento foi
escolhido a pensar principalmente no seu público-alvo e nos objectivos delineados pela
entidade patrocinadora. Nada foi escolhido ao acaso.
Sendo o SetSax Quarteto um grupo que mantém uma actividade frequente de prática
musical em bares e que, por conseguinte, adopta um vestuário bastante informal, foi cuidado
1
Consultar Anexo 3.1 (Programa – 1ª versão e versão final)
da produção deixar bem claro, aos músicos, que o carácter do evento exigiria, por si só, um
vestuário mais formal do que aquele que costumam utilizar. Tal foi bastante bem aceite pelo
grupo e pelo Conservatório Regional de Setúbal.
2. Logística
No que diz respeito às questões de logística, optei por dividi-las em cinco pontos, de
acordo com o que foi apresentado no projecto.
O arranjo floral, inicialmente pensado para colocar no centro do palco, acabou por
ser uma ideia colocada de parte, já que, por questões monetárias, a EST Barreiro optou por
dispensar tal decoração.
Infra-estruturas e acessos
2
Consultar Anexo 4 (4.1. Planta da sala de espectáculos do Auditório Augusto Cabrita – Concepção do espaço)
Como foi referido no projecto, o Auditório Augusto Cabrita possui um conjunto de
camarins internos com acesso à entrada traseira do palco (por elevador). Uma vez que o
SetSax Quarteto é composto por 3 elementos masculinos e por 1 elemento feminino, havia
ficado estabelecido que os camarins do primeiro piso ficariam à disposição do grupo (3+1).
No entanto, como um dos camarins se encontrava fechado, decidiu-se no momento, e uma vez
que no corredor dos camarins existiam duas casas-de-banho, que o elemento feminino
usufruiria de uma casa-de-banho (a maior) e que os elementos masculinos poderiam ficar no
camarim. Desta forma, a identificação das zonas e dos acessos aos músicos sofreu alterações.
Legenda
Descrição
4 Estantes Conservatório Regional de Setúbal
4 Capas de cartolina preta Patrocínio (Fripinhal de Maria Luísa Januário)
para as estantes
Iluminação Auditório Augusto Cabrita
Águas para os músicos Patrocínio (Fripinhal de Maria Luísa Januário)
Flores para oferecer aos Escola Superior de Tecnologia do Barreiro
músicos no final do concerto.
Jantar para os músicos e Escola Superior de Tecnologia do Barreiro
direcção do Conservatório
Regional de Setúbal
Arranjo Floral para colocar Escola Superior de Tecnologia do Barreiro
no palco
Quanto aos recursos materiais, refiro apenas que, uma vez desaparecidas as cartolinas
pretas existentes na ESE para forrar as estantes dos músicos, e por falta de meios económicos,
me tive de defrontar com a situação, encontrando uma solução para tal na solicitação de um
patrocínio, que me foi concedido pela Fripinhal, de Maria Luísa Januário.
Quanto ao arranjo que havia ficado pensado para colocar no centro do palco, tal como
foi referido anteriormente, por questões económicas e por decisão da EST Barreiro, teve de
ser excluído.
Recursos Humanos
No que diz respeito aos recursos humanos, todos os pontos referidos no projecto não
sofreram quaisquer alterações. É de referir, também, a eficácia dos elementos da produção
encarregues do controlo de entradas para a plateia e, por conseguinte, da distribuição dos
programas e da recolha dos inquéritos.
3. Divulgação
No que diz respeito a cartazes, estes tiveram, por questões económicas, de ser em
número reduzido (como se pode constatar no orçamento) e em tamanho A3, o que apenas
possibilitou a fixação de um cartaz em cada escola (incluindo o Conservatório Regional de
Setúbal). Face a tal situação, e no sentido de a remediar, com autorização da EST Barreiro e
da Gráfica, fotocopiaram-se mais 7 cartazes, o que veio permitir o alargamento da divulgação
através deste meio (fotocópias “caseiras”). Destes 7 cartazes foram fixados: 1 cartaz na
residência de estudantes do IPS, 2 cartazes foram entregues ao professor Pedro Rego
(colocados em: Juventude Musical Portuguesa e Escola de Jazz do Barreiro) e os restantes 3
foram entregues ao professor Bill Williams que ficou encarregue da sua distribuição (1 cartaz
foi colocado na cantina da EST Barreiro e os restantes ???).
No que diz respeito à fixação destes cartazes, as datas estabelecidas no projecto foram
cumpridas.
