Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
Pensar a educação é uma tarefa muito comum. Algumas ciências fazem suas
proposições como a sociologia, a administração e a antropologia, igualmente grupos políticos
concebem suas ideias do que seria o processo educativo e os objetivos deste. Tudo isso pode
variar conforme o tempo e as pessoas que possuem a competência de pensar e decidir. Tal
maleabilidade é referida por Brandão (2007, p. 10) quando afirma que “a educação pode
1
Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica
da Faculdade do Belo Jardim – FBJ/AEB.
2
Aluno do Curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica da FBJ/AEB.
Licenciado em Pedagogia – FBJ/AEB. Professor concursado da Rede Municipal de Educação de Sanharó – PE.
E-mail: wmayaoliveira@gmail.com
3
Professor Orientador. Graduado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru –
FAFICA. Mestre em Educação pela UFPE – CAA. Professor na FBJ/AEB. E-mail:
william2007silva@hotmail.com
2
existir livre e, entre todos, pode ser uma das maneiras que as pessoas criam para tornar
comum, como saber, como idéia (sic), como crença, aquilo que é comunitário como bem,
como trabalho ou como vida.”. Desse modo, a construção do sentido educativo está
intimamente ligada aos aspectos culturais, econômicos, políticos e sociais das comunidades
onde ocorre, sendo não poucas vezes uma expressão clara do seu próprio modo de vida, de
sua religião ou irreligião, de suas crenças políticas partidárias ou não, já que a educação serve
à manutenção de tais características.
Na mesma perspectiva a Igreja Católica Apostólica Romana tem dado a sua
contribuição no conjunto das definições e práticas educativas. Especialmente no Brasil, desde
o Império, não se pode contar a história da sua educação sem fazer referência à atuação da
Igreja, pois
Boa parte deste relato permanece na atualidade por meio das escolas confessionais que
de acordo com sua doutrina religiosa subsidiam o funcionamento de suas escolas ao mesmo
tempo em que procuram garantir a efetividade dos direitos dos alunos previstos em lei. As
escolas diocesanas são exemplos interessantes desta realidade.
Por conseguinte, pergunta-se: Como os dirigentes eclesiásticos garantem que a
identidade católica na sua dimensão educativa seja preservada frente a tantas religiosidades e
concepções pedagógicas, confessionais ou seculares? Considerando que “a escola é por sua
natureza o espaço cultural privilegiado pela diversidade de expressões culturais e religiosas”
(PACHECO, T. 2015, p. 24973), as instituições diocesanas não são exclusivas de seus
confrades. Fiéis de outras tantas confissões também podem ser encontradas entre os espaços
nomeadamente católicos. Portanto, a convivência respeitosa e dialógica parece ser o meio
pelo qual a parte católica permanece como tal enquanto as diversidades também podem estar
presentes sem prejuízo de suas identidades e crenças ou descrenças no caso dos que não
professam qualquer fé. A fim de conferir o quanto esta hipótese pode fazer referência aos
fatos, este estudo traceja alguns caminhos, evidenciados ao longo deste trabalho.
A princípio, sabe-se que desde tempos remotos há uma estreita relação entre a Igreja
Católica e a educação. Não se trata de um simples fato isolado em algum período da história.
3
Mas de uma construção progressiva que resultou em uma afinidade tão firme que dificilmente
seriam apartadas. Tendo em vista que
Mesmo que ainda não se possa, a partir de tal enunciado, falar diretamente de Igreja
Católica, este pressuposto subsidia uma práxis que atravessará longos períodos até os mais
recentes, dotados ou não de formalidade. Ele também pauta uma fórmula para congregar
diferentes agrupamentos e seus ideais em torno de uma mensagem, neste caso a do Evangelho
como pregado pela Igreja. Neste aspecto a educação é tomada como meio de transmissão de
uma mensagem de cunho cristão.
Quando os portugueses passam a colonizar as terras que, posteriormente seriam
denominadas Brasil, o vínculo religião-educação tem um dos seus exemplos mais
insofismáveis. A história da Educação Brasileira tem seu início a partir da atuação da Igreja
Católica, tratar deste dado é sumamente necessário. Pois
[...] com extensão até os dias de hoje, durante os três primeiros séculos da
colonização o processo educativo seguiu praticamente inalterado. Rigidamente
amparado numa concepção religiosa de mundo. [...] É o caso do trabalho educativo
dos religiosos da Companhia de Jesus que por aqui apontaram em 1549 [...]
(PAIVA, 2015, p. 202).
Deste modo, marcada por tradições, a Igreja Católica a partir de suas instituições
religiosas e educativas, influenciou fortemente o ensino e a concepção de educação no país até
os dias de hoje. A compreensão destes pressupostos permite conceber um senso de tradição, a
partir do qual se pode estabelecer comparações entre o que se propunha à época e o que se
estabelece na atualidade.
