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ARTE
Governador do Estado do Amazonas
Omar Aziz
Secretária-Executiva
Sirlei Alves Ferreira Henrique
Secretária-Adjunta da Capital
Ana Maria da Silva Falcão
Secretária-Adjunta do Interior
Magaly Portela Régis
Secretaria de Estado de
Educação e Qualidade do Ensino
Copyright © SEDUC – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012
Editor
Isaac Maciel
Coordenação editorial
Tenório Telles
Diagramação
Bruno Raphael
Revisão
Núcleo de Editoração Valer
Normalização
Ycaro Verçosa
64 p.
ISBN 978-85-87707-40-6
CDD 372.89
22 Ed.
2012
Carta ao Professor 9
Introdução 13
Considerações Finais 59
Referências 61
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Omar Aziz
Governador do
Estado do Amazonas
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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Carta ao professor
Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
Cecília Meireles
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
10 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
cesso, novas respostas, novas atitudes e no- de e atenção com a formação educacional dos
vos procedimentos de ensino. Dessa forma, nossos educandos.
com compromisso, entusiasmo e consciência
de nosso papel como educadores, ajudare- Temos consciência do desafio que temos
mos a construir uma nova realidade educacio- pela frente e entendemos que este é o primeiro
nal em nosso Estado, fundada na certeza de passo de uma longa jornada, que dependerá da
que o conhecimento liberta, enriquece a vida participação construtiva, não só dos professo-
dos indivíduos e contribui para a construção res, corpo técnico e educandos, mas também
de uma consciência cidadã. dos pais, agentes públicos e da sociedade.
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DO ENSINO MÉDIO
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PROPOSTA CURRICULAR DE
ARTE PARA O ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
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INTRODUÇÃO
A Proposta que chega ao Ensino Médio sur- LDB (Lei nº 9.394/96), que requer um homem
giu das necessidades que se verificam não só cidadão, com capacidades para seguir os es-
no campo educacional, mas também nas de- tudos em um Nível Superior ou que seja capaz
mais áreas do saber e dos segmentos sociais. de inserir-se, com capacidades concretas, no
Dito por outras palavras, a vertiginosidade com mundo do trabalho.
que as mudanças ocorrem, inclusive situando- Mas para que esse homem-cidadão possa
-nos em um novo tempo, cognominado pelos ter o arcabouço teórico exigido, ele precisa
filósofos como pós-modernidade, é o que nos conhecer o seu entorno, ou seja, ele precisa
obriga a repensar os atuais paradigmas e a ins- ser e estar no mundo, daí, então, que ele par-
taurar-se, como se faz necessário, novos. tirá para a construção da sua identidade, da
A mudança, na qual somos agentes e pa- sua região, do seu local de origem. Somente
cientes, não só desestabiliza a permanência após a sua inserção na realidade, com suas
do homem no mundo como também requer emoções, afetos e sentimentos outros, é que
novas bases, o que implica novos exercícios ele poderá compreender o seu entorno em
do pensamento. Considerando que é na Esco- uma projeção, compreendendo as suas des-
la, desde a educação infantil, que também se continuidades mais ampliadas, ou seja: so-
estabelecem os princípios e valores que nor- mente assim ele poderá ser e estar no mundo.
tearão toda a vida, é a ela que, incisivamente, As situações referidas são as norteadoras
as novas preocupações se dirigem. desta Proposta, por isso ela reclama a Inter-
É nesse contexto que esta Proposta se ins- disciplinaridade, a Localização do sujeito no
creve. É em meio a essas inquietantes angús- seu mundo, a Formação, no que for possível,
tias e no encontro com inúmeros caminhos, os integral do indivíduo e a Construção da cida-
quais não possuem inscrições, afirmando ou dania. É, portanto, no contexto do novo, do
não o nível de segurança, que ela busca insti- necessário que ela se organizou, que ela mo-
tuir alguma estabilidade e, ainda, a certeza de bilizou a atenção e a preocupação de todos os
que o saber perdurará, de que o homem conti- que, nela, se envolveram.
nuará a produzir outros/novos conhecimentos. Para finalizar, é opinião comum dos cida-
As palavras acima se sustentam na ideia de dãos, que pensam sobre a realidade e fazem
que a Escola ultrapassa a Educação e a Instru- a sua leitura ou interpretação, que o momen-
ção, projetando-se para o campo da garantia, to é de transição. Essa afirmação é plena de
da permanência, da continuidade do conheci- significados e de exigências, inclusive corre-se
mento do homem e do mundo. o risco maior de não se compreender o que
Os caminhos indicadores para a redefini- é essencial. É assim que o passado se funde
ção das funções da Escola seguem, a nosso com o presente, o antigo se funde com o novo,
ver, a direção que é sugerida. É por isso que criando uma dialética essencial à progessão
a Escola e o produto por ela gerado – o Co- da História. A Proposta Curricular do Ensino
nhecimento – instituem um saber fundado Médio, de 2011, resguarda esse movimento e
em Competências e Habilidades, seguindo a o aceita como uma necessidade histórica.
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A educação brasileira, nos últimos anos, Ensino Médio desenvolveu ações educacio-
perpassa por transformações educacionais nais para fundamentar as discussões acerca
decorrentes das novas exigências sociais, do currículo vigente.
culturais, políticas e econômicas vigentes no Os professores da Rede Estadual de Ensino
país, resultantes do processo de globalização. Médio receberam orientações, por meio de
Considerando esta nova reconfiguração mun- palestras e de uma jornada pedagógica, que
dial e visando realizar a função formadora da proporcionaram aos professores reflexões so-
escola de explicar, justificar e de transformar bre: O fazer pedagógico, sobre os fundamen-
a realidade, a educação busca oferecer ao tos norteadores do currículo e principalmente
educando maior autonomia intelectual, uma sobre o que se deve ensinar. E o que os edu-
ampliação de conhecimento e de acesso a in- candos precisam apreender para aprender?
