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O Muro de Berlim (em alemão: Berliner Mauer) foi uma barreira física construída pela

Alemanha Oriental durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental. Era parte da
fronteira interna alemã. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a
divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era
constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e a República
Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas sob jugo do regime soviético.
Construído na madrugada de 13 de agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de
gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com
alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro era patrulhado por
militares da Alemanha Oriental Socialista com ordens de atirar para matar (a célebre
Schießbefehl ou "Ordem 101") os que tentassem escapar, o que provocou a separação de
dezenas de milhares de famílias berlinenses.[1]

A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã demarcava a fronteira entre a Alemanha
Oriental e a Alemanha Ocidental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a chamada
"cortina de ferro" entre a Europa Ocidental e o Bloco de Leste. Antes da construção do Muro,
3,5 milhões de alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do Leste socialista
e fugiram para a Alemanha Ocidental, muitos ao longo da fronteira entre Berlim Oriental e
Ocidental. Durante sua existência, entre 1961 e 1989, o Muro quase parou todos os
movimentos de emigração e separou a Alemanha Oriental de Berlim Ocidental por mais de um
quarto de século.[2]

Durante uma onda revolucionária de libertação ao comando de Moscou que varreu o Bloco de
Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias
semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha
Ocidental Capitalista e Berlim Ocidental. Multidões de alemães orientais subiram e
atravessaram o muro juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de
celebração. Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um público
eufórico e por caçadores de souvenirs. Mais tarde, equipamentos industriais foram usados
para remover quase o todo da estrutura. A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a
reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990. Muitos apontam
este momento também como o fim da Guerra Fria. O governo de Berlim incentiva a visita do
muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução
de alguns trechos, está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.

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