A partir disto, se desenvolvem as tendências pedagógicas católicas no Brasil para a
compreensão de como esta perspectiva dialoga com outras intenções. De imediato, o que se
afirma católico acerca de educação trata-se de uma pedagogia tradicional em que, dentre
outros aspectos, privilegia-se “[...] a ação de um agente externo na formação do aluno [...] a
transmissão do saber constituído na tradição [...]” (NOT, 1981, p. 16-17 apud LIBÂNEO,
4
[1997?], p. 1). Isso constitui as escolas católicas como arautos de costumes e concepções de
mundo já há muito tempo arraigados. E são preservados por um sistema educacional marcado
pela hierarquia desde as autoridades da Igreja até a sala de aula, desde saberes considerados
irrenunciáveis até os concebidos como dispensáveis.
Mas se isto é possível, deve haver o subsídio legal, cuja referência se faz pertinente. A
título de exemplo a LDBEN Nº 9394/1996 especifica no Art. 3º Incisos II, III e V a
possibilidade de ensinar, aliada à diversidade de ideias e de teorias pedagógicas bem como,
neste mesmo sentido, a existência tanto de instituições públicas quanto privadas de ensino
(BRASIL, 1996). Detalhe que permite a organização e a manutenção de escolas pertencentes
a instituições religiosas, também empresas, organizações filantrópicas ou pessoas físicas.
Em um desdobramento do fator legal ocupa singular importância o componente
curricular do ensino religioso, apreciado, inclusive pela BNCC (BRASIL, 2017, p. 436)
quando declara que “[...] o sujeito se constitui enquanto ser de imanência (dimensão concreta,
biológica) e de transcendência (dimensão subjetiva, simbólica)”. Assim, o documento
reconhece os sujeitos como constituintes de espiritualidade, a qual deve ser contemplada
tendo em vista a sua pluralidade, inclusive no ensino escolar. No caso das instituições
católicas essa matéria deve receber atenção especial, por isso tal destaque.
Por estes aspectos, são explicadas as manifestações ora oficiais, ora espontâneas, de
religiosidade católica, nas escolas públicas, mas sobretudo confessionais, sejam estas,
diocesanas ou mantidas por ordens religiosas, também pertencentes a Igreja Católica.
Verificando-se aí a existência de um currículo confessional que assume tanto o caráter oficial
quanto o oculto. A propósito “[...] o termo currículo é utilizado para designar o programa de
uma disciplina, de um curso, ou de forma mais ampla das várias atividades educativas, através
das quais, o conteúdo é desenvolvido” (PACHECO, E. 2017, p. 2796). Nisto se pauta o
sentido catequético, a divulgação formal dos conteúdos católicos, as práticas oficiais,
estabelecidas, inclusive, nos estatutos das escolas ou de instâncias maiores, mas currículo e
currículo católico não se encerram nisto.
Seu espaço privilegiado é a escola católica, cujo valor para a Igreja pode ser
corroborado por um de seus textos oficiais, de responsabilidade da Congregação para a
Educação Católica, um dos organismos da Santa Sé no Vaticano. Esta instituição define por
exemplo, “[...] algumas considerações que sejam úteis para pôr em plena luz o valor educativo
da Escola Católica, no qual consiste principalmente a sua razão de ser e pelo qual ela é
autêntico apostolado” (SANTA SÉ, 1977, p. 1). Isto explica entre outros pontos que a escola
também é um campo de missão da Igreja, tanto no seu aspecto social quanto no catequético.
5
Isto, necessariamente, promove uma espécie de convivência entre crenças diferentes pelo
papel social e mesmo caritativo da educação promovida pela Igreja, e os correligionários
pelas práticas catequéticas, não restritas, mas abertas a tantos quantos queiram participar, num
sentido missionário/evangelizador.
Finalmente a competência da equipe (e/ou indivíduo) de direção na aplicabilidade tanto
das disposições legais quanto das orientações da Igreja, sem que haja prejuízo em nenhuma
das partes, se constitui no fator a ser referenciado paralelamente às disposições compendiadas
pelos documentos da Igreja. Tal grupo ou indivíduo é “[...] responsável pela influência
intencional e sistemática da escola sob sua responsabilidade [...]” (LÜCK, 2009, p. 118).
Assim, a direção muitas vezes realizada por eclesiásticos ou religiosos é um símbolo dos
valores reconhecidamente tradicionais, deve por isso zelar pela sua preservação, tendo o meio
educacional formal como instrumento. Nisto, o respeito às diversidades supõe igualmente o
reconhecimento e a valorização da própria identidade religiosa. Assim,
Isso requer da equipe gestora, uma melhoria das competências administrativa, política e,
sobretudo, pedagógica, numa ótica de confronto legal e dogmático, bem como o diálogo
dessas diretrizes com o seu público alvo e com os seus profissionais. Um processo
permanente em que, com muita frequência a identidade católica de educação entra em xeque,
mas deve ser preservada e propagada em nome mesmo da diversidade tanto religiosa quanto
pedagógica.
