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Vaquejada

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A vaquejada é uma atividade cultural do Nordeste


brasileiro, provavelmente de origem mexicana[1][2]
citada por alguns como um esporte,[3][4] na qual
dois vaqueiros montados a cavalo têm de derrubar
um boi, puxando-o pelo rabo, entre duas faixas de
cal do parque de vaquejada. Muito popular na
segunda metade do século XX, passou a ser
questionada a partir da década de 2010 por ativistas
dos direitos dos animais em virtude dos possíveis
maus-tratos aos bois.[5] Representação em azulejo da lida do vaqueiro
nordestino perseguindo boi fugido, de 1972.
Em decisão proferida em 6 de outubro de 2016, o Mercado Público de Campo Maior, Piauí.
(STF) Supremo Tribunal Federal considerou
inconstitucional uma lei cearense que procurava disciplinar a modalidade esportiva como um
evento cultural, sob o argumento de que manifestações culturais não se sobrepõem ao direito de
proteção ao meio ambiente, consagrado no artigo 225 da Constituição da República.[6]

Seguindo-se a decisão do STF de tornar inconstitucional a vaquejada, o Congresso aprovou


emenda constitucional permitindo a prática da vaquejada[7] e definindo alguns direitos e deveres a
serem seguidos, visando, também, o bem-estar animal.[8]

História
A vaquejada surgiu no sertão nordestino entre os séculos XVII
e XVIII.[9]

Não há evidências nem referências à vaquejada no Brasil antes


da década de 1870. O método de captura de touros pelos
A vaquejada no México em 1825
Vaqueiros no Nordeste do Brasil era usando uma vara de
pelo artista francês Theubet de
ferrão, não puxando-os pela cauda. Puxar os touros pelo rabo
Beauchamp.
era desconhecido no Brasil naquela época. De acordo com o
Luíz da Câmara Cascudo, derrubar touros puxando-os pelo
rabo no Brasil só surgiu depois da Guerra do Paraguai (1864-1870). Henry Koster descreveu o
método nordestino de derrubar touros com a vara na década de 1810: “À tarde assisti uma prova
de destreza de um dos filhos do Comandante, menino de quatorze anos. Ouvira falar na maneira
de prender os bois selvagens no Sertão. O individuo empregado nessa operação, monta a cavalo,
com uma longa vara, terminada por uma ponta de ferrão, e persegue o animal que quer
derrubar até que, emparelhando-se, o fere nos flancos, entre as costas e a anca e, se o alcançar
no momento em que o boi levanta as patas trazeiras, sacudi-lo-á em terra com tanta violencia
que este rolará.”[10]
George Gardner, em seu livro “Travels in the Interior of Brazil,
Principally Through the Northern Provinces, and the Gold and
Diamond Districts, During the Years 1836-1841,” também
descreve os vaqueiros nordestinos usando o método da vara de
ferrão para derrubar touros como único método utilizado
naquela região: “A pouca distância de Oeiras, passamos por
algumas das fazendas nacionais, e em uma delas tive a
oportunidade de ver o método adotado pelos vaqueiros para
pegar o gado, que vagueia em grandes rebanhos quase em
estado selvagem. Nas províncias do sul, é sabido que o gado é
apanhado pelo laço e pela boleadeira, o campo aberto
daqueles distritos permitindo seu uso livre, o que não é o caso Diferentes estilos de Vaquejada no
no norte. O instrumento usado aqui é uma vara delgada com México durante o século 19. Do livro
cerca de três metros de comprimento, um pouco mais grosso “Reglas con que un colegial puede
em uma extremidade do que na outra; na extremidade mais Colear y Lazar” (Regras com as
grossa, uma peça quadrangular pontiaguda de ferro é fixada, quais um principiante pode Colear e
projetando-se apenas cerca de meia polegada; montado a Laçar) de Luis G. Inclán (1860).
cavalo, com esta vara em seu mão, o vaqueiro seleciona com o
olho o animal que deseja pegar, e perseguindo-o a todo
galope, ele logo o ultrapassa, e acertando-o no quadril com a
extremidade armada da vara, enquanto ele está indo a toda
velocidade, ele facilmente o vira, e antes que ele possa se
levantar novamente, o vaqueiro desmontou e o prendeu; desta
forma, quase todo o gado é capturado nesta província.”[11]

