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AUTARQUIA EDUCACIONAL DE BELO JARDIM – AEB

FACULDADE DE BELO JARDIM – FBJ

SIMONE DE QUEIROZ CAMARA SILVA


SEBASTIANA JOSEFA DA SILVA CRUZ

A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO BÁSICA: INTEMPÉRIES NA


EXTESÃO DE PRÁTICAS HOSPITALARES NO CONTEXTO DO
HOMEM BELO JARDINENSE.

BELO JARDIM – PE
2021
1

SIMONE DE QUEIROZ CAMARA SILVA


SEBASTIANA JOSEFA DA SILVA CRUZ

A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO BÁSICA: INTEMPÉRIES NA


EXTESÃO DE PRÁTICAS HOSPITALARES NO CONTEXTO DO
HOMEM BELO JARDINENSE.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Faculdade de Belo Jardim - FBJ, como parte dos
requisitos para a conclusão do bacharel em
enfermagem.
Professora Orientadora Esp. Josélia Pereira de Souza
Lira

BELO JARDIM – PE
2021
2

SIMONE DE QUEIROZ CAMARA SILVA


SEBASTIANA JOSEFA DA SILVA CRUZ

A SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO BÁSICA: INTEMPÉRIES NA


EXTESÃO DE PRÁTICAS HOSPITALARES NO CONTEXTO DO
HOMEM BELO JARDINENSE.

Aprovado em: _______/_______/_______

___________________________________________________________________________
Orientadora Profª Esp. Josélia Pereira de Souza Lira – AEB/FBJ

___________________________________________________________________________
Examinadora: Profª Mestra Alexandra Waleska de Oliveira Aguiar – AEB/FBJ

___________________________________________________________________________
Examinadora: Profª Mestra Karina Albuquerque Negromonte – AEB/FBJ
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LISTA DE ABREVIATURAS

AB - Atenção Básica
AIS - Ações Integradas de Saúde AP – Atenção Primária
ATT - Acidentes por transportes terrestres
CONASP - Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária
DAB - Departamento de Atenção Básica
DAPE - Departamentos de Ações Programáticas Estratégicas
DASS - Departamento de Análise de Situação em Saúde
ESF - Estratégia Saúde da Família
INCA - Instituto Nacional do Câncer
INPS - Instituto Nacional da Previdência Social
INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
MPAS - Ministério de Previdência e Assistência Social
MS - Ministério da Saúde
PAN - Plano Ação Nacional
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PNAISH - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
POF - Pesquisa de Orçamentos
PSF - Programa Saúde da Família
SAMHPS - Sistema de Atenção Médico-Hospitalar da Previdência Social
SUDS - Sistema Único e Descentralizado de Saúde
SUS - Sistema Único de Saúde
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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2009 ...................................... 22


Tabela 2 – Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de
estabelecimento – Dez/2009 .......................................................................... 23
Tabela 3 – Recursos Humanos (Vínculos) segundo categorias selecionadas –
Dez/2009 ........................................................................................................ 24
Tabela 4 – Mortalidade proporcional (%) por faixa etária segundo grupo de causas –
CID10 2009 .................................................................................................... 25
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6
2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 7
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 7
2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 7
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 8
4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 9
4.1 Atenção Básica ............................................................................................................ 9
4.2 Sistema Único de Saúde ............................................................................................. 10
4.3 O Homem e a Saúde ................................................................................................... 12
4.3.1 Causas Externas ......................................................................................................... 14
4.3.2 Doenças do aparelho circulatório .............................................................................. 15
4.3.3 Neoplasias .................................................................................................................. 17
4.4 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem .................................... 18
5 METODOLOGIA .......................................................................................................... 21
5.1 Tipos da Pesquisa ........................................................................................................ 21
5.2 Etapas da Pesquisa ..................................................................................................... 21
5.3 Instrumento da Coleta de Dados ............................................................................... 21
6 RESULTADOS ............................................................................................................... 22
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 26
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 27
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1 INTRODUÇÃO

Hodiernamente, com o advento da era globalizada, recursos hospitalares se


tornaram bastante disponíveis, em comparação com séculos anteriores, produzindo, assim, um
crescimento no Índice de Desenvolvimento Humano. Mas, mesmo havendo os presentes
avanços, ainda existe um problema, sendo ele o menor índice de homens no cenário
hospitalar.
Sobre este fato, Cordeiro et al (2014) afirmam:

“Entretanto, apesar das taxas masculinas assumirem um peso significativo nos perfis
de morbimortalidade, observa-se que os homens reprimem suas necessidades de
saúde buscando menos os serviços de saúde que as mulheres e, quando o fazem é na
atenção hospitalar de média e alta complexidade”.

Ainda se tratando disto, Barreto et al (2015) declaram: “os homens padecem mais
de condições severas e crônicas de saúde e são os que mais morrem precocemente pelas
principais causas de morte-problemas cerebrovasculares; cânceres e causas externas”. Além disto,
Separavich e Canesqui (2013) declaram:

“Homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres (Schraiber e col.,


2010; Toneli e col., 2010; Pinheiro e Couto, 2008; Nascimento e Gomes, 2008;
Gomes e col., 2007), e quando o fazem, adentram o sistema por meio da média e alta
complexidade”.

As diferenças naturais entre ambos os sexos se constituem como um dos fatores que
tornam esse cenário possível. Vale destacar também que, segundo Costa-Júnior e Maia (2009), as
ideias preconcebidas pelos homens a respeito da saúde, a ausência de informação destinada a esse
público e a influência do trabalho na vida dos homens também são possíveis causas para a
manifestação desse cenário.
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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Analisar o cenário existente entre os homens e a atenção básica na cidade Belo


Jardim.