Relativamente aos meios internos de divulgação das escolas IPS, existiram algumas
falhas, nomeadamente o facto de se verificar (nessa altura) um grande número de eventos na
ESE, o que, de certa forma, inviabilizou a presença permanente do cartaz do concerto
(digitalizado) nos circuitos internos de vídeo e nos ambientes de trabalho dos computadores.
Ainda neste ponto, ao contrário do que se havia pensado no projecto, não foi solicitado
à Câmara Municipal do Barreiro qualquer colaboração para a colocação de divulgação via
online.
Lamentavelmente, por decisão final da EST Barreiro, apenas foram impressos 1000
panfletos. Quanto á sua estratégia de distribuição parece ter falhado em alguns pontos, uma
vez que apenas foram distribuídos panfletos no bar, na sala de computadores, na biblioteca e
nos corredores da Escola Superior de Educação de Setúbal quando o seu público-alvo eram,
além de toda a comunidade IPS, principalmente pessoas que tivessem ligações à EST
Barreiro.
Na EST Barreiro, apesar de se poderem verificar panfletos nalguns locais da escola,
apenas existiu distribuição de panfletos no dia do espectáculo, cuja distribuição foi feita de
sala de aula em sala de aula.
Por ter conhecimento de que não houve qualquer divulgação ao evento nos locais
estratégicos definidos no projecto, também, no dia do espectáculo me dirigi ao Parque da
Cidade (onde se situa o Auditório Augusto Cabrita) para distribuir os últimos panfletos.
Lamentavelmente não foi possível (tal como pensado no projecto) divulgação via
rádio, pois as quantias a pagar eram bastante altas.
Quanto á imprensa escrita, foram contactados dois jornais, Jornal do Barreiro e Voz
do Barreiro. No entanto, apenas se obteve resposta de um, referindo que a informação iria ser
passada para a redacção. Posteriormente não recebemos qualquer noticia.
Na imprensa online as expectativas da produção foram ultrapassados, pois foi possível
constatar, após o contacto (via email) com os respectivos jornais online, que a informação que
lhes havia sido enviada, de divulgação ao concerto, já estava a ser divulgada em três dessas
mesmas páginas da web3.
3
Consultar Anexo 5.4 (Divulgação online)
4. Organização Interna
Fases Tarefas
• Definição do tipo de repertório pretendido;
• Confirmação do grupo de músicos;
1ª Fase
• Confirmação da data de realização do evento;
Dezembro • Definição da duração de cada parte do concerto;
• Definição dos patrocínios necessários;
NOTA: Todas os pontos referentes à decoração foram retirados, pois, tal como foi referido
anteriormente, por motivos económicos, a concepção de um arranjo floral para o palco foi
colocada de parte, não sendo possível a sua concretização.
Como se pode constatar, existiram tarefas que transitaram das fases 1 para a 3 e das
fases 2 e 3 para a 4. Dentro da 4ª Fase também existia um ensaio definido para o início do
mês de Março no auditório, mas que, por opção do professor do SetSax Quarteto, transitou
para o dia do espectáculo às 17h30. Por motivo de atraso dos músicos esse ensaio começou às
18h. Tal facto fez com que o jantar definido para as 18h30 tivesse início por volta das 19h. No
entanto, de um modo geral, pode-se considerar que tais alterações não tiveram quaisquer tipos
de consequências na produção do evento.
5. Orçamento
* Materiais realizados com os meios disponíveis da EST Barreiro, por motivos económicos.
* Materiais elaborados por mim, com os meios disponíveis da EST Barreiro, por motivos
económicos.
1. Inquéritos
4
NOTA: Não foi atribuído número de questão aos pontos de caracterização do público. Por uma questão de
espaço no inquérito, a questão da ligação institucional (também ela inserida na caracterização do público) situou-
se ao lado da questão 2, já que não existiria a possibilidade de se confundir com o que era solicitado nesse ponto.
Apresentação dos resultados por questão colocada no inquérito
Caracterização do Público
(Tabela 2 – Idade)
Categorização de “Outros”
(Tabela 5)
Questão 1: Como tomou conhecimento do concerto?
(Tabela 6)
Categorização de “Outros”
(Tabela 7)
Meios de Divulgação Valor Absoluto Valor Percentual (%)
Cartazes 11 21.2
Convites 26 50.0
Panfletos 5 9.6
Painéis Electrónicos 0 -
Computadores EST Barreiro 2 3.8
Computadores da ESE 1 1.9
CIV (circuito interno de 1 1.9
vídeo) – ESE.