formações numa perspectiva integradora do Os trabalhos desenvolvidos tiveram, como
educando com o meio. subsídios, os documentos existentes na Secre-
No contexto educacional de mudanças re- taria de Educação, norteados pela Proposta
lativas à educação como um todo e ao Ensino Curricular do Ensino Médio/2005, pelos PCN,
Médio especificamente a reorganização curri- pelos PCN+ e pelos referenciais nacionais. As
cular, dessa etapa do ensino, faz-se necessária discussões versaram sobre os Componentes
em prol de oferecer novos procedimentos que Curriculares constantes na Matriz Curricular
promovam uma aprendizagem significativa e do Ensino Médio, bem como sobre as refle-
que estimulem a permanência do educando xões acerca da prática pedagógica e do papel
na escola, assegurando a redução da evasão intencional do planejamento e da execução
escolar, da distorção idade/série, como tam- das ações educativas.
bém a degradação social desse cidadão. Os resultados colhidos nessas discussões
A ação política educacional de Reestrutu- estimularam a equipe a elaborar uma versão
ração da Proposta Curricular do Ensino Médio atualizada e ampliada da Proposta Curricular
foi consubstanciada nos enfoques educacio- do Ensino Médio, contemplando em um só
nais que articulam o cenário mundial, bra- documento as orientações que servirão como
sileiro e local, no intuito de refletir sobre os referência para as ações educativas dos profis-
diversos caminhos curriculares percorridos na sionais das quatro Áreas do Conhecimento.
formação do educando da Rede Estadual de Foi a partir dessa premissa que se perce-
Ensino Médio. beu a necessidade de refletir acerca do Currí-
Dessa forma, a fim de assegurar a cons- culo, da organização curricular, dos espaços e
trução democrática e a participação dos pro- dos tempos para que, dessa maneira, fossem
fessores da Rede Estadual de Ensino Médio, privilegiados, como destaques:
na Reestruturação do Currículo, a Gerência de
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16 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
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Para que se chegasse a essa fundamen- gerais, e colegial, com duração de três anos,
tação pedagógica, filosófica, sociológica da que oferecia os cursos Clássico e Científico.
educação, foram concebidas e aperfeiçoadas O cenário político brasileiro de 1964,
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Na- que culminou no golpe de Estado, determi-
cional. No contexto legislativo-educacional, nou novas orientações para a política edu-
destacam-se as Leis nº 4.024/61, 5.692/71 e cacional do país. Foram estabelecidos novos
9.394/96 que instituíram bases legais para a acordos entre o Brasil e os Estados Unidos da
educação brasileira como normas estrutura- América, dentre eles o MEC-Usaid. Constava,
doras da Educação Nacional. no referido acordo, que o Brasil receberia re-
Todavia, o quadro da educação brasileira cursos para implantar uma nova reforma que
nem sempre esteve consolidado, pois antes atendesse aos interesses políticos mundiais,
da formulação e da homologação das Leis objetivando vincular o sistema educacional
de Diretrizes e Bases, a educação não era o ao modelo econômico imposto pela política
foco das políticas públicas nacionais, visto norte-americana para a América Latina (ARA-
que não constava como uma das principais NHA, 2010). É no contexto de mudanças sig-
incumbências do Estado garantir escola pú- nificativas para o país, ocasionadas pela nova
blica aos cidadãos. conjuntura política mundial, que é promulga-
O acesso ao conhecimento sistemático, da a nova LDB nº 5.692/71. Essa Lei é gerada
oferecido em instituições educacionais, era no contexto de um regime totalitário, portan-
privilégio daqueles que podiam ingressar em to contrário às aspirações democráticas emer-
escolas particulares, tradicionalmente reli- gentes naquele período.
giosas de linha católica que, buscando seus Nas premissas dessa Lei, o ensino profis-
interesses, defendiam o conservadorismo sionalizante do 2.o grau torna-se obrigatório.
educacional, criticando a ideia do Estado em Dessa forma, ele é tecnicista, baseado no
estabelecer um ensino laico. modelo empresarial, o que leva a educação a
Somente com a Constituição de 1946, o adequar-se às exigências da sociedade indus-
Estado voltou a ser agente principal da ação trial e tecnológica. Foi assim que o Brasil se in-
educativa. A lei orgânica da Educação Primá- seriu no sistema do capitalismo internacional,
ria, do referido ano, legitimou a obrigação do ganhando, em contrapartida, a abertura para
Estado com a educação (Barbosa, 2008). Em o seu crescimento econômico. A implantação
meio a esse processo, e após inúmeras reivin- generalizada da habilitação profissional trou-
dicações dos pioneiros da Educação Nova e xe, entre seus efeitos, sobretudo para o ensino
dos intensos debates que tiveram como pano público, a perda da identidade que o 2.o grau
de fundo o anteprojeto da Lei de Diretrizes passará a ter, seja propedêutica para o Ensino
e Bases, é homologada a primeira LDB, nº Superior, seja a de terminalidade profissional
4.024/61, que levou treze anos para se con- (Parecer CEB 5/2011). A obrigatoriedade do
solidar, entrando em vigor já ultrapassada e ensino profissionalizante tornou-se faculta-
mantendo em sua estrutura a educação de tiva com a Lei nº 7.044/82 que modificou os
grau médio: ginasial, com duração de quatro dispositivos que tratam do referido ensino, no
anos, destinada a fundamentos educacionais 2.o grau.
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18 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Pode-se dizer que o avanço educacional do rização dos Profissionais da Educação – Fun-
país estabeleceu-se com a Lei de Diretrizes e deb, que oferece subsídios a todos os níveis
Bases da Educação nº 9.394/96, que alterou da educação, inclusive ao Ensino Médio.
a estrutura do sistema educacional brasileiro Na atual Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
quando no Titulo II – Dos Princípios e Fins da cação, o Ensino Médio tem por finalidade pre-
Educação Nacional – Art. 2.o, declara: A edu- parar o educando para a continuidade dos es-
cação, dever da família e do Estado, inspira- tudos, para o trabalho e para o exercício da ci-
da nos princípios de liberdade e nos ideais de dadania, primando por uma educação escolar
solidariedade humana, tem por finalidade o fundamentada na ética e nos valores de liber-
pleno desenvolvimento do educando, seu pre- dade, justiça social, pluralidade, solidariedade
paro para o exercício da cidadania e sua qua- e sustentabilidade. As prerrogativas da Lei su-
lificação para o trabalho. pracitada acompanham as grandes mudanças
Essa Lei confere legalidade à condição do sociais, sendo, dessa forma, exigido da escola
Ensino Médio como parte integrante da Edu- uma postura educacional responsável, capaz
cação Básica, descrevendo, no artigo 35, os de forjar homens, não somente preparados
princípios norteadores desse nível de ensino: para integrar-se socialmente, como também
de promover o bem comum, concretizando a
O Ensino Médio, etapa final da educação afirmação do homem-cidadão.