2.2 Objetivos Específicos

• Analisar os motivos gerais que contribuem para a marginalização dos homens


do ambiente benéfico para a saúde deles;
• Entender quais são as principais doenças acometidas nos indivíduos do gênero
masculino, em geral, e, especificamente, no município de Belo Jardim e
analisar as práticas empregadas para controla-las nos dois casos;
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3 JUSTIFICATIVA

A importância desta pesquisa é demonstrada partindo do pressuposto promulgado


pela Organização das Nações Unidas (2009): “Todo ser humano tem direito à vida”. Logo, é
vital analisar estes fatores para que, de forma prática, os homens possam desfrutar destes
direitos.
Sendo assim, esta pesquisa será importante para futuras análises que tenham como
objetivo tornar o ambiente hospitalar mais integrado, ressaltando a importância de estender
estes recursos a todas as classes de pessoas, analisando os problemas que cada tipo de
indivíduo enfrenta durante o contato com agentes atuantes no ambiente médico.
Vale ressaltar que, segundo Moura (2012) a taxa de mortalidade de homens é de
4,6 óbitos por mil habitantes. Logo, com dados tão alarmantes, percebe-se a importância de
tornar esta pauta algo sempre presente nas atuais discussões
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4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Atenção Básica

Inicialmente é imprescindível definir o que é a AB. Sobre isto, o DAB (2012)


define a AB como um conjunto de atitudes que tenha como objetivo a viabilização da saúde,
de maneira coletiva ou individual. É importante ressaltar o conceito de AP, que, segundo
Shimazaki (2009), é um conjunto de interferências, de forma individual e coletiva, que
objetivam o fomento de práticas de diagnóstico, de prevenção, de tratamento e de reabilitação.
Logo, a AB, a qual pode ser considerada um sinônimo da atenção primária, não é destinada
somente a indivíduos específicos, mas, a atuação de forma coletiva possui o potencial de
impactar o cenário coletivo.
Além disso, o mesmo departamento também demonstra um conjunto de princípios
vitais para o entendimento deste conjunto de ações.

Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da


continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da
humanização, da equidade e da participação social. A atenção básica considera o
sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção
integral (BRASIL, 2012).

Considerando isto, a complexidade destes processos é elevada, pois eles exigem


um alto índice adaptabilidade. Ressaltando esta complexidade, Oliveira e Pereira (2013, p.
159) afirmam: “[..] é uma estratégia de organização e reorganização dos sistemas de saúde,
nos quais representa o primeiro nível de atenção, e também um modelo de mudança da prática
clínico-assistencial dos profissionais de saúde”.
A respeito das funções das redes de AB, Shimazaki as define como: resolver a
maioria dos problemas presentes que afetam a saúde da população; estruturar as correntes de
indivíduos entre as unidades básicas de saúde; ter responsabilidade com a saúde de todos os
indivíduos que frequentam as unidades de atenção básica.
Com base nesse contexto, o PSF foi desenvolvido visando aperfeiçoar a AB no
Brasil. Sobre este fator, Magalhães (2011) declara que este programa tem a potencialidade de
atuar na alteração de antigas diretrizes do sistema de saúde, as quais são centralizadas na
figura do hospital, por novas diretrizes voltadas para a atuação comunitária que podem
modificar os preconceitos existentes na mentalidade dela quanto à AB.
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A respeito das relações de dependência do PSF, este programa depende,


principalmente, da reestruturação dos postos de saúde, pois eles são os agentes atuantes no
primeiro contato da comunidade no contexto coletivo e individual, sendo a AB realizada
neles. Sendo bastante complexos processos e as funções, para a realização deles, as unidades devem
possuir uma infraestrutura que suporte a realização das funções próprias da política de AB.
A importância de uma infraestrutura, em todos os aspectos, bem arquitetada se dá
devido à grande quantidade de funções das redes de AB. Todavia, a presente infraestrutura
deve ser diferente da requerida para os hospitais, pois as funções são diferentes. Os hospitais
são destinados à resolução de casos de alta complexidade e os postos de saúdes são destinados
à atenção básica.
O departamento citado anteriormente afirma, a respeito da infraestrutura
necessária, que unidades básicas de saúde, completas, que seguem todas as normas sanitárias
e que estejam corretamente cadastradas no sistema de cadastro nacional vigente são a base
para a manifestação da atenção básica.
Além de uma infraestrutura precária, outros fatores podem interferir na
manifestação das funções da atenção básica. Sobre estes fatores, o departamento de AB
(2014) define um deles como a verticalização da cultura institucional da parte clínica que
implementa um modelo rígido na área. A manifestação de um modelo estrutural rígido
contribui para a marginalização das comunidades e, além disso, não leva em conta o quesito
de análise individual da atenção básica, pois, um modelo rígido é, por si, inadaptável.
Com base nisso, a reestruturação do SUS tem sido realizada e esse tem sido um
dos principais parâmetros para o desenvolvimento do novo modelo descentralizado utilizado
pelo Ministério da Saúde.

