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Lição 1

O QUE É A MORDOMIA CRISTÃ


7 de Julho de 2019
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
"E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e
Deus nos confiou a mordomia dos bens materiais e
prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus
espirituais; por isso, sejamos vigilantes e zelosos,
servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-
porque, em breve, Ele nos chamará a prestar contas de
aventurado aquele servo a quem o senhor, quando
tudo quanto recebemos.
vier, achar fazendo assim." (Lc 12.42,43)
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 15.2: Um mordomo de confiança
Quinta - 2Tm 4.7,8: A mordomia da fé cristã
Terça - 1Co 4.1,2: Despenseiros de Cristo
Sexta - 1Cr 29.1: Tudo o que temos vem de Deus
Quarta - Lc 10.30-37: A mordomia do amor
Sábado - Mt 6.20: Ajuntando tesouros no céu
cristão
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 12.42-48
42 E disse o Senhor: O qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos,
para lhes dar a tempo a ração?
43 Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim.
44 Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá.
45 Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados
e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se,
46 virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe
dará a sua parte com os infiéis.
47 E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será
castigado com muitos açoites.
48 Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer que
muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.
HINOS SUGERIDOS
124, 363, 438 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Deus confiou aos seus filhos a mordomia dos bens espirituais e materiais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos sub-tópicos.
I. Apresentar o conceito de "Mordomo" e de "Mordomia";
II. Conscientizar sobre a importância da mordomia cristã;
III. Expor acerca da mordomia espiritual do cristão;
IV. Explicar a mordomia dos bens materiais.

Lição 1
CONHECENDO OS DOIS LIVROS DE SAMUEL
6 de Outubro de 2019.

TEXTO ÁUREO
"E disse ela: Ache a tua serva graça em teus olhos. Assim, a mulher se foi seu caminho e
comeu, e o seu semblante já não era triste." (1Sm 1.18)

VERDADE PRÁTICA
Nos livros de Samuel, aprendemos a servir, a adorar e a amar a Deus de todo o coração, apesar
das circunstâncias adversas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2Tm 3.16: A Bíblia, por ser inspirada por Deus, fala-nos à alma
Terça - Gn 18.12: Deus abençoa homens e mulheres imperfeitos
Quarta -1Sm 13: Sempre há bênçãos para quem vai à Casa de Deus
Quinta - Rm 12.19: Não reajamos às provocações
Sexta - 1Sm 2.12-18: Mantenhamos a fidelidade a Deus, apesar da apostasia reinante
Sábado - Dt 28.1,2: A obediência a Deus é a chave para o verdadeiro sucesso

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 1.1-8

1 Houve um homem de Ramataim-Zofim, da montanha de Efraim, cujo nome era Elcana, filho
de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efrateu.
2 E este tinha duas mulheres: o nome de uma era Ana, e o nome da outra, Penina; Penina tinha
filhos, porém Ana não tinha filhos.
3 Subia, pois, este homem da sua cidade de ano em ano a adorar e a sacrificar ao SENHOR dos
Exércitos, em Siló; e estavam ali os sacerdotes em Siló; e estavam ali os sacerdotes do
SENHOR, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli.
4 E sucedeu que, no dia em que Elcana sacrificava, dava ele porções do sacrifício a Penina, sua
mulher, e a todos os seus filhos, e a todas as suas filhas
5 Porém a Ana dava uma parte excelente, porquanto ele amava Ana; porém o SENHOR lhe
tinha cerrado a madre.
6 E a sua competidora excessivamente a irritava para a embravecer, porquanto o SENHOR lhe
tinha cerrado a madre.
7 E assim o fazia ele de ano em ano; quando ela subia à Casa do SENHOR, assim a outra a
irritava; pelo que chorava e não comia.
8 Então, Elcana, seu marido, lhe disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que
está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?

HINOS SUGERIDOS
36, 44, 51 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Expor a introdução aos livros de Samuel.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo i refere-se ao tópico I com os seus respectivos sub-tópicos.

I. Apresentar o contexto histórico de 1 e 2 Samuel;


II. Pontuar a autoria e data de 1 e 2 Samuel;
III. Explicar a teologia dos livros de Samuel;
IV. Apontar Samuel como o divisor de águas em Israel.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Estamos próximo de mais um encerramento do ano. Mais um trimestre se inicia. Como se


encontra a sua classe? Como se encontro o seu planejamento? Revejo-o, estude mais e se
prepare sempre, pois você está fazendo uma grande obro para Deus. Neste trimestre
estudaremos dois importantes livros do Antigo Testamento: 1 e 2 Samuel. Estes livros nos
revelam a formação da nação de Israel e como Deus usou homens para falar ao coração do
povo. Fale a respeito do comentarista do trimestre. É o pastor Osiel Gomes - escritor,
conferencista, bacharel em Teologia, Direito e graduado em Filosofia; líder da AD em Tirirical,
São Luís - MA.
COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremos os livros históricos de 1 e 2 Samuel. Veremos que eles mostram
como Deus escolhia homens para reinar sobre Israel. A partir de seus personagens principais -
Samuel, Saul e Davi -, perceberemos que os líderes do passado não eram infalíveis.

PONTO CENTRAL
Deus levanta pessoas para cumprir o seu propósito.

I. CONTEXTO HISTÓRICO DE 1 E 2 SAMUEL

1. A originalidade de Samuel. Originalmente, os livros de 1 e 2 Samuel formavam uma só


obra, assim como 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas. Os livros de 1 e 2 Samuel formam uma narrativa
que trata da história de Israel, a partir de sua entrada em Canaã (XII a.C.) até ao cativeiro na
Babilônia (587-586 a.C.). Eles não são apenas registros de fatos e de pessoas do passado, mas
são a Palavra de Deus indispensável ao nosso ensino, edificação e consolação (2Tm 3.16).

2. Os personagens principais do livro. Há vários personagens importantes nesses livros, mas


dentre eles, três se destacam: Samuel, o profeta; Saul, o primeiro rei de Israel; e Davi, o homem
segundo o coração de Deus. A partir desses homens, os livros de Samuel, como os demais da
Bíblia, evidenciam o cuidado especial de Deus, bem como suas disciplinas, justiça e
misericórdia, a fim de polir a vida dos reis e do povo hebreu, conforme seus propósitos (Tt 2.14;
Hb 12.10).

3. O propósito de 1 e 2 Samuel. O propósito de 1 e 2 Samuel é relatar a história do reinado de


Israel, partindo do estado de anarquia'' para a monarquia teocrática (Jz 21.25; cf. 1Sm 10.1).
Uma das lições mais preciosas que esses livros nos ensinam é que o "obedecer é melhor do que
o sacrificar" (1Sm 15.22).

SÍNTESE DO TÓPICO I
Samuel, Saul e Davi são os principais personagens do livro que apontam para a transição da
anarquia de Israel, nos tempos dos juízes, para a monarquia.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

"Os dois livros de Samuel são os primeiros dos seis livros duplos que originalmente não
estavam divididos e que perfaziam um total de três: Samuel, Reis e Crônicas. Samuel e Reis são
encontrados no cânon hebraico ao lado de Josué e Juízes em uma seção conhecida como 'Os
Profetas Anteriores. Juntos, estes livros contêm o registro histórico iniciado por Josué e a
travessia do Jordão e estendem-se até o período do exílio babilônico" (Comentário Bíblico
Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.175).

II. AUTORIA E DATA

1. Título e autor. O nome de Samuel significa "nome de Deus" e o título dos livros que levam o
seu nome revela uma figura protagonista para contar a história do povo de Deus. Segundo
alguns estudiosos do Antigo Testamento, e do aspecto externo dos livros, as duas obras são
anônimas, assim como os outros livros históricos. Entretanto, de acordo com os capítulos 1 à 24
de 1 Samuel, o filho de Ana pode ser apontado como autor, e os demais capítulos, atribuídos aos
profetas Natã e Gade. Esse fato é possível, pois de acordo com o aspecto interno dos livros
históricos, os autores sagrados quase sempre eram testemunhas oculares dos eventos que se
sucediam (1Cr 29.29).
2. A data dos livros. Os estudiosos apresentam as datas entre 1.100 e 970 a.C. Essa data marca
os acontecimentos históricos desde o nascimento de Samuel ao término do reinado de Davi.
Assim, crê-se que Samuel nasceu em aproximadamente 1.100 a.C., e começou a exercer a
função de líder provavelmente no ano 1.070, depois de cinco anos que o sacerdote Eli havia
morrido. Os especialistas do Antigo Testamento afirmam que o reinado de Davi foi entre 1.010
e 970 a.C., assim, podemos avaliar que o período geral dos livros de 1 e 2 Samuel é de
aproximadamente 130 anos.

3. A situação espiritual. Samuel cresceu em Siló. Nesse lugar praticavam-se os mais


degradantes pecados pelos filhos do sacerdote Eli. A idolatria e a imoralidade eram os pecados
dominantes na nação (1Sm 7.3). Em Israel, o sacerdote do povo era Eli, mas ele se deixou levar
pelos filhos, honrando-os mais que ao Senhor Deus. Ele não lhes aplicou a disciplina necessária,
mesmo sabendo de todos os atos pecaminosos de seus filhos (1Sm 2.29). Esse quadro desolador
gerou consequências espirituais irreparáveis ao povo de Israel: religiosidade aparente,
espiritualidade superficial e um sacerdócio descomprometido com Deus (1Sm 2.22,23).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Em Israel, idolatria e a imoralidade eram os pecados dominantes no povo

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Reproduza o esquema abaixo a fim de apresentar os dois livros de Samuel.

1 SAMUEL 2 SAMUEL
I. O Ministério de Samuel (1Sm 1,1-8.22); I. O Reino de Davi (2Sm 1.1 20.26);
II. Saul tornou-se rei (1Sm 9.1-15.35); II. Um apêndice (2Sm 21.1-24.25).
III. Saul e Davi (1Sm 16.1-31.13).

III. A TEOLOGIA NOS LIVROS DE SAMUEL

1. Profecias cumpridas. Eruditos concordam que há ensinos robustos na estrutura textual dos
livros de 1 e 2 Samuel. Por exemplo, profecias cumpridas na história e mudanças que ocorreram
na estrutura social da nação estão patentes em 1 Samuel 7 e 12, e 2 Samuel 17.

2. Em busca de um rei. Samuel era um líder preocupado com o crescimento espiritual da


nação. Por isso ele está presente no momento em que o povo israelita pede para si um rei. Como
homem de Deus, Samuel declara sua sinceridade, transparência e retidão no exercício sacerdotal
(1Sm 12.1-5). Assim, ele pediu que o povo considerasse o que o Altíssimo havia feito por eles,
mesmo diante do ato de rebelião contra Deus (1Sm 12.24).

3. Os alicerces da dinastia davídica. No capítulo 7 de 2 Samuel há o estabelecimento profético


da dinastia de Davi. Ela surge pela ordem do Senhor. A Bíblia mostra que não obedecer a
vontade de Deus levou muitos reis a tornarem-se escravos deportados e, depois, assassinados,
como aconteceu com Joaquim e Zedequias (2Rs 24.12; Jr 39.7). Assim, a quebra da aliança no
período monárquico trouxe graves consequências para o povo de Deus: o templo foi destruído,
assim como as muralhas da cidade, e os israelitas foram humilhados em terras estranhas.

SÍNTESE DO TÓPICO III


Deus é quem dá ordem ao rei, ao povo, ao profeta; é quem exalta, escolhe e abate, pois Ele é
soberano.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"A linha teológica que traspassa Samuel e Reis é a escolha divina de um líder para representá-
Lo, enquanto o Senhor implementa os concertos com Israel. Essa nação existia na terra por
causa do concerto incondicional que Deus fez com Abraão. O Senhor implementou o concerto
abraâmico quando Ele resgatou o seu povo do Egito e fez deles uma nação. Mas as bênçãos da
terra eram condicionais. A bênção de Deus era dada por obediência, como declaradamente em
Deuteronômio" (Roy B. Zuck (Ed). Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD,
2018, p.135).

IV. SAMUEL: O DIVISOR DE ÁGUAS

1. Um momento de crise espiritual. Samuel aparece no cenário bíblico veterotestamentário


num momento de uma grande crise espiritual. O trabalho desse servo do Senhor não seria fácil,
pois ele desempenharia um papel fundamental na transição do período dos juízes para a
monarquia. Assim, ele orientou o povo para promover a construção de uma unidade nacional e
espiritual. O profeta, juiz e sacerdote Samuel foi o homem a quem Deus escolheu para falar,
julgar e representar a nação de Israel, o povo escolhido por Deus (Lv 20.24,26).

2. O líder Samuel. Samuel fechou o ciclo dos juízes. Ele contribuiu grandemente para a nação
de Israel ao estabelecer os alicerces do ofício profético, preservar o sacerdócio e estruturar a
base espiritual do sistema monárquico (1Sm 3.15-21; 2.18; 8.10-22). Posteriormente, profetas
mais novos herdariam o modelo espiritual deixado por Samuel, bem como todo um conjunto de
conselhos para a casa real de Israel. Com Samuel, aprendemos que a chave para alcançar
estabilidade e prosperidade no ministério é confiar em Deus e depender de seu favor.

SÍNTESE DO TÓPICO IV
Um momento de crise marcou o surgimento do profeta de Samuel em Israel.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

"Um dos maiores líderes de Israel (2Cr 35.18; Sl 99.6; Jr 15.1; At 3.24; Hb 11.32). Samuel veio
a Israel em uma das horas mais sombrias da nação. Os filisteus, que por um longo período
haviam intimidado os israelitas, estavam ameaçando tragá-los. Mas Ana, a esposa de Elcana, de
Ramataim-Zofim, da montanha de Efraim, estava mais preocupada com o fato de não ter filhos.
Enquanto adorava no Tabernáculo em Siló, ela rogava que o Senhor lhe desse um filho, o qual
ela ofereceria para ser um nazireu de Deus (Nm 6) por toda sua vida. Este filho foi Samuel,
aquele que ungiu reis, o último dos juízes, e o primeiro dos profetas depois de Moisés"
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.1753).

CONCLUSÃO

Os livros de 1 e 2 Samuel apresentam a narrativa histórica da transição do período dos juízes


para a monarquia dinástica. As muitas histórias apresentadas nesses livros revelam os erros e os
acertos de líderes humanos, mas, ao mesmo tempo, revela o quanto Deus trabalha pelo seu
povo.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),
Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Quando aconteceu a divisão entre os livros de 1 e 2 Samuel?


A divisão desses dois livros aconteceu quando da tradução do hebraico para o grego, conhecida
por Septuaginta.

• Quais são os personagens principais do livro?


Há vários personagens importantes nesses livros, mas dentre eles, três se destacam: Samuel, o
profeta; Saul, o primeiro rei de Israel; Davi, o homem segundo o coração de Deus.

• Qual o propósito de 1 e 2 Samuel?


O propósito de 1 e 2 Samuel é relatar a história do reinado de Israel, partindo do estado de
anarquia para a monarquia teocrática (Jz 21.25; cf. 1Sm 10.1).

• Quem é o autor de 1 e 2 Samuel?


Segundo os estudiosos do Antigo Testamento, e do aspecto externo dos livros, as duas obras são
anônimas, assim como os outros livros históricos. Entretanto, de acordo com os capítulos 1 ao
24 de 1 Samuel, o filho de Ana pode ser apontado como autor, e os demais capítulos, atribuídos
aos profetas Natã e Gade.

• O que há em 2 Samuel 7, ordenado pelo Senhor?


No capítulo 7 de 2 Samuel há o estabelecimento profético da dinastia de Davi. Ela surge pela
ordem do Senhor.
Lição 2
O NASCIMENTO DE UM LÍDER PROFÉTICO EM ISRAEL
13 de Outubro de 2019.

TEXTO ÁUREO
“E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome
Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.” (1Sm 1.20)

VERDADE PRÁTICA
O surgimento de pessoas vocacionadas, como Samuel, pode ser o resultado da oração,
consagração e ensino dos pais no lar.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 7.7: Devemos perseverar em oração
Terça – Rm 12.1: Devemos oferecer sacrifício vivo a Deus
Quarta – 1Pe 3.7: O marido deve conviver com entendimento com sua esposa
Quinta – Sl 50.14: Devemos cumprir os votos que fazemos a Deus
Sexta – Sl 103.1-3: Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele nos dá
Sábado – Sl 127.3: Os filhos são herança do Senhor

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 1.20-28

20 E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome
Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao SENHOR.
21 E subiu aquele homem Elcana, com toda a sua casa, a sacrificar ao SENHOR o sacrifício
anual e a cumprir o seu voto.
22 Porém Ana não subiu, mas disse a seu marido: Quando o menino for desmamado, então, o
levarei, para que apareça perante o SENHOR e lá fique para sempre.
23 E Elcana, seu marido, lhe disse: Faze o que bem te parecer a teus olhos; fica até que o
desmames; tão-somente confirme o SENHOR a sua palavra. Assim, ficou a mulher e deu leite a
seu filho, até que o desmamou.
24 E, havendo-o desmamado, o levou consigo, com três bezerros e um efa de farinha e um odre
de vinho, e o trouxe à Casa do SENHOR, a Siló. E era o menino ainda muito criança.
25 E degolaram um bezerro e assim trouxeram o menino a Eli.
26 E disse ela: Ah! Meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui
esteve contigo, para orar ao SENHOR.
27 Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a minha petição que eu lhe tinha
pedido.
28 Pelo que também ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao SENHOR
foi pedido. E ele adorou ali ao SENHOR.

OBJETIVO GERAL

Exortar que a família pode ser o ambiente propício para que Deus levante pessoas para sua
obra.

HINOS SUGERIDOS
60, 79, 96 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Elucidar o ambiente familiar de Samuel;


II. Esclarecer que Samuel foi fruto de oração;
III. Expor a dedicação de Samuel.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Deus levanta pessoas para o ministério. Ele vocaciona os que serão usados por Ele para fazer
uma grande obra. Entretanto, uma obra desse porte requer também zelo da família que ensina o
menino, ou a menina, no caminho do Senhor. É preciso que a criança cresça num ambiente em
que a prática de oração é um hábito, que haja consagração sincera a Deus e ensino da Palavra no
lar. Assim, ao longo dos tempos, Deus vai moldando o coração do infante para que ame as
coisas d’Ele. Uma família que serve a Deus de todo o coração é um ambiente propício para o
Pai levantar pessoas para a sua obra.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Antes de aparecer no cenário de Israel, Samuel já era consagrado diretamente ao Senhor (1Sm
1.11). Nesta lição, veremos que esse homem tinha tudo a seu favor para ser o que foi.
Primeiramente, ele foi fruto de oração de sua mãe. Em seguida, passou toda a sua juventude sob
a mentoria do sacerdote Eli, morando no Santuário Central. Veremos que Samuel era constante
na Casa do Senhor e, por isso, foi grandemente abençoado. O nosso objetivo é que, a partir
desta lição, você e o seu lar sejam grandemente abençoados. Vale a pena criar os filhos no
temor do Senhor; que eles não se afastem da Casa de Deus!

PONTO CENTRAL
Deus chama pessoas no ambiente familiar.

I. O AMBIENTE FAMILIAR DE SAMUEL

1. Onde Samuel nasceu? No capítulo um de 1 Samuel, vemos que o lar onde ele nasceu não
era perfeito. Estudiosos dos costumes bíblicos afirmam que nas famílias dos homens de Deus do
passado havia os mesmos problemas de hoje: conflitos e maus tratos. Poligamia, rivalidade
entre irmãos e oposição entre pais e filhos também estavam presentes nas famílias daquela
época. Tais fatos, porém, não anularam o projeto de Deus para a família de Samuel. A Bíblia diz
que Elcana, pai do jovem juiz, sacerdote e profeta, era levita da família de Coate (1Cr 6.22-28),
um homem de elevada posição social e chefe da família de Zofim, que deu origem ao nome da
aldeia, Ramataim de Zofim, que significa altitude ou elevação dupla, isso por causa de Ramá
(elevação). Foi em Ramá que Samuel nasceu, viveu e morreu (1Sm 1.19; 7.17; 25.1). Assim
como seu pai Elcana, Samuel também era levita e vivia no território da Tribo de Efraim (1Sm
1.1).

2. A bigamia presente. O autor do livro de Samuel pontua que Elcana tinha duas mulheres,
uma prática que feria o princípio bíblico, posto que esse nunca foi o ideal de Deus para a família
(Gn 2.24; Mt 19.5,6); embora fosse tolerado pela lei (Dt 21.15-17) - alguns homens na Bíblia
foram polígamos, mas tiveram consequências gravíssimas: Abraão, Jacó, Gideão, Davi,
Salomão. A prática comprometedora de Elcana trouxe problema para si e para a sua mulher,
Ana, a quem amava, pois Penina provocava sua rival, visto que ela tinha filhos, mas Ana, não.
Crê-se que o casamento de Elcana com Penina se dera por causa da esterilidade de Ana. Por
vezes nossos lares se tornam conflituosos devido à falta de prudência e sabedoria de um dos
cônjuges. Por isso, é imperioso que o esposo e a esposa saibam proceder com verdade e
sinceridade, relacionando-se um com o outro em amor (Ef 4.2) e pedindo sabedoria do alto para
a solução de conflitos (Tg 1.5).

3. Uma família piedosa. Apesar de todas as querelas presentes na família de Samuel, há um


destaque especial para o seu lado piedoso: de ano em ano subiam todos à Casa do Senhor para
O adorar. Siló era o centro religioso da nação, que distava de Betel 18 quilômetros ao norte.
Essa família subia para prestar culto ao Senhor dos exércitos. Apesar das dificuldades, pais e
filhos não devem deixar de ir à casa de Deus, pois ali, Deus fala conosco! No tocante à piedade,
Paulo diz que ela é proveitosa para tudo (1Tm 4.8). A palavra “piedade”, do grego eusebeia,
remete à reverência, respeito, temor e fidelidade a Deus. Assim, se no lar existe a verdadeira
piedade, não haverá desrespeito aos pais nem abandono dos filhos em sua velhice (1Tm 5.4).

SÍNTESE DO TÓPICO I
O lar que Samuel nasceu não era perfeito, entretanto, sua família era piedosa.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ao iniciar a aula faça a seguinte pergunta: “Qual é o significado do nome de Samuel?” A partir
da resposta à pergunta, você pode introduzir a explicação sobre a família em que Samuel
nasceu. Use este trecho para lhe auxiliar na resposta e no desenvolvimento do tópico: “Quando
a criança nasceu, Ana chamou o seu nome Samuel (20; Shemuel em 1Cr 6.33), que literalmente
significa ‘nome de Deus’ ou ‘um nome piedoso’. Como recebera a criança em resposta a sua
oração, Ana procurou por um nome e um caráter divinos. Os nomes do Antigo Testamento
compostos por ‘el’ são derivados de Elohim ou El, os termos hebraicos genéricos para Deus”
(Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.181).

II. SAMUEL: FRUTO DE ORAÇÃO

1. A humildade de Ana. Descrita no primeiro capítulo como uma mulher forte, firme, decidida,
apesar de toda provocação de Penina, Ana se mostrou humilde. Penina, sua rival, fazia de tudo
para que Ana se irasse (1Sm 1.6), perdesse o controle, mas o que esta fazia era subir à Casa de
Deus (1Sm 1.9,10). Uma mulher cristã, espiritual, sempre busca sabedoria para proceder com
prudência, como mulher piedosa (Pv 31.30). Ela evita responder aos ataques de outras, mas
dirige-se à pessoa certa, derramando o seu coração diante de Deus (1Sm 1.12,13).

2. Ana e sua amargura de alma. Toda a situação na qual vivia fez com que sua alma tivesse
grande amargura. Aqui, a palavra é a mesma que aparece em Êxodo 15.23 e Rute 1.20. No caso
de Ana, pode ser entendida como desapontamento, frustração. No santuário, ela orava ao Senhor
apenas com os lábios, o que não era comum para os hebreus. Esse ato incomum fez Eli pensar
que ela estivesse embriagada. Mas com reverência, ela explicou sua dor, de modo que o
sacerdote lhe respondeu: “Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe
pediste” (1Sm 1.17). Assim, aprendemos que as nossas amarguras e ansiedades devem ser
colocadas perante o soberano Senhor. Ele sabe como tratar conosco (1Pe 5.7).

3. O pedido de Ana. Ana pediu um filho para Deus. Nesse pedido ela fez um voto,
mencionando duas promessas: primeira, se o pedido fosse atendido, ela dedicaria o seu filho
como levita para sempre (1Sm 1.22) - note que o ministério de levita durava até 50 anos (Nm
4.3); segunda, ele seria um nazireu de Deus (1Sm 1.11) - observe que o nazireado tinha um
tempo determinado também (Nm 6.2-5). Deus ouviu o pedido de Ana e agiu em seu favor; a
expressão “lembrou-se dela” aponta para o socorro divino. Como é maravilhoso entregar tudo a
Deus, levar-lhe nossas causas, pois Seu agir é certo! Deus ainda intervém!

