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As Bodas, um anúncio do futuro – Mt 22.

1-14
Casamento, quem se lembra do seu, e quem almeja casar-se! Por que a bíblia
sempre tem ilustração de casamento? Jesus usa aqui nesta passagem um dia
de casamento do filho de um rei; em Mt 25.1-13 o Senhor Jesus também faz
alusão ao casamento, pois usa a figura de um noivo que desposa cinco virgens
prudentes e desqualifica as cinco virgens imprudentes; e ainda, para considerar
apenas em Jesus, seja na sua vida como na sua pregação, as Bodas em Caná
da Galileia, quando Jesus transformou a água no melhor vinho. Sabemos que
não é só aqui, que Deus usa esta figura, mas em todo escopo das Escrituras
há esta ilustração importante. Aliás, a Bíblia começa com um casamento e
termina com O Casamento!
O casamento traz uma simbologia de Deus com seu povo, uma perfeita
unidade em que expressa uma profunda infimidade, Deus se dá a conhecer a
nós que lhe somos totalmente conhecidos por Ele. Ele conhece bem seu Povo
que escolheu, seu povo único. Mas seu povo precisa conhecer seu Deus,
andando em seus mandamentos, em comunhão perfeita com Ele. O
impressionante que Deus nos deu o caminho a percorrer de forma a conhecê-
Lo bem: seu Filho (Jo 14.6,7 “...Eu sou Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém
vem ao Pai senão por mim. Se vós me tivésseis conhecido conhecereis
também a meu Pai”. Infelizmente, o casamento na humanidade tem perdido a
beleza que vai além de nós, estou dizendo sobre a representação fidedigna de
um relacionamento vitalício que aponta para a eternidade nosso com Pai e com
os irmãos em Cristo.
Interessante no texto que lemos, está situado entre os intercursos de Jesus
com os religiosos e também com seus discípulos rumo a sua morte na Cruz e
sua Ressurreição. No capítulo anterior, até elucidamos que o discípulo
verdadeiro procura dar fruto para gloria de Deus, e dentro do exposto vimos a
parábola que expunha que muitos dos judeus não davam testemunho as
nações de quem Deus era. E por abandonarem a verdade de Deus, da Aliança
de Deus com Abraão, a missão seria dada a outros povos, afim de que de
todos povos, línguas e nações fosse Deus honrado e que num determinado
tempo, Deus reuniria este seu povo, um único povo, quer judeu quer gentio, de
todos os lugares, para com Ele reinar pelos séculos dos séculos, amém!
Ainda, no capítulo do nosso texto em apresso, lemos que Jesus a discussão
com os religiosos sobre o tributo, e com uma das seitas daquela época, os
saduceus, o Senhor é interpelado sobre a ressurreição. O Senhor em toda
discussão expõe que o Cristo é vindo de Deus, e está acima de Davi, pois até
mesmo Davi entendia que ele era apenas um senhor com “s” minúsculo (vv.
41-46), um rei comum que não poderia se assentar a direita do Senhor Deus e
Pai de toda humanidade.
Os fariseus, ao ouvirem as parábolas de Jesus, quer no capitulo 21 como
agora no capitulo 22, sabiam muito bem de que era deles que Jesus se referia.
Mas vamos olhar para o nosso texto e tirar lições importantes para nós hoje.
Os fariseus como os outros religiosos estavam mergulhados na sua
religiosidade falsa, pois eles oravam de si para si mesmos (Lc 18.11 “O fariseu,
posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não
sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este
publicano;”), ou seja não era um relacionamento perfeito com Deus, era uma
religiosidade morta em que o alvo era servir a si próprio e nem a Deus e nem
ao próximo como refletem os Dez Mandamentos (vv.34-40).
Vamos ao texto:
Nesta parábola temos a história destas bodas que o rei deu para seu filho.
