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PALAVRA

PASTORAL
Quando fomos direcionadas a ministrar sobre esse assunto tão rico e complexo
chamado Escatologia Bíblica, descobrimos que para haver uma compreensão plena
e significativa a respeito teríamos que iniciar os estudos desde o livro de Gênesis.

Foi assim que nossas Quartas de Revelação foram criando forma e, o melhor, a
Bíblia passou a ser mais significativa e seu conteúdo mais interessante e proveitoso
para cada um dos que usufruíram dessas ministrações. Entender o Apocalipse diz
respeito a entender o gênesis de todas as coisas em Deus.

A cada Quarta da Revelação mergulhar na Sagrada Escritura tem sido altamente


prazeroso e imensamente incentivador nesta busca pelos mistérios de Deus
revelados à luz da Sua palavra.

Lembramos aos amados filhos e também ovelhas que estes estudos fazem menção
da nossa compreensão dos textos bíblicos, o que não impede que na busca por
mais informações se encontrem outras linhas teológicas acerca do assunto.

Somos uma igreja que apregoa o pré-tribulacionismo, ou seja, não acreditamos que
a vinda de Jesus sobre as nuvens do céu se dará após o período de tribulação;
sendo assim, cremos e afirmamos categoricamente que a Igreja não passará pela
grande tribulação. Respeitamos opiniões que diferem da nossa compreensão, mas
isto apregoamos e nisto cremos poderosamente.

Que cada página lhe conceda a graça e o entendimento devido para que ler e
aprender sobre Escritura Sagrada seja uma doce e bela descoberta diária e contínua.

Assim a Comunidade Cidade de Refúgio deseja compartilhar com você dessa bela e
agradável jornada pelas sete dispensações e os seus tempos. Deleite-se e lembre-
se: conhecer a Bíblia nunca foi tão prazeroso.

Marcos 12:24 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Porventura não errais vós em


razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?

Atos dos Apóstolos 17:11 Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em
Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas
Escrituras se estas coisas eram assim.

NEle que é a fonte de toda sabedoria!

Pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha

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AS SETE DISPENSAÇÕES
E OS SEUS TEMPOS

Vamos iniciar nosso passeio pelas Sagradas Escrituras para podermos compreender,
ainda que um pouco, dessas questões que nos trazem tanta curiosidade e medo, e ver
gradativamente se descortinar diante dos nossos olhos todo um plano de salvação e um amor
persistente de Deus para com os homens.

Acredito que todo cristão deve ser encorajado à leitura do livro de Apocalipse e aos
estudos da Bíblia. Quando me converti, acredite, foi o primeiro livro bíblico que eu li e para
mim surtiu um efeito de sustentação e firmeza na fé. Nada temas das coisas que hás de
padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis
uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Apocalipse 2:10

Ler o livro de Apocalipse foi desafiador e ao mesmo tempo encorajador. Desafiador


porque não basta lê-lo, você precisa estudá-lo e a partir do momento em que se dispor nessa
jornada uma série de perguntas surgirão e a sede por conhecimento e revelação, o que será
fruto de uma vida de entrega, acontecerá.

Obvio que você não aprendeu em algumas quartas-feiras tudo o que você precisava saber
de dispensações bíblicas, afinal é um assunto que leva em média um ano para ser estudado
em um seminário teológico, mas sem dúvida você foi imensamente edificado, consolado e
exortado e o continuará sendo na leitura e estudo do conteúdo aqui disposto.

Vamos começar compreendendo que as sete dispensações nada têm a ver com as fases
de existência da Terra.

A Terra e as suas várias fases de existência:

1. A Terra Original; Gn 1:1; Ez 28:12-16 (fala do primeiro Éden)

2. A Terra Edênica que vai do Jardim do Éden até o Dilúvio;

3. A Terra Atual que vai da época do dilúvio ao milênio;

4. A Terra Milenal que abrangerá todo o milênio até o juízo do grande trono branco;

5. A nova Terra e novos Céus que abrangem a Eternidade.

Vamos tratar sobre a história da humanidade e não sobre a história da Terra. O que

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precisamos e buscamos fazê-lo entender é que nestas cinco fases de existência da Terra
estão inseridas as sete dispensações e os seus tempos e isso tem a ver com o homem. Há
um caráter informativo sobre a história da Terra em nível de curiosidade e para que não ocorra
confusão com a história da humanidade.

Quando você estuda a história da humanidade na escola, você aprende que existiram
várias eras. Na Bíblia existe o estudo dispensacional, que divide a história de toda a raça
humana em sete períodos, em sete dispensações.

PERÍODO DURAÇÃO
PALAVRA-CHAVE TEXTO BÍBLICO
DISPENSACIONAL PROVÁVEL
INOCÊNCIA Da criação à queda Gn 1 e 2 Não Há
CONSCIÊNCIA Da queda ao dilúvio Gn 3:1 a 8:14 1.656 anos
GOVERNO HUMANO Do dilúvio a Abraão Gn 8:15 a Ex 11:32 427 anos
PROMESSA De Abraão ao Êxodo Gn 12 a Ex 18 430 anos
LEI Do Sinal ao Calvário Ex 19 aos Evangelhos 1.718 anos
Do Calvário ao
GRAÇA Novo Testamento Não Há
Arrebatamento
Da 2ª vinda de Cristo ao
MILÊNIO Apocalipse e Profetas 1.000 anos
Grande Trono Branco

Quando analisamos a primeira dispensação que é a da INOCÊNCIA não temos dados


Bíblicos precisos que nos informem o tempo de sua duração. Isso nos faz compreender que
Adão e Eva não pecaram imediatamente após sua criação. Isto pode ter levado dias, semanas,
meses, anos e até milênios. Gênesis 1:28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai
e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as
aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Desta bombástica revelação surge a possível explicação para o fato de que após ter
matado seu irmão Abel, Caim tenha se casado, porque ele e seu irmão Abel foram gerados
após a queda. Gênesis 4:17 E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e deu à luz
Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade conforme o nome de seu
filho Enoque;

Assim compreendemos que antes de Adão e Eva caírem eles geraram filhos e filhas. É
por isso que as dores de parto aconteceram depois da desobediência, como parte do castigo
dado por Deus. Gênesis 3:16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua
conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.

Obvio que na ocasião da queda, quando Deus expulsou Adão e Eva do Jardim do Éden,
os filhos que haviam nascido antes foram expulsos juntamente com eles. O que o versículo
abaixo nos faz compreender é que os filhos que nasceram de Adão e Eva antes da queda
não estiveram debaixo da mesma semelhança de pecado. Romanos 5:14 No entanto, a morte
reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da
transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.

É nesse versículo que temos uma possível referência sobre os filhos de Adão que
nasceram antes da queda. Gênesis 6:4 Havia naqueles dias gigantes na terra; e também
depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes
eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.

Alguns defendem a ideia de que esses filhos de Deus seriam os anjos, mas mediante

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a afirmação feita por Jesus acerca dos anjos se torna impossível sustentar tal ideia. Marcos
12:25 Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em
casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus.

A explicação seria de que essa linhagem pura, ou seja, os filhos de Adão e Eva que
nasceram antes do pecado, se misturou à linhagem dos que nasceram depois do pecado e
assim passaram a existir os gigantes na terra.

Quando estudamos as sete dispensações percebemos que todas elas tem seis
características comuns, com exceção da dispensação da promessa. TODAS ELAS TÊM:

1. Uma palavra-chave que revela a condição moral do povo; (inocência, consciência,


governo humano, promessa, lei, graça e milênio)

2. Um propósito especial à administração de Deus; (por que Deus dividiu a existência do


homens nessas sete dispensações? Porque existe um propósito em todas elas)

3. Uma aliança específica; (Deus fazendo uma aliança com um homem, com um povo,
com a humanidade)

4. Um ato de desobediência à declarada revelação divina; (o estudo dispensacional revela


o grande amor de Deus com os homens. Por que são muitas e não uma? Porque
na primeira dispensação o homem não foi fiel, então houve a punição e havia duas
alternativas: ou Deus matava o homem ou Deus dava a ele uma nova oportunidade.
Assim fica revelado o quanto Deus insiste no homem)

5. Um ato de julgamento coletivo da parte de Deus; (a dispensação da promessa é a


única que não traz essa característica, porque é um período onde Deus mantem a sua
promessa)

6. Uma nova revelação de Deus ou manifestação da sua Graça (a dispensação acaba


com o pecado do homem, o juízo de Deus e Deus manifestando a sua graça e fazendo
uma nova aliança para um novo período dispensacional).

1° DISPENSAÇÃO: INOCÊNCIA

Essa dispensação trata da criação do homem até a sua queda, o que está descrito nos
dois primeiros capítulos de Gênesis. Não possuímos informações bíblicas que nos concedam
saber o tempo de duração dessa dispensação.

1. A PALAVRA-CHAVE para essa DISPENSAÇÃO é inocência, que significa ausência

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de conhecimento experimental do pecado. Por que experimental? Porque o
conhecimento intelectual do pecado o homem tinha. Gn 2:16-17 E ordenou o Senhor
Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que
dela comeres, certamente morrerás.

A personalidade do homem abrange uma tríplice capacidade, ou seja, antes do pecado,


o homem tinha:

1. Capacidade de pensar – intelecto


2. Capacidade de sentir – emoção
3. Capacidade de escolher – vontade

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou. Gênesis 1:27

Quando a Bíblia diz que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança precisamos
entender que Deus não tem corpo; então o que significaria isso? Significa que fomos criados
semelhantes a Deus, o que inclui essas três capacidades. Somos um ser moral com a
capacidade de escolha.

2. O PROPÓSITO dessa dispensação era provar a capacidade do homem em manter-se


fiel a Deus em um clima de perfeição e de circunstâncias absolutamente favoráveis.

Havia alguma coisa desfavorável para o homem? Não havia televisão, não havia
dinheiro, não havia facebook... rsrs! Não podia perder a oportunidade dessa deixa,
mesmo aqui na revista, por isso fica a dica.

Mesmo sendo tudo perfeito, mesmo sendo tudo favorável, o homem caiu, o homem
pecou.

A posição do homem no início desta dispensação era:

1. Em Cristo – o homem foi feito à imagem divina Gn 1:26-27;


2. Perfeito – isso inclui perfeição física, mental e moral;
3. Revestido de luz – a glória do Senhor o cobria!

3. A ALIANÇA Edênica: toda dispensação tem uma aliança e essa era a aliança de
Deus com Adão. Toda aliança tem o lado divino e o lado humano, o lado daquele que
abençoa e o lado daquele que é abençoado, e nós vamos notar isso em cada uma das
dispensações.

O LADO DIVINO: neste tempo Deus dotou o homem em Cristo com uma cópia do que
era, com inteligência intuitiva, perfeita habilidade administrativa com que dirigir toda a criação
e completa autoridade para desempenhar suas funções e com um relacionamento direto com
Deus.

O LADO HUMANO: o homem teria algumas obrigações menores a cumprir, tais como a
de encher a Terra (Gn 1;28), comer do fruto da Terra (Gn 1:29), cuidar do jardim (Gn 2:8,15) e
abster-se de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 1:16-17).