SÍNTESE DO TÓPICO II
No ambiente de oração e súplica de Ana, que revelara a angústia de sua alma, se encontra o
nascimento de Samuel.
SUBSÍDIO BIBLICO-TEOLÓGICO

“Ana não acompanhou a família até Siló para a festa anual depois do nascimento de Samuel, até
que seu filho crescesse o suficiente para ser desmamado (22), o que geralmente acontecia entre
os dois e três anos de idade. Fica claro que Elcana foi informado sobre o voto que Ana fizera em
relação ao seu filho desejado e que ele consentiu plenamente com o desejo de sua esposa. O
significado de um sacrifício pessoal, tanto para ele como para Ana, é visto na atitude de Jacó
para com José, o primeiro filho de sua esposa favorita, Raquel (Gn 37.1-4). No versículo 21, em
vez de sacrifício anual e a cumprir o seu voto, a Septuaginta traz ‘pagar seus votos e todos os
dízimos de sua terra’” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, p.181).

III. A DEDICAÇÃO DE SAMUEL

1. O nascimento de Samuel. O versículo 20 diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve
um filho, e o nomeou de Samuel, que pode significar “ouvido de Deus” (do heb. Shemu´á-el)
ou “seu nome é poderoso” (do heb. Shemu-´el). Atente para o sufixo el, tanto no caso de Shemu
´á-el quanto no de Shemu-´el. A ênfase aqui recai para um nome poderoso, ou seja, ao poder do
Eterno, que deve ser adorado para sempre. Isso mostra que Samuel cresceu, fortaleceu-se e
confiou no Deus Todo-Poderoso, como indica o seu próprio nome.

2. O cumprimento do voto. A partir do versículo 21, nota-se que Elcana, marido de Ana, subiu
à casa de Deus para, juntamente com toda a sua casa (com a exceção de Ana, que só subiria
após desmamar o menino) apresentar sacrifícios anuais e cumprir o seu voto. Pelo texto da
Septuaginta, Elcana cumpriu seus votos e também entregou os dízimos do produto da terra (Dt
12.26,27). Esse procedimento consistia em entregar os dízimos do produto da terra, conforme se
esperava que todo levita fizesse (Nm 18.26; Ne 10.38). Após ser desmamado, aproximadamente
três anos mais tarde, Samuel foi levado por seus pais à Casa de Deus, e entregue ao sacerdote
Eli como cumprimento do voto feito por sua mãe. Assim, o casal cumpriu conforme o
prometido: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo” (Ec 5.4a).

3. Dedicação de Samuel. Ana lembrou a Eli de que esteve perante a sua presença, orando ao
Senhor para que “se lembrasse dela”. Assim, Ana dedicou Samuel a Eli para o serviço no
templo, devolvendo-o para o Deus Todo-Poderoso. Era uma dedicação irrevogável. Como é
bom quando os pais se dedicam as coisas de Deus e, consequentemente, mostram aos seus
filhos, na prática, uma vida de devoção sincera. Ao chegarem ao templo, em reverência, oram a
Deus; em casa, fazem o culto doméstico; primam por viver o Evangelho de Jesus Cristo. Os
filhos que crescem, vendo tal dedicação sincera, naturalmente, são estimulados a temerem a
Deus e a amá-lo de todo o coração. Mostremos, portanto, reverência, humildade e honra ao
Senhor nosso Deus!

SÍNTESE DO TÓPICO III


Ana cumpriu seu voto, dedicando Samuel a Deus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Voto.

Essa palavra tem três diferentes usos gramaticais, isto é, pode ser um verbo transitivo, um verbo
intransitivo ou um advérbio. Elas expressam a ideia de uma promessa verbal feita – geralmente,
mas não exclusivamente – a Deus. No AT foram usadas três palavras hebraicas. Uma delas é o
verbo nadar, e outra é o substantivo neder, derivado desse verbo. A terceira é ‘issar, com um
sentido negativo – um voto de abstinência. O substantivo do NT, usado apenas duas vezes, é o
termo grego euche, que é traduzido como ‘um voto’. Os votos do AT parecem adotar três
formas básicas: do tipo de barganha, atos de abnegada devoção, e aqueles que têm como
finalidade a abstenção” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.2027).

CONCLUSÃO

Com esta lição, somos estimulados a apresentar a Deus as nossas petições. Uma vez
abençoados, voltarmos à sua Casa, conforme o exemplo de Ana, para agradecê-lo pelas orações
respondidas. Nesse sentido, nossa vida deve ser um testemunho aberto aos nossos filhos acerca
da dedicação, reverência e humildade ao Deus Todo-Poderoso. Ana teve dois privilégios: ter um
filho e, além disso, vê-lo ungido por Deus para o ministério. Por intermédio de sua família,
Deus pode levantar novos vocacionados.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR
• O que de especial podemos destacar na família de Samuel?
Apesar de todas as querelas presentes na família de Samuel, há um destaque especial para o seu
lado piedoso: de ano em ano subiam todos à casa do Senhor para O adorar.

• Como a palavra amargura pode ser entendida no caso de Ana?


No caso de Ana, pode ser entendida como desapontamento, frustração.

• Qual voto Ana fez a Deus?


Ana fez um voto mencionando duas promessas: primeira, se o pedido fosse atendido, ela
dedicaria o seu filho como levita para sempre (1Sm 1.22; segunda, ele seria um nazireu de Deus
(1Sm 1.11).

• O que diz o versículo 20 do capítulo um de 1 Samuel?


O versículo 20 diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve um filho e o nomeou de
Samuel.

• O que Ana lembrou a Eli?


Ana lembrou a Eli que esteve perante a sua presença anos passados, orando ao Senhor para que
“se lembrasse dela”.

Lição 3
A CHAMADA PROFÉTICA DE SAMUEL
20 de Outubro de 2019.

TEXTO ÁUREO
“Então, veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. E
disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.” (1Sm 3.10)

VERDADE PRÁTICA
A verdadeira chamada divina capacita o crente fiel a ser um porta-voz autêntico da Palavra de
Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jr 23.28: Valorizando a mensagem profética da Palavra
Terça – Jr 23.26: O profeta de Deus não fala coisas do seu coração
Quarta – Hb 4.12: A importância de sermos porta-vozes da Palavra escrita
Quinta – 1Co 14.33: A verdadeira profecia não traz confusão
Sexta – Mt 11.29: Devemos aprender aos pés do Mestre Jesus
Sábado – Ef 4.11: Valorizando o ministério estabelecido por Deus na Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 3.1-10

1 E o jovem Samuel servia ao SENHOR perante Eli. E a palavra do SENHOR era de muita
valia naqueles dias; não havia visão manifesta.
2 E sucedeu, naquele dia, que, estando Eli deitado no seu lugar (e os seus olhos se começavam
já a escurecer, que não podia ver)
3 e estando também Samuel já deitado, antes que a lâmpada de Deus se apagasse no templo do
SENHOR, em que estava a arca de Deus,
4 o SENHOR chamou a Samuel, e disse ele: Eis-me aqui.
5 E correu a Eli e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Mas ele disse: Não te chamei eu,
torna a deitar-te. E foi e se deitou.
6 E o SENHOR tornou a chamar outra vez a Samuel. Samuel se levantou, e foi a Eli, e disse:
Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Mas ele disse: Não te chamei eu, filho meu, torna a deitar-
te.
7 Porém Samuel ainda não conhecia o SENHOR, e ainda não lhe tinha sido manifestada a
palavra do SENHOR.
8 O SENHOR, pois, tornou a chamar a Samuel, terceira vez, e ele se levantou, e foi a Eli, e
disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Então, entendeu Eli que o SENHOR chamava o
jovem.
9 Pelo que Eli disse a Samuel: Vai-te deitar, e há de ser que, se te chamar, dirás: Fala,
SENHOR, porque o teu servo ouve. Então, Samuel foi e se deitou no seu lugar.
10 Então, veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. E
disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.

OBJETIVO GERAL
Conscientizar que Deus levanta profetas para a sua Igreja.

HINOS SUGERIDOS
75, 122, 127 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Definir o Profetismo em Israel;


II. Explicar o desenvolvimento do Ministério de Samuel;
III. Analisar o ministério profético na Atualidade.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O Ministério Profético foi dado por Deus à Igreja. A lição de hoje diz respeito ao ministério
profético de Samuel e o quanto ele foi separado para essa grande obra. Ao longo das Escrituras,
Deus levantou homens e mulheres para que fossem portadores diretos da mensagem de Deus ao
seu povo. Ao estudar esta lição, que o Espírito Santo nos desperte acerca da necessidade dos
dons sobrenaturais para a sua igreja, e mais especificamente, o de profecia. Nosso Deus
continua a falar ao seu povo por meio deste maravilhoso dom.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que o ministério profético do Antigo Testamento não se caracterizava pela
adivinhação nem pela mera predição do futuro, mas tinha como principal objetivo levar a todos
a ter um firme compromisso com Deus. Sua essência é anunciar a totalidade da mensagem
divina. Por isso, Jeremias foi bem categórico: “O profeta que tem sonho conte-o como apenas
sonho; mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade [...] - diz
o SENHOR” (Jr 23.28).

PONTO CENTRAL
Deus levanta verdadeiros profetas que falem sobrenaturalmente às pessoas.

I. DEFININDO O “PROFETA” EM ISRAEL

1. A menção de “profeta” no livro. A primeira menção feita a um “profeta” no livro está


registrada em 1 Samuel 2.27-36. Aqui, vemos que o profeta era caracterizado como homem de
Deus, título que lhe trazia grande responsabilidade. O profeta não é um adivinhador, mas o
porta-voz de Deus. Ali, Samuel se dirigiu à casa de Eli, dizendo que este seria substituído por
um sacerdote fiel - Zadoque. Esse acontecimento antecipava como seria o ministério de Samuel,
o profeta do Senhor por excelência.

2. Definição de profeta. De modo geral, a palavra do hebraico para profeta é nabî.


Etimologicamente, a definição é incerta, porém, diversos significados lhe são atribuídos, entre
os quais, “chamado por Deus” e “orador”. Entretanto, a maioria dos estudiosos trata a palavra
“profeta” com o sentido de porta-voz divino. Nesse aspecto, o profeta seria mensageiro de
Deus, cuja missão era levar o povo a obedecer à vontade do Todo-Poderoso. Quem ouvisse esse
porta-voz teria sucesso; pois o profeta comunica o que Deus lhe diz, fala o que o Senhor lhe
falou. Esse é o fundamento do movimento profético do Antigo Testamento (Dt 18.18; 2Cr
20.20).

3. Samuel e os demais profetas. Com Samuel deu-se o início à prática de os profetas ungirem
reis. Segundo o texto bíblico, o próprio Samuel comunicou as palavras de Deus a Saul, de que
este seria rei. Segundo os estudiosos, foi com Samuel que teve início o movimento profético
formal em Israel. E com Elias, ele se desenvolveria ainda mais. A partir do ministério de
Samuel, surgiram os profetas da corte – os que atuavam junto aos reis. Alguns desses profetas
não apenas aconselhavam os soberanos, mas também eram seus escrivães. Por exemplo,
Samuel, Natã e Gade fizeram alguns registros reais.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Profeta é o que fala em nome do Senhor. Com Samuel deu-se o início da prática de os profetas
ungirem o rei.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Para traçar um perfil mais exato do ministério de Samuel, considere a leitura deste texto:
“Samuel, sendo ainda rapazinho, foi favorecido com uma revelação divina (1Sm 3.1-21). Tal
revelação dizia respeito à derrubada da casa de Eli, e foi com relutância que Samuel
comunicou a mensagem a Eli. Samuel foi crescendo em estatura na presença do povo, e todos
compreenderam que ele fora encarregado com um ofício profético da parte do Senhor (1Sm
3.20). A trágica derrota de Israel e a perda da arca, usada como talismã contra os filisteus,
quando os dois filhos de Eli figuraram entre os mortos, significou o fim da sucessão de Eli, e a
rejeição do sacerdócio araônico. Embora não seja explicitamente afirmado, Samuel, a única
pessoa então em vista, assumiu as rédeas até então nas mãos de Eli” (BENTHO, Esdras
Costas; PLÁCIDO, Reginaldo Leandro. Introdução ao Estudo do Antigo Testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 2019, p.226). Assim, apresente o perfil do ministério profético de Samuel à
classe.

II. O DESENVOLVIMENTO DO MINISTÉRIO DE SAMUEL

1. O crescimento profético de Samuel. Se os filhos do sacerdote Eli praticavam pecados


abomináveis, o jovem Samuel crescia com integridade diante de Deus e do povo. Sempre houve
em Ana, sua mãe, um cuidado especial para que seu filho estivesse envolvido com a obra de
Deus. Ela orou por ele e o entregou aos cuidados de Eli. Este, observando a dedicação de Ana e
seu comprometimento, orou por ela, rogando a Deus a bênção para a sua casa (1Sm 2.20,21). É
maravilhoso dedicarmos a Deus o que temos de mais precioso, pois suas recompensas são
certas.

2. A formação profética de Samuel. Samuel aprendeu com Eli. Ele foi formado pelo velho
sacerdote, assim como Paulo aprendeu aos pés de Gamaliel (At 22.3) e Timóteo com Paulo
(2Tm 3.10). Deus chamou Samuel quando ele tinha cerca de 12 anos (1Sm 3.1-4), ou seja, a
mesma faixa-etária de Jesus quando foi levado a Jerusalém por seus pais (Lc 2.42). Assim, sob
os cuidados de Eli, Samuel era forjado por Deus para o ministério profético. Muitos hoje não
querem mais aprender com os mais experientes, pois julgam-se importantes e desprezam o
aprendizado aos “pés de alguém”. Paulo e Timóteo, por exemplo, orgulhavam-se de ter
aprendido com seus mestres. Mas, além de disposição para aprender, precisamos de disposição
para ouvir a voz de Deus. Isso só é possível por meio de uma vida de oração e busca fervorosa
pelo Senhor (Is 55.6). Deus quer falar conosco!

3. A disciplina de Samuel. Ainda jovem, Samuel já se mostrava disciplinado. Ao ouvir uma


voz que o chamava pelo nome, pensando que fosse a de Eli, por três vezes dirigiu-se a ele com
todo respeito e temor (1 Sm 3.4,5). Essa postura apontava que ele era o homem certo para ouvir
a Palavra do Senhor. Por não ter uma experiência pessoal com Deus, ainda não sabia como
responder ao chamado divino; por isso, Eli o orientou. Desde então Samuel passou a receber
visões de Deus e orientações sobre sua Palavra. Se os nossos filhos servirem a Deus com a
disposição de Samuel, educados pela sua família na presença do Pai, eles influenciarão de
maneira impactante a sua geração (cf. Mt 5.13-16).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Samuel cresceu, desenvolveu-se e aprendeu, do ponto de vista do ministério profético, com Eli.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Samuel era um líder nacional que exercia os ofícios de sacerdote e profeta. Ele aparece
diversas vezes nos relatos do primeiro livro de Samuel, oferecendo sacrifícios pelo povo na
consagração dos reis Saul e Davi e pelo exército de Israel (1Sm 7.9; 9.12,13; 10.8; 13.8,9;
16.3,13). É reconhecido naquela geração como homem honrado ‘e tudo quanto diz sucede assim
infalivelmente’ (1Sm 9.6); ‘e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras
deixou cair em terra’ (1Sm 3.19). É todo-importante que o homem de Deus tenha tal conceito
diante do povo da cidade. É dever de todo cristão se comportar com decência e honestidade,
pois o mundo observa a nossa vida, mas quem ocupa cargo de relevância precisa ter uma vida
ilibada, deve ser um referencial para o povo, note que a boa fama de Samuel era conhecida por
todos” (SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010, p.24).

III. O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA ATUALIDADE

1. O dom da profecia. O dom de profecia, disponível a todos os crentes, manifesta-se de forma


sobrenatural e momentânea; encoraja, exorta e consola a Igreja; edifica de forma coletiva e
individual o povo de Deus (1Co 12.7-11; 1Tm 4.14). O dom de profecia é uma dádiva de Deus à
sua Igreja. É maravilhoso saber que o Pai ainda fala diretamente com o seu povo.

2. O ministério de profeta no Novo Testamento. O emprego do termo “profeta”, no Novo


Testamento, refere-se a determinados indivíduos chamados por Deus, a fim de entregar
revelações específicas à Igreja; suas mensagens eram proclamadas com autoridade sobrenatural
e reconhecidamente divina. Veja-se, por exemplo, o caso de Ágabo (At 11.28; 21.10). Segundo
Atos 13.1 e 15.32, os profetas eram impulsionados extraordinariamente pelo Espírito Santo,
para o exercício desse ministério. Não podemos confundir o ministério profético com o dom de
profecia.

3. Onde estão os profetas? Hoje, o Senhor continua a falar à sua Igreja por meio do ministério
profético. Ainda temos homens que, à semelhança de Ágabo, transmitem enunciados proféticos
de maneira sobrenatural e extraordinária. Todavia, eles não possuem autoridade canônica da
Bíblia Sagrada – a única regra infalível de fé e prática reconhecida pela Igreja de Cristo. Toda
locução profética é passível de julgamento à luz da Bíblia Sagrada (1Co 14.29). A profecia é
uma necessidade premente nos dias de hoje (1Co 14.5).

SÍNTESE DO TÓPICO III


O Senhor continua a falar à sua Igreja tanto por meio do dom de profecia quanto pelo ministério
profético.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Alguns profetas também eram usados para predizer o futuro, como Ágabo em duas ocasiões
(At 11.28; 21.11). Ele saiu de sua casa na Judeia para levar as mensagens de Deus. Em
consequência da primeira, foi levantada uma oferta para ajudar a igreja em Jerusalém durante
uma fome prevista e acontecida. Na segunda, a igreja foi avisada a respeito da prisão do
apóstolo Paulo. Em nenhuma delas estava envolvida alguma nova doutrina. Nem foram dadas
instruções quanto ao que a igreja devia fazer. Isto era assunto dos membros, mediante o Espírito
Santo. Nunca houve algo semelhante à adivinhação, no ministério desses profetas. Os que são
usados regularmente pelo Espírito no exercício do dom de profecia na congregação, também são
chamados profetas (1Co 14.29,32,37). A Bíblia adverte contra os falsos profetas que alegam ser
usados pelo Espírito Santo, mas devem ser submetidos à prova (1Jo 4.1)” (HORTON, Stanley.
A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
pp.290-91).

CONCLUSÃO

Onde estão os crentes usados por Deus para falar extraordinariamente ao seu povo? Nestes
últimos dias, precisamos de obreiros fiéis que busquem os dons do Espírito. Entretanto,
estejamos vigilantes. Como já dissemos, todo enunciado profético tem de passar,
necessariamente, pelo crivo da Bíblia Sagrada.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Onde está registrada a primeira menção de “profeta” nos livros de Samuel?


A primeira menção que é feita sobre “profeta” no livro está registrada em 1 Samuel 2.27-36.

• Segundo a lição, o que o profeta seria?


O profeta seria o porta-voz de Deus para que o povo obedecesse à vontade do Todo-Poderoso.

• Como Samuel se dirigiu a Eli após ouvir uma voz?


Ao ouvir uma voz que o chamava pelo nome, pensando que fosse a de Eli, por três vezes se
dirigiu a ele com todo respeito e temor (1Sm 3.4,5).

• Como o dom de profecia se manifesta?


O dom de profecia se manifesta de forma sobrenatural e momentaneamente.

• Segundo Atos 13.1 e 15.2, a que os profetas eram impulsionados?


Segundo Atos 13.1 e 15.32, os profetas eram impulsionados pela inspiração profética a entregar
a mensagem de Deus.

Lição 4
A DEGENERAÇÃO DA LIDERANÇA SACERDOTAL
27 de Outubro de 2019.

TEXTO ÁUREO
“E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Porque ouço de todo este povo os vossos malefícios.”
(1Sm 2.23)

VERDADE PRÁTICA
Evitemos o pecado a todo custo, pois a sua prática leva-nos ao mais baixo nível espiritual e
moral.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Lv 21.6,7: Os líderes têm de viver o ideal da Palavra
Terça – Hb 5.4: O obreiro tem de valorizar a vocação de Deus
Quarta – Mt 25.21: A fidelidade é o caminho do êxito verdadeiro
Quinta – 1Pe 5.3: Os líderes têm de ser o exemplo dos fiéis
Sexta – Dn 5.21-23: Não confunda o sagrado com o profano
Sábado – Ap 2.23: Todo pecado contra Deus recebe sua sentença

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 2.22-25; 3.10-14


1 Samuel 2.22-25
22 Era, porém, Eli já muito velho e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel e de
como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da
congregação.
23 E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Porque ouço de todo este povo os vossos malefícios.
24 Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço; fazeis transgredir o povo do
SENHOR.
25 Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o
SENHOR, quem rogará por ele? Mas não ouviram a voz de seu pai, porque o SENHOR os
queria matar.

1 Samuel 3.10-14
10 Então, veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. E
disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.
11 E disse o SENHOR a Samuel: Eis aqui vou eu a fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que
ouvir lhe tinirão ambas as orelhas.
12 Naquele mesmo dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa;
começá-lo-ei e acabá-lo-ei.
13 Porque já eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem
conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu.
14 Portanto, jurei à casa de Eli que nunca jamais será expiada a iniquidade da casa de Eli com
sacrifício nem com oferta de manjares.

OBJETIVO GERAL
Evitar o pecado a todo custo e viver uma vida santa.

HINOS SUGERIDOS
53, 354, 459 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Destacar a degeneração dos filhos de Eli;


II. Pontuar a sentença do juízo de Deus;
III. Mostrar as consequências do pecado.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A presente lição trata da degradação da família de Eli. A vida cristã é um caminho de lutas. A
todo tempo somos provados. Deus espera que nos achemos aprovados durante o processo. Para
isso, precisamos ser vigilantes e, na força do Espírito Santo, não esmorecer na caminhada.
Precisamos evitar o pecado a todo custo, viver uma vida santa e sincera com Deus. Aproveite
essa oportunidade para conscientizar os alunos acerca da necessidade de uma vida devocional
vigorosa. Deus deve ser honrado em toda a área de nossa vida!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O tema desta lição é a degeneração da liderança sacerdotal da casa de Eli. Veremos que os
filhos deste não corresponderam aos propósitos divinos, e enveredaram pelo caminho do
pecado, o que os fez deturpar as características do sacerdócio (Lv 21.6,7). Assim, Deus agiu de
modo punitivo para com os filhos de Eli, pois eles, tendo conhecimento das leis divinas, não
andaram por elas, mas degeneraram-se, abandonando as virtudes do verdadeiro sacerdócio.
Quando Deus escolhe alguém para executar uma missão, deve este alguém observar
rigorosamente a vontade divina.

PONTO CENTRAL
O pecado deve ser evitado a todo custo.

I. A DEGENERAÇÃO DOS FILHOS DE ELI

1. Quando não valorizamos o que Deus nos deu. Segundo o relato bíblico, Eli era avançado
em idade; tinha 98 anos (1Sm 4.15). Seus dois filhos, Hofni e Finéias, por seu turno, também
não valorizaram a posição que Deus lhes dera; degeneraram-se, transformando a Casa do Pai em
lugar de imoralidades sexuais (1Sm 2.22). Entretanto, devemos ponderar um ponto sobre o
sacerdote Eli. Não se tem menção de abusos cometidos por ele; seu principal erro foi não
corrigir os pecados de seus filhos; ele já não tinha autoridade sobre estes. Foi um pecado por
omissão e complacência. Logo, o Senhor não demoraria em derramar a sua ira sobre a Casa de
Eli (1Sm 3.12).

2. Fazendo uma troca. Os filhos de Eli trocaram o Senhor pelos prazeres da vida - o apóstolo
Paulo menciona os que são mais amigos dos prazeres do mundo do que de Deus (2Tm 3.4). Para
freá-los, pois o que faziam era por demais escandalosos, foi preciso uma ação do próprio Deus
(1Sm 2.25; 4.10.11). Não barganhe a posição que o Pai lhe concedeu; valorize o seu ministério,
glorificando o Altíssimo e cumprindo a sua vontade. Os que se mantiverem fiéis serão
grandemente honrados por Ele junto ao trono divino (Mt 25.21).

3. As consequências para quem peca contra Deus. Quando o homem comete um crime contra
outro homem, aqui na Terra, há os tribunais humanos para julgá-lo, como Paulo nos lembra em
Timóteo (1Tm 1.9). Entretanto, para os pecados dos filhos de Eli, não haveria tribunal humano,
pois eles pecaram direta e deliberadamente contra Deus. Como eles não se arrependeram, o
juízo divino era inevitável. A ira de Deus se acenderia contra eles. Os que estão à frente do
rebanho do Senhor devem ser exemplo em tudo. É preciso ser íntegro no ensino, incorruptível,
reverente, digno e santo (Tt 2.7). Devemos ser conscientes de que Deus não tolera o pecado,
principalmente, aos que ensinam e estão em posição de liderança (Tg 3.1).

SÍNTESE DO TÓPICO I
Os filhos de Eli não valorizaram o que Deus lhes deu, trocaram pelos prazeres da vida e
receberam as consequências por isso.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ao introduzir a lição, faça um relato sobre os filhos de Eli: Hofni e Finéias. Inicie dizendo que
esses dois filhos tinham a responsabilidade de cuidar do que era sagrado, principalmente, da
Arca da Aliança (1Sm 4.4). Eles viviam do sagrado. Ao profanarem a sacralidade do ministério,
eles afrontaram a Deus. A história dos dois filhos de Eli chama-nos a atenção para o perigo de
profanar o que é santo. Quando estamos exercendo um ministério há muito tempo, ou
auxiliando em alguma atividade da igreja local, corremos o risco de ficarmos insensíveis às
coisas espirituais, e tornarmos um burocrata da fé. Naturalmente, não é esta a vontade de Deus.
Devemos nos precaver contra a apostasia e as ofensivas de Satanás.

