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25/12/2016 

POR ADMINISTRADOR

A oferta dos nobres

Autor: 
Pr. Aluízio A. Silva

“Quem é nobre não dá de acordo com a necessidade do outro, mas de acordo com sua
grandeza”.

João às sete igrejas da província da Ásia: A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era
e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono, e de Jesus Cristo, que é a
testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra. Ele que nos
ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constituiu reino e
sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre!
Amém.  Ap.  1:4-6.

João escreve a sua carta da parte de cada pessoa da trindade, Primeiro, ele diz que escreve da
parte daquele que é, que era e que há de vir,  Ap.  1:4-6. Esse é o nome de que Jesus Cristo,
ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.Isso significa que  Jeovah  é  Jesus. A descrição
de ambos é a mesma. João também escreve da parte dos sete Espíritos de Deus. Esse é o
Espírito Santo. Isaías 11.2 dá uma descrição de sete faces do Espírito Santo:  “[…] o Espírito do
Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o
Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”.

Por fim, João fala de Jesus, a fiel Testemunha, o primogênito dos mortos e o Soberano dos reis
da terra. Você vai ficar surpreso, mas os reis da terra mencionados aqui se referem a você e
Amim. O Senhor não coloca a sua atenção no mundo natural, mas Ele sempre olha a realidade
espiritual do seu reino. Fomos feitos reis porque Ele nos ama e, com o seu sangue, nos libertou
dos nossos pecados. Assim, somos constituídos reis e sacerdotes, e Ele é o Soberano dos reis da
terra.

Fomo feitos sacerdotes

Em Êxodo 18.5-6, lemos que a vontade de Deus era que toda a nação de Israel fosse
constituída de sacerdotes, mas eles falharam e, em vez disso, fizeram um bezerro de ouro [Ex.
32]. Deus, então, usou a tribo de Levi para destruir três mil pessoas num dia. É interessante
que, quando a Lei foi dada no primeiro pentecostes, três mil pessoas morreram, mas quando o
Espírito Santo veio, três mil pessoas foram salvas. A partir desse momento, Deus separou a
tribo de Levi. Deus queria que toda a nação fosse de sacerdotes, mas eles falharam, então
Deus escolheu a tribo de Levi para representar toda a nação como sacerdotes.

O sacerdote é aquele que pega a mão de Deus e a mão do homem e faz a reconciliação. Ainda
que Deus mesmo não precisa ser reconciliado conosco, mas o homem, sim, precisa ser
reconciliado com Deus. Em 2 Coríntios 5:18-20, diz que nós recebemos o ministério da
reconciliação. É assim porque fomos feitos sacerdotes diante de Deus pai.

A verdade é que o homem caído odeia Deus e precisa ser reconciliado com Ele. Ele atribui a
Deus, todas as coisas ruins deste mundo. Ele é que tem pensamentos ruins a respeito de Deus.
O homem é que culpa Deus em vez de culpar a si mesmo. A santidade de Deus é agredido pelo
homem, mas o coração de Deus é para o bem do homem.

Para que a reconciliação do homem aconteça,é preciso um sacerdote para dizer ao homem
como é o coração de Deus. Nós somos esse sacerdote. O Trabalho do sacerdote é dizer ao
homem como é Deus em seu amor e sua graça. O ministério do sacerdote é ir a Deus e
interceder pelo homem. Ele deve orar para que o homem receba iluminação em seu coração e
seja salvo.

Esse tem sido o centro da nossa visão, o sacerdócio de todos os crentes. É essa visão que nos
permite edificar de fato a Casa de Deus. Além disso, é algo que está no âmago da mensagem
do evangelho. O ministério sacerdotal é muito importante. Precisamos ter cuidado para não
falharmos como Israel.

Hoje, a vontade de Deus permanece para a igreja, mas nem todos respondem ao sacerdócio.
Não é de admirar que não vejamos mais glória no meio da igreja. A glória está associada á
casa de Deus e ao sacerdócio. Se a casa não e edificada e os sacerdotes não se posicionam,
então não há glória.

