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P. 149 – Conceito de ESTADO MODERNO.

O ESTADO MODERNO ou estado-nação é um modo de organização de poder que surgiu no


continente europeu como forma de superação do regime feudal. Do continente europeu o estado
moderno se difundiu para outros continentes com diversas configurações ao longo dos séculos.
Ainda que tenha tido diferentes formas pode-se dizer que o estado moderno possuí cinco
características básicas que o identificam:

Povo: conjunto de habitantes do Estado (Nacionais e estrangeiros) e também os indivíduos que


possuem língua, costumes e história comuns.

Território: são os limites físicos do estado, isso inclui o espaço aéreo e o mar territorial, contudo
nem todos os estados possuem mar territorial.

Governo: a esfera máxima da função executiva de um estado (no caso do Brasil o presidente), um
estado pode ter diferentes níveis de governo (no Brasil temos a União, os estados federados [Ceará,
Bahia...] e os municípios [Fortaleza, Caucaia, Crato...]) e também pode ser classificado quanto ao
grau de liberdade e participação dos cidadãos como democrático ou ditatorial.

Finalidade: são os propósitos que justificam a existência do estado. No caso do Brasil a finalidade
está listada no artigo 3º da constituição federal de 1988: “I - construir uma sociedade livre, justa e
solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.

Soberania: Direito exclusivo do estado de estabelecer as normas que regrarão a vida coletiva tanto
no interior do estado como na sua relação com outros estados. Esse direito não pode ser
influenciado por interesses particulares internos ou por interesses ou necessidades de outros estados.

Tipos de Estado

Estado Absolutista
Fundamentação filosófica: Thomas Hobbes.

Principais obras: O leviatã (Thomas Hobbes)

- Thomas Hobbes (1588 – 1679) foi um filósofo inglês contratualista, é considerado como principal
teórico do absolutismo político, no entanto ele não baseia o poder absoluto do soberano sobre a
religião (direito divino dos reis), mas em fundamentos racionais que visam alcançar fins práticos: a
paz do reino e a segurança dos cidadãos.

- O objetivo inicial de Hobbes é definir a origem e função do estado, para tanto ele formula a
hipótese ficcional de “estado de natureza”. O estado de natureza seria a condição em que os seres
humanos viviam antes da criação do Estado e do estabelecimento da sociedade civil com suas leis e
obrigações. No estado de natureza os seres humanos são absolutamente livres e buscam realizar
totalmente suas vontades, nessa situação todos os seres humanos são iguais, ou seja, não existe uma
hierarquia.
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- Para Hobbes o resultado desta igualdade e liberdade é o conflito permanente entre todos os seres
humanos, pois sendo iguais os seres humanos podem querer as mesmas coisa e se não puderem
dividi-las entraram em conflito entre si e usarão todos os meios possíveis para alcançar o que
desejam podendo até mesmo matar uns aos outros. Segundo Hobbes em “estado de natureza” um
dos dois principais impulsos que governa os seres humanos é um desejo constante que não tem fim
e a vontade de dominar os outros.

- Hobbes chama esse conflito permanente de “guerra de todos contra todos”. Para descrever forma
como os seres humanos conviviam entre si, no estado de natureza, Hobbes usa uma citação do
antigo teatrólogo romano Plauto: “o homem é o lobo do homem” que significa dizer que no estado
de natureza os homens são seus próprios predadores.

- Segundo Hobbes o segundo impulso que governa os seres humanos no “estado de natureza” é o
medo da morte violenta que leva os homens a proteger sua vida. O “estado de natureza” onde se
desenvolve a “guerra de todos contra todos” representa uma constante ameaça a vida humana e
devido ao medo da morte os seres humanos buscam uma saída desse estado visando preservar suas
próprias vidas.