II. A SENTENÇA DO JUÍZO DE DEUS

1. A experiência profética de Samuel. Numa época em que era bem raro ouvir a voz de Deus,
Samuel ouviu clara e reverentemente o Altíssimo (1Sm 3.10). Nessa experiência, o jovem
profeta recebeu uma séria e urgente comunicação divina: uma mensagem contra a casa de Eli, o
seu mestre. Tal experiência mostra que Deus não faz acepção de pessoas, ou seja, não se
importa com a idade de alguém quando a questão é fazer a vontade divina (1Sm 3.15-18).

2. Sentença pronunciada. Eli recebera uma sentença por meio de um profeta desconhecido:
Deus iria punir os seus filhos (1Sm 2.31). Prontamente, Eli aceitou a sentença que vinha da
parte de Deus. Agora era a vez do menino Samuel. Ele não poderia mudar a mensagem, pois o
que Deus lhe havia entregue estava na mesma direção do que entregara ao profeta
desconhecido. Sim, Deus havia sentenciado a casa de Eli: viria morte e destruição sobre ela
(1Sm 3.12). Esta sentença seria executada por intermédio da invasão dos filisteus à terra do
povo de Deus. Ali, além de muita matança, houve a captura da Arca da Aliança, símbolo da
presença divina no meio do povo. Os filhos de Eli foram mortos. E, ao saber disso, e
principalmente de que a Arca havia sido levada, Eli caiu e quebrou o pescoço; de imediato, sua
nora entrou em trabalho de parto. Logo após, deu o nome ao seu filho, “Icabode”, a glória de
Israel se foi, a fim de marcar a tragédia que se abateu contra aquela casa (1Sm 4.18-22). Em
seguida, ela morreu.

3. A desgraça da família de Eli. A desgraça sobre a casa de Eli veio como uma grande
avalanche. Seus filhos, Hofni e Finéias, bem como a sua nora, morreram. Além disso, 85
sacerdotes pereceram. No reinado de Salomão, Abiatar (um sacerdote da linhagem de Eli) foi
expulso e, a partir daí, a casa de Eli passou a ser preterida (1Rs 1.7,8; 2.27,35). As predições do
profeta desconhecido e de Samuel se cumpriram na totalidade, ainda que levassem
aproximadamente 130 anos para seu desfecho. Isso nos mostra que o pecado contra Deus tem a
sua sentença, o seu juízo. O Novo Testamento corrobora tal assertiva. Veja o caso da igreja em
Tiatira (Ap 2.23). A Bíblia revela que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23).

SÍNTESE DO TÓPICO II
A sentença tratava-se da punição de Deus aos filhos de Eli. Ela seria executada por intermédio
da invasão dos filisteus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Prova de Samuel (3.1-17).

A primeira mensagem que Samuel deveria entregar serviu como uma prova severa. Ele tinha um
íntimo e afetivo relacionamento com Eli. Passaria ele a mensagem de iminente condenação com
total honestidade? Em sua prova, Samuel prefigura o ministério de muitos dos profetas que o
seguirão. A maioria dos profetas do AT foi chamada para advertir Israel da vinda dos julguemos
divinos! Os profetas não foram especialmente populares no tempo em que viveram!”
(RICHARDS, Lawrence. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.182).

III. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

1. O preço do pecado. O pecado sempre traz consequências. A Bíblia revela alguns exemplos
sobre isso: (1) a expulsão de Adão e Eva do Paraíso, a morte física e espiritual (Gn 3.1-7,23;
Rm 5.12); (2) Acã e sua família perderam a vida (Js 7.24,25); (3) Ananias e Safira foram mortos
(At 5.1-11). Como vimos, as consequências do pecado são trágicas. Eli tinha conhecimento do
pecado de seus filhos, mas sua covardia era visível. Por causa de sua omissão e da irreverência
de seus filhos, sua família foi tirada do sacerdócio. É bom lembrar que Eli não era somente pai,
mas principalmente, sacerdote. Por isso, cabia-lhe a responsabilidade paternal e judicial; nisso
ele falhou. A Palavra de Deus nos mostra que, se os filhos não forem bem encaminhados, no
caminho do Senhor (Pv 29.15), se tornarão uma vergonha aos seus pais e, se persistirem no erro,
sofrerão consequências gravíssimas. Portanto, além de orarmos por nossos filhos, precisamos
conduzi-los à comunhão com Deus (Dt 6.4-9), para, enfim, dizermos: “eu e a minha casa
serviremos ao SENHOR” (Js 24.15).
2. Os males da falta de repreensão. Provérbios 15.10 diz que aquele que aborrece a repreensão
morrerá. De acordo com o hebraico, a palavra repreensão (heb. towkachath) quer dizer correção,
censura, punição, castigo. Nesse sentido, o próprio Deus aplica a sua repreensão: “Porque o
SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Pv
3.12). Por não atentar para ela, a casa de Eli padeceu. Muitos já não acreditam no juízo de Deus.
Ele é justiça! Ele é Santo!

3. Pecados voluntários e deliberados não têm perdão. O apóstolo João disse que há pecados
pelos quais não se deve orar (1Jo 5.16). Esse tipo de pecado gera morte. Nesse caso, é
impossível que a pessoa se renove para o arrependimento. Entretanto, a Bíblia revela que o que
confessa o pecado e o deixa, alcança misericórdia. Mas não houve misericórdia para os filhos de
Eli, pois eles não se humilharam, não se quebrantaram na presença de Deus. Eles pecaram
voluntária e deliberadamente; zombaram do Senhor. Como seguidores de Jesus Cristo,
tenhamos temor e tremor. O pecado voluntário e deliberado leva à morte eterna (Hb 10.26).

SÍNTESE DO TÓPICO III


A família de Eli foi tirada do sacerdócio de Israel como consequência dos pecados de seus
filhos.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“A razão do fracasso de Eli em lidar com a imoralidade de seus filhos pode ser explicada
parcialmente em função de sua idade avançada. Tal imoralidade era agravada por ser cometida
no próprio Tabernáculo. A presença de mulheres ligadas ao funcionamento do Tabernáculo é
expressa em Êxodo 38.8. O escândalo era evidente (2.24). A advertência de Eli a seus filhos
abrangia tanto o efeito da conduta deles sobre os outros – fazei transgredir o povo do Senhor
(24) – como as consequências sobre eles mesmos (25). A conduta ética imprópria – o pecado de
um homem contra outro – poderia ser julgado nas cortes da lei; mas o pecado religioso contra
Deus seria punido pelo próprio Senhor. Pelo fato de o termo hebraico traduzido como juiz ser
há-Elohim, que também significa “Deus”, a ARA e outras traduções modernas trazem:
‘Pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o árbitro’, ou ‘Deus o julgará’”
(Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.183).

CONCLUSÃO

O pecado tem o seu salário. O pecado tem as suas consequências. Por isso, se andarmos
segundo a Palavra de Deus, se formos fiéis aos seus mandamentos e se procedermos com
sinceridade e verdade, Deus nos confirmará em sua presença.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Em que consistia o pecado de Eli?


Devemos ponderar um ponto sobre o sacerdote Eli. Não se tem menção dele cometendo abusos
em seu ministério, mas seu principal erro foi não corrigir os abusos de seus filhos, perdendo,
assim, sua autoridade sobre eles.

• Contra quem os filhos de Eli pecaram?


Os filhos de Eli pecaram contra Deus.

• Na experiência profética de Samuel, que mensagem ele recebeu de Deus?


Nessa experiência, o jovem profeta recebeu uma pesada comunicação divina: uma mensagem
contra a casa de Eli, o seu mestre.

• Cite os exemplos de consequências do pecado.


A Bíblia revela alguns exemplos às consequências do pecado: (1) a expulsão de Adão e Eva do
Paraíso, a morte física e espiritual (Gn 3.1-7,23; Rm 5.12); (2) Acã e sua família perderam a
vida (Js 7.24,25); (3) Ananias e Safira foram mortos (At 5.1-11).

• Como seguidores de Jesus, o que devemos evitar?


Como seguidores de Jesus Cristo, devemos sempre evitar o pecado voluntário e deliberado, pois
nós temos a mente de Cristo (1Co 2.16).

Lição 5
A INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA EM ISRAEL
27 de Outubro de 2019.

TEXTO ÁUREO
“Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-
lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois,
agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.” (1Sm 8.4,5)

VERDADE PRÁTICA

Antes de tomar uma decisão, o crente precisa buscar a orientação de Deus, para que não venha a
sofrer dolorosas consequências.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Ef 1.6,7: Procure corresponder à sua vocação espiritual
Terça – Nm 27.15-18: Deus é quem escolhe a liderança de sua Igreja
Quarta – Mt 9.37,38: Para uma liderança de qualidade é preciso orar
Quinta – Lc 6.12-14: Jesus escolheu os seus discípulos em oração
Sexta – Lc 4.18: Para fazer a obra de Deus é preciso unção do Espírito Santo
Sábado – Js 1.8: Alimentar-se da Palavra é o segredo para o sucesso do ministério

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 8.4-7; 10.1-7

1 Samuel 8.4-7
4 Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,
5 e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-
nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.
6 Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para
que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR.
7 E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem
rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele.

1 Samuel 10.1-7
1 Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse:
Porventura, te não tem ungido o SENHOR por capitão sobre a sua herdade?
2 Partindo-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de
Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o
teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por
meu filho?
3 E, quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três
homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três cabritos, o outro, três bolos de pão, e
o outro, um odre de vinho.
4 E te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão.
5 Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando
ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si
saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizará
6 E o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro
homem.
7 E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é
contigo.

OBJETIVO GERAL
Mostrar que para tomar decisões, o crente deve pedir orientação a Deus.

HINOS SUGERIDOS
78, 207, 342 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Conceituar monarquia;
II. Explicitar a escolha de Saul como rei;
II. Especificar o rei que o povo escolheu.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A vida cristã passa pela tomada de decisões. Tomá-las sem buscar a direção de Deus pode nos
trazer grandes prejuízos. Assim, a lição desta semana trata de um tema importante do Antigo
Testamento. O povo de Israel pediu um rei para ser igual às outras nações. A decisão do povo
foi marcada pela aparência humana e dados superficiais. Tal pedido, mais adiante, trouxe graves
consequências espirituais ao povo de Israel através do rei Saul. Aqui, encontra-se uma ótima
oportunidade para refletirmos acerca do grau de dependência que temos do Senhor. Boa aula!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Ao tratar da instituição da monarquia em Israel, não podemos ignorar a soberania de Deus ao


estabelecer essa forma de governo. Embora a monarquia fosse um desejo nacional, Deus
interveio e, segundo a sua vontade, estabeleceu essa forma de governo. Outrora, Ele levantava
juízes em diversas regiões, mas agora Ele levantaria uma monarquia em Israel. Nesse sentido,
estudaremos a razão da monarquia, a escolha do rei Saul, o primeiro rei de Israel e o mérito
dessa escolha.

PONTO CENTRAL
O crente deve pedir direção a Deus para tomar qualquer decisão.

I. POR QUE A MONARQUIA?

1. Um sentimento de orgulho nacional (8.4,5). O desvio de Israel teve origem em sua


desobediência a Deus. Os israelitas só o buscavam em tempos de crise; então, davam ouvidos à
mensagem divina. Segundo a Bíblia, Deus chamou Israel para ser líder espiritual do mundo
(1Cr 17.21; Jo 4.22), mas a nação enveredou pelo mesmo caminho das outras nações. Assim,
por meio do orgulho nacional, os israelitas foram levados a pedir um rei antes da hora. Nesse
caso, adotar o regime monárquico, segundo o modelo pagão, significava rejeitar a liderança
divina representada por Samuel. Dessa forma, os israelitas escolheram uma política meramente
humana, fugindo de sua real vocação sacerdotal e profética. Há perigo quando o povo de Deus
deixa a sua verdadeira vocação para imitar as instituições terrenas. Embora seja bíblico cumprir
nossas obrigações políticas e sociais, a vocação da Igreja é espiritual, como afirmou Jesus: “O
meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos,
para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 8.36).

2. O fracasso dos filhos de Samuel. Este era o contexto dos israelitas: a Arca da Aliança não
estava mais com o povo; havia ameaças constantes dos filisteus e os filhos de Samuel não
andavam em caminhos retos. Nesse sentido, o pedido dos anciãos tocou o coração do profeta;
pois ele sabia que os seus filhos não tinham condições morais nem espirituais para substituí-lo.
Samuel era um líder fiel, sincero, verdadeiro e, embora fosse duro ouvir, ele sabia que os
anciãos falavam a verdade. Biblicamente, não há problema em um filho de pastor vir a substituir
o pai no ministério. Entretanto, isso não pode se dar por causa do amor paterno, mas pela
vocação dada por Deus e confirmada pela Igreja de Cristo (1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). O dono da
obra é o Senhor!
3. Rejeitando os planos de Deus (10.6,7). Escolher a monarquia, naquele contexto, era rejeitar
o propósito divino. Foi algo deliberado do povo contra o plano estabelecido por Deus desde
quando Israel ocupou a Terra de Canaã. Deus é onisciente. Ele sabia que esse momento chegaria
(Dt 17.14). Assim, no tempo certo, o próprio Deus daria um rei com as qualidades necessárias.
É preciso seguir essa diretriz no processo de sucessão de líderes. Não podemos perder a
perspectiva de que é Deus que dá seus líderes à Igreja (Mt 9.38; Lc 10.2).

SÍNTESE DO TÓPICO I
O sentimento de orgulho nacional, o fracasso dos filhos de Samuel e a rejeição do plano de
Deus contribuíram para o estabelecimento da monarquia.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ao introduzir a lição de hoje, que tem como tema a instituição do primeiro reinado de Israel,
faça uma síntese a respeito de como Deus conduzia o seu povo até aquele derradeiro momento.
Como sugestão para essa síntese, use o seguinte texto como auxílio: “[...] Desde os dias de
Moisés Deus governava Israel através de sacerdotes e juízes especialmente dotados com poder
e habilidade. Quando Samuel, o último dos juízes, envelheceu, o povo pediu um rei para que
eles fossem como as nações que estavam ao seu redor. O repúdio que demonstravam estava
dirigido a Deus e a uma caminhada de fé. Eles desejaram imitar as nações não simplesmente
no governo, mas também no espírito, dependendo de suas próprias possibilidades e poder ao
invés de depender do Senhor (1Sm 8)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD,
2010, p.1775).

II. A ESCOLHA DE SAUL COMO REI

1. Por que Saul? Quando lemos o livro de 1 Samuel, logo percebemos que o foco do autor
sagrado é Davi, e não Saul. Se Saul foi o primeiro rei de Israel, por que o foco da narrativa não
recaiu sobre ele? Podemos considerar que, num primeiro momento, o rei Saul foi ungido pela
soberana vontade de Deus. Entretanto, ele reinou indiferente aos mandamentos divinos; era um
rei falho, egoísta e ciumento. O propósito do autor sagrado é contrastá-lo com Davi, um homem
segundo o coração de Deus.

2. A unção de Saul por Samuel (10.1). Na unção de Saul, alguns detalhes devem ser
destacados. Samuel o beijou em sinal de afeição e admiração pessoal. A unção era feita com
azeite de oliva. A cerimônia simbolizava a investidura divina para o exercício do cargo. Os que
são separados, por Deus, para a sua Obra, têm a unção do Espírito Santo – a capacidade que
vem do alto para o exercício do Santo Ministério (Ef 4.11-14). Hoje, não necessitamos do azeite
para a separação de obreiros para o ministério da Palavra; basta a imposição de mãos do
presbitério (1Tm 4.14; 2Tm 1.6).

3. Os sinais de confirmação da unção (10.2-7). Três são os sinais que confirmaram a unção de
Saul como o rei de Israel: (1) Saul encontra as jumentas perdidas de seu pai; (2) ele encontra
três homens no Monte Tabor, um levando três cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um
odre de vinho; (3) a capacidade de profetizar pelo Espírito de Deus. O primeiro sinal
representava o trabalho que o rei teria; o segundo apontava para o sustento divino para a tarefa
de Saul; e o terceiro, o rei reinaria sob o Espírito de Deus e, assim, salvaria Israel de seus
inimigos. Quem é chamado para o ministério precisa aplicar-se ao trabalho (Jo 5.17); sustentar-
se pelo alimento sagrado, a Palavra de Deus (Dt 8.3; Mt 4.4); e estar cheio do Espírito Santo (Ef
5.18). A jornada ministerial é pesada; por isso, é preciso estar centrado em Deus em todo o
exercício ministerial.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Saul foi ungido rei por Samuel pela vontade soberana de Deus.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“[...] Quando Saul se virou para partir em direção à sua casa, Deus lhe mudou o coração em
outro (9). O humilde trabalhador rural estava a caminho de tornar-se um líder militar e civil. O
Espírito de Deus se apoderou dele (10) e os seus conhecidos, ao vê-lo, perguntavam uns aos
outros: Está também Saul entre os profetas? (11), uma frase destinada a tornar-se famosa em
uma época posterior, sob as mais extremas manifestações de 19.23-24. Tornou-se provérbio
(12) não significa necessariamente a partir daquele momento, mas pode ter sido na época
posterior narrada no capítulo 19. Os versos 6-11 mostram ‘A criação de um novo homem’, pois
Samuel disse a Saul: te mudarás em outro homem, 6. Aqui temos (1) Redenção – Deus lhe
mudou o coração em outro, 9; (2) Renovação – O Espírito de Deus se apoderou dele, 10; e (3)
Reconhecimento – todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas
profetizava; então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de
Quis?” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.197).

III. O REI QUE O POVO ESCOLHEU

1. Uma escolha pautada na aparência. Saul rejeitou a Palavra do Senhor, assim, brevemente,
Deus daria ao povo um rei segundo o Seu coração (1Sm 13.13; 15.23). Entretanto, para o povo,
Saul era um candidato que enchia os olhos. Fisicamente, era um homem notável (1Sm 9.2). O
povo não via nada além que a aparência humana; mas Deus, que sonda todas as coisas, conhecia
o coração de Saul. Mesmo não sendo o rei ideal do ponto de vista divino, Deus o designou e o
nomeou.

2. Os direitos do novo rei. O profeta Samuel esclareceu que o rei teria os seguintes privilégios:
todos estariam sob o poder do novo rei e prontos para servi-lo na guerra, no trabalho do campo e
da cozinha real, na implantação de impostos, no confisco de escravos para o trabalho, na
produção de perfumes, e na cobrança dos dízimos da produção – no Antigo Testamento essa é a
única vez que se trata de dízimo cobrado pelo rei (1Sm 8.10-17). Assim, as exigências descritas
por Samuel faziam parte do novo sistema político que o povo tanto desejava, um padrão
desenvolvido pelas nações gentílicas. No Novo Testamento, há recomendação evangélica de
como o cristão deve se portar na forma de governo político-temporal vigente (Rm 13.1-7; 1Pe
2.13-17).

3. O novo sistema político e o aspecto teológico. Deus sempre cuidou de Israel; deu-lhe
mandamentos, escolheu lideranças para representá-lo em momentos ímpares, fez com que o
povo se arrependesse e se voltasse para Ele muitas vezes. Agora, não seria diferente. O Senhor
não se afastaria da nação. Se originalmente esta não era a vontade de Deus, o Criador usaria
esse modelo para guiar o seu povo. Ele já preparara um rei segundo o coração d’Ele (1Sm
13.14). Neste novo modelo, a liderança seria centralizada na pessoa do rei; sacerdotes e profetas
representariam o conselho de Deus para o governo monárquico. Assim, o Altíssimo conduziria
o seu povo pela história.

SÍNTESE DO TÓPICO III


A escolha do rei Saul foi pautada pela aparência. Ele tinha privilégios e estabeleceu o novo
sistema político em Israel.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Todos os anciãos de Israel (4) vieram até Samuel, para demonstrar uma ampla insatisfação
com a situação. A sua exigência de um rei se baseava em duas razões: já estás velho, e teus
filhos não andam pelos teus caminhos (5), além do desejo de que o rei pudesse ser o seu juiz ou
líder e de que eles pudessem ser como todas as nações. Este desejo de adequar-se aos outros,
rebelando-se contra as características divinas, foi uma fonte de problemas para o povo de Deus
em todas as épocas. O descontentamento de Samuel (6) não ocorreu porque o povo julgou que
ele estava velho e que os seus filhos não eram dignos de sucedê-lo, mas porque pediram um rei
– fato no qual ele via claramente implicações profundas com envolvimentos morais e
espirituais. Os seus receios se confirmaram quando o Senhor lhe disse: o povo não te tem
rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele (7). A nação já tinha
uma triste história de rebelião e idolatria, e estava, agora, apenas fazendo a Samuel o que já
havia feito ao Senhor (8). Esperava-se que o profeta concordasse com o pedido, mas ele
protestou e claramente informou os líderes do resultado da sua escolha (9)” (Comentário Bíblico
Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.193).

CONCLUSÃO

Deus é o Senhor da história. Muitas vezes não conhecemos seus caminhos nem propósitos, mas
sabemos que sua vontade é sempre a mais perfeita e agradável. Não podemos perder de vista
que o Pai é quem governa a nossa vida. Como cristãos, devemos buscar a bênção de que a nossa
vontade e escolhas estejam sempre bem alinhadas com as de Deus.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO


SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Onde teve origem o desvio de Israel?


O desvio de Israel teve origem em sua desobediência a Deus.

• Qual era o contexto dos israelitas quando pediram um novo rei?


Este era o contexto dos israelitas: a Arca da Aliança não estava mais com o povo, havia
ameaças constantes dos filisteus, os filhos de Samuel não andavam em caminhos retos.

• Qual o propósito do autor sagrado ao enfatizar o rei Davi e não o rei Saul?
O propósito do autor sagrado é contrastá-lo as atitudes do rei Davi, que mostram um
comportamento completamente diferente do de Saul.

• Cite os três sinais que confirmaram o reinado de Saul.


Três são os sinais que o texto menciona para confirmar a unção de Saul como o rei de Israel: (1)
Saul encontraria as jumentas perdidas de seu pai; (2) ele encontraria três homens no Monte
Tabor, um levando três cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho; (3) a
capacidade de profetizar pelo Espírito de Deus.

• Cite, ao menos, três privilégios do rei de Israel.


Todos estariam sob o poder do novo rei e prontos para servi-lhe na guerra, no trabalho forçado
na terra, no trabalho da cozinha real, na apropriação de terras para que fossem dadas aos
ministros do rei.

Lição 6
A REBELDIA DE SAUL E A REJEIÇÃO DE DEUS
10 de Novembro de 2019

TEXTO ÁUREO

“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria.


Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas
rei.” (1Sm 15.23)

VERDADE PRÁTICA
Ao cristão nascido de novo não cabe praticar o pecado da rebeldia, pois fazê-lo é reviver a velha
natureza.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 10.21: É sempre perigoso trilhar o caminho da rebeldia
Terça – 1Pe 1.23: O pecado da rebeldia não é coisa de quem nasceu de novo
Quarta – 1Co 10.5: Andar na rebeldia é perder os privilégios divinos
Quinta – Pv 17.11: Evitemos proceder como os rebeldes
Sexta – Js 1.8: O cristão deve ter o cuidado de proceder conforme o que está na Palavra
Sábado – Sl 40.1: O servo de Deus deve esperar sempre com paciência

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 15.17-28
17 E disse Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos
de Israel? E o SENHOR te ungiu rei sobre Israel.
18 E enviou-te o SENHOR a este caminho e disse: Vai, e destrói totalmente a estes pecadores,
os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles.
19 Por que, pois, não deste ouvidos à voz do SENHOR? Antes, voaste ao despojo e fizeste o
que era mal aos olhos do SENHOR.
20 Então, disse Saul a Samuel: Antes, dei ouvidos à voz do SENHOR e caminhei no caminho
pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas destruí
totalmente;
21 mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao
SENHOR, teu Deus, em Gilgal.
22 Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios
como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o
sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
23 Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria.
Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas
rei.
24 Então, disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do SENHOR e as
tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz.
25 Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o SENHOR.
26 Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do
SENHOR, já te rejeitou o SENHOR, para que não sejas rei sobre Israel.
27 E, virando-se Samuel para se ir, ele lhe pegou pela borda da capa e a rasgou.
28 Então, Samuel lhe disse: O SENHOR tem rasgado de ti hoje o reino de Israel e o tem dado
ao teu próximo, melhor do que tu.

OBJETIVO GERAL

Ressaltar que ao crente nascido de novo não cabe praticar o pecado da rebeldia.