Este enfoque, que contempla a perspectiva confessional se faz relevante em uma
conjuntura política onde o ensino religioso deixou de ser apenas pauta legislativa para tornar-
se uma discussão do Poder Judiciário Brasileiro. Conforme foi visto há algum tempo em um
debate cujo resultado foi a evidência da legalidade da confessionalidade do ensino religioso
(SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 2017, p. 1). Mas isto requer uma abordagem de teor
científico, afinal,
Mesmo com as dúvidas que ainda permanecem, o fato criou uma oportunidade para
se discutir novamente o ensino religioso não apenas nas escolas, mas também em
todas as instituições e entidades que pautam suas ações em torno de uma
doutrina religiosa ou que se preocupam com a educação religiosa de seus membros
(GENTILINI e SALLES, 2018, p. 860, grifo nosso).
É neste ponto que o ensino religioso, ou, especialmente, o que está por trás dele,
ultrapassa os limites de uma disciplina em um programa escolar e torna-se presente também
em outras práticas, em outros espaços e mesmo em outros componentes curriculares. Ou seja,
não é somente uma disciplina, é um saber aquém e além, é uma identidade que se pretende
perpetuar por todos os meios possíveis. Deste modo o ensino religioso é apenas uma
formalidade, enquanto a cultura religiosa está presente macroscopicamente na escola, nas
pessoas que a frequentam e que a dirigem principalmente. Tal descrição parece apontar para a
escola confessional católica, a sua identidade e como o faz para perpetuar sua mensagem,
apontamentos que este estudo se propõe a evidenciar.
A partir de tais premissas, o propósito principal deste estudo foi examinar como os
documentos da Igreja Católica orientam a atuação de diretores eclesiásticos em preservação à
identidade educacional confessional. Em atendimento a este objetivo merecem relevo as
seguintes notas: O destaque às influências franciscana e jesuítica no início da História da
7
2. OS ASPECTOS METODOLÓGICOS
Neste contexto, embora não fosse sua essencial missão, a Igreja começa a assumir
papéis mais temporais em meio aos quais encontram-se as tarefas administrativas, políticas
entre outras. Mas, principalmente a questão educativa. É um dos campos onde a atuação
católica teve mais resultados positivos, seja pela educação em si mesma, seja pela
evangelização.
[...] o poder imperial e o seu cuidado pelas escolas ficaram enfraquecidos, mas os
aspectos administrativo-culturais do domínio ficaram em parte nas mãos de
romanos, organizados em sua igreja. E é justamente por obra da Igreja, como parte
de suas atividades específicas, que a cultura e a escola se reorganizam. Não é por
acaso que muitos bispos foram antes funcionários romanos dos reis bárbaros
(MANACORDA, 2010, p. 144).
São perspectivas que destacam o respeito da parte dos alunos aos ensinamentos da
Igreja e mesmo das ciências, representados pelos professores em sua maioria, religiosos.
Funcionam com o forte propósito de preservação dos costumes católicos tradicionais. São
aplicados com rotinas milimetricamente pensadas, inspiradas na disciplina monástica.
10
Após a Europa, o Brasil tornou-se campo de uma das mais bem sucedidas experiências
católicas na educação. É imprescindível citar a atuação dos jesuítas e dos franciscanos, porque
a educação brasileira confunde-se com ela, e se tratando do ensino confessional fazer tal
referências é irrenunciável. É informação básica em relação a educação brasileira que seria
necessário construir “uma verdadeira pedagogia brasílica, isto é, uma pedagogia formulada e
praticada sob medida para as condições encontradas pelos jesuítas nas ocidentais terras
descobertas pelos portugueses” (SAVIANI, 2005, p. 6). Assim, o primeiro sistema
educacional que se desenvolveu no país foi inteiramente religioso. Tendo como finalidade
proporcionar mudanças não apenas sob o viés intelectual, mas também religioso e social, em
conformidade com os interesses dos colonizadores, bem conformados à doutrina católica,
fruto de séculos de educação marcadamente judaico-cristã.
