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A Queda de Satã e a Diferença

dos Anjos e Demônios.

Autor: Watchman Nee

A Queda do Querubim – Autor: Watchman Nee


A Queda de Satã e a Diferença dos
Anjos e Demônios – Watchman Nee
Excerto extraído (mais precisamente o capítulo 2) de uma obra denominada “The
Mystery of Creation” de Watchman Nee. Essa porção retrata com tamanha precisão
quem era o Querubim Ungido do Primeiro Éden e suas hordas angelicais. Além destas
considerações, há um importante esclarecimento sobre a [possível] raça Pré-Adâmica, e
qual a diferença entre anjos e demônios. Quão rico são os detalhes deste estudo.
Depois do aclamado clássico: “As Eras Mais Primitivas da Terra” de Pember, nosso
irmão Nee traz, notas, detalhes e insights impressionantes. Tornando esse livro
indispensável para o estudo dessa matéria.

Todas as citações bíblicas são da Tradução Brasileira (TB), 1917–2010. Sociedade Bíblica
Brasileira. Salvo em outra indicação com a devida abreviatura.

Todas as citações de G. H. Pember são retiradas de seu livro “As Eras Mais Primitivas da
Terra”, no qual o autor faz referência à versão inglesa.

UMA NOTA EXPLICATIVA

A Tradução desta obra foi realizada diretamente pela nossa equipe de redação, portanto,
segue fielmente o texto em inglês disponibilizado por Stephen Kaung. Todavia, nós
DoPeregrino.com, fizemos uma adaptação para o formato de conteúdo de internet e para
aplicar sumarização com fins de facilitar a navegação por seção assim como a leitura; isto
se dá, tão somente, em seções que foram intituladas para tematizar aquele determinado
bloco; queremos destacar que esses títulos temáticos não, necessariamente, se
encontram na obra original impressa, mas que, fazemos uso apenas como recurso
organizacional, melhorando a usabilidade e a navegabilidade do leitor. Também é
importante salientar que utilizamos estilos tipográficos próprios, portanto, grifos e
destaques [como itálicos, negritos e sublinhados são nossos e] não refletem
necessariamente os que estão na obra impressa. Todas as notas e menções de livros,
autores e eruditos se dão tão somente da versão impressa original. Esperamos que a
leitura possa ser de grande proveito a todo filho de Deus. Que O Senhor, tão somente
Ele, seja nossa Luz.

Sumário
1. Capítulo 2 – O Mundo Original e a Causa da Desolação
2. Ezequiel 28 e a Origem de Satã
3. Quem é o Rei de Tiro
4. O Éden Pré-Adâmico
5. A Queda dos Anjos e a Diferença dos Demônios
6. Um Resumo Geral

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Capítulo 2 –
O Mundo Original e a Causa da Desolação
Já vimos como, no princípio, Deus criou um céu e uma terra perfeitos. Mais
tarde — não sabemos quanto tempo depois — a terra originalmente bela
tornou-se vazia e sem forma. No entanto, Deus se levantou e refez este
mundo. Em seis dias, Ele restaurou este mundo desolado. Trataremos das
obras destes Seis Dias em um capítulo posterior, mas aqui indagamos por
que este mundo original foi transformado em desolação. Por que Deus
permitiu que a obra de Suas mãos fosse destruída? Por qual razão tal
catástrofe terrível caiu sobre uma terra tão bonita?

O assunto que examinaremos não é explicitamente declarado nas


Escrituras, mas é encontrado implicitamente em muitos trechos. Por meio
dessas indicações de luz, podemos entender um pouco mais sobre o
mundo original e a causa de sua desolação. Somente a palavra de Deus
pode orientar nosso pensamento. Na verdade, a compreensão de Sua
palavra nos edificará em relação a qualquer assunto que possamos
abordar. A vaidade das vaidades é confiar na suposição mental do homem
em vez de se apegar à palavra de Deus.

Agora, ao examinarmos o capítulo 3 de Gênesis (e mesmo que Satanás


não seja nomeado ali), podemos ter certeza de que a serpente
mencionada ali era de fato um instrumento de Satanás; na verdade, era
provavelmente o próprio Satã disfarçado. Pois é dito em Apocalipse 12.9
que “o grande dragão foi lançado fora, a antiga serpente, chamada Diabo
e Satanás, que engana todo o mundo”. Visto que Gênesis 1 não registra a
criação de Satanás, podemos legitimamente perguntar: de onde ele veio?
Além disso, vemos menção ao longo do Antigo Testamento de muitos
espíritos malignos; ao longo dos Evangelhos também nos deparamos com
muitos deles com bastante frequência. De onde vieram? Além disso, não
temos conhecimento da criação dos anjos, embora esses anjos sejam
frequentemente mencionados ao longo da Bíblia.