Internet (página do IPS) 1 1.9
Outros 13 25.0
(Tabela 8)
(Tabela 9)
Categorização de “Outro motivo”
(Tabela 10)
(Tabela 11)
Questão 3: Já assistiu a algum espectáculo dos Concertos IPS?
(Tabela 12)
Categorização do “Sim”
(Tabela 13)
(Tabela 15)
Questão 6: De todas as peças tocadas esta noite, quais foram as 3 de que mais gostou?
(Tabela 17)
Depois de uma análise mais cuidada pude constatar que a elaboração do inquérito
apresenta uma falha que se prende com o conceito utilizado de “convite” na questão 1, que
conduz a um alargamento do leque de possibilidades de resposta e que, por conseguinte,
criará algumas ambiguidades na interpretação objectiva dos dados pretendidos.
Sexo
42,30%
Fem inino
Mas culino
57,70%
(Gráfico 1)
Idade
19,20%
30,70%
Até 17 anos
De 18 a 25 anos
De 26 a 35 anos
15,40%
De 36 a 45 anos
Mais de 45 anos
21,20% 13,50%
(Gráfico 2)
No que diz respeito aos locais de residência, apresento de seguida o gráfico remetente
a esse ponto (Gráfico 3).
Local de Residência
20,0%
18,0% 17,3%
16,0%
13,6%
14,0%
11,6%
12,0%
9,6% 9,6% 9,6%
10,0%
8,0%
5,9%
6,0%
3,8% 3,8% 3,8% 3,8% 3,8%
4,0%
1,9% 1,9%
2,0%
0,0%
Barreiro Baixa da Amora Palmela Pinhal Novo Lisboa Loures
Banheira
(Gráfico 3)
De facto, uma vez que existe uma considerável proximidade entre os valores
apresentados, podemos considerar que 50% do local de residência dos espectadores se divide
pelas cidades do Barreiro, Setúbal e Lisboa e, pelas vilas de Pinhal Novo e Azeitão.
No entanto, apesar desta proximidade de valores, pode-se afirmar claramente, que os
residentes da cidade de Setúbal se encontravam em maior número do que os de qualquer outro
local, embora numa escala de 0 a 100% apenas se constassem 17.3% de pessoas provenientes
dessa região. Podemos assim afirmar que se está presente de um público cujos locais de
residência se apresentam muito diversificados, não se podendo afirmar que maioritariamente
se destaque qualquer zona.
Mas, uma vez que se verifica um maior número de pessoas provenientes de Setúbal e
do Barreiro, tal facto pode estar intrinsecamente relacionado com o último ponto da
caracterização do público (Ligação institucional – Gráfico 4) e com a questão 2, já que estes
inquiridos revelam ligações aos músicos, ao Conservatório Regional de Setúbal e à Escola
Superior de Educação, ambos situados em Setúbal e, à Escola Superior de Tecnologia situado
no Barreiro.
Verifica-se, também, que um número considerável de inquiridos não respondeu à
solicitação da identificação do seu local de residência.
Algumas das zonas evidenciadas no gráfico acima apresentado também se ligam com
locais de residência dos músicos (Azeitão, Pinhal Novo, Montijo, Palmela), já que, tais
inquiridos apresentam, na questão 2, ligações aos músicos. O mesmo acontece com as
restantes zonas acima evidenciadas, cujos inquiridos revelam ligações às escolas do IPS,
apesar de, como podemos confirmar no seguinte gráfico, cerca de 55.8% dos inquiridos não
terem qualquer tipo de ligação à EST Barreiro e ao IPS.
Ligação Institucional
60%
55,80%
50%
IPS
ESE
40%
ESCE
ESS
30% EST Setúbal
(Gráfico 4)
Parece-me importante chamar a atenção para o facto das legendas do presente gráfico
terem de ser lidas de cima para baixo, assim como as barras do próprio gráfico se devem ler
da esquerda para a direita, ou seja, ao primeiro 0% constatado corresponde a primeira legenda
(IPS) e, assim, sucessivamente.
Após uma análise cuidada das respostas dadas a esta questão, pode-se entender que,
apesar de não existir uma única resposta que se prenda com “ligação ao IPS”, pode-se depois
verificar um conjunto de respostas “EST Barreiro”, “EST Setúbal”, “ESE Setúbal”, ou seja,
deve ser considerado na análise do gráfico que essa ligação ao IPS (que não foi evocada pelos
inquiridos) poderia apenas incluir ligações ao IPS mas que não estivessem directamente
relacionadas com as escolas que o constituem. Desta forma, apesar se saber que as 5 escolas
IPS estão relacionadas com IPS, irá interpretar-se a resposta IPS com uma hipótese que
poderia incluir outras entidades relacionadas com o Instituto Politécnico de Setúbal, como,
por exemplo, a gráfica. Não querendo por isso dizer, quem se relacionou unicamente com um
escola, que não sinta ligação directa ao IPS.