- A saída do estado de natureza é a criação do Estado e da sociedade civil. Para tanto se estabelece
um contrato social entre todos os homens onde a maioria deles abre mão de sua liberdade de
maneira absoluta e a confere a um único indivíduo que agora é superior a todos os demais, se
estabelece uma hierarquia, tal indivíduo é o soberano que se encarregará de estabelecer a paz e a
segurança entre os homens que agora são seus súditos.

- Os seres humanos que interagem entre si através do “contrato social” agora se constituem como
um povo. O soberano no entanto, não está submetido ao contrato, encontra-se acima desse. É o
soberano que determina o que é justo e injusto e não pode ser julgado pelos seus súditos, pois do
contrário não será soberano. Apenas de posse do poder absoluto pelo soberano pode garantir a paz,
pois se existisse uma autoridade que lhe fosse igual surgiria um conflito. Não existe uma divisão
dos poderes no pensamento de Hobbes, o soberano concentra, e deve concentrar para evitar
conflitos, o poder econômico, político, militar, legislativo e até mesmo religioso. De fato a única
obrigação do soberano é garantir a paz e a segurança.

Estado liberal
Fundamentação filosófica: John Locke.

Principais obras: Dois tratados sobre o governo (John Locke)

John Locke (1632 – 1704) foi um filósofo inglês contratualista, ele é considerado o pai no
liberalismo político é um dos fundadores da noção de direitos humanos, era proponente da liberdade
religiosa e da separação entre o estado e a religião (laicismo).

- Locke assim como Hobbes afirma existência de um estado de natureza que teria antecedido a
existência do estado e da sociedade civil, no entanto para Locke a igualdade e liberdade do estado
de natureza não leva necessariamente a um conflito entre os seres humanos. Locke propõe que os
seres humanos possuem certos direitos que lhe são naturais, um dos direitos naturais dos seres
humanos era o direito à propriedade privada: cada um tem total direito sobre si mesmo e sobre os
frutos do seu trabalho.
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- Segundo Locke ainda que o estado de natureza não seja um estado permanente de conflitos as
paixões humanas levam os seres humanos a infringir o direito natural de propriedade uns dos outros
levando os homens a imperfeição. Para escapar dessa imperfeição os seres humanos criam o Estado
e estabelecem a sociedade civil. Assim o estado é criado para proteger os direitos naturais.

- Os seres humanos através do contrato social oferecem sua confiança ao governante para que esse
defenda sua liberdade e seus direitos, dentre eles o direito a propriedade. Aqui encontra-se o
fundamento do liberalismo: o Estado tem como obrigação garantir a segurança e a propriedade dos
indivíduos.

- A partir de sua concepção de direitos humanos (direito natural) Locke afirma a preponderância do
indivíduo sobre a sociedade (individualismo). O indivíduo não deveria nada a sociedade é ela que
lhe deve tudo. Devido a isso o governo não deve dirigir a vida privada dos indivíduos
principalmente no que diz respeito as questões religiosas. Assim a liberdade religiosa deve ser a
regra na sociedade o que estabelece uma separação entre o estado e a religião (laicismo).

Estado “Comunista”
Fundamentação filosófica: O pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels interpretado por
Lenin.

Principais obras: O capital (Karl Marx e Friedrich Engels)

- Karl Marx (1818 – 1883) foi um filósofo, sociólogo, economista, historiador e revolucionário
socialista judeu-alemão, foi um dos analistas e críticos do sistema econômico capitalista e
desenvolvedor da teoria socialista. Friedrich Engels (1820 – 1895) foi um filósofo, sociólogo,
economista e revolucionário socialista alemão que, com Marx, fez a crítica do sistema capitalista e
desenvolveu a teoria socialista. Lenin, cujo verdadeiro nome era Vladimir Ilyich Ulyanov, foi um
politico, teorizador da política, revolucionário russo e posteriormente líder da Rússia e da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas.