De onde eles vieram? Essas perguntas estão legitimamente relacionadas


ao nosso problema. Agora, visto que nada foi mencionado durante o
trabalho dos Seis Dias em Gênesis sobre a criação de anjos ou de outros
seres sobrenaturais, devemos presumir que eles não poderiam ter sido
criados naquele momento. Se eles não foram criados durante o período
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dos Seis Dias, quando foram criados? A única resposta possível é que eles
eram as criaturas do mundo anterior. Nessa trama, devemos considerar
as observações de G. H. Pember:
“Como os restos fósseis claramente mostram, não apenas a doença e a morte,
companheiras inseparáveis do pecado, eram prevalentes entre as criaturas vivas da
terra, mas também a ferocidade e o abate. E o fato prova que esses restos não têm nada
a ver com o nosso mundo; já que a Bíblia declara que todas as coisas feitas por Deus
durante os seis dias eram ótimas e nenhum mal estava nelas até que Adão pecou…
Portanto, uma vez que os restos fósseis são de criaturas anteriores a Adão e ainda
mostram sinais evidentes de doença, morte e destruição mútua, eles devem ter
pertencido a outro mundo e ter uma história manchada pelo pecado, uma história que
terminou na ruína deles e de sua habitação.”

—G. H. PEMBER, “EARTH’S EARLIEST AGES” p. 34, 35.

Ezequiel 28 e a Origem de Satã


Embora, ao estudarmos Gênesis, não aprendamos a origem de Satanás,
no entanto, ao investigarmos a causa da desolação da terra no início,
naturalmente podemos concluir que isso deve ser devido ao inimigo. Fora
de Satanás, não há outra razão na Bíblia para explicar essa catástrofe.

Agora, examinemos outra passagem das Escrituras que parece nos contar
a origem desse adversário de Deus, a quem descobriremos ser a causa
da desolação do mundo original. É Ezequiel 28.1-19. Esses dezenove
versículos podem ser divididos em duas partes: a primeira, dos versículos
1 a 10, é o aviso do profeta ao príncipe de Tiro; a segunda parte, dos
versículos 11 a 19, é a lamentação do profeta pelo rei de Tiro.

A primeira parte sobre o príncipe de Tiro é facilmente compreendida. Ele


era orgulhoso e arrogante, se considerava como um deus e se passava
por mais sábio que Daniel. Seu coração se exaltava por suas riquezas
adquiridas por meio do comércio. Portanto, Deus o castigou e o destruiu
pelas mãos do terror das nações. Não muito tempo depois dessa profecia,
Nabucodonosor, rei dos caldeus, veio e destruiu Tiro. O historiador judeu
Josefo pensava que esse príncipe de Tiro era Ittobalus, enquanto na
história fenícia ele era chamado de Ittobaal II.

Hoje sabemos que essa profecia já foi cumprida. Portanto, não


encontramos dificuldades em explicar os versículos 1 a 10. Mas, ao
continuarmos a leitura do versículo 11 em diante, encontramos muitos
lugares difíceis de entender. Como isso está intimamente relacionado ao
que estamos examinando, citaremos esta segunda parte na íntegra:
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“Demais, veio a mim a palavra de Jeová, dizendo: Filho do homem, faze uma lamentação
sobre o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor Jeová: Tu eras o selo da simetria e a
perfeição da sabedoria e da formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de
todas as pedras preciosas: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a
safira, a esmeralda, o carbúnculo e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus
pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim ungido que
cobre, e estabeleci-te, de sorte que estivesses sobre o monte santo de Deus; andaste no
meio das pedras de fogo. Tu eras perfeito nos teus caminhos desde o dia em que foste
criado até que a iniquidade se achou em ti. Pela abundância do teu tráfico, encheram de
violência o teu interior, e pecaste; portanto te lancei, profanado, do monte de Deus, e te
exterminei, ó querubim cobridor, do meio das pedras de fogo. Elevou-se o teu coração
por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor;
lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. Pela multidão das
tuas iniquidades, na injustiça do teu tráfico, tens profanado os meus santuários;
portanto, fiz sair do meio de ti fogo, que te devorou, e te reduzi a cinzas sobre a terra, à
vista de todos os que te contemplam. Todos os que te conhecerem entre os povos
ficarão espantados de ti; tu te tornas em pavor e tu não subsistirás mais.”

—EZEQUIEL 28.11–19

Quem é o Rei de Tiro


Esta passagem extensa é verdadeiramente difícil de entender porque há
muitas palavras aqui que não podem ser aplicadas a homens. Se o rei de
Tiro é apenas um ser humano, como você pode explicar as coisas
mencionadas nos versículos 11 a 15? Quando o rei de Tiro esteve no
Jardim do Éden, na montanha sagrada de Deus? Como ele poderia ser o
querubim que cobria a arca? Nada mencionado aqui foi jamais a
experiência do rei de Tiro. No entanto, também não podemos espiritualizar
tudo sempre que encontramos dificuldades.