HINOS SUGERIDOS
28, 270, 305 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Definir rebeldia;
II. Explicar a rebeldia de Saul;
III. Caracterizar a liderança sem critérios de Saul.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O orgulho é um fator determinante para o pecado de rebelião. Geralmente, a ausência de


humildade, a disponibilidade para o serviço altruísta, leva o ser humano a desenvolver uma
personalidade egoísta e orgulhosa. Quando se permite ao orgulho dominar o coração, o processo
de rebelião está preste a ser instalado. Cultivar a submissão, a humildade e a obediência é o
antídoto necessário para remover o “espírito da rebelião”, “porque a rebelião é como o pecado
de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria” (1Sm 15.23).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Nesta lição trataremos sobre a rebeldia de Saul e de sua rejeição por parte de Deus.
Figuradamente, Israel foi comparado a uma vaca rebelde que se rebelou contra Deus (Os 4.16).
A Bíblia mostra que há castigo divino para quem trilha o caminho da rebeldia (Nm 17.10;
20.24; Rm 10.21; 1Tm 1.9). É isso o que estudaremos aqui, tomando como exemplo Saul, o
primeiro rei de Israel.

PONTO CENTRAL
O crente nascido de novo não deve praticar o pecado de rebelião.

I. DEFINIÇÃO DE REBELDIA

1. Conceito. A rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma autoridade;


por vezes se trata de uma obstinação em excesso. Na Bíblia, há exigências constantes para que o
servo de Deus evite a rebelião, quer seja contra Deus, quer seja contra os pais, os líderes e as
autoridades.

2. O aspecto bíblico. Algumas passagens do Antigo Testamento, como por exemplo, Jeremias
3.23 e 31.22, apontam a nação de Israel como filhos e filhas rebeldes, que escolheram o mal
para desenvolver uma vida de pecado. No livro de Oseias, Israel é comparado a uma vaca
rebelde (Os 4.16), uma linguagem campestre em que o fazendeiro realça a rebeldia do animal.
Portanto, o real significado de rebeldia no Antigo Testamento é uma ênfase ao retorno de um
“servo de Deus” às mais horríveis práticas pecaminosas, incluindo também a adoração aos
ídolos. O cristão não pode viver na prática da rebeldia, visto que no seu ser há uma nova
natureza implantada por Cristo Jesus (2Co 5.17; 1Pe 1.23); praticá-la é o mesmo que chamar a
natureza velha para que reine outra vez − e a ordem de Paulo é que ela não reine (Rm 6.12).

3. O cristão e a rebelião. A Bíblia ensina ao cristão respeitar todas as autoridades, inclusive os


líderes da igreja; jamais ser insubmisso, rebelar-se (Rm 13.1), mas tendo como dever orar por
elas (1Tm 2.1,2). Entretanto, segundo as Escrituras, o cristão não deve sujeitar-se a uma
autoridade quando a prioridade da justiça está em risco e quando há violação aos princípios
bíblicos (At 5.29); mesmo assim, o ato de não submeter-se ao erro não significa liberdade para
usar de ataques com palavras indecorosas, motins e exposições em redes sociais. O Antigo
Testamento mostra os três amigos de Daniel que não se sujeitaram à ordem do rei, sendo
preparados para serem lançados no fogo; entretanto, ainda assim, demonstraram respeito para
com o monarca, não pronunciando palavras ofensivas (Dn 3.16,17). O verdadeiro cristão mede
bem as palavras, pois sabe que disso depende também a sua vida espiritual (Mt 12.37).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma autoridade; por vezes se
trata de uma obstinação em excesso.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Para ajudá-lo a elaborar a introdução de sua aula, reflita sobre o seguinte texto: “O rei de todos
os pecados é o orgulho. Nenhum outro pecado é maior que ele. Além do orgulho ou presunção,
todos os outros vícios – embriaguez, pecados sexuais, cobiça, mau gênio, violência – não
passam de insignificâncias comparados à montanha do orgulho. O orgulho é o pecado que
transformou Lúcifer em inimigo de Deus. Satanás se recusou a submeter-se a Deus; ele quer ser
líder. John Milton comenta, em seu Paraíso Perdido: ‘Satanás decidiu que era melhor reinar no
inferno do que servir no céu’. O orgulho nos torna independente de Deus, e a independência
está diametralmente oposto à adoração. É por isso que devemos nos submeter a Deus e resistir
ao Diabo” (DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto
de poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.161).

II. A REBELDIA DE SAUL


1. Não cumpria com a ordem divina. Por ordem expressa de Deus, Samuel ordenou a Saul que
matasse os amalequitas porque a medida dos seus pecados estava completa (Êx 17.8-13; Dt
25.17,18). Tudo deveria ser destruído e banido, pois os amalequitas estavam sob o julgamento
divino. Essa ação divina era para evitar que o mal deles se espalhasse cada vez mais. Entretanto,
nada dos amalequitas deveria ser saqueado ou roubado, pois não tratava-se de uma guerra
qualquer. O que não poderiam ser queimado, como o ouro, a prata e o ferro, seriam objetos
solenes de consagração a Deus. Mas Saul não obedeceu à ordem divina. Juntamente com
duzentos mil homens de onze tribos e outros dez mil de Judá, lançou-se à batalha, não destruiu o
rebanho do inimigo e ainda preservou a vida do rei Agague. O mal que Saul poupou não
tardaria de lhe atingir. Note que foi um amalequita que afirmou ter matado Saul (2Sm 1.1-10).

2. Deus se “arrependeu” em relação a Saul. Foram duas as razões para isso: Saul deixou de
seguir e de executar a vontade de Deus. A Palavra “arrepender-se”, oriunda do hebraico
nacham, significa “sentir profundamente, lamentar”. Referindo à pessoa de Deus, essa
expressão pode ser compreendida como mudança em relação à pessoa de Saul. Deus não tolera
o pecado e, dessa forma, não poderia deixar que Saul continuasse dirigindo o Seu povo. Por
isso, por meio de Samuel, Ele o rejeitou. A desobediência, a teimosia e a rebelião do primeiro
rei de Israel atraíram a ira de Deus. O prazer de Deus não está em sacrifícios, mas na obediência
do ser humano à sua Palavra. Mais do que um belo sermão, ou de grandiosas construções, Deus
requer de seu povo a obediência (Sl 50.13,14).

3. A rebelião como pecado de feitiçaria. Essa expressão traz a ideia de “uma decisão por meio
de adivinhação ou de lançamento de sorte”, uma atitude obstinada e teimosa. E a expressão
“porfiar é como iniquidade e idolatria” refere-se ao engano de um ídolo, demonstrado na
arrogância de quem pratica a idolatria. No texto está claro que as expressões falam de
apostasias. A primeira, a respeito da negação da autoridade divina; a segunda, a de reconhecer
outros poderes acima de Deus. Nesse contexto, o profeta Samuel afirma que não há valor em
sacrifícios a Deus quando se quebra um de seus mandamentos por desobediência deliberada.
Quem age assim coloca a sua vontade no lugar da de Deus. Por isso a rebelião é tão maléfica
quanto à adivinhação, pois ela rouba o lugar da glória de Deus. A insolência e a arrogância de
Saul revelam a tentativa de ele se impor no lugar de Deus. Era como se as regras da guerra
fossem dele, esquecendo-se de que Deus não dá a sua glória a ninguém (Is 42.8). De fato,
Lutero estava certo quando disse: “diante da Palavra eu é que tenho que me render; nenhum de
nós jamais pode e deve querer impor nossa vontade perante as ordens do Senhor”.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A rebeldia de Saul era caracterizada pela sua desobediência à ordem divina.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“Todos os que fomos acusados podemos arranjar álibis e racionalizar o que fizemos, mas sei em
meu íntimo onde erramos. Achávamos difícil, senão impossível, submeter-nos a outros que não
concordavam com a nossa maneira de agir. Várias pessoas nos disseram o que não queríamos
ouvir, mas nos recusamos a escutá-las. Esse foi o nosso maior pecado. Há segurança na
submissão. Mas aprendi a lição tarde demais. O que é submissão? Submissão é a disposição
para afrouxar as rédeas. Um líder forte deve estar disposto a submeter-se. Políticos e
empresários devem louvar essa qualidade. Os ministros devem possuí-la. O líder submisso diz:
Não preciso estar no controle. Estou comprometido até o ponto em que posso deixar de lado a
autoridade. Vou submeter a mim mesmo e o que faço a outros. A submissão é auto imposta.
Não fazemos isso por nossa própria causa. Por que a submissão é tão importante na vida do
crente? Porque ela nos protege da natureza perversa e inata oculta dentro de nós” (DORTCH,
Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto de poder. Rio de
Janeiro: CPAD, 1996, pp.153-54).
III. SAUL: UM LÍDER SEM CRITÉRIOS

1. Não sabia esperar. Uma das provas de que Saul não tinha critérios para a liderança era a sua
impaciência. Ele não sabia esperar. Samuel já havia dito para Saul esperar até a sua chegada
(1Sm 10.8). Infelizmente, o rei de Israel não o fez (1Sm 13.8-13). Essa ordem era para que Saul
esperasse, antes de começar qualquer invasão, pois ele deveria colocar tudo diante de Deus,
apresentando sacrifícios, como havia feito antes (1Sm 7). A falha principal de Saul não foi ter
oferecido sacrifício, mesmo ele não sendo sacerdote, mas foi não esperar o profeta Samuel para
receber a bênção de Deus. Na obra de Deus é preciso capacidade para esperar. O salmista
esperou com paciência (Sl 40.1). Deus age no momento certo em nosso favor. Esperemos no
Senhor!

2. Saul: o rei rejeitado. Destacamos a rejeição de Saul por causa do pecado de não atentar à
voz de Deus (1Sm 13.13). Foram muitas as características que marcaram a rebelião de Saul:
irreverência com a ordem de Deus, voto tolo, infidelidade na guerra contra os amalequitas e
desobediência às palavras do Senhor. Assim, Deus rejeitou a Saul! Essa história nos mostra que
devemos, irrestritamente, obedecer aos desígnios de Deus e servi-lo de todo o coração. O Pai
deseja que andemos todos num só propósito!

SÍNTESE DO TÓPICO III


Saul não sabia esperar, assim, esta característica contribuiu para a sua rejeição.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“A coroa da Submissão. O Antigo Testamento oferece um contraste nos estilos de liderança.


Saul representa a rebeldia; Davi personifica a submissão. Dois reis, duas coroas, dois estilos: um
é exaltado, o outro, extinto. O rei Saul é rejeitado e esquecido no pó da história. Porém Davi,
três mil anos mais tarde, continua nas manchetes. Ainda chamamos Jerusalém ‘Cidade de Davi’,
a cidade do rei. A rebelião reflete insegurança. Quando nos submetemos, porém, damos uma
firme impressão de calma e força. Howard Butt também escreve: ‘A coroa da liderança cristã é
uma coroa de espinhos brilhantes. A coroa da revolução se desintegra. A coroa da submissão é
exaltada’” (DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto de
poder. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.160).

CONCLUSÃO

O que é ter sucesso no ministério? É ter agenda concorrida? Um estilo de vida confortável?
Não. O sucesso do ministério não está somente em ser separado para um cargo, mas sim na
obediência completa ao Deus da Palavra. Assim, Salomão escreveu: “é melhor o fim das coisas,
do que seu princípio” (Ec 7.8). Que Deus nos ajude a obedecer e a viver para sua glória!

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Defina rebeldia.
A rebeldia é caracterizada como um ato de resistência; é opor-se a uma autoridade; por vezes se
trata de uma obstinação em excesso.

• Por que o cristão não pode viver na prática da rebeldia?


O cristão não pode viver na prática da rebeldia, visto que no seu ser há uma nova natureza
implantada por Cristo Jesus (2Co 5.17; 1Pe 1.23).

• Por que tudo dos amalequitas deveria ser destruído?


Tudo deveria ser destruído e banido, pois os amalequitas estavam sob o julgamento divino.

• Qual o sentido da palavra “arrepender-se”?


A Palavra “arrepender-se”, oriunda do hebraico nacham, significa “sentir profundamente,
lamentar”.

• O que nos mostra a história de Saul?


Essa história nos mostra que devemos, irrestritamente, obedecer aos desígnios de Deus e servi-
lo de todo o coração.

Lição 7
DAVI É UNGIDO REI
17 de Novembro de 2019

TEXTO ÁUREO
“Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia
em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou
a Ramá.” (1Sm 16.13)

VERDADE PRÁTICA
O propósito da unção é capacitar o obreiro para desempenhar a obra de Deus e, com autoridade,
vencer os gigantes.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Is 61.1: Ungido para a obra de Deus
Terça – 2Co 1.21,22: O cristão tem a unção do Espírito
Quarta – At 1.8: Ungido pelo Espírito para testemunhar com ousadia
Quinta – 1Jo 2.20,27: Ungido para o entendimento
Sexta – Is 55.8: A escolha de Deus segundo o seu conselho
Sábado – Mc 10.45: Sendo um bom servo para servir

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 16.1-13

1 Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para
que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita;
porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
2 Porém disse Samuel: Como irei eu? Pois, ouvindo-o Saul, me matará. Então, disse o
SENHOR: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos e dize: Vim para sacrificar ao SENHOR.
3 E convidarás Jessé ao sacrifício; e eu te farei saber o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem
eu te disser.
4 Fez, pois, Samuel o que dissera o SENHOR e veio a Belém. Então, os anciãos da cidade
saíram ao encontro, tremendo, e disseram: De paz é a tua vinda?
5 E disse ele: É de paz; vim sacrificar ao SENHOR. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício.
E santificou ele a Jessé e os seus filhos e os convidou ao sacrifício.
6 E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse: Certamente, está perante o SENHOR o seu
ungido.
7 Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua
estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem
vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.
8 Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este
tem escolhido o SENHOR.
9 Então, Jessé fez passar a Samá, porém disse: Tampouco a este tem escolhido o SENHOR.
10 Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O
SENHOR não tem escolhido estes.
11 Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que
apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos
assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui.
12 Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa
presença). E disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.
13 Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele
dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se
tornou a Ramá.

OBJETIVO GERAL

Conscientizar que o propósito da unção é capacitar o obreiro para desempenhar a obra de Deus.

HINOS SUGERIDOS
147, 224, 310 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Apresentar a unção de Davi como rei;


II. Delinear a virtude de serviço do rei Davi;
III. Retratar Davi como um guerreiro.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Os pentecostais ensinam que tudo o que fizermos para obra de Deus tem de estar sob a direção
do Espírito Santo. Este nos capacita para fazermos qualquer obra no Reino de Deus. Com esta
perspectiva, a lição desta semana deve ser conjugada com o entendimento bíblico de nossa
tradição. Procure sempre enfatizar aos alunos que, para qualquer empreendimento no Reino de
Deus, devemos executá-lo sob a capacitação do Espírito. À luz do livro de Atos dos Apóstolos,
o Batismo no Espírito Santo é a capacitação divina para o empreendimento da evangelização.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O conceito de unção é do Antigo Testamento; destinava-se a sacerdotes e reis, para que estes
exercessem com êxito suas funções e ministérios (Êx 40.13-15; 1Sm 9.16); profetas também
eram ocasionalmente ungidos, segundo a determinação divina (1Rs 19.16). Nesta lição, veremos
que a temática da unção de Davi é um clássico bíblico, pois ela trata da capacitação de servos de
Deus para desempenhar em funções na obra divina. A unção do rei Davi, por intermédio de
Samuel, é uma declaração da escolha divina para cumprir seus propósitos.

PONTO CENTRAL
A unção capacita o obreiro para desempenhar a obra de Deus

I. DAVI: O REI UNGIDO

1. Significado e propósito da unção. No hebraico, há duas palavras para unção − suk e


mashah. A palavra suk aponta para a unção com o óleo sobre o corpo ou a cabeça de um
convidado (Dt 28.40; Rt 3.3). A palavra grega que corresponde ao hebraico suk é aleipho (Lc
7.38,46), que pode referir-se ao ato de ungir os enfermos (Mc 6.13; Tg 5.14). Quanto à palavra
mashah, a ideia é a de cobrir ou untar. Dela deriva o substantivo mashiah (Messias). A palavra
grega chrio se relaciona com mashah, daí o nome “Cristo”. No Antigo Testamento, a palavra
preferível para a prática da unção religiosa é mashah: unção de pedra (Gn 31.13); dos
sacerdotes (Êx 28.41; 29.7,36), dos reis (1Sm 9.16), dos profetas (1Rs 19.16) e de objetos
diversos (Êx 30.26-28). Nesse sentido, o ato da unção busca mostrar que a pessoa ou o objeto
ungido fora especialmente separado para o serviço de Deus, tornando-se assim, intocável (1Sm
24.6).

2. O simbolismo da unção. Como um ato ordenado por Deus, a unção passou a simbolizar o
derramamento do Espírito do Senhor (1Sm 10.9; Is 61.1). O termo mashah do Antigo
Testamento, que no Novo é chrio, refere-se à unção do Messias que viria (Sl 45.7; Dn 9.24).
Assim, o Novo Testamento mostra que essa unção estava sobre Jesus (Lc 4.18). Pedro fez
menção dessa unção sobre o Filho de Deus (At 10.38); e Paulo descreveu essa mesma unção
sobre os cristãos (2Co 1.21,22). A unção no Antigo Testamento destinava-se à separação de
alguém está relacionada a Cristo, como Filho de Deus e Salvador do Mundo, e aos cristãos, no
sentido de dotar-nos de poder para testemunhar as verdades do Evangelho (At 1.8; 1Jo 2.20,27).
A verdadeira unção é ordeira, decente e tem como alvo a glória divina e a expansão do Reino de
Deus.

3. A unção sobre Davi. Alguns detalhes importantes cercam 1 Samuel 16.1-13 por ocasião da
unção de Davi por Samuel. O autor sagrado destaca o sentimento humano de Samuel, o qual
gostava muito de Saul, mas o profeta estava no querer de Deus. Devido a seus pecados, Saul
não poderia continuar como rei. Então Deus busca na casa de Jessé, o belemita, neto de Boaz e
Rute, um de seus filhos para reinar (Rt 4.17). Conhecendo bem Saul, Samuel tinha consciência
de que a missão de ungir um novo rei seria difícil. Por isso, ele foi orientado por Deus a fazer
um banquete e um sacrifício naquela região. Como representante de Deus, muitos o temeram,
mas Samuel relatou que sua ida era de paz. Os filhos de Jessé passaram diante do profeta, mas
nenhum deles foi escolhido, embora Samuel se impressionasse com a postura e aparência dos
jovens. Entretanto, um estava ausente, cuidando dos haveres da família. Davi foi ungido em
meio aos seus irmãos e, a partir daí, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi, concedendo-lhe
sabedoria, poder, orientação, para que pudesse cumprir os propósitos divinos.

SÍNTESE DO TÓPICO I
O ato da unção busca mostrar que a pessoa ou o objeto ungido fora especialmente separado para
o serviço de Deus

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Inicie o tópico com a seguinte pergunta: O que é unção? Ouça atenciosamente cada resposta.
Em seguida, explane sobre o assunto de acordo com o primeiro tópico. Ao final do tópico,
resuma o conteúdo a fim de que alguma dúvida identificada nas respostas do aluno seja
superada.

II. DAVI: O REI QUE ERA SERVO

1. O ungido servindo. A unção de Deus não tira a nossa atitude de servos. Davi, sendo ungido,
não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o trono.
Sua atitude de servo foi estratégica, para que Deus o colocasse na corte de Saul, local de onde
os planos divinos seriam executados. No relato do encontro de Davi com Saul, deve-se entender
que tais acontecimentos não se seguem em ordem cronológica. Todavia, o mais importante é
vislumbrar a promessa divina em curso, pois Davi crescia enquanto Saul decrescia.

2. O Espírito do Senhor se retira de Saul. O Espírito de Deus se afastou de Saul. Este, por sua
vez, passou a ser assombrado por um espírito mau que ali estava por expressa permissão do
Senhor. Para acalmar essa profunda melancolia na alma, o servo Davi foi convidado e levado à
corte pela graça de Deus e por suas virtudes: tinha boa aparência, talento, capacidade de
aprender e compreender as coisas; era bom guerreiro e o Senhor era com Ele (1Sm 16.18).

3. Deus levanta autoridades. Davi esteve muito tempo com Saul, mas em momento algum
relatou a unção de Samuel sobre sua vida; ou tentou aproveitar-se da vulnerabilidade do rei para
matá-lo e assumir o reinado; antes, participou de lutas em seu favor. Só no momento certo é que
foi aclamado rei. É Deus que levanta e dá a autoridade. Deus pode levar crentes a grandes
postos. Entretanto, é preciso aprender a servir, ter atitude de servo, pois foi esse o exemplo que
Jesus nos deixou: servir a todos (Mc 10.45; Fp 2.7).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Davi não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento de assumir o
trono.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Neste tópico é importante aplicar a perspectiva do serviço cristão no mundo atual. Para isso,
considere o seguinte trecho teológico: “Diakonia (‘serviço’, ‘ministério’). São os esforços no
serviço a Cristo que continuam o ministério encarnacional que Ele realizou e que nos ajuda a
realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito
que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por Cristo de uma vez
para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a Cristo por meio de servir à criação
que está debaixo do seu senhorio. A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de
divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de Deus que é alcançar de
modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a
sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem
de Deus” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 1996, p.604).

III. DAVI: O REI QUE ERA GUERREIRO

1. O gigante Golias. Depois de ungido, Davi tem diante de si um grande desafio, o qual foi
temido por todo Israel: lutar contra Golias. Tendo este aproximadamente três metros de altura,
era um sobrevivente da raça dos gigantes anaquins, um remanescente que se refugiou em Gaza,
Asdode, na ocasião da execução feita por Josué, das montanhas de Judá (Js 11.21,22). Esse
gigante tinha uma couraça feita de metal em escama que lhe guardava todo o corpo; todas as
armas de defesa desse guerreiro eram de bronze e as de ataque, de ferro. O desafio de Golias era
que fosse separado apenas um homem para decidir o conflito − esse tipo de luta era comum. O
silêncio de Saul e a apatia do povo eram resultado do afastamento do Espírito Santo de Deus.

2. Davi, ungido e cheio de fé. Davi continuava sua missão de servo: ele não ficava
permanentemente na casa de Saul, mas sempre voltava para a casa de seu pai, ficando a cuidar
das ovelhas. Davi era jovem e não estava pronto para a guerra − isso aos olhos dos homens. Mas
Deus usou essa impossibilidade, para fazer a apresentação do futuro rei de Israel, o seu
escolhido. O pai de Davi envia-o ao acampamento para dar provisão aos seus irmãos e, ali, ele
viu a afronta do gigante, que já vinha desafiando o povo de Deus há 40 dias. Mesmo com sua
proposta, Saul não encontrou alguém que estivesse pronto a enfrentá-lo. Davi perguntou para
alguém o que seria dado àquele que matasse o filisteu e tirasse a afronta de sobre Israel, o qual
relatou os prêmios: grandes riquezas, a filha do rei como esposa e isenção de impostos (1Sm
17.25-27). Quando chamado por Saul, Davi contou suas experiências em lutar contra o urso e o
leão, para proteger o rebanho de seu pai, e da mesma forma ele protegeria o rebanho do Deus
vivo das ameaças de Golias. Quem é ungido e confia no poder Deus não teme o inimigo, por
mais feroz que este se apresente, antes, entra na batalha confiante, sabendo que podemos vencer
(2Co 1.10; 2Tm 4.17,18).

3. As armas do garoto. Davi atribui a vitória que obteve sobre o urso e o leão não à sua
habilidade, mas a Deus. Sendo assim, sua base para lutar contra Golias é a fé em Deus. Saul
tentou preparar humanamente Davi para a guerra, pondo nele as suas armas, sem sucesso. O
garoto as deixou de lado, e tomou seu cajado, sua funda e cinco pedras. O cajado era usado para
ajudar na caminhada e enxotar os cães ferozes; a funda era usada por pastores e, para quem
soubesse fazer bom uso, ela se tornava uma arma perigosa, como no caso dos benjaminitas (Jz
20.16). Davi lançou a pedra com sua funda, acertando o gigante, que caiu atordoado.
Prontamente Davi toma dele a espada e lhe corta a cabeça. O garoto venceu essa batalha porque
confiou em Deus e dependeu exclusivamente da armadura divina, e não das armas de Saul, que
são uma referência aos recursos apenas humanos. O cristão que deseja ser vitorioso contra as
forças de Satanás precisa se revestir da armadura de Deus (Ef 6.13-17).

4. O contraste entre Davi e Golias. Humanamente, era impossível Davi vencer Golias, visto
que este era um gigante, e Davi, um jovem comum; mas todo o diferencial estava na unção que
Davi recebera e a fé que tinha em Deus. Paulo disse que o cristão anda por fé, não por vista
(2Co 5.7). Enquanto todos temem o desafio do gigante, Davi responde com segurança por
confiar no Senhor. Ele não entraria nesse combate com os ideais de Golias, que buscava manter
sua fama de grande guerreiro, um campeão de batalhas; pelo contrário, todas as vezes que era
necessário lutar, Davi procurava saber a orientação do Senhor, pois ele não guerreava suas
guerras, mas sim as de Deus (1Sm 22.10; 23.2,4.10; 30.8; 2Sm 2.1), pois seu propósito era
exaltar o nome do Altíssimo. Nossas batalhas não devem ser pela busca de nossa glória, honra
ou destaque pessoal, mas pela glória de Deus (Rm 11.36).