Que dificuldade havia nisso (crescer e multiplicar, comer, cuidar do jardim e não comer
da arvore do conhecimento)?

A parte de Deus nesta Aliança era abençoar e a parte do homem era obedecer mas,
infelizmente, este não conseguiu, fracassou terrivelmente em obedecer a única lei que existia:

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Não comerás!

Na aliança Edênica havia o livre arbítrio do homem. A necessidade que Deus teve de impor
ao homem esta proibição está no fato de o homem ser um agente moral, ou seja, livre e com
uma vontade inviolável. Uma livre vontade que não tem opção de escolha não é livre! Porém
advertiu-lhe claramente que a desobediência teria inevitáveis e terríveis consequências: “o
dia em que dela comeres morrerás”. É aquela crucial pergunta: por que Deus colocou
aquela bendita árvore no meio do jardim? Porque assim o homem teria a opção de escolher
ser obediente ou não.

O que separa a inocência da santidade é exatamente a maneira com a qual você utiliza
o seu livre arbítrio. Adão e Eva eram inocentes e só seriam santos se respondessem em
obediência à prova de utilizarem devidamente seus direitos de escolha, e foi nisto que eles
foram terrivelmente reprovados.

Se Deus não desse ao homem a liberdade de escolher entre o bem e o mal, nós seriamos
robôs. O que nos faz filhos e filhas é a decisão de escolhermos obedecer a Deus e não ao
diabo. O que nos faz filhos é a decisão de viver segundo a Palavra e não segundo os conceitos
de um mundo caído e perdido. João 1:12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder
de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome;

4. UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA À DECLARADA REVELAÇÃO DIVINA: A tentação e


a queda! Tentado por Satanás a mulher nutriu dúvidas acerca da bondade de Deus.
Ela comeu o fruto e o dá a Adão, que come também. O diálogo entre Satanás e Eva
faz com que ela duvide da bondade de Deus. Ela preferiu acreditar no que Satanás
estava lhe dizendo em vez de crer no que Deus havia lhe dito. A voz que ouvimos, esta
determina nossas escolhas. Pense nisso!

5. UM ATO DE JULGAMENTO COLETIVO DA PARTE DE DEUS – o resultado da queda:

1. Morte (física, espiritual e eterna) Is 59:2; Rm 5:12; Gn 3:19;


2. Solidão espiritual, afastamento de Deus Is 59:2; Gn 3:23,24;
3. Perda de autoridade sobre a Terra e sobre os animais;
4. Submissão a Satanás Jo 8:32-36;
5. Perda do direito da árvore da vida Gn 3:22-24;
6. Porta aberta a enfermidades e sofrimentos;
7. Destituição da glória de Deus Rm 3:23;
8. A natureza moral pervertida;
9. Destinação ao trabalho duro Gn 3:7;
10. Perda da vestidura da luz;
11. Deus amaldiçoa a Adão, Eva e a serpente. A serpente passa a ter de rastejar
sobre seu ventre. Eva terá um aumento de dor durante a gravidez e o parto. Adão
terá que trabalhar numa terra amaldiçoada para comer.
12. Deus diz que por causa do pecado de Adão e Eva as pessoas morrerão.
Tudo isso foi o resultado do pecado de Adão e Eva.

6. UMA NOVA REVELAÇÃO DE DEUS OU MANIFESTAÇÃO DA SUA GRAÇA – a


manifestação da graça:

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Ali mesmo Deus, o Redentor, lhes faz uma grande promessa: “a semente da mulher
feriria a cabeça da serpente”. Um redentor que viria e venceria a Satanás. Este é o
precioso início da profecia sobre Cristo. A túnica de peles na morte do animal para
prover uma vestidura a Adão e a Eva nos revela uma formosa figura ou símbolo do
derramamento de sangue necessário que cobriria aceitavelmente nossos pecados. Gn
3:21

A túnica de peles é uma provisão perfeita, porque ela é:

A) De Deus... não foi feita pelo homem com folhas de figo.


B) Universal... porque abrange o mundo inteiro.
C) Sacrificial... alguém morre em lugar dos homens.
D) Em substituição... porque Deus aceita o sacrifício de alguém morrendo por você.
E) Absoluta... não precisa de outra.
F) Aceita... Deus aceita o sacrifício.

AQUI Deus estabelece as novas regras de uma dispensação para outra...

Passamos de uma dispensação para outra. Deus fez a aliança, o homem descumpriu, o
homem pecou, Deus demonstra o seu desgosto, Deus expulsa o homem do jardim. Deus põe
querubins com espada ao redor do jardim. O homem é proibido de entrar no jardim. Agora
Adão não tinha mais aquela comunhão perfeita com Deus, Adão não tinha mais acesso a
presença de Deus, não tinha mais acesso ao Jardim. Ele olhava para o Jardim e se lembrava
de tudo quanto havia perdido por causa da sua desobediência.

A pior consequência da desobediência é contemplar o que perdemos ao deixar de


simplesmente obedecer a Deus. Fica a dica. Pense nisso!

2ª DISPENSAÇÃO: CONSCIÊNCIA

Essa dispensação trata da queda do homem até o Dilúvio, o que está descrito de Gênesis
3:1 a Gênesis 8:14. As informações bíblicas nos concedem saber o tempo de duração dessa
dispensação, que foi de aproximadamente 1.656 anos.

A partir desse momento Adão e Eva já não estão mais no Jardim do Éden, foram expulsos
dele. Mas o que parecia um castigo também era uma benção. Impedir Adão e Eva de comerem
do fruto da arvore da vida era impedi-los de viverem eternamente destituídos da presença do
Senhor. Agora, de longe, Adão viam o Jardim e não podiam mais ter a presença de Deus e
acesso àquele lugar. Não era mais possível a Adão usufruir daquilo que o relacionamento com
Deus lhe proporcionava. O homem na queda perdera três dádivas, as quais teria novamente

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acesso quando estivesse na Eternidade: um relacionamento perfeito com Deus, um lugar
perfeito para habitar e um relacionamento perfeito com o próximo.

1. A PALAVRA-CHAVE – consciência. Tal palavra pode ser encontrada na Bíblia cerca


de 32 vezes e significa a faculdade de convicção própria e conhecimento da natureza
moral dos atos pessoais. Operando dentro do intelecto do homem a consciência quer
servir como governo da vida moral.

Consciência, o estado consciente do homem. Interessante que o pecado é algo que


está patente no coração do homem por causa da sua consciência. Romanos 2:15 Os quais
mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e
os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os.

Na realidade, uma pessoa sente ou sabe que está em pecado, que está vivendo fora das
leis de Deus, e tal discernimento foi algo que Deus colocou no homem.

O que acontece então com a pessoa que nunca ouviu falar de Jesus? O julgamento ocorre
segundo o conhecimento que a pessoa tem. Uma pessoa que nunca ouviu o Evangelho não
pode ser condenada por não ter aceitado Jesus, então essa pessoa será julgada pelas suas
obras segundo o que na sua consciência já estava intrínseco como lei moral. Romanos 2:12
Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei
pecaram, pela lei serão julgados.

Agora o homem começa a viver uma nova situação: a consciência, a experiência no que
diz respeito ao pecado.

2. O PROPÓSITO desta dispensação era provar que o homem era capaz de permanecer
fiel a Deus em um clima de liberdade e segundo os ditames da sua própria consciência.

Ainda não havia LEI, Deus não tinha estabelecido LEIS e colocou no homem a consciência,
ou seja, Ele sabia o que era errado e o que era certo, Ele conheceu o bem e o mal. Agora
Deus queria provar o homem em uma fase em que este tinha consciência, tinha liberdade de
escolha e poderia escolher o que era bom e não o que era mal. Se no estado de INOCÊNCIA
onde tudo era favorável o homem não foi fiel, imagine o que aconteceu nessa época.

3. A ALIANÇA – Deus faz um pacto com Adão.

O lado divino: Deus em sua misericórdia proporcionou uma expiação pelo pecado (Deus
mata um animal, provê para o homem uma roupa, e ali estava dizendo o que o ele deveria
fazer: o sacrifício de animais; com isto dizia também: Eu quero perdoar, quero me reconciliar,
Eu quero me relacionar novamente com você; Eu quero deixar um caminho aberto, quero
estabelecer um meio de os homens me buscarem) e um caminho pelo qual o homem poderia
chegar outra vez à pureza devida e à comunhão com Ele, privilégio que perdera pela queda.

O lado humano: o método divinamente ordenado para expressar o desejo de voltar à


comunhão com Deus por meio do Redentor que Ele havia provido foi o derramamento de
sangue de uma oferta aceitável. Gn 3:21; Gn 4:3,4

O lado divino mostrava Deus querendo estar com o homem; o lado humano mostrava o
homem fazendo sacrifícios que demonstravam que queria estar novamente com Deus.

4. UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA À DECLARADA REVELAÇÃO DIVINA – atitudes em


relação a esse pacto: veja o que acontece com Abel e Caim. Adão entendeu o pacto
e passou para os seus filhos:

Abel teve a atitude correta, pois entendeu o arrependimento pelo pecado, o retorno a

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Deus, a fé e a obediência a Deus que ele mostrou, com a apresentação de um sacrifício de
sangue. Gn 4:4; Hb 11:4

Caim teve uma atitude incorreta apresentando a Deus uma oferta de frutos da terra, o
que prova que o sentimento religioso é instintivo em todo o homem. Ignorou o Redentor, Jesus
Cristo, e o meio divino que é o sangue, e apresentou as suas próprias obras, o fruto de suas
mãos.

O problema de Caim estava no coração, Deus disse a ele: Se fizeres bem, não haverá
aceitação para ti? Gn 4:7. Ele poderia ter oferecido o fruto da terra, mas o problema estava
em seu coração que não era voltado para Deus.

Caim é o primeiro filho nascido de Adão e Eva após a queda, e o irmão mais velho de
Abel e Sete. Ele era um agricultor e Abel um pastor.

Abel oferece o melhor do seu rebanho para Deus, e Deus aceita com agrado a Abel e a
seu sacrifício. Caim oferece algo de sua colheita e Deus não aceita a Caim e sua oferta. Caim
fica furioso e assassina seu próprio irmão.

Quando Deus confronta Caim, este responde: Sou eu guardião do meu irmão? Gn 4:9.
A partir daí Deus o amaldiçoa e o expulsa para a terra de Node. Caim recebe um sinal, que
serviria como uma proteção, para que ninguém o matasse.

Não havia policial, não havia cadeia, não havia juiz; a dispensação era a da consciência e
não a do governo humano. Nessa dispensação da consciência, que vai da queda do homem
até o Dilúvio, era Deus quem tratava com o indivíduo, por isso quando alguém cometia um
homicídio ninguém podia tocá-lo pois era Deus quem tratava com tal pessoa.

E o sinal que Deus colocou em Caim? Foi o “ser negro”? Foi atribuir-lhe uma “pele
escura”? A maior de todas as heresias é quando tentamos explicar algo da Bíblia que Deus
propositadamente não revelou de forma patente, com explicações racionais. O sinal de Deus
fora colocado em Caim antes do Dilúvio que, vindo sobre a Terra, destruiu a todos, exceto a
família de Noé, que a repovoou. Sendo assim, se o sinal colocado sobre Caim fosse a origem
dos povos negros, estes não existiriam mais, porque todos teriam sido extintos no Dilúvio.