Também Maciel e Shigunov Neto (2008, p. 173) são concordes com tal parecer ao
afirmarem que “o Projeto Educacional Jesuítico não era apenas um projeto de catequização,
mas sim, um projeto bem mais amplo, um projeto de transformação social, pois tinha como
função propor e implementar mudanças radicais na cultura indígena brasileira.” Tal realidade
requeria uma sistematização mais substancial do que um simples programa catequético, o que
viria a tornar-se a educação brasileira. Marcadamente confessional, ela representa um dos
mais fortes vínculos de um estado com uma religião e a consagração de uma pedagogia
genuinamente católica, ou a primeira configuração de uma no país. Como aponta Saviani
(2005, p. 4), em
exemplo de que a religião, sobretudo cristã, também possui em seu múnus o fator social, que
será estudado mais adiante, mediante a sua doutrina social. Por hora, convêm considerar que
Cada uma destas ordens, segundo suas identidades serviram a um fator comum:
influenciar pela ação missionária a cultura e a educação das colônias. Embora os destaques
sejam óbvios aos jesuítas, também os franciscanos foram arautos da cultura europeia,
sobretudo católica. Mas houve um certo velamento destes últimos, as razões podem ser
supostas segundo afirmações de Arns (1975, p.17-18 apud IGLESIAS, 2017, p. 263):
concepção de vida, o seu entendimento do mundo e o que se pode fazer a respeito. Este hábito
da Igreja fez perpetuar muitas de suas características no espaço público educacional. A
pedagogia católica não é uma concepção educacional como as demais, ela é uma das frentes
de ação da Igreja.
LDB destaca os termos cultura e tolerância ficam mais claras as possibilidades que indicam a
aceitação de diferentes ideários, inclusive ratificada na coexistência deles. É neste espaço que
o ensino confessional está sustentado, sendo ele, realizado em instituições privadas, logo,
marcadas por uma identidade que esteja em acordo com a entidade religiosa, empresarial ou
política que o pensa e mantêm.
Com estas disposições, o ensino privado, e confessional católico, tem vez no Brasil, mas
a Igreja, preocupada em garantir relações saudáveis com o Estado Brasileiro, bem como a
salvaguarda de sua atuação no país, celebrou em 2008 um acordo sobre a situação jurídica
católica no território brasileiro e depois reconhecido pelo Decreto Presidencial º 7.107, de 11
de Fevereiro de 2010. O Acordo afirma “Artigo 2º A República Federativa do Brasil, com
fundamento no direito de liberdade religiosa, reconhece à Igreja Católica o direito de
desempenhar a sua missão apostólica, garantindo o exercício público de suas atividades,
observado o ordenamento jurídico brasileiro” (BRASIL, 2010, p. 2). Estas considerações
indicam que, desde que não venham a ferir nenhuma lei brasileira, a Igreja Católica pode
desempenhar as suas ações, em quaisquer que sejam os espaços, sem qualquer aparência de
clandestinidade. Como desdobramento o mesmo texto indica o que segue
Artigo 10
A Igreja Católica, em atenção ao princípio de cooperação com o Estado, continuará
a colocar suas instituições de ensino, em todos os níveis, a serviço da sociedade, em
conformidade com seus fins e com as exigências do ordenamento jurídico brasileiro.
§ 1º. A República Federativa do Brasil reconhece à Igreja Católica o direito de
constituir e administrar Seminários e outros Institutos eclesiásticos de formação e
cultura.
§ 2º. O reconhecimento dos efeitos civis dos estudos, graus e títulos obtidos nos
Seminários e Institutos antes mencionados é regulado pelo ordenamento jurídico
brasileiro, em condição de paridade com estudos de idêntica natureza (OP. CIT., p.
3).
4
Canônico é um termo católico equivalente a legal.
15
Artigo 11
A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa,
da diversidade cultural e da pluralidade confessional do País, respeita a importância
do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa.
§1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula
facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em
conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de
discriminação (OP. CIT., p. 4).