Luíz da Câmara Cascudo, depois de traduzir o livro de Koster


em 1942, disse: “Raramente o sertanejo derruba uma rez com Vaqueiros com varas de ferrão e
a vara de ferrão, como Koster descreveu, fielmente. Era a cães perseguindo boi no nordeste
forma unica em todo Brasil pecuario, reigistada nos viajantes brasileiro, 1815-1817, pelo príncipe
e naturalistas. Atualmente o processo é puxar pela cauda, Maximilian zu Wied-Neuwied. O
num brusco safanão, a mucica, quando o cavaleiro se método nordestino de derrubar bois
emparelha com o animal. De onde nos veio essa derrubada era com uma vara de ferrão.
pela mucica? Até quasi meados do seculo XIX não ha noticias Derrubar bois puxando-o pelo rabo
sinâo pela vara, assim Euclides da Cunha assistiu na Baía e não existia no Brasil naquela época.
lrineu Jofilí estudando a Paraíba em epoca recuada, nada cita Derrubar um boi puxando-o pelo
que lembre os nossos atuais puxadores de gado. Em Portugal rabo não se originou no Brasil.
e Espanha não ha, quem conheça esse costume. No nordeste
ele é posterior á Guerra do Paraguai mas já existia em 1880.
O depoimento de Koster comprova que até 1810 o sertão não
conhecia a destreza impressionante das mucicas.”[12]

As primeiras referências escritas à vaquejada no Brasil datam


da década de 1870. Antes já existiam evidências escritas e
gráficas de algo similar no México. É provável que esta
manifestações tenham surgido no México e de lá tenha ido para
a Venezuela e o Brasil. No México era conhecido por Coleo ou
Coleadero. No século XVIII, o Coleo era tão popular no México
que muitos padres católicos a praticavam. Em 1765, Pedro
Tamarón Romeral, bispo de Durango no México, ficou chocado
com o coleo e criticou sua prática pelos padres: “As praças e Vaqueiro Brasileiro, no estado da
lugares onde eles praticam as touradas com vergonha pública Bahia em 1910
e humilhação de si mesmos e com essa inclinação perversa
também se exercitam em colear o gado, cuja prática é
dissonante para os referidos eclesiásticos, de notório risco e perigo para as suas vidas.
Ordenamos a todos os homens ordenados, in sacris, que sob nenhum pretexto façam tais
exercícios de touradas, colear, caçando o gado mencionado sob pena de maior excomunhão.” [13]

As festas de apartação

As fazendas de pecuária bovina extensiva da época não eram cercadas. No mês de junho, quando
passava a estação chuvosa, os fazendeiros realizavam as chamadas "festas de apartação", em que
reuniam dezenas de vaqueiros para buscar os bois que se misturavam com os dos vizinhos, separar
os que seriam comercializados e aqueles a serem ferrados ou castrados. O manejo do gado requeria
habilidade e coragem.[14]

As "pegadas de boi"

Durante a apartação, alguns bois, chamados de


"marueiros" ou "barbatões", fugiam do rebanho e
resistiam ao chamado do vaqueiro sendo perseguidos e
derrubados pela cauda. Essa prática de pegar o boi no
meio da caatinga, conhecida como "pegada de boi",
conferia entre os participantes respeito e fama para
vaqueiros e seus cavalos. O vaqueiro que derrubava um
barbatão, além da fama, recebia um prêmio, que podia
ser o próprio animal vencido ou uma recompensa em
dinheiro.[15] Pouco a pouco, essas iniciativas
Dupla de vaqueiros com seus trajes típicos converteram-se em um ritual festivo, atraindo não só os
feitos de couro, na caatinga nordestina. vaqueiros mas também a comunidade da região.[16]

As "corridas de morão"

Na década de 1940, vaqueiros da Bahia e do Ceará começaram a divulgar suas habilidades na lida
com o rebanho, por meio de uma atividade que ficou conhecida como "corrida de morão" (ou
"mourão") e que se diferenciava da pegada de boi por realizarem-se no pátio das fazendas. Os
vaqueiros desafiavam-se correndo, um de cada vez, atrás do boi em qualquer espaço do pátio.
Ganhava aquele que mais se destacasse na puxada do boi.[17]

Bolão de vaquejada

Após alguns anos, pequenos fazendeiros de várias partes


do nordeste começaram a promover um novo tipo de
vaquejada, onde os vaqueiros tinham que pagar uma
quantia em dinheiro, para ter direito a participar da
disputa. O dinheiro era usado para a organização do evento
e para premiar os vencedores.