Uma série de coisas ruins acontecem a Israel no velho testamento porque eles negligenciaram
o sacerdócio. O último livro do velho testamento, Malaquias, trata da importância do
sacerdócio. O que vemos é que, quando as pessoas não funcionam como sacerdotes, o
resultado é problema financeiro, problemas espirituais. É por isso que o diabo quer impedir que
a igreja quer impedir que a igreja toda funcione como sacerdotes. É ele quem coloca na mente
das pessoas que elas precisam ser super-santas e consagradas para serem sacerdotes.

Quando Deus diz para sermos, o que Ele está dizendo é para não sermos comuns. O contrário
de santo não é pecaminoso, mas comum. Não seja comum, igual ás pessoas do mundo. Não
fale como elas, não se vista como elas, não faça negócios como elas, não se relacione como
elas. Seja incomum, seja santo. Não somos pedras comuns, somos pedras preciosas, fomos
transformados em diamantes. Não tenha receio de ser diferente e incomum, pois esta é a sua
nova identidade.

Não apenas sacerdotes, mas reis

Não fomos feitos apenas sacerdotes, fomos também constituídos reis, somos da nobreza
celestial. No Velho Testamento, um sacerdote não podia ser rei, mas hoje somos feitos
sacerdócio real,  1 Pe.  2:9. Não somos levitas, mas somos da ordem de Melquisedeque, que era
rei e sacerdote.
O Senhor Jesus funcionava como sacerdote e havia algo de realeza a respeito d’Ele. Nossa
realeza não é algo natural ou eclesiástico, nem está baseada em uma coroa sobre a nossa
cabeça ou em nossas roupas. Nossa realeza é algo espiritual e moral.

O Senhor tinha uma linhagem dupla da realeza. José era descendente do filho de Davi
chamado Natã,  Lc.  3:31, e Maria era descendente de Salomão  Mt.  1:6-7. Mas ele vivia como
uma pessoa normal entre pessoas comuns, e quando as pessoas estavam com ele, elas sentiam
a sua realeza, sabiam que estavam diante de um príncipe. Tudo o que ele falava e tudo o que
ele fazia era incomum e nobre.

A oferta dos príncipes

No dia em que Moisés acabou de levantar o tabernáculo, e o ungiu, e o consagrou e todos os


seus utensílios, bem como o altar e todos os seus pertences, os príncipes de Israel, os cabeças
da casa de seus pais, os que foram príncipes das tribos, que haviam presidido o censo,
ofereceram e trouxeram a sua oferta perante o Senhor […],  Nm.  7:1-3.

Este capítulo é o mais longo do livro de Números e um dos mais longos de toda a Bíblia. E
quando o lemos, o que vemos não é nada além de uma lista de pessoas que deram ofertas. Por
que Deus deu tanto espaço para essa relação de ofertas? A primeira razão é porque eles são
príncipes. Isso nos mostra que a oferta de príncipes tem uma atenção especial de Deus. Tudo
isso foi escrito por causa de nós. Hoje, fomos feitos esses príncipes e precisamos demonstrar a
nossa nobreza quando entregamos a nossa oferta.

O Senhor deseja que o seu povo tenha a nobreza de príncipes. Temos de andar de acordo com
o nosso chamado. Paulo diz que precisamos andar de acordo com a nossa vocação,  Ef.  4:1.
Fomos chamados para sermos reis e sacerdotes. Nossa oferta é registrada diante de Deus
porque é a oferta de reis e príncipes de Israel trouxeram ao Senhor.