Embora tenha sido um documento redigido também por autoridades eclesiásticas, ele
não dá privilégios ao catolicismo em referência ao ensino religioso no Brasil, mas determina o
respeito à diversidade de crenças. O próprio componente curricular é descrito como uma
possibilidade que, quando for posta em prática, deve demonstrar a pluralidade religiosa do
país. Portanto, deve ser um ensino muito próximo da realidade de cada comunidade, assim
como se indica por força de Lei, a saber:
Uma questão sempre amplamente debatida, apesar de ser possível considerar que as
questões referentes ao Ensino Religioso são prioritariamente da competência dos Estados e
Municípios, já que a LDBEN Nº 9394/96 o insere no Ensino Fundamental, responsabilidade
das referidas esferas de governo (BRASIL, 1996), a União passou a discutir tais assuntos e
por fim, indicou no texto final da Base Nacional Comum Curricular:
Esta primeira abordagem enfatiza que a inclusão do Ensino Religioso como matéria
educacional passou por muitas configurações, quase sempre conflituosas. As práticas ao longo
dos anos no país e a tomada de consciência de direitos impulsionaram diversos segmentos da
sociedade a opinarem e reivindicarem sobre a questão. A partir disto, eles quiseram ver-se
incluídos não somente nos aspectos históricos e culturais dentro dos espaços educacionais,
mas de maneira especial em um espaço do currículo que se ocupasse do sentido religioso,
além de simplesmente aspectos catequéticos e/ou evangelizadores, de acordo com práticas
prioritariamente cristãs. Estas discussões fizeram com que as novas propostas para este
componente curricular apontassem para aspectos da religiosidade em termos gerais e não para
alguns especificamente. O que fez com que a Base Nacional tivesse os seguintes objetivos:
A partir destes pareceres o ensino que valorize o viés religioso passa a ser caracterizado
por uma extensão dos conteúdos, que também se preocupe em mostrar as influências da
17
religiosidade nas produções culturais e nas artes. Proclama o item curricular como um
contributo aos direitos humanos, por evidenciar as diferenças de crença e mesmo de
descrença, também porque, se reconhece o ser humano como ser religioso. E de maneira
especial aponta para a realidade dos alunos, os quais serão reconhecidos também nas suas
práticas religiosas correspondentes às suas vivências. O texto continua reconhecendo que
Deste modo não deveria ser mais um aspecto negligenciado. Então, a União no que lhe
compete reconhece este aspecto como necessário e não somente como facultativo aos
sistemas de ensino. Como já foi visto tanto a Constituição quanto a LDBEN mencionam a
inteireza dos indivíduos, uma educação plena (BRASIL, 1988; BRASIL, 1996). Neste
cenário, a BNCC coloca em pauta que o ser humano na sua plenitude não é constituído apenas
pelo objetivo e pelo concreto, mas também pelo subjetivo e pelo abstrato. E se as principais
cartas legislativas apontam para as duas dimensões do ser humano, a Base não poderia deixar
de mencioná-la como aspecto educacional específico que atenda a este ponto, na formação
escolar e social.
Também a descrença assumida ou uma religiosidade não definida são referidas na Base
Nacional:
A moralidade, a ética, os bons costumes estão presentes além das religiões, muitas
destas pautas, comumente reconhecidas como filosofias de vida são assumidas por pessoas
religiosas e também pelas sem religião. São em sua maioria ensinamentos comuns, não
restritos à religiosidade, que são conhecidos por muitas pessoas que se ligam somente a eles
sem denominação religiosa definida. Por este ponto, a falta de religiosidade e as suas
18
Este trecho não apresenta uma realidade alheia aos tempos atuais, facilmente é possível
perceber exemplos de práticas católicas nas escolas públicas e, sobretudo nas confessionais, e
não somente, períodos como Páscoa, Festejos Juninos e Natal são tradicionalmente fortes até
mesmo fora das escolas. Mesmo que em muitas ocasiões as formas de comemoração se
distanciem do sentido religioso, mas as suas raízes são cristãs católicas. Neto (2016) faz
referência a um momento de evidente oficialidade do currículo católico que, atualmente não
se verifica na BNCC, como foi visto acima, já não há em caráter oficial o privilégio da parte
católica. No entanto, estão profundamente fixados na cultura educacional brasileira, os
19
saberes e costumes católicos e podem ser facilmente configurados como um currículo oculto
que “[...] está presente de forma marcante no cotidiano dos processos educativos. [...] É
caracterizado pelas ações implícitas que permeiam as instituições escolares” (PACHECO. E.,
2017, p. 2803). E ainda, como afirma Libâneo (2012, p. 44 apud PACHECO, E. 2017, p.
2803) “embora recôndito, atua de forma poderosa nos modos de funcionar das escolas e na
prática dos professores”.
Hoje os conteúdos católicos, legalmente afirmando, devem constituir um conjunto de
conhecimentos e tradições religiosos, que venham a compor o currículo formal no aspecto
religioso, em vez de ser a sua totalidade, sobretudo nas unidades públicas. Mas nas unidades
confessionais, como se verá mais adiante, embora possa haver espaço para outros credos, ele
não é semelhante ao católico, este se sobrepõe aquele.
Nas unidades confessionais católicas o currículo especialmente dotado de sua doutrina
não é oculto, é explícito e formal. Desta feita, “[...] pode então ser compreendido como o
ponto central da prática pedagógica por permitir a discussão e definição de qual conhecimento
é válido ensinar (FONSECA e PINTO, 2017, p. 60). Do ponto de vista da Igreja isto é crucial,
mesmo que as liberdades de pensamento e religiosa também estejam presentes, isto não se
constitui como impedimento à sua ação pedagógica-evangelizadora. Dependendo de quais
sejam as ideias a Igreja pode não impedir que elas constem nas pautas do ensino que
promove, mas se elas não estão em absoluta conformidade com a sua doutrina, elas poderão
ser assimiladas e mais tarde subordinadas.
O objetivo primeiro da educação católica e de seu currículo religioso
Deste modo, as escolas católicas são espaços privilegiados para educação de qualidade
como exige a legislação, como necessitam os cidadãos e como a própria Igreja determina.