básica, com duração mínima de três anos, Norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases
terá como finalidades: I – a consolidação e da Educação, apresentam-se as Diretrizes
o aprofundamento dos conhecimentos ad- Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
quiridos no Ensino Fundamental, possibili- (Parecer CEB 5/2011), que tem como pres-
tando o prosseguimento de estudos; II – a supostos e fundamentos: Trabalho, Ciência,
preparação básica para o trabalho e a cida- Tecnologia e Cultura.
dania do educando, para continuar apren- Quando se pensa em uma definição para
dendo, de modo a ser capaz de se adaptar o conceito Trabalho, não se pode deixar de
com flexibilidade a novas condições de ocu- abordar a sua condição ontológica, pois essa é
pação ou aperfeiçoamento posteriores; III – condição imprescindível para a humanização
o aprimoramento do educando como pes- do homem. É por meio dele que se instaura o
soa humana, incluindo a formação ética e o processo cultural, ou seja, é no momento em
desenvolvimento da autonomia intelectual que o homem age sobre a natureza, transfor-
e do pensamento crítico; IV – a compreen- mando-a, que ele se constitui como um ser
são dos fundamentos científico-tecnológi- cultural. Portanto, o Trabalho não pode ser
cos dos processos produtivos, relacionando desvinculado da Cultura, pois estes se com-
a teoria com a prática, no ensino de cada portam como faces da mesma moeda. Sinte-
disciplina. tizando, pode-se dizer que o homem produz
sua realidade, apropria-se dela e a transfor
Com a incorporação do Ensino Médio à ma, somente porque o Trabalho é uma con-
Educação Básica, entra em vigor, a partir do dição humana/ontológica e a Cultura é o re-
ano de 2007, o Fundo de Manutenção e De- sultado da ação que possibilita ao homem ser
senvolvimento da Educação Básica e de Valo- homem.
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partindo do contexto social, o Currículo se faz teoria única, mas um conjunto de teorias e
presente em formas de organização da socie- saberes, ou seja, o Currículo, desatrelado do
dade. Dessa forma, podemos compreendê-lo aspecto de simples listagem de conteúdos,
como produto de um processo de conflitos passa a ser um processo constituído por um
culturais dos diferentes grupos de professores encontro cultural, de saberes, de conheci-
que o elaboram (LOPES, 2006). Lopes com- mentos escolares na prática da sala de aula,
preende, ainda, que é necessário conhecer local de interação professor e educando.
as várias formas de conceituação de Currículo Nesse sentido, cabe àqueles que condu-
que são elaboradas para nortear o trabalho zem os destinos do país, e, especificamente,
dos professores em sala de aula. Para Lopes aos que gerem os destinos da Educação no
(idem), o Currículo é elaborado em cada esco- Amazonas encontrar o melhor caminho para
la, com a presença intelectual, cultural, emo- o norteamento do que é necessário, conside-
cional, social e a memória de seus participan- rando a realidade local, a realidade regional
tes. É na cotidianidade, formada por múltiplas e a nacional. E, ainda, sem deixar de conside-
redes de subjetividade, que cada um de nós rar os professores, os gestores, os educandos,
forja nossas histórias de educandos e de pro- os pais e a comunidade em geral. Não basta,
fessores. apenas, a fundamentação teórica bem alicer-
Considerando a complexidade da história çada, mas o seu entendimento e a sua aplica-
do Currículo, não é possível conceber uma ção à realidade.
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PROPOSTA CURRICULAR
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PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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ser; e nas Diretrizes Curriculares Nacionais – • Localizar, acessar e usar melhor a infor-
Parâmetros Curriculares Nacionais. Todos es- mação acumulada;
ses documentos enfatizam a necessidade de • Planejar, trabalhar e decidir em grupo.
centrar o ensino e a aprendizagem no desen-
volvimento de Competências e de Habilidades Concebe-se que uma pessoa é competen-
por parte do educando, em lugar de centrá-lo, te quando tem os recursos para realizar bem
apenas, no conteúdo conceitual. uma determinada tarefa, ou seja, para resol-
Como se pode comprovar, tanto o Ensino ver uma situação complexa. O sujeito está ca-
Fundamental quanto o Ensino Médio têm tra- pacitado para tal quando tem disponíveis os
dição conteudista. Na hora de falar de Com- recursos necessários para serem mobilizados,
petência mais ampla, carrega-se no conteúdo. com vistas a resolver os desafios na hora em
Não estamos conseguindo separar a ideia de que eles se apresentam. Nesse sentido, educar
Competência da ideia de Conteúdos, porque a para Competências é, então, ajudar o sujeito
escola traz para os educandos respostas para a adquirir as condições e/ou recursos que de-
perguntas que eles não fizeram: o resultado é verão ser mobilizados para resolver situações
o desinteresse. As perguntas são mais impor- complexas. Assim, educar alguém para ser um
tantes do que as respostas, por isso o enfo- pianista competente é criar as condições para
que das Diretrizes/Parâmetros nos conteúdos que ele adquira os conhecimentos, as habili-
conceituais, atitudinais e procedimentais, o dades, as linguagens, os valores culturais e os
que converge para a efetivação dos pilares da emocionais relacionados à atividade específica
Educação para o século XXI. Todavia, é hora de tocar piano muito bem (MORETTO, 2002).
de fazer e de construir perspectivas novas. As- Os termos Competências e Habilidades,
sim, todos nós somos chamados a refletir e a por vezes, se confundem; porém fica mais fá-
entender o que é um ensino que tem como cil compreendê-los se a Competência for vista
uma das suas bases as Competências e Habi- como constituída de várias Habilidades. Mas
lidades. uma Habilidade não “pertence” a determina-
O Ministério da Educação determina as da Competência, uma vez que a mesma Ha-
competências essenciais a serem desenvolvi- bilidade pode contribuir para Competências
das pelos educandos do Ensino Fundamental diferentes. É a prática de certas Habilidades
e Médio: que forma a Competência. A Competência é
algo construído e pressupõe a ação intencio-
• Dominar leitura/escrita e outras lingua- nal do professor.