Apesar dos objectivos delineados pela entidade patrocinadora, com o evento em
avaliação, pela análise do gráfico acima mostrado (Gráfico 4), mais de metade do público não
apresenta qualquer ligação com as entidades envolvidas na apresentação do mesmo, o que não
corresponde ao pretendido.
60,00%
52,6%
50,00%
40,00%
30,00%
21,1% 21,1%
20,00%
10,5%
10,00% 5,3%
0,00%
Tipo de música Conveniência É frequentador Outro motivo Não responde
do local de concertos
(Gráfico 5)
Pela análise do gráfico 5, pode-se constatar que o principal motivo que levou o
público alvo (num total de 19 pessoas: 12 (63%) que referem ligações à EST Barreiro e 7
(37%) que referem ligações às restantes escolas do IPS) foi o tipo de música. Através do
cruzamento desta informação com a questão 2, pode-se verificar que 15 pessoas (79%)
consideradas público-alvo já assistiram a, pelo menos, 1 concerto da temporada Concertos
IPS e, apenas 4 (21%) referem nunca terem assistido a um desses espectáculos. No ponto
“outro motivo” destacam-se, essencialmente, questões relacionadas com o acompanhamento
de familiares, nomeadamente uma dessas respostas afirma “fui obrigado”.
Ora, estes valores permitem concluir que o tipo de música em questão despertou o
interesse do público, aliado a questões como a conveniência do local, já que, estes dois items
foram assinalados simultaneamente numa resposta.
50%
50,00%
45,00%
40,00%
Cartazes
35,00% Convites
30,00% Panfletos
25% Computadores ESTBarreiro
25,00%
21,20% Computadores ESE
20,00% CIV-ESE
15,00% Internet
9,60% Outros
10,00%
5,00% 4%
1,90% 1,90% 1,90%
0,00%
(Gráfico 6)
Os folhetos não tiveram o impacto pretendido, com um total de 9.6% e, apenas, duas
pessoas (3.8%) fizeram unicamente referência a este meio. No entanto, este facto pode-se
encontrar relacionado com a postura tomada pela EST Barreiro face á sua distribuição, já que
a escola apostou muito mais numa divulgação “pessoal”.
5
Consultar Tabela 6 – p. 22
Como já foi referido noutro ponto do trabalho, o item convites necessita de algumas
considerações, uma vez que a palavra em si pressupõe qualquer tipo de convite, seja ele por
carta, conversa pessoal, etc. Ora, foi precisamente este facto (de não se ter explicitado que se
tratava de um convite formal) que levou às ambiguidades detectadas no cruzamento de
algumas questões.
Desta forma, numa tentativa de minimizar tal falha, parece-me pertinente o
cruzamento dos pontos: número de respostas “convite” e ligação EST Barreiro/IPS ou ao
Conservatório Regional de Setúbal.
Considerando que as pessoas que não têm qualquer tipo de ligação à EST Barreiro/IPS
não tiveram acesso aos convites e cruzando a informação retirada dos pontos referidos
anteriormente, obtém-se que das pessoas que referiram “convite”, apenas 7 têm ligações à
EST Barreiro/IPS, sendo que a maioria dos restantes 19 inquiridos (que responderam
“convite”) referem, na questão 2, ligação aos músicos. Pode-se portanto concluir que cerca de
70% dos inquiridos, no universo de todos os que responderam “convite”, terão eventualmente
sido convidados pelos elementos do SetSax Quarteto. Nos que responderam à categoria
“outros” (incluídos nesses 70%) destacam-se o acompanhamento de familiares e um “outro”
que não foi especificado pelo inquirido.
Ora, uma vez que foram enviados cerca de 117 convites, não me parece que este ponto
de divulgação se tenha revelado eficaz, já que o podemos confirmar através da presença de
apenas cerca de 7 pessoas directamente relacionadas com a EST Barreiro/IPS (mais os
familiares que os acompanharam ao concerto).
O presente item já foi analisado num dos pontos da categorização do público (final do
ponto 1.1.1 – p. 35), tendo sido desenvolvido em relação ao público-alvo.
De seguida segue-se a apresentação do gráfico referente ao principal motivo que
conduziu as pessoas a assistirem ao concerto, num universo total de inquiridos.