Este princípio está à serviço da formação da identidade católica no indivíduo, na sua família e
por repercussão, na sociedade.
Este trecho enuncia duas perspectivas, uma relaciona-se diretamente com as práticas e
concepções propriamente religiosas. Elas servem ao objetivo direto da Igreja em anunciar a
mensagem do Evangelho, de acordo com todos os meios possíveis, dos quais se sobrepõe a
catequese, entendida como o ensino da fé católica (IGREJA CATÓLICA, 2000). Trata-se do
uso dos meios de comunicação, de espaços e momentos planejados especialmente para este
fim, por católicos e para católicos. A segunda perspectiva representa uma expansão dos
espaços específicos para os outros, referindo-se aos ambientes mais amplos da sociedade
como as escolas, principalmente. Neles encontram-se pessoas de variadas etnias, religiões e
classes sociais, a todas, a Igreja oferece a sua mensagem e também a sua prática como uma
contribuição sua para o bem estar de todos. É um viés social da Igreja Católica.
Para tanto, ela mesma mantêm suas próprias instituições: “a presença da Igreja no
campo escolar manifesta-se de modo particular por meio da escola católica ” (IGREJA
CATÓLICA, 1965, p. 2). Este peculiar espaço, é estratégico, pois não somente se fomentam a
presença de educadores católicos como pode ocorrer nos espaços públicos – laicos – mas a
sua rotina, a sua orientação, vai se submeter à uma doutrina, com a qual o seu público estará
constantemente em contato. Este corpo discente não é selecionado entre os correligionários,
mas pessoas de credo ou sem credo também procuram estas escolas. Deste modo, a Igreja
21
entra em contato com a pluralidade religiosa, ao mesmo tempo em que se preserva na sua
própria cultura.
Por isso, visto que a escola católica tanto pode ajudar na realização da missão do
Povo de Deus, e tanto pode servir o diálogo entre a Igreja e a comunidade humana,
para benefício dos homens, também nas circunstâncias actuais (sic) conserva a sua
gravíssima importância. Por tal motivo, este sagrado Concílio proclama mais uma
vez que a Igreja tem o direito, já declarado em muitíssimos documentos do
magistério, de livremente fundar e dirigir escolas de qualquer espécie e grau,
recordando que o exercício de tal direito muito pode concorrer para a liberdade de
consciência e defesa dos direitos dos pais, bem como para o progresso da própria
cultura (IBIDEM, p. 3).
Por tal, não se pode conceber a escola católica sem levar em consideração a sua dupla
finalidade, aquela que é proclamada a respeito das escolas comuns, para desenvolvimento
pleno das pessoas e preparo para o exercício da cidadania, como reza a LDBEN Nº 6364/96
(BRASIL, 1996). E aquela que é reclamada como direito da própria Igreja, tendo em vista o
seu caráter eminentemente educativo, sobretudo no que tange a sua prática catequética – o
anúncio de uma mensagem. A respeito deste direito e sua base legal já houve apreciação dos
fundamentos legais como indicados pela legislação brasileira. Diante desse contexto, a
Gravissimum Educationis vai acrescentar que
Disto se concebe que existem não apenas um tipo de escola confessional, há aquela com
influências católicas pouco ou medianamente expressivas, pois tem alguma ligação com
aspectos ou instituições católicos, bem como aquela completamente orientada e mantida por
católicos. Mas em qualquer uma – subtende-se – haja ou haverá respeito às diferenças de
credos. Como já foi mencionado um pouco mais acima, não somente alunos católicos estão
presentes nas escolas confessionais, por essa razão eles devem ser respeitados segundo suas
singularidades, sem qualquer configuração de competição de crenças.
Tal problemática não se encerra facilmente. Um dos Dicastérios da Santa Sé emitiu um
outro documento com a finalidade de esclarecer alguns pontos ambíguos ou mesmo ratificar
os mais objetivos. A Congregação Para a Educação Católica publica em 1977 o texto “A
22
Escola Católica”, pois proclamava o fato de que, não obstante as diferenças, a identidade
católica deveria ser preservada.
Isto prescreve que, não havendo condições suficientes de julgar com exatidão cada caso
a mais alta instância da Igreja delega as funções de aprovar, definir, orientar e administrar
escolas como católicas às instâncias nacionais e diocesanas, pois estas estão em contato mais
direto com a cultura e os costumes dos diversos países onde se encontram a Igreja e órgãos
sociais mantidos por ela. Os menores órgãos católicos deverão fazer as adaptações necessárias
sem prejuízos às normativas confessionais e aos discentes adeptos dos diferentes credos.