gens; Para finalizar, convém dizer que esta Pro-
• Fazer cálculos e resolver problemas; posta caminha lado a lado com as necessida-
• Analisar, sintetizar e interpretar dados, des educacionais/sociais/econômicas/filosófi-
fatos, situações; cas e políticas do país, que não deixam de ser
• Compreender o seu entorno social e as do mundo global. Assim sendo, é interesse
atuar sobre ele; dos educadores preparar a juventude amazo-
• Receber criticamente os meios de co- nense para enfrentar os desafios que se apre-
municação; sentam no século XXI, daí ao conhecimento
fundado em Competências e Habilidades.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
28 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
rando sua complexidade. Por isso, a Física, Para o Ensino Médio do Estado do Amazo-
por exemplo, pode ser expressa em forma de nas, pensou-se em organizar os Componentes
poema, e a Biologia, que trata da vida dos se- Curriculares fundamentados nas diretrizes nor-
res, pode ser expressa em forma de música. teadoras desse nível de ensino, sem desconsi-
Somente assim o homem poderá falar de um derar as questões de cunho filosófico, psicoló-
homem mais humano, em uma perspectiva gico, por exemplo, que as mesmas implicam,
total, integradora. expressas pelo Ministério da Educação, consi-
Em Ciências Humanas e suas Tecnologias, derando a autonomia das instituições escola-
em que se encontra também a Filosofia, con- res e a aprendizagem dos educandos de modo
templam-se consciências críticas e criativas, efetivo. Os conteúdos apresentam-se por meio
com condições de responder de modo ade- de temas, os quais comportam uma bagagem
quado a problemas atuais e a situações novas, de assuntos a serem trabalhados pelos profes-
destacando-se a extensão da cidadania, o uso sores, conforme as especificidades necessárias
e a produção histórica dos direitos e deveres para cada nível de ensino. As Competências e
do cidadão e, ainda, considerando o outro em Habilidades expressam o trabalho a ser pro-
cada decisão e atitude. O importante é que o posto pelo professor quanto ao que é funda-
educando compreenda a sociedade em que mental para a promoção de um educando mais
vive, como construção humana, entendida preparado para atuar na sociedade. E os pro-
como um processo contínuo. Não poderia dei- cedimentos metodológicos, como sugestões,
xar de ser mais problemática a área de Ciên- auxiliam o professor nas atividades a serem
cias Humanas, pois ela trata do homem. Ten- experienciadas pelos educandos, ressaltando-
do o homem como seu objeto, ela traz para -se que se trata de um encaminhamento que
si muitos problemas, pois pergunta-se: Quem norteará a elaboração de um Planejamento
é o homem? Quem é este ser tão complexo Estratégico Escolar.
e enigmático? Estas são questões propostas Ressalta-se, também, que foram acrescen-
pela própria Área de Conhecimento de Ciên- tadas alternativas metodológicas para o ensi-
cias Humanas. Todavia, ela existe porque o ho- no dos Componentes Curriculares constantes
mem existe e é por isso que ela exige a forma- do Ensino Médio, no intuito de concretizar
ção e a atenção de profissionais competentes. esta Proposta, além de propiciar ao profes-
Considerando-se toda a problemática que a sor ferramentas com as quais poderá contar
envolve é que a atenção sobre a mesma é re- como um recurso a mais no encaminhamento
dobrada e que os cuidados são mais exigidos. de seu trabalho em sala de aula.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
1
O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO
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PROPOSTA CURRICULAR
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PROPOSTA CURRICULAR
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PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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ciplinas que a compõem, a convergência das culturas, de diferentes épocas e locais – in-
competências gerais dá-se no eixo Represen- cluindo sempre a contemporaneidade, a
tação e Comunicação. Isso não quer dizer que arte brasileira, e apresentando, de forma
os eixos Investigação e Compreensão da área sistemática, produções artísticas de quali-
de Ciências da Natureza, Matemática e suas dade de cada um desses contextos.
Tecnologias e o eixo Contextualização Socio-
cultural, da área de Ciências Humanas e suas As Orientações Curriculares Nacionais
Tecnologias, não se comuniquem. (2006) apresentam ao professor de Arte:
O que se espera é que de forma interdis-
ciplinar haja interação de conteúdos, Compe- ...um conjunto geral de conteúdos, visando
tências e Habilidades, a fim de que se possa atender às diversas modalidades artísticas
alcançar o objetivo maior de formar o edu- – artes visuais, audiovisuais, dança, músi-
cando para o trabalho, para o exercício pleno ca, teatro. Fizemos a seleção com base nos
da cidadania, para o reconhecimento de sua critérios expostos, considerando a continui-
identidade cultural e para a crítica social. dade e aprofundamento dos conhecimen-
Esta proposta curricular, portanto, pautou- tos desenvolvidos no ensino fundamental,
a -se no trabalho de seleção e de organização e sua organização procura possibilitar a
de conteúdos constantes nas premissas apre- articulação de três instâncias: o fazer artís-
e sentadas nos PCNEM. Seguem-se os objetivos tico; a apreciação da arte; a reflexão sobre
que norteiam os conteúdos: o valor da arte na sociedade e na vida dos
ecer
indivíduos. Essa articulação deve incluir
• favoreçam o desenvolvimento e o exercício tanto o ponto de vista do aprendiz quanto
das Competências da área e a possibilidade a compreensão dessas instâncias no estudo
de continuar aprendendo mesmo depois e no desfrute da arte nas práticas sociais.
de completada a escolaridade básica;
• possam colaborar na produção de traba- Indiscutivelmente, firma-se, nas Orienta-
lhos de arte pelos estudantes, aproximan- ções Curriculares, o compromisso do profes-
do-os dos modos de produção e apreciação sor de arte em articular as três instâncias de
artística de distintas culturas e épocas e conteúdos no processo de escolha das Com-
familiarizando-os com esses modos;
• favoreçam a compreensão da produção so-
cial e histórica da arte, identificando o pro- Na reflexão sobre o valor da arte na
dutor e o receptor de produtos artísticos sociedade e na vida dos indivíduos,
como partícipes de ações socioculturais; ele constrói junto com o educando
• possibilitem aos alunos a produção e a todas as possibilidades possíveis de
apreciação de trabalhos de arte, reconhe- conhecer, de representar e de ter uma
cendo-se como protagonistas sensíveis,
visão crítica do mundo, aumentando a
críticos, reflexivos e imaginativos nessas
ações;
bagagem cultural, tanto do educando
• representem e valorizem as manifestações quanto do professor.