- Para entender a posição de Marx e Engels sobre o estado é necessário primeiro entender a noção
de classe social e sua relação com os meios de produção que consistem naquilo que é necessário
para produção dos produtos e serviços necessários a vida. Segundo Marx a sociedade encontra-se
dividida basicamente em duas classes conforme sua relação com os meios de produção. Os
proprietários dos meios de produção que forma a classe chamada burguesia e outra que não tem
outra propriedade além de sua força de trabalho, o proletariado. Essas classes sociais são
necessariamente antagônicas e a história da sociedade resulta do conflito entre elas, chamado de
Luta de classes.

- Se para os contratualistas o Estado é resultado de um acordo coletivo e tem por objetivo atender as
necessidades coletivas para Marx e Engels o Estado não representa toda a sociedade, mas apenas
uma parte dela, representa uma determinada classe social na atualidade essa classe é a burguesia.
Para Marx e Engels o estado se origina da necessidade de uma classe social manter seu domínio
econômico a partir de um domínio político sobre outras classes. A função do Estado na teoria
marxiana estaria em defender os interesses das classes dominantes por meio de seus instrumentos de
regulação: sistema jurídico, a polícia e o exército.
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- Para superar a exploração e dominação da burguesia o proletariado deve derrubar o governo


burguês através da revolução proletária. Após a revolução o proletariado deve organizar um estado
provisório que tem basicamente três objetivos: coletivizar e redistribuir os meios de produção,
reordenar a sociedade para uma forma de vida socialista, ou seja, uma sociedade sem classes e
proteger a revolução do contra-ataque do regime burguês que foi derrubado. Após ter cumprido
essas tarefas os proletariados devem desmontar o estado e governar a si mesmos sem a necessidade
de intermediários. Assim para Marx e Engels o estado socialista é uma instituição temporária que
deve ser removida tão logo cumpra seu propósito.

- A interpretação do pensamento de Marx e Engels por Lenin é chamada de Leninismo ou


marxismo-leninismo. Ela se tornou a politica oficial da Rússia e posteriormente da União soviética.
Para Lenin as condições materiais de seu tempo não permitiam que a sociedade se convertesse
totalmente ao comunismo, ela poderia ser no máximo socialista e para alcançar o verdadeiro
comunismo haveria a necessidade um estágio de transição para qual seria necessário a existência de
um estado que implantasse uma economia estatal, centralizada e planificada. Todos os trabalhadores
deveriam ser trabalhadores estatais e todos eles deveriam participar do partido comunista que seria
liderado por uma frente de lideres marxistas esclarecidos.

Estado Nazifascista
Fundamentação filosófica: Benito Mussolini, Adolf Hitler

Principais obras: Minha luta (Adolf Hitler), A doutrina do fascismo (Benito Mussolini / Giovanni
Gentile)

- Benito Mussolini (1883 – 19450) foi um professor, jornalista e político italiano, líder fundador do
Partido Fascista Nacional. Posteriormente, através de um golpe de estado, se tornaria 1º ministro da
Itália, foi também o Duce (líder) do movimento fascista italiano do seu surgimento, em 1919, até
sua execução em 1945. Enquanto ditador e criador do movimento fascista serviu de inspiração para
vários governantes totalitários como Adolf Hitler (Alemanha), Francisco Franco (Espanha) e
Antônio de Oliveira Salazar (Portugal).

- Adolf Hitler (1889 – 1945) foi um artista frustrado, político alemão e líder do Partido Nazista
(oficialmente chamado de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães). Subiu ao poder
na Alemanha em 1933 ocupando o cargo de Chanceler alemão e posteriormente tomou de vez o
poder através de um golpe em 1934 se autodeclarando Führer (líder, chefe, guia). Enquanto ditador
da Alemanha deu início a 2º guerra mundial ao invadir a Polônia. Foi um dos principais
responsáveis pelo genocídio de 6 milhões de judeus e milhões de outras vítimas (Ciganos,
comunistas, pessoas com necessidades especiais, homossexuais, adversários políticos e religiosos)
nos campos de extermínio, esse evento é conhecido como Holocausto, mas por razões religiosas
pertinentes a religião judaica o termo correto para se referir a esse acontecimento é Catástrofe
(Shoah, em hebraico).

