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Economistas Clássicos

• Adam Smith (1723 - 1790) escreveu “A Riqueza das Nações” em 1776.

• Criou os conceitos de “mão invisível” e “divisão do trabalho”, presentes até hoje


no debate econômico.

• Para Smith pode-se dizer que a verdadeira riqueza de uma nação somente pode
ser alcançada mediante o trabalho, e essa fonte somente pode ser elevada com:

• O aumento da produtividade;
• A extensão de sua especialização;
• A acumulação do produto sob a forma de capital
Escola Clássica = referencial econômico e social dessa escola se dava
com base nos princípios do liberalismo e do individualismo.

Smith – “Mão Invisível”

• A ideia da existência de uma “mão invisível” sustenta que num


mercado livre em que cada agente econômico atua com vistas apenas
à prossecução dos seus próprios objetivos, é atingida uma situação
eficiente que beneficia a todos os demais agentes. O mecanismo de
mercado funciona assim como uma "mão invisível" que conduz os
agentes econômicos para uma situação ótima do ponto de vista da
eficiência.
David Ricardo (1772 - 1823)

• Escreveu “Princípios de Economia Política e Tributação”;

• Apresentou a teoria das vantagens comparativas;


• Dadas as dificuldades para a mobilidade internacional dos capitais, um país
pode obter ganhos nas relações de comércio internacional mesmo que,
potencialmente, seja mais eficiente, em termos absolutos, do que outro país
na produção dos bens comercializados.

• Comparação dos custos de oportunidade na produção.


Robert Malthus (1766 - 1834)

• Deu destaque ao crescimento populacional;

• “A população tinha tendência a crescer de forma geométrica,


os alimentos cresciam de forma aritmética”.
• Embora atraente, é óbvio que, nos de dias de hoje, temos certa dificuldade
em pensar assim, devido às transformações tecnológicas ocorridas na
agricultura e ao sucesso dos métodos de controle de natalidade.

• “Catastrofista”.
Karl Marx (1818 - 1883)

• Escreveu “O Capital”, em que faz um estudo sobre o capitalismo;

• O colapso do capitalismo seria inevitável;

• O socialismo seria um sistema econômico mais justo.


Crítica Moral ao Capitalismo

Segundo Marx, o capitalismo difere dos outros sistemas econômicos


por dois fatores essenciais:
1. A separação do produtor dos meios de produção, dando origem a
uma classe de proprietários e uma classe de trabalhadores;
2. A infiltração do mercado, ou do nexo monetário, em todas as
relações humanas, tanto na esfera da produção quanto na esfera da
distribuição. Como todos os socialistas que o antecederam, Marx
deplorava as profundas disparidades de riqueza e pobreza
engendradas por essa relação de classes.
A Teoria do Valor-trabalho e da Mais-valia

• Valor: baseia-se no tempo de trabalho, na quantidade e qualidade do


trabalho que foi requerido na sua elaboração.

• Trabalho: o homem é um ser ativo e produtivo. O trabalho é uma mercadoria


especial para o capitalismo, que ao invés de se desvalorizar, gera riqueza.

• Mais-valia: é a diferença entre o que o trabalho do trabalhador gera em


valor e o salário que o capitalista paga por ele.
Mais valia relativa e absoluta:

No processo de extração de mais valia, os capitalistas utilizam duas


estratégias. Quais são elas?

• Mais Valia Relativa: Caracteriza-se pela introdução de novas


tecnologias, visando o aumento da produção, mantendo o mesmo
número de trabalhadores, assim aumentam a produtividade do
trabalho e conservam a mesmo salário.

• Mais Valia Absoluta: Caracteriza-se pelo aumento de horas


trabalhadas e a contratação de novos funcionários.
Mais Valia, exemplo:

A teoria marxista da mais-valia pode ser compreendida da seguinte forma:


suponhamos que um funcionário leve 2 horas para fabricar um par de calçados.
Nesse período ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Mas, ele
permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de calçados e
recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Em uma jornada de 8
horas, por exemplo, são produzidos 4 pares de calçados. O custo de cada par
continua o mesmo, assim também como o salário do proletário. Com isso,
conclui-se que ele trabalha 6 horas de graça, reduzindo o custo do produto e
aumentando os lucros do patrão. Esse valor a mais (mais-valia) é apropriado
pelo capitalista e constitui o que Karl Marx chama de "Mais-Valia Absoluta".
Além do operário permanecer mais tempo na fábrica o patrão pode aumentar a
produtividade com a aplicação de tecnologia. Dessa forma, o funcionário produz
ainda mais. Porém o seu salário não aumenta na mesma proporção. Surge
assim, a "Mais-Valia Relativa". Com esse conceito Marx define a exploração
capitalista.
• Exercício:

Em uma determinada indústria têxtil, um trabalhador precisa de 4 horas


por dia para produzir bens no valor do seu salário mensal. Assim,
partindo do princípio que a jornada diária de trabalho tem 8 horas, em
um mês com 22 dias de trabalho, o trabalhador precisa apenas de 11 dias
para produzir o valor equivalente ao seu salário. Apesar disso, ele não
pode trabalhar apenas 11 dias por mês ou 4 horas por dia, e deve
continuar produzindo.
Neste caso, é possível apontar a existência da Mais valia?
Lei de Say

• "a oferta cria sua própria demanda” (Jean-Baptiste Say)


• Pela teoria de Say, não existem as chamadas crises de "superprodução geral",
uma vez que tudo o que é produzido pode ser consumido já que a demanda
de um bem é determinada pela oferta de outros bens, de forma que a oferta
agregada é sempre igual a demanda agregada. Say aceitava ser possível que
certos setores da economia tivessem relativa superprodução em relação aos
outros setores, que sofressem de relativa subprodução. Também segundo a
lei não existiria o entesouramento pois o dinheiro não gasto por um produtor
(poupança) seria repassado a outros através de empréstimo.
John Maynard Keynes

• A crise de 1930 e a Grande Depressão coloca em xeque os axiomas da


teoria clássica, segundo a qual o desemprego seria um fenômeno
voluntário (“espírito animal” dos empresários)

• Ganham vulto as ideias que viam o problema da Depressão como


insuficiência de demanda agregada.

• A principal contribuição foi a obra de John Maynard Keynes, A Teoria


Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936), em que o autor
desenvolve o chamado Princípio da Demanda Efetiva
Principais características do Keynesianismo

• Defesa da intervenção estatal na economia, principalmente em áreas onde a


iniciativa privada não tem capacidade ou não deseja atuar.
• Defesa de ações políticas voltadas para o protecionismo econômico.
• Contra o liberalismo econômico.
• Defesa de medidas econômicas estatais que visem à garantia do pleno
emprego. O pleno emprego não seria alcançado pela “mão invisível” e sim
pela intervenção do governo.
• O Estado tem um papel fundamental de estimular as economias em
momentos de crise e recessão econômica.
• A intervenção do Estado deve ser feita através do cumprimento de uma
política fiscal para que não haja crescimento e descontrole da inflação.
• Atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais
que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação
do salário-mínimo, do salário-desemprego, da redução da jornada de
trabalho e assistência médica gratuita.

• O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de Bem-


Estar Social"
• Welfare State

• Baseado na ineficiência do sistema capitalista em empregar todos que


querem trabalhar, Keynes fundamenta sua defesa à intervenção do
Estado na economia.
O keynesianismo na atualidade

• A doutrina econômica keynesiana enfraqueceu muito nas últimas


décadas em função do avanço do neoliberalismo. O processo de
globalização econômica mundial impôs, de certa forma, aos países a
adoção de medidas voltadas para a abertura da economia e pouca
interferência estatal. A maioria dos países do mundo segue o
neoliberalismo, com suas especificidades, como forma de se
manterem ativos neste mundo voltado para a globalização e para a
economia de livre mercado.
Neoliberalismo

• Neoliberalismo = Releitura do Liberalismo Clássico


• Ganha força durante o ‘Consenso de Washington’
• Escola Austríaca de Economia ou Escola de Viena.

Características (Princípios básicos) do Neoliberalismo:


• mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
• pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
• política de privatização de empresas estatais;
• livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
• adoção de medidas contra o protecionismo econômico;

• desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas


para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;

• contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado,


ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;

• a base da economia deve ser formada por empresas privadas;


Críticas ao neoliberalismo
• Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as
grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países
pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem
com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são
apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários,
aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.

Pontos positivos
• Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de
proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país.
Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva,
proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre
concorrência, faz os preços e a inflação caírem.
Exemplos de governos que adotaram políticas econômicas neoliberais nos últimos
anos:

• No Brasil: Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso


(1995 - 2003)
• No Chile: Eduardo Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle
Bachelet (2006 - 2010)
• Nos Estados Unidos: Ronald Reagan (1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e
George W. Bush (2001- 2009)
• No México: Vicente Fox Quesada (2000 - 2006)
• No Reino Unido: Margaret Thatcher (1979 - 1990)

Principais teóricos do Neoliberalismo:

- Friedrich Hayek (Escola Austríaca)


- Leopold von Wiese
- Ludwig von Mises
- Milton Friedman (Escola Monetarista, Escola de Chicago)

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