artísticas e estéticas de distintos povos e
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
34 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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1ª Série
Objetivos específicos:
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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Eixo Temático: A Arte e o Homem: expressão e comunicação
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Compreender a arte como • Reconhecer diferentes funções da A concepção de arte • Realizando leitura e discussão, em grupo,
saber cultural e estético, arte, do trabalho da produção dos • A arte como linguagem apresentando de forma escrita o conceito de arte;
gerador de significação e artistas em seus meios culturais; • Refletindo sobre os processos que envolvem a
integrador da organização • Arte como expressão simbólica
• Distinguir a linguagem artística de percepção da beleza nas artes visuais;
do mundo e da própria outras formas de comunicação; • Arte e experiência estética
• Realizando leitura textual e apreciando obra de
DO ENSINO MÉDIO
identidade; • A arte como forma de
• Reconhecer a representação arte;
• Entender a relação entre da realidade no processo de conhecimento
PROPOSTA CURRICULAR
• Confeccionando objetos de arte nas diversas
arte, comunicação, construção do objeto artístico; • Arte, cultura e sociedade linguagens artísticas, buscando representar a
estética, conhecimento
• Relacionar as experiências • As principais linguagens artísticas identidade cultural;
e cultura, reconhecendo
artísticas e estéticas, analisando a (Artes Visuais, Música, Dança, • Apreciando tipos de obra de arte e discutindo, em
a sua função social e
concepção de beleza; Teatro e Artes Literárias) grupo, os diversos sentidos de beleza;
as diversas formas de
linguagem; • Reconhecer a arte como condição • As artes visuais como forma de • Pesquisando os artistas locais e o papel dos
de identidade cultural e como linguagem mesmos na consolidação da identidade cultural;
• Compreender o objeto de
arte como parte integrante meio de transformação social; • A história das Artes Visuais • Realizando leitura de textos e elaborando painéis
do imaginário e da • Diferençar as diversas linguagens (Pré-história, Antiga, Medieval, sobre cada linguagem artística;
transcendência inerente ao artísticas, analisando o processo Moderna e Contemporânea)
criativo da obra, o papel do artista • Utilizando desenho como forma de comunicação
ser humano. • Artes Visuais – artes plásticas
e a forma de apreciação; entre grupos;
(desenho, pintura, escultura,
• Distinguir signos visuais, gravura, cerâmica, grafite, • Realizando leitura e interpretação de textos
audiovisuais e de mídias instalações contemporâneas etc.) históricos;
eletrônicas, percebendo o • Artes Visuais – fotografia, cinema • Pesquisando a vida e a obra de artistas;
1º BIMESTRE
potencial comunicativo das artes e audiovisuais • Utilizando as diversas técnicas em artes plásticas,
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
• Compreender a evolução • Distinguir signos sonoros e o A música como forma de • Utilizando a música popular brasileira como forma de
histórica, os signos potencial comunicativo dos sons linguagem comunicação entre grupos;
representativos, os e da música; • A história da música • Contextualizando o processo histórico da música e da
processos que envolvem • Reconhecer a diferença entre o dança, considerando sua importância sociocultural;
a percepção da beleza na • Música – o som e a música
som e a música; • Identificando os elementos componentes da expressão
música, e a importância • Música – os elementos da
do som como fonte de • Distinguir as experiências música musical;
produção musical; estéticas advindas da apreciação • Percebendo as configurações do processo de captação
dos vários tipos de gêneros • A forma na música (os sons, os
• Compreender os signos gêneros e os estilos) do som pela audição e pela sensibilidade musical do
musicais; apreciador;
representativos, a evolução • A concepção estética da música
histórica e a importância do • Distinguir signos gestuais e • Refletindo sobre os processos que envolvem a
o potencial comunicativo do • A dança como forma de percepção da beleza na música e na dança;
corpo e do movimento para
movimento e da dança; linguagem
a produção coreográfica. • Analisando, como apreciador, o processo de
• Relacionar a música ao • A história da dança reconhecimento da forma na dança e na música;
movimento; • Dança – o corpo e o • Utilizando os elementos da música como forma de
• Utilizar os elementos da dança movimento expressão;
como forma de expressão; • Dança – os elementos da dança • Realizando leitura, interpretação de textos históricos e
• Perceber as configurações do • A forma na dança (o corpo, o pesquisando sobre vida e obra de artistas;
processo de captação da música movimento e o ritmo)
e do movimento pela visão e • Pesquisando a sonoridade de ruídos e sons musicais,
• A concepção estética da dança pretendendo transformá-los em música;
pela sensibilidade gestual e
coreográfica do apreciador; • A dança no Brasil • Experimentando as diversas técnicas de música, com
2º BIMESTRE
• Distinguir as experiências • A música brasileira (folclórica, materiais variados e expondo os resultados;
estéticas advindas da apreciação popular e erudita) • Trabalhando jogos de percepção sonora por meio de
dos diversos tipos e gêneros de instrumentos musicais;
dança; • Determinando, em grupo, o belo e o feio, na obra de
• Reconhecer, na música e na arte musical, por meio de jogos sobre o juízo estético;
dança brasileira, as dimensões • Cantando músicas folclóricas, populares e eruditas;
folclórica, popular e erudita.
• Utilizando a expressão corporal como forma de
comunicação entre grupos;
• Expressando-se por meio da dança de forma livre e de
forma coreográfica;
• Experimentando as várias técnicas de dança, com
materiais variados e expondo os resultados;
• Trabalhando jogos de percepção do som e do
movimento, por meio da livre expressão do corpo;
• Determinando, em grupo, o belo e o feio, na expressão
da dança, por meio de jogos sobre o juízo estético;
• Expressando-se por meio de danças folclóricas,
ARTE
populares e eruditas.