SÍNTESE DO TÓPICO III


Davi derrotou o gigante Golias sob a unção de Deus.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Aqui, vale a pena fazer uma comparação entre Davi e Golias, conforme este trecho: “Um
homem de estatura gigantesca, Golias, de Gate (4), apresentou-se como o campeão dos
filisteus, e desafiou um oponente do exército de Israel – uma prática comum nas antigas táticas
de guerra. Ele tinha mais de dois metros e oitenta centímetros de altura, usava uma armadura
que pesava cerca de sessenta e oito quilos, e a haste de sua lança era como um eixo de tecelão,
cuja ponta pesava cerca de nove quilos. O côvado era a distância desde a ponta do cotovelo até
a extremidade do dedo médio, cerca de quarenta e cinco centímetros. O palmo era a distância
entre a ponta do mindinho até a ponta do polegar, quando os dedos estão esticados, e mede em
torno de quinze a vinte centímetros. Grevas (6), perneiras. Escudo, ou seja, dardo. Ouvindo,
então, Saul e todo o Israel... espantaram-se e temeram muito (11). Os israelitas sabiam que
Saul, o homem mais alto e mais forte do exército, deveria ser campeão de Israel. E Davi era
filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá (12) – como os livros históricos do Antigo
Testamento registram, em alguns casos, compilados a partir de documentos mais antigos (por
exemplo, 10.25; 1Rs 11.41; 14.19; 15.7; etc.), existe a ocasional repetição de informações
dadas anteriormente. Jessé era um homem idoso nessa época. Os seus três filhos mais velhos
estavam no exército com Saul. Davi, porém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de
seu pai (15) – uma referência à aparição anterior de Davi na corte de Saul em Gibeá (cf.
16.19-23)” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005,
p.209).

CONCLUSÃO

Deus procura homens e mulheres para entregar-lhes grandes responsabilidades. Ele não conta
somente com a posição física, social, intelectual de alguém, mas para sua condição espiritual,
por isso Ele olha o coração do ser humano, e não somente o exterior. Foi dentre os filhos de
Jessé que Deus serviu-se de um servo, segundo o seu coração (1Sm 13.14). Deus unge e separa
pessoas humildes para sua obra, que estejam prontas para viver pela fé e que não temam
enfrentar o inimigo.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,
Cor mio tibioffero,
Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• O que o ato da unção passou a simbolizar?


Como um ato ordenado por Deus, a unção passou a simbolizar o derramamento do Espírito do
Senhor (1Sm 10.9; Is 61.1).

• Qual a diferença entre a unção do Antigo e do Novo Testamento?


No geral, entendemos a unção no Antigo Testamento como separação de alguém para algum
ofício. No Novo Testamento ela está relacionada a Cristo e aos cristãos, no sentido de dotar o
cristão de poder para testemunhar as verdades do Evangelho (At 1.8; 1Jo 2.20,27).

• O que Davi não abandonou?


Davi, sendo ungido, não abandonou sua posição de servo e fez isso até que chegasse o momento
de assumir o trono.

• Qual foi o grande desafio de Davi?


Após ungido, Davi tem diante de si um grande desafio, o qual foi temido por todo Israel: lutar
contra Golias.

• Com que Davi matou o gigante?


Davi lançou a pedra com sua funda, acertando o gigante, o qual caiu atordoado com a espada.

Lição 8
O EXÍLIO DE DAVI
24 de Novembro de 2019
TEXTO ÁUREO
“Então, Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos
e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele. E ajuntou-se a ele todo homem que se achava
em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe
deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.” (1Sm 22.1,2)

VERDADE PRÁTICA
Dos muitos conflitos que vivenciamos aprendemos lições preciosas para a nossa vida espiritual
e formação de nosso caráter, segundo o modelo Cristo.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Fp 2.4,21: Na obra de Cristo, lutemos por Cristo
Terça – Mt 4.1: Há um propósito elevado quando Deus nos “exila”
Quarta – 2Tm 2.12: A fidelidade é o segredo para reinarmos com Cristo
Quinta – Sl 127.3: Os filhos devem cuidar dos pais em todos os momentos
Sexta – Êx 20.12: Deus sempre abençoa os filhos obedientes
Sábado – Hb 13.7: Os cristãos devem honrar os que são colocados por Deus na obra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Samuel 22.1-5

1 Então, Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e
toda a casa de seu pai e desceram ali para ele.
2 E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo
homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos
homens.
3 E foi-se Davi dali a Mispa dos moabitas e disse ao rei dos moabitas: Deixa estar meu pai e
minha mãe convosco, até que saiba o que Deus há de fazer de mim.
4 E trouxe-os perante o rei dos moabitas, e ficaram com ele todos os dias que Davi esteve no
lugar forte.
5 Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques naquele lugar forte; vai e entra na terra de
Judá. Então, Davi foi e veio para o bosque de Herete.

OBJETIVO GERAL

Mostrar que dos muitos conflitos que vivenciamos podemos tirar lições preciosas para a nossa
vida espiritual.

HINOS SUGERIDOS
36, 41, 42 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Caracterizar o exílio de Davi;


II. Expor Davi e o amor com os pais;
III. Explanar sobre pessoas que morreram por Davi.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

As inúmeras situações difíceis que o seguidor de Cristo passa na caminhada cristã podem servir-
lhe de amadurecimento e crescimento na vida espiritual. A lição desta semana mostra que Davi
cresceu como homem de Deus no exílio, embora o sofrimento vivenciado ali lhe causasse
períodos bastante desconfortáveis. Entretanto, estava claro que Deus trabalharia na vida de Davi
a fim de prepará-lo para reinar no lugar de Saul. Nos momentos de solidão e de deserto, Deus
fala conosco, conduz a nossa vida e nos dá diretrizes para fazermos a sua vontade.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nem sempre as vivências marcadas por situações traumáticas podem ser vistas como negativas.
Por vezes, elas servem para tirar as cascas das aparências, a infantilidade, o esquecimento de
nós mesmos, a fim de levar-nos à essência real da vida. O exílio fala de expatriação forçada ou
livre, isolamento social, solidão. A conotação nem sempre é pejorativa, pois, nas Escrituras
Sagradas, o exílio recebeu conotações positivas e negativas. O exílio pode ser o lugar onde
nosso caráter será testado, onde nossa própria identidade será descoberta, onde nossa lucidez
mental e espiritual terá a sua aurora (Pv 4.18). A caverna de Adulão não será apenas o exílio de
Davi, mas, sim, o lugar que moldará o seu caráter, preparando-o para uma missão maior: a
liderança de Israel.

PONTO CENTRAL
O crente deve tirar preciosas lições para a vida espiritual dos muitos conflitos vivenciados.

I. AS CARACTERÍSTICAS DO EXÍLIO DE DAVI

1. A caverna de Adulão. Lugares, pessoas, situações − tudo serve para o nosso crescimento
social e espiritual. Davi deixa o território e vai para uma região que conhecia muito bem: a
caverna de Adulão. O nome Adulão quer dizer refúgio; era assim denominado por causa de uma
cidade em suas proximidades. Situada na Sefelá, a planície de Judá, distando de Jerusalém
aproximadamente 26 km ao sudoeste e 20 km ao sudeste de Gate. No período dos patriarcas
tinha sido uma cidade cananéia (Gn 38.1) e, na época das batalhas de Josué, quando da
ocupação da terra, ela foi capturada (Js 12.15). Houve fatos importantes na caverna de Adulão.
Ali, ela foi fortificada por Roboão (2Cr 11.7); depois do cativeiro foi reocupada pelos filhos de
Judá (Ne 11.30) e sua existência foi comprovada nos dias do profeta Miqueias (1.15). Hoje ela é
chamada de Aid-el-Ma.

2. Os exilados da caverna de Adulão. Muitos se dirigiam para ali, a fim de fazer companhia a
Davi. Primeiramente, seus irmãos e toda a casa de seu pai, posto que estavam ameaçados pelo
rei Saul, devido à ligação com Davi. Outros que foram à procura de Davi na caverna eram os
homens que se encontravam em dificuldades. Como Davi conseguiu firmar sua liderança nessas
condições? Na verdade, não foi apenas uma ação sua; todos os que se juntaram a ele estavam
ansiosos por uma existência mais favorável. Davi treinou esse grupo, aparentemente sem
sucesso; obteve êxito, pois todos ali buscavam uma vida melhor, tinham os mesmos ideais e,
sendo assim, mantiveram-se fiéis a Davi, fazendo de tudo pelo seu líder (2Sm 23.8-39). Os
cristãos, como soldados reunidos por Cristo, devem lutar com os mesmos objetivos, não tendo
cada um sua própria prioridade, mas a de Cristo (Fp 2.4,21). Se esse for o espírito, Deus dará o
sucesso e o crescimento da obra.

3. O simbolismo da caverna de Adulão. Foi ali que os dons de Davi como líder foram postos
em prática. Ele treinou e preparou 400 homens para lutar no dia a dia, e não demorou para que
esse número subisse a 600. Isto quer dizer que todos quantos vinham ter com ele não eram
rejeitados. Davi é o modelo de líder que recebe homens angustiados pela vida, para torná-los
capazes para o serviço. A grande lição de Davi para esses homens é que os que desejassem
reinar com ele deveriam aprender a sofrer com ele, visando sempre o Reino de Deus. No
simbolismo espiritual, podemos comparar Davi a Cristo. Nosso Senhor se dirigiu aos
miseráveis, aos cansados, aos oprimidos, aos amargurados, aos publicanos e aos pecadores, e
todos foram transformados pelo seu poder e passaram a fazer parte do seu reino (Mt 11.28,29;
Lc 15.1; Mt 22.9,10). Assim, quem deseja reinar com Cristo precisa também sofrer com Ele
(2Tm 2.12).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A caverna de Adulão era um lugar de refúgio para Davi e seus amigos.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Inicie a aula desta semana falando um pouco da palavra “Exílio”. Basicamente, a palavra
refere-se à expatriação forçada de alguém por causa de uma perseguição do Estado e o local em
que essa pessoa passará a viver. Use exemplos das próprias Escrituras para introduzir o assunto.
O povo de Israel viveu em exílio em grande parte da história bíblica. É um período
caracterizado pela absorção de outras culturas, distanciamento da terra de origem. Todo esse
sentimento estava sobre Davi quando este exilou-se na Caverna de Adulão.

II. DAVI E O AMOR COM OS PAIS

1. Protegendo seus pais. Davi não é conhecido apenas como um grande líder, mas também
como um bom filho. Ele teve todo um cuidado especial para com os seus pais. Foi até Moabe,
porque sabia que eles precisavam de um lugar seguro para habitar e, desse modo, estava se
afastando dos territórios de Saul. Há um propósito especial em Davi procurar Moabe. Diversos
escritores afirmam que isso se deve aos laços familiares através de Rute, que era a avó moabita
de Jessé, pai de Davi. A inclusão de Mispa deve-se ao fato de ser esta a cidade real de Moabe;
sua citação está restrita aqui e o seu significado é “torre de vigília”; deixando seus pais em
segurança, uma expressão grandiosa sai dos lábios de Davi: “Até que saiba o que Deus há de
fazer de mim”. Davi ama a Deus, tinha grande amor e carinho pelos seus pais, e não se
descuidava de seus companheiros de luta. Os filhos, principalmente durante a velhice dos pais,
devem honrá-los em tudo, a despeito das lutas e crises que estiverem enfrentando (Sl 127.3).
Davi não chegou ao trono apenas porque sabia cuidar dos outros, nem porque era um bom
guerreiro, mas, também, porque era um bom filho.

2. A recompensa bíblica para os filhos obedientes. Desde o Antigo Testamento, a ênfase é


que Deus abençoa sempre os filhos obedientes, pois é o primeiro mandamento com promessa
(Êx 20.12; Dt 5.16). Esse ensino foi ministrado por Paulo (Ef 6.2,3). Nosso Senhor manifestou-
se contra os filhos que não cuidavam dos seus pais (Mt 15.5-7). Tais filhos simulada e
mentirosamente dedicavam a Deus todos os seus bens, para não honrarem nem sustentarem os
seus pais, quebrando, assim, o mandamento. Os filhos devem aprender a serem gratos aos seus
pais em tudo, dando-lhes honra, dignidade e cuidados materiais. Isso é mandamento de Deus!

SÍNTESE DO TÓPICO II
Davi era um grande líder, e também um bom filho. Ele amava seus pais.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

O texto bíblico narra quando Samuel foi à casa de Jessé, pai de Davi. O motivo da visita era
ungir o novo rei. Nesse caso, Davi não fora a primeira opção apresentada pelo pai ao profeta
(1Sm 16.11-13). Entretanto, o jovem amava-o e honrava-o. Assim, é importante destacar uma
atitude cristã que os pais devem ter para com os seus filhos, conforme escreve o Dr. Stephen
Adei: “No entanto, dar uma visão a um filho não é tão fácil quanto parece. Isto é porque os
pais, às vezes, procuram viver as suas próprias aspirações, não satisfeitas, em seus filhos. Um
adolescente certa vez confessou: ‘Tudo o que eu quero estudar é francês, mas meus pais
insistem que eu estude medicina. Vou fazer isso, desde que seja em francês’. Uma das maiores
injustiças que podemos fazer aos nossos filhos é impor a eles uma visão que é contrária à sua
tendência. Devemos desafiar nossos filhos a explorar seus interesses, mas não tentar impor a
eles a nossa visão, especialmente na sua escolha de carreiras. Como podemos fazer isso?
Devemos incentivá-los a ser holísticos, isto é, não focados indevidamente na área acadêmica e
profissional, mas na maturidade cristã. Permitir que tenham uma visão de servos do Senhor em
relação a todos os outros aspectos – profissões, ganhos, casamento, etc. – sendo subordinados
a ela” (ADEI, Stephen. Seja o Líder que sua Família precisa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2018, p.129).

III. MORRENDO POR DAVI

1. A inconsistência de Saul. Saul não teve nenhuma caverna para forjar sua vida, não lidou
com situações conflitantes, tinha apenas aparência de líder, mas não era um homem segundo o
coração de Deus. Os homens que estavam com Saul, ainda que não vivessem as mesmas
condições dos que estavam com Davi, não se sentiam tranquilos, pois ele suspeitava da lealdade
de todos, inclusive a de seu filho. Saul orgulhava-se de ter dado honras à tribo de Benjamin,
presentes e posições na liderança; algo que Davi, filho de Jessé, jamais faria. Saul não sabia que
lealdade não se compra com presentes, dinheiro, mas nasce naturalmente pela sinceridade,
verdade e caráter de um líder genuíno. Só os líderes inseguros fazem cobranças exageradas, dão
presentes em troca de lealdade, se inquietam com os que podem “representar risco” à sua
posição. Quando os líderes são verdadeiramente chamados por Deus é maravilhoso que as
pessoas os honrem e os considerem como homens de Deus. O escritor aos hebreus fala da
necessidade de se considerar os líderes (Hb 13.7).

2. O preço de proteger Davi. Saul convocou Aimeleque e seus sacerdotes para que se
apresentassem em Gibeá. Não houve da parte de Aimeleque reação nervosa; ele se declara
limpo, pois tinha consciência de que apenas ajudara Davi por tê-lo em grande consideração e
por saber que era um soldado da confiança de Saul, aliás, da família real, genro do rei. Apesar
dessa declaração sincera, Saul considerou-a um ato de traição, pois Aimeleque havia ajudado
Davi, não informando ao rei os seus movimentos. Assim, ele e seus companheiros deveriam
morrer. Houve uma recusa dos soldados em atacar os sacerdotes, os ungidos de Deus. Foi
alguém de fora, um edomita chamado Doegue, que cometeu esse crime brutal. Observe o
disparate de Saul: Deus ordenou que ele matasse os amalequitas e não o fez; mas agora
extermina prontamente a família de sacerdotes, sem piedade alguma. Apenas um filho de
Aimeleque, Abiatar, sobreviveu, salvou o éfode santo e foi ter com Davi (1Sm 23.6). A amizade
entre Davi e Abiatar foi duradoura, ao longo de todo o seu reinado (1Rs 2.26,27), pois a família
de Abiatar morreu para proteger Davi.

3. A sina de Doegue. Alguns estudiosos acreditam que o Salmo 52 foi pronunciado por Davi
predizendo o destino de Doegue. Davi inicia o salmo mostrando que o ímpio ama a malícia e
despreza a bondade de Deus. O caráter do ímpio é descrito pelo salmista assim: (1) sua língua
intenta o mal (Pv 10.31); (2) traça enganos (Jó 15.35); (3) despreza o bem e ama o mal (Jr 9.4-
5); (4) não é reto no seu falar. Tudo indica que o destinatário do salmista Davi é uma pessoa
prepotente, arrogante; sua língua era usada como arma para revelar o que estava dentro do seu
coração perverso. Por vezes, o ímpio se mostra perante as pessoas deste mundo com o espírito
de grandeza, soberba; busca sempre ser reconhecido e se apresenta como poderoso; suas obras
são perversas. O salmista deixa claro que Deus punirá esse ímpio arrogante. Note que isso será
feito de modo poderoso e pode ser visto pela presença dos seguintes verbos bíblicos: destruir,
arrancar, arrebatar, desarraigar. O ímpio pecador será varrido da face da terra.

SÍNTESE DO TÓPICO III


Aimeleque e outros sacerdotes foram executados sob as ordens de Saul.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Irado, não convencido e tomado por um ódio selvagem, o rei ordenou a execução de todo o
grupo de sacerdotes. Quando seus próprios soldados se recusaram a obedecer, o rei ordenou que
Doegue executasse o crime. O edomita assassinou oitenta e cinco sacerdotes, e destruiu a cidade
sacerdotal de Nobe com todos os seus habitantes (17-19). Existe um vívido contraste entre a
recusa dos próprios homens de Saul e a perversa disposição de Doegue – o que ressaltou a
atrocidade do acontecimento. Vestiam éfode de linho (18), ou seja, eram sacerdotes do Senhor.
Os de peito (19) eram bebês de colo. Abiatar, um dos filhos de Aimeleque, conseguiu escapar
do massacre e fugiu ao encontro do grupo de Davi, a quem relatou o brutal crime que Saul
incitara (20,21). O filho de Jessé foi tomado pela tristeza, e contou a Abiatar sobre o seu medo
quando reconheceu Doegue em Nobe, durante a sua primeira e precipitada fuga (21.1-9). Ele
confessou ser a causa da morte de todos os sacerdotes e do povo de Nobe, embora não
intencionalmente (22)” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, p.218).

CONCLUSÃO

Deus usa instrumentos falhos para fazer a sua obra nesta terra, como disse Paulo em 1 Coríntios
1.28: “E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para
aniquilar as que são”. Antes, porém, esses instrumentos devem ser trabalhados, forjados pelo
auxílio do Espírito Santo, a fim de que sejam vasos de honra no trabalho do Senhor.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO


SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Qual o simbolismo do exílio para o cristão?


O exílio pode ser o lugar onde nosso caráter será testado, onde nossa própria identidade será
descoberta, onde nossa lucidez mental e espiritual terá a sua aurora (Pv 4.18).

• Qual o significado de Adulão?


O nome Adulão quer dizer refúgio; era assim denominado por causa de uma cidade em suas
proximidades.

• Qual o propósito especial em Davi procurar Moabe?


Há um propósito especial em Davi procurar Moabe. Diversos escritores afirmam que isso se
deve aos laços familiares através de Rute, que era a avó moabita de Jessé, pai de Davi.

• Qual é o procedimento de um líder inseguro?


Só os líderes inseguros fazem cobranças exageradas, dão presentes em troca de lealdade, se
inquietam com os que podem representar risco à sua posição.

• Que tipo de pessoa o salmista Davi descreve?


Tudo indica que o destinatário do salmista Davi é uma pessoa prepotente, arrogante; sua língua
era usada como arma para revelar o que estava dentro do seu coração perverso.

Lição 9
O REINADO DE DAVI
1 de Dezembro de 2019

TEXTO ÁUREO
“E entendeu Davi que o SENHOR o confirmava rei sobre Israel e que exaltara o seu reino por
amor do seu povo.” (2Sm 5.12)

VERDADE PRÁTICA
A glória do reinado de Davi deve-se, antes de tudo, à boa mão de Deus que estava sobre ele.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1Co 15.57: Nossas vitórias vêm de Deus
Terça – Dt 31.23: Ministérios e cargos têm de provir de Deus
Quarta – Is 40.11: Deus é o grande pastor da nossa vida
Quinta – 1Pe 5.3: Os pastores devem ser modelo para o rebanho
Sexta – 2Sm 6.21: A certeza da vontade divina traz-nos confiança na Obra
Sábado – Mc 12.30,31: O cristão deve adorar a Deus com todo o seu ser

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Samuel 5.1-12

1 Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui,
teus ossos e tua carne somos.
2 E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e
também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel.
3 Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao rei, a Hebrom; e o rei Davi fez com eles
aliança em Hebrom, perante o SENHOR; e ungiram Davi rei sobre Israel.
4 Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou.
5 Em Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses; e em Jerusalém reinou trinta e três anos
sobre todo o Israel e Judá.
6 E partiu o rei com os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela
terra e que falaram a Davi, dizendo: Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os
coxos; querendo dizer: Não entrará Davi aqui.
7 Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a Cidade de Davi.
8 Porque Davi disse naquele dia: Qualquer que ferir os jebuseus e chegar ao canal, e aos coxos,
e aos cegos, que a alma de Davi aborrece, será cabeça e capitão. Por isso, se diz: Nem cego nem
coxo entrará nesta casa.
9 Assim, habitou Davi na fortaleza e lhe chamou a Cidade de Davi; e Davi foi edificando em
redor, desde Milo até dentro.
10 E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos
Exércitos, era com ele.
11 E Hirão, rei de Tiro, enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, e carpinteiros, e
pedreiros, que edificaram a Davi uma casa
12 E entendeu Davi que o SENHOR o confirmava rei sobre Israel e que exaltara o seu reino por
amor do seu povo.

OBJETIVO GERAL
Demonstrar que o reinado de Davi foi bem-sucedido por causa da boa mão de Deus que estava
sobre ele.

HINOS SUGERIDOS
250, 312, 365 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Apresentar a constituição de Davi como rei;


II. Evidenciar a consolidação do reino de Davi;
III. Atestar a grandeza política do reinado de Davi.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A ideia central desta lição é que tudo o que fizermos só pode ter um bom desfecho se a mão de
Deus for conosco. A pujança do reino de Davi não foi porque ele era uma pessoa competente
para a guerra, ou simplesmente por causa de uma razão circunstancial, mas porque Deus era
com ele em tudo o que fazia. Ter essa percepção espiritual é essencial para que a nossa vida
espiritual seja mais vigorosa e abençoada. Não podemos deixar de pedir a Deus que o seu Santo
Espírito guie-nos em tudo o que fazemos. Nós temos a mente de Cristo e o Espírito Santo habita
em nós.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O pujante reinado Davi não foi circunstancial, aleatório ou por causa de habilidades natas para
guerra. No próprio texto bíblico, é dito que suas vitórias e fortalecimento se originavam em
Deus (2Sm 8.6). Os 33 anos que ele reinou em Jerusalém e os sete anos e seis meses que reinou
em Hebrom revelam um rei protótipo do Messias que viria. Por isso, Davi é considerado um
tipo do Messias. Isso está confirmado pela profecia de Miqueias (5.2), mencionada pelos
escribas nos dias de Herodes, pelo texto de 2 Samuel 5.2 e pela profecia de Gênesis 49.10 em
relação a Jesus Cristo.

PONTO CENTRAL
A boa mão de Deus estava sobre o reinado de Davi, por isso, ele foi bem-sucedido

I. DAVI É CONSTITUÍDO REI

1. Três motivos para sua escolha. Ninguém é colocado em uma posição apenas por acaso; tem
de haver algum mérito para isso. Davi foi aclamado por toda a tribo de Israel (norte) e ungido
rei por três razões. Primeiramente, ele preenchia todas as condições da realeza, o que
prontamente excluía a possibilidade de uma liderança estrangeira (Dt 17.15), pois era irmão da
nação (1Cr 11.1). O segundo motivo para escolher Davi foi devido à sua liderança militar (1Sm
18.16). O terceiro motivo estava pautado em uma promessa da parte de Deus, de que o trono
entregue a Davi seria levantado tanto sobre Israel quanto sobre Judá (2Sm 3.10).

2. Davi como pastor e chefe. Na Bíblia, a figura do pastor de ovelhas serve para descrever os
governantes de Israel. Está escrito que Davi deveria agir como chefe e pastor do rebanho. Na
qualidade de chefe (heb. nagid), ele seria um capitão, príncipe, líder; como pastor (heb. ro`eh),
ele cuidaria, apascentaria; ele se revelaria um amigo especial (do heb piel). Assim, Deus zelava
pelo seu povo (Sl 23; 77.20). Estava claro que para Davi ter um reinado consolidado bastava
apenas ser um líder, um pastor amoroso, não um déspota ou um tirano. O apóstolo Pedro diz
que o pastor deve pastorear o rebanho sem qualquer exibição de domínio, mas sendo o exemplo
do rebanho (1Pe 5.3). Paulo disse que não queria dominar a fé de ninguém, antes, desejava ser
cooperador da alegria de cada cristão (2Co 1.24).