Nessa dispensação nós temos a edificação das primeiras cidades da história da


humanidade.

O quadro que você vai ver agora tem como referência Bíblica Gn 4:17-26.

AS CIDADES E OS SEUS CONSTRUTORES

1. ENOQUE (Caim nomeia a primeira cidade que ele constrói de Enoque)


2. IRADE
3. MEUJAEL
4. METUSAEL
5. LAMEQUE (primeiro bígamo e segundo homicida, ele mata um homem por lhe ferir e
um jovem por lhe pisar Gn 4:19, 23 e 24)

DE LAMEQUE PROCEDEM

1. TUBALCAIM (era mestre em produzir ferramentas de ferro e bronze Gn 4:22)


2. NAAMÁ (que era uma mulher)
3. JABAL (pai daqueles que moram em tendas e criam rebanhos)
4. JUBAL (pai daqueles que tocam harpa Gn 4:21)

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O que percebemos é que a descendência de Caim começa então a produzir o que é
mal. TUBALCAIM possivelmente foi quem começou a fabricar armas e com elas a violência
começou a ser difundida (Gn 6:13 Então disse Deus a Noé: O fim de toda a terra está perante
minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que desfarei com a terra); LAMEQUE
é o segundo homicida ao qual a Bíblia faz menção e o primeiro bígamo. Tudo começa na
linhagem de Caim, uma linhagem de pessoas más.

Quando entramos na linhagem de Sete tudo muda, conforme podemos analisar:

ADÃO (930 anos) E EVA (esposa de Adão), deles vieram CAIM, ABEL, SETE e OUTROS
FILHOS E FILHAS

Os que estão sublinhados são os ancestrais de JESUS.

Continuemos analisando:

• SETE (pai de Enos aos 105 anos, morreu aos 912 anos)
• ENOS (pai de Cainã aos 90 anos, morreu aos 905 anos)
• CAINÃ (pai de Maalalel aos 70 anos, morreu aos 910 anos)
• MAALALEL (pai de Jarede aos 65 anos, morreu aos 895 anos)
• JAREDE (pai de Enoque aos 162 anos e morreu aos 962 anos), todos estes geraram
filhos e filhas.

Quando você entra na linhagem de SETE pode observar uma situação totalmente
diferente. Não há violência, não há instrumentos de guerra, não há fortificações de cidades.
ENOQUE foi o sétimo homem depois de ADÃO e isso mostrava que era possível ter comunhão
com Deus novamente.

Enoque andou com Deus por 300 anos até ser arrebatado, não experimentando a morte
por causa da sua fé. Hb 11:5

Uma pergunta: QUAL ERA A DISPENSAÇÃO NESSA ÉPOCA? CONSCIÊNCIA não é?


Deus realmente atual de uma forma especial dentro dessa dispensação, quando um grupo
começa a ser desobediente e outro escolhe ser obediente. Isso prova que sempre haverá
aqueles dispostos a obedecer, independentemente dos tempos e das maldades da época.
Gn 5:21-32

• ENOQUE (pai de Matusalém aos 65 anos, arrebatado aos céus aos 365 anos)
• MATUSALÉM (pai de Lameque aos 187 anos, morreu aos 969 anos)
• LAMEQUE (Pai de Noé aos 182, morreu aos 777 anos)
• NOÉ (pai de Sem, Cam e Jafé aos 500 anos)
• SEM, CAM, JAFÉ

A idade na qual morreram:

ADÃO 930 anos


SETE 912 anos
ENOS 905 anos
CAINÃ 910 anos

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MAALALEL 895 anos
JAREDE 962 anos
ENOQUE 365 anos (arrebatado)
MATUSALÉM 969 anos
LAMEQUE 777 anos
NOÉ 951 anos

5. UM ATO DE JULGAMENTO COLETIVO DA PARTE DE DEUS – As pessoas ficaram


tão más que Deus decidiu destruir todas as coisas vivas com um DILÚVIO. Porem Noé achou
graça aos olhos do Senhor. Havia se passado entre 1.600 e 1.700 anos desde a queda do
homem e só havia corrupção na Terra.

É nesse momento que Deus ordena a Noé que construa a Arca Gn 6:14-16:

A Arca seria de madeira de cipreste, toda dividida em 3 compartimentos, revestida por


dentro e por fora com betume, ou seja, piche. Com 137 metros de comprimento, 23 metros de
largura e 13 metros de altura, maior do que um campo de futebol; foram necessários 100 anos
para ser construída e dentro dela foram colocados 7 casais dos animais limpos e 1 casal dos
animais impuros, além de 7 casais das aves.

6. UMA NOVA REVELAÇÃO DE DEUS OU MANIFESTAÇÃO DA SUA GRAÇA: Noé e


sua família são os únicos a serem salvos juntamente com todas essas espécies de animais
e, a partir daí aí, tem-se o início de uma nova dispensação: O GOVERNO HUMANO. Gênesis
7:23 Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem
até ao animal, até ao réptil, e até a ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente
Noé, e os que com ele estavam na arca.

3ª DISPENSAÇÃO: GOVERNO HUMANO

Esta dispensação trata do tempo que vai desde o fim do Dilúvio até os dias de Abraão,
o que está descrito de Gênesis 8:15 a Êxodo 11:32. As informações bíblicas nos concedem
saber o tempo de duração desta dispensação que foi de aproximadamente 427 anos. Como
vimos, ela se inicia quando Noé e sua família saem da Arca.

1. A PALAVRA-CHAVE para essa DISPENSAÇÃO é GOVERNO HUMANO. Inicia-se um


período completamente novo na história humana, durante o qual o homem exercitou a tarefa
de governar-se a si mesmo como sociedade constituída.

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Antes do Dilúvio não havia governo humano. Na linhagem de Caim foram constituídas
cidades, além da tentativa de instituição de um império, algo que não fora ordenado por Deus.
Agora o governo humano estava sendo estabelecido por Ele, e os patriarcas organizariam
suas famílias e comunidades.

2. O PROPÓSITO dessa dispensação era provar a capacidade do homem em manter-se


fiel a Deus e servi-lo em um sistema de consciência coletiva, como uma sociedade que adora
um governo humano.

3. A ALIANÇA agora é feita com Noé. A aliança de Deus com Noé é dividida em duas
partes.

O lado divino: a primeira parte tinha 3 provisões:

1. Deus não tornaria a amaldiçoar a Terra;


2. Deus não mais feriria todo o ser vivente, como acabara de fazer;
3. Enquanto durasse a Terra haveria sementeira e ceifa, dia e noite, frio e calor, verão e
inverno (aqui começam as estações do ano);

Deus finaliza essa primeira parte da Aliança com Noé estipulando um sinal particular.
Como prova de que não tornaria a destruir a Terra com água, Ele coloca um sinal nos céus:
o arco-íris.

A segunda parte mostra as duas mudanças que são verificadas na natureza:

1. O temor do homem seria instilado à criação animal, para que pudesse reinar sobre
ela. Não há nada que afirme que os animais eram ferozes, o que facilitou a entrada e
permanência deles na Arca, e com o prenúncio da tempestade eles foram levados até
ela pelo próprio Deus.

2. A carne seria dada como alimento, com uma restrição – o sangue não poderia ser
comido.

O lado humano: foram dados a Noé os mandamentos específicos: frutificai, multiplicai-


vos e enchei a terra. Difícil hein? Só que não! Gn 9:1,7

Vamos fazer uma comparação com a Aliança Adâmica:

1. Maior controle sobre a criança porque agora você tem um governo a ser estabelecido;
2. Dieta maior, agora a carne foi acrescentada a alimentação do homem;
3. Um maior controle sobre os pecadores, Deus diz a Noé: quem matar morre!
4. Uma ilustração do governo divino e do castigo eterno. Isso estabelece o governo
humano como uma ilustração do juízo divino.

Acabado o Dilúvio e baixadas as águas, Noé sai da Arca com sua família e todos os
animais; em seguida Noé planta uma vinha, embebeda-se com vinho e se deita nu em sua
barraca. Cam o pai de Canaã, vê a nudez do pai e conta para os seus irmãos. Sem e Jafé
pegam uma capa, levantam-na sobre os ombros e, andando de costas, entram na barraca de
Noé para cobri-lo.

Aqui vale uma observação: fica bem claro como Deus se aborrece com o fato de não
guardarmos as costas dos nossos irmãos. Aqui a Bíblia não está falando que Cam mentiu
acerca de seu pai, mas que expôs seu erro espalhando uma notícia ruim.

12
Quando Noé acorda e descobre o que Cam fez, amaldiçoa o filho dizendo que ele
seria um escravo para os irmãos – agora nós temos a base para compreender o porquê da
escravidão; mas a questão dos descendentes de Cam serem os negros, nada tem a ver com
a maldição, mas com a região na qual eles escolheram para popular a terra. As pessoas
que vivem na África são descendentes de Cam, mas a cor da pele não deriva da maldição
e sim da região que eles povoaram, pois lá a incidência dos raios solares atenuou-a como
consequência da melanina produzida. O mesmo acontece com os orientais, os esquimós,
povos com características provindas da consequência do lugar em que habitam. Depois do
dilúvio Noé vive mais 350 anos e morre aos 900 anos.

Durante 350 anos houve através de Noé um testemunho vivo do que Deus havia feito na
Terra por meio do Dilúvio e depois os seus filhos continuaram testemunhando a obra do juízo
divino também instaurado por ele.

4. UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA À DECLARADA REVELAÇÃO DIVINA:

Vamos analisar agora qual foi a falha do homem. A Bíblia diz que todos falavam o mesmo
idioma e as pessoas se instalaram na terra de Sincar. Gn 11:1,2

Deus havia ordenado que eles crescessem, multiplicassem e povoassem a Terra, e mais
uma vez eles desobedecem. O interessante é que construir BABEL era se dispor a fugir de
um futuro julgamento de Deus pelas águas; por isso a construção deveria ser alta a ponto de
tocar nos céus.

5. UM ATO DE JULGAMENTO COLETIVO DA PARTE DE DEUS

Assim pessoas decidem construir uma cidade e uma torre com seu topo alcançando os
céus. O Senhor vai ver a torre que eles estão construindo e diz que não há nada que eles não
possam fazer; assim Deus confunde o idioma.

Considerando que eles não podiam entender um ao outro, se espalham sobre a terra,
fazendo assim o que já estava anteriormente proposto: povoar a terra. A cidade que eles
haviam construído se chamava BABEL.

Alguns arqueólogos encontraram os destroços do que seria essa Torre de Babel e eles
dizem que não se tratava de uma torre, mas de um complexo de prédios.

6. UMA NOVA REVELAÇÃO DE DEUS OU MANIFESTAÇÃO DA SUA GRAÇA

Outra vez encontramos os que provam a sua fé na aliança de sangue e que andavam
humildes na presença de Deus. Como já foram indicados, estes eram os descendentes de
Sem. Dez gerações outra vez são registradas Gn 11:20-26, terminando em Abraão.