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
37
38
DO ENSINO MÉDIO
• Compreender a evolução • Relacionar o corpo ao processo de O teatro como forma de linguagem • Utilizando jogos dramáticos como forma de
PROPOSTA CURRICULAR
histórica, os signos composição cênica da personagem; universal comunicação entre grupos;
representativos do teatro, e • Distinguir as experiências estéticas • A história do teatro • Realizando leitura e interpretação de textos
a importância da expressão advindas da apreciação dos diversos históricos e pesquisando sobre vida e obra de
corporal para a produção • Teatro: o corpo e a expressão, os
tipos e gêneros de peças teatrais; elementos do teatro artistas;
de peças, reconhecendo
os elementos que • Conhecer o teatro produzido no • A forma no teatro (o corpo, a palavra • Compondo personagens que utilizem apenas
distinguem a expressão e o Brasil, valorizando-o; e o palco) os gestos como recurso;
potencial comunicativo da • Reconhecer, no teatro brasileiro, • A concepção estética do teatro • Experimentando as técnicas de teatro, com
dramaturgia e do teatro. as dimensões folclórica, popular e materiais diversos e expondo os resultados;
erudita; • O teatro no Brasil
• Trabalhando jogos de percepção do corpo e
• Reconhecer, no teatro brasileiro, da palavra, por meio de técnicas teatrais;
seu engajamento nas questões • Analisando, enquanto apreciador, o processo
sociais. de reconhecimento da forma no teatro;
• Percebendo as configurações do processo de
3º BIMESTRE
captação da expressão corporal, da voz e da
cenografia pela sensibilidade visual e gestual
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
do apreciador;
• Utilizando os elementos do teatro como
forma de expressão;
• Contextualizando o processo histórico
do teatro, considerando sua importância
sociocultural;
• Refletindo sobre os processos que envolvem
a percepção de beleza no teatro;
• Determinando, em grupo, o belo e o feio, na
expressão teatral, por meio de jogos sobre o
juízo estético;
• Produzindo pequenas peças teatrais sobre
temas sociais.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Compreender os signos • Distinguir signos verbais e o A literatura como linguagem artística • Contextualizando o processo histórico das
representativos e a potencial comunicativo da • A história da literatura artes literárias, considerando sua importância
evolução histórica das artes construção poética nas artes sociocultural;
literárias, associando-os literárias; • As artes literárias (poesia, poema,
conto, romance, novela, dramaturgia • Relacionando o conceito de folclore e de
aos movimentos artístico- • Compreender os conceitos de cultura popular ao objeto artístico;
literários ocorridos no Brasil; etc.)
folclore e de cultura popular; • Utilizando a poesia como forma de
• Identificar as expressões • Os movimentos artístico-literários
• Identificar os vários tipos de arte no Brasil comunicação entre grupos;
artísticas advindas da literária;
cultura africana e indígena, • Arte, folclore e cultura popular • Realizando leitura e interpretação de textos
considerando a influência • Distinguir os principais movimentos históricos e pesquisando sobre vida e obra de
literários ocorridos no Brasil; • Arte e cultura brasileira artistas e de escritores brasileiros;
dessas na consolidação da
4º BIMESTRE
• Identificar a origem e as • Arte e cultura africana • Experimentando as diversas técnicas de
cultura brasileira;
características da cultura brasileira; • Arte e cultura indígena produção literária e expondo os resultados;
• Compreender a contribuição
das novas tecnologias para • Reconhecer a identidade e a • Arte, novas tecnologias e • Pesquisando as manifestações folclóricas que
a difusão, a apreciação diversidade cultural africana e cibercultura envolvam as expressões artísticas;
e a produção artística, indígena no Brasil; • Realizando audição de música brasileira e
considerando o contexto da • Identificar as características recitando textos de poetas brasileiros;
cibercultura. da cibercultura e as formas de • Apreciando vídeos da internet, do cinema, de
inserção da arte no mundo virtual. documentários e de telejornais;
• Produzindo arte por meio do computador.
ARTE
DO ENSINO MÉDIO
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O
so
or
his
ide
ao
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PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
42 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 43
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
44 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Para que se possa pôr em prática um tra- Objetivo: Possibilitar alternativas didáticas
balho interdisciplinar efetivo por meio da ati- interdisciplinares no Ensino Médio, visando
vidade artística, a escola precisa criar um am- relacionar os conteúdos da área de Arte aos
biente adequado e equipado com as condi- demais Componentes do Currículo.
ções necessárias para que o professor de arte Competência: Compreender a importân-
possa potencializar suas atividades. Trata-se cia da relação entre os conteúdos do ensino
de um espaço amplo, equipado com recursos de arte e os conhecimentos gerais necessá-
audiovisuais, instrumentos musicais, pia, ban- rios à formação para o trabalho e para a ci-
cadas e carteiras apropriadas para as artes dadania.
visuais e espaço cênico. Propõe-se o projeto Habilidade: Perceber o valor das ativida-
“sala de arte”, onde, ao invés do professor des interdisciplinares como meio didático de
de arte se dirigir à sala, os educandos seriam interação entre os diversos conteúdos do en-
deslocados para ela, a partir de um planeja- sino de arte.
mento multidisciplinar e interdisciplinar. Den- Tema: Meio ambiente e sustentabilidade
tro de uma programação planejada, a ida dos Linguagem artística: Teatro
educandos à sala de arte seria acompanha- Componentes envolvidos: Língua Portu-
da pelos professores das outras disciplinas e guesa, História e Biologia
juntos participariam das atividades artísticas Atividade: A representação do meio am-
de interesse de cada área de conhecimento. biente e seus problemas pela linguagem teatral.
Nesse espaço, além das aulas e experimenta- Descrição da atividade: a linguagem tea
ções do próprio componente de arte, haveria tral auxilia no processo de sensibilidade do
a possibilidade da troca de experiências e do corpo e como elemento de grande dinamiza-
compartilhamento de temas e de conteúdos. ção das aulas e das tarefas escolares. Nesta
Para isso, faz-se necessário investimento em atividade, o teatro proporcionará a reflexão
equipamentos e em recursos humanos, além sobre os problemas relacionados ao meio am-
de uma equilibrada adequação das propostas biente e servirá como suporte para o entendi-
curriculares. mento das técnicas de produção de texto, do
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 45
contexto sociocultural que envolve a questão tar uma história, valorizando, assim, os
ambiental e de seus contornos bioéticos. seus elementos e a sua forma escrita;
• Leve o educando a entender o contexto
Atividades: da história criada. Por fim, leve o edu-
cando a discutir sobre o contexto ético
a) Escreva uma história sobre qualquer inerente à reflexão sobre o meio am-
tema, envolvendo o meio ambiente. biente;
Destaque três personagens, cada um • Lembre-se: não se trata de uma ativi-
bem diferente do outro. Por exemplo, dade exclusiva de uma aula. É preciso
um velho, um menino, uma mulher. Pri- determinar no planejamento o tempo,
meiro, leia em voz alta a sua história. a metodologia, os recursos e a forma de
Segundo, divida a turma para que cada avaliação. Os professores das disciplinas
grupo represente a mesma história, que envolvidas devem participar de todo o
poderá ser selecionada por todos da processo de criação, de exposição e de
turma (a melhor história, na opinião da reflexão. Esta atividade também poderá
turma, será a escolhida para ser ence- ser desenvolvida em forma de projeto
nada). Cada grupo representará à sua didático extraclasse, onde a turma terá
maneira a história, sendo que, na pri- a oportunidade de visitar um parque
meira vez, será encenada sem o uso de ambiental da cidade.