3. Entrando em aliança com o povo. Ninguém consegue fazer alguma coisa sozinho. Tendo
qualidades de bom guerreiro e de bom líder, Davi não poderia governar sem o povo, portanto
precisava fazer aliança com todos para ter um reino bem fortalecido. Observe que a aliança que
ele firma tem características pastorais, não monárquicas; por isso, foi ungido rei sobre Israel e
todos prometeram lealdade ao novo rei (2Sm 8.10-18; 2Rs 11.17; 1Cr 11.3).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A constituição de Davi como rei se deu porque, primeiro, ele preenchia as condições da realeza;
segundo, tinha liderança militar; terceiro, estava pautado numa promessa de Deus.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Neste primeiro tópico é possível trabalhar melhor as habilidades pessoais que Davi tinha e que
foram determinantes em seu reinado. Destaque para a classe as características pessoais que o
faziam ter condições de ocupar o reinado (ora, Davi não era estrangeiro, mas da tribo de Judá);
ele apresentou uma liderança militar ao recrutar soltados para o seu apoio, principalmente, na
Caverna de Adulão; era uma pessoa contrita diante de Deus, pois não tardava em buscá-lo; seu
estilo fez com que fosse visto como um pastor do povo, um chefe muito próximo. Além disso,
ele fez aliança com o povo de Israel para garantir a unidade do seu reinado. Assim, trace um
pouco do perfil do rei Davi conforme a exposição do primeiro ponto deste tópico.

II. A CONSOLIDAÇÃO DO REINO DE DAVI

1. A edificação de Jerusalém. Tão logo é ungido rei, Davi se lança ao trabalho. O primeiro
intento é tornar sua capital forte e bela. Sua corte e família tornaram-se grandes e notáveis (2Sm
3.2,5; 5.13-16). Davi trouxe grandes mudanças ao povo israelita. Quanto a Jerusalém, ele a
considerava algo particularmente seu, pois fora conquistada sob a sua liderança. Nesse caso, ela
era vista como um espólio próprio. Davi entra logo em luta contra os filisteus para expulsá-los.
Sendo ele um líder bem preparado, conhecedor das táticas dos seus opositores, busca a
orientação divina e parte para a batalha, ferindo por duas vezes os filisteus. Com a presença de
Deus na vida, Davi consegue derrotar seus inimigos e controlar suas fronteiras, mantendo-os
sob seu poder.

2. As reformas religiosas. O capítulo 6 de 2 Samuel trata da ação de Davi em busca da Arca


para Jerusalém. O sentimento que o envolve revela grande respeito pelas coisas de Deus,
enquanto o rei Saul era insensível para com o sacerdócio. Dentre outras coisas, Davi valorizava
tudo aquilo que estava relacionado às ordenanças divinas. Ele respeitava o sacerdócio, a Arca, e
procurava preservar toda essa herança espiritual, inclusive elevá-la. É bom levar em
consideração que Davi não tencionava apenas fazer de Jerusalém uma capital religiosa para
manter o povo leal a si; não se tratava de estratégia política. Davi era um homem que amava as
coisas de Deus. Nas cerimônias religiosas, ele se entregava para adorar ao Senhor, o que por
vezes, para alguns, causava escândalo, como o foi para Mical (2Sm 6.20). Mas procedia assim
porque desejava exaltar o seu Deus.

3. A suprema aliança davídica. Quem profetizou sobre a aliança davídica foi Natã. Assim
como Deus falara que abençoaria a família de Abraão, não seria diferente com Davi; ele e sua
família teriam um grande nome (2Sm 7.1-15). Podemos ver que três coisas importantes iriam
caracterizar a aliança davídica: (1) a firmeza da sua família na terra; (2) seus sucessores teriam a
presença de Deus; e (3) uma dinastia eterna (2Sm 7.11-16).

SÍNTESE DO TÓPICO II
A consolidação do reinado de Davi passa pela edificação de Jerusalém, pelas reformas
religiosas e de sua aliança com todo o povo.

SUBSÍDIO HISTÓRICO-CULTURAL

Um pouco da monarquia antes do reinado de Davi: “O surgimento da monarquia sob Saul fez
pouco para curar a crescente brecha entre Judá e as tribos do norte. Durante o seu reinado, o
abismo entre as tribos tomava proporções consideravelmente grandes. Por exemplo, o
historiador aponta que, quando Saul fez uma convocação geral para livrar Jabes-Gileade de
Amom, trezentos mil homens vieram de Israel, mas apenas trinta mil de Judá (1Sm 11.8).
Quando realizou a campanha contra os amalequitas, Saul contou ‘duzentos mil homens de pé, e
dez mil homens de Judá” (1Sm 15.4). Os números são reveladores, mostrando que Judá proveu
um número bastante reduzido de soldados em comparação com Israel, um fato comprometedor
para a própria Judá, uma vez que os amalequitas viveram por muitos anos em sua fronteira ao
sul. Estaria Judá mostrando sinais de uma postura anti-Saul? Além disso, depois de Davi ter
matado o gigante Golias, ‘os homens de Israel e Judá’ perseguiram os filisteu (1Sm 17.52) e,
quando Davi foi colocado na corte de Saul, ‘todo o Israel e Judá amava a Davi’ (1Sm 18.16).
Está claro que Israel e Judá eram tidos como duas entidades particulares que seguiam seus
interesses separadamente” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento:
O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007,
pp.239,40). Com o reinado de Davi essa realidade mudou.

III. A GRANDEZA POLÍTICA DO REINADO DE DAVI

1. As realizações militares. Nas Escrituras, há registros das diversas ações militares de Davi
(2Sm 8.1-14). Muitos denominam esse texto de “o Davi que ataca”. Note que a tônica dos
versículos é sobre os verbos “feriu”, “sujeitou”, “matou”, “tomou”. Sua ação começa com o
desbaratamento dos filisteus, mas vai se alastrando até fazer fronteira com outros povos, já nos
limites de Israel. A lista de povos vencidos inclui: filisteus, moabitas, sírios, edomitas. Não
demorou para que importantes possessões gentílicas estivessem sob o controle de Davi. Como é
maravilhoso ter um líder cujo coração e força são dominados pelo Senhor! Deus deseja levantar
líderes segundo o seu coração!
2. As administrações de Davi. Foram muitas as mudanças realizadas por Davi, que o fizeram
destacar-se no campo militar, político, administrativo e religioso. Lendo o capítulo 8.15-18 e
20.23-26, observamos como Davi fez importantes mudanças na área administrativa. No
comando de suas tropas, estava à frente Joabe; havia uma guarda real, um superintendente da
corveia, que lidava com os estrangeiros. No campo religioso, Davi tinha dois sacerdotes:
Zadoque e Aimeleque (2Sm 8.17); um cronista, um escrivão (1Cr 24.3), os quais eram
responsáveis pelos registros e documentos do Estado, dentre outras nuanças administrativas.
Esse corpo administrativo não era autônomo; todos agiam com a permissão do rei e, por ele,
eram supervisionados; cada setor só poderia agir ou fazer algo com a anuência dele. Davi
procurou montar um setor administrativo que o pudesse auxiliar no seu reinado. O sucesso de
um obreiro depende de oração, pregação, ensino, mas também de saber administrar com
eficiência as coisas de Deus; para isso são chamados (Tt 1.5). Paulo diz que dois tipos de
obreiro precisam ser bem remunerados: os que se afadigam na Palavra e os que administram
bem (1Tm 5.17).

3. O culto público. Davi fez consideráveis mudanças no culto público. Os sacerdotes eram
Zadoque e Aimeleque (2Sm 8.17). Crê-se que Abiatar já estivesse aposentado (2Sm 15.24).
Historicamente, pode-se entender que, no aspecto religioso, as cerimônias desenvolveram-se
com a família sacerdotal de Arão. Davi faz tais mudança, porque tinha interesse pelo culto; ele o
faz com todo cuidado, amor e reverência, tendo sempre como objetivo a maior glória de Deus.
Veja o relato completo das realizações litúrgicas de Davi em 1 Crônicas 23.1-30. A organização
do culto é algo que deve ser pensado com todo cuidado, pois os que o fazem de qualquer jeito,
por vontade própria, sem a prescrição das normas divinas, poderão sofrer consequências da
parte de Deus. Foi o que aconteceu com Nadabe e Abiú, que, querendo fazer culto por conta
própria, foram fulminados pelo fogo do Senhor (Lv 10.1,2).

SÍNTESE DO TÓPICO III


As realizações militares, as administrações de Davi e as mudanças no culto público demonstram
a grandeza política do reinado davídico.

SUBSÍDIO HISTÓRICO-CULTURAL

“É quase certo que durante esse período (980-976) Davi tenha dado início ao seu programa de
construções (2Sm 5.9-12), o que incluiria, depois de tudo pronto, os planos para edificação do
templo. É óbvio que no reino de Davi houve construções, palácios e edifícios públicos; porém,
os envolvimentos com a expansão do império e os acontecimentos que assolavam sua família
impediram a infra-estrutura impressiva característica de um monarca de sua estatura. A
reconciliação com Absalão deu-lhe a oportunidade esperada, que era transformar a cidade de
Jerusalém no centro religioso e político” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo
Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2007, p.277).

CONCLUSÃO

O reinado de Davi, e de seu filho, Salomão, ficou conhecido como a era de ouro de Israel. Mas
na verdade, o rei Davi sabia que a fonte verdadeira de toda a grandeza do reino vinha de Deus:
“Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas
coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (1Cr 29.14).

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Por quais razões Davi foi aclamado rei?


Davi foi aclamado por toda a tribo de Israel (norte) e ungido rei por três razões. A primeira, ele
preenchia todas as condições da realeza; a segunda, sua liderança militar; a terceira, uma
promessa da parte de Deus de que o trono seria entregue a Davi.

• O que estava claro para Davi?


Estava claro que para Davi ter um reinado consolidado bastava apenas ser um líder, um pastor
amigo, não um déspota ou um tirano.

• Qual o primeiro intento de Davi após ser ungido rei?


O primeiro intento é tornar sua capital forte e bonita.

• Dentre outras coisas, o que Davi valorizava?


Dentre outras coisas, Davi valorizava tudo aquilo que estava relacionado às ordenanças divinas.

• Quais os sacerdotes que serviriam no reinado de Davi?


Os sacerdotes que estarão servindo são Zadoque e Aimeleque (2Sm 8.17).
Lição 10
PECADO DO HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
8 de Dezembro de 2019

TEXTO ÁUREO
“Porém essa coisa que Davi fez pareceu mal aos olhos do SENHOR.” (2Sm 11.27)

VERDADE PRÁTICA
Somente o revestimento da graça divina, na força e no poder do Espírito Santo, pode livrar-nos
do pecado – a ofensa premeditada contra Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1Co 6.18: O cristão deve fugir da prostituição
Terça – Gl 5.16: Cheios do Espírito, vencemos a carne
Quarta – Fp 4.5: Em tudo temos de agir com pureza e equidade
Quinta – 1Jo 3.2: Perseveremos na fé e sejamos semelhantes a Cristo
Sexta – 1Ts 5.22: Fujamos da aparência do mal
Sábado – Jó 31.1: Cuidado com a cobiça

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Samuel 11.1-18

1 E aconteceu que, tendo decorrido um ano, no tempo em que os reis saem para a guerra, enviou
Davi a Joabe, e a seus servos com ele, e a todo o Israel, para que destruíssem os filhos de Amom
e cercassem Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém.
2 E aconteceu, à hora da tarde, que Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço
da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui
formosa à vista.
3 E enviou Davi e perguntou por aquela mulher; e disseram: Porventura, não é esta Bate-Seba,
filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu?
4 Então, enviou Davi mensageiros e a mandou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou com ela (e
já ela se tinha purificado da sua imundície); então, voltou ela para sua casa.
5 E a mulher concebeu, e enviou, e fê-lo saber a Davi, e disse: Pejada estou.
6 Então, enviou Davi a Joabe, dizendo: Envia-me Urias, o heteu. E Joabe enviou Urias a Davi.
7 Vindo, pois, Urias a ele, perguntou Davi como ficava Joabe, e como ficava o povo, e como ia
a guerra.
8 Depois, disse Davi a Urias: Desce à tua casa e lava os teus pés. E, saindo Urias da casa real,
logo saiu atrás dele iguaria do rei.
9 Porém Urias se deitou à porta da casa real, com todos os servos do seu senhor, e não desceu à
sua casa.
10 E o fizeram saber a Davi, dizendo: Urias não desceu à sua casa. Então, disse Davi a Urias:
Não vens tu de uma jornada? Por que não desceste à tua casa?
11 E disse Urias a Davi: A arca, e Israel, e Judá ficam em tendas; e Joabe, meu senhor, e os
servos de meu senhor estão acampados no campo; e hei de eu entrar na minha casa, para comer
e beber e para me deitar com minha mulher? Pela tua vida e pela vida da tua alma, não farei tal
coisa.
12 Então, disse Davi a Urias: Fica cá ainda hoje, e amanhã te despedirei. Urias, pois, ficou em
Jerusalém aquele dia e o seguinte.
13 E Davi o convidou, e comeu e bebeu diante dele, e o embebedou; e, à tarde, saiu a deitar-se
na sua cama, como os servos de seu senhor; porém não desceu à sua casa.
14 E sucedeu que, pela manhã, Davi escreveu uma carta a Joabe e mandou-lha por mão de
Urias.
15 Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de
detrás dele, para que seja ferido e morra.
16 Aconteceu, pois, que, tendo Joabe observado bem a cidade, pôs a Urias no lugar onde sabia
que havia homens valentes.
17 E, saindo os homens da cidade e pelejando com Joabe, caíram alguns do povo, dos servos de
Davi; e morreu também Urias, o heteu.
18 Então, enviou Joabe e fez saber a Davi todo o sucesso daquela peleja.

OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que somente o revestimento da graça divina, na força e no poder do Espírito
Santo, pode livrar-nos do pecado.

HINOS SUGERIDOS
13, 116, 316 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Mostrar que Davi era o homem segundo o coração de Deus;


II. Descrever o ambiente em que Davi pecou;
III. Qualificar o adultério e o homicídio de Davi.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Não há ambiente ou lugar em que estejamos seguros demais para não pecar. Embora salvos em
Cristo, ainda convivemos num corpo não redimido, que aguarda a maravilhosa redenção eterna,
onde o nosso corpo mortal dará lugar a um corpo glorioso. Enquanto isso não acontece, cá
estamos com as nossas lutas e muitas tribulações. O ponto central desta lição nos incentiva a
que estejamos revestidos da graça divina e cheios do Espírito Santo para resistir ao convite do
pecado que a todo o momento nos cerca. Sinta-se, portanto, encorajado, ou encorajada, a
perseverar na fé, sob a força e o poder do Espírito Santo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A Bíblia não se limita a descrever as façanhas de seus heróis, mas revela igualmente seus
pecados, erros e fragilidades. Homens como Noé, Abraão e Jacó cometeram graves faltas na
caminhada espiritual (Gn 9.20,21; 20.1-6; 27.19), e a Bíblia não as esconde. Davi, embora
ungido do Senhor, deu lugar ao Diabo, e veio a cometer dois gravíssimos pecados. Por isso,
Jesus nos alerta e orar e a vigiar constantemente (Mt 26.41). A presente lição procura mostrar
que ser escolhido de Deus, para algum propósito, não evita a possibilidade de uma eventual (e
evitável!) queda. Por essa razão, não podemos descuidar-nos de nossa vida espiritual. É
imprescindível estar cheio do Espírito Santo, para não sucumbir aos desejos da carne, atentando
seriamente para este conselho de Paulo: fugi da prostituição (1Co 6.18; Gl 5.16).

PONTO CENTRAL
Somente o revestimento da graça divina, na força e no poder do Espírito Santo, pode livrar-nos
do pecado.

I. SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS


1. O homem segundo o coração de Deus. A expressão um homem segundo o seu coração fala
de alguém que procura agradar ao Senhor. A Bíblia declara que Davi era esse homem (1Sm
13.14). Davi era rei que agradava a Deus, porque em tudo priorizava a Sua vontade. Davi sabia
esperar; seu coração sentia segundo os sentimentos do Senhor. Ele não se apressava, não agia
precipitadamente, não frustrava os planos divinos nem buscava sua própria vontade; mas agia
consciente e moderadamente (Fp 4.5). O líder segundo o coração de Deus tem intimidade com o
Pai. O Senhor quer nos dar pastores segundo o seu coração (Jr 3.15).

2. Davi era o escolhido de Deus, mas deu lugar ao Diabo. Davi era o escolhido de Deus, mas,
infelizmente, cometeu pecados graves; não foi um exemplo de perfeição absoluta como líder
espiritual nem como homem público. A grande diferença entre Davi e Saul foi o
arrependimento. O Salmo 51 revela a confissão de Davi, sua súplica por perdão e seu rogo por
renovação espiritual. Ele não escondeu as suas transgressões; confessou-as e buscou o perdão.
Enquanto o nosso corpo não for plenamente redimido lutaremos contra a tentação e o pecado.
Mas chegará o dia que o que é “mortal se revestirá de imortalidade e o que é corrupto, de
incorruptibilidade” (1Co 15.54). Enquanto isso, trilhemos o caminho da santidade, da oração,
da leitura da Bíblia e da fuga da aparência do mal (1Ts 5.22; 4.12). Deixo, porém, este alerta: é
possível, sim, termos uma vida irrepreensível tanto diante de Deus quanto diante dos homens.

SÍNTESE DO TÓPICO I
O homem segundo o coração de Deus era o escolhido, mas deu lugar ao Diabo.

SUBSÍDIO DIDÁTICO PEDAGÓGICO

Inicie o estudo desta semana falando a respeito da natureza humana e sua inclinação para o
pecado. As Escrituras Sagradas não escondem o lado negativo do ser humano. Certo escritor
cristão dizia que, talvez, o pecado original seja a única parte da teologia que pode ser provada
empiricamente, isto é, a todo instante o ser humano executa uma ação pecaminosa contra Deus e
contra o outro. Por isso, neste primeiro tópico explore um pouco essa reflexão, reforçando a
ideia de que só a graça divina, no poder e na força do Espírito Santo, pode-nos demover da
prática do pecado. Exorte a sua classe a resistir ao pecado.

II. O AMBIENTE EM QUE DAVI PECOU

1. Criando um ambiente propício ao pecado. O texto inicia dizendo que Davi não partiu para
guerra, quando deveria ter ido (1Sm 11.1). A indolência do rei era o primeiro passo que lhe
preparava para a queda, pois quanto mais tempo desocupado, mais chance de ser tentado. Davi
não pecou apenas por ter visto Bate-Seba, mas porque seu olhar foi pecaminoso; ele não
procedeu como Jó, que fez concerto com os seus olhos para não pecar (Jó 31.1). No lugar de
andar ocioso pelo palácio, Davi deveria ter fugido da aparência do mal. Ser tentado não é
pecado, mas ceder à tentação é. Jesus foi tentado, mas não cedeu à tentação; repreendeu o Diabo
com as Escrituras (Mt 4.1; Hb 2.18). A tentação pode vir tanto de fora (do mundo e do Diabo)
quanto de dentro de nós (Tg 1.14).

2. Os meios que contribuem para a prática do pecado. Em geral, quando uma pessoa começa
a desejar o pecado, ela aprofunda esse desejo, fecha-se para as coisas de Deus, levando o
Espírito Santo a retirar-se dela. Assim foi com Davi. Ele indaga sobre a mulher que se banhava
e, por meio de seus poderes reais, ordenou que a buscassem (2Sm 11.4). Ele mandou buscá-la,
mesmo sabendo que se tratava de uma senhora casada. Nada mais podia detê-lo no caminho do
pecado, mesmo a informação de que Bate-Seba era mulher de um dos seus oficiais mais fiéis.
Nessas condições, Davi já estava longe de Deus. Todas as ações descritas no texto mostram que
ele abriu a porta do coração para o pecado e não desviou os olhos da vaidade (Sl 119.37). Frente
ao mau exemplo de Davi, e de acordo com as Escrituras, o cristão deve fugir do pecado e
resguardar-se em Cristo, pois somente n’Ele é que se consegue vencer os ataques do Maligno.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Davi criou um ambiente propício ao pecado e deu vazão aos meios que contribuem para sua
prática.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Quando o inverno e sua estação chuvosa passaram, Davi enviou Joabe e o exército israelita
para renovar a guerra contra Amom e estabelecer o cerco à capital, Rabá – porém Davi ficou em
Jerusalém(1) Como teria sido muito melhor se ele tivesse ido com as tropas para o campo de
batalha! A ociosidade abre a porta para todos os tipos de tentações. Durante este período, Davi
se levantou depois que o calor do dia havia passado, e enquanto caminhava pelo terraço de sua
casa, viu uma mulher que se banhava no pátio de sua casa na cidade baixa. A tarde(2) começava
às 3 horas, de acordo com a nossa maneira de medir o tempo, e continuava até depois do
escurecer. A consulta do rei tornou o nome da mulher conhecido: Bate-Seba, filha de Eliã e
mulher de Urias, o heteu(3). O rei assim tinha o conhecimento completo de que a mulher era
casada. Seu esposo era um homem da guarda de elite do rei (23.39). O fato de ser heteu não o
impediria de se tornar um seguidor do Deus de Israel, embora este povo estivesse incluído entre
os cananeus que deveriam ser expulsos pelos israelitas” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué
a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.244,45).

III. O ADULTÉRIO E O HOMICÍDIO DE DAVI

1. Pecado gera pecado. No Salmo 42.7, é dito que um abismo chama outro abismo. A prática
pecado gera mais pecado. Ao tomar ciência de que Bate-Seba estava grávida, Davi engendra um
plano. Para esconder a gravidez adulterina de Bate-Seba, Davi força Urias a deitar-se com a
esposa, a fim de se lhe atribuir o filho ali gerado. Ele fez isso por duas vezes, porém, sem
sucesso (2Sm 11.8,10). Em outra tentativa ele se dispõe a embriagá-lo, mas, mesmo assim,
Urias não foi para casa (2Sm 11.13). O oficial se revela um soldado fiel, honrado, leal,
contrastando com as atitudes do próprio rei Davi. Por fim, Davi revela sua face mais cruel:
escreve uma carta, e ordena que Urias a entregue a Joabe; na carta, o rei ordena ao general que
coloque o valente soldado num front temerário, imprudente e belicamente infrutífero. Uma das
faces do pecado é a dissimulação; leva-nos a situações inimagináveis. Atentemos, pois, para o
que o apóstolo disse: “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).

2. O homicídio de Davi. O pecado de Davi vai tomando grandes proporções. O rei entrega
Urias nas mãos de Joabe que, por seu turno, coloca-o à frente de uma peleja suicida. Esse ato
não matou apenas Urias, mas também outros soldados (2Sm 11.17). Ao ser informado da morte
de seu fiel oficial, Davi se manifestou de modo brando, impassível e calculista, afirmando que
tais coisas ocorrem na guerra − a espada ora devora de um lado, ora do outro (2Sm 11.25). Davi
plantou uma grande injustiça e colherá uma grande amargura. Ele sentirá o peso da espada,
enviada da parte de Deus, sobre sua casa. O pecado destrói, transtorna e desfigura
espiritualmente uma pessoa. O homem segundo o coração de Deus agora fazia a vontade do
Diabo.

3. Davi e seu comandante. Experiente em guerra, Joabe sabia que o pedido de Davi era uma
trama maldosa. Ali, a máscara de Davi cai diante de Joabe. Este não o verá mais como um rei
santo, mas como alguém de caráter duvidoso, que acabara de fazer um pedido sujo. Joabe era
um assassino, pois havia tirado a vida de Abner (2Sm 3.26,27). Davi acabara de se igualar ao
seu comandante. O rei de Israel não era mais o rei-modelo, espiritual e excelente. Joabe, não
somente poderia blasfemar de Davi, como não mais poderia ser repreendido pelo rei a respeito
de Abner (2Sm 3.28,29). A história de Davi e seu comandante, Joabe, nos mostra que os servos
do Senhor devem proceder fielmente em tudo para que o nome de Cristo não seja blasfemado.

4. A tentativa de Davi para evitar as suspeitas do seu pecado. Em seu atoleiro pecaminoso,
depois de sete dias de luto, imediatamente Davi tomou Bate-Seba como esposa. Ele pensava
afastar quaisquer suspeitas de um relacionamento extraconjugal. É importante dizer que Bate-
Seba teve grande participação no pecado de Davi. Ela não se resguardou; mostrou-se
pecaminosamente. Era uma mulher ambiciosa, cheia de planos. Isso pode ser comprovado pelo
texto de 1 Reis 1.11-31. Tudo poderia ter passado despercebido perante o povo e logo
esquecido, mas o autor sagrado o contraria dizendo: “Porém essa coisa que Davi fez pareceu
mal aos olhos do SENHOR” (2Sm 11.27). Deus é onisciente, Ele sabe de tudo. Os que pecam às
ocultas, pensando que Ele não vê, enganam-se; as Escrituras declaram que “todas as coisas
estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13; cf. Sl 33.13,14;
90.8; 139.11,12).

SÍNTESE DO TÓPICO III


O adultério foi a causa do homicídio executado por Davi.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Davi igual a Saul? (11.4).