4.2 Sistema Único de Saúde

A organização do sistema da saúde pública no Brasil tem sido realizada através do


SUS. O SUS, segundo a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde (2000), é constituído de
toda e qualquer atitude e prestação de serviço, no quesito da saúde, realizada por qualquer
esfera do Estado brasileiro, municipal, estadual ou federal.
Antes do estabelecimento do SUS, houveram diversos institutos que atuavam em
áreas específicas e eram destinados à grupos específicos da população. O princípio da
universalização do acesso à saúde presente no SUS atualmente não era um dos fatores
constituintes dos institutos anteriores ao SUS.
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Neste aspecto, de acordo com Souza (2002), o poder público se manifestava no


âmbito da saúde através do INPS, o qual passou a ser denominado de INAMPS e pertencia ao
MPAS. Com o surgimento do INAMPS, várias unidades de atendimento de grande porte de
caráter ambulatório e hospitalar foram construídas em prol de auxiliar os beneficiados do
instituto. Somente quem fazia parte da economia formal podia desfrutar destes serviços.
No quesito de acesso à saúde, ainda segundo Souza (2002), existiam três grupos
na sociedade: o primeiro grupo era formado por aqueles indivíduos que podiam pagar pelos
serviços de saúde, o segundo, era constituído por aquelas pessoas que desfrutavam dos
benefícios fornecidos pelo INAMPS e o terceiro grupo era formado por aqueles indivíduos
marginalizados nesse aspecto.
Nesse mesmo contexto, de acordo com Guidini (2012), o agravamento de uma
crise financeira ocorreu em 1980 e diversas consequências começaram a repercutir no
INAMPS. Com isso, o governo criou o CONASP para conter o custo e reduzir as fraudes
ocorrentes na época. As principais ações do CONASP foram o desenvolvimento de dois
programas, sendo o primeiro o SAMHPS que tinha a responsabilidade de organizar, na
questão financeira, e controlar a rede assistência privada que era contratada; e o segundo o
programa de AIS que tinha a função de reafirmar e orquestrar a oferta de saúde pública de
modo que houvesse uma maior regionalização e hierarquização da rede pública.
Ainda nesse cenário, segundo Souza (2002), no final da década de 80, o INAMPS
começou a se adaptar e, com essas mudanças, se aproximou cada vez mais da cobertura
universal de saúde. Esse processo de adaptações resultou na formação do SUDS. Em 1990, a
tutela do INAMPS foi transferido e ficou sob a tutela do Ministério da Saúde e, após esse
acontecimento, a Lei 8.080 instituiu o Sistema Único de Saúde, o qual ficou sendo
administrado pelo Ministério da Saúde.
Vale ressaltar que, atualmente, tem ocorrido, cada vez mais, uma descentralização
na administração do sistema, levando mais atividade para os Estados e Municípios. Essa
descentralização se dá através de seu sistema de organização. Sobre este aspecto, a mesma
secretaria citada anteriormente afirma que o SUS possui, como sistema, extensão de volume
nacional, mas, também possui dois subsistemas independentes entre si, no quesito
organizacional, sendo esses dois subsistemas administrados no aspecto estadual e no aspecto
municipal. De acordo com Domingos et al (2016), esta descentralização, especializando-se
nos entes municipais, é positiva, pois fortalece a democracia e a imparcialidade do sistema de
saúde pública.
12

Além disso, a secretaria citada acima afirma que, com o surgimento do SUS, a
concepção de saúde foi alterada, a qual, antes do sistema, era associada, somente, a correção e
cura de doenças, mas não a prevenção. Com o surgimento do SUS, uma nova associação a
concepção de saúde foi sendo estabelecida, sendo ela, principalmente voltada a prevenção, e,
junto com ela, várias políticas com o mesmo objetivo, como a PNAB, foram surgindo.
A visão voltada para a correção e cura de doenças tende a ser seletiva, pois, os
casos mais graves serão priorizados. Destarte, Silva (2011) declara que a alteração da
seletividade ao acesso universal fornece aspectos que são positivos no quesito da
administração das redes.
Com a manifestação de redes de atenção básica, através do SUS, uma optimização
de recursos foi viabilizada (SILVA, 2011). É de notória importância destacar também que,
com o envelhecimento populacional que vem ocorrendo, os custos relativos à saúde se tornam
cada vez mais elevados (REIS et al, 2016). Com base nisso, a optimização de recursos é
primordial no auxílio organizacional deste aspecto.
Outro aspecto de suma importância se trata da participação da comunidade. Nesse
quesito, a política de atenção básica tem sido primordial para a manifestação desse princípio.
As avaliações acerca dos serviços ofertados pelo SUS em alguns municípios foram positivas,
de acordo Moimaz et al (2010), mas alguns aspectos negativos foram destacados pelos
indivíduos questionados durante a pesquisa, sendo eles, de forma resumida, problemas de
infraestrutura.

4.3 O Homem e a Saúde

O primeiro fator a ser analisado se trata do relacionamento entre os indivíduos do


sexo masculino com o sistema de saúde. Sobre isso, o Ministério da Saúde (2008) afirma que
taxa de mortalidade relativa aos homens é maior, em comparação com a relativa às mulheres.
Nesse mesmo aspecto, Fontes et al (2011) afirmam que uma das causas deste fato é a ausência
de uma busca, por parte dos homens, aos centros de saúde, como forma de solucionar seus
problemas de saúde.
Seguindo a mesma linha de pensamento, um princípio que contribui para o
presente relacionamento conturbado entre os homens e o sistema de saúde foco do vigente
sistema, que visava, de forma majoritária, os cuidados com a saúde de mulheres, crianças e
idosos (BRASIl, 2009) e, nesse mesmo contexto, Ribeiro et al (2003) demonstra que a
quantidade de mulheres que utilizaram o sistema de saúde, no ano de 2003, foi muito maior
13

que a quantidade de homens, com o valor da quantidade aproximando-se do dobro do valor da