palavras, só com gestos e, depois, com a
utilização de palavras, de acordo com o Fonte: adaptado do Livro Arte na Educação
texto escolhido; Infantil, Capítulo: "Teatro e Educação", de Jorge
Bandeira (p. 150)
b) Peça aos grupos que realizem a cena em
três velocidades diferentes: com movi-
mentos normais, bem lentos e muito rá- Atividade 2
pidos. Observe a reação dos educandos
e comente sobre espaço e tempo; Exemplo de atividade
c) Ao final, peça para os educandos reco- de pesquisa em arte
lherem antigas histórias sobre a relação
entre o homem e a natureza (do tempo Objetivo: Possibilitar o exercício da pes-
da vovó!) e criarem representações tea- quisa por meio de atividades práticas e pro-
trais simples, com poucos personagens gramadas, favorecendo a reflexão sobre os
sobre a degradação e a preservação dos conteúdos de arte, a partir do reconhecimen-
bens naturais; to do meio.
d) Discuta e reflita sobre os conteúdos re- Competência: Compreender a dimensão
lacionados ao tema. da pesquisa como recurso didático no ensino
de arte.
Procedimentos: Habilidade: Perceber as possibilidades
que a pesquisa oferece na condução prática
• Leve o educando a observar, agora, de conteúdos teóricos no contexto das artes.
como é importante a maneira de con-
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DO ENSINO MÉDIO
46 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 47
ou a outro lugar que se destaque pela bele- • Aula expositiva e dialogada sobre o proces-
za natural, onde serão realizadas as seguin- so criativo de elaboração da obra de arte;
tes atividades: • Preparação da exposição artística, resulta-
do final da pesquisa;
• Passeio nas trilhas da propriedade, vi- • Seminário de avaliação dos resultados da
sando à observação da natureza em exposição artística e reflexão sobre os con-
toda a sua plenitude; teúdos propostos na atividade.
• Identificação dos elementos naturais
que agradam e desagradam (o bonito e Avaliação:
o feio e sua relatividade); A avaliação e o acompanhamento da ati-
• Exercícios de percepção pelos cinco sen- vidade de pesquisa serão feitos obedecendo
tidos (identificação de formas, cores, aos seguintes critérios:
texturas, simetria e assimetria, som,
cheiro, sabor etc.); • participação em todas as etapas do traba-
• Registro audiovisual das percepções sig- lho, considerando a frequência e o engaja-
nificativas durante o passeio; mento individual e coletivo;
• Reunião de todo o grupo para refletir • qualidade do relato de experiências vividas
sobre o que fora percebido no passeio; durante a atividade prática;
• Reunião de pequenos grupos para ela- • impressões sobre a pesquisa no seminário
boração de um poema sobre a expres- de avaliação da mesma;
são de beleza percebida no contato com • qualidade da compreensão dos conteúdos
a natureza; da pesquisa e da exposição artística, por
• Confraternização com um almoço; meio de avaliação escrita.
• Hora do lazer (sem perder de vista as
percepções sensíveis e a fruição desse Atividade 3
momento de encontro com a natureza);
• Elaboração de um pequeno relato de Exemplo de projeto didático em Arte
experiências vividas, durante a atividade
prática. Objetivo: Possibilitar o planejamento de
atividades programadas dentro do contexto
2. Atividade teórica: em sala de aula – ela- da pedagogia de projetos, visando enriquecer
boração de um produto artístico, a partir as aulas de arte.
das informações, imagens, percepções Competência: Compreender a excelência
sensíveis e do poema composto pelos gru- do projeto didático como forma e como meio
pos, tendo nos produtos da natureza os de desenvolver atividades artísticas na escola.
parâmetros estéticos concebidos e vividos Habilidade: Perceber que as respostas às
durante a atividade prática. reflexões propostas nos conteúdos artísticos
estão no universo da vivência e da experiência.
Atividades complementares:
• Aula expositiva e dialogada sobre a estrutu- Título: “Música e movimento: os alicerces
ra do projeto de construção artística; da dança”
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DO ENSINO MÉDIO
48 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
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DO ENSINO MÉDIO
50 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Etapas:
• Divulgação e inscrição; Cronograma
• Seleção;
• Formação;
Dez
X
• Apresentações;
• Avaliação de rendimento:
Nov
X
1. As turmas de violão deverão ser com-
Out
X
2. Os educandos serão selecionados por
Set
níveis;
X
3. Os educandos deverão, em princípio,
Ago
X
ter o seu instrumento;
4. A permanência do educando no projeto
Jul
• Rendimento escolar;
X
• Comportamento;
Mai
educandos;
7. Os educandos deverão estar cientes da
Apresentações
encerramento
Divulgação do
Aplicação do
Avaliação do
Processo de
Ações
educandos
Formação
Evento de
projeto:
seleção
Ensaios
projeto
projeto
Projeto
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DO ENSINO MÉDIO
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DO ENSINO MÉDIO
52 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
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DO ENSINO MÉDIO
56 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 57
A avaliação, dessa forma, assume impor- quais teorias nos embasamos para chegar a
tância fundamental, a partir dos seus instru- uma avaliação mais próxima da realidade.