Essa dispensação acaba depois de 427 anos, desde o dilúvio até a dispersão dos homens
sobre a face da Terra sendo consolidada com a chamada de Abraão.

CONCLUINDO: tanto na Inocência, como na Consciência, o homem fracassou


inteiramente, e o julgamento por meio do Dilúvio marca o fim da segunda dispensação e o
começo da terceira, o Governo Humano. Noé, o sobrevivente do Dilúvio, era o pai do Século
Pós-diluviano e do mundo presente. Embora sendo da décima geração depois de Adão, ele
nasceu apenas 14 anos depois da morte de Sete.

Durante essas oito gerações e por cerca de 350 anos ele viveu entre os homens daquela
nova geração depois do Dilúvio.

13
4ª DISPENSAÇÃO: PROMESSA

Esta dispensação trata da chamada de Abraão até o Êxodo do povo de Deus do


Egito, o que vai de Gênesis 12 a Êxodo 18. O tempo de duração desta dispensação foi de
aproximadamente 430 anos.

1. A PALAVRA-CHAVE é promessa. Recorda-nos com ênfase à série de promessas


feitas por Deus ao patriarca Abraão, quando ele achava-se em sua cidade, Ur da Caldeia,
dentro da civilização implantada por Ninrode. Promessas essas que foram renovadas e
ampliadas mais adiante a Abrão e posteriormente aos seus descendentes.

Na época era o mesmo que tirar alguém de uma cidade do primeiro mundo para
uma cidade do terceiro mundo.

2. O PROPÓSITO era levar Abraão e seus descendentes a terem a fé em Deus e


obedecê-lo, adestrando-os na obra de preparação de uma nação escolhida, que se tornaria a
precursora do Redentor, o Messias, que daria o cumprimento definitivo à promessa.

Foi dentro desta dispensação que houve a destruição de Sodoma e Gomorra, mas não
se tratou de um julgamento coletivo, não foi algo que atingiu toda a humanidade. Foi um
julgamento que atingiu a essas duas cidades, por isso não pode ser um referencial de um
julgamento à humanidade.

Foi dentro dessa dispensação que houve também o período de escravidão do povo de
Deus no Egito. Não foi algo coletivo, foi também específico e não pode ser o referencial entre
uma dispensação e outra.

No início deste estudo apresentamos as seis características existentes nas Sete


Dispensações. Lembre-se de que todas possuem essas seis características, com exceção da
dispensação da Promessa. Essa dispensação é diferente, porque não há um juízo de Deus
coletivo sobre a humanidade. Vamos entender o porquê!

3. A ALIANÇA com Abraão

O lado divino: o Senhor apareceu a Abrão seis vezes e por seis vezes Deus confirmou
sua Aliança com ele: Gn 12:1-3,7; Gn 13:14-17; Gn 15:1-21; Gn 17:1-21; Gn 18:1-33 e Gn
22:1-18. A mesma aliança firmada entre Deus e Abraão foi confirmada a Isaque Gn 26:2-5, a
Jacó Gn 28:13-15, a Moisés e a toda Israel Ex 6:1-9.

Nessa aliança Deus se comprometeu:

1. Durante a vida de Abraão a abençoá-lo, ou seja, fazer dele uma benção e abençoar os

14
que o abençoarem Gn 12:2,3
2. Amaldiçoar os que o amaldiçoassem Gn 12:3
3. Dar-lhe a terra de Canaã Gn 13:15
4. Protegê-lo e ser sua recompensa Gn 15:1
5. Ser o seu Deus Gn 17:7

O lado humano da aliança: esta aliança com Abraão também incluía o lado humano, ou
seja, as obrigações de Abraão que eram:

1. Separação: Gn 12:1 Sua saída significava confiar nas bênçãos futuras;


2. Habitar em Canaã: Gn 12:1 Gn 26:2 No princípio Abraão falhou, crendo nas ameaças
de fome e não nas promessas de Deus. Ele foi punido por causa desta incredulidade e
depois voltou a Canaã.
3. Circuncidar Gn 17:9-14 Este foi somente o “Selo da justiça da fé que teve quando
não era circuncidado” Rm 4:11, é uma prova de que acreditava que a sua semente se
tornaria uma nação distinta.
4. Crer que Deus daria a ele e a Sara um filho na sua velhice Gn 17:17. Foi especialmente
a fé nesta promessa que o fez pai e exemplo de todos que creem na ressurreição de
Cristo, assim crendo para a vida eterna. Rm 4:19
5. Obediência ao mandamento de Deus para oferecer Isaque, seu filho, Gn 27;2. Esta foi
a prova suprema da fé de Abraão. Diz a Bíblia que ele cria que Deus podia ressuscitar
Isaque até mesmo dos mortos Hb 11:17-19. Esta foi a prova prévia da fé e foi evidência
conclusiva para Deus, como se o próprio Deus ao ver Abraão disposto a sacrificar
seu próprio filho em obediência a Ele dissesse: “Agora eu sei! Eu sei Abraão que
você crê!”. Essa também foi a prova para o mundo de que Abraão temia a Deus e
acreditava na ressurreição dos mortos.

Por isso é chamada de dispensação da Promessa. Veja a quantidade de bênçãos e


promessas de Deus a Abraão e a nação de Israel.

Deus também se comprometeu nesta Aliança para o futuro:

1. Fazer grande o seu nome Gn 12:2


2. Fazê-lo frutífero, a semente natural (judeus) como a areia do mar e a semente espiritual
(crentes) como as estrelas do céu. Gn 13:16; Gn 15:5; Rm 4:16-18
3. Fazê-lo pai de uma grande nação Gn 13:2; Gn 18:18
4. Fazê-lo pai de muitas nações Gn 17:4

Deus nesta aliança se comprometeu:

1. Para com a sua semente, os filhos de Abraão e Sara Gn 15:4; Gn 17:19


2. A possessão Eterna Gn 12:7; Gn 13:14; Gn 15:18-21; Gn 17:8
3. Fazê-lo possuir todos os seus inimigos Gn 22:17
4. Por meio deles abençoar todas as nações da terra Gn 22:8. Aqui estava escondida a
promessa que a semente de Abraão (não sementes) seria “a semente da mulher” Gl
3:16
5. Depois de ficarem afligidos numa terra estranha por 400 anos, punir os opressores e
tirá-los desta com grandes riquezas Gn 15:13-14

15
O propósito de Deus na chamada de Abraão:

1. Fazer de Abraão um exemplo e modelo de fé. Abraão é chamado de o pai dos que
creem. Rm 4:11
2. Fazer de Abraão o pai da nação judaica. Gn 3:15 e Gl 3:16 A semente da mulher seria
a semente de Abraão. Deus formaria uma nação peculiar dEle, nação que seria uma
grande benção para todos os povos e para todas as nações.

4. UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA A DECLARADA REVELAÇÃO DIVINA: o povo,


devido à fome, busca abrigo e exílio no Egito.

5. UM ATO DE JULGAMENTO COLETIVO DA PARTE DE DEUS:

Não há um julgamento expresso nesta dispensação. Não se pode considerar que os anos
de escravidão no Egito foram anos de punição ou de juízo. As Escrituras afirmam que Deus
não havia dado ao seu povo a terra prometida porque “a iniquidade dos amonitas” (Gn
15:16) não havia atingido a medida completa. Durante essa dispensação houve a libertação
do povo de Deus da terra do Egito.

Quando Deus chamou Israel, chamou-a para a terra da chacina. Quando ordenou que
todos fossem mortos na tomada da terra prometida era essa a iniquidade do povo, ou seja,
eles eram tão maus e perversos, pecadores compulsivos, que Deus determinou que fossem
dizimados da face da terra. Deus usa o seu povo que havia sido arrancado do Egito como
instrumento de juízo contra os povos pagãos e iníquos que habitavam naquela região de
Canaã. Da mesma forma, quando os israelitas e judeus de desviaram dos seus mandamentos
Deus usa nações, embora pagãs, como vara de juízo e julgamento contra o pecado do Seu
povo.

6. UMA NOVA REVELAÇÃO DE DEUS OU MANIFESTAÇÃO DA SUA GRAÇA

A aliança é de graça e sem condições. Os descendentes de Abraão deveriam apenas


ficar na terra prometida, Canaã, para herdar a bênção. No Egito perderam as bênçãos, mas
não a aliança. A dispensação da promessa terminou quando Israel aceitou a Lei (Êx 19:8).
Deus lhes proveu um libertador, Moisés, e o poder divino libertou Israel da escravidão egípcia
(Êx 19:4), assim eles são livres do Egito e conduzidos em direção à terra prometida e no Sinai
temos o momento da entrega da LEI e a passagem de uma dispensação para outra.

5ª DISPENSAÇÃO: LEI

Esta dispensação trata da entrega das Leis de Deus ao seu povo até o momento da
revelação da Graça, por meio de Cristo, do Sinai até o Calvário. A narrativa que se segue vai
desde o Êxodo 19 até os Evangelhos. As informações bíblicas nos concedem saber o tempo

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de duração dessa dispensação, que foi de aproximadamente 1.718 anos. Ela teve início em
Êx 19:8, contextualizada em João 1:17, que diz: “… a lei foi dada por Moisés”. Aqui começa a
quinta dispensação, a da Lei. Esta se estende do Sinai ao Calvário; do êxodo á Cruz.

Vamos adentrar na dispensação da LEI e da GRAÇA. Que dentro do nosso contexto


serão as mais importantes para a nossa vida e nossa época.

1. A PALAVRA-CHAVE dessa dispensação era LEI. Onde o povo de Israel deveria reger
suas vidas religiosas e políticas segundo a LEI dada por Deus a Moisés no Monte Sinai e os
regulamentos que lhe sucederam.

Quando Deus tira o povo de Israel do Egito os chama ao Monte Sinai. Ali nós temos uma
das manifestações mais tremendas da revelação de Deus ao povo, um momento histórico.
Quando os Israelitas viram a nuvem espessa, os trovões e o monte fumegando, o povo
pede que Moisés seja seu porta-voz. Eles sabiam que relacionamento com Deus implicava
santidade e eles não estavam dispostos a pagar o preço por isso. Ex 20:18-21

Ali Deus fala com Moisés face a face, recebendo as tábuas da Lei, as instruções para
a construção do Tabernáculo; ali ele recebe de Deus as instruções cerimoniais sobre a
vida religiosa, política e social e tudo que fazia menção à nação de Israel. Por isso que essa
dispensação é chamada de LEI.

2. O PROPÓSITO dessa dispensação é testar a obediência de Israel Ex 19:8 Ex 24:3,7


à LEI dada a Moisés e avaliar sua capacidade de tornar-se uma nação líder na comunidade
mundial como instrumento da Revelação de Deus, em uma preparação final para a vinda do
Messias.

Essa dispensação foi uma preparação de Israel e do mundo para a época da GRAÇA, ou
seja, para receber o MESSIAS. A LEI prepara o mundo para receber e conhecer o MESSIAS.
Por isso Deus tirou a Israel do Egito e fez dela uma nação poderosa. É isso que a torna uma
nação líder no contexto mundial, afinal os olhos do mundo estão sobre Israel. (Uma nação
menor que o Estado de Sergipe.)