quantidade de homens.
Vale destacar que no Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional
Brasil, a quantidade de pacientes, que são mulheres, foi maior que a quantidade de pacientes,
homens, no período de 2001 a 2004 (ACURCIO et al, 2009). A marginalização do homem em
relação a cuidados com a saúde se manifesta de várias maneiras e, mesmo havendo meios de
integração, este fato tem ocorrido de forma constante.
No mesmo contexto, Araújo e Leitão (2005) ressaltam o mesmo aspecto
ressaltado anteriormente e o especializam, afirmando que, em relação a manifestação de
doenças sexualmente transmissíveis, as mulheres também utilizam mais o serviço de saúde.
Estes quesitos constituem-se em uma verdadeira relação de simbiose entre si, mesclando-se a
preferência dos indivíduos do sexo masculino a outros serviços de saúde como farmácias e
prontos-socorros (FIGUEIREDO, 2005).
A dificuldade de verbalização, por parte dos homens, a respeito do que sentem
também se constitui como outro fator que contribui para o cenário dos homens atualmente
(GOMES et al, 2007). Essa dificuldade de verbalização a respeito do que sentem se apresenta
como problema, devido ao prolongamento da manifestação das consequências das doenças
presentes no organismo dos indivíduos afetados. Dessa maneira, quando os sinais forem
demonstrados, há a possibilidade do indivíduo apresentar-se em um estado crítico da doença.
Uma das causas para essa ausência de exteriorização de sentimentos, é composta
pelas diferenças subsistentes entre os cérebros masculinos e femininos, as quais influenciam
nas reações do indivíduo ao ambiente e a condições estressantes (VIEIRA et al, 2008). Vale
ressaltar que, no quesito processamento, existem diferenças entre os cérebros masculinos e
femininos, sendo a porcentagem de ativação das massas brancas e cinzentas as principais
(JANTZ, 2014).
Outra variável de suma importância para a análise é constituída das causas de
mortalidade masculinas no Brasil. Nesse quesito, a maioria das causas de óbitos de homens no
Brasil está relacionada a causas externas e, em segundo lugar, a doenças do aparelho
circulatório, sendo, logo em seguida, a neoplasias (MOURA, 2012, p.26).
Além de definir estes aspectos, Moura também demonstra que Alagoas é o Estado
que tem maiores índices de mortes de homens por acidentes externos, sendo São Paulo o de
menor índice de mortes causadas por acidentes externos, mas tendo os maiores índices de
mortes por doenças no aparelho circulatório e por doenças no aparelho respiratório. Outro fato
interessante demonstrado por Moura (2012) é que, mesmo o Estado de Pernambuco não sendo
14

um dos Estados que estão nos primeiros lugares do índice de mortalidade em determinadas
formas de óbito, ele possui um valor elevado em todas as formas de óbito.

4.3.1 Causas Externas

Se tratando de causas externas, Gonsaga et al (2012) definem quais causas se


enquadram nessa classe:

Neste grupo, incluem-se as lesões provocadas por eventos no transporte, homicídios,


agressões, quedas, afogamentos, envenenamentos, suicídios, queimaduras, lesões
por deslizamento ou enchente, e outras ocorrências provocadas por circunstâncias
ambientais (mecânica, química, térmica, energia elétrica e/ou radiação).

Nesse mesmo contexto, Moura também define um tipo específico de acidente


mais ocorrente em cada grupo de homens, com base na idade. Sendo acidentes devido a meios
de transportes terrestres o principal entre homens de 20 a 39 anos, residentes no Sudeste e no
Centro Oeste, e violência, na forma de homicídios, o principal entre homens dessa mesma
idade, residentes no Nordeste e novamente no Centro Oeste; nos homens com mais de 59
anos, a causa de morte que mais prevalece é a queda de locais de elevada altitude.
A respeito da violência, Souza (2005), de forma clara, demonstra a atuação dela
nesse cenário:
Quando se analisa a mortalidade por causas externas específicas observa-se que em
todas elas o risco do homem é de 2 a 4 vezes maior que o da mulher. Contudo é nos
homicídios que esse risco se intensifica, alcançando quase 12 óbitos masculinos em
relação a cada morte feminina por essa causa.

Vale ressaltar também que no ano 2000, segundo Gawryszewski et al (2004), o


coeficiente de mortalidade masculina foi 119,0/100 mil e o de mortalidade feminina foi de
21,8/100 mil, sendo as mortes concentradas em indivíduos de 15 a 29 anos de idade. Além
disso, no ano de 2005, cerca de 92% dos 42.578 óbitos por homicídios foram de indivíduos do
sexo masculino, sendo, também, em ambos os gêneros, de indivíduos que possuem de 29 a 39
anos de idade (BRASIL, 2007). Com efeito, estes dados vêm mantendo-se constantes; sobre
isso, o IPEA (2019) define a porcentagem de homicídios, de 2007 a 2017, de pessoas do
gênero masculino como sendo 91,8% do total de homicídios e 8% como sendo de vítimas
femininas.
Além da violência, o acidente de trânsito é, neste contexto, outra causa de mortes
que tem contribuído para o alto índice de mortalidade por causas externas. Se tratando disso,
Moreira et al (2018) afirmam: “Dentre as Causas Externas, os Acidentes de Transporte
Terrestre (ATT) aparecem como a segunda causa mais recorrente, sendo responsável pela
15