Quando o rei fez o banquete ele chamou seus servos para que fossem chamar
os convidados para As Bodas do Filho do Rei, um banquete seria servido a
todos. Era um momento de honra ser chamado pelo rei e participar das
solenidades e do que era servido. Estes servos, Jesus sempre expunha que
era seus profetas no passado. Este era o convite, porem todos não quiseram
atender ao convite tão honroso de seu rei. Jesus estava apontando que os
profetas eram estes servos que anunciavam a mensagem de Yahweh, um
chamado ao arrependimento e de viverem segundo os mandamentos do
Senhor, o Rei do Universo. Mas os judeus preferiam servir a outros deuses e
aos falsos profetas que falam mansamente, que trazem doce em suas
mensagens e não falavam de conversão e quebrantamento diante do Santo de
Israel. Este era o primeiro convite. Hoje entendemos também que estes seus
servos, que levaram os convites do rei são os mensageiros da Palavra de
Deus, em sua ordem: profetas, apóstolos, e os demais pregadores da verdade
de Deus.
O texto também nos diz que o próprio rei preparou o seu banquete (v.4). Este
preparar quer dizer que, não foi uma comissão ou a esposa do rei, mas ele
mesmo o fez. Aponta, como está escrito em Pv 9.1-6 onde foi dada um
banquete a Sabedoria, que era um banquete especial sobre modo importante.
E neste preparo está o cuidado do rei em escolher o melhor de seu gado e os
cevados que é um gado que era tratado a parte para que sua carne ficasse
mais macia e saborosa. No convite estava expresso que o REI preparou tudo
para seus convidados. Não era simplesmente uma boda, mas A BODAS. A
intensão nesta parábola era evidenciar que não seria jamais desprezado tal
convite. Mas pior do que desprezar, eles não só rejeitaram, mas também
mataram os mensageiros. Os profetas do Antigo Testamento foram
desprezados, exilados, mortos e zombados tanto pelo reino de Israel, ao norte,
como pelo reino de Judá, ao sul. Preferiam seus próprios caminhos do que o
caminho do Senhor. Neste ponto, a ira dos religiosos no tempo de Jesus deve
ter subido ao máximo, pois sabiam que era sobre eles. Fizeram usos e
costumes para si; além dos mandamentos de Deus deu por intermédio de
Moisés, eles inventaram mais de 300 princípios para oprimir o povo e ficarem
no poder. Se opunham a aqueles que governavam sua gente, os romanos, mas
faziam alianças com estes para retirar do povo tudo que podiam. Eram como
diziam o nosso Mestre e João Batista: raça de víboras!
Nosso texto continua e nos diz que o rei ficou irado, mandou seus exércitos e
exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade (v.7). Em Amós
temos uma demonstração de como Deus tratou as nações da Síria, dos
Filisteus, dos Assírios, dos Edonitas, os Amonitas e os Moabitas que foram
espada de Deus sobre o seu povo rebelde, mas fizeram maldades que nunca
se viu, por isto Deus os destruiu e alguns destes povos nem mais existem
mais. Ainda no livro de Habacuque, o Senhor fala para o profeta como Ele iria
proceder contra os babilônicos diante da mão de ferro que eles regiam sobre
os povos dominados, no qual também estava sob eles os cativos de Judá. Mas
em Sofonias, o Senhor mostra ao profeta como Ele tratou e trata os seus
escolhidos: primeiro Ele mostra que virá em juízo sobre Israel e Judá, e digo
que já veio, pois Israel foi destruída pelos assírios, e os que ficaram vivos
foram espalhados para o norte (Asia menor, Siria, Europa, etc). E os de Judá,
com as investidas de Nabucodonosor, foram mortos, exilado os cativos em
Babilônia os mais jovens (ex: Daniel, Hananias, Misaias e Azarias) para
servirem ao rei como sábios eunucos, e outros foram espalhados ao norte do
Egito (ex. Jeremias foi levado a força por aqueles que não atentaram a Palavra
de Deus). Neste versículo, o sete, muitos estudiosos concordam que Jesus já
estava anunciando a destruição completa de Jerusalém no ano 70d.C.
E por fim, nosso texto termina mostrando que o rei chamou outros servos para
convidar a festa que já estava pronta (v.8). Chamou a todos os que viam para a
festa. Os que estavam nas estradas, encruzilhadas dos caminhos (v.9), não
importando quem fossem (v.10). Esta é uma analogia que o Senhor Jesus fez,
como advertira no capitulo 21, a outros que não eram do povo de Deus,
daquela teocracia da etnia israelita (anuncio feito pelo próprio Senhor Jesus), o
Senhor estendeu a sua promessa de salvação. A estes que creram e crerão na
Mensagem do Evangelho, o Senhor deu o privilégio de participarem de sua
Sabedoria e Riqueza, salvação da ira, perdão dos pecados, vida eterna. No
entanto, não basta vir como está, tem roupas certas para se vestir. Observem
nos versos 11. Havia entre os convidados da “última hora” um que não tinha as
vestes corretas para o banquete. Nossa parábola nos diz que o rei, não apenas
preparou o banquete, mas também as vestes para participar é o que nos
sugere o texto, pois o rei não poupou esforços para dar o melhor banquete,
também não deixaria que seus convidados fossem indignamente ao banquete.