Em ordenar a Joabe para expor Urias ao perigo, o rei estava usando um meio que Saul usara em
um esforço para se desfazer do próprio Davi (cf. 1Sm 18.24,25). Qual então é a diferença entre
Saul e Davi? Cada um sucumbiu à tentação e pecou terrivelmente. A diferença é que, quando
descoberto, Saul pediu desculpas e rogou a Samuel para não o expor diante do seu povo. Ele
estava mais interessado na opinião pública do que em seu relacionamento com Deus (cf. 15.15-
24). Em contraste, Davi estava tão interessado em seu relacionamento com o Senhor que tomou
a iniciativa e fez uma confissão pública, que podemos ler em Salmo 51. Todos os seres
humanos são falhos, e qualquer um de nós pode cair. A maneira como resistimos à tentação e a
maneira como lidamos com os nossos pecados são ambos indicadores de santidade”
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.210).

CONCLUSÃO

O registro do pecado de Davi revela a perfeita justiça de Deus e de sua Palavra. As Escrituras
mostram que a prática do pecado é sempre desastrosa. Portanto, evitemos a ociosidade,
desenvolvamos os dons úteis à obra de Deus. Confessemos o nosso pecado, pois quem o oculta,
torna-o mais grave ainda. Se este for o seu caso, procure o seu pastor; peça-lhe a ajuda. Quem
confessa a sua transgressão e a deixa, alcançará a misericórdia.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• O que significa a expressão um homem segundo o coração de Deus?


A expressão um homem segundo o seu coração fala de alguém que procura agradar ao Senhor.

• Que tipo de rei Davi é em relação a Deus?


Davi é o rei que agrada a Deus porque em tudo ele priorizava a sua vontade.

• Por que Davi pecou?


Davi não pecou apenas por ter notado Bate-Seba, mas porque seu olhar foi errante; ele não
procedeu como Jó, que fez concerto com os seus olhos para não pecar (Jó 31.1).

• O que o cristão deve fazer para vencer o pecado?


O cristão deve fugir do pecado e se resguardar em Cristo, pois somente n’Ele é que se consegue
vencer os ataques do Maligno.

• Qual o propósito de Davi tomar Bate-Seba como esposa?


Ele tinha o propósito de que, quando a criança nascesse, fossem afastadas quaisquer suspeitas
de um relacionamento extraconjugal.

Lição 11
AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI
15 de Dezembro de 2019

TEXTO ÁUREO
“Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e
tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher.” (2Sm 12.10)

VERDADE PRÁTICA
O pecado é destruidor. O seu alvo é sempre desviar o homem da comunhão com Deus, levando-
o a um estado de depravação espiritual e moral.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 6.23: O pecado gera morte
Terça – Hc 1.13: Deus não tolera o pecado
Quarta – 1Jo 1.7: O pecado só pode ser apagado pelo sangue de Jesus
Quinta – 1Tm 6.10: O pecado é a transgressão da lei divina
Sexta – 1Jo 5.18.19: O pecado ofende a Deus
Sábado – Ez 33.12: Quem peca pagará pelos seus pecados

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Samuel 12.1-15

1 E o SENHOR enviou Natã a Davi; e, entrando ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois
homens, um rico e outro pobre.
2 O rico tinha muitíssimas ovelhas e vacas;
3 mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e
ela havia crescido com ele e com seus filhos igualmente; do seu bocado comia, e do seu copo
bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha.
4 E, vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas
para guisar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre e a preparou
para o homem que viera a ele.
5 Então, o furor de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã:
Vive o SENHOR, que digno de morte é o homem que fez isso.
6 E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado, porque fez tal coisa e porque não se
compadeceu.
7 Então, disse Natã a Davi: Tu és este homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te
ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul;
8 e te dei a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor em teu seio e também te dei a casa de
Israel e de Judá; e, se isto é pouco, mais te acrescentaria tais e tais coisas.
9 Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o mal diante de seus olhos? A
Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a
espada dos filhos de Amom.
10 Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste
a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher.
11 Assim diz o SENHOR: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e tomarei tuas
mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres
perante este sol.
12 Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol.
13 Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o
SENHOR traspassou o teu pecado; não morrerás.
14 Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do SENHOR
blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá.
15 Então, Natã foi para sua casa. E o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera a
Davi; e a criança adoeceu gravemente.

OBJETIVO GERAL

Esclarecer que o pecado tem o alvo de desviar o homem da comunhão com Deus e levá-lo a
um estado de depravação espiritual e moral.

HINOS SUGERIDOS
73, 373, 443 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Conceituar o pecado no Antigo e no Novo Testamento;


II. Mostrar a repreensão do profeta Natã ao rei Davi;
III. Elencar as consequências do pecado de Davi.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O pecado é uma violação à lei de Deus. Sua consequência imediata na vida da pessoa que o
pratica é culpa, bem como o castigo quanto a consequência direta do ato iníquo. A doutrina
bíblica do pecado é muito bem vinda num contexto de relativismo moral que predomina no
mundo atual. É importante trazermos o ensino bíblico acerca da gravidade e das consequências
do pecado, mas ao mesmo tempo, ressaltar a misericórdia e a iniciativa de Deus em perdoar ao
pecador que se arrepende e deixa a prática pecaminosa. Só em Cristo podemos vencer o poder
do pecado!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O assunto desta lição mostrará o alto preço que Davi pagou e as consequências que sofreu por
causa dos pecados cometidos. A história de Davi nos ensina a não brincar com o pecado. Não
podemos arriscar ou desafiar o pecado, pois ele é destruidor e seus resultados são trágicos. Por
isso, o mais importante é viver em santidade e confiar no sacrifício perfeito de Cristo,
lembrando permanentemente que Deus não tolera o pecado de quem quer que seja (Hc 1.13).

PONTO CENTRAL
O pecado tem o alvo de levar o homem ao estado de depravação espiritual e moral.

I. O CONCEITO DE PECADO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO

1. No Antigo Testamento. No Antigo Testamento, a palavra pecado tem diversos significados:


(1) errar o alvo, prática de imoralidade e idolatria (Êx 20.20; Jz 16.20; Pv 19.2); (2)
malignidade, perversidade (Gn 3.5; Jz 11.27); (3) revolta, rebelião (2Rs 3.5; Sl 51.13); (4)
iniquidade e culpa (Nm 15.30; 1Sm 3.13); (5) transgressão consciente (Lv 4.2); (6)
culpabilidade diante de Deus (Lv 4.13; 1Jo 1.7); (7) desviar-se do bom caminho (Nm 15.22; Sl
58.3).

2. No Novo Testamento. Quem lê o Novo Testamento depara-se com diversos vocábulos


usados pelos escritores para definir a palavra pecado, que pode ser descrito da seguinte forma:
(1) mal moral (Mt 21.41; Rm 12.17; 1Tm 6.10); (2) impiedade, incredulidade, herege ou
apóstata (Rm 4.5; 1Tm 1.9; 1Pe 4.18); (3) culpa (Mt 5.21,22; Tg 2.10); (4) pecado propriamente
dito, derivado da palavra grega hamartia (Rm 5.12; At 2.38; Jo 1.29; 1Co 15.3); (5) conduta
comprometedora (Rm 1.18; Rm 6.13); (6) vida sem lei, referindo-se aos transgressores (Mt
13.41; 1Tm 1.9); (7) adoração falsa (At 17.23); (8) engano (1Pe 2.25; Mt 24.5,6; Ap 12.9); (9)
pecado deliberado (Rm 5.15,20); (10) induzir os outros errarem por meio de falsos ensinos (Gl
2.11,21; 1Tm 4.2). Assim, podemos perceber que o pecado é sempre maléfico. Suas ações são
destruidoras em todos os aspectos, principalmente em relação ao bom relacionamento com
Deus. Por isso, ao homem é melhor procurar, em Cristo, o perdão de todos os seus pecados, a
fim de estar sempre em comunhão com Deus.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento demonstram que o pecado é a violação da Lei de
Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Para reforçar o ensino a respeito do conceito do pecado nas Escrituras, ao introduzir o assunto
em sua classe, leve em consideração a seguinte definição: “Talvez a melhor definição do
pecado seja encontrada em 1 João 3.4: ‘O pecado é iniquidade’. Seja o que mais o pecado for,
ele é, no seu âmago, uma violação da lei de Deus. E, já que ‘toda a iniquidade [gr. adikia,
literalmente ‘injustiça’] é pecado’ (1Jo 5.17), toda injustiça quebra a lei de Deus. Por isso,
Davi confessa: ‘Contra ti, contra ti somente pequei’ (Sl 51.4; cf. Lc 15.18,21)” (HORTON;
Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
1996, p.281).

II. A REPREENSÃO DO PROFETA NATÃ AO REI DAVI

1. Uma consciência morta. Tudo nos leva a crer que Davi não iria confessar seus pecados.
Havia se passado um ano, e para ele todas as coisas estavam normais, mas Deus não o deixaria
impune. Note o quanto a Bíblia é maravilhosa: ela não esconde o pecado de ninguém. Esse
procedimento, além de revelar a justiça divina, mostra que o compromisso do Senhor é para
com os que andam em sinceridade, não importando a posição que exerçam, pois se pecarem,
pagarão pelos seus pecados (Ez 33.12). A consciência do rei Davi estava morta. Foi necessária
uma alegoria do profeta Natã, relatando a ação de um homem rico, que, pela força, se apropriara
da cordeirinha única e amada de um pobre. O rico, apesar de possuir um grande rebanho,
recusou-se a lançar mão de suas muitas ovelhas. Davi se mostrou irado com o procedimento do
rico e, prontamente, queria condená-lo à morte.

2. Mostrando a gravidade do seu pecado. À semelhança de Samuel e Elias, Natã age com
energia e coragem para com Davi, denunciando-lhes os gravíssimos pecados. Aliás, o indicativo
“Tu és este homem” foi como uma espada traspassando o coração do rei. Não poderia ser de
outra forma, pois Davi, além do adultério, cometera o crime de homicídio, envolvendo outras
vidas. Ele violou o Decálogo, que imperativamente diz para não adulterar e não matar (Êx
20.13,14). O adultério é um tipo de relação sexual ilícita; é um pecado contra a família;
acontece primeiramente no coração (Mt 5.28), evidenciando a falta de pureza na vida. Toda
relação sexual antes e fora do casamento é proibida terminantemente pela Bíblia. Não poderia
haver suavidade para o pecado de Davi em relação ao adultério, pois ele atingira uma família; e,
no tocante à morte de Urias, tirou injustamente a vida de um soldado honrado, leal e valente.
Natã, portanto, anunciou a desaprovação de Deus e a sentença de juízo que viria sobre o rei.

3. Traindo a generosidade divina. Natã, como porta-voz de Deus, disse tudo quanto Ele havia
feito com relação a Davi, citando cada benefício, um por um: (1) livramento das mãos de Saul;
(2) o reinado sobre Judá e Israel; (3) dentre muitos outros privilégios (2Sm 12.8). Mas Davi, o
homem segundo o coração de Deus, desprezara a generosidade de Deus (2Sm 12.9). Entretanto,
Davi reconheceu sua transgressão; sabia que havia pecado contra o Senhor. Alguns de seus
salmos revelam o sofrimento que ele passou por ter ocultado o seu pecado, entristecendo
profundamente o Espírito de Deus (Sl 32.3-5; 51.12). Pela misericórdia divina, Davi foi
perdoado, mas teve de arcar com as consequências de seus pecados.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Diante de uma consciência morta do rei Davi, o profeta Natã mostrou-lhe a gravidade do seu
pecado.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“As Escrituras descrevem muitas categorias de pecados. Podem ser cometidos por incrédulos ou
por crentes, sendo que estes dois grupos são lesados pelos pecados e precisam da graça. Os
pecados podem ser cometidos contra Deus, contra o próximo, contra o próprio-eu ou contra
alguma combinação destes. Em última análise, porém, todo o pecado é contra Deus (Sl 51.4; cf.
Lc 15.18,21). O pecado pode ser confessado e perdoado. Não sendo perdoado, continuará
exercendo o seu domínio sobre a pessoa. A Bíblia ensina que uma atitude pode ser tão
pecaminosa quanto um ato. Por exemplo, a fúria contra alguém pode ser tão pecaminosa quanto
o assassinato, e um olhar de concupiscência, tão pecaminoso quanto o adultério (Mt
5.21,22,27,28; Tg 3.14-16). A atitude pecaminosa inutiliza a oração (Sl 66.18). O pecado pode
ser ativo ou passivo, ou seja, a prática do mal ou a negligência à prática do bem (Lc 10.30-37;
Tg 4.17). Os pecados sexuais físicos são lastimáveis para os cristãos, porque abusam o corpo do
Senhor na pessoa do crente e porque o corpo é o templo do Espírito Santo (1Co 6.12-20)”
(HORTON; Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 1996, pp.289,90).

III. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI

1. As consequências pelos pecados cometidos. Paulo afirmou que o que semeia na carne
colherá corrupção (Gl 6.8). Foi o que ocorreu com Davi. Podemos enumerar alguns pontos dos
males que vieram como consequência de seus pecados: o primeiro, a perda do filho; o segundo,
o escândalo sexual de seu filho Amnon com a sua filha Tamar; o terceiro, o assassinato de
Amnon; o quarto, a tentativa de usurpação do trono, por Absalão, e o abuso público das
concubinas reais por este. Davi foi perdoado pela graça e pela misericórdia divinas, mas teve de
arcar com as consequências de seus pecados pelo restante de sua vida. É imperioso ao cristão
evitar o pecado, pois este traz sofrimento e deixa marcas indeléveis, naqueles que o praticam,
atingindo direta e indiretamente outras pessoas.

2. Davi, o rei fraco no seu próprio lar. Davi foi um grande líder para Israel, mas um péssimo
pai de família. Ele teve doze esposas, dez concubinas, vinte e um filhos e uma filha (2Sm 3.2-5;
5.13-16; 1Cr 3.1-9; 14.3-7; 2Cr 11.18). Observe que os três filhos de Davi que morreram
tragicamente − Amnom, Absalão e Adonias – eram seus sucessores imediatos. Lendo 1 Reis
1.6, pode-se compreender que parte da desestruturação da família de Davi, segundo o texto, era
culpa dele mesmo, pela maneira como conduzia os filhos. A falta de aconselhamento e de
disciplina fizeram com que os filhos dos três nomes de destaque dos livros que ora estudamos −
Eli, Samuel e Davi −, tivessem grandes prejuízos morais e espirituais. Nas palavras de Paulo, o
que governa bem a própria casa está preparado para assumir grandes responsabilidades na Obra
do Senhor, daí ser essa uma premissa primordial para a vida do obreiro (1Tm 3.4). Não adianta
realizarmos grandes conquistas eclesiásticas, ou financeiras, tendo um lar desestruturado.

SÍNTESE DO TÓPICO III


O rei Davi sofreu consequências de seus pecados tanto em sua vida familiar quanto em seu
reinado.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O estudo das consequências do pecado devem considerar a culpa e o castigo. Há vários tipos
de culpa (heb. ’asham, Gn 26.10; gr. enochos, Tg 2.10). A culpa individual ou pessoal pode ser
distinguida da comunitária, que pesa sobre as sociedades. A culpa objetiva refere-se à
transgressão real, quer posta em prática pelo culpado, quer não. A culpa subjetiva refere-se à
sensação de culpa numa pessoa, que pode ser sincera e levar ao arrependimento (Sl 51; At 2.40-
47; cf. Jo 16.7-11). Pode, também, ser insincera (com a aparência externa de sinceridade), mas
ou desconhece a realidade do pecado (e só corresponde quando apanhada em flagrante e exposta
à vergonha e castigada, etc.) ou evidencia uma mera mudança temporária e externa, sem uma
reorientação real, duradoura e interna (por exemplo, Faraó). A culpa subjetiva pode ser
puramente psicológica na sua origem e provocar muitas aflições sem, porém, fundamentar-se
em qualquer pecado real (1Jo 3.19,20)” (HORTON; Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.294).
CONCLUSÃO

Evitemos o pecado a qualquer custo, pois ainda que aparentemente seja inofensivo, ele sempre
trará consequências gravíssimas. O adultério de Davi marcaria sua vida para sempre, mesmo
depois de perdoado. Isso porque o preço do pecado é demasiado alto; seus frutos geram a morte.
A desobediência a Deus e a crueldade para com Urias seriam pagas por meio da dor e do
sofrimento da própria família do rei.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Qual o conceito do pecado em nosso vocabulário?


Culpa, transgressão, vício, maldade, crueldade, erro, pena são palavras que podem ser
entendidas como pecado em nosso vocabulário.
• Cite pelo menos três conceitos do pecado no Antigo Testamento?
a) Pecado no sentido de errar o alvo, prática de imoralidade e idolatria (Êx 20.20; Jz 16.20; Pv
19.2); b) Pecado no sentido de malignidade, perversidade (Gn 3.5; Jz 11.27); c) Pecado no
sentido de revolta, rebelião (2Rs 3.5; Sl 51.13).

• Cite pelo menos três conceitos do pecado no Novo Testamento?


(1) Pecado como mal moral (Mt 21.41; Rm 12.17; 1Tm 6.10); (2) pecado como impiedade, sem
fé, herege ou apóstata (Rm 4.5; 1Tm 1.9; 1Pe 4.18); (3) pecado como culpa (Mt 5.21,22; Tg
2.10).

• O que fez o profeta Natã para despertar a consciência morta do rei Davi?
Foi necessária uma alegoria do profeta Natã relatando a ação injusta do rico em que se
apropriou da cordeirinha do pobre, que tanto a amava, tendo o rico um grande rebanho que
manteve intacto.

• O que é imperioso para o cristão?


É imperioso ao cristão evitar o pecado, pois ele traz sofrimento e deixa marcas indeléveis
naqueles que o praticam, atingindo assim, outras pessoas.

Lição 12
A REBELIÃO DE ABSALÃO
22 de Dezembro de 2019

TEXTO ÁUREO
“E desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo; assim, furtava
Absalão o coração dos homens de Israel.” (2Sm 15.6)

VERDADE PRÁTICA
A rebelião revela uma natureza depravada e apóstata contra Deus, visando apenas propósitos
que contrariam a perfeita vontade divina.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Ef 6.1: Os filhos devem obedecer aos pais
Terça – Ef 6.4: Os pais não podem provocar seus filhos
Quarta – 1Tm 3.2: O servo de Deus deve ser irrepreensível
Quinta – 1Pe 5.8: Devemos fechar as portas às obras do Inimigo
Sexta – Mt 12.33: Pelo fruto se conhece a árvore
Sábado – Fp 2.19,20,21: É bom contar com pessoas nobres e fiéis a Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Samuel 15.1-18

1 E aconteceu, depois disso, que Absalão fez aparelhar carros, e cavalos, e cinquenta homens
que corressem adiante dele.
2 Também Absalão se levantou pela manhã e parava a uma banda do caminho da porta. E
sucedia que a todo o homem que tinha alguma demanda para vir ao rei a juízo, o chamava
Absalão a si e lhe dizia: De que cidade és tu? E dizendo ele: De uma das tribos de Israel é teu
servo;
3 então, Absalão lhe dizia: Olha, os teus negócios são bons e retos, porém não tens quem te
ouça da parte do rei.
4 Dizia mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo o
homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça!
5 Sucedia também que, quando alguém se chegava a ele para se inclinar diante dele, ele estendia
a sua mão, e pegava dele, e o beijava.
6 desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo; assim, furtava Absalão
o coração dos homens de Israel.
7 E aconteceu, pois, ao cabo de quarenta anos, que Absalão disse ao rei: Deixa-me ir pagar em
Hebrom o meu voto que votei ao SENHOR.
8 Porque morando eu em Gesur, na Síria, votou o teu servo um voto, dizendo: Se o SENHOR
outra vez me fizer tornar a Jerusalém, servirei ao SENHOR.
9 Então, lhe disse o rei: Vai em paz. Levantou-se, pois, e foi para Hebrom.
10 E enviou Absalão espias por todas as tribos de Israel, dizendo: Quando ouvirdes o som das
trombetas, direis: Absalão reina em Hebrom.
11 E de Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua
simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio.
12 Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, à sua cidade de Gilo,
estando ele sacrificando os seus sacrifícios; e a conjuração se fortificava, e vinha o povo e se
aumentava com Absalão.
13 Então, veio um mensageiro a Davi, dizendo: O coração de cada um em Israel segue a
Absalão.
14 Disse, pois, Davi a todos os seus servos que estavam com ele em Jerusalém: Levantai-vos, e
fujamos, porque não poderíamos escapar diante de Absalão. Dai-vos pressa a caminhar, para
que porventura não se apresse ele, e nos alcance, e lance sobre nós algum mal, e fira a cidade a
fio de espada.
15 Então, os servos do rei disseram ao rei: Eis aqui os teus servos, para tudo quanto determinar
o rei, nosso senhor.
16 E saiu o rei, com toda a sua casa, a pé; deixou, porém, o rei dez mulheres concubinas, para
guardarem a casa.
17 Tendo, pois, saído o rei com todo o povo a pé, pararam num lugar distante.
18 E todos os seus servos iam a seu lado, como também todos os quereteus e todos os peleteus;
e todos os geteus, seiscentos homens que vieram de Gate a pé, caminhavam diante do rei.

OBJETIVO GERAL
Expor que a rebelião revela uma natureza depravada e apóstata contra Deus, visando apenas
propósitos que contrariam a sua vontade.

HINOS SUGERIDOS
88,117, 530 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Descrever o homem Absalão;


II. Destacar a revolta de Absalão;
III. Apontar a morte de Absalão.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A lição desta semana aborda sobre a rebelião do filho de Davi. O rei de Israel não poderia
imaginar uma traição dessa proporção vinda da própria casa. Uma rebelião vinda de uma pessoa
em que lhe é depositada toda a confiança é dolorosa e, num primeiro momento, inimaginável. O
relato da rebelião de Absalão mostra o quanto tal atitude pode ser avassaladora. Absalão perdeu
a vida; o rei Davi saiu arrasado; e milhares de vidas do exército foram dizimadas. Numa
rebelião, todos perdem. Seja na família, na amizade ou nas instituições: ninguém sai ileso desse
processo. Que Deus nos livre desse pecado! Que a paz e a unidade marquem a vida do povo de
Deus!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, discorreremos sobre a rebelião de Absalão; não se tratava apenas de uma oposição
ou resistência à autoridade, mas da síndrome do poder. O assassinato de seu irmão, Amnom,
não foi apenas um feito vingativo, mas a oportunidade de excluir um rival que estava na linha
de sucessão ao trono (2Sm 13.20-39). Absalão era oportunista, perspicaz. Valendo-se de sua
beleza física e carisma incomum, procurou derrubar o próprio pai, na esteira das falhas
governamentais, buscando apoio nos descontentes, para reinar, prometendo que julgaria a todos
com equidade e rapidez.

PONTO CENTRAL
A rebelião revela uma natureza depravada e apóstata contra Deus.

I. O HOMEM ABSALÃO

1. Descrição. Absalão era o terceiro filho de Davi com Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur,
que nascera em Hebrom (2Sm 3.2,3) – Davi teve seu primeiro filho com Ainoã, Amnon, o
primogênito; o segundo com Abigail, Quileabe. Do hebraico, o nome Absalão significa “o pai é
da paz” (2Sm 3.3). Duas coisas o distinguem: seus longos cabelos e sua aparência física, que era
sem defeito (2Sm 14.25). Absalão era o filho predileto de Davi. Tinha uma vida de luxo, pois
estavam a seu dispor um carro e 50 homens que corriam adiante dele. Tinha uma personalidade
forte e capacidade para furtar o coração do povo (2Sm 15.1.6). Biograficamente, há muitos
detalhes sobre o homem Absalão, em especial quanto à beleza física, mas nenhum destaque para
sua vida espiritual.

2. Em que consistia a causa da revolta de Absalão? Podemos asseverar que Davi é o grande
responsável pelo desastre que aconteceu no seio de sua família, devido às suas faltas. Sua queda
enfraqueceu espiritual e moralmente sua família. Assim, primeiramente vem o estupro de Tamar
por Amnom, depois a morte deste por Absalão, que teve de fugir e ficar distante do pai por três
anos. O retorno de Absalão, por parte da estratégia de Joabe, não foi muito bom, pois, ao
retornar, Davi fica sem falar com Absalão por aproximadamente dois anos. Isso resultou em
grande ódio e amargura no seu coração para com o pai. Nada justifica o procedimento errado
dos filhos, mas, por vezes, os pais contribuem para que eles tomem o caminho da rebeldia
deliberada (cf. Ef 6.4).

SÍNTESE DO TÓPICO I
Absalão era um homem de aparência “sem defeito”, dotado de personalidade forte e sagacidade
para roubar o “coração do povo”.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ao introduzir a aula desta semana, leve em conta alguns dados biográficos de Abasalão que
descrevem um pouco de suas ações, pois eles nos permite conhecer um pouco da personalidade
do filho de Davi: “Cinco anos se passaram [após Absalão matar Amnom, seu irmão] até que
Davi o [Absalão] reintegrasse totalmente. Mas, Absalão movimentou-se rapidamente para
conseguir o trono. Adotando costumes pagãos (que lhe foram ensinados por Talmai?) ele
apareceu em público em uma carruagem escoltada por um cortejo de corredores. Ele
assegurou a simpatia das dez tribos do norte fazendo-se passar por seu defensor. Dentro de
quatro anos [...], sob o pretexto de cumprir um voto, Absalão foi a Hebrom e reclamou o título
de ‘rei’ (2Sm 15.10); em seguida, apoderou-se de Jerusalém para ser sua capital” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.15).