morte de 733.120 pessoas (27,6% das mortes pela causa e 3,5% do total de mortes no
período).”
No mesmo contexto, Marín e Queiroz (2000) destacam que em 73,1% dos casos
de acidentes de trânsito existiram indivíduos do sexo masculino envolvidos, sendo jovens de
15 a 24 anos as principais vítimas. No mesmo aspecto Klein (1994) destaca que, no município
do Rio de Janeiro, em 1980 e 1990, ocorreram cinco vezes mais mortes de indivíduos do sexo,
com idades entre 20 e 60 anos, que mortes de indivíduos do sexo feminino, da mesma idade.
Sobre isso, o DASS ressaltou que foram registrados 35.084 óbitos por ATT no
Brasil em 2004 e, de todos esses óbitos, 28.576 (81,5%) foram pessoas do sexo masculino e
6.495 (18,5%) foram do sexo feminino (BRASIL, 2007).
Considerando o percentual de mortes por ATT no Brasil, Corgozinho et al (2018)
relataram que a taxa de 14% de mortalidade relacionadas com o uso de motocicletas cresceu,
chegando aos 27,9% em 2014. Sendo assim, grande parte dos acidentes por transportes
terrestre são relacionados ao uso de motocicletas.
Nesse mesmo sentido, Corgozinho et al afirmam: “A maioria das vítimas
encontra-se entre os homens, com taxa média de 8,8% ao longo de dez anos, enquanto as
mulheres correspondem a apenas 1,0%, de acordo com a taxa de mortalidade entre
motociclistas por 100 mil habitantes, entre 2004 e 2014”. Com base nisso, as causas externas
tem sido um dos fatores que têm contribuído para as altas taxas de mortalidade masculina no
Brasil. Além disso, devido à alta complexidade de seus casos, grande parte das vítimas são
destinadas diretamente a um hospital ao invés de irem a uma unidade de atenção básica.
Com isso, este problema também contribui para o mal relacionamento entre
indivíduos do sexo masculino e unidades de atenção básica, pois, o grau de complexidade
destes casos necessita de uma infraestrutura maior que a fornecida em clínicas de atenção
básica.

4.3.2 Doenças do aparelho circulatório

A segunda principal causa de mortes masculinas tratadas acima foram as doenças


do aparelho circulatório. Nesse âmbito, de acordo com Moura (2012), a quantidade de mortes
causadas por essa classe de doenças foi de 82,0 por 100 mil habitantes.
Além disso, o mesmo autor também ressaltou que esse tipo de morte é mais
frequente em pessoas com idades superiores a quarenta anos. Entre as doenças encontradas
classe se encontram febres reumáticas agudas e doenças reumáticas crônicas do coração,
16

doenças hipertensivas, doenças isquêmicas do coração, doenças cerebrovasculares,


aterosclerose e outras doenças do coração e do aparelho circulatório.
Ainda nesse mesmo quesito, Pereira et al (2009) afirmam que 30% das mortes
ocorridas no Brasil são exclusivamente causadas por essa classe de doenças. Apesar do caráter
crônico de diversas doenças desse grupo, uma grande maioria delas pode ser evitada com boas
práticas alimentares e físicas.
Sobre o aspecto alimentar dos homens brasileiros, a POF afirma que:

“Nos adolescentes aproximadamente 28% da energia da dieta foi proveniente de


lipídios e nos adultos e idosos, em torno de 27%. A contribuição percentual das
proteínas variou entre de 15% a 16% entre os adolescentes e de 16% a 17% nos
adultos e idosos. A contribuição calórica dos carboidratos variou de 54,8% a 57,0%
entre os homens”

Com isso, através do alto consumo de carboidratos, as doenças dessa classe têm
impactado de grande maneira o cenário mundial e brasileiro. Sobre isso, Bortolli et al (2011)
afirmam:

“O efeito das dietas ricas em carboidratos, especialmente os carboidratos refinados,


podem aumentar a incidência de sobrepeso e obesidade, gerando um estado
metabólico que pode favorecer o agravamento da dislipidemia aterogênica,
caracterizada pela elevação de triglicerídeos, redução dos níveis de colesterol HDL-c
e aumento das concentrações de colesterol LDL-c7,8.”

Além de tudo isto, a ausência de práticas irregulares de atividades físicas é um dos


outros fatores que contribuem para a manifestação desse cenário. Neste contexto, Cichocki et
al (2017) afirmam que, no caso de idosos e adultos, a atividade física regular somente impõe
efeitos positivos no sistema cardiovascular se ela ocorrer de forma frequente.
Considerando a irregularidade presente nos hábitos brasileiros, a construção de
um condicionamento físico é bastante prejudicada. Neste contexto, Benetti (1997) afirma: “O
condicionamento físico adequado produz alterações no funcionamento cardiovascular, na
secreção hormonal, nos fatores de risco das doenças cardiovasculares e sobre os fatores
psicológicos”
Se tratando dos efeitos da atividade física, Medina et al (2010) afirmaram que a
redução da incidência de hipertensão arterial está diretamente relacionada com o aumento da
quantidade de exercícios físicos praticados. Nesse mesmo aspecto, a redução da pressão
arterial está relacionada com a prática de exercícios aeróbicos.
Ainda se tratando de exercícios físicos, Nogueira et al, de forma clara, realizaram
uma suma de alguns dos principais benefícios.
17

O efeito protetor do EF vai além da redução da PA, estando associado à redução dos
fatores de risco cardiovasculares e à menor morbimortalidade, quando comparadas
pessoas ativas com indivíduos de menor aptidão física, o que explica a
recomendação deste na prevenção primária e no tratamento da hipertensão
(NOGUERIA et al, 2012).

O cenário brasileiro, em relação a práticas de atividades físicas é bastante propício


para o desenvolvimento dessa classe de doenças. Sobre isso, a PNAD (2017) ressaltou que
cerca de 100,5 milhões de pessoas, com 15 anos ou mais de idade, não tiveram nenhum
contato com atividades físicas e esportes no período utilizado para estudo.
Essa classe de doença, durante o tratamento, exige a existência de um bom
relacionamento entre o paciente e a unidade de atenção básica, pois, caso haja uma correta
prevenção, as doenças não poderão atingir um alto grau de complexidade e, com isso, não
exigindo a hospitalização dos indivíduos afetados.