Por essa razão o documento continua: “o projecto (sic) educativo da Escola Católica,
que deve ter em conta os actuais (sic) condicionamentos culturais, define-se precisamente pela
referência explícita ao Evangelho de Jesus Cristo, que deve radicar-se na vida e na
consciência dos fiéis” (IBIDEM, p. 2). É uma característica própria destas escolas, que se
constituam nos ambientes propícios à manifestações da religiosidade católica, e sejam,
inclusive, propagadores da mesma crença, ações protagonizadas e direcionadas pelos e para
os indivíduos – a saber, profissionais, alunos e familiares de alunos – que possam ser
reconhecidos como fiéis correligionários. Em resumo, as escolas católicas recebem a missão
de ser defensoras do catolicismo, ao mesmo tempo em que acolhem os indivíduos de outras
religiões ou que não assumam qualquer credo. Estes últimos, as frequentarão normalmente
sem serem obrigados a compartilharem as mesmas práticas. Mas deverão saber que, se vão ser
inseridos num ambiente católico, eles terão contato com as ideias e práticas correspondentes,
mesmo que jamais as assumam para si.
Isto se dá porque as escolas católicas não devem ser vistas como instituições católicas
apenas, ou tão somente como escolas. Trata-se de uma composição, são escolas – de fato – e
são escolas católicas – principalmente. Logo, mesmo que o presente estudo tenha privilegiado
o ideário católico antes do pedagógico, o documento que agora se discute, antes define a
escola católica como escola, para depois caracterizá-la segundo a fé. Assim, afirma “para
23
Assim concebida, a escola não implica apenas uma escolha de valores culturais, mas
também uma escolha de valores de vida que devem estar presentes de maneira
operante. Por isso ela deve constituir-se como uma comunidade na qual os valores
são comunicados por autênticas relações interpessoais entre os diversos membros
que a compõem e pela adesão não só individual, mas também comunitária, à visão
da realidade em que a escola se inspira (IBIDEM, p. 6).
A Escola Católica [...] parte de uma concepção profunda do saber como tal; não
pretende de modo algum desviar o ensino do objectivo (sic) que lhe é próprio na
educação escolar. Neste contexto cultivam-se todas as disciplinas no respeito pleno
do método peculiar de cada uma. Seria portanto errado considerar as disciplinas
escolares como meras auxiliares da fé ou como meios utilizáveis para fins
apologéticos (IBIDEM, p. 7).
depois disto, é que a autêntica escola poderá se constituir como genuinamente católica,
acrescentando seus valores àqueles mais fundamentais e advindos de qualquer crença.
Dentro deste aspecto, ocupa singular espaço o componente curricular do Ensino
Religioso, que o Documento em questão não deixa de mencionar. O que já se fez acima, a
partir da BNCC. Então o texto prescreve:
A princípio, a Igreja por meio deste aporte normativo entende que o Ensino Religioso
tem sua importância por explicitar os aspectos religiosos juntamente com os culturais, de
modo que a cultura não seja sobreposta à religião, mas estejam num mesmo patamar. Por
meio disso se indica que o sentimento religioso tem uma importância equivalente ao
sentimento de pertencimento a determinado povo, a identidade de determinada etnia. A
religião é então vista, em sua amplitude como aspecto fundamental da formação humana,
igualmente a não religião, aspecto que também seria tratado neste caso. Porém, o mesmo item
curricular é concebido como uma oportunidade catequética na escola católica, especialmente
nesta questão se constitui um conflito entre catolicismo e outras expressões religiosas. Neste
ponto a Igreja reclama um espaço maior, cujos limites foram analisados mais acima, quando
se tratou da questão legislativa que, retomando breve e sucintamente, prescrevem um ensino
equilibrado. Além disso, a própria Igreja impõe a si mesma algumas precauções, como a
seguir:
Por tais pareceres, a ação católica educativa não deve estar dotada de alguma forma de
violência que imponha a sua doutrina. Ela pode sugerir, como o faz qualquer instituição,
corporação ou pessoa que, segundo objetivos bem específicos pretenda divulgar alguma
25
mensagem, seja uma propaganda comercial, uma campanha política, entre outros. Mas o
público que é atingido por estas sugestões adere ou não a elas. Na escola católica, o alunado
será alvejado pela doutrina através dos conteúdos, das imagens sacras, das rotinas, do próprio
nome da instituição, etc., isto tudo é uma materialização da ação evangelizadora da Igreja
através do ensino, mas assumir a fé católica não é condição obrigatória para os que lá
estudam.
Além disto, longe do proselitismo, as preocupações da Igreja se concentram
especialmente nos que são parte do seu corpo de fiéis. O Código de Direito Canónico, um dos
principais documentos católicos, prescreve a respeito da educação:
Cân. 793 - § 1. Os pais e os que fazem suas vezes tem obrigação e o direito de
educar sua prole: os pais católicos tem também o dever e o direito de escolher os
meios e instituições que possam, de acordo coma as circunstâncias locais, prover de
modo mais adequado para à educação católica dos filhos (SANTA SÉ, 1983, p.