“Nossa oferta é registrada diante de Deus porque é a oferta de reis e príncipes”

Ofertaram voluntariamente

Aqueles príncipes de Israel não foram convocados  para ofertar, eles fizeram isso
espontaneamente. No verso 3, diz-se que trouxeram seis carros  repletos e doze bois. Não
havia nenhuma prescrição na lei para que fizessem isso. Aqueles que são príncipes possuem
uma atitude de nobreza e por isso são generosos. Aqueles que é da nobreza não pode ser
avarento. Quem é nobre não dá de acordo com a necessidade do outro, mas de acordo com a
sua grandeza. Príncipe não dão o mínimo pedido, mas dão de acordo com sua abundância.

Certa vez, Alexandre, o Grande, entrava pelas portas de uma cidade que havia conquistado
quando um mendigo lhe pediu uma esmola. Ele, então, entregou-lhe uma moeda muito
valiosa. Um dos seus generais replicou que, para o mendigo, bastava uma esmola. Ao que
Alexandre respondeu:  “Eu não dei de acordo com a necessidade dele, mas de acordo com a
minha grandeza”.

Príncipes e nobres andam em dignidade e decoro, jamais se permitem a vulgaridade e


obscenidade. É terrível quando perdemos o nosso respeito por um príncipe. Nós não gostamos
que isso aconteça. Não pense que ser um príncipe é um peso; é um grande privilégio. Nós
somos parte da nobreza celestial, somos príncipes de Deus. Não seja pequeno, ande em
grandeza. Não procure defeito em tudo ao seu redor, mas seja generoso. Tenha um coração
grande e amoroso, pois esta é a nobreza dos príncipes.
Ofertaram para tornar a obra leve – Nm. 7:6

Os carros e os bois foram dados aos levitas para facilitar o trabalho deles no Tabernáculo. Eu
creio que hoje também o Senhor deseja que ofertemos para facilitar o ministério, para que
alcance seja maior em menor tempo.

Os carros serviam para que o peso dos Levitas pudesse ser leve. Eles eram encarregados de
carregar todos as partes e móveis do tabernáculo. Isso certamente era muito pesado, mas os
príncipes tornaram o serviço leve por causa da sua oferta. Precisamos exercer o sacerdócio em
nossa vida para que essa bênção alcance a igreja. O que fez com que a nobreza desses
príncipes se manifestasse? Foi o amor deles pelo altar. A oferta dos príncipes foi para a
consagração do altar.

Ofertaram por amo ao altar – Nm. 7:10

O  que é o altar nos dias do Novo Testamento? Você sabe que o holocausto e as ofertas eram
todas oferecidas sobre o altar. Todas as ofertas apontam para algum aspecto distinto da obra
da cruz. Hoje, o altar onde o Cordeiro foi imolado é a cruz. Quando amamos a mensagem da
cruz, nossa nobreza se manifesta.

Os príncipes sabiam da redenção que acontecia sobre o altar. Eles queriam que a obra ali fosse
feita de forma plena e permanente. Quantos de nós entendemos hoje que a nossa oferta é
para sustentar o testemunho do altar do Novo Testamento, a cruz de Cristo?

Os príncipes do Novo Testamento possuem uma grande estima pela obra do Senhor Jesus na
cruz. Eles sabem do valor da obra da cruz e estão dispostos a fazer com que a mensagem
chegue a todo o mundo.

O primeiro príncipe a ofertar foi o da tribo de Judá. O Senhor Jesus era da tribo de Judá, e a
palavra Judá significa louvor. O louvor sempre precede todas as coisas. Quando o povo de
Israel se preparava para a batalha, o primeiro a pelejar era a tribo de Judá,  Nm.  7:12.

Precisamos crer que somos príncipes e andar como tal. Quanto mais assumirmos a identidade,
mais teremos a sua realidade, Jesus disse que, ao que tem, mais se lhe dará; e, ao que não
tem, até o que tem lhe será tirado,  Mc.  4:25. Quando mais assumimos nossa realeza, mais nós
a temos, e quando não cremos que a possuímos, até o que temos recebido nós e tirado.

PERGUNTAS PARA COMPARTILHAR

1. O que o sacerdócio possibilita?

2. Qual é a serventia da nossa oferta hoje?

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