Considero que a primeira parte (versículos 1-10), a qual é dirigida ao


príncipe de Tiro, seja aplicável a Ittobalus, mas que a segunda parte
(versículos 11-19) — que é uma lamentação contra o rei de Tiro — aponta
para o futuro Anticristo. O versículo 2 menciona Tiro como estando no meio
do mar. Lendo Daniel 11.41-45, sabemos que quando o futuro Anticristo
estiver na Palestina, ele provavelmente permanecerá em Tiro. Portanto,
ele é chamado de Rei de Tiro. Na verdade, o Anticristo é apenas Satanás
encarnado. Assim, muitas das coisas aqui têm referência ao próprio
Satanás.

Veja a opinião de J. N. Darby:

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“Os versículos 11-19, embora continuem a falar de Tiro, vão, creio eu,
muito mais longe e revelam, ainda que de maneira obscura, a queda e os
caminhos de Satanás, que se tornou, por meio do nosso pecado, o príncipe
e deus deste mundo.”

Arno C. Gaebelein tem a mesma percepção:

“O Rei de Tiro é um tipo do último homem do pecado (o Anticristo). Por


trás deste Rei ímpio, vemos outro poder — que é Satanás. Naquela época,
Satanás era o poder por trás do Rei de Tiro; agora ele ainda é o deus deste
mundo que controla as nações.”

Se estudarmos a Bíblia cuidadosamente, veremos que não vai contra o


ensinamento normal da palavra de Deus unir Satanás e o Anticristo.
Sabemos, apesar de as pessoas terem sua própria vontade, que seu
movimento é resultado do trabalho de Deus neles (Filipenses 2.13) ou do
trabalho do espírito maligno (Efésios 2.2). As pessoas não têm liberdade
completa.

Normalmente, as pessoas do mundo estão sob o controle dos espíritos


malignos. Às vezes, onde estão em jogo questões importantes, Satanás
pode entrar pessoalmente e agir. Vimos como ele veio pessoalmente
tentar Cristo no deserto; como mais tarde ele usou Pedro para dissuadir
Cristo da cruz; e finalmente como ele entrou no coração de Judas para
destruir Cristo.

Nos últimos dias, ele se juntará ao Anticristo, onde o mundo todo será seu
palco. Portanto, a Bíblia afirma: “A vinda desse iníquo é segundo a eficácia
de Satanás” (2 Tessalonicenses 2.9). Pois Satanás lhe dará “seu poder, e
seu trono, e grande autoridade” (Apocalipse 13.2). Em vista do fato de que
o Anticristo é Satã encarnado, o Espírito Santo fala deles como um só.

Portanto, nestes versículos, todas as coisas sobrenaturais têm referência


a Satanás, enquanto o restante fala sobre o Anticristo.

Nosso propósito aqui não é estudar sobre o Anticristo, mas conhecer as


criaturas do mundo original e descobrir a razão de sua desolação.
Consequentemente, vamos deixar de lado os lugares onde o Anticristo é
mencionado e focar nossa atenção nas coisas que envolvem Satanás.

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!” (Isaías 14.12)


Antes da queda do arcanjo, ele era chamado de Estrela da Manhã, Filho

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da Alva. Após sua rebelião, no entanto, ele é chamado de Satanás, que
significa o adversário.

“Tu eras o selo da simetria, e a perfeição da sabedoria e da formosura”


(Ezequiel 28.12). Essa era a condição do arcanjo antes de seu pecado.
Ele era superior a todos os outros anjos. Esses termos — “medida…
cheio… perfeito” — indicam que ele era o maior entre as criaturas originais.

Deus o colocou acima de todos os outros. Além disso, ele estava cheio de
sabedoria, indicando sua compreensão da vontade de Deus.
Provavelmente, ele tinha naquele tempo o ofício de profeta.

O Éden Pré-Adâmico
“Tu estavas no Éden, o jardim de Deus; cada pedra preciosa era a tua
cobertura” (v.13a). Em Gênesis 3, vemos a presença de Satanás.

Ele estava lá, não tendo cada pedra preciosa como sua cobertura, mas
sim como um tentador para Adão e Eva. E, portanto, esses dois Édens não
coexistem.

No tempo do Éden de Adão, Satanás já havia caído; mas no Éden


mencionado aqui, Satanás ainda não havia caído. Portanto, este jardim do
Éden deve ter existido antes do Éden de Adão.

Se assim for, deve ter pertencido ao mundo anterior, não ao mundo


presente. Pode ser comparado à Nova Jerusalém no futuro, com muitas
pedras preciosas como sárdio, jaspe, e assim por diante. Todavia, o Éden
que Adão habitava não era assim. A Bíblia chama a atenção apenas para
as árvores nele, nada sendo dito sobre sua cobertura adornada. Portanto,
o Éden aqui deve ser diferente do Éden de Adão. Era muito mais antigo
no tempo. As pedras preciosas que o arcanjo usava nos lembram das
pedras preciosas que o sacerdote Arão tinha (ver Êxodo 28). Isso pode
sugerir, provavelmente, que Deus o havia estabelecido como sacerdote.