mentos e o professor, por sua vez, precisa estar Além do postulado pedagógico referido,
atento aos objetivos propostos para que a ava- é necessário debruçarmo-nos sobre as novas
liação não destoe daquilo que ele pretende. avaliações que se apresentam, quais os seus
Assim sendo, a avaliação não é neutra no fundamentos, qual a sua forma e quais as
contexto educacional, pois está centrada em suas exigências. É nesse contexto que o Enem
um alicerce político educacional que envol- (Exame Nacional do Ensino Médio), criado em
ve a escola. Assim, para Caldeira (2000 apud 1988, e que tem por objetivo avaliar o desem-
Chueiri, 2008): penho do educando ao término da escolarida-
de básica, apresenta-se como uma proposta
A avaliação escolar é um meio e não um de avaliação digna de ser analisada e assimila-
fim em si mesmo; está delimitada por uma da em seus fundamentos.
determinada teoria e por uma determina- O Enem tomou um formato de “avaliação
da prática pedagógica. Ela não ocorre num nacional”. Isso significa dizer que ele tornou-
vazio conceitual, mas está dimensionada -se o modelo que vem sendo adotado no
por um modelo teórico de sociedade, de país, de norte a sul. Nesse sentido, a ques-
homem, de educação e, consequentemen- tão é saber o motivo pelo qual ele assumiu
te, de ensino e de aprendizagem, expresso o lugar que ocupa. Para compreendê-lo, um
na teoria e na prática pedagógica (p. 122). meio interessante é conhecer a sua “engre-
nagem” e pressupostos. Assim, é necessário
Para contemplar a visão de Caldeira, o pro- decompô-lo nas suas partes, saber o que cada
fessor necessita estar atento aos processos de uma significa, qual a sua relevância e em que
transformação da sociedade, pois estes aca- o todo muda a realidade avaliativa nacional,
bam por influenciar também o espaço da esco- pois ele apresenta-se como algo para além de
la como um todo. Essa constatação é evidente, um mero aferidor de aprendizagens.
quando percebemos o total descompasso da Esse exame constitui-se em quatro pro-
escola com as atuais tecnologias e que, ao que vas objetivas, contendo cada uma quarenta
tudo indica, não estão sendo usadas na sua de- e cinco questões de múltipla escolha e uma
vida dimensão. Por outro lado, quando o pro- proposta para a redação. As quatro provas
fessor não acompanha as transformações re- objetivas avaliam as seguintes áreas de co-
feridas, a avaliação corre o risco, muitas vezes, nhecimento do Ensino Médio e respectivos
de cair em um vazio conceitual. Infelizmente, Componentes Curriculares: Prova I – lingua-
é o que vem ocorrendo em grande parte das gens, Códigos e suas Tecnologias e Redação:
escolas brasileiras. É nesse sentido que cabe a Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês
todos nós repensarmos nossa prática, apren- ou Espanhol), Arte e Educação Física; Prova
dizado e aspirações em termos pedagógicos e, II – Matemática e suas Tecnologias: Mate-
sobretudo, como sujeitos em construção. mática; Prova III – Ciências Humanas e suas
Diante disso, precisamos ter claro o que Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e
significa avaliar no atual contexto, que edu- Sociologia; Prova IV – Ciências da Natureza e
candos queremos, baseados em qual ou em suas Tecnologias: Química, Física e Biologia.
PROPOSTA CURRICULAR
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58 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
É por meio da avaliação das Áreas de Co- mos, a sua formulação e o modo como um
nhecimento que se tem o nível dos educan- item é transformado em um aval para o pros-
dos brasileiros e que lhes é permitido ingres- seguimento dos estudos. E não só isso deve
sar no ensino de Nível Superior. Nesse sen- ser levado em consideração, pois alcançar
tido, o Enem não deve ser desprezado; ao um nível de aprovação exige uma formação
contrário, é obrigatório que os professores que inicia desde que uma criança ingressa na
do Ensino Médio conheçam os seus mecanis- Educação Infantil.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 59
Considerações Finais
Após um trabalho intenso, que mobilizou a nossa ação pedagógica. Por isso, os seus
especialistas na área, professores e técnicos, elaboradores foram preparados, por meio de
vê-se concluída a Proposta Curricular para seminários, oficinas e de discussões nos gru-
o Ensino Médio. Esta Proposta justifica um pos que se organizaram, para concretizar os
anseio da comunidade educacional, da qual objetivos definidos.
se espera uma boa receptividade. Inclusive, A Proposta consta de treze Componentes
espera-se que ela exponha com clareza as Curriculares. Todos eles são vistos de forma
ideias, a filosofia que moveu os seus autores. que os professores tenham em suas mãos os
Ela propõe-se a seguir as novas orienta- objetos de conhecimento, assim como uma
ções, a nova filosofia, pedagogia, psicologia forma de trabalhá-los em sala de aula, reali-
da Educação brasileira, daí que ela tem no seu zando a interdisciplinaridade, a transversalida-
cerne o educando, ao mesmo tempo em que de, contextualizando os conhecimentos e os
visa envolver a comunidade, dotando de sig- referenciais sociais e culturais.
nificado tudo o que a envolve. Essa nova pers- E, ainda, ela pretendeu dar respostas às
pectiva da Educação brasileira, que evidencia determinações da LDB que requer um ho-
a quebra ou a mudança de paradigmas, exigiu mem-cidadão, capaz de uma vida plena em
que as leis, as propostas em curso para a Edu- sociedade. Ao se discutir sobre essa Lei e a
cação brasileira fossem reconsideradas. tentativa, via Proposta Curricular do Ensino
Durante o período da sua elaboração, mui- Médio, de concretizá-la, a Proposta sustenta-
tas coisas se modificaram, muitos congressos -se na aquisição e no desenvolvimento de
e debates foram realizados e todos mostra- Competências e Habilidades.
ram que, nesse momento, nada é seguro, É assim que esta Proposta chega ao Ensino
que, quando se trata de Educação, o campo Médio, como resultado de um grande esforço,
é sempre complexo, inconstante, o que nos da atenção e do respeito ao país, aos profes-
estimula a procurar um caminho que nos per- sores do Ensino Médio, aos pais dos educan-
mita realizar de forma consequente e segura dos e à comunidade em geral.
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 61
REFERÊNCIAS
PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
62 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
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PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO PARA A REDE
PÚBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS
Coordenação Pedagógica
Lafranckia Saraiva Paz
Neiza Teixeira
Consultoria Pedagógica
Evandro Ghedin
HELOISA DA SILVA BORGES
Assessoria Pedagógica
Maria Goreth Gadelha de Aragão
PROFESSORES COLABORADORES