Principal motivo para assistir ao espectáculo
(universo total de inquiridos)
50%
44,2%
45%
40%
35% 32,7%
28,5%
30%
25%
20%
15%
9,6%
10%
3,8%
5%
0%
(Gráfico 7)
Não
61%
Sim
39%
(Gráfico 8)
De acordo com a análise do gráfico pode-se constatar claramente que 61% (32
pessoas) do público nunca assistiu a um espectáculo da temporada Concertos IPS. Cruzando
esta informação com o ponto “Ligação Institucional” da caracterização do público6,
rapidamente se constata que os 39% (20 pessoas) que afirmam já ter assistido a pelo menos 1
concerto desta temporada revelam, também, ligações à EST Barreiro, bem como ao IPS
(escolas que o constituem – ESSE, EST Setúbal, ESS). Pode-se ainda constatar um outro
cruzamento destas questões com a questão 1, já que, se pode ainda verificar a existência de
uma ligação entre os inquiridos que revelam ter ligações com a EST Barreiro / IPS e que já
assistiram pelo menos a 1 concerto dos Concertos IPS com o facto de terem tido
conhecimento do presente concerto através de convites. Verifica-se, portanto, uma clara
ligação entre as questões “Ligação institucional” (Gráfico 4), “Como tomou conhecimento do
concerto?” (Gráfico 6) e “Assistência a espectáculos da temporada Concertos IPS (Gráfico 8).
Como se pode observar na tabela Categorização “Sim” 7, maioritariamente uma parte
considerável dos inquiridos refere já ter assistido de a pelo menos um/dois concertos, havendo
quem tenha assistido a mais de 8 e, constando-se mesmo um inquirido que refere ter assistido
a todos os espectáculos, o que pode levar ao estabelecimento de uma ligação entre um
6
Consultar Gráfico 4 – p. 34
7
Consultar Tabela 13 – p. 26
elemento da produção, que acompanhe/tenha acompanhado todos os espectáculos da
temporada, a esta resposta.
7,70%
8,00%
6,00%
3,80% 3,80% 3,80%
4,00%
1,90% 1,90% 1,90% 1,90% 1,90%
2,00%
0,00%
(Gráfico 9)
3,8%
(Gráfico 10)
Como se pode constatar, a quase totalidade dos inquiridos considerou o Auditório
Augusto Cabrita um bom local para o tipo de concerto apresentado. As opiniões constatadas
variam entre o adequado e o ideal, sendo que este último se sobrepõe ao anterior (61.6% - 32
pessoas; 34.6% - 18 pessoas). Parece-me interessante referir que, 1.9% dos 3.8% inquiridos
que referiram o auditório como um local pouco adequado ao tipo de evento manifestou uma
opinião negativa face a todos os aspectos do inquérito, o que deve estar relacionado com o
facto de ter referido que foi obrigado a ir ao concerto. Ora, facilmente se pode relacionar este
aspecto com a posição do inquirido em todas as respostas que atribuiu. O facto de ter
mencionado que teve conhecimento do concerto através de “a minha mãe disse-me”,
facilmente se deduz que se pode tratar de uma criança que teve obrigatoriamente de
acompanhar os pais ao concerto.
O outro inquirido que considerou o auditório um local pouco adequado (e revelou
fazer parte da organização), manifestou no inquérito (referido em 1.1.1 – p.26) que o
considerava grande demais. A meu ver não foi no tamanho do auditório que residiu o
problema, mas antes na divulgação que pode não ter sido suficiente para o chamamento de um
maior número de público.
Categorização do repertório
1,90%
26,90%
69,30%
(Gráfico 11)
Ora, tendo em conta que um inquirido (1.9%) não respondeu a esta questão, facilmente
se constata que a grande maioria considerou o repertório interpretado muito interessante
(69.3% - 36 pessoas) e interessante (26.9% - 14 pessoas). Valerá talvez a pena referir que o
inquirido (1.9%) que considerou o repertório pouco interessante, é o inquirido referido no
ponto anterior do trabalho que terá assistido ao concerto por obrigação de familiares. Face a
estes valores, pode-se concluir que a escolha do repertório foi bastante positiva, já que 96.2%
(69.30%+26.90%) dos inquiridos revelaram ter gostado do que escutaram.
Na medida em que, como já foi referido em vários pontos do trabalho, houve por parte
da produção uma grande preocupação com o repertório a interpretar na noite de dia 11 de
Março, com o intuito de responder às possíveis necessidades de um público pouco
familiarizado com este tipo de repertório, pareceu então importante perceber, de entre todas as
peças interpretadas, quais as 3 que o público preferiu.