A dispensação da LEI é a segunda mais longa da Bíblia. Por isso, para tornar mais fácil
seu estudo vamos dividi-la em sete períodos:

1. Período da Peregrinação (Moisés) que vai de Êxodo a Deuteronômio;


2. Período da Conquista (Josué) que engloba todo o livro de Josué;
3. Período dos Juízes (todos os juízes) engloba o livro de Juízes e o de Rute;
4. Período do Reino Unido (Saul, Davi, Salomão) 1 e 2 Samuel, 1 Reis, 1 Crônicas;
5. Período do Reino Dividido (Josias, Usias, Josafá) 2 Reis e 2 Crônicas; *¹
6. Período do Cativeiro e Dispersão (Esdras, Neemias, Daniel), livros de Esdras e
Malaquias;
7. Período Interbíblico, entre Malaquias e Mateus, que durou 400 anos. *²

*¹ O Reino do Norte (Samaria) com dez tribos e o Reino Sul (Jerusalém) com duas tribos. O Reino
do Norte foi levado cativo pelos Assírios e nunca mais se tornou uma nação. Quando saiu do
cativeiro já estava misturado aos Assírios e, a partir disso, foi criada a nação dos Samaritanos.
O Reino do Sul foi levado para o cativeiro pelos babilônicos. Ao voltar do cativeiro, mesmo com
tantos pecados, consegue manter toda a tradição religiosa e existir como nação.
*² Esse foi o período do silêncio de Deus. Nenhum livro foi escrito nessa época porque não houve
revelação nem inspiração divina. Você já ouviu falar dos livros apócrifos? Aqueles que têm
na Bíblia católica, Judite, Tobias, 1 e 2 Macabeus? Foram os livros escritos nesse período de
400 anos entre o Antigo e o Novo Testamento. São livros históricos porque não têm inspiração

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divina. Os livros de Macabeus, por exemplo, narram o surgimento do sinédrio, além de outras
informações interessantes.

Antes de entrar na ALIANÇA dessa dispensação eu quero falar um pouco sobre o


PROPÓSITO DA LEI:

a) A lei proibia o pecado Gl 3:19 (7,9,14,22)

b) A lei expõe o pecado e revela o seu verdadeiro caráter Rm 3:20; Rm 4:15; Rm 7:9,14;
Gl 3:22

A lei proíbe o pecado, revela o que é pecado, mas não vai além disso. Ela aponta o
pecado, mas não nos capacita a fugir do pecado. Ela só mostra quando alguém está em
pecado. Quando você diz que pecou é porque a LEI diz que você pecou.

c) Encenar para a fé que havia de ser revelada. A LEI era um condutor nos guiando
ao caminho da GRAÇA e nos entregando como filhos a Cristo. A LEI diz:
você é um pecador e eu te levo a CRISTO. Uma vez que estejamos na
presença e no poder de Cristo nós dispensamos a LEI. Gl 3:23-25

É por isso que Paulo diz que a LEI não pode salvar. O cumprimento da
LEI não salva ninguém. É por isso que não adianta dizer: eu não mato, eu
não roubo, eu não fumo, eu não uso drogas, não faço nada de errado, sou
virgem, para mim só falta JESUS; mas aí é que está o cerne da questão:
falta tudo, porque a LEI não salva ninguém. É por isso que o INFERNO
está cheio de gente boa. Uma vez que se aceitou a JESUS a LEI não
tem mais valor, ela não te salva. Então você me pergunta: eu aceitei a
JESUS, então eu estou liberado? Posso pecar? Não! O que eu te digo é que
você nunca conseguirá ser salvo pela LEI, só por Cristo, porque ninguém
consegue cumprir a Lei. Por isso precisamos de JESUS.

3. A ALIANÇA nesta dispensação foi de Deus com Israel por meio de


Moisés.

Devemos notar que Deus neste período especial não tratou com o povo
como filhos de Abraão. Quando entramos no período da Lei Ele começa a
tratá-lo exclusivamente como a casa de Jacó, ou como os filhos de Israel
Ex 19:3

A razão é simples, lembremo-nos de que Abraão tinha duas linhas


descendentes, ou até mesmo três:

1) Os seguidores da “fé” (nós cristãos) que teve nosso pai Abraão antes de se circuncidar
Rm 4:11,12;
2) Os filhos carnais que guardam a aliança de circuncisão Gn 17:1-14. Foi a estes últimos
que ele havia prometido a terra de Canaã, e com eles, os filhos circuncidados de
Abraão e Jacó, que a aliança foi feita. É por isso que a Bíblia não os trata a partir desse
momento como filhos de Abraão, mas como a Casa de Jacó os filhos de Israel porque
tem a ver com a nação especificamente e não com os filhos espirituais que somos nós.
3) As promessas sobre Ismael que seria uma nação forte. Se olharmos para os
mulçumanos vamos compreender.

Por isso existem LEIS na Bíblia que são especificamente voltadas para os filhos de Israel.
Quando lemos o Antigo Testamento algumas questões estão relacionadas àquele povo e não
a nós; por exemplo, o guardar o sábado, que não tem nada a ver com os nossos dias. Sem

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falar de outras leis que inclusive estão trazendo uma visão judaizante para a Igreja da GRAÇA.

O LADO DIVINO DESTA ALIANÇA: os propósitos de Deus nesta Aliança são:

1. Fazer de Israel uma possessão peculiar Ex 19:5

Quando você estuda o Antigo Testamento você descobre que eles eram uma nação
peculiar, ou seja, uma nação pertencente a Deus uma nação de Deus e foi nessa dispensação
que Ele fez isso a Israel. É como Deus deseja que sejamos, um povo só dele.

2. Fazer de Israel um reino de sacerdotes Ex 19:6; Dt 33:5; 1Sm 8:7

Quando falamos de Sacerdotes, falamos daquele que intercede, que ensina e que traz
bênção para outros. Foi deles que veio o maior de todos os Sacerdotes que é Jesus.

3. Fazer de Israel uma nação Santa Ex 19:6

O propósito de Deus nesta dispensação é fazer de Israel uma nação


santa. Tudo que Israel passa no Egito, no tempo de cativeiro, e até mesmo
no tempo do silêncio de Deus de 400 anos, é Deus fazendo deles uma
nação santa, porque os sofrimentos, dificuldades e lutas são instrumentos
de Deus na santificação do seu povo.

4. Cura Divina Ex 15:26

O LADO HUMANO DESTA ALIANÇA: o lado humano desta aliança


era a OBEDIÊNCIA à LEI, que se divide em 3 partes:

1. Os Dez Mandamentos (a lei moral Ex 20). Eles expressam a


vontade de Deus;

Esses dez mandamentos expressam a vontade de Deus moral para


com o povo. As primeiras têm a ver com o homem e Deus, ou seja, o
relacionamento do homem com Deus.

2. As Ordenações (a lei civil) Ex 21:1-23,33. Tratam das relações


entre os homens, ou interpretações dos dez mandamentos, ou seja, as
leis civis tratam de tudo aquilo que eles deviam fazer como nação e como
deviam se relacionar.

3. As Instruções Religiosas (a Lei Cerimonial) Ex 25:32. Tratam do


culto a Jeová ou serviço religioso. Nestes textos Deus trata com detalhes na forma como eles
deveriam fazer o sacrifício e cultos.

A NATUREZA DA ALIANÇA DA LEI:

1. A aliança mosaica chamava-se “a LEI”, mas não era uma aliança no sentido de que a
LEI salvaria”, Rm 11:6. A salvação nunca foi pelas obras da Lei.

Se a salvação viesse pelo pleno cumprimento da LEI, nenhum homem haveria conseguido
ser salvo. No antigo testamento os homens eram salvos pela fé no MESSIAS que viria, no
Cristo que viria e nós somos salvos pela fé no MESSIAS que já veio e que vai voltar para
buscar a sua Igreja.

2. A aliança mosaica foi quebrada inúmeras vezes em todos os seus detalhes por parte
do homem, mas Deus permaneceu fiel na sua parte provando que a aliança era de graça e
não por obras, e era baseada nos méritos do Redentor.

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3. Houve o derramamento de sangue na dedicação dessa aliança Ex 24, assim indicando
o seu fundamento de Graça apontando para o sacrifício substitutivo do Cordeiro de Deus,
Jesus Cristo, que viria para morrer por nós na cruz do calvário.

4. A parte de Deus nesta aliança foi realizada e completa antes de o homem começar
a sua parte. Jesus já havia se disposto a morrer pelo homem, o Cordeiro foi imolado antes
da fundação do mundo. A permanência da benção dependia de o homem andar na luz. Dt
28 deixava isso bem claro: se há obediência, há benção; se houver desobediência, haverá
maldição.

5. A palavra redentor foi empregada muitas vezes nos dias da Lei Sl 19:14; Sl 78:35; Is
41:14; Is 59:20; Jr 50:34, indicando a necessidade de sangue da sua redenção. Tudo que
ocorreu, tudo o que foi ensinado no Antigo Testamento dependia do sacrifício de Jesus na
cruz do calvário, ou seja, se o sacrifício de Cristo não fosse aceito nada teria valor, mas se
fosse feito e aceito tudo teria valor.

6. No Novo Testamento havia misericórdia e fé na velha aliança. Mt 9:13; Mt 23:23; Os


6:6; Hb 2:4 Muitos textos em Hebreus e Romanos mostram que a velha aliança não é mais
eficaz hoje, mas que havia misericórdia e fé durante aquele período.

A ALIANÇA DE DEUS COM DAVI

Dentro desta dispensação da LEI houve uma aliança de Deus com todo o Israel por
meio de Moisés, mas dentro dela havia uma outra que não podemos deixar de mencionar: a
aliança de Deus com Davi. Com este Deus fez uma aliança porque era homem segundo o seu
coração, prometendo que da sua semente levantaria o prometido Messias que havia de se
assentar sobre o trono de Davi para sempre. Portanto, a promessa do Messias ficou limitada,
podendo sair somente da casa real de Davi aquele reinaria sobre tal trono.

Veja a providência de Deus: o Reino do Norte é levado cativo e quando volta está
misturado aos povos assírios, mas o Reino do Sul foi preservado porque havia uma promessa
a se cumprir – a de que o Salvador viria da casa de Davi.

4. UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA À DECLARADA REVELAÇÃO DIVINA:

A pergunta é: o homem cumpriu com a sua parte na aliança? Não! Infelizmente mais uma
vez o homem falha.

A FALHA DE ISRAEL: Deus tinha todo um propósito com Israel mas houve falhas.

NO DESERTO:

1. Adoraram ao bezerro de ouro Ex 32; Deus havia acabado de fazer maravilhas no


meio do povo, que arrancado do Egito com mãos fartas, saíra próspero do Egito.
Tinha acabado de ver Deus abrir o mar e sepultar faraó no meio dele com os seus
carros e cavaleiros, e, ali mesmo, no pé do Monte Sinai, enquanto Deus sobre ele se
manifestava, pecava adorando a um bezerro de ouro, o mesmo ouro que o próprio
Deus lhe havia dado.