- Os estados fascistas e nazistas são bastante semelhantes o que permite designar ambos pelo nome
comum de Estado Nazifascista. Essa forma de estado, assim como o Estado “Comunista” é uma
negação do Estado Liberal. Eles tem em comum o antiliberalismo, anticomunismo e o
anticonservadorismo. Tem como objetivos a criação de ditaduras nacionalistas para regular a
estrutura econômica (estado intervencionista e economia mista) e para transformar as relações
sociais dentre de uma cultura moderna e autodeterminada assim como também converter suas
nações em impérios. Do ponto de vista cultural compartilham uma politica estética do simbolismo
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romântico, mobilização em massa da população, uma visão positiva da violência e uma promoção
da masculinidade, juventude e de uma liderança carismática e autoritária.

- Em seus aspectos individuais o fascismo foi um movimento político surgido na Itália em torno de
1920 liderado por Benito Mussolini. Tem como principal característica o nacionalismo que tem por
objetivo restaurar a antiga glória do império romano o que indica tendências expansionistas e
imperialistas. Nessa doutrina o Estado é constituído de um único partido e todos os cidadãos
considerados etnicamente italianos são considerados como membros do partido. Essa instituição é
hierarquicamente organizada e única criadora do direito e da moral, seus poderes são ilimitados.
Qualquer oposição ao estado é proibida por lei. Segundo o fascismo italiano a nação é uma unidade
moral, política e econômica que se corporificava no Estado.

- Em seus aspectos individuais o nazismo foi um movimento político surgido na Alemanha em 1920
fundamentado numa ideologia racista exposta por Adolf Hitler em seu livro Mein Kampf (Minha
luta). O nome nazismo deriva o termo nacional-socialismo que também se refere a ideologia do
movimento. O nazismo se caracteriza pelo ultranacionalismo, e a crença na superioridade dos povos
europeus do norte, a chamada Raça ariana, sobre todos as demais povos.

Estado de bem-estar social


Fundamentação filosófica: John Maynard Keynes

Principal obra: Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (John Maynard Keynes)

- John Maynard Keynes (1843 – 1946) foi um economista britânico que revolucionou a economia
de seu tempo opondo-se aos economistas da escola neoclássica. Ele criou o conceito de pleno
emprego. Vários países do continente europeu adotaram suas ideias para reestruturar suas
economias que foram arrasadas pela 2º guerra mundial.

- O estado de bem-estar social (EBES), também conhecido como welfare state, é uma forma de
Estado liberal que surgiu em resposta tanto as crises liberalismo, quanto ao comunismo e ao
nazifascismo. Ele propunha uma solução que estabilizava as crises do estado liberal e continha o
avanço das ideias comunistas em meio a classe trabalhadora sem recorrer ao autoritarismo
nazifascista.

- O estado de bem-estar social, segundo Keynes deveria contrariar o princípio fundamental do


liberalismo: a não-interferência do estado na economia. De acordo com Keynes o estado deveria
interferir na economia para garantir emprego para todos (pleno emprego), estimular a produção e o
consumo de mercadorias, mediar as relações entre patrões e empregados e ampliar a política de
assistência (aposentadoria, pensão, seguro-desemprego).

- Para o estado de bem-estar social era dever do estado garantir a seus cidadãos os direitos sociais
básicos: saúde, educação, trabalho, salário, transporte e previdência social. A base do EBES era a
política de pleno emprego, segundo essa o estado deveria incentivar políticas de geração de
emprego com o objetivo de criar uma união entre os membros da sociedade que garantisse a
estabilidade, a coesão social e a democracia.