214).
Isto pode ser entendido sob duas óticas: A primeira aponta para qualquer família que,
dotada de liberdade, pode escolher a forma de educação que considerar mais adequada aos
seus jovens, dentro destas escolhas, a escola católica seria uma possibilidade; A segunda
dirige-se de modo especial às famílias que assumem a confissão católica e, desejosa de que
sua prole seja educada de acordo com a sua fé, buscará, convenientemente uma instituição
confessional que sirva a este propósito.
Neste aspecto, é retomada a mesma concepção de educar que este estudo apresentou
desde o seu início, ou seja, promover o ensino, como tal, obviamente, mas imbuído do saber
católico que requer a evangelização como fim último.
O diretor católico, não é um profissional regular, pois ele tem dupla obrigação, a
pedagógica como de praxe e a religiosa, por ser ele mesmo um fiel e por ser tutor de um
sistema confessional. Ele deve possuir em primeiro plano, todas as competências próprias de
um diretor de escola, por exemplo, a capacidade de:
deve esforçar-se por obter é uma formação profissional sólida, que abrange, no seu
caso, um amplo conjunto de competências culturais, psicológicas e pedagógicas
(SANTA SÉ, 1982, p. 4).
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
componente curricular de la Educación Religiosa según el BNCC, con una breve referencia a
la idea del currículo católico; Y finalmente una apreciación de las normas católicas sobre sus
escuelas y sus respectivos líderes eclesiásticos. Todos estos puntos han contribuido a aclarar
que un aspecto dialógico pero marcado de la autenticidad católica conserva con éxito la
doctrina de la Iglesia, a pesar de la diversidad de pensamiento.
Palabras clave: Iglesia Católica. Educación católica Plan de estudios. Director eclesiástico.
8. REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. (Coleção primeiros passos nº 20). São
Paulo: Brasiliense, 2007.
COSTA, Viviane da. O discurso educacional católica sob e perspectiva sociológica de Pierre
Bourdieu. Paidéia, 2006, 16(33), 09-17. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/paideia/v16n33/03.pdf > Acesso em: 13.12.2019.
CUSTÓDIO, Maria Aparecida Corrêa; SOUSA, Mariana de Paula Medeiros de. Religião e
política na educação: notas sobre a rede católica no território maranhense. Notandum Ano
XXI, n.47 mai.-ago. 2018 – CEMOrOC-FEUSP / IJI-Universidade do Porto DOI:
https://doi.org/10.4025/notandum.47.7. Disponível em:
<www.hottopos.com/notand47/07_custodio.sousa.pdf> Acesso em: 13 de setembro de 2018.
FONSECA, Luís Eduardo Gauterio; PINTO, Fernanda de Campos. O currículo oculto e sua
importância na formação cognitiva e social do aluno. Projeção e Docência, volume 8,
número 1, ano 2017.
_______. Igreja Católica Apostólica Romana. Código de Direito Canônico. Loyola: São
Paulo, 2017.
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
ii_decl_19651028_gravissimum-educationis_po.html> Acesso em: 1 de Outubro de 2018.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia tradicional: notas introdutórias. (Texto para uso
exclusivo em sala de aula pelo autor) [1997?]. Disponível em: <
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/5146/material/Pedagogia
%20Tradicional%202012%202.pdf> Acesso em: 10 de Setembro de 2018.
NETO, Ismar Ruffato. Ensino Religioso no Brasil: Uma análise sobre as transformações ou
não transformações históricas no Ensino Religioso. In: Anais do Seminário Internacional de
Práticas Religiosas no Mundo Contemporâneo. Laboratório de Estudos sobre Religiões e
Religiosidades (LERR). Universidade Estadual de Londrina (UEL). 20 a 22 de Setembro
2016.
PAIVA, Wilson Alves de. O legado dos jesuítas na Educação Brasileira. Educação em
Revista. Belo Horizonte. v.31. n.04. p.201 – 222. Outubro-Dezembro 2015.
ROSA, Pedro Henrique. A influência da Igreja no ensino da Idade Média: uma visão
turva. (Trabalho de Conclusão de Curso). Especialização em Docência Universitária.
Faculdade Católica de Anápolis. Anápolis: 2015. Disponível em: <
http://catolicadeanapolis.edu.br/biblioteca/wp-content/uploads/2018/05/A-INFLUÊNCIA-
DA-IGREJA-NO-ENSINO-DA-IDADE-MÉDIA-UMA-VISÃO-TURVA.pdf >.Acesso em:
12.12.2019.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. STF conclui julgamento sobre ensino religioso nas
escolas públicas. Notícias STF, quarta-feira, 27 de setembro de 2017. Disponível em:
<http://stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=357099> Acesso em: 15 de
Outubro de 2018.
34