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BELO JARDIM – PE
2021
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BELO JARDIM – PE
2021
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Orientadora Profª Esp. Josélia Pereira de Souza Lira – AEB/FBJ
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Examinadora: Profª Mestra Alexandra Waleska de Oliveira Aguiar – AEB/FBJ
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Examinadora: Profª Mestra Karina Albuquerque Negromonte – AEB/FBJ
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LISTA DE ABREVIATURAS
AB - Atenção Básica
AIS - Ações Integradas de Saúde AP – Atenção Primária
ATT - Acidentes por transportes terrestres
CONASP - Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária
DAB - Departamento de Atenção Básica
DAPE - Departamentos de Ações Programáticas Estratégicas
DASS - Departamento de Análise de Situação em Saúde
ESF - Estratégia Saúde da Família
INCA - Instituto Nacional do Câncer
INPS - Instituto Nacional da Previdência Social
INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
MPAS - Ministério de Previdência e Assistência Social
MS - Ministério da Saúde
PAN - Plano Ação Nacional
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PNAISH - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
POF - Pesquisa de Orçamentos
PSF - Programa Saúde da Família
SAMHPS - Sistema de Atenção Médico-Hospitalar da Previdência Social
SUDS - Sistema Único e Descentralizado de Saúde
SUS - Sistema Único de Saúde
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LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6
2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 7
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 7
2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 7
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 8
4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 9
4.1 Atenção Básica ............................................................................................................ 9
4.2 Sistema Único de Saúde ............................................................................................. 10
4.3 O Homem e a Saúde ................................................................................................... 12
4.3.1 Causas Externas ......................................................................................................... 14
4.3.2 Doenças do aparelho circulatório .............................................................................. 15
4.3.3 Neoplasias .................................................................................................................. 17
4.4 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem .................................... 18
5 METODOLOGIA .......................................................................................................... 21
5.1 Tipos da Pesquisa ........................................................................................................ 21
5.2 Etapas da Pesquisa ..................................................................................................... 21
5.3 Instrumento da Coleta de Dados ............................................................................... 21
6 RESULTADOS ............................................................................................................... 22
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 26
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 27
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1 INTRODUÇÃO
“Entretanto, apesar das taxas masculinas assumirem um peso significativo nos perfis
de morbimortalidade, observa-se que os homens reprimem suas necessidades de
saúde buscando menos os serviços de saúde que as mulheres e, quando o fazem é na
atenção hospitalar de média e alta complexidade”.
Ainda se tratando disto, Barreto et al (2015) declaram: “os homens padecem mais
de condições severas e crônicas de saúde e são os que mais morrem precocemente pelas
principais causas de morte-problemas cerebrovasculares; cânceres e causas externas”. Além disto,
Separavich e Canesqui (2013) declaram:
As diferenças naturais entre ambos os sexos se constituem como um dos fatores que
tornam esse cenário possível. Vale destacar também que, segundo Costa-Júnior e Maia (2009), as
ideias preconcebidas pelos homens a respeito da saúde, a ausência de informação destinada a esse
público e a influência do trabalho na vida dos homens também são possíveis causas para a
manifestação desse cenário.
7
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Além disso, a secretaria citada acima afirma que, com o surgimento do SUS, a
concepção de saúde foi alterada, a qual, antes do sistema, era associada, somente, a correção e
cura de doenças, mas não a prevenção. Com o surgimento do SUS, uma nova associação a
concepção de saúde foi sendo estabelecida, sendo ela, principalmente voltada a prevenção, e,
junto com ela, várias políticas com o mesmo objetivo, como a PNAB, foram surgindo.
A visão voltada para a correção e cura de doenças tende a ser seletiva, pois, os
casos mais graves serão priorizados. Destarte, Silva (2011) declara que a alteração da
seletividade ao acesso universal fornece aspectos que são positivos no quesito da
administração das redes.
Com a manifestação de redes de atenção básica, através do SUS, uma optimização
de recursos foi viabilizada (SILVA, 2011). É de notória importância destacar também que,
com o envelhecimento populacional que vem ocorrendo, os custos relativos à saúde se tornam
cada vez mais elevados (REIS et al, 2016). Com base nisso, a optimização de recursos é
primordial no auxílio organizacional deste aspecto.