As montarias, que eram formadas basicamente por cavalos


nativos daquela região, foram sendo substituídas por
animais de melhor linhagem. O chão de terra batida e Esquema de uma vaquejada
cascalho, ao qual os peões estavam acostumados a
enfrentar, deu lugar a uma superfície de areia, com limites definidos e regulamento. Cada dupla
tinha direito a correr três bois. O primeiro boi valia oito pontos, o segundo valia nove e o terceiro
boi correspondia a dez pontos. Esses pontos eram somados e no final da vaquejada era feita a
contagem de pontos, a dupla que somasse mais pontos era campeã, e recebia um valor em
dinheiro. Esse tipo de vaquejada com três bois foi e ainda é chamada de "bolão".[18]

Vaquejada moderna
Nos anos 1960, começaram a ser disputadas as primeiras
vaquejadas na faixa dos seis metros. A pista de dez metros
surgiu a partir da década de 1980.[19]

As vaquejadas modernas se tornaram um negócio. Em 2013,


movimentam cerca de 50 milhões de reais por ano, entre
premiações, espetáculos e publicidade e envolviam 1.500
empregados diretos e 5 mil indiretos. Cada evento de
vaquejada tem um investimento médio de 800 mil reais e um
Parque de vaquejada vaqueiro iniciante investe cerca de 10 mil reais para começar
no ramo.[20] Em 2016, a Associação Brasileira de Vaquejada
(ABVAQ) estimou em 4 mil o número de eventos realizados a cada ano no País.[21]

De acordo com a ABVAQ, a prática se modernizou e passou a se autorregular para preservar a


saúde de vaqueiros e animais. A introdução do protetor de cauda, por exemplo, é um dos cuidados
com os bovinos para evitar danos à saúde do animal. O equipamento é um rabo artificial feito com
uma malha de nylon que é fixado na base do rabo do boi e que reveste a cauda.[21]

Situação

No Ceará, são realizados mais de 700 eventos de vaquejada por ano, que geram 600 mil empregos
diretos e indiretos e movimentam mais de R$ 14 milhões.[22] Uma lei estadual de 2013 tentou
regulamentar a vaquejada no estado, mas foi considerada inconstitucional pelo STF. Desde 2014, é
proibida a realização de vaquejadas em Fortaleza e a divulgação na capital dos eventos realizados
em outros municípios.[23]

Em Pernambuco, uma associação de criadores de cavalo apurou que, em 2009, a atividade gerava
mais de 120 mil empregos diretos e 600 mil indiretos no estado.[24]

Na Paraíba, a atividade é reconhecida como modalidade esportiva desde 2015. Existem mais de
cem parques de vaquejada no estado, promovendo eventos de diversos portes. Os maiores eventos
ocorrem nos parques Ivandro Cunha Lima (Campina Grande), Maria da Luz (Campina Grande) e
Bemais (João Pessoa). Esses três eventos distribuem mais de R$ 500 mil em prêmios e estão entre
os dez principais do país.[25]

No Rio Grande do Norte, são realizadas 400 vaquejadas por ano, envolvendo a participação de 20
mil profissionais e cerca de 50 ou 60 mil pessoas incluindo os postos indiretos relacionados à
atividade.[26][27]

Em Alagoas, há 500 pistas destinadas a treinamentos e competições e cerca de 150 vaquejadas são
realizadas anualmente, gerando 11 mil empregos diretos e movimentando R$ 5 milhões.[28] A
Assembleia Legislativa discute um projeto de lei que reconhece a vaquejada como atividade
esportiva e outro que a torna patrimônio cultural imaterial do estado.[29]

Na Bahia, a vaquejada é praticada há mais de cem anos. Desde 2014, a atividade integra o
patrimônio cultural imaterial do estado e desde 2015, é reconhecida como prática desportiva e
cultural. Seu principal evento anual é a vaquejada de Serrinha,[19] uma das mais tradicionais do
país.[30]

Maus-tratos

A vaquejada, assim como o rodeio, é repudiada pelas entidades de defesa animal brasileiras, em
razão dos maus-tratos aos bois e cavalos que participam dos eventos.[31]