II. A REVOLTA DE ABSALÃO

1. A fraqueza do reinado de Davi. O que se desenrola nesse capítulo ainda é resquício do


pecado cometido por Davi; como falou Natã, sua vida seria marcada por inúmeros problemas
(2Sm 12.10,12). Davi, ao ocultar seu duplo pecado, pôs-se a levar uma vida relaxada tanto
espiritual quanto publicamente; ele não estava mais julgando as causas como deveria; os
problemas do reino acumulavam-se, aumentando grandemente a insatisfação do povo. O servo
de Deus deve fazer de tudo para proceder corretamente perante Deus e o povo, pois a
fragmentação de sua vida moral e espiritual pode abrir portas a uma tempestade incontrolável,
levando-o a significativas perdas, daí a exigência de Paulo: “sejamos irrepreensíveis” (1Tm
3.2).

2. O Absalão político. Há o registro do plano da insurreição de Absalão em 2 Samuel 15.1-12.


Ele trabalhou incansavelmente durante quatro anos para pôr seu plano em prática – a revolta
contra seu pai. De duas maneiras Absalão procura impressionar o povo: primeira, se exibindo
com carros, cavalos e homens que corriam adiante dele; segunda, a lisonja. O Absalão político
agia da seguinte maneira: demonstrava o espírito de grandeza. Era comum aos reis do Oriente
terem servos que iam adiante de seus carros, que, por vezes, variavam de três a quatro homens.
Mas Absalão apresentava-se com cinquenta (2Sm 15.1). Ainda, exercia uma função que não era
sua. Ele sentava-se à porta da cidade como juiz, mas não o era. Apresentava as falhas no setor
administrativo do rei, dizendo que não havia pessoas capazes indicadas pelo rei para atender ao
povo. Depois, fazia falsa bajulação. Ele dispensava algo que era digno a todo filho de rei:
reverência, antes demonstrava falsa humildade; tudo não passava de dissimulação. Ainda, falsa
devoção a Deus. Dizia que havia feito um voto a Deus, mas tudo era apenas uma ação mentirosa
para enganar o rei. Finalmente, habilidade em ser sagaz. As pessoas se deixaram levar por toda
essa ação sagaz sem que percebesse seu real significado.

3. Proclamando-se rei. Absalão foi para Hebrom com permissão de seu pai, mas ele o fez com
falso pretexto, para comandar, de lá, seus emissários. Ele preparou esses homens e, ao seu sinal,
ao som de trombetas, deveria ser proclamado a todo o Israel: “Absalão reina em Hebrom!”. Por
que Hebrom? Esse jovem sabia que, no seu histórico, Hebrom estava ligada com a monarquia
de Israel; foi nela que seu pai fora coroado rei (2Sm 2.4; 5.3) e que seu reinado durou ali sete
anos e meio. Absalão tinha consciência de que havia da parte de Judá um sentimento muito
especial por esse lugar; estrategicamente, buscava apoio naquela região. Ele fez um convite
especial para duzentas pessoas escolhidas a dedo, que eram de influência, mas não sabiam de
nada, e levou também um dos conselheiros do rei Davi, Aitofel. Desse modo, estava montado
todo o projeto para a conspiração de Absalão.

4. A lealdade dos servos de Davi. Ao tomar conhecimento da ação de seu filho Absalão, Davi
apronta para fugir. Sem dúvida isso era a consequência da espada que viria sobre sua casa,
como fora profetizado. Ao sair Davi de Jerusalém com seus amigos, a primeira parada que faz é
em frente ao Monte das Oliveiras, que tem ligação com a Via Dolorosa (Lc 22.39). Junto com
Davi, vai muita gente, mas o texto faz um destaque à lealdade de um estrangeiro de Gate, cujo
nome era Itai. Davi insistentemente solicita que ele volte a ter com o rei, Absalão, o que não o
faz, mas se coloca à sua inteira disposição com toda fidelidade, afirmando que ficaria ao seu
lado, quer fosse para vida quer para a morte (2Sm 15.21). Isso tocou profundamente o coração
de Davi, pois tal posicionamento deveria partir, isto sim, do seu filho.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A revolta de Absalão escondia um espírito de grandeza, bajulação, falsa devoção a Deus e
sagacidade.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Após um apelo especial a Itai, que parece ser o comandante dos 600 homens, [Davi] liberou-o
de qualquer obrigação e rogou a ele e as seus homens que retornassem ao palácio, Davi recebeu
a promessa de lealdade de vida e morte de seus guardas. O uso do nome do Deus de Israel na
aliança, Yahweh, o Senhor, indicaria que ele era um prosélito da religião hebraica, bem como
um leal súdito da coroa. Com esta garantia, e em meio a um luto geral por parte do povo em
Jerusalém e suas vizinhanças, Davi e sua companhia atravessaram o Cedrom, o vale que
margeava Jerusalém a leste, e se encaminharam para o oriente através do deserto em direção ao
Jordão” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.252).

III. A MORTE DE ABSALÃO

1. Coração de pai. Davi teve de montar seu exército para lutar contra o próprio filho,
dividindo-o em três companhias, uma sob a liderança de Joabe, outra, de Abisai, e a última de
Itai. Ele se propõe a ir para o combate, mas o povo não permite. Duas coisas importantes devem
ser entendidas aqui: a primeira é o valor que o povo via em Davi; sendo ele um grande
guerreiro, uma pessoa capaz, ainda que estivesse pagando um alto preço, as pessoas sabiam do
seu valor (2Sm 18.3; 1Sm 18.7; 29.5), e que por causa disso ele era o alvo principal. A segunda
é que o povo queria evitar que o próprio pai tivesse que confrontar o filho. Todos viam a dor
que Davi sentia ao formar aquele exército, para lutar contra seu filho; por isso, pediu que se
tratasse o jovem com brandura.

2. O preço da rebelião de Absalão. A batalha de Absalão pelo trono, ou seja, sua rebeldia em
troca do poder, custar-lhe-ia a vida. Os homens de Davi entraram em combate. A vitória
facilitou a vitória de Davi, pelo fato de a floresta, na qual os homens de Absalão embrenharam-
se, ser traiçoeira. Em alguns relatos bíblicos, forças naturais contribuíram para que o povo do
Senhor fosse vitorioso, como lama, insetos, doenças, o que prova que Deus age como Ele quer.
Vinte mil homens de Absalão foram abatidos (2Sm 18.7,8). Vendo que estava perdendo a
batalha, fugiu sobre um mulo, mas acabou preso nos ramos de um grande carvalho, suspenso
pelos cabelos entre o céu e a terra. Joabe tomou conhecimento da situação de Absalão, irando-
se, porque o homem que lhe trouxe a notícia não o matara. O mensageiro lhe disse que não
poderia ter feito isso, ainda que fosse para ganhar mil moedas de prata, pois tinha ouvido o
pedido do rei. Joabe, então, foi até Absalão e traspassa-o com dardos. Depois disso, o combate
termina. O fim de Absalão foi trágico, porque ele agira como usurpador, rebelde; pela lei,
deveria morrer (Dt 21.18,21,23; 2Sm 17.2,4). Toda rebeldia tem seu preço; por isso o melhor é
sempre evitá-la.

SÍNTESE DO TÓPICO III


A rebelião de Absalão contra o seu pai custou-lhe a vida.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Davi, portanto, se pôs da banda porta (4) de Maanaim enquanto seu povo marchava, e fez seu
exército ouvir a ordem que dava aos seus capitães: brandamente tratai por amor de mim ao
jovem, a Absalão (5). Da descrição da batalha, somos levados a entender que esta não foi uma
ação defensiva da parte de Davi, mas uma investida forte e provavelmente inesperada que fez
recuar as forças de Absalão, as quais atravessaram o Jordão para dentro do bosque de Efraim
(6), onde ocorreu o combate decisivo. A luta foi sangrenta, e 20.000 homens morreram – talvez
de ambos os lados – mais gente perdeu a vida nas gargantas e desfiladeiros das montanhas
repletas de bosques do que pela espada” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p.254).

CONCLUSÃO
Com este episódio, aprendemos que a rebelião aborrece a Deus. Evitemos, pois, o pecado da
rebeldia; busquemos a sabedoria e a prudência divinas, para que não experimentemos a ira do
Deus justo e verdadeiro. Sejamos fiéis e santos.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder

APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Qual o significado do nome Absalão?


Do hebraico, seu nome é “o pai é da paz”.

• Qual destaque a Bíblia faz sobre Absalão?


Biograficamente há muitos detalhes sobre a pessoa de Absalão, em especial no quesito físico,
mas nenhum destaque para sua vida espiritual.

• O que a fragmentação moral na vida moral e espiritual pode fazer?


O servo de Deus deve fazer de tudo para proceder corretamente perante Deus e o povo, pois a
fragmentação na sua vida moral e espiritual pode abrir portas para uma tempestade
incontrolável, levando-o a significativas perdas, daí a exigência de Paulo: “sejamos
irrepreensíveis” (1Tm 3.2).

• Como político, o que Absalão fazia?


O Absalão político agia da seguinte maneira: demonstrava o espírito de grandeza, exercia uma
função que não era sua, fazia falsa bajulação, falsa devoção a Deus e tinha a habilidade em ser
sagaz.

• Se toda rebeldia tem o seu preço, o que é melhor fazer?


Toda rebeldia tem seu preço, por isso o melhor é sempre evitá-la.

Lição 13
A VELHICE DE DAVI
29 de Dezembro de 2019

TEXTO ÁUREO
“Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo um concerto
eterno, que em tudo será ordenado e guardado. Pois toda a minha salvação e todo o meu
prazer estão nele, apesar de que ainda não o faz brotar.” (2Sm 23.5)

VERDADE PRÁTICA
A verdadeira essência da vida não consiste em viver muito ou pouco, mas sim em viver cada
momento com Deus e para Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2Sm 22.49: Deus é que levanta os seus servos
Terça – 2Pe 1.21: O Espírito Santo inspirou homens santos a escreverem a Bíblia Sagrada
Quarta – Is 9.7: O governo de Cristo será perfeito
Quinta – Is 55.3: Devemos sempre nos firmar na aliança divina
Sexta – Êx 3.6: O Deus de Jacó usa-nos, apesar de nossas imperfeições
Sábado – Sl 92.14: Busquemos o auxílio divino na velhice, para sermos produtivos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Samuel 23.1-7

1 E estas são as últimas palavras de Davi. Diz Davi, filho de Jessé, e diz o homem que foi
levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel:
2 O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca.
3 Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre
os homens, que domine no temor de Deus.
4 E será como a luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens, quando, pelo seu
resplendor e pela chuva, a erva brota da terra.
5 Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo um concerto
eterno, que em tudo será ordenado e guardado. Pois toda a minha salvação e todo o meu prazer
estão nele, apesar de que ainda não o faz brotar.
6 Porém os filhos de Belial serão todos como os espinhos que se lançam fora, porque se lhes
não pode pegar com a mão.
7 Mas qualquer que os tocar se armará de ferro e da haste de uma lança; e a fogo serão
totalmente queimados no mesmo lugar.

OBJETIVO GERAL
Esclarecer que a essência da vida consiste em viver cada momento com Deus e para Deus.

HINOS SUGERIDOS
78,278, 348 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Apresentar uma visão geral da velhice;


II. Pontuar os problemas na velhice;
III. Enfatizar as palavras finais de Davi em sua velhice.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Quantas são as pessoas que ao longo da caminhada cristã, hoje, já na terceira idade, sentem-se
cansadas, desanimadas e sem autoestima? Isso não significa falta de espiritualidade ou ausência
de comunhão com Deus, mas mostra que o envelhecimento é uma fase natural da vida que pode
ser vivida de maneira saudável ou não. Nesse sentido, o objetivo desta lição é afirmar que a
essência da vida consiste em viver cada momento com Deus e para Deus. Assim, podemos ter o
olhar alterado sobre a velhice, vivendo-a de modo que glorifique a Deus e alegre o coração.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nada há nada de pejorativo na palavra velhice. Ela não fala apenas de idade avançada, mas
também de maturidade, experiência. Por isso, o hebraico (seybah) a define como cabelos
grisalhos, cabeça encanecida. Nas Escrituras, a velhice é vista como fonte de bênçãos: “Na
velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor” (Sl 92.14). A velhice pode ser
boa ou ruim − isso dependerá da forma como vivemos cada fase de nossa vida; temamos a Deus
e sejamos sábios (Ec 12.1). Os últimos momentos da vida de Davi, já na velhice, foram
conturbados, conforme descrito em 1 Reis, mas, pela sua peregrinação e comunhão com Deus,
ele finda sua missão com uma grandiosa ação de graças ao Senhor, que o chamara desde a
meninice.

PONTO CENTRAL
A essência da vida consiste em viver cada momento com Deus e para Deus.

I. UMA VISÃO GERAL SOBRE A VELHICE

1. Concepções antigas e modernas. Há 2.500 anos, o filósofo egípcio Ptah-Hotep descreveu a


velhice como o maior infortúnio que pode atingir o ser humano. O poeta inglês William
Shakespeare não via a velhice com bons olhos, antes, relatou que os anos crepusculares trazem
uma segunda infância e simples esquecimentos. O tom da concepção moderna sobre a velhice é
desgastante, ao afirmar que os velhos são ressentidos com os jovens, pois são pessoas cansadas,
fora de moda e severas. Entretanto, o respeito por cada fase da vida é ordenado por Deus.
Ninguém pode desprezar o outro por ser adolescente, jovem ou idoso. Tem-se veiculado nos
meios de comunicação o descaso com que muitos tratam os mais velhos; sem dúvida, isso se
deve ao esfriamento do amor e ao aumento do pecado, gerando ingratidão e desrespeito (Mt
24.12). Por isso, a igreja deve manter programas especiais para os idosos, pois essa prática
revela o amor de Deus ao próximo.

2. Concepção bíblica. A Bíblia descreve a velhice como algo natural e dadivoso. O homem que
mais viveu na terra foi Matusalém, chegando à idade de 969 anos (Gn 5.27). Mas há muitos
outros que chegaram à velhice com menos idade e diversos problemas, como Isaque, que não
enxergava mais (Gn 27.1), Barzilai, que afirmou que, devido à idade, já não se interessava mais
por finas iguarias (2Sm 19.34,35). A Bíblia relata, porém, dois homens de idade avançada que
não foram atingidos pelos sintomas e problemas na velhice. O primeiro é Moisés; em
Deuteronômio 34.7 é dito que seus olhos nunca escureceram nem ele perdeu o vigor. Em
seguida, Calebe, com a idade de 84 anos, falou a Josué que Deus lhe tinha conservado até ali, e
ele ainda viria a conquistar as terras que lhe foram destinadas (Js 14.10-14). A velhice virá para
todos os mortais, mas o importante é ter Deus na vida, pois, dessa forma, poderá ser encarada
com naturalidade, longe de qualquer estereótipo.

SÍNTESE DO TÓPICO I
A perspectiva bíblica a respeito da velhice é positiva, pois a mostra como algo natural e
dadivoso.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Ao introduzir esta lição, fale um pouco do texto base das Escrituras, que fundamenta a lição
(2Sm 23.1-7), destacando a seguinte informação: “O primeiro parágrafo do capítulo 23 é
introduzido com um título: Estas são as últimas palavras de Davi (1). Davi é descrito como o
homem que foi levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel.
É possível que as últimas palavras aqui signifiquem ‘as últimas palavras inspiradas’, visto que
o termo hebraico traduzido como diz é um termo que é sempre usado em outras passagens
como um pronunciamento divinamente inspirado. Que o Espírito do Senhor realmente falava
por Davi (2) é abundantemente atestado nos salmos que ele escreveu” (Comentário Bíblico
Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.260-61). No tópico três, você poderá
retomar o assunto, pois ele trata das palavras finais de Davi.

II. PROBLEMAS NA VELHICE DE DAVI

1. A velhice de Davi. 1 Reis 1.1-4 descreve alguns problemas que atingiram Davi na velhice.
Ali, se esclarece que a velhice não poupa ninguém. Por causa dos grandes sofrimentos, das lutas
que marcaram sua vida e das causas naturais, com aproximadamente setenta anos, as forças e a
saúde de Davi já tinham definhados. Seu corpo não conseguia manter-se aquecido. Davi é o
exemplo de como começa o declínio da vida, conforme expõe Eclesiastes 12.1-7. Portanto,
aproveitemos bem a adolescência e a juventude na presença de Deus; consagremos nossas
forças e todo o nosso vigor ao Senhor Jesus Cristo.

2. Enfrentando mais um filho rebelde. Em 1 Reis 1.15, novamente o texto reforça a velhice de
Davi. Estando ele doente e sem forças, Adonias aproveita-se desse instante para declarar-se rei;
ele tem quase os mesmos traços de Absalão − é formoso de aparência e exalta a si mesmo,
dizendo: “Eu reinarei”. Apresenta-se ao público com características da realeza: com carros,
cavaleiros e pessoas que corriam adiante dele. Ao contrário de Absalão, que sofria oposição de
seu pai, Adonias sabia que não haveria qualquer entrave para o seu plano, pois fora criado sem
qualquer disciplina. Daí a expressão: “Nunca seu pai o tinha contrariado”. Adonias representa
aqueles que querem ser líderes segundo sua própria vontade, que exaltam a si mesmos,
desprezando a vontade de Deus. Essa postura vai lhe custar a vida.

3. Constituindo Salomão como rei. Já no seu leito de morte, doente e velho, Davi teve de atuar
firmemente para constituir Salomão como rei. Ele chama Zadoque, Natã e Benaia, e passa-lhes
as necessárias instruções, seguindo os costumes da separação de um rei: a unção e o anúncio
público. A ordem de Davi era que Salomão fosse colocado em sua mula, sobre a qual somente o
rei andava; ele foi escoltado até Giom, em direção ao vale de Cedrom. A unção foi feita por
Zadoque com o óleo do tabernáculo, perante todo o povo. A cerimônia feita para a coroação de
Salomão recebia a ratificação divina. Somente a partir disso é que Salomão poderia assumir o
trono.
4. As palavras de Davi a Salomão e sua morte. Davi tem consciência de que vai morrer. É
isso o que se constata em 1 Reis 2.1-4. Nessa hora, brotam dos seus lábios profundas palavras
com as quais aconselha seu filho. Davi diz para Salomão andar em santidade e, nela, conduzir o
rebanho de Deus, Israel. O rei tinha consciência plena de que uma vida de santidade só era
possível pela observância e obediência completa à Palavra de Deus, conforme Moisés revelara.
Tanto Salomão quanto o povo tinham a responsabilidade de andarem nos caminhos do Senhor,
por causa das verdades divinas transmitidas, o que significava: atentar para os estatutos do
Senhor (Êx 30.21); guardar os mandamentos divinos (Êx 20.1-17); atentar para os decretos ou
juízos do Senhor (Êx 21.1).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Na velhice, Davi presenciou mais uma revolta de um filho, Adonias.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Adonias exaltou-se a si mesmo [1 Reis] (1.5-8). A decisão de se andar em seu próprio caminho
ao invés de se submeter à vontade de Deus é auto-exaltação, e esse espírito frequentemente
resulta em uma tendência estabelecida na vida. Isto era verdadeiro no caso de Adonias. Ao
exaltar-se a si mesmo, ele seguiu o exemplo de Absalão (cf. 2Sm 15.1ss). Propositalmente, ele
se apresentou como um personagem da realeza, com seus próprios carros, cavaleiros e homens
que corriam diante dele. Ao contar com um histórico de disciplina paterna negligente e com a
sua formosura (6), ele aparentemente sentiu que Davi, seu pai, não seria empecilho para ele.
Adonias procurou a ajuda daqueles que já não gozavam das boas graças de Davi (7): Joabe, o
antigo comandante do exército do rei (2Sm 2.13, passim); e Abiatar, que tinha sido sacerdote
leal de Davi no passado (1Sm 22.20, passim). Existem muitas evidências em 2 Samuel de uma
crescente discórdia entre Davi e seu general Joabe (2Sm 3.23-39; 19.1-8; 24.3,4). No entanto,
nada se sabe que possa explicar o desafeto de Abiatar, e a sua consequente disposição de adotar
a causa de Adonias” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD,
2005, p.279).

III. AS PALAVRAS FINAIS DE DAVI EM SUA VELHICE

1. O reconhecimento da ação do Deus de Jacó. As palavras finais de Davi em 2 Samuel 23.1-


7 são de louvor a Deus. Primeiramente ele expressa sua gratidão a Deus por ter-lhe favorecido
em tudo; e menciona que foi levantado em altura pelo Deus de Jacó: “Disse o Deus de Israel, a
Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no
temor de Deus” (v.3). Davi tinha consciência de que todas as suas conquistas não eram
humanas e que, ele mesmo, não era divino, como pensavam os reis de outras nações ao próprio
respeito; mas seu crescimento veio do Deus de Israel. Reconhecer nossa fragilidade é o caminho
para Deus usar-nos sem nunca pensarmos ser alguma coisa (Sl 82.7). No Novo Testamento,
Paulo era usado por Deus, mas tinha consciência de sua humanidade (At 14.15).

2. O Davi inspirado. Davi esclarece que as palavras que pronunciará têm sua fonte em Deus.
Ele deixa claro, nos versículos 3 e 4, que brevemente o governador ideal chegará. Ele irá atuar
com justiça, andará no temor do Senhor e trará grandes bênçãos ao povo. O rei diz assim porque
tinha consciência de que havia falhado. Mesmo diante de suas falhas, Davi sabia que Deus tinha
estabelecido com ele um concerto, de modo que esse justo rei irá sair de sua própria casa (Is
55.3; Jr 33.15.16; At 13.34). Referia-se Ele, profeticamente, à chegada do Messias – Jesus
Cristo. Em 1 Reis 2.10, o autor sagrado registra a morte de Davi, o grande rei de Israel. Ele
dormiu com os seus pais para acordar na eternidade com Deus. Ele estaria para sempre com o
Senhor.

SÍNTESE DO TÓPICO III


Em sua velhice Davi reconheceu a ação de Deus e diz palavras divinamente inspiradas
SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ

“Não importa a sua idade, não importam os problemas de saúde ou outro qualquer que você
esteja enfrentando. Não importa o cansaço físico e mental, a falta de coragem e de ânimo. O
Senhor Jesus faz o seguinte convite: ‘Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e
eu vos aliviarei’ (Mt 11.28). Se até então a sua idade tem sido um ‘fardo’ difícil de suportar, a
proposta de Jesus é que você troque pelo seu fardo e seu jugo, que é leve e suave. Ou seja: a
partir de hoje, os seus muitos dias de vida serão usufruídos com a leveza e suavidade que só
Deus pode conceder, por meio de sua maravilhosa paz. [...] Com Jesus ao seu lado você poderá
dizer que ‘as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo’ (2 Co 5.17). Assim, a sua
‘velha idade’, o seu ‘velho corpo’, o seu ‘velho cansaço’, a sua ‘velha vida’, o seu ‘velho eu’,
tudo o que você considera como ‘velharia’ será transformado em coisa novas por Cristo”
(FREIRE, Eurides Santana. Melhor idade... Por que não? Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
p.109,10).

CONCLUSÃO

A Bíblia fala dos atos heroicos de Davi, mas não esconde seus erros e deslizes. Mas o
pastorzinho de Belém, como o homem segundo o coração de Deus, soube como retornar ao que
o ungira como rei de Israel. Seus salmos relatam a comunhão profunda e íntima que ele
mantinha com o Senhor. E, dessa forma, o amado rei finda sua vida, enaltecendo o Deus de
Jacó.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jr 15.16).
“Corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.1,2). “Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
(2Tm 2.15). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja
glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. (Jd 24,25),

Naqu’Ele que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8)”,

Cor mio tibioffero,


Domine, prompte et sincere!
Soli Deo Gloria

“Ommia Autem probate, quod bonum este tenete...”


“Examinai tudo. Retende o bem...” (1Ts 5.21)

Quero que sejam sábios a respeito do que é bom e não tenham nada a ver com o que é mau.
(Rm 16.19)

Sou apenas "um caco dentre outros cacos de barro" (Is 45.9)

Àquele que é “âncora da alma, segura e firme” (Hb 6.19)

“Porque ninguém pode ser dono absoluto do conhecimento”

Ipse scientia potestas est


Conhecimento é poder
APLICAÇÃO PESSOAL
Escrever.

SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO

SUBSÍDIO LIÇÕES BIBLICAS

PARA REFLETIR

• Como a velhice é tratada na concepção moderna?


O tom da concepção moderna sobre a velhice é desgastante, ao afirmar que os velhos são
ressentidos com os jovens, pois são pessoas cansadas, fora de moda, feias e severas.

• Como a Bíblia descreve a velhice?


A Bíblia descreve a velhice como uma bênção e algo natural.

• O que a igreja deve fazer para com as pessoas de terceira idade?


A igreja deve ter e manter programas especiais para os idosos, pois essa prática revela o amor
de Deus ao próximo (Mc 12.30).

• Como é descrito em 1 Reis a velhice de Davi?


Com aproximadamente setenta anos, as forças e a saúde de Davi tinham definhado. Seu corpo
não conseguia manter-se aquecido.

• Qual a consciência que o rei Davi tinha a respeito de si?


Davi tinha consciência de que todas suas conquistas não eram humanas, e que ele mesmo não
era divino, como pensavam os reis de outras nações; seu crescimento provinha do Deus de
Israel.

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