Outro aspecto de suma importância se trata da participação da comunidade. Nesse
quesito, a política de atenção básica tem sido primordial para a manifestação desse princípio.
As avaliações acerca dos serviços ofertados pelo SUS em alguns municípios foram positivas,
de acordo Moimaz et al (2010), mas alguns aspectos negativos foram destacados pelos
indivíduos questionados durante a pesquisa, sendo eles, de forma resumida, problemas de
infraestrutura.
um dos Estados que estão nos primeiros lugares do índice de mortalidade em determinadas
formas de óbito, ele possui um valor elevado em todas as formas de óbito.
morte de 733.120 pessoas (27,6% das mortes pela causa e 3,5% do total de mortes no
período).”
No mesmo contexto, Marín e Queiroz (2000) destacam que em 73,1% dos casos
de acidentes de trânsito existiram indivíduos do sexo masculino envolvidos, sendo jovens de
15 a 24 anos as principais vítimas. No mesmo aspecto Klein (1994) destaca que, no município
do Rio de Janeiro, em 1980 e 1990, ocorreram cinco vezes mais mortes de indivíduos do sexo,
com idades entre 20 e 60 anos, que mortes de indivíduos do sexo feminino, da mesma idade.
Sobre isso, o DASS ressaltou que foram registrados 35.084 óbitos por ATT no
Brasil em 2004 e, de todos esses óbitos, 28.576 (81,5%) foram pessoas do sexo masculino e
6.495 (18,5%) foram do sexo feminino (BRASIL, 2007).
Considerando o percentual de mortes por ATT no Brasil, Corgozinho et al (2018)
relataram que a taxa de 14% de mortalidade relacionadas com o uso de motocicletas cresceu,
chegando aos 27,9% em 2014. Sendo assim, grande parte dos acidentes por transportes
terrestre são relacionados ao uso de motocicletas.
Nesse mesmo sentido, Corgozinho et al afirmam: “A maioria das vítimas
encontra-se entre os homens, com taxa média de 8,8% ao longo de dez anos, enquanto as
mulheres correspondem a apenas 1,0%, de acordo com a taxa de mortalidade entre
motociclistas por 100 mil habitantes, entre 2004 e 2014”. Com base nisso, as causas externas
tem sido um dos fatores que têm contribuído para as altas taxas de mortalidade masculina no
Brasil. Além disso, devido à alta complexidade de seus casos, grande parte das vítimas são
destinadas diretamente a um hospital ao invés de irem a uma unidade de atenção básica.
Com isso, este problema também contribui para o mal relacionamento entre
indivíduos do sexo masculino e unidades de atenção básica, pois, o grau de complexidade
destes casos necessita de uma infraestrutura maior que a fornecida em clínicas de atenção
básica.
Com isso, através do alto consumo de carboidratos, as doenças dessa classe têm
impactado de grande maneira o cenário mundial e brasileiro. Sobre isso, Bortolli et al (2011)
afirmam:
O efeito protetor do EF vai além da redução da PA, estando associado à redução dos
fatores de risco cardiovasculares e à menor morbimortalidade, quando comparadas
pessoas ativas com indivíduos de menor aptidão física, o que explica a
recomendação deste na prevenção primária e no tratamento da hipertensão
(NOGUERIA et al, 2012).
4.3.3 Neoplasias
No quesito dos efeitos de neoplasias malignas no Brasil, Moura destaca que a taxa
de mortalidade ocorrida por essa doença foi de 54,3 por 100 mil pessoas. Neste mesmo
aspecto, Maranhão et al (2010) destacaram que, em 2009, as neoplasias foram responsáveis
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por 15,6% das mortes ocorridas no Brasil, sendo o primeiro lugar ocupado pelas doenças do
aparelho respiratório, com 29,0% de responsabilidade nas mortes ocorridas nesse período.
A respeito das causas do aumento na ocorrência dessa classe de doenças, Neto e
Teixeira (2017) as definem como sendo principalmente o envelhecimento populacional e a
mudança de hábitos na população devido ao processo de urbanização.
Apesar das características de ocorrência serem mais presentes em sociedades
urbanizadas, a maior presença de neoplasias se encontra em países em desenvolvimento,
sendo cerca de 50% dos óbitos e 60% dos casos novos dessa doença ocorrentes nesses países
(INCA, 2006).