- Em termos políticos o estado de bem-estar social foi a resposta das economias capitalistas para
criar uma sociedade menos vulnerável as crises da economia liberal capitalista e menos suscetível
aos ideais do socialismo que passaram a crescer após a 2º guerra mundial. Seus adeptos afirmavam
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que um Estado que atendesse as reivindicações da classe trabalhadora produziria trabalhadores mais
dedicados a produção. Desse forma podemos observar que EBES é o resultado de um acordo entre
as diferentes classes sociais e os partidos políticos para a manutenção da democracia.

Estado neoliberal
Fundamentação filosófica: Friedrich Hayek, Milton Friedman

Principal obra: O caminho da servidão (Friedrich Hayek), Capitalismo e liberdade (Milton


Friedman)

- Friedrich Hayek (1899 – 1992) foi um economista e filósofo austríaco que defendeu o liberalismo
clássico, foi ganhador do prêmio Nobel de economia e contribui para o renascimento do liberalismo
como força política relevante após a 2º guerra mundial.

- Milton Friedman (1912 – 2006) foi um economista e estatístico estadunidense que combateu a
teoria econômica de Keynes por achá-la ingênua. Foi ganhador do prêmio Nobel de economia
devido a sua análise do consumo.

- Na década de 1980 tanto os E.U.A. como a Inglaterra realizaram grandes modificações em suas
economias. Essas modificações foram feitas porque o estado de bem-estar social, supostamente, não
teria sido capaz de reduzir a pobreza e redistribuir a renda como havia prometido e que as melhorias
alcançadas em seu tempo deviam-se a produção de riqueza dos países e não devido a politica e
economia do EBES.

- Margaret Thatcher foi a responsável pela implantação do estado neoliberal na Inglaterra. Durante
seu período como primeira-ministra da Inglaterra ela desregulamentou a economia, reduziu os
gastos públicos com educação, moradia e previdência social, privatizou empresas estatais e
flexibilizou as leis trabalhistas. Além disso seu combate aos movimentos sociais e ao sindicalismo
lhe renderam o apelido de “Dama de ferro” (Iron Maiden, um aparelho de tortura).

- Ronald Reagan foi responsável pela implantação do estado neoliberal nos Estados Unidos da
América. Durante seu período com presidente ele defendeu a menor intervenção do estado na
economia, reduziu impostos (cortando verbas para educação, saúde e outras despesas públicas). Os
valores da administração de Reagan foram o livre mercado (o preço das mercadorias e serviços é
determinado pelos vendedores e compradores através da lei da oferta e da demanda) e a livre
iniciativa (não interferência do estado na economia) e o estabelecimento do consumo e da riqueza
com objetivos da vida.

- Os pensadores neoliberais afirmam que somente a liberdade econômica pode produzir indivíduos
e sociedades livres, portanto apenas através da separação entre a economia e a política seria possível
alcançar a prosperidade e para isso seria necessário reduzir, progressivamente, a presença do estado
na economia.

- O neoliberalismo não foi apenas um movimento britânico e estadunidense, a economia neoliberal


se espalhou pelo mundo, para tanto ocorreu em 1989, em Washington, capital dos E.U.A., uma
reunião entre as principais instituições econômicas mundiais, dentre elas o Banco Mundial e o
Fundo Monetário Internacional (FMI) que passaram a “sugerir” reformas econômicas neoliberais
dos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil, para conter a dívida externa, a inflação e a
estagnação econômica. Denominadas de “Consenso de Washington” pelo economista inglês Jhon
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Williamson essas “sugestões” consistiam em privatizações de empresas públicas, flexibilização de


leis trabalhistas, aumento de investimentos estrangeiros na economia dos países em
desenvolvimento sem restrições, redução de gastos públicos através de cortes nos custos do estado
com saúde, educação e previdência social dentre outros, além de adesão a economia de mercado. A
adoção dessas medidas pelos países em desenvolvimento comprometia seriamente a independências
desses países, pois as decisões econômicas saia do controle dos representantes eleitos nesses países
e passava para a mão dos dirigentes do FMI e Banco mundial.

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