4.3.3 Neoplasias

Sendo estas a terceira maior causa de mortalidade masculina, no Brasil, as


neoplasias são tumores que se originam a partir do aumento, além do normal, do número de
células em determinada parte do corpo humano. A palavra câncer remete a uma classe de
doenças que atuam por meio do desenvolvimento celular desordenado.
Desta forma, ao invés de finalizar o ciclo celular, as células passam a se
multiplicar desordenadamente, criando cada vez mais células anormais, as quais também
repetirão esse processo (INCA, 2011). Esse crescimento pode ocorrer de forma controlada e
não controlada; sendo as neoplasias de forma não controlada. O crescimento de maneira não
controlada continua ocorrendo mesmo após o término do estímulo fisiológico ou patológico
(INCA, 2011).
Além disso, as neoplasias podem ser classificadas em dois tipos.

As neoplasias benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de forma


organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos. [...] as
neoplasias malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de autonomia
e são capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser
resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro (INCA, 2011).

No quesito dos efeitos de neoplasias malignas no Brasil, Moura destaca que a taxa
de mortalidade ocorrida por essa doença foi de 54,3 por 100 mil pessoas. Neste mesmo
aspecto, Maranhão et al (2010) destacaram que, em 2009, as neoplasias foram responsáveis
18

por 15,6% das mortes ocorridas no Brasil, sendo o primeiro lugar ocupado pelas doenças do
aparelho respiratório, com 29,0% de responsabilidade nas mortes ocorridas nesse período.
A respeito das causas do aumento na ocorrência dessa classe de doenças, Neto e
Teixeira (2017) as definem como sendo principalmente o envelhecimento populacional e a
mudança de hábitos na população devido ao processo de urbanização.
Apesar das características de ocorrência serem mais presentes em sociedades
urbanizadas, a maior presença de neoplasias se encontra em países em desenvolvimento,
sendo cerca de 50% dos óbitos e 60% dos casos novos dessa doença ocorrentes nesses países
(INCA, 2006).
Se tratando do câncer em relação aos sexos, Guerra et al (2005) afirmam que, em
países em desenvolvimento, existe uma equivalência de casos de câncer entre homens e
mulheres, sendo as mulheres, em países já desenvolvidos, 25% mais afetadas que os homens.
Além disso, eles também ressaltaram que a prevalência de determinados tipos de
câncer ocorre com base no status econômico. Ainda segundo eles, os tumores que mais afetam
o público masculino residente no Brasil são: próstata, pulmão, estômago, cólon e reto e
esôfago.
Neste mesmo contexto, Moura afirmou que a taxa de mortalidade de homens por
neoplasias no Brasil foi de 136 por 100 mil habitantes no ano de 2008, sendo menor que a de
países como os Estados Unidos – 141 por 100 mil habitantes –, África do Sul – 207 por 100
mil habitantes.
Além disso, sobre a presença do câncer de próstata no Brasil, ele afirmou: “Dentre
os problemas relacionados ao aparelho geniturinário em homens, destaca-se o câncer de
próstata, que corresponde à segunda causa mais comum de morte por câncer no Brasil,
atingindo principalmente homens com 50 ou mais anos de idade”.
As neoplasias se mostraram verdadeiramente um problema de saúde público,
equivalendo- se a outras causas de mortalidade como causas externas e doenças do aparelho
circulatório. Além destas causas apresentadas, existem outras que não se equivalem a estas.

4.4 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem

A partir disto, com a finalidade de reverter esse cenário, houve-se a necessidade


de desenvolver meios de inclusão. Um destes meios de inclusão é a PNAISH, a qual visa, em
primeira instância promover medidas de conscientização a respeito da saúde desta grande
19

parcela da população – os homens – e, em segundo lugar, promover medidas de prevenção na


atenção básica direcionadas aos homens.
Sobre isso, Pereira et al (2019) afirmam: “a PNAISH visa concretizar a parceria
com a Atenção Básica em Saúde, estimulando seus usuários a reformular aspectos importantes
de suas vidas, promovendo comportamentos, ações e compreensões que possam colocar em
xeque alguns dos modelos de masculinidades vigentes”. Além disso, eles também destacam
que essa política de saúde foi a primeira na América Latina totalmente direcionada ao gênero
masculino.
As ações dessa portaria foram estabelecidas pela Portaria MS n° 1944, de 28 de
agosto de 2009.
A PNAISH, formulada para promover ações de saúde que contribuam para a
compreensão da realidade singular masculina em seus diversos contextos, enfatiza a
necessidade de mudanças de paradigmas no que concerne à percepção da população
masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua família (SÃO
PAULO, 2017)

Para concretizar estes objetivos foram formulados princípios e diretrizes que


estimulem esse cenário. Estes princípios, de acordo com o DAPE do MS (2008), visam
primeiramente fornecer o acesso à saúde para o público masculino, monitorar e fornecer
informações, estimular a prevenção as doenças, capacitar os profissionais e gerir os dados
visando uma melhor gestão de todo esse sistema oriundo da política.
Acerca das diretrizes, ainda de acordo com o DAPE, elas visam primeiramente
priorizar a atenção básica com foco na ESF, fomentar as ações dos três níveis de gestão e
controle social, guiar o processo à humanização, juntar essa política com as demais políticas
do MS, estabelecer práticas de conscientização, aperfeiçoar os sistemas de informação e
realizar pesquisas sobre os resultados destas práticas.
Ainda sobre a PNAISH, Coelho et al (2018) afirma que, juntamente com a
formulação da PNAISH, houve a formulação do PAN, o qual auxiliou o estabelecimento da
política, pois, ele disponibilizou uma Matriz de Planejamento. A presente Matriz de
Planejamento ressaltou o quão importante é o monitoramento e a avaliação para o
aperfeiçoamento das ações.
A avaliação da PNAISH, ainda segundo Coelho et al, é útil para avaliar o
cumprimento dos princípios e diretrizes estabelecidas na Portaria anteriormente citada e para
avaliar os resultados na saúde dos indivíduos do sexo masculino.
Nesse quesito a PNAISH se adequou de forma positiva ao SUS, pois ambos
possuem um caráter que busca trabalhar com os três níveis de gestão, fornecendo, assim,
20

