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1)

“Aprendizagem Cooperativa: uma prática pedagógica inovadora inclusiva” é a temática


escolhida e abordada no VII Colóquio, e que visa dar resposta aos novos desafios e paradigmas
da educação num mundo em mudança em que a maioria dos problemas que se colocam são
complexos e universais.

A sua pertinência está na forma de conceber a sua resolução, que é dar enfase no trabalho
colaborativo resultante das interações entre os vários intervenientes sociais.

Essa mesma preocupação também se observa, quando, organismos internacionais, tais como a
UNESCO, propõe uma educação para o século XXI assente em quatro pilares: aprender a
conhecer, aprender a pensar, aprender a conviver juntos e aprender a ser.

Assim, a utilização de metodologias de trabalho cooperativo, que abrangem esses quatro


pilares, permite a utilização eficiente de recursos naturais: os próprios alunos- valorizando os
conhecimentos, experiencias e vivencias de cada um; reconhecendo que a aprendizagem é um
processo social, desenvolvido através de metodologias o trabalho cooperativo, criando
ambientes educativos mais ricos e propícios à aprendizagem inclusiva. O professor, ao invés
de apenas transmitir conhecimento, deve mudar o foco do ensino e passar a preocupar-se com
o aprender e em especial – o aprender a aprender, abrindo caminhos coletivos para a
investigação e produção do conhecimento. Isso conduzirá o aluno a tornar-se criativo, crítico,
pesquisador e atuante para produzir o conhecimento.

E a escola tem pela frente um desafio e uma oportunidade. O desafio consiste em se alargar
para além dos “muros”, criando um projeto pedagógico que incorpore o paradigma inovador e
as inovações tecnológicas para promover o sucesso escolar e da igualdade de oportunidades.

Assim, COOPERAR enquanto apanágio da prática educativa justifica-se e alicerça-se quando


nos confronta e desafia para novos caminhos pedagógicos que fundamentam quer através do
crescente numero de investigações que confirmam a eficácia da aprendizagem cooperativa em
diversos níveis de ensino, quer das sucessivas recomendações de organismos internacionais
influentes na definição das orientações transnacionais de politica educativa, como a OCDE, a
União Europeia, a UNESCO, ao convocar, como competências imprescindíveis para o exercício
de uma cidadania plena no século XXI, as competências cognitivas e de relacionamento
interpessoal e a que o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória veio acrescentar
total sentido de oportunidade e relevância educacional.

2)

A promoção do sucesso escolar e da igualdade de oportunidades tem sido o grande propósito


da educação em Portugal, e acarretou ao longo de décadas uma mudança de paradigma no
contexto educativo, associadas a um movimento transformacional das práticas pedagógicas e
organizacionais que tem ocorrido nas escolas portuguesas.
A implementação de projetos de Aprendizagem Cooperativa e de Autonomia e Flexibilidade
Curricular nos vários ciclos dos ensinos básicos e secundário, aliada a uma metodologia ativa
de pedagogia diferenciada, inovadora, atrativa e inclusiva, contribui de forma significativa para
a realização de aprendizagens significativas e para aquisição de competências várias,
sustentadas na partilha, colaboração e cooperação, indispensáveis para a formação pessoal e
coletiva dos alunos.

E a abordagem na condução das práticas educacionais, baseia-se na metodologia ativa da


Aprendizagem Cooperativa que sustenta o COOPERA enquanto projeto desenvolvido pela Drª
Sónia Moreira, palestrante no VII Colóquio e que aposta numa mudança de paradigmas no
contexto de sala de aula ao fomentar não apenas as capacidades cognitivas, mas também a
criatividade e competências sociais.

Rompe com os paradigmas da sala de aula, altera a disposição do mobiliário para criar
diferentes espaços e relações de aprendizagem. É, conforme a própria referiu “ saber trabalhar
e desempenhar os vários papéis dentro da equipa, respeitar as ideias do outro, saber criticar
uma ideia e não uma pessoa. A liderança é partilhada e os professores formam os alunos,
abrem horizontes, dão ferramentas, expandem conhecimentos e dão possibilidades para
escolhas futuras”.

Como vantagens podemos enumeradas o: melhorar o clima de sala de aula, a aceitação das
diferenças, a autoestima, a crença de autoeficácia, as habilidades sociais, maior capacidade em
aceitar as perspetivas dos outros, a motivação e rendimento dos alunos; otimizar a
intervenção pedagógica na Educação Pré-escolar e Ensino Básico; promover a cooperação e o
desenvolvimento profissional dos professores.

A desvantagem é poder-se confundir a colaboração com cooperação ao permitir que os alunos


ao subdividirem o trabalho, assumirem diferentes papéis na resolução de uma tarefa comum,
gerando competição. Esta situação, deve ser evitada, pois só a cooperação possibilita a
discussão e a partilha de diferentes pontos de vista, possibilitando a aprendizagem de
diferentes estratégicas para a resolução de objetivos comuns.

Ainda ao valorizarmos a diversidade dos alunos, as características e conhecimentos, estamos a


seguir a linha que nos conduz à construção de uma escola inclusiva, onde as aprendizagens
cooperativas se notabilizam em comparação com as práticas individualistas. Todos somos
diferentes e as diferenças individuais devem ser respeitadas e aceites, aprendendo que cada
um de nós, independentemente das nossas características, terá sempre algo de valor a dar aos
outros.

Assim, a participação neste colóquio permitiu enriquecer a prática educativa e fomentar em


mim uma disponibilidade para integrar nela conceitos e práticas que responsabilizem e
corresponsabilizem para a aprendizagem de todos e de cada um e na criação de alunos mais
confiantes e comunicativos, dinâmicos e autónomos nas suas aprendizagens.

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