Estas vestes são ilustração da salvação e da justiça do Senhor. É Ele quem
nos salva; é Ele quem nos leva ao arrependimento, é Ele quem nos transforma
a imagem de seu Filho, ou seja, nos santifica, e nos conduz para sua glória.
Nunca será no esforço humano, mas na força do Seu Poder. Porém, no meio
pode haver aquele que queira desfrutar do banquete celestial de qualquer
maneira, porem o rei disse:
v.13- “Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o
para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
Notem, os que são chamados são todos, porem os escolhidos andem em
conformidade com a vontade do Rei dos Reis.
Aplicando a mensagem
1- Hoje vemos muitos anunciando uma mensagem suculenta aos ouvidos
de um povo que faz um ídolo para si. Querem fazer neste mundo o céu.
Um mundo que jaz no maligno, que está debaixo da maldição do
pecado, um mundo que atrai e seduz, pois o coração humano é uma
fábrica de ídolo, e seu primeiro ídolo é ele mesmo. Preferem se
banquetear aqui com coisas passageiras e precisam de novidades para
se manter em busca de seu deus, rejeitando assim a Mensagem do
Evangelho que mostra como pecadores somos e como necessitamos de
um redentor, o Único que pode perdoar pecado e nos salvar da ira
vindoura, pois nosso Deus não tem o culpado por inocente, antes que
este se arrependa e voltasse a Ele. Digo agora, irmãos, arrependam-
se de seu pecado, confessem a Deus, saída da comodidade e da
busca de si mesmo e ser feliz a qualquer custo, e volte-se a Jesus
em arrependimento e fé!
2- Irmãos, Deus tem um povo que é feito de todas as tribos, línguas e
nações, mas mesmo estes que dizem que amam a vinda do Senhor,
devem estar em grande vigilância, pois se Deus não deixou de tratar
com severidade aos ímpios e aos israelitas, não deixará de mostra o
juízo ao seu povo escolhido, sua Igreja, pois se Ele é nosso Pai, Ele
castiga a quem ama (Hb 10.26-31; 12.5-8; 1Pe 4.17 “Porque a ocasião
de começar o juízo pela casa de Deus é chegada”). Lembrem da
mensagem anterior, irmãos, quando trouxemos o texto de Rm 11, que o
Senhor não poupou o povo (etnia) que eram ramos naturais e os cortou
dando lugar a nós que somos ramos de oliveira brava (Rm 11.17-21).
Por isto se envolva cada vez mais com sua dedicação a Deus,
aproveitando o tempo que de nossa vida para estarmos juntos em
adoração e comunhão, na igreja, de casa em casa, instruindo uns
aos outros, importando-nos de fato e de verdade.
3- Irmãos, o Senhor nos chamou quer nascendo num lar cristão, quer nos
trazendo do mundo, alheio as coisas dele. Não quem queira realmente a
Deus como nos diz Paulo em Rm 3.10,11, mas por graça somente
estamos hoje aqui. Quando o Senhor desvendou nossos olhos para vir
ao banquete do seu Reino, como seus discípulos nos fez para andar nos
seus mandamentos que por nós Ele cumpriu. Um novo e vivo caminho
nos deu, de paz e justiça. Todos os benefícios da salvação já nos foi
dada, porém, o Senhor examina no meio dos seus se estão com as
vestes da justiça de Cristo sobre si. Andando em santidade, em devoção
e mudança de vida diária. Os que não tem estas vestes de justiça
ficarão envergonhados no Dia do Senhor, mas os que se adequam, se
revestindo de Cristo e de sua Palavra estes ouviram o falar deleitoso do
Noivo, o Senhor Jesus: Vinde benditos do meu Pai. Entrai na posse
do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.

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