Bois

Entre as críticas, estão o ato de submeter os bois ao medo e desespero através de encurralamento e
agressões a choque elétrico e pancadas, no intuito de fazê-lo correr em fuga e sua descorna sem
anestesia. Os próprios atos de perseguir o animal e puxar sua cauda também são considerados
agressões pelos defensores dos animais. Além disso, são relatadas com certa frequência
consequências muito nocivas da tração forçada na cauda e da derrubada do boi, tais como fraturas
nas patas, traumatismos e deslocamento da articulação da cauda ou até a sua amputação.[32]

Outro detalhe, reconhecido pelos próprios organizadores de vaquejadas, é que o boi pode não
conseguir se levantar após ser derrubado, caso em que o julgamento da prova é realizado mesmo
com o boi inerte no chão.[33]

Cavalos

Pesquisas sugerem que os cavalos utilizados na vaquejada


apresentam alterações físicas, bioquímicas e hematológicas
em decorrência do estresse associado ao exercício físico, à
falta de uma rotina de treinamento adequado e às
condições ambientais inóspitas dos parques de
vaquejada.[34] Também se verifica uma alta frequência de
desequilíbrios podais, provavelmente causados por
técnicas inadequadas de casqueamento e
ferrageamento. [35] Ainda, seu manejo sanitário nas
vaquejadas é bastante deficitário quanto à prevenção e Cavalo quarto de milha.
controle de doenças infecto-contagiosas, fato agravado pela
falha na fiscalização interestadual e principalmente pela
falta de controle sanitário nos locais dos eventos, permitindo a entrada de animais doentes, o que
favorece a disseminação de suas doenças e põe em risco a saúde humana, em particular dos
tratadores.[36] Os cavalos são atiçados a correr mediante golpes de esporas aplicados pelos
vaqueiros.

Além das consequências físicas nos animais, questões éticas entram em debate, como o
questionamento do embasamento moral de se explorar e agredir animais para fins de diversão, a
validade de se chamar de esporte um evento de entretenimento baseado por definição no abuso
dos mesmos e o dilema da prevalência do valor cultural deste tipo de atividade sobre o bem-estar e
a dignidade dos bichos.[37]

Cavalos das raças Quarto de Milha (foto) e Paint Horse são os preferidas para as corridas de
vaquejada, por serem consideradas de melhor desempenho.[38]

Debate
A vaquejada, o rodeio e expressões artístico-culturais similares ganharão o status de manifestações
da cultura nacional e serão elevadas à condição de patrimônio cultural imaterial do Brasil. É o que
estabelece a Lei 13.364/2016, sancionada sem vetos pela Presidência da República e publicada no
dia 30/11/2016 no Diário Oficial da União.

A nova lei tem origem no Projeto de Lei da Câmara (PLC)


24/2016, aprovado no Senado em 1º de novembro. A lei está
em vigor desde 01/12/2016.

Em outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia proibido


a vaquejada, ao derrubar, por 6 votos a 5, uma lei do Ceará que
regulamentava a prática. A maioria dos ministros argumentou
Protesto em Brasília contra a
que a prática causava maus-tratos aos animais.
proibição da vaquejada.
A decisão do STF passou a servir de referência para todo o país,
e o tema gerou grande debate no Congresso Nacional. Tramitam ainda no Senado outros dois
projetos (PLS 377/2016 e PLS 378/2016) que classificam a atividade como patrimônio cultural
brasileiro e uma proposta aprovada de emenda à Constituição (PEC 50/2016) que assegura a
continuidade da prática, se regulamentada em lei específica que assegure o bem-estar dos animais.

Movimentação na economia

De autoria do deputado José Augusto Rosa, do Partido da República de São Paulo, o PLC 24/2016
foi relatado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), com voto favorável à matéria. Em seu relatório,
Otto Alencar ressaltou a movimentação na economia local, pelo rodeio e a vaquejada, além do fato
de que são manifestações “já há muito cultivadas pela população de diversas regiões do País”.

Além do relator, defenderam e apoiaram em Plenário a aprovação da proposta os senadores José


Agripino (DEM-RN), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Sérgio Petecão (PSD-AC), Raimundo Lira
(PMDB-PB), Hélio José (PMDB-DF), Armando Monteiro (PTB-PE), Magno Malta (PR-ES), Lídice
da Mata (PSB-BA), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Deca (PSDB-PB), Edison Lobão (PMDB-
MA), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) entre outros.