50%
44,2%
45%
40,4%
40%
25%
21,2%
19,2%
20% 17,3%
15% 11,6%
9,6%
10%
5,8% 5,8% 5,8%
5%
3,8% 3,8%
0,0% 0,0%
0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Todas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Todas
(Gráfico 12)
Legenda referente aos números
Número
atribuído à Nome da peça Compositor Arranjador
peça
1 1º Quarteto Concertante George Chauvet -
2 Premier Quatuor Op. 53 Singelée -
3 Rumba Christopher Norton Carlos Firmino
4 Chinese Rag Jean Matitia -
5 Pineapple Rag Scott Joplin Terence Thompson
6 Swing Latino Manfred Pieper Carlos Firmino
7 Ragtime Dance Scott Joplin Terence Thompson
8 Love is Here to Stay George Gershwin Bill Holcombe
9 Summertime George Gershwin Arthur Marshall
10 Oh, Lady be Good George Gershwin Arthur Marshall
11 An American in Paris George Gershwin Gerry Cappuccio
12 Something Blue Terence Thompson -
13 ‘Round Midnight Williams e Monk Rainer Müller-
Irion
14 Swing Low, Sweet Chariot Tradicional Friedmann Graef
15 Peça extra 1 – Muppet Show Jim Hanson -
16 Peça extra 2 – God by sweet ???? ????
heart
Como se pode verificar através da análise do gráfico 12, facilmente se concluí que as
peças 14 (Swing Low, Sweet Chariot) e 15 (Muppet Show) foram das peças globalmente
preferidas, já que, como podemos consultar no ponto 1.1.1 (Tabela 16 - pp.27/28), inúmeros
foram os inquiridos que as incluíram nas suas preferências, embora também se possa verificar
que apenas 9 pessoas as referiram juntas. As peças 4 (Chinese Rag), 7 (Ragtime Dance) e 9
(Summertime) são aquelas que possuem uma percentagem abaixo, das que foram acima
enunciadas (32.7% - 7 pessoas), enquanto peças preferidas. Destacam-se os comentários dos
inquiridos, que responderam “todas”, e que deixaram simultaneamente a sua opinião no
inquérito, referindo que todo o repertório tinha sido muito bom.
Numa análise geral do gráfico 12, rapidamente se percebe que as peças apontadas
pelos inquiridos como sendo as suas preferidas, são precisamente aquelas que possuem ritmos
mais “mexidos” e que têm um carácter mais animado.
SetSax Quarteto
Opinião sobre:
“Em termos de desempenho da produção é óbvio que a produção esteve muito bem, e
que as coisas foram organizadas como deve ser e isso, reflectiu-se obviamente na nossa
relação enquanto SetSax Quarteto com a produção”.
“Penso que o saldo foi bastante positivo, e quando me perguntas o que poderia ter corrido
melhor... não sei, talvez tenha sido pena o público ter sido pouco apesar de a divulgação ter
sido muita pelo que percebemos. De resto, acho que estivemos todos muito bem,
principalmente a produção”.
Antes de avançar, parece-me importante referir que a informação contida neste ponto
foi alcançada através de uma conversa (chamar-lhe-emos entrevista aberta) com o professor
Pedro e, a averiguação da sua opinião em relação a 3 pontos concretos via email.
Segundo o professor Pedro Rego, foi muito importante para os músicos terem
participado num concerto com estas dimensões, uma vez que “sentiram que o grau de
responsabilidade era muito maior do que aquele a que estão habituados a ter. Até
combinaram ensaios extra e tudo”. “Até para mim [professor Pedro Rego] foi muito bom!
Nunca tinha colaborado com ninguém de tão perto. O facto de ter de lhe entregar o
programa, que depois foi remodelado, e de saber os compositores e arranjadores das obras
para lhe dizer, fez com que me organizasse melhor e que tivesse de acompanhar todo o
percurso, o que normalmente não acontece nos concerto em que participo eu ou os meus
alunos”.
O professor realçou também que “o auditório é espectacular e funcionou muito bem
para este agrupamento! A sonoridade estava mesmo muito boa. Por outro lado, referiu que
“as flores foram uma grande ideia...não estamos habituados a que nos ofereçam nada! (risos)
Foi muito simpático da parte da produção.
- Desempenho da Produção
“Em relação ao desempenho da produção, não tenho qualquer pejo em afirmar que
foi de facto excelente!