“A obra dos teus tambores e das tuas flautas estava em ti” (v. 13b). Na
Bíblia, vemos que instrumentos musicais eram usados por reis. Notamos,
por exemplo, como Davi tocava a harpa diante do rei Saul, como, em
referência a outro rei, sua “pompa é trazida até o Sheol, e o som de [seus]
violinos” quando o rei da Babilônia foi destruído (Isaías 14.11), e como a
corneta, a flauta, a harpa, o alaúde, o saltério, a cítara e todos os tipos de
música foram tocados quando o rei da Babilônia estava exaltado (veja

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Daniel 3). Evidentemente, o arcanjo naquele tempo foi feito rei e, portanto,
Deus lhe deu todos esses instrumentos musicais.

“Tu eras o querubim da unção que cobre” (v.14a). “Ungido” significa que
ele estava sendo separado. A função de um “querubim” ou “ser vivente”
(cf. Ezequiel 10.15) é liderar na adoração ao Senhor (veja Apocalipse
4.9,10; 5.11-14). Portanto, o trabalho de Lúcifer no início era liderar as
criaturas daquela época no intuito de adorar a Deus. Isso também indica
que ele tinha o ofício de sacerdote.

“Eu te coloquei, de modo que estiveste sobre o monte santo de Deus; tu


andaste no meio das pedras de fogo” (v.14b). O monte de Deus é
provavelmente o lugar onde a glória de Deus se manifesta.

Como ele é sacerdote de Deus, Lúcifer naturalmente ficaria diante de Deus


e o serviria. Qual é o significado de “andaste no meio das pedras de fogo”?
De acordo com Ezequiel 1.26, o lugar dos querubins ou “seres viventes”
(veja Ezequiel 1.19 em diante) está logo abaixo do trono de Deus.

Quando Moisés e setenta dos anciãos de Israel foram chamados ao Monte


Sinai, diz que “viram o Deus de Israel; debaixo de seus pés havia como
um pavimento de pedra de safira, tão límpido como o próprio céu… E a
aparência da glória do Senhor era como fogo devorador no cume do monte
aos olhos dos filhos de Israel” (Êxodo 24.10,17). Assim, este pavimento de
pedra de safira que parecia fogo devorador são as “pedras de fogo”
mencionadas aqui em Ezequiel 28.14b. Isso indica que, originalmente,
este arcanjo foi colocado na habitação do Altíssimo, diretamente sob o
trono de Deus, onde estava muito perto de Deus.

“Tu eras perfeito em teus caminhos desde o dia em que foste criado, até
que se achou iniquidade em ti” (v.15). Tudo o que Deus criou era perfeito,
porque Ele não é o autor do pecado. A iniquidade começou com este
pecador arcanjo, Lúcifer. Ele foi criado por Deus e recebeu um livre arbítrio,
assim como Deus nos deu, seres humanos, o livre arbítrio. Que tristeza
que este anjo criado tenha abusado dessa liberdade! Quantas pessoas
hoje em dia abusam de sua liberdade, assim como Satanás fez outrora.

“Pela abundância do teu comércio, te encheram de violência e pecaste”


(v.16a). Podemos aplicar essa palavra ao Anticristo, já que sabemos que
nos últimos dias o comércio será muito aumentado (veja Apocalipse 18).
Devido ao aumento do comércio, muitos pecados também ocorrerão. Isso
é facilmente comprovado ao observar a história humana passada.

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Contudo, essa palavra também pode ser aplicada a Satanás. Pember
apontou que a palavra “comércio” pode ser traduzida como “detração” ou
“calúnia”. Sabemos que a palavra “diabo” no original significa “caluniador”,
“difamador” ou “acusador maligno”.

Como Satanás acusou Jó e o atacou sem misericórdia! No final desta era,


ouviremos estas palavras: “Agora chegou a salvação, o poder e o reino do
nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; pois foi lançado fora o acusador
de nossos irmãos, o mesmo que os acusa diante do nosso Deus dia e
noite” (Apocalipse 12.10).

A expressão “lançado fora” aqui corresponde à “lançado fora” em Ezequiel


28, e a razão para ele ser lançado fora é igualmente a mesma.
Provavelmente em Ezequiel, Deus é visto condenando o pecado de
Satanás, enquanto na passagem do Apocalipse Ele é observado enviando
Miguel para executar o julgamento contra Satanás. Por que Deus permite
que Satanás permaneça no ar hoje? Possivelmente porque (1) o tempo de
Deus ainda não chegou e/ou (2) ainda há muito lixo nos filhos de Deus que
precisa ser purificado por meio deste forno ardente.