2. Cobiçaram carne Nm 11; reclamaram do maná que Deus mandava todos os dias.

3. Recusaram entrar em Canaã Nm 14; por causa dos testemunhos dos dez espias contra
a declaração de fé de Josué e Calebe, e por esta recusa, ficaram peregrinando pelo
deserto naqueles 40 anos e nesse período morreu toda uma geração.

4. Moisés falhou, bateu na rocha, em vez de lhe falar Nm 20:7-12; Nm 27:14 Muita gente

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não entende porque Moisés foi punido. Foram duas
ocasiões nas quais Deus, por meio de Moisés, fez
milagres referentes à água. Na primeira vez Deus falou
para Moisés ferir a Rocha – o que tipificava o sacrifício
de Jesus sendo morto na cruz por nós, por isso na cruz
foram vertidos sangue e água quando Jesus é ferido
em seu lado direito por um soldado. Na segunda vez
Deus manda Moisés falar à Rocha e não ferir a rocha
– o que significava que Jesus não precisava morrer
de novo, não precisava ser ferido novamente. Moisés
deveria falar à Rocha, o que representa que Jesus
morreu uma vez, foi ferido uma vez e o que Ele fez
na cruz foi o suficiente para toda a eternidade. Hoje, o
que precisamos nós recebemos por meio das nossas
palavras de orações e clamor. Por ferir a Rocha
Moisés estava dizendo que Cristo precisaria morrer
e sofrer de novo; por esse motivo Moisés não entrou
na terra prometida, mas subiu ao Monte Nebo e de lá
contemplou a promessa tendo morrido em seguida.

As falhas não param por aí. Vamos continuar falando


delas, que continuaram mesmo após a tomada de posse da
Terra Prometida.

NA TERRA DA PROMESSA: Depois de terem renovado


a promessa de fidelidade à lei Js 24:14-26

1. IDOLATRIA; Jz 2:1-5; Jz 10:11 (QUANDO ENTRAM NA TERRA PROMETIDA CAEM EM


IDOLATRIA)

2. PEDIRAM UM REI 1 Sm 8:3-8 (DEUS ERA O REI E ELES REJEITAM AO SENHOR E PEDEM UM
REI HUMANO)

3. NÃO DESTRUÍRAM OS AMALEQUITAS 1Sm 15:17-35 (DEUS FOI CLARO AO DESTRUIR


TODAS AS NAÇÕES PAGÃS)

4. O GRANDE PECADO DE DAVI 2Sm 11:13-18 (DAVI E BATESEBA)


5. A IDOLATRIA DE SALOMÃO 1Rs 12:25-33; 1Rs 17:7-23 (SALOMÃO PECOU
TERRIVELMENTE)

6. A IDOLATRIA DE JEROBOÃO 1Rs 14:21-24; ATALIA 2Rs 11:1-3; ACAZ 2Rs 16:1-20;
MANASSÉS 1Rs 25:1-18

As falhas continuam acontecendo no CATIVEIRO

NO CATIVEIRO:

Toda a Casa de Israel era de coração duro Ez 2:3; Ez 3:11

A história bíblica nos diz que mesmo no cativeiro eles continuaram com o coração
endurecido.

FALHAS NA RESTAURAÇÃO

1. Alguns restantes não voltaram e não queriam obedecer a Deus Ed 2


2. A falha dos que voltaram: idolatria e casamento com outras nações Ed 9

21
3. O segundo grupo de cativos voltou: avivamento da Lei seguido pela confissão dos
pecados Ne 8:8-9
4. Outra vez juraram obediência a LEI Ne 9:1; Ne 10:29
5. Violaram o sábado. Casaram-se com gentios Ne 13:15-30
6. Trouxeram pão profano, animais cegos, coxos e doentes para o sacrifício Ml 1:1-14
7. Sacerdócio corrupto Ml 3:7-15
8. Resolveram que não havia proveito em servir a Deus Ml 3:7-15
9. O pecado culminante foi o de crucificar o filho de Deus, o Messias e Libertador.

Aquele a quem eles mais ansiavam receber, que esperaram por séculos, foi Aquele a
quem eles mesmos crucificaram e mataram.

5. UM ATO DE JULGAMENTO COLETIVO DA PARTE DE DEUS

Há um duplo aspecto do julgamento divino no fim desta dispensação:

1. Os pecados de Israel e de outros povos são punidos e julgados na cruz. Jo 12:27-33;


Jo 19:16-30; At 2:36; Cl 2:14-17; 1Pe 2:24

Aconteceu um julgamento lá na cruz e pode parecer que não, mas este julgamento
ocorreu em toda a eternidade atingindo a todos os que viveram antes e os que viveram
depois deste sacrifício. Porque hoje quem aceita é salvo, quem rejeita é condenado. Assim
todos os pecados e todos os pecadores, inclusive os que ainda vão existir, foram julgados. Ali
aconteceu o julgamento, sendo baseado na sua fé e na sua esperança.

2. Como nação que rejeitou a Cristo, Israel foi punida com a rejeição de Deus, perda do
seu reino e a dispersão milenar. Mt 21:33-46; Mt 23:37-39; Lc 21:20-24; Dt 28; Lv 26; Dt 28:25

Acompanhando a história de Israel percebemos o quanto este povo tem sofrido nestes
últimos anos. Sobre eles o sangue de Jesus cai no ano 70 d.C., e sobre os seus filhos, na 2°
Guerra Mundial.

6. UMA NOVA REVELAÇÃO DE DEUS OU MANIFESTAÇÃO DA SUA GRAÇA

Esta é, podemos dizer, a melhor de todas as dispensações: a GRAÇA. A dispensação que


vivemos atualmente. Esta nova dispensação é mais uma tentativa de Deus em nos trazer para
perto dEle. Analisamos cada uma das cinco dispensações até aqui manifestas e lamentamos
profundamente a recusa do homem em obedecer. Que nesta dispensação em que estamos
sejamos referenciais de obediência e rendição.

6ª DISPENSAÇÃO: GRAÇA

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Essa dispensação inicia-se no Calvário e segue até que a Igreja de Cristo seja por Ele
arrebatada aos céus. A dispensação da graça está manifesta em todas as páginas do Novo
Testamento. É a maior de todas as dispensações e seu fim será marcado com o arrebatamento
da Igreja.

1. A PALAVRA-CHAVE para essa dispensação é Graça.

Talvez depois de ter aprendido sobre cada uma das dispensações a pergunta-chave seria:
qual delas é a melhor? Sem dúvida nós estamos vivendo a melhor de todas as dispensações
da história da humanidade.

Chamamos esta dispensação de Graça ou Igreja. Tal dispensação começou com a morte
e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo e terminará em plenitude com o arrebatamento
da Igreja; porém, oficialmente falando, seus efeitos continuarão até o descrito em Ap 8:1-4.

Nesta dispensação o homem está recebendo a plenitude da graça divina por meio do próprio
Cristo. Jo 1:16-17; Tt 2:11. A graça não dispensa ordenanças, pois há 1.050 mandamentos
no Novo Testamento. Mas, ao contrário da LEI, ela dá poder ao homem para cumprir esses
mandamentos. A graça exige, mas concede. Na época da Lei não havia o Espírito Santo
para dar ao homem essa graça de cumprir cada mandamento, Ele estava especificamente
sobre alguns homens, como reis, sacerdotes, profetas e juízes, mas na graça não está sobre
alguns, mas dentro de todo aquele que confessa a Cristo como Senhor e Salvador.

Os mandamentos do Novo Testamento são para nós. Os do Antigo Testamento são para
os judeus, salvo aqueles mandamentos que são ratificados, ou seja, os mencionados também
no Novo Testamento. Mateus 5:21-22 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas
qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se
encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será
réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.

O sábado é exigido no Antigo Testamento, mas não é exigido no Novo. O não matarás
é exigido no antigo e também no Novo. As leis cerimoniais, as regras de Lei, não valem para
nós, somente as que são mencionadas no Novo Testamento, porque é uma NOVA ALIANÇA,
é um NOVO PRINCÍPIO, é uma nova época, é uma nova dispensação.

2. O PROPÓSITO

Chamar para fora do mundo um povo para aceitar e seguir o nome de Jesus; At 15:14-17;
Mc 16:15-16; Ef 2:14-22

Até a dispensação da Lei Deus trabalhou com um povo, na GRAÇA Deus se volta aos
gentios.

3. A ALIANÇA

Nesta dispensação contamos também com a nova aliança no sangue de Cristo. Tal qual
Moisés foi mediador da aliança mosaica, assim Cristo é Mediador da Nova Aliança (Hb 8:6;
9:15; 12:24). Com a vinda de Cristo a velha aliança, a mosaica, terminou como Paulo afirma
em Rm 10:4; Gl 3:19.

Sabemos que a ALIANÇA é um pacto ou concerto. A Nova Aliança entre Deus e o homem
inclui também a ideia de testamento ou legado, que se torna válida após a morte do testador,
que é Cristo. Gl 3:15; Hb 9:16-20; 1Pe 1:4

O LADO DIVINO DESTA ALIANÇA:

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1. A remissão de pecados Ez 36:25 (Hoje Deus redime o homem do seu pecado, no A.T. o pecado
era coberto, hoje há remissão)

2. Um novo coração Jo 14:25; Jo 15:11; Jo 14:23; Jo 17:23; Ez 36:26; Jo 6:51-53 (No A.T.
vemos quão difícil era a mudança do coração do povo; hoje, quando uma pessoa aceita a Jesus, seu
coração é transformado)

3. A concessão do Espírito Santo Ez 36:27; Jo 14:16-17; Lc 24:49; At 2:1-4 (No A.T. o Espírito
Santo estava sobre alguns homens; hoje está dentro de todos, e temos a Sua presença em nossa vida)

O LADO HUMANO DESTA ALIANÇA:

1. A parte do homem neste pacto é somente crer e expressar esta fé confessando o


nome de Jesus a todas as nações e toda criatura. Mc 16:15-16; Lc 24:47; Mt 28:19-20

Não adianta expressar somente com as palavras, pregando o Evangelho; é preciso que
creiamos e venhamos a expressar esta fé, sobretudo, com a nossa vida.

CARACTERÍSTICAS DESTA ALIANÇA: Existem três diferentes aspectos da Revelação


de Deus na sexta Dispensação, vejamos quais são:

1. Os evangelhos foram escritos para relatar a vida de Jesus, o Emanuel, ou seja, o Deus
conosco, e o seu ministério, o que traduz o propósito de Deus revelar-se ao homem
em “forma de homem” para uma comunicação plenamente perceptível por parte do
homem decaído. A presença DEle está conosco e hoje quem nos fala é Jesus.
2. A revelação do Espírito Santo, que passou a viver nos crentes e que os dirige num
plano superior de vida: “Todos que são guiados pelo Espírito de Deus estes são filhos
de Deus.” Temos assim a presença Daquele que nos edifica, nos fortalece, nos anima,
nos ajuda, nos consola.
3. A revelação escrita, a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Por meio dela o homem
encontra a revelação perfeita da vontade de Deus, da sabedoria e do plano de Deus
para todos os séculos. Tudo o que o homem necessita saber a respeito de Deus ele
encontra na leitura atenta e piedosa da Bíblia Sagrada. Toda orientação moral que
você precisa está na Palavra de Deus, a Bíblia.