O senador Roberto Muniz (PP - BA) ressaltou que existem ações de proteção ao animal e lembrou
que as práticas são tradições regionais:

- Há um desprezo do que é a cultura nordestina e, principalmente, do que é a cultura do interior do


nosso País. Desprezo que a população urbana tem sobre as práticas culturais da população rural –
ponderou.

Maus tratos a animais

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi uma das poucas a discursar contra a aprovação do
projeto. Ela sugeriu que a votação fosse adiada para que houvesse uma discussão mais
aprofundada, mas não obteve sucesso. Para Gleisi, os senadores estão indo contra decisão do STF
que considera a vaquejada inconstitucional por envolver maus tratos a animais.

Gleisi e os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Reguffe (sem partido-DF) e outros


registraram voto contrário ao projeto. O senador Humberto Costa (PT-PE), absteve-se de votar.

Manifestações similares

Além da vaquejada e do rodeio, a nova lei estabelece como patrimônio cultural imaterial do Brasil
atividades como as montarias, provas de laço, e apartação; bulldogging; provas de rédeas; provas
dos Três Tambores, Team Penning e Work Penning, paleteadas, e demais provas típicas, tais como
Queima do Alho e concurso do berrante, bem como apresentações folclóricas e de músicas de raiz.
Já são reconhecidas como patrimônio cultural imaterial do Brasil: Arte Kusiwa (pintura corporal e
arte gráfica Wajãpi), Cachoeira de Iauaretê (lugar sagrado dos povos indígenas dos Rios Uapés e
Papuri), Bumba Meu Boi do Maranhão, Fandango Caiçara, Feira de Caruaru, Festa do Divino
Espírito Santo de Pirenópolis (GO), Frevo, Samba, modo artesanal de fazer queijo de Minas nas
regiões do Serro e das serras da Canastra e do Salitre, ofício das Baianas de Acarajé, Ofício dos
Mestres de Capoeira, e o Tambor de Crioula do Maranhão.

Em virtude do crescimento da importância econômica da atividade e das críticas levantadas quanto


aos maus-tratos aos animais envolvidos, muitas têm sido as iniciativas de proibição,
regulamentação ou reconhecimento legal da atividade, em âmbitos municipais, estaduais e
federal.[39]

Legislação

Federal

A profissão de peão de vaquejada foi regulamentada no Brasil pela Lei nº 10.220, de 11 de abril de
2001,[40] que considera "atleta profissional o peão de rodeio... Entendem-se como provas de
rodeios as montarias em bovinos e equinos, as vaquejadas e provas de laço, promovidas por
entidades públicas ou privadas, além de outras atividades profissionais da modalidade organizadas
pelos atletas e entidades dessa prática esportiva".

Estaduais

Lei 6.265/2012 (Piauí)

A vaquejada foi regulamentada no Piauí pela lei


6.265/2012, de autoria do deputado Mauro Tapety
(PMDB) e sancionada em 27 de agosto e 2012 pelo
governador Wilson Martins.[41][42]

PL 255/2015 (Maranhão)

O projeto de autoria do deputado estadual Vinícius Louro


(PR) foi aprovado na assembleia legislativa e seguiu para
sanção ou veto do governador Flávio Dino (PCdoB).[43]
Vaqueiros na BR-343, no Piauí.
Lei 15.299/2013 (Ceará)

No dia 22 de novembro de 2012, o deputado estadual Welington Landim (PSB) apresentou um


projeto de lei na Assembleia Legislativa do Ceará que regulamentava a vaquejada como prática
desportiva e cultural no estado. À época, o autor do projeto alegou que o propósito era de fazer com
que as pistas tivessem as condições necessárias para que o gado e o vaqueiro sofressem menos no
esporte, que seria o mais popular da região Nordeste e representante da cultura regional. Seu filho,
o então prefeito da cidade de Brejo Santo, era proprietário de um haras e organizador da vaquejada
do Parque Zequinha Chicote.[44]