Desde o primeiro contacto até ao dia do concerto, tudo foi tratado ao pormenor e
atempadamente. Não ficando aspecto algum por resolver: desde o programa, com as
respectivas notas; a visita ao local do concerto (afim de perceber a acústica); os ensaios
assistidos; enfim, todo o acompanhamento que houve durante o processo de preparação”.
“Quanto à relação com a produção, devo dizer que foi óptima, houve sempre um
tratamento bastante cordial, mas simpático, quer da produtora para comigo, como depois no
relacionamento com os membros do SetSax”.
Ora, como pude constatar nas respostas dadas pelo Sr. Luís Fernandes, de um modo
geral, a qualidade do evento foi bastante boa o que trouxe consequências muito positivas para
o SetSax Quarteto, enquanto estudantes de música, e para o próprio Conservatório Regional
de Setúbal.
No que diz respeito aos objectivos delineados pelo Conservatório todos eles foram
superados, chegando mesmo a ultrapassar as expectativas criadas pela direcção da escola.
Notou-se claramente no discurso do Sr. Luís que o facto de ter sido a primeira vez que o
Conservatório participou num concerto fora da cidade de Setúbal, nomeadamente no Barreiro,
lhes possibilitou o alargamento das populações para as quais têm efectuado espectáculos,
alertando mesmo para o facto de “neste momento o Conservatório estar a estabelecer
contactos com a Câmara Municipal do Barreiro para a possibilidade de se vir a realizar
outro concerto no mesmo auditório” (o que nunca havia acontecido), que a direcção
considerou “muitíssimo bom para o tipo de evento” que a produção pretendia.
Por outro lado, em relação ao grupo, segundo a direcção, “para o SetSax foi muito
importante terem um cartaz a sério de divulgação, só deles. Incentivou-os. Soube que até
andaram a ensaiar na casa uns dos outros, o que não é habitual”.
Quanto aos pontos fortes e fracos do concerto, o Conservatório considera que “não
existiram pontos fracos”...”foi tudo muito bom e no que diz respeito à produção em si, esteve
mesmo muito bem”, alertando para o facto de ter sido “a primeira vez que alguém produziu
com tempo um concerto para o Conservatório, onde não houve falhas! Até nem se
esqueceram daquelas capas pretas para as estantes... deram-nos uma grande ideia para os
nossos concertos”. O Sr. Luís Fernandes alertou ainda para o facto de “as notas de programa
estão muito bem feitas e, vão-nos dar uma grande jeitão”. “Foi um óptimo trabalho e a
produção não faltou com nada ”.
Apesar de toda a opinião muito positiva, foi também referido que “foi uma pena que
não estivessem mais pessoas no concerto, mas devo dizer que o número que estava era já
bastante significativo... já temos feito concertos para 6 pessoas”.
No que respeita aos pontos fracos, o Conservatório considera que não existiram.
O Conservatório fez, ainda, questão de deixar a mensagem que “foi muito bom para o
Conservatório ter trabalhado em conjunto com a ESE de Setúbal e com a EST do Barreiro; a
organização de todo o concerto foi muito boa e isso viu-se no concerto. Parabéns a todos!”.
A direcção do Conservatório Regional de Setúbal fez também questão de deixar bem
patente que estarão sempre disponíveis para projectos futuros desta natureza (em colaboração
com o IPS) e que será com o maior prazer que os aceitarão.
4. Apreciação da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro
Parece, sem margem para dúvidas, que caberá á Escola Superior de Tecnologia do
Barreiro a última palavra no que diz respeito ao balanço entre aqueles que eram os objectivos
do evento e a/as forma/as como os quais foram ou não concretizados. Assim sendo, tal como
foi definido no projecto, procurar-se-á saber a opinião da direcção acerca de:
Toda a informação relatada neste ponto do trabalho foi recolhida via email, uma vez
que o professor Bill Williams se encontrava fora do país e, através de uma pequena conversa
com o professor João Vinagre (director da EST Barreiro).
A informação contida neste ponto foi-me enviada pelo professor, que fez questão de
realizar um relatório de todo o trabalho desenvolvido, com as questões que lhe foram
levantadas para a realização da avaliação do concerto.
Relatório do Concerto ESTBarreiro/IPS 2004-058
- Até que ponto é que os objectivos da entidade promotora (EST Barreiro) foram
atingidos;
Objectivo (i) foi atingido mas o (ii) não. Dos mais de 400 alunos quase ninguém
apareceu apesar dos contactos pessoais da parte da Ana Luísa Santos que pela primeira vez
na história dos concertos EST Barreiro tomou a excelente iniciativa de visitar as turmas e
explicar o evento. Penso que seria necessário repensar o tipo de evento, de artista e de
localização, se for
uma prioridade nossa envolver mais o nosso corpo estudantil.