A responsabilidade então é essa: receber a Cristo pela fé e andar


no Espírito Jo 1:12; Rm 8:1-14; Ef 2:8-9

A IGREJA:

A ORIGEM DA IGREJA

1. A igreja foi escolhida por Deus já antes da fundação do mundo


Ef 1:4-5. A partir do dia de Pentecoste a Igreja assumiu uma
forma visível, teve uma organização e uma constituição. At 2:5
A igreja não foi um plano emergencial de Deus, a Igreja foi
escolhida por Deus antes da fundação do mundo.
2. A Igreja como povo Sagrado, como a própria palavra indica.
A palavra IGREJA no grego “EK-KLESIA” (Ek significa para
fora, e KLESIA significa chamado). Somos chamados para
fora! Somos tirados desse mundo, porque não somos desse
mundo, mas somos enviados para ele e vivemos como um
povo exclusivo de Deus.
3. A Igreja é como o corpo de Cristo. A Igreja não é uma
organização, não é um clube social, aonde você vai, encontra

24
amigos, brinca, procura um namorado, uma namorada. Não! A Igreja é um organismo
vivo, comparado por Paulo ao corpo humano, onde cada um tem o seu dom e o seu
ministério os quais serão exercidos, assim como funcionam os diversos membros; Ef
1:11-21; 1Co 12:12-13,27; Ef 4:11-13; Ef 5:25-27
O corpo se forma dessa maneira, na variedade, na diversidade, por isso somos Igreja
e quando nos reunimos um prega, outra canta, outro ora, outro faz o serviço de culto,
outro cuida da cantina, outro cuida da limpeza. Assim constitui-se a Igreja.
4. O aperfeiçoamento da Igreja se dá pelos vários ministérios e os dons do Espírito, e as
operações de Deus nas nossas vidas. 1Co 12:4-11; Ef 4:11-13; Ef 5:25-27
5. A Igreja como Noiva de Cristo. No Novo Testamento vemos a Igreja como Noiva de
Cristo Ef 5:25-27. Por enquanto ela é qual virgem, casta, desposada 2Co 11:2. Como
o primeiro Adão recebeu a sua esposa Gn 2:18,21-24, Jesus também receberá a sua
esposa a Igreja.

A MISSÃO DA IGREJA: em síntese compreendemos que a missão da Igreja é TRÍPLICE:

1. Em suas inter-relações, ou seja, em COMUNHÃO At 2:42; 1Co 10:16; 1 Jo 1:7; 1Co


1:21; Rm 1:16
É a primeira, porque não adianta realizarmos as demais sem termos COMUNHÃO!
Respeito, amor, interesse uns pelos outros. Esse é um dos desafios, é uma das
missões da Igreja.
2. Em suas relações com Deus, ou seja, na ADORAÇÃO. A adoração deve envolver
louvor, santificação e contribuição.
Por que a COMUNHÃO vem primeiro? Porque pra Deus de nada adianta você cantar
e ofertar se não estiver em comunhão com seu irmão. Se você não ama a seu irmão
não adianta ir à Igreja para adorar porque sua adoração não chegará diante de Deus.
Você vai cantar, mas a adoração não vai existir.
3. Em suas relações com o mundo, ou seja, EVANGELIZAÇÃO Mc 16:15
Qualquer coisa que pensarmos estará envolvida nestas três coisas: comunhão,
adoração e evangelização!

O FUTURO DA IGREJA: a Igreja que compreendeu sua tríplice missão será arrebatada
nas nuvens dos céus.

a) Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 1Ts 4:16


b) Os vivos serão arrebatados 1 Ts 4:17; 1Co 15:51-52

6. UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA À DECLARADA REVELAÇÃO DIVINA:

Esta testificação de desobediência está diante dos nossos olhos. Estamos vivendo em
meio a uma geração má e perversa que tem se distanciado de Deus a passos largos. Mt
24:12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.

Uma geração que tem fracassado rejeitando a Cristo Jo 5:39,40; 2Tm 3:1-7

7. UM ATO DE JULGAMENTO COLETIVO DA PARTE DE DEUS

A grande tribulação; Mt 24:21; Ap 6:15-17

8. UMA NOVA REVELAÇÃO DE DEUS OU MANIFESTAÇÃO DA SUA GRAÇA

O milênio!

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7ª DISPENSAÇÃO: MILÊNIO

Esta dispensação inicia-se após o JULGAMENTO DAS NAÇÕES, determinando um


período de exatos 1.000 anos, de onde deriva-se o nome MILÊNIO. Período que vai da
Segunda Vinda de Cristo (na primeira Ele vem para buscar a Igreja) até o Julgamento do
Grande Trono Branco. O plano redentor de Deus com os homens findará. O que começou no
jardim do Éden se findará nesta dispensação. As revelações acerca desse período estão no
livro de Apocalipse e de alguns profetas.

Iniciamos o estudo da última das DISPENSAÇÕES, o MILÊNIO. Aqui temos o entendimento


de que após o ARREBATAMENTO DA IGREJA a terra terá passado por várias catástrofes, os
quais foram o resultado da abertura dos SETE SELOS, da vinda dos QUATRO CAVALEIROS
DO APOCALIPSE, do soar das SETE TROMBETAS e, por fim, e ainda mais avassalador,
do derramar das SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS. Antes da DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO é
introduzida a narrativa bíblica da BATALHA DO ARMAGEDOM, na qual o SENHOR JESUS
vencerá e estreará o LAGO DE FOGO lançando primeiramente o Anticristo e o Falso Profeta,
e, em seguida, os bodes que foram julgados no JULGAMENTO DAS NAÇÕES. Os bodes
são todos aqueles que receberam o sinal da besta na Grande Tribulação e que se opuseram
a Israel, a cercando para destruí-la. Após este feito o SENHOR JESUS, prenderá satanás
e os seus demônios no poço do abismo por mil anos, assim se iniciará o GOVERNO DE
CRISTO sobre a Terra, o qual durará mil anos, e a este período chamamos MILÊNIO. Nesta
dispensação findará o plano redentor de Deus com os homens.

Cada um desses acontecimentos citados acima são debulhados ao longo deste compilado.

No MILÊNIO só entrarão aqueles que não receberam o sinal da besta, os quais estão
incluídos em cinco específicos grupos:

a) Os cristãos;
b) Os mulçumanos;
c) Os judeus;
d) Aqueles que politicamente não irão aceitar o governo do anticristo;
e) E por fim aqueles que a logística do governo do anticristo não alcançou a tempo de
receberem a marca da besta.

Esta informação nos faz entender que haverá então dois tipos de pessoas que entrarão
no MILÊNIO: os salvos e os nãos salvos.

Lembrando que todas as dispensações tem uma PALAVRA-CHAVE, tem os seus


PROPÓSITOS, como uma ALIANÇA ESPECÍFICA, seguido por um ATO DE DESOBEDIÊNCIA
À DECLARADA REVELAÇÃO DIVINA que é seguido por um ATO DE JULGAMENTO

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COLETIVO DA PARTE DE DEUS, e finalizando com uma NOVA REVELAÇÃO DE DEUS OU
MANIFESTAÇÃO DA SUA GRAÇA.

1. PALAVRA-CHAVE: A palavra MILÊNIO define a dispensação, mas as palavras-


chaves são: REI e GOVERNO DIVINO. Esta dispensação é também chamada de “a
dispensação do governo divino”, porque Jesus vai assumir o trono que a Ele pertence
e sobre a Terra e sobre os homens Ele reinará implantando o seu GOVERNO DIVINO.
Deus estabelecerá seu governo teocrático na Terra.

2. PROPÓSITO: São sete os propósitos existentes nesta dispensação. Vamos a eles:

1. Consumar todas as alianças feitas com o homem no decorrer dos séculos: em


cada dispensação Deus faz uma aliança e cumpre a sua parte. O homem todavia
falha e por isso vem o juízo de Deus; então Deus traz uma nova dispensação,
fazendo um novo pacto, uma Nova Aliança, e o homem mais uma vez a quebra. No
MILÊNIO Ele vai consumar e concretizar todas as alianças feitas com o homem de
maneira plena. Esta dispensação terá, de acordo com a própria Escritura, a duração
de 1.000 anos Ef 1:9-10; Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu
beneplácito, que propusera em si mesmo, De tornar a congregar em Cristo todas as
coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como
as que estão na terra; Ap 10:7; Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar
a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus
servos. Ap 11:15 E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes
vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará para todo o sempre. Ap 20:1-6.
2. É a dispensação da plenitude dos tempos: para ela convergem todos os tempos,
alianças e profecias da Bíblia que, no decorrer dos séculos, foram vaticinadas pelos
profetas, pelos apóstolos e pelo próprio Senhor.
3. Estabelecer a Justiça e a paz na Terra: desde que o homem pecou no Éden nunca
mais deixou de haver conflitos e guerras na Terra. No MILÊNIO a paz e a justiça
serão estabelecidas, não haverá guerras nessa dispensação.
4. Exaltar a soberania universal de Cristo: Cristo que foi rejeitado pelos judeus e por
outros povos na Terra, visto que só a Igreja O aceitou como Senhor e Salvador, será
aceito como Rei e Soberano nesse período pelo mundo inteiro, o que significa que
nem todos O receberão como Salvador, mesmo vendo-O, e presenciando todo o seu
governo de paz sobre a terra.
5. Restaurar a posição de Israel como cabeça das nações: quando Deus chamou
Abraão lhe foi dito que Israel seria a cabeça das nações e isso vai acontecer no
MILÊNIO.
6. Exaltar os santos de todos os tempos: nós vamos estar nesse período com Jesus,
não aqui na Terra, mas estaremos sendo exaltados por Ele.
7. Subjugar todos os inimigos do Senhor: o anticristo e o falso profeta estarão no
LAGO DE FOGO, o Diabo e os seus anjos estarão presos. E nesse período se
alguém se levantar contra o governo de Jesus será imediatamente destruído. Por
isso não haverá guerras.

Essa dispensação é chamada por Jesus de REGENERAÇÃO Mt 19:28 E Jesus disse-


lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do
homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para
julgar as doze tribos de Israel. E por Pedro, de tempo da restauração. At 3:20-21 E envie ele
a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. O qual convém que o céu contenha até aos
tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos

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profetas, desde o princípio.

3. ALIANÇA ESPECÍFICA: em todas as DISPENSAÇÕES ocorrem alianças e no


MILÊNIO não será diferente. O interessante é que nesta dispensação todas as alianças
se encontram, se cumprem. A aliança de Deus será com todos os homens, todas as
nações, raças, tribos e línguas. Todos estarão sendo governados pelo próprio Cristo.