Aprovada em 20 de dezembro, a lei foi sancionada pelo governador em exercício Domingos Filho,
do PMDB, em 8 de janeiro de 2013. Porém, a lei aprovada em tempo recorde (passou por quatro
comissões e pelo plenário em menos de um mês) provocou a revolta de movimentos de defesa dos
direitos dos animais. Geuza Leitão, presidente da União Internacional Protetora dos Animais
(Uipa) no Ceará, alegou que os bois sofrem maus-tratos durante tais eventos, o que seria um
desrespeito ao artigo 225 da Constituição Brasileira, que proíbe práticas que submetam os animais
à crueldade.[45]

Após a aprovação da lei 15.299 do Ceará, a Procuradoria da República no Ceará (PR-CE),


representada por Alessander Sales, classificou-a como inconstitucional. Ainda em janeiro de 2013,
a PR-CE encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR) uma representação de ação direta
declaratória de inconstitucionalidade (Adin) para julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na representação a PR-CE concluiu que a vaquejada submete os animais nela envolvidos (touros,
novilhos e cavalos) a maus-tratos, violando assim o artigo 225 da Constituição Federal. Enquadrou
a prática em situação análoga à de duas precedentes: as rinhas de galo no Rio de Janeiro e a farra
do boi, ambas já reconhecidas anteriormente pelo próprio STF como práticas que envolvem maus-
tratos aos animais. Em 1997, no caso da farra do boi, a questão cultural também era levantada, e o
STF havia considerado que mesmo as manifestações culturais não podem se realizar com maus-
tratos a animais.[46][47] Em 31 de maio de 2013, a Adin 4.983 foi impetrada no STF, mas somente
em julho foi recebida pelo relator, o ministro Marco Aurélio Mello.[48] Em outubro de 2013, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao STF reforçando a posição da PR-
CE. Segundo o procurador, a prática é inconstitucional, ainda que realizada em contexto
cultural.[49]

No dia 6 de outubro de 2016, o STF decidiu, por 6 votos a 5, que a vaquejada fere os princípios
constitucionais de preservação do meio ambiente e, portanto, a lei estadual do Ceará que
considerava esta atividade uma manifestação cultural não poderia receber a proteção legal.
Votaram pela inconstitucionalidade da lei cearense os ministros Marco Aurélio Mello, relator do
caso, Roberto Barroso, Rosa Weber, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e a presidente Cármen
Lúcia. Para o relator, é "intolerável a conduta humana autorizada pela norma estadual
atacada".[50][6]

Lei 10.428/2015 (Paraíba)

Em janeiro de 2015, a Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou a lei 10.428, de autoria do


deputado Doda de Tião, do PTB, reconhecendo a vaquejada como modalidade esportiva no estado.
A aprovação gerou críticas de ativistas e organizações de defesa dos direitos dos animais, que
alegam que a atividade promove maus-tratos aos animais. À época, o presidente da Federação
Paraibana de Parques de Vaquejadas defendeu a lei, alegando a existência de um regulamento
técnico que define normas para garantir a integridade física dos animais, proibindo o uso de
objetos cortantes ou pontiagudos.[51] O autor da lei, o deputado Doda de Tião, do PTB, que é
fazendeiro e criador de cavalos,[52] argumentou que a vaquejada está inserida na cultura
nordestina e que, com o passar do tempo, se profissionalizou e se consolidou empregando pessoas
nas fazendas e haras, como médicos veterinários, motoristas, vaqueiros, músicos e vendedores
autônomos.[53]

Lei 13.200/2014 (Bahia)

No dia 10 de novembro de 2014, o deputado estadual Adolfo Viana (PSDB) protocolou o projeto de
lei 20.983/2014 na Assembleia Legislativa da Bahia, pretendendo a incorporação da vaquejada ao
patrimônio cultural imaterial do estado. O projeto foi encaminhado ao plenário no dia 19 de
novembro, com parecer favorável do deputado Mário Negromonte Júnior, aprovado em primeira e
segunda discussões na mesma data e seguiu para apreciação do governador Jaques Wagner (PT)
que o sancionou no dia 28 como lei 13.200/2014.[54][19]

Lei 13.454/2015 (Bahia)


Em novembro de 2015, o governador Rui Costa sancionou a lei estadual 13.454/2015, de autoria do
deputado estadual Eduardo Salles, que regulamentou a vaquejada como prática desportiva e
cultural na Bahia e instituiu medidas para combater os maus-tratos aos animais durante o evento,
tais como a presença obrigatória de veterinário e o banimento dos arreios, entre outras.[55]

PL 60/2015 (Alagoas)