Se tratando do câncer em relação aos sexos, Guerra et al (2005) afirmam que, em
países em desenvolvimento, existe uma equivalência de casos de câncer entre homens e
mulheres, sendo as mulheres, em países já desenvolvidos, 25% mais afetadas que os homens.
Além disso, eles também ressaltaram que a prevalência de determinados tipos de
câncer ocorre com base no status econômico. Ainda segundo eles, os tumores que mais afetam
o público masculino residente no Brasil são: próstata, pulmão, estômago, cólon e reto e
esôfago.
Neste mesmo contexto, Moura afirmou que a taxa de mortalidade de homens por
neoplasias no Brasil foi de 136 por 100 mil habitantes no ano de 2008, sendo menor que a de
países como os Estados Unidos – 141 por 100 mil habitantes –, África do Sul – 207 por 100
mil habitantes.
Além disso, sobre a presença do câncer de próstata no Brasil, ele afirmou: “Dentre
os problemas relacionados ao aparelho geniturinário em homens, destaca-se o câncer de
próstata, que corresponde à segunda causa mais comum de morte por câncer no Brasil,
atingindo principalmente homens com 50 ou mais anos de idade”.
As neoplasias se mostraram verdadeiramente um problema de saúde público,
equivalendo- se a outras causas de mortalidade como causas externas e doenças do aparelho
circulatório. Além destas causas apresentadas, existem outras que não se equivalem a estas.
5 METODOLOGIA
A coleta de dados ocorreu por meio do material sobre o SUS fornecido pelo MS,
sendo ele o DATASUS do ano de 2009. O material se tratava exclusivamente a respeito do
município de Belo Jardim e, nele, havia informações a respeito do cenário da cidade, com
base na quantidade de hospitais, clínicas de atenção básica e outros fatores.
Nele também estavam presentes informações sobre a mortalidade geral do público
masculino na cidade e sobre as devidas causas dessas mortes.
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6 RESULTADOS
Mortalidade proporcional (%) por faixa etária segundo grupo de causas – CID10
2009
Grupo de Causa Menor 15 a 20 a 50 a 65 e 60 e
1 a 4 5 a 9 10 a 14 Total
de 1 19 49 64 mais mais
Doenças infecciosas 28,6 - - - - 6,3 3,0 2,8 2,5 4,0
parasitarias
Neoplasias - - - - - 8,9 15,2 14,2 14,1 12,7
Doenças do aparelho - - 33,3 50,0 12,5 13,9 39,4 43,7 44,4 36,5
circulatório
Doenças do aparelho 21,4 - - - 12,5 5,1 4,5 10,5 10,2 9,0
respiratório
Afec. Originadas no 42,9 - - - - - - - - 1,2
período perinatal
Causas externas - - 33,3 50,0 50,0 46,8 10,6 3,7 3,4 12,4
Demais causas definidas 7,1 100,0 33,3 - 25,0 19,0 27,3 25,2 25,4 24,1
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
(Tabela 4 – Fonte: DATASUS)
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CICHOCKI, M. et al. Atividade física e modulação do risco cardiovascular. Rev Bras Med
Esporte – Vol. 23, no 1 – Jan/Fev, 2017.
FONTES, W. D. et al. Atenção à saúde do homem: interlocução entre ensino e serviço. Acta
Paul Enferm, 24(3), 2011.
30
GOMES, R. et al. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as
mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior.
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 23(3):565-574, mar, 2007.
GONSAGA, R. A. T. Avaliação da mortalidade por causas externas. Rev. Col. Bras. Cir.
2012; 39(4): 263-267.
JANTZ, G. L. Diferenças cerebrais entre os sexos. Psichology Today, 2014. Disponível em: <
https://www.psychologytoday.com/intl/blog/hope-relationships/201402/brain-differences-
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KLEIN, C. H. Mortes no trânsito do Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saude Publica, 10(Supl.
1):168- 176, 1994.
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MARÍN, L.; QUEIROZ, M.S. A atualidade dos acidentes de trânsito na era da velocidade:
uma visão geral. Cad Saude Publica, 16(1):7-21, 2000.
MEDINA, F. L. et al. Atividade física: impacto sobre a pressão arterial. Rev Bras Hipertens,
vol.17(2):103-106, 2010. Métodos de pesquisa / [organizado por] Tatiana Engel Gerhardt e
Denise Tolfo Silveira; coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo
Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da
SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.