Objectivos (iii), (iv) e (v) foram parcialmente alcançados mas, dado a fraca
assistência,
não foi um grande sucesso nestes termos.
Quero registar o meu enorme apreço do trabalho da Ana Santos. Em todas as etapas
do
8
Consultar Anexo 7 (Relatório do Concerto ESTBarreiro/IPS 2004/05 (Documento Original recebido via email).
processo ela demonstrou uma capacidade de trabalho e “profissionalismo ” impressionante.
Para mim próprio, foi um processo de aprendizagem ver como organizou o projecto:
Resumindo, acho que a organização do evento foi de alto nível mas em termos de
atingir os objectivos da nossa própria escola, seria conveniente repensar o projecto na sua
globalidade, procurando um maior retorno do considerável investimento de tempo e
orçamento no projecto.
Professor Doutor João Vinagre (Director da EST Barreiro)
De um modo geral, as respostas dadas pelo professor João Vinagre foram bastante
positivas havendo, no entanto, um ponto “menos positivo” que se liga com a ausência de
estudantes da EST Barreiro no concerto, referindo o facto de “a sua ideia [produção] de ir
divulgar o concerto às salas de aula foi muito boa, mas mesmo assim não conseguimos” e,
lamentando também a impossibilidade da EST Barreiro, devido à distribuição da carga
horária aos alunos, de libertar os alunos dos 2º, 3o e 4os anos das aulas em dias como o do
espectáculo, uma vez que tais aulas funcionam em regime nocturno. Tal facto veio, por isso,
impossibilitar os alunos de assistirem ao concerto. Isso fez com que um dos objectivos da
EST, que visava num público-alvo os alunos da escola, não fosse possível concretizar. “De
resto, não existe nada a dizer”.
De qualquer forma, adiantou que as expectativas foram excedidas, visto que “não
estava nada à espera! O público estava, de facto, muito bem composto”.
No que diz respeito à organização do evento, para o professor João Vinagre, “este ano
as coisas correram muito melhor do que nos outros anos, porque não foram feitas em cima
do acontecimento” e, “em termos de logística tudo esteve muito correcto e tudo funcionou
bastante bem”.
Quanto aos pontos menos positivos relativamente ao desempenho da produção, o
professor referiu a confusão que se sucedeu após a contratação da Orquestra Camerata
Musical do Barreiro. No entanto esclarece que “foi tudo muito bem resolvido”. Os pontos
positivos... “esses são muitos”.
Numa análise geral, o professor destacou de entre vários pontos muito positivos o
Auditório Augusto Cabrita que, de acordo com o professor foi “o melhor local para este
concerto”, referindo ainda que “o grupo teve muito bom gosto nas peças que escolheu,
resultando um excelente momento enquanto espectáculo”. De entre esses pontos destaca-se
ainda a duração do espectáculo “que foi muito boa...ninguém saiu de lá aborrecido.
“Parabéns à produção pelo excelente orçamento que conseguiu. Estão de parabéns!”
O balanço final foi dito pelo professor com grande entusiasmo: “Foi bastante positivo
e a sua realização também” “Parabéns pelo vosso trabalho e pelo seu [produção] empenho”.
5. Observação Directa / feedback dos elementos da produção
9
Consultar Parte III.
concerto. Portanto, conclui-se que no que diz respeito à qualidade geral do espectáculo, o
balanço foi igualmente positivo.
Para concluir, pode-se afirmar claramente que o balanço do concerto SetSax Quarteto,
tendo em conta os vários níveis de análise efectuados, é globalmente positivo.
Índice de Anexos
Anexo 1: Contactos efectuados
Anexo 2: Correspondência
2.1. Enviada
2.2. Recebida
2.3. Outros
Anexo 4: Logística
5.1. Cartaz
5.2. Panfleto
5.3. Convite (e respectivos remetentes)10
5.4. Divulgação online
Anexo 6: Orçamento
6.1. Divulgação
6.2. Sociedade Portuguesa de Autores
6.3. Ofertas para os músicos
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Documentos já entregues no projecto, mas que, por uma questão de coerência, serão novamente apresentados.
Anexo 7: Relatório do Concerto – EST Barreiro/IPS 2004-05
(Documento original, enviado pelo professor Bill Williams)
Anexo 8: Avaliação
8.1. Inquéritos
Anexo 9: Outros