autonomia para os municípios e tornando as atividades em prol do objetivo comum mais


práticas e mais rápidas.
Além dessa autonomia municipal, existem um desenvolvimento mútuo entre os
níveis de gestão, cujo o relacionamento de cooperação entre esses níveis torna cada vez mais
facilitada a distribuição de recursos. Desta forma, este contexto contribui para o cumprimento
de alguns dos princípios estabelecidos pela Portaria do PNAISH e facilita o compartilhamento
de dados para uma análise mais eficaz das necessidades dos indivíduos do gênero masculino.
A PNAISH tem sido bastante influente na modificação do cenário masculino
presente na atualidade, de forma que, cada vez mais a conscientização poderá estar presente
nas mentes dos cidadãos brasileiros.
21

5 METODOLOGIA

5.1 Tipos da Pesquisa

A respeito do método, conforme Gerhardt e Silveria (2009) definiram que a


classificação dos métodos de pesquisa, quanto ao objetivo, são três: exploratória, descritiva e
explicativa. Sendo assim, a presente pesquisa é definida como descritiva, pois visa analisar o
contexto do município de Belo Jardim, com base em dados quantitativos.
Com base nisso, foram utilizadas fontes primárias e secundárias para realizar a
revisão bibliográfica, sendo os dados gerais do referencial teórico baseados na obra de Moura
(2012), a qual foi intitulada como: “Perfil da situação do homem no Brasil”.

5.2 Etapas da Pesquisa

Após a delimitação dos objetivos da pesquisa, foi necessário realizar uma


pesquisa no material bibliográfico já existente para introduzir e embasar a pesquisa. Essa
pesquisa se deu, principalmente através de artigos publicados em revistas, artigos publicados
em congressos e levantamentos de dados realizados pelo MS.
Completando essa primeira fase, a coleta de dados foi realizada e a partir dela foi
possível obter informações sobre o município de Belo Jardim, sobre a situação do município –
em relação à saúde e sobre o relacionamento entre os indivíduos do sexo masculino e a saúde,
mais especificamente na atenção básica.

5.3 Instrumento da Coleta de Dados

A coleta de dados ocorreu por meio do material sobre o SUS fornecido pelo MS,
sendo ele o DATASUS do ano de 2009. O material se tratava exclusivamente a respeito do
município de Belo Jardim e, nele, havia informações a respeito do cenário da cidade, com
base na quantidade de hospitais, clínicas de atenção básica e outros fatores.
Nele também estavam presentes informações sobre a mortalidade geral do público
masculino na cidade e sobre as devidas causas dessas mortes.
22

6 RESULTADOS

O município de Belo Jardim fica localizado no Estado de Pernambuco, mais


especificamente na microrregião do Vale do Ipojuca; sendo, no quesito saúde, coordenado
pela IV Geres. A população estimada do município, no ao de 2009, 74.026 pessoas, sendo
36.464 do sexo masculino e 37.562 do sexo feminino.
Neste município a maior parcela da população está concentrada em indivíduos de
20 a 50 anos de idade, sendo que, até aos 19 anos, o número de indivíduos do sexo masculino
presentes no município foi maior que o número de indivíduos do sexo feminino (Tabela 1).
Mas, a partir dos 20 anos, o número de mulheres começou a ser maior que o de
homens. Isso, principalmente se deve pelo alto índice de mortalidade por causas externas, em
indivíduos dessa idade. Devido às outras causas de mortalidade que se manifestam nos
indivíduos em períodos de maior idade do indivíduo, o número de mulheres continuou maior
que o dos homens em todos as classificações por idade restante da pesquisa.

População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2009


Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menor 1 695 668 1.363
1a4 2.777 2.668 5.445
5a9 3.561 3.467 7.028
10 a 14 3.625 3.422 7.047
15 a 19 3.689 3.396 7.085
20 a 29 6.632 6.693 13.325
30 a 39 4.978 5.187 10.165
40 a 49 4.095 4.403 8.498
50 a 59 2.609 3.007 5.616
60 a 69 1.853 2.335 4.188
70 a 79 1.226 1.555 2.781
80 e + 724 761 1.485
Ignorada - - -
Total 36.464 37.562 74.026
(Tabela 1 - Fonte: DATASUS)
23

No município de Belo Jardim, existem quarenta e seis instituições de saúde, sendo


vinte e duas de caráter público, uma de caráter filantrópico e vinte e três de caráter privado.
Os estabelecimentos presentes na cidade, na cidade, em maior quantidade são os consultórios
isolados e os postos de saúdes e as unidades de atenção básica (Tabela 2).
Com base nisso, pode-se levar em consideração que o município de Belo Jardim
está minimamente preparado para caso mais básicos, cuja prevenção, antes da contaminação,
é o fator mais importante. Mas, em relação ao trato de casos mais graves, a cidade possui uma
grave deficiência, pois há apenas um hospital geral e uma clínica especializada. O grande
volume de unidades privadas de saúde acaba por se tornar uma alternativa para o trato dessas
situações mais drásticas (Tabela 2).

Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de estabelecimento


dez/2009.
Tipo de estabelecimento Público Filantrópico Privado Sindicato Total
Unidade de Atenção Básica 8 - - - 8
Clínica Especializada/Ambulatório- - 7 - 7
Especializada
Consultório Isolado 1 - 10 - 11
Hospital Geral 1 1 - - 2
Policlínica - - 2 - 2
Posto de Saúde 9 - - - 9
Secretária de Saúde 1 - - - 1
Unidade de Serviço de Apoio de- - 4 - 4
Diagnose e Terapia
Unidade de Vigilância em Saúde 1 - - - 1
Unidade Móvel Terrestre 1 - - - 1
Total 22 1 23 - 46
(Tabela 2 – Fonte: DATASUS)

Nessas instituições, há 301 profissionais, de variados ramos da saúde, sendo,


destes 301, 279 atuantes no SUS e 22 são não atuantes no SUS (Tabela 3). Os tipos de
profissionais mais presentes são médicos, auxiliares de enfermagem, cirurgiões dentistas e
enfermeiros.
24

Recursos Humanos (Vínculos) segundo categorias selecionadas


Dez/2009
Categoria Total Atende ao Não Atende Profissional/1.00 Profissional
SUS aos SUS 0 habitantes SUS/1.000
habitantes
Médicos 82 73 9 1,1 1,0
Anestesistas 4 4 - 0,1 0,1
Cirurgião Geral 10 9 1 0,1 0,1
Clínico Geral 17 17 - 0,2 0,2
Gineco Obstetra 12 11 1 0,2 0,1
Médico de Família 8 8 - 0,1 0,1
Pediatra 6 5 1 0,1 0,1
Psiquiatra 1 1 - 0,0 0,0
Radiologista 6 5 1 0,1 0,1
Cirurgião dentista 26 21 5 0,4 0,3
Enfermeiro 21 21 - 0,3 0,3
Fisioterapeuta 6 4 2 0,1 0,1
Fonoaudiólogo 3 2 1 0,0 0,0
Nutricionista 4 4 - 0,1 0,1
Farmacêutico 10 10 - 0,1 0,1
Assistente Social 1 1 - 0,0 0,0
Psicólogo 2 1 1 0,0 0,0
Auxiliar de Enfermagem 76 76 - 1,0 1,0
Técnico em Enfermagem 6 6 - 0,1 0,1
(Tabela 3 – Fonte: DATASUS)

Ao invés do município de Belo Jardim estar equiparada com o cenário geral


brasileiro, a causa responsável pelo maior número de mortes, contendo ambos os gêneros, no
município foram as doenças do aparelho respiratório, as quais afetam principalmente
indivíduos menores de 1 ano e maior de 60 anos. A segunda maior causa de mortalidade no
município de Belo Jardim foram as demais causas definidas, as quais afetaram os indivíduos
desde que eles tinham menos de 1 ano de idade e se prolongaram durante o decorrer de toda a
vida (Tabela 4).
25

Nesse mesmo contexto, as neoplasias se mantêm como terceira maior causa de


mortalidade, afetando indivíduos que possuem mais de 20 anos, sendo o principal grupo
afetado aqueles cuja idade está entre os 50 e os 64 anos.
Além disso, as causas externas se encontraram sendo a quarta maior responsável
pelas mortes ocorridas no município de Belo Jardim, afetando os indivíduos a partir dos cinco
anos de idade, sendo os maiores números entre os indivíduos de 10 a 19 anos (Tabela 4).

Mortalidade proporcional (%) por faixa etária segundo grupo de causas – CID10
2009
Grupo de Causa Menor 15 a 20 a 50 a 65 e 60 e
1 a 4 5 a 9 10 a 14 Total
de 1 19 49 64 mais mais
Doenças infecciosas 28,6 - - - - 6,3 3,0 2,8 2,5 4,0
parasitarias
Neoplasias - - - - - 8,9 15,2 14,2 14,1 12,7
Doenças do aparelho - - 33,3 50,0 12,5 13,9 39,4 43,7 44,4 36,5
circulatório
Doenças do aparelho 21,4 - - - 12,5 5,1 4,5 10,5 10,2 9,0
respiratório
Afec. Originadas no 42,9 - - - - - - - - 1,2
período perinatal
Causas externas - - 33,3 50,0 50,0 46,8 10,6 3,7 3,4 12,4
Demais causas definidas 7,1 100,0 33,3 - 25,0 19,0 27,3 25,2 25,4 24,1
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
(Tabela 4 – Fonte: DATASUS)
26

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nessa pesquisa, utilizando o DATASUS como meio de obtenção de


dados, foi possível perceber, primeiramente que o município de Belo Jardim, apesar de ser
afetada drasticamente pelas mesmas causas de mortalidade que o restante do país, não é por
elas afetada da mesma maneira.
No Brasil, em geral, a primeira causa de mortalidade masculina foram as causas
externas, sendo a segunda as doenças do aparelho circulatório e, em terceiro, as neoplasias.
Mas, neste município, especificamente, as doenças do aparelho circulatório são as que mais
têm afetado os cidadãos, sendo as demais causas definidas a segunda maior causa de
mortalidade no município, as neoplasias a terceira novamente e a quarta maior causadora de
mortes foram as causas externas.
Vale ressaltar que, pela ausência de dados, foi impossível separar o público
masculino do público feminino, no quesito mortalidade, sendo os dados apresentados gerais,
incorporando ambos os sexos.
No entanto, é válido ressaltar que, com a presença de uma boa quantidade de
unidades de atenção básica e postos de saúde, a cidade atua principalmente na prevenção de
doenças, restando apenas um único hospital geral para cuidar de casos mais graves. Através
disso, é perceptível que a cidade está bastante despreparada para casos mais graves oriundos
das causas de mortalidades citadas acima, principalmente das causas externas.
27

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