O versículo 17 declara explicitamente a causa da queda de Satanás: “O


teu coração se elevou por causa da tua formosura, corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu resplendor.” A descrição dada ao Rei da
Babilônia em Isaías 14.12-14 é bastante semelhante ao que é descrito aqui
em relação a Satanás. Portanto, muitos servos de Deus acreditam que o
que foi dito pelo Espírito Santo se aplicava não apenas ao Rei da Babilônia,
mas, em um sentido mais profundo, também se aplicava àquele que
estava por trás do Rei da Babilônia, Satanás.

Isso fala da causa da queda de Satanás. Acredito que Ezequiel revela a


causa do orgulho de Satanás, enquanto Isaías revela quão orgulhoso ele
era. Pode ser que interiormente, ao se comparar com as outras criaturas
de Deus, ele começou a ficar orgulhoso e arrogante. Mais tarde, até
mesmo pensou em si mesmo como igual a Deus. Assim, ele incorreu no
julgamento de Deus: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da
alva! […] Tu dizias no teu coração: Subirei ao céu, exaltarei o meu trono
acima das estrelas de Deus e sentar-me-ei no monte da congregação, nas
extremidades do Norte. Subirei acima das alturas das nuvens e serei
semelhante ao Altíssimo.” (Isaías 14.12-14).

Pelo seu orgulho arrogante, ele foi punido por Deus. Todos os seus
poderes no céu estavam sendo retirados dele. (Visto que a profecia que

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segue não tem relação com nossa investigação atual, encerraremos nossa
consideração a partir de Ezequiel neste ponto).

Se nossa interpretação estiver correta, podemos facilmente perceber, a


partir desta passagem profética de Ezequiel, como, no mundo anterior,
Deus criou um arcanjo (Lúcifer) mais belo e sábio, a quem Ele estabeleceu
como líder dessa criação. Deus o colocou no Jardim do Éden, um jardim
muito mais antigo e superior àquele do tempo de Adão.

Tal lugar pode ter a aparência de como será a futura Nova Jerusalém. Lá,
no Éden, o arcanjo deveria atuar como profeta, usando sua sabedoria
para instruir todos, que habitavam naquele mundo original, sobre como
servir a Deus. Ele também era o sacerdote de Deus para liderá-los em
adoração e louvor ao Senhor. Entre aqueles seres dos quais foram criados
naquele dia, ele deveria servir como rei, pois sua posição era a mais
elevada de toda a criação. Ele poderia ter permanecido nesse estado
abençoado por um bom tempo (por favor, releia o versículo 15); porém, ele
pecou, e a partir de então ele se tornou o maior inimigo de Deus.

A Queda dos Anjos e a Diferença dos


Demônios
Já que vimos a queda de Satã, a pergunta que podemos fazer é: e quanto
aos anjos sob seu comando? E o que são os demônios?

Conforme o Novo Testamento, podemos encontrar dois grupos de


subservientes de Satanás: (i) os anjos e (ii) os demônios.

Vamos primeiro considerar os anjos. “Apartai-vos de mim, malditos, para


o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25.41). “E a
sua [do dragão] cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu”
(Apocalipse 12.4).

As “estrelas” aqui referem-se aos anjos (cf. Apocalipse 1.20). O texto


continua mais tarde com estas palavras: “Foi precipitado o grande dragão,
a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, aquele que engana
todo o mundo; sim, foi precipitado na terra, e, precipitados com ele, os seus
anjos.” (v.9). Esses anjos devem ser aqueles espíritos que Deus
estabelecera no início para auxiliar o arcanjo a governar o mundo. Eles
são chamados de “deuses” em Salmo 82.1 (cf. João 10.35).

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Portanto, na queda de Lúcifer, tais anjos provavelmente conspiraram com
ele, ou pelo menos estavam em simpatia com ele. Assim, caíram em
pecado com Satanás e agora se tornaram os principados, as potestades,
os governadores deste mundo tenebroso e as hostes espirituais da
maldade nas regiões celestiais (Efésios 6.12).

Esses anjos não são demônios desencarnados. Eles têm, em vez disso,
um corpo etéreo, pois o Senhor nos revela que na ressurreição as pessoas
serão como os anjos no céu.

Satanás tem outra ordem de súditos. Estes são os espíritos malignos ou


os demônios. “Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e
ele com a sua palavra expulsou os espíritos e curou todos os enfermos”
(Mateus 8.16). Aqui o Espírito Santo usa essas duas palavras “demônios”
e “espíritos” de forma intercambiável.

Da mesma forma, em Lucas 10.17,20: “Voltaram os setenta, cheios de


alegria, dizendo: Senhor, até os demônios se nos submetem em teu
nome.”; e o Senhor respondeu o seguinte: “Mas não vos regozijeis em que
os espíritos se vos submetem; antes, regozijai-vos que os vossos nomes
estão escritos no céu”. Aqui, o Senhor Jesus considera “demônios” e
“espíritos” como sendo o mesmo.

Novamente, Mateus 17.18 registra como o Senhor expulsou “o demônio”


de um menino. Em relação ao mesmo incidente, Marcos se refere ao
demônio como “o espírito imundo”, um “espírito mudo e surdo” (9.25).

Esses demônios ou espíritos provavelmente eram uma raça pré-adâmica


que habitava o mundo original. Eles provavelmente ajudaram Satã na
rebelião ou o seguiram depois. E assim, foram destruídos por
Deus, ficando desprovidos de corpo. Esses seres consequentemente
se tornaram espíritos desencarnados.

Embora não haja evidência clara nas Escrituras, ainda podemos encontrar
algumas sugestões na Bíblia. Por exemplo, em Mateus 12, há a situação
daquele espírito após deixar um corpo humano: ele “passa por lugares
áridos, buscando descanso, e não encontra” (12.43).

Tornou-se impotente e, vagando muito além do corpo humano, não


conseguia encontrar descanso. Finalmente, foi compelido a voltar para o
lugar original — o corpo humano.

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Se esses seres não são, de fato, espíritos desencarnados, por que
precisam entrar em um corpo humano? Além disso, em Lucas 8, lemos
como o demônio chamado Legião estava relutante em deixar o corpo
humano. Quando foram pressionados, preferiram entrar nos corpos dos
porcos. Esses demônios são diferentes de Satanás e seus anjos caídos
porque estes não têm desejo de entrar em corpos humanos, uma vez que
ainda retêm seus próprios corpos etéreos. Os demônios, por outro lado,
são diferentes. Tanto seu caráter quanto seu desejo parecem provar que
eles são de fato espíritos desencarnados. Se isso for verdade, quando
foram desencarnados? Sabemos que os espíritos dos mortos hoje estão
ou no Paraíso, ou no Hades. Então, de onde vieram esses espíritos? Eles
devem ter vindo do mundo anterior. Quando estavam vivos, o lugar de
habitação deles deve ter sido o mundo que Satanás governava
anteriormente.

O fato de haver habitantes naquele mundo remoto pode ser deduzido por
outra porção das Escrituras. Entretanto, já apontamos a partir de Isaías
45.18 que o mundo — isto é, aquele antigo — não foi criado como um
deserto, mas foi formado para ser habitado. Isso parece implicar que havia
habitantes na terra original.

Ao estudarmos a Bíblia mais a fundo, descobrimos ainda mais informações


sobre este assunto. Hoje existe um lugar de detenção para os espíritos
malignos. Os espíritos chamados Legião, que estavam entre os
endemoninhados de Gerasa, conheciam esse lugar. Foi por isso que eles
estavam tão aterrorizados a ponto de implorar ao Senhor “que não os
mandasse para o abismo” (Lucas 8.31).

Quanto ao abismo, Pember escreveu: “É chamado de abismo; e em alguns


trechos, como o nono capítulo do Apocalipse, este termo é evidentemente
aplicado a uma cavidade ardente no centro da terra: mas também é usado
para as profundezas do mar, um significado que se alinha bem com sua
derivação.”

O livro de Apocalipse nos informa que um dia Satanás será lançado neste
abismo (20.3). Evidentemente, alguns dos demônios estão agora
aprisionados lá, mas alguns deles continuam livres, esperando o momento
apropriado em que também serão fechados lá.

Este abismo provavelmente está no mar, não no centro da terra. E no


momento do julgamento final (veja Apocalipse 20.11-15), todos os
prisioneiros serão lançados no lago de fogo, e no Novo Céu e na Nova
Terra não haverá mais mar (Apocalipse 21.1). Provavelmente há apenas
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um abismo, mas ele está disperso em dois lugares — no centro da terra e
na profundidade do mar.

Temos ainda mais alusões nas Escrituras a este centro de detenção dos
demônios.

Conforme a Septuaginta, a palavra “profundo” em Gênesis 1.2 é a mesma


que a palavra “abismo” aqui no Novo Testamento grego. Já mencionamos
como esses demônios eram provavelmente a raça pré-adâmica que
habitava o mundo antigo.

Ao ler Gênesis 1.2, nos parece bastante razoável que aqueles que
habitavam originalmente a terra tiveram seus corpos destruídos por Deus
devido aos seus pecados, e o lugar em que habitavam também foi
julgado por Deus ao ser transformado em desolação e vazio, de modo
que toda a terra foi coberta por água e tornou-se um mar profundo.

Em tal situação seria natural que os espíritos daqueles antigos habitantes


estivessem aprisionados na profundidade do mar.

Mais tarde, quando Deus restaurou a terra no terceiro dia, Ele ordenou que
a terra aparecesse sobre as águas e chamou o ajuntamento das águas de
Mares. Essa terra seca, se tornaria a habitação dos homens do novo
mundo.

Para onde, então, foram esses demônios? Naturalmente, nossa resposta


seria que esses demônios foram deixados com o mar. Quando lemos
Apocalipse 20.13 (“E o mar entregou os mortos que nele havia; e a morte
e o além entregaram os mortos que neles havia”), entendemos como a
morte e o Hades entregarão os mortos, mas ficamos frequentemente
intrigados sobre como o mar entregará os mortos que estão nele. A
interpretação comum é que o mar devolverá os corpos de todos que se
afogaram. Entretanto, se assim for, a terra também deve devolver seus
mortos, já que mais corpos foram sepultados na terra do que no mar. A
terra, por outro lado, não devolverá seus mortos. Consequentemente, o
que o mar devolverá não pode ser os corpos das pessoas mortas, mas os
espíritos que já estavam aprisionados nele.

As almas humanas são retidas na Morte e no Hades. A Bíblia nunca sugere


que as almas humanas são retidas no mar. Portanto, quem podem ser os
mortos entregues pelo mar, exceto aqueles que pertenciam ao mundo
antigo? A ordem aqui é bastante reveladora: “E o mar entregou os mortos
que nele havia; e a Morte e o Hades entregaram os mortos que neles
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havia”. Esses habitantes do mundo anterior morreram primeiro, portanto,
serão entregues primeiro.

As pessoas do nosso mundo atual serão entregues em seguida, já que


todos serão julgados em ordem de tempo.

Tocamos brevemente na origem de Satanás, de seus anjos e desses


demônios. Quanto à forma como a raça pré-adâmica viveu na antiga Terra,
isso parece estar além do nosso conhecimento. Contudo, podemos obter
alguma compreensão por meio de algumas insinuações nas Escrituras.
Muitos estudiosos da Bíblia, incluindo C. I. Scofield, acreditam que
Jeremias 4.23-26 refere-se às condições do caos mencionado em Gênesis
1.2. Embora o que antecede e o que segue estejam fazendo menções das
desolações de Judá, esses versículos, todavia, parecem ter um caráter
mais amplo, pois parece que Deus mostrou ao Seu profeta as desolações
da Terra original.

Se nossa interpretação estiver correta, então sabemos por este trecho que
havia “campos frutíferos” e “cidades” (v.26) no mundo anterior.

Os primeiros habitantes viviam em cidades e cultivavam os campos. A ira


intensa do Senhor caiu sobre eles e sobre toda a terra devido a sua
rebelião com Satanás. E assim a terra tornou-se deserta e vazia.

Um Resumo Geral
Se a nossa meditação estiver correta, então as condições do mundo
original e a causa de sua desolação podem ser resumidas da seguinte
forma: No início do tempo (em contraste com a eternidade), Deus criou os
céus e a terra.

A terra não era, naquela época, desértica e sem forma (Is. 45.18), mas
era, em vez disso, muito bonita. Nessa terra, havia não poucos habitantes.
Porém, antes de Deus ter criado a terra e sua raça pré-adâmica, Ele criara
os anjos (ver Jó 38.6,7). Das miríades de anjos criados, Ele estabeleceu
Lúcifer como líder. Este arcanjo era mais belo e sábio do que todas as
outras criaturas criadas.

Ele era uma obra-prima do ato criativo de Deus. Habitava no antigo Jardim
do Éden pré-adâmico e recebeu domínio sobre o mundo.

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Como resultado, era chamado de príncipe do mundo (João 14.30). Muitos
anjos estavam sob sua autoridade; eles o ajudavam a governar este
mundo. Mas, devido à sua posição e glória, ele ficou orgulhoso e rebelde.
Desejava elevar-se para ser igual a Deus.

Não estava satisfeito em ser uma criatura e desejava ser um criador.


Assim, começou a difamar Deus perante a raça pré-adâmica e a acusar
esta perante Deus.

Sua falta de retidão foi descoberta, ele foi devidamente condenado, e no


tempo certo, Lúcifer foi lançado do céu para a terra.

Um terço dos seres angelicais o seguiram em sua rebelião, tornando-se


assim mensageiros do diabo. Para eles, Deus preparou o inferno (Mat.
25.41); e para o inferno serão lançados Satanás e seus seguidores no
momento apropriado.

A raça pré-adâmica que habitava a antiga terra estava sob o domínio deste
arcanjo e seus anjos. Essa raça foi seduzida, e seus pecados tornaram-se
plenos (podemos entender facilmente essa situação comparando-a com o
nosso próprio mundo hoje).

Assim, através da ira feroz de Deus, a terra e todos os que nela habitavam
foram destruídos.

Muitos espíritos malignos foram aprisionados no abismo do mar. Satanás,


seus anjos e os espíritos malignos compõem o reino das trevas. Não
sabemos quanto tempo essa condição continuou antes de Deus tomar
uma nova ação.

Mas, o Espírito de Deus moveu-se sobre a face das águas, e o Deus triúno
começou a reparar o mundo. E, depois de terminar a restauração da terra,
Ele criou Adão e Eva.

Ele ordenou que eles estivessem alerta para que, por meio da união do
homem com o céu, o poder de Satanás pudesse ser aniquilado.

Todavia, Adão foi tentado ao pecado e caiu. Em vez de subjugar o mundo


e devolvê-lo a Deus, ele entregou o mundo que Deus lhe havia dado a
Satanás mais uma vez.

Os anjos haviam falhado anteriormente, e agora o homem falhou. Assim,


Deus mesmo veio a ser homem como o Último Adão, o qual é o Senhor
Jesus Cristo.
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O Senhor Jesus tornou-se o profeta, sacerdote e rei de Deus. Na terra, Ele
foi o imaculado profeta de Deus. Em direção à hora de Sua morte, Ele
pôde declarar ousadamente que “o príncipe do mundo vem; e ele não tem
nada em mim” (João 14.30). Ao morrer, todos os que estão em Adão foram
crucificados Nele.

Sendo Deus, Ele foi capaz de ter a antiga criação adâmica crucificada em
si mesma e começar uma nova criação.

Através de Sua morte e ressurreição, Ele recuperou o mundo que o


primeiro Adão havia perdido.

Assim, pecadores que merecem morrer podem morrer para o velho Adão
por Sua morte e ser unidos em vida a Ele — isto é, ao Cristo. Isso é
salvação e tal é o significado de crer na morte do Senhor Jesus. Todos
que creem no Senhor estão, portanto, em inimizade com o diabo. Este
último nos atacará em todas as coisas, mas devemos resistir a ele, seus
anjos e seus demônios o tempo todo. E isso é uma verdadeira guerra
espiritual.

Dessa forma, Satanás foi julgado uma vez no “monte santo de Deus” e
mais uma vez em Calvário. Seu pecado já foi condenado, e apenas a
execução ainda não foi totalmente realizada. O tempo chegará quando ele
será lançado à terra. E quando o Filho de Deus retornar à terra, então
Satanás será lançado no abismo.

E, após mil anos, ele será lançado no lago de fogo para sofrer
eternamente. Hoje, nosso Senhor Jesus detém as chaves da Morte e do
Hades.

Ele esperará até eliminar todos os vestígios de rebelião. Ele trouxe seu
próprio sangue ao lugar santíssimo, tendo purificado o céu, e desde então
atua como sacerdote de Deus.

Em Seu retorno, todas as coisas serão restauradas ao projeto original de


Deus. Então Ele será o Rei de Deus. Ele, com Seus santos vencedores,
governará este mundo do céu. Ele instruirá os habitantes da terra sobre a
vontade de Deus e o modo de adorá-Lo.

As condições do reino milenar serão semelhantes às do mundo antes da


entrada do pecado.

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Tendo restaurado todas as coisas ao seu design original, Cristo cumpriu o
propósito eterno de Deus. Então este mundo será consumido pelo fogo e
um novo céu e uma nova terra serão criados nos quais a justiça reinará.

Por essa razão, nós, que somos filhos de Deus, devemos ter um sentido
mais profundo de inimizade para com o diabo.

Nestes milhares de anos, o único propósito de Deus tem sido unir os


homens a Ele para destruir o poder de Satanás. Nosso Deus é Aquele que
não pode negar a Si mesmo.

O mundo que foi perdido através do homem Ele não o recuperaria sozinho.
Portanto, Ele enviou Seu Filho para se tornar um homem e, como homem,
recuperar o que foi perdido.

Nós, os salvos, devemos trabalhar com esse Homem único, o Senhor


Jesus.

Devemos resistir ao diabo em nossa vida, trabalho, ambiente e em todas


as coisas. Resistimos pela fé (1 Pedro 5.9) e não com armas carnais (2
Coríntios 10.4).

Como astuto e belo era Satanás antes, mas devido a seu orgulho, ele caiu
em um estado irreversível. Quão perigosas são aquelas pessoas que se
consideram inteligentes e bonitas! Cuidado, para que seu orgulho e
arrogância não os levem a “cair na condenação do diabo” (1 Timóteo 3.6).

O orgulho e a autoconfiança não são a bênção do homem; o temor do


grande e incomparável Senhor Deus é sabedoria!

Veja também: O Mistério da Criação Capítulo 1 – Watchman Nee.

Watchman Nee

Watchman Nee foi um influente líder cristão chinês no período anterior ao regime socialista. Sua conversão
se deu aos 17 anos. Desde então teve sua vida totalmente dedicada a servir o Senhor e sua Igreja. Seu rico
ministério permitiu que se produzisse muito conteúdo que viria mais tarde se tornar livros, dos quais ajudam,
até os dias de hoje, inúmeros cristãos espalhados em todo mundo, ao ponto de ser difícil considerar alguém
sério no trabalho cristão que não tenha sido influenciado direta ou indiretamente por meio de suas obras.

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