1. Aliança Edênica no Milênio: a aliança que Deus fez com a Adão é feita com
Cristo; Ele recebe a autoridade e o domínio sobre toda a Terra. Com o pecado de
Adão ele e toda a raça humana perderam esse domínio, mas Cristo receberá todo
essa autoridade. Rm 8:19-23 Porque a ardente expectação da criatura espera a
manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por
sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a
mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória
dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com
dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias
do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a
redenção do nosso corpo. Ap 5:13 E ouvi a toda a criatura que está no céu, e na
terra, e debaixo da terra, e que estão no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer:
Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças,
e honra, e glória, e poder para todo o sempre.
2. Aliança de Adão no Milênio: a aliança feita após o pecado é de que o Redentor
esmagaria a cabeça da serpente, e no Milênio o primeiro acontecimento é a expulsão
de Satanás dos lugares celestes, sendo removido também da Terra e preso no
grande abismo. No Milênio Satanás não terá ação ou influência alguma. Ap 20:1-
3 E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia
na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e
amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre
ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois
importa que seja solto por um pouco de tempo.
3. Aliança de Noé no Milênio: o arco-íris da aliança que Deus fez com Noé estará por
cima do trono no tempo do juízo para que Ele não se esqueça da sua promessa de
não ferir todos os seres vivos. Gn 9:13-15 O meu arco tenho posto nas nuvens; este
será por sinal da aliança entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer
nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens. Então me lembrarei da minha
aliança, que está entre mim e vós, e entre toda a alma vivente de toda a carne; e as
águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne. Ap 4:3 E o que
estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco
celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda.
4. Aliança de Davi no Milênio: o estabelecimento do governo será perpetuado e
estendido, e o pacto com Davi completamente realizado pelo governo do Deus-
homem, o filho de Davi, e seus santos Lc 1:32-33 Este será grande, e será chamado
filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará
eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Dn 2:45 Da maneira que
viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o
ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de
ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação. Dn 7:13-14 Eu estava
olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o
filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe
dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o
servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal,
que não será destruído. Ap 5:10 E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes;
e reinaremos sobre a terra. Ap 11:15 E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve

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no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso
Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. Ap 12:5 E deu à luz um
filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi
arrebatado para Deus e para o seu trono. Ap 20:4-6 E vi tronos; e assentaram-se
sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram
degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram
a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas
mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não
reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-
aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não
tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão
com ele mil anos.
Pela primeira vez a terra estará sendo governada perfeitamente em justiça absoluta
sendo usada para com os pecadores. Is 11:1-5 Porque brotará um rebento do tronco
de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito
do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de
fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. E deleitar-se-á no temor
do Senhor; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo
o ouvir dos seus ouvidos. Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com
equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o
sopro dos seus lábios matará ao ímpio, E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a
fidelidade o cinto dos seus rins. Sl 2:9 Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu
os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Ec 8:11 Porquanto não se executa logo
o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente
disposto para fazer o mal.
5. Aliança de Abraão no Milênio: como nunca antes, os Judeus serão uma benção
para todas as famílias da Terra. Gn 22:18 E em tua descendência serão benditas
todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz. Zc 8:23 Assim diz o
Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as
línguas das nações, pegarão, sim, na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos
convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco. Is 66;19 E porei entre
eles um sinal, e os que deles escaparem enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude,
flecheiros, a Tubal e Javã, até às ilhas de mais longe, que não ouviram a minha
fama, nem viram a minha glória; e anunciarão a minha glória entre os gentios.
Também herdará o povo judaico todo o território do Nilo até o Eufrates e de um ao
outro, como foi prometido a Abraão, e o possuirá como possessão eterna. Gn 17:18;
Ez 37:25-28.
6. Aliança Mosaica no Milênio: esta aliança terminou na cruz do calvário, mas é
interessante notar que além de serem incluídos todos os seus princípios morais na
Nova Aliança, o próprio rito do culto no templo e o sistema de festas serão adotados
outra vez no culto do milênio. No período que ocorria no Antigo Testamento seria
para mostrar o que viria, e agora, no MILÊNIO, será para lembrar o que de fato
ocorreu.
7. Nova Aliança: o derramamento do Espírito Santo terá o seu pleno cumprimento na
vida daqueles que se disporem não só a serem súditos do Rei Jesus, mas também
a entregarem a Ele seu coração e vida. Estes receberão esta aliança e com ela a
purificação do pecado, um novo coração e a presença de Deus, gozando de todas
estas bem-aventuranças. Doenças e enfermidades serão banidas da Palestina. Is
33:24; Is 35:5-6.
A Responsabilidade de todos os homens é obedecer e adorar a Cristo Is 11:3-5; Zc
14:9,16

29
Vamos compreender um pouco sobre esse GOVERNO MILENAR:

1. A FORMA DO GOVERNO: teocrático, ou seja, governo pessoal de Deus. O próprio


Jesus comandará.

2. A CAPITAL DO GOVERNO: Jerusalém restaurada será o centro do governo mundial


de Cristo Is 2: 2-4. E haverá uma nova distribuição na Terra, as tribos de Israel serão dispostas
na Terra de uma maneira diferente.

Em Ez 47:1-12 e Zc 14:8 é descrito um rio que nasce debaixo do templo e corre em


direção ao oriente, desaguando no Mar Morto. O canal deste rio surgirá como consequência
de um terremoto que ocorrerá na hora em que Jesus descer sobre o Monte das Oliveiras Zc
14:4, dividindo-o em duas partes, uma movendo-se para o norte e a outra para o sul.

3. O TEMPLO: um novo Templo será construído e nele haverá os 5 sacrifícios. Estes


sacrifícios devem ser considerados sob o ponto de vista retrospectivo, olhando para traz. Seu
valor consiste em apontar a pessoa de Jesus Cristo e seu sacrifício por nós.

A PÁSCOA – Ex 45:21 Também será lembrada nessa dispensação.

TABERNÁCULOS – Ez 45:25; Zc 14:16 Israel e todas as nações guardarão esta festa


em memória da libertação do Egito e do tempo da preservação no deserto.

CERTAS DIFERENÇAS – em Levítico o ano findou-se com a expectativa de expiação


futura; aqui em Ezequiel 45:18 o ano começa com um memorial de uma expiação perfeita de
Cristo.

CONDIÇÕES ESPIRITUAIS NO MILÊNIO:

1. O MILÊNIO ocorrerá na terra Ap 5:10; Ap 11:5; Ap 20:4b; e Is 65:21


2. O MILÊNIO será um reino proeminentemente judaico; será Deus com os judeus e os
gentios que restarem do julgamento das nações Is 11:10-12; 2Sm 7:13-16; Lc 1:32-33
3. Os judeus possuirão toda a terra prometida Gn 15:18; Gn 17:8
4. Israel será uma benção para o mundo Is 27:6
5. Jerusalém será a sede do governo mundial Is 2:3; Is 60:3; Is 66:20; Zc 8:3,22; Jr 3:17

6. O templo Milenial estará reconstruído por Cristo Zc 6:12,13,15


7. A cidade de Jerusalém celeste descerá e pairará nas alturas sobre a Jerusalém terrestre
Is 2:2; Mq 4:1
Segundo os cálculos matemáticos de Ap 21 que um comentarista bíblico chamado
Antonio Trajano fez, a dimensão da Nova Jerusalém seria de 10.941.048.000 km².
8. A igreja estará glorificada com Cristo como povo especial na Jerusalém celeste Jo
14:3; Cl 3:4; 1Pe 5:1; Rm 8:17,18,30.

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9. Os crentes terão o corpo como o de Cristo, ressurreto, e virão a terra sempre que
quiserem Fp 3:21; Jo 20:19,26; Lc 24:15,31
10. O conhecimento de Deus será universal Is 11:9; Jr 31:34; Hb 2:14
11. O pecado, a impiedade, a incredulidade e a rebelião não serão tolerados nem de leve,
como na dispensação da Graça. Sl 2:10-12; Is 60:12
12. Prevalecerá, afinal, pela autoridade e presença de Cristo, a paz e a justiça entre as
nações. Mq 4:3; Is 11:5; Is 32:17-18
13. Haverá um pleno derramamento do Espírito Santo Is 32:15; Is 28:32; Ez 36:27; Ez
39:29; Zc 12:10
14. Haverá abundância de saúde para todos Is 33:24; Is 35:5,6 e abundância de víveres,
de gêneros, de produtos comestíveis Jr 31:12; Is 30:23; Is 35:1; Zc 8:12. Não haverá
pobreza, não haverá desemprego, não haverá fome, será um governo perfeito, um
período maravilhoso na história da humanidade.
15. Haverá fertilidade maravilhosa do solo Is 35:1,2; Am 9:13,14
16. Haverá prosperidade geral para todos Is 65:21-22
17. Os óbitos serão reduzidos Is 65:20

4. UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA À DECLARADA REVELAÇÃO DIVINA

Haverá por fim o fracasso do homem em se submeter ao Reino de Cristo e uma rebelião
final Ap 20:7-9

Aqui nesta dispensação do governo divino veremos o mesmo cenário do Éden, o homem
sendo tentado por satanás e caindo no pecado. Ap 20:7-9

Satanás será solto por um pouco de tempo e logo achará muitos que o seguirão, mas
felizmente esta rebelião durará pouco, pois fogo sobrenatural cairá dos céus sobre os rebeldes.
Deus usa o MILÊNIO para revelar a grande maldade e malignidade do coração do homem.
Hoje quando pregamos o evangelho e falamos de Jesus algumas pessoas sempre têm uma
desculpa para não servi-lo. Porém mesmo sem a influência de Satanás nesses mil anos muito
se rebelarão contra Jesus.

5. UM ATO DE JULGAMENTO COLETIVO DA PARTE DE DEUS

Nessa dispensação o juízo será definitivo, o ultimo da história da humanidade. Não só os


homens desobedientes serão destruídos, mas o próprio Satanás será de uma vez por todas
com os seus demônios julgados e lançados no Lago de Fogo Ap 20:11-15

Satanás então será atormentado pelos séculos dos séculos Ap 20:10

O mundo será renovado com fogo enquanto os inimigos aparecem perante o GRANDE
TRONO BRANCO para serem julgados Ap 20:11-13,15

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Este juízo será em conexão com a Segunda ressurreição Ap 20:5

Os justos das primeiras seis dispensações foram julgados no TRIBUNAL DE CRISTO no


princípio da GRANDE TRIBULAÇÃO 2 Co 5:10; 1Co 3:10-15

Os justos que se converteram durante o MILÊNIO poderão ser julgados e galardoados


neste juízo do GRANDE TRONO BRANCO.

O LANÇAMENTO DO INFERNO E DA MORTE NO LAGO DE FOGO. A justiça do Senhor


levará para onde padece a besta e o falso profeta a morte e o inferno, que serão atormentados
para sempre Ap 20:14

6. UMA NOVA REVELAÇÃO DE DEUS OU MANIFESTAÇÃO DA SUA GRAÇA

Aqui se cumprirá a consumação dos séculos e de todas as dispensações, convergindo


para toda uma ETERNIDADE, onde o homem nunca mais será excluído da presença de Deus
e estará com ELE por todo o sempre.

Na eternidade com Deus, estarão os anjos bons e os remidos pelo Sangue de Jesus.

Na eternidade sem Deus, estarão a besta e o falso profeta, o diabo, os anjos caídos, a
morte e o inferno e todos os que foram condenados pelas suas obras no JULGAMENTO DO
GRANDE TRONO BRANCO.

Aproveite o que aprendeu e firme a cada dia os seus passos na presença do Senhor.

MARANATA! ORA VEM SENHOR JESUS!

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