Em setembro de 2015, a Assembleia Legislativa de Alagoas aprovou por unanimidade em primeira


discussão o projeto de lei 60/2015, de autoria do deputado Dudu Hollanda (PSD), que reconhece a
vaquejada como atividade esportiva no estado. A matéria aguarda ser apreciada em segunda
discussão antes de seguir para sanção ou veto do governador Renan Filho (PMDB),[56] que já
declarou apoio à causa.[57]

Municipais

4.381/2013 (Teresina)

A vaquejada foi regulamentada na capital do Piauí por meio da lei 4.381/2013, de autoria do
vereador Urbano Eulálio. O projeto sofreu veto do prefeito, mas a câmara municipal derrubou o
veto e a lei entrou em vigor em 2013. Em 2016, a vereadora Teresa Britto (PV) declarou intenção
de solicitar revogação da lei na câmara municipal, após constatar maus-tratos aos animais durante
vistoria a um evento realizado no Parque de Exposições Dirceu Arcoverde.[58]

Lei 10.186/2014 (Fortaleza)

Em junho de 2013, a vereadora Toinha Rocha do PSOL apresentou projeto de lei na Câmara de
Vereadores da capital cearense visando proibir a realização de vaquejadas e rodeios em Fortaleza,
bem como a divulgação e publicidade de eventos do gênero que ocorrerem em outras localidades.
O projeto proibia também quaisquer eventos que exponham animais a maus-tratos, crueldade ou
sacrifícios.[59] Aprovada em 2014 sob o número 10.186, a lei foi sancionada pelo prefeito Roberto
Cláudio (PROS) e publicada no Diário Oficial do município no dia 16 de maio daquele ano,
entrando em vigor 30 dias depois.[23]

Aparições na mídia
No dia 1 de maio de 2016, a vaquejada foi a sexta modalidade a ser apresentada na série Jogos do
Mundo, exibida pelo Esporte Espetacular.[60] Ao anunciar que esta modalidade seria exibida, o
programa recebeu uma série de críticas, que diziam que o programa estava promovendo a
crueldade contra animais.[61] Um abaixo-assinado na internet foi criado exigindo que o programa
não exibisse a matéria.[62]

Ver também
Motojada
Tourada
Vaquejada de Serrinha
Vaquejada e Forró
Copa do Mundo de Rodeio
Rodeio do Chile
Festa do Peão de Barretos
Festa do Peão de Boiadeiro
Vaca das Cordas
Tourada à corda
Festas de São Firmino
Chegas de Touros
Capeia arraiana
Corrida de touros
Cavalgada
Vaqueiro
Missa do Vaqueiro
Frascuelo
Direitos animais
Coice
Professional Bull Riders

Referências
1. Feitosa 1988, pp. 81.
2. Zampieri, Mariana Bedesco (15 de dezembro de 2020). Rodeios e Vaquejadas: Tudo Aquilo
Que De Fato Você Precisa Saber (https://books.google.com/books?id=PfkOEAAAQBAJ&newb
ks=0&printsec=frontcover&pg=PT13&dq=vaquejada+mexico&hl=en). [S.l.]: Mariana Bedesco
Zampieri
3. Blog da Folha (9 de julho de 2019). «Vaquejada é regulamentada como esporte» (https://folhap
e.com.br/politica/politica/camara-federal/2019/07/09/BLG,11337,7,771,POLITICA,2419-VAQUE
JADA-REGULAMENTADA-COMO-ESPORTE.aspx). Folha Pernambucana. Consultado em 10
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Ligações externas
Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ) (http://www.abvaq.com.br/)
«Regras da vaquejada» (http://www.vaquejadas.com/regras/)
«Argumentos da defesa animal contra a realização das vaquejadas» (http://www.alpa.org.br/ar
tigovaquejada.htm)
«Vaquejadas: manifestações das culturas populares ou crime de crueldade e maus-tratos
contra os animais? SILVA, Thomas de Carvalho» (https://jus.com.br/artigos/10659/a-pratica-da
-vaquejada-a-luz-da-constituicao-federal-de-1988)

Henrique, Teófilo. «Proibição da vaquejada não deve afetar principal festa na BA» (http://atard
e.uol.com.br/bahia/noticias/1807167-proibicao-da-vaquejada-nao-deve-afetar-principal-festa-n